Reservas uruguaios não têm dó dos taitianos, voltam a golear depois de 18 jogos e se preparam para pegar o Brasil
O técnico do Uruguai do Óscar Tabárez repetiu o espanhol Vicente Del Bosque e escalou onze reservas para enfrentar o Taiti. Muita confiança? Não, só a lógica.
Quem resolveu ir à cozinha e abrir a geladeira deve ter perdido o primeiro tento de nossos vizinhos. Abel Hernández, atacante do Palermo, marcou após cobrança de escanteio, aos 2 minutos. Contudo, assim como na partida contra a Espanha, demorou para o Taiti sofrer o segundo, apesar do amplo domínio rival. Aos 23, novamente Hernández fez, após aplicar um balão em Jonathan Tehau, fazendo um belo gol.
Pouco tempo depois, aos 26, a já famosa linha de impedimento taitiana fez das suas e Diego Pérez cabeceou na trave, mas ficou com a sobra e fez o terceiro gol celeste.
O bravo Taiti, porém, não desistiu. A equipe da Oceania, aliás, contava com a simpatia dos presentes na Arena Pernambuco e tinha até uma torcida organizada. Torcedores do Íbis, do interior pernambucano, que gosta de ostentar a fama de “pior time do mundo”, se juntaram na “Taitíbis” para juntos esperarem o imponderável. Que, aliás, quase aconteceu após Chong Hue carregar a bola pela esquerda, tirar o goleiro Martin Silva do lance, mas sair pela linha de fundo com bola e tudo. Continue lendo aqui
Seleção da Oceania conta com apoio da torcida, mas não resiste aos reservas da Espanha e perde por 10 a 0
O sonho taitiano durou por algum tempo. Para ser mais
preciso, 26 minutos, tempo decorrido entre o primeiro gol da Espanha,
marcado por Fernando Torres aos 5 minutos de partida, e o segundo, aos
31, de David Silva. A resistência da seleção da Oceania empolgou a
torcida presente no Maracanã, que exerceu livremente o seu direito de
secar o (muito) mais forte. Mas não foi suficiente.
Nos oito minutos seguintes ao segundo tento espanhol,
mais dois gols, outro de Torres e um de David Villa. Virou goleada mais
tarde até do que se esperava, mas virou. Pode-se culpar a linha de
impedimento do Taiti, que facilitou bastante o serviço do ataque
europeu, mas como a mesma linha funcionava tão bem para a Espanha? Não é
tática, é técnica. E mais algumas dezenas de anos de tradição de um,
contra quase nada de outro, além de um sem número de fatores que não
caberiam nesse texto.
Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.
Time da Oceania leva seis mas marca primeiro gol em competições oficiais fora de seu país
Por Thalita Pires
E o Taiti vai ao delírio!
Com a tranquilidade de que não tem absolutamente nada a provar nessa Copa das Confederações, a seleção do Taiti levou de seis da Nigéria e ainda saiu feliz de campo. O time não apenas fez sua estreia em competições de porte, como conseguiu um feito inesperado: um gol contra os campeões africanos, marcado pelo zagueiro Tehau.
O resultado era esperado até pela raiz do gramado do esvaziado Mineirão. Mesmo assim, os pouco mais de 20 mil torcedores que compareceram fizeram questão de apoiar o time mais fraco em todos os momentos.
A Nigéria, que não tem nada com o amadorismo quase completo do time do Taiti, começou a construiu sua vitória ainda no início do jogo. Aos 4 minutos, Echiejile chutou de longe, a bola desviou em dois jogadores e matou o goleiro Samin. Aos 9, Oduamadi aproveitou a bobeada da defesa taitiana, driblou dois defensores e tocou na saída de Samin para marcar o segundo. Aos 25, Oduamadi marcou novamente, dessa vez ajudado pelo goleiro Samin, que soltou uma bola fácil nos pés do atacante.
Mais uma rodada das
eliminatórias para a Copa de 2014 e, obviamente, alguns resultados
surpreendentes. O que mais chamou a atenção foi a reação incrível
da Suécia, que perdia por 4 a 0 da Alemanha, e obteve um empate
heroico em Berlim. Após fazer três gols em 14 minutos, o nórdicos
empataram a partida aos 48 do segundo tempo. Requintes de crueldade
que não tiraram a liderança dos alemães, à frente do grupo C das
eliminatórias europeias com 10 pontos em quatro jogos. Os suecos têm
sete em três pelejas.
Quem se deu mal foram
os portugueses, que empataram em casa com a Irlanda do Norte, por 1 a
1. A seleção de Cristiano Ronaldo está em terceiro lugar no grupo
F, com sete pontos em quatro partidas, mesma pontuação de Israel,
que supera os lusos em saldo de gols. A Rússia lidera com dez
pontos.
