Destaques

sexta-feira, julho 05, 2013

Quando a mídia começou a mandar no futebol

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Rede Globo e CBF: relações promíscuas
Em 2012, as cotas de TV representaram 40% do faturamento conjunto de R$ 3,08 bilhões dos 20 maiores clubes brasileiros em 2012, segundo estudo do consultor Amir Somoggi divulgado recentemente. Isso explica a ingerência explícita de grupos de comunicação como a Rede Globo na (des)organização do calendário futebolístico nacional, no dia e horário dos jogos, na cartolagem da CBF e dos clubes e em outras questões decisivas. Mas esse tipo de promiscuidade vem de muito longe. O livro "O Marchal da Vitória - Uma História de Rádio, TV e Futebol", biografia do finado empresário e cartola Paulo Machado de Cavalho, de autoria dos jornalistas Tom Cardoso e Roberto Rockmann (Editora A Girafa, 2005), aponta momento exato em que política, poder, dinheiro, futebol e comunicação se cruzaram no Brasil.

Record engajou-se na 'Revolução'
Depois de comprar a minúscula Rádio Record em 1931, Machado de Carvalho conseguiu projetá-la no ano seguinte ao engajar-se fortemente na "Revolução Constitucionalista" do ano seguinte, insurreição da elite paulista contra o ditador Getúlio Vargas que contou com a adesão total da referida emissora de rádio para mobilizar a população. Após três meses de batalhas, o governo federal venceu os paulistas e fechou a Record - que seria reaberta graças aos contatos amistosos de Carvalho, filho de tradicional família "quatrocentona" paulistana, com o general Cordeiro de Farias, indicado por Vargas como novo chefe de polícia em São Paulo. Mais do que isso: o ditador se interessou pelo poder da emissora a usaria para seus fins populistas. Porém, no rescaldo daquele pós-"Revolução Constitucionalista", a Record teve que acabar com o noticiário político.

Plantão da Record nos anos 1930
Foi então que o empresário de comunicação resolveu apostar todas as suas fichas na programação esportiva. Como ainda não se narrava jogos em São Paulo, a Record criou o primeiro plantão esportivo do Brasil, com cinco telefones de manivela ligados aos estádios e pistas de corridas de cavalo. "A cada gol ou páreo, um repórter discava para a sede da Record e dava a notícia". Essa cobertura "ao vivo" não existia e fez enorme sucesso. As emissoras concorrentes ouviam as notícias "frescas" da Record e, minutos depois, divulgavam para seus ouvintes na maior cara dura. E, assim como contou com a sorte ao comprar a emissora logo antes da "Revolução" de 1932, movimento que selou a ligação da Record com a população, Paulo Machado de Cavalho acertou instintivamente outra vez ao apostar no esporte justo em 1933, quando o futebol se profissionalizou no país.

Rio-SP de 1933: Palestra campeão
Para celebrar a mudança, dirigentes paulistas e cariocas deram uma trégua nas rixas bairristas e organizaram naquele mesmo ano, em parceria, o primeiro Torneio Rio-São Paulo. A Record contratou mais funcionários para a equipe do "Esporte nas antenas" e aumentou de cinco para sete o número de linhas telefônicas instaladas em campos das duas cidades. Com isso, liquidou a concorrência. Mas a Rádio Cruzeiro do Sul, de propriedade do milionário Alberto Byington, resolveu acabar com essa hegemonia. E, com isso, inaugurou o poder dos meios de comunicação sobre o futebol brasileiro. Terminado o Torneio Rio-São Paulo, a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) enviou uma carta à Record anunciando que a partir de 1934 só a Cruzeiro do Sul teria permissão para transmitir jogos de futebol.

Inauguração do Pacaembu, em 1940
O preço? Byington comandava o comércio de vendas de material de iluminação e propôs aos clubes, em troca da exclusividade nas transmissões, iluminar (a preços camaradas...) todos os estádios de futebol da cidade. Fora isso, ofereceu salários milionários para tirar a equipe que cobria esportes na Record. Somente em 1940, com a inauguração do estádio municipal do Pacaembu - que hoje tem o nome de Paulo Machado de Carvalho - foi que todas as emissoras da cidade passaram a ter cabine à disposição para transmitir os jogos, sem pagar nada por isso. Mas o dono da Record estava escaldado: embarcou diretamente na cartolagem futebolística, como diretor e presidente do São Paulo e, depois, como chefe das delegações brasileiras que venceram as Copas de 1958 e 1962, quando ganhou o apelido de "Marechal da Vitória".

Bellini com Paulo Machado de Carvalho, o 'Marechal da Vitória'
Assim, já proprietário da Rádio Panamericana e da TV Record, conseguiu respaldo político para que suas emissoras voltassem a transmitir futebol e estruturassem coberturas esportivas que marcaram época. Curioso é que, em 1965, proibido pela Federação Paulista de Futebol (FPF) de transmitir os jogos do Paulistão, pois os clubes reclamavam da baixa bilheteria nos estádios, Paulo Machado de Carvalho teve que tirar da cartola qualquer coisa que pudesse preencher o horário televisivo das tardes de domingo. Foi assim que surgiu o programa "Jovem Guarda", sucesso estrondoso entre a juventude que projetou para o estrelado Wanderléa, Erasmo Carlos e, principalmente, Roberto Carlos. Mas isso já é outra história...

quinta-feira, julho 04, 2013

Muricy põe a bateria do celular pra carregar

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"Pra jogar futebol, um time tem que ter uma defesa que saiba sair jogando, um meio-campo criativo e um ataque que saiba definir a última bola." A afirmação do treinador Tite, na entrevista coletiva após vitória por 2 a 1 de seu time na primeira partida da decisão da Recopa Sul-Americana, no Morumbi, define exatamente não só o que o Corinthians tem (mesmo quando joga mal) como, por oposição, tudo o que o São Paulo não tem (mesmo quando, raramente, joga mais ou menos). Faltou só resumir o que todo mundo já sabe: no Corinthians, todos marcam o tempo todo, com eficiência. No São Paulo, alguns marcam de vez em quando, individualmente, displicentemente. Por isso, os comandados por Tite, mesmo enfrentando um período de reformulação, não precisaram fazer grande esforço para vencer com evidente facilidade. E os comandados por Ney Franco não tiveram sequer uma mínima motivação por estar disputando uma decisão - muito mais necessária pra eles, diga-se de passagem, do que para o adversário. Resultado previsível, só isso.

Há três ou quatro temporadas, tem ser tornado quase uma covardia botar o São Paulo para jogar contra o Corinthians. As três vezes em que o time do Morumbi conseguiu vencer, de 2011 pra cá, podem ser classificadas mais como "superação", resultados "fortuitos" ou exceções comuns a qualquer clássico, mesmo. Depois do bom trabalho de Mano Menezes, o Corinthians de Tite tornou-se um time definido, coeso, marcador. Econômico, discreto, sim, mas cirurgicamente eficiente. Prova disso é que o elenco e o time titular trocam peças e o padrão segue o mesmo. Ganhou com todos os méritos o Brasileiro, a Libertadores, o Mundial e, neste ano, o Paulistão. Do outro lado, o São Paulo é a inconstância na prática. Sem time definido, sem padrão de jogo, sem tática, sem coerência, sem técnica, sem ânimo, sem raça. De vez em quando, ao sabor dos técnicos e dos atletas que vêm e vão, consegue um brilhareco aqui, uma boa vitória acolá, algumas atuações significativas. Mas sempre volta ao mesmo: o marasmo, a mediocridade.

Parece que eu vejo o Tite falando para o seu time, no vestiário, toda vez que vai entrar em campo para enfrentar o São Paulo: "Toquem a bola, fiquem nas posições demarcadas e aguardem. Eles sempre erram muitos passes. Quando sobrar uma bola no ataque, é só matar o jogo. Não precisa forçar, nem se cansar." Simples, fácil. Basta jogar uma bola para alguém no meio do Rafael Tolói e do Rogério Ceni. Como aconteceu no lance em que Alexandre Pato sofreu pênalti, em outra vitória por 2 a 1 no jogo do turno do Paulistão. Como aconteceu no gol de cobertura de Diego Tardelli na goleada por 4 a 1 que eliminou o São Paulo da Libertadores. Como se repetiu com Renato Augusto no golaço que definiu a primeira partida da Recopa. Se o Corinthians tivesse forçado o pé, o placar seria maior. Mas não. Jogou só pro gasto. Do jeito que o São Paulo joga (ou NÃO joga), basta aos corintianos administrar com a mesma frieza e tranquilidade no Pacaembu. E, se o time de Ney Franco tentar ir pra cima, o que precisa fazer, pra reverter a desvantagem, corre o risco de levar mais um 5 a 0, idêntico ao de 2011.

É triste ver o São Paulo em campo. É triste aceitar que o time não tem condições de fazer nada de muito melhor do que consegue fazer. A defesa é tosca e não sabe sair jogando. Os volantes são medianos e sem recursos. No meio, só Jadson salva (Ganso, em breve, desbancará Ricardinho como a mais frustrante e cara contratação do clube para o setor). Na frente, Osvaldo em má fase, Luís Fabiano inoperante e desinteressado e Aloísio apenas esforçado - bem, justiça seja feita, foi o ÚNICO que entrou ligado, motivado e vibrante no time, mas seu gol foi mais falha do goleiro Cássio do que mérito próprio. Sobre os laterais, não há o que dizer, pois eles não existem no São Paulo. No primeiro gol, baile de Romarinho em cima do pobre (e grosso) Juan. No segundo gol, o passe de longa distância veio do setor direito sãopaulino, onde Douglas deveria estar combatendo. Com esses dois, o time do Morumbi sempre joga com nove contra onze. É triste. É desanimador. E é covardia. Muricy vem aí. Duvido que mude alguma coisa.


CAIXA ECONÔMICA 2 X 0 - Curioso falar sobre a coesa, aplicada e eficiente equipe do Corinthians, lembrando o trabalho iniciado por Mano Menezes e concretizado por Tite. Curioso porque, no último sábado, em amistoso disputado na cidade mineira de Uberlândia, Mano estreou pelo Flamengo justamente contra o São Paulo de Ney Franco. E ganhou por 1 a 0, também sem fazer qualquer esforço. Lá jogam o goleiro Felipe e o meia Elias, ex-corintianos. E, assim como o time de Parque São Jorge, o Flamengo é patrocinado pela Caixa Econômica Federal. Em Minas Gerais, terra de Ney Franco, o São Paulo jogou com os titulares apenas no primeiro tempo, "desfalcados" (entre aspas, pois com ou sem eles dá no mesmo) de Lúcio, Denílson, Jadson e Luís Fabiano. No segundo tempo, praticamente nem entrou em campo, foi jogo de um time só. Mais um exemplo da apatia, da falta de perspectivas, da "toalha jogada". Ney Franco não vai durar muito - mesmo não tendo muita culpa no cartório. O time do São Paulo, repito, dá dó.

quarta-feira, julho 03, 2013

Neymar pode jogar pela seleção da Bolívia

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Foto: Wara Vargas
Não, o título não faz referência a uma mudança nas regras da Fifa, mas a uma possibilidade concreta, realizável daqui a uns 20 anos. A notícia apareceu no Blog da Redação do Uol, e originalmente é do periódico boliviano La Razón: dois de cada dez recém-nascidos em La Paz, capital da Bolívia, se chama Neymar. Ou seja, a chance de um deles vingar e a seleção do país de Evo Morales ter o seu próprio camisa dez existe.

O diretor da maternidade do Hospital da Mulher, Gustavo Marconi, põe a culpa da moda Neymar na globalização e na mídia. “Vemos que as pessoas assistem muita TV, estão cientes do que está acontecendo no mundo, e dão a seus filhos nomes vinculados a isso. A partir daí vieram muitos Neymar, Neymar Mamani foi o último.” Ele também diz que Lionel (referência a Messi) e Cristiano (Ronaldo) também são frequentes, mas menos que Neymar.

Cena de Escalera al cielo, que inspira nomes na Bolívia
"Acreditamos que daqui a 17 anos, a maioria dos formandos [do ensino médio] serão chamados Neymar porque a tendência é forte para os homens. É o nome que está na moda ", disse o diretor do Serviço de Registro de La Paz (Sereci La Paz), Remigio Condon.

Mas, e se nasce uma menina? Aí o caso é mais sério. Muitos pais estão adotando Yung Su, Jandy, entre outros, personagens de atrizes de telenovelas coreanas que fazem sucesso na Bolívia. Yung Su é a protagonista de Escalera al cielo e Jandy, de Flowers 4. O pessoal do registro deve estar com saudades das novelas mexicanas.

Pra terminar, falando em Neymar, o que foi esse drible dado em Lugano em um amistoso disputado no Peru? E o zagueiro foi leal, só tentou fazer falta uma vez...


'Chutão pro centroavante brigar'

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São Paulo em abril de 1954: Em pé, da esquerda para a direita: De Sordi, Pé de Valsa, Clélio, Poy, Turcão, Nilo e o 'mordomo' Serroni; Agachados: Haroldo Cristofani, Dino Sani, Gino, Rodrigo e Canhoteiro

" - O São Paulo é um time de vagabundo, né, vamos dizer. Porque tem jogador lá que não merece usar a camisa do São Paulo. Citar nome a gente não cita... Mas tem jogador que não chega nem ao calcanhar do antigo."
Haroldo hoje (reprodução de foto de Reginaldo Castro/Lance!)

" - Hoje o futebol está bem diferente. A marcação mudou muito. Você via o Luizinho no Corinthians, Dino e Negri no São Paulo... Tocavam e sabiam o que faziam. Hoje não, toca pro cara e ele dá um chutão pro centroavante brigar."

" - Luís Fabiano? Pra mim, ele jogando ou não é a mesma coisa. Ele fica parado lá na área, espera a vontade dos outros para fazer o jogo..."

Haroldo Cristofani, 79 anos, ex-ponta-direita do São Paulo entre 1953 e 1955 - Disputou 50 jogos, 29 vitórias, 10 empates, 11 derrotas, 12 gols marcados.

(Declarações a Bruno Rodrigues e Lui Spolador, do jornal Lance!)

terça-feira, julho 02, 2013

Recopa tem clássico regional brasileiro pela 1ª vez

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Boca e a Recopa de 2005
Sai a Copa das Confederações, entra a Recopa Sul-Americana. Outra disputa que, assim como o torneio internacional de seleções encerrado no último domingo, os brasileiros não sabem muito bem como começou, quantas edições foram disputadas, quem foi finalista ou campeão. Na memória, o máximo que muitos alcançam é que o Santos, campeão da Libertadores em 2011, disputou e venceu a Recopa contra o Universidade de Chile no ano passado. No molde atual, vigente desde 2003, o troféu da Recopa Santander Sudamericana (seu nome oficial, por motivo de patrocínio) é disputado pelo vencedor da Libertadores e o da Copa Sul-Americana do ano anterior - em 2003 e 2004, em jogo único; a partir de 2005, em jogos de ida e volta.

1ª Recopa, do Nacional-URU
Porém, a disputa da Recopa Sul-Americana, competição organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), começou bem antes, em 1989. Na época, a competição, em jogo único, ocorria entre o campeão da Libertadores e o da antiga Supercopa dos Campeões da Libertadores - torneio existente entre 1988 a 1997 e que teve entre seus campeões o Cruzeiro e o São Paulo. Quando a Supercopa foi extinta, surgiu a Copa Mercosul (que existiu entre 1998 e 2001 e teve Palmeiras, Flamengo e Vasco entre seus quatro únicos campeões) e a Recopa deixou de ser disputada. Seu retorno só aconteceria com o fim da Copa Mercosul e surgimento da Copa Sul-Americana, em 2003 (que já teve como vencedores os brasileiros Internacional-RS e São Paulo, atual campeão).

LDU levanta o troféu de 2009
Portanto, tirando o intervalo entre 1999 e 2002, já ocorreram 21 edições da Recopa, sendo 20 decididas em campo e uma com campeão automático - o paraguaio Olimpia, em 1991, por ter vencido a Libertadores e a Supercopa em 1990. O maior vencedor é o argentino Boca Juniors (4 vezes: 1990, 2005, 2006 e 2008), seguido por Internacional-RS (2007 e 2011), São Paulo (1993 e 1994), LDU do Equador (2009 e 2010) e Olimpia do Paraguai (1991 e 2003). Os outros campeões têm só um título: Cruzeiro (1998), Independiente-ARG (1995), Vélez Sársfield-ARG (1997), Cienciano-PER (2004), Colo Colo-CHI (1992), Grêmio-BRA (1996), Nacional-URU (1989) e Santos-BRA (2012). O Brasil é o país com mais títulos (8, contando com o de 2013), seguido por Argentina (6), Equador e Paraguai (2 cada).

Neymar e a Recopa de 2012
Na edição deste ano, que começa a ser disputada amanhã, no Morumbi, a Recopa terá pela primeira vez um clássico regional brasileiro: Corinthians (campeão da Libertadores em 2012) contra São Paulo (campeão da Sul-Americana). O jogo de volta acontecerá no Pacaembu, dia 17 de julho. Se o Corinthians manteve para essa disputa Emerson Sheik, o autor dos dois gols que garantiram a conquista da Libertadores contra o Boca Juniors, no Pacaembu, o São Paulo conseguiu segurar apenas Osvaldo, autor de um dos dois gols da partida decisiva da Copa Sul-Americana contra o também argentino Tigre, no Morumbi - o outro gol foi marcado por Lucas, hoje jogador do Paris Saint Germain. Para o time do Parque São Jorge, recém-campeão paulista, da Libertadores e do Mundial de Clubes, uma eventual derrota não significará muita coisa. Já para o Tricolor, eliminado pelo mesmo Corinthians na semifinal do Paulistão, a perda de mais esse título poderá custar a cabeça do técnico Ney Franco - e mais uma "faxina" no elenco, como ocorreu na eliminação da Libertadores deste ano, após goleada do Atlético-MG.

A RECOPA SUL-AMERICANA A CADA EDIÇÃO

1989 - A primeira edição teve dois jogos: o Nacional do Uruguai, campeão da Libertadores de 1988, ganhou a primeira partida em casa, por 1 a 0, e levantou a primeira Recopa ao empatar sem gols a partida de volta, contra o argentino Racing, campeão da Supercopa do ano anterior.


1990 - Na segunda edição, a Recopa teve como vencedor o Boca Juniors, que era o campeão da Libertadores. A disputa ocorreu em jogo único, em Miami, nos Estados Unidos, contra o colombiano Atlético Nacional, que tinha vencido a Supercopa dos Campeões em 1989. Foi 1 x 0 para os argentinos.


1991 - Por ter vencido tanto a Copa Libertadores quanto a Supercopa de 1990, o Olimpia do Paraguai foi declarado automaticamente o campeão da Recopa do ano seguinte. Dois anos depois, o São Paulo passaria pela mesma situação, ao vencer as duas competições, mas houve disputa da Recopa.


1992 - Novamente em jogo único, o Colo Colo, do Chile, campeão da Libertadores de 1991, derrotou o brasileiro Cruzeiro, campeão da Supercopa, por 4 a 2 na disputa de pênaltis (no tempo normal, o jogo terminou 0 x 0). A disputa ocorreu na cidade de Kobe, no Japão.


1993 - Primeira disputa entre brasileiros: o São Paulo de Telê, campeão da Libertadores, e o Cruzeiro campeão da Supercopa, que agora contava com o garoto Ronaldo Nazário. Sabe-se lá por quê, teve jogo de ida e volta: dois 0 x 0 e São Paulo campeão nos pênaltis por 4 x 2.


1994 - Mais uma Recopa decidida entre brasileiros. O São Paulo podia ser campeão automático, pois tinha vencido a Libertadores e a Supercopa de 1993. Mas o Botafogo-RJ, campeão da Copa Conmebol, foi convidado para a disputa, novamente em Kobe, no Japão. Deu São Paulo: 3 x 1.


1995 - Dessa vez, houve o primeiro confronto entre argentinos - e a primeira vitória do campeão da Supercopa sobre o da Libertadores. Em jogo único em Tóquio, o Independiente derrotou por 1 x 0 o Vélez Sársfield (que no ano anterior tinha vencido o São Paulo na final da Libertadores).


1996 - O Grêmio de Felipão, campeão da Libertadores em 1995, foi o segundo brasileiro a levantar a Recopa Sul-Americana, em jogo único disputado em Kobe, no Japão. E foi com goleada: 4 a 1 sobre o o Independiente, campeão da Supercopa no ano anterior.


1997 - Segunda disputa entre argentinos e, curiosamente, segunda vitória do campeão da Supercopa. Novamente em Kobe, o Vélez Sársfield se vingou de 1995 e venceu na disputa de pênaltis o River Plate (4 x 2), depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal.


1998 - Terceiro campeão brasileiro: em jogos de ida e volta, o Cruzeiro, campeão da Libertadores em 1997, venceu o River Plate em casa por 2 x 0 e novamente na Argentina, por 3 x 0. Foi a última disputa da Recopa antes da interrupção por causa da extinção da Supercopa.


2003 - Depois de quatro anos, a Recopa voltou com o paraguaio Olimpia, campeão da Libertadores em 2002 (contra o São Caetano, em pleno Pacaembu), vencendo por 2 x 0, em jogo único em Los Angeles (EUA), o argentino San Lorenzo, campeão da primeira Copa Sul-Americana.


2004 - Última edição em que a Recopa foi disputada em jogo único. Em Fort Lauderdale (EUA), o Cienciano, do Peru, foi o primeiro campeão da Copa Sul-Americana a derrotar o campeão da Libertadores, o Boca Juniors. Foi 1 x 1 no tempo normal e 4 x 2 nos pênaltis.


2005 - Início da hegemonia do Boca Juniors na Recopa. O time, que já havia vencido em 1990 (e venceria em 2006 e 2008), ganhou em 2005 do colombiano Once Caldas, campeão da Libertadores. No jogo de ida, 3 a 1 para o Boca em Buenos Aires. Na volta, derrota por 2 a 1 em Manizales.


2006 - Novo título do Boca Juniors e novamente contra o campeão da Libertadores, o São Paulo. No jogo de ida, 2 x 1, de virada para os argentinos, em La Bombonera. No Morumbi, 2 x 2. Após a premiação, Rogério Ceni causou polêmica ao atirar sua medalha para a torcida.


2007 - Mais um título brasileiro. O Internacional-RS, que derrotou o São Paulo na final da Libertadores de 2006, conquistou a Recopa sobre o mexicano Pachuca. No jogo de ida, os gaúchos foram derrotados por 2 a 1. Mas golearam por 4 a 0 e levantaram o troféu em Porto Alegre.


2008 - Quarto título do Boca Juniors, que tinha vencido a Libertadores de 2007 derrotando o Grêmio na decisão. Dessa vez, os argentinos levantaram a Recopa ao vencer o compatriota Arsenal de Sarandí por 3 x 1, na partida de ida, e empatar por 2 x 2 a volta, em La Bombonera.


2009 - A equipe equatoriana Liga Deportiva Universitaria, campeã da Libertadores de 2008 (contra o Fluminense, em pleno Maracanã), venceu a Recopa contra o Internacional, primeiro brasileiro campeão da Sul-Americana. A LDU venceu duas vezes: 1 x 0 no Brasil e 3 x 0 no Equador.


2010 - Bicampeonato da LDU, dessa vez jogando como campeã da Copa Sul-Americana de 2009. O adversário foi o campeão da Libertadores, o Estudiantes (que havia derrotado o Cruzeiro no Mineirão no ano anterior). A LDU venceu por 2 x 1 em casa e empatou a volta sem gols.


2011 - Outro título brasileiro. O Internacional, campeão da Libertadores de 2010, conquistou a Recopa contra o Independiente, campeão da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, no país vizinho, 2 x 1 para os argentinos. Na volta, no Rio Grande do Sul, 3 x 1 e troféu para os brasileiros.


2012 - Sétimo título para o Brasil (e o oitavo já está garantido este ano, na disputa entre Corinthians e São Paulo). O Santos, campeão da Libertadores em 2011, enfrentou o Universidad de Chile, campeão da Copa Sul-Americana. Resultado: 0 x 0 na ida e 2 x 0 para o time de Neymar no Brasil.


domingo, junho 30, 2013

Singela homenagem à Espanha

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Relembrando a marchinha de Braguinha "Touradas em Madrid", cantada pelo Trio Irakitan em cena do filme "Garota Enxuta", do diretor iugoslavo J B Tanko que dirigiu desde filmes quase eróticos até películas dos Trapalhões como o imortal Saltimbancos Trapalhões.

A música, que serviu de trilha para a torcida do Maracanã comemorar a vitória de 6 a 1 sobre a Espanha, na Copa de 1950, tem muito a ver com o baile tomado pela Espanha hoje.

Eeeeeeeu fui às touradas de Madri, parara tchim bum bum bum

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Com aplicação, categoria e sorte, Brasil faz 3 a 0 e põe a Fúria pra dançar em clima de Libertadores
Foi o encontro de duas culturas futebolísticas. A Espanha trouxe seu toque de bola, sua técnica, sua elegância, como se jogasse uma partida da primeira fase da milionária Champions League. O Brasil a recebeu em clima de Libertadores: marcou, correu, pegou e meteu 3 a 0 sem deixar os espanhóis respirarem um minuto. O desempenho coletivo do time de Felipão foi irrepreensível, especialmente ao marcar a saída de bola. Foi também um dia em que tudo deu certo para o Brasil – e errado para a Espanha.
O primeiro gol aos dois minutos é prova dessa maré positiva. Marcelo dá um belo lançamento para Hulk na ponta direita. Ele recebe, tenta uma jogada e erra. Ela bate no pé de um espanhol e sobra para Oscar, que devolve. Hulk cruza meio mal na direção de Fred e Neymar. Um bate e rebate meio estranho, a bola bate na mão de Busquets e se oferece para Fred, já deitado, achar um chute e abrir o placar. Uma sequência de eventos complicada, mas que fez jus e reforçou a apresentação da seleção.
O gol e a vontade dos brasileiros parecem ter desestabilizado a Espanha, que não achou seu jogo em momento algum da partida. Como consolo, podem falar da posse de bola, que mesmo nesse jogo adverso foi maior.
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Buffon pega três pênaltis e garante o terceiro lugar para a Itália

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Goleiro italiano rouba a cena em partida equilibrada. Pelo lado uruguaio, Cavani marcou os dois e foi o destaque

por Nicolau Soares

Itália e Uruguai fizeram uma boa preliminar para a esperada final entre Brasil e Espanha. Jogando no calor de Salvador, os italianos resistiram bravamente ao cansaço depois de duas prorrogações em quatro dias e levaram o terceiro lugar nos pênaltis, com três defesas do impressionante Buffon.

Azzurra e Celeste matizaram um futebol semelhante, priorizando a marcação forte e buscando a saída rápida para o contra-ataque. A diferença crucial está no meio de campo: enquanto a Itália, mesmo entre os reservas, tem jogadores de bom toque de bola, como Montolivo e De Rossi, a meia cancha uruguaia é composta de três volantes sem muita criatividade. Mesmo Cristian Rodríguez, em tese o armador central, limita-se a marcar e pouco se aproxima do bom trio de frente.

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Vitória brasileira pode repetir euforia ilusória de 63 anos atrás

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Ganhar o título da Copa das Confederações sobre a Espanha é o sonho de todo brasileiro, mas não significa que nossa seleção vai bem

Por Marcão Palhares

Quase 63 anos depois, as seleções de Brasil e Espanha se reencontram no estádio do Maracanã. Naquele 13 de julho de 1950, a acachapante goleada por 6 a 1 deu a (falsa) impressão, para todos os brasileiros, de que o título da Copa do Mundo não iria nos escapar. A euforia e o “salto alto” cobraram seu preço na decisão, perdida em casa para o Uruguai.

Agora, sentimentos ambíguos movimentam os torcedores. Por um lado, todos querem uma vitória sobre a Espanha, atual campeã mundial e bicampeã européia e considerada, de fato e de direito, a melhor do mundo. Porém, o título da Copa dos Confederações pode dar uma ilusão muito perigosa sobre as reais possibilidades do Brasil na Copa que sediará em 2014.

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Contra campeões mundiais, Espanha de Del Bosque perde para Brasil de Dunga

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La Roja tem uma série invicta de 29 partidas, mas, levando-se em conta jogos contra equipes com título mundial, como a seleção brasileira, a história muda um pouco

A final entre Espanha e Brasil é especial não somente pelo momento das duas, mas por ser um confronto entre equipes que já conquistaram títulos mundiais. Atual campeã do mundo e bi da Eurocopa, a Espanha ostenta, antes da final da Copa das Confederações, uma série invicta invejável de 29 jogos em competições oficiais. O último revés aconteceu na Copa de 2010, uma derrota para a Suíça por 1 a 0. Desde então, o time de Vicente Del Bosque não sabe o que é perder.

Na lista de jogos estão muitas seleções que têm pouca tradição no futebol. Honduras, adversário do Mundial; Liechtenstein e Lituânia, rivais das eliminatórias da Euro 2012; além de Bielorrúsia, Geórgia e Finlândia, do grupo das eliminatórias da Copa de 2014. Mas se levarmos em conta equipes campeãa mundiais, tipo de confronto que era uma preocupação para a seleção brasileira até a vitória contra o time misto da França, o desempenho espanhol mostra um aproveitamento de 71,4%, com quatro vitórias – contra Alemanha, Itália, França e Uruguai – e três empates, contra a Itália, duas vezes, e França.

No entanto, se incluirmos os amistosos, a Espanha foi derrotada pela Argentina em setembro de 2010, por 4 a 1, também perdeu para a Itália, em agosto de 2011, e para a Inglaterra, em novembro do mesmo ano. Jogou contra outro campeão do mundo, o Uruguai, em amistoso disputado em Doha, em fevereiro, e venceu.

Somados esses amistosos aos jogos oficiais contra campeões do mundo disputados desde a Copa de 2010, o cartel da Espanha piora um pouco. São cinco vitórias, três empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 50%. E, boa notícia para o Brasil, os revezes dos europeus foram jogando fora de casa.


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Uruguai e Itália fazem jogo de consolação

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Azzurra chega com pelo menos sete desfalques para decisão do terceiro lugar, enquanto Uruguai faz treinos secretos
por Thalita Pires
Com níveis de motivação bem diferentes, Itália e Uruguai se enfrentam nesse domingo, às 13h, em Salvador, na decisão do terceiro lugar da Copa das Confederações. Depois de uma semifinal de 120 minutos, a seleção italiana deverá ser, em sua maior parte, reserva. O Uruguai, por sua vez, está confiante na possibilidade de vencer os italianos por conta do tempo maior de descanso desde a derrota para o Brasil.
Além de Balotelli e Abate, que não jogaram contra a Espanha e já estão de volta à Itália, o time não contará com Pirlo, muito desgastado, e Barzagli, com dores no calcanhar. De Rossi, Marchisio e Chiellini ainda serão avaliados pelo departamento médico. Até o goleiro Buffon pode entrar na lista dos desfalques. O técnico Cesare Prandelli cogita dar um descanso ao goleiro. Prandelli, aliás, chegou a declarar que a decisão de terceiro lugar, em uma competição com apenas oito times, deveria ser repensada pela FIFA.
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sexta-feira, junho 28, 2013

Arbitragem favoreceu o Brasil duas vezes contra a Espanha

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Pênalti claro de Nilton Santos foi marcado como falta fora da área, em 1962, e juiz ignorou bola que 
pingou dentro da meta de Carlos após chute de Michel, em 1986

Por Marcão Palhares

Brasil e Espanha são os únicos países que venceram uma Copa do Mundo fora de seu continente, em 1958 (Suécia), 2002 (Japão e Coreia) e em 2010 (na África do Sul). E a seleção espanhola é uma das que mais nos enfrentaram em jogos de mundiais: cinco vezes – apenas duas vezes menos do que nossa adversária mais frequente, a Suécia (sete jogos), e o mesmo número de confrontos que tivemos em Copas contra a Itália, por exemplo.

O primeiro jogo contra os espanhóis, em 1934, selou a eliminação mais precoce do Brasil em uma Copa do Mundo. Muito por culpa da preparação mambembe, pois a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estava em pé de guerra com as federações de futebol de alguns estados, como São Paulo (o Palestra Itália, hoje Palmeiras, escondeu seus jogadores em uma fazenda, sob escolta), e levou à Copa basicamente atletas de times cariocas. Além disso, os brasileiros perderam a forma física nas duas longas semanas de duração da viagem de navio até a Itália.
E o amadorismo também marcava o próprio evento: com a desistência do Peru, o Brasil nem disputou o confronto único do grupo 2 e passou direto para as oitavas-de-final. Foi quando enfrentou a Espanha e perdeu por 3 a 1, voltando pra casa após a disputa de uma solitária partida.

‘Tourada’ no Maracanã

O jogo seguinte entre as duas seleções seria o mais emblemático da história. Em 1950, no Maracanã, os brasileiros golearam por 6 a 1, enquanto pouco mais de 150 mil torcedores riam e entoavam em côro “Touradas em Madri”, do compositor João de Barro, o “Braguinha” – “Eu fui às touradas em Madri/ Parará-tim-bum!/ Bum-bum!”. Ademir de Menezes (dois gols), Chico (mais dois), Zizinho e Jair Rosa Pinto destroçaram o adversário.
Já a partida mais insossa ocorreu na fase de grupos da Copa da Argentina, em 1978, um sonolento zero a zero em que o zagueiro brasileiro Amaral defendeu um gol certo da Espanha em cima da linha. Quanto aos dois confrontos restantes, entramos aqui no assunto principal desse texto: os erros de arbitragem. E, em ambas as vezes, favoráveis ao Brasil.
O primeiro erro – e mais gritante – ocorreu em 1962, na Copa do Chile. Na fase de Grupos, enfrentamos a Espanha no grupo C. O nosso adversário tinha dois dos maiores astros do Real Madrid, pentacampeão da Liga dos Campeões europeia, entre 1956 e 1960: o ponta-esquerda Gento e o atacante húngaro – naturalizado espanhol – Puskás, um dos gênios do futebol em todos os tempos. O Brasil tomou grande sufoco e, no fim do primeiro tempo, já perdia