A atual campeã do
mundo e da Euro, a Espanha, também foi surpreendida em casa pela
França. O 1 a 1 obtido em cima da hora pelos franceses quebrou uma
fantástica sequência de 25 vitórias seguidas em casa dos
espanhóis. Ambos dividem o topo do grupo I com 7 pontos em três
partidas, com a Fúria levando vantagem no desempate, dois gols a
mais de saldo.
A lógica na
Concacaf, disputa acirrada entre os asiáticos
A Concacaf definiu o
seu hexagonal final com choro e ranger de dentes para algumas
seleções. No Grupo A, a Guatemala enfrentou os EUA fora de casa,
precisando de um empate para avançar. Saíram na frente mas sofreram
a virada, perdendo por 3 a 1. Ainda assim, tinham chances caso a
Jamaica não fosse bem contra a lanterna Antígua e Barbuda. Mas os
jamaicanos derrotaram os rivais por 4 a 1 e ficaram com a segunda
vaga do grupo por dois gols a mais de saldo.
Quem também ficou de
fora com o resultado da última rodada foi o Canadá. Os vizinhos dos
EUA sofreram uma goleada maiúscula de 8 a 1 da líder Honduras e
terminaram um ponto atrás do Panamá, que jogou com o regulamento
embaixo do braço e só precisou empatar com Cuba para garantir sua
vaga um ponto a frente do Canadá. No Grupo B, tudo tranquilo: o
México já estava classificado e a Costa Rica goleou por singelos 7 a 0 a Guiana, se
classificando na segunda colocação.
Na Ásia, impera o
equilíbrio. Ao fim do primeiro turno, todas as seleções ainda têm
chances de vir ao Brasil. No grupo A, Coreia do Sul e Irã lideram
com sete pontos, mas o Uzbequistão tem cinco e Catar e Líbano,
quatro cada. As duas melhores equipes se classificam direto e a
terceira colocada enfrenta a terceira do grupo B, para ter direito a
enfrentar o quinto colocado da América do Sul.
Quem tem a situação
mais tranquila no continente é o Japão, que lidera o grupo B com
dez pontos, cinco a mais que o segundo colocado, a Austrália. Omã
conta com cinco pontos também, a Jordânia vem na sequência com
cinco e o Iraque, de Zico, tem dois pontos.
Argentina folgada,
Uruguai em queda
Os argentinos
conseguiram duas vitórias fundamentais na semana, um 3 a 0 contra o
Uruguai e um 2 a 1 contra o Chile, em Santiago. Assim, se isolaram
como líderes na primeira rodada do segundo turno, com uma sequência
de cinco vitórias e dois empates. O Equador assegurou a segunda
colocação depois do empate fora de casa com a Venezuela, três
pontos atrás dos portenhos e um à frente da Colômbia, que tem uma
partida a menos.
Abaixo dos colombianos,
a confusão. Quatro pontos aquém da seleção de Falcão Garcia,
Venezuela, Uruguai e Chile (pela ordem de desempate) estão com 12
pontos. Os uruguaios vem na descendente, com as goleadas sofridas
contra a Argentina e contra a Bolívia, 4 a 1, e a disputa deve ser
acirrada, ainda mais levando-se em conta que os paraguaios também
respiraram depois da vitória contra o Peru, por 1 a 0. Bolivianos e
peruanos têm oito pontos e o Paraguai, sete.
O Taiti ficou pelo
caminho
Não deu pro Taiti... (OFC)
A notícia triste da
rodada ficou para uma seleção já garantida na próxima Copa das
Confederações. O Taiti vem ao Brasil, mas não para o Mundial. Após
perder para a Nova Zelândia por 3 a 0, os campeões do continente
continuam sem pontos em quatro jogos. Já os neozelandeses continuam
firmes na briga por uma vaga a ser disputada contra o quarto colocado
da Concacaf, com 12 pontos em quatro partidas. Se baterem a Nova
Caledônia, única equipe que ainda pode tirar sua vaga, se garantem
com uma partida de antecipação. Contudo, o aguardado jogo só vai
acontecer em março de 2013.
A título de
curiosidade, a Nova Caledônia pertence à França, mas é
considerada um território ultramarino. Descoberta pelo explorador
inglês James Cook, a ilha recebeu o nome de “Caledônia” por ser
parecida com a costa escocesa (na visão do “descobridor”,
obviamente), já que o termo significa “Escócia” no latim
antigo. Se conseguirem a vaga para 2014, o ano será decididamente
histórico para os habitantes da ilha, que também definirão no
mesmo período se optarão pela independência do local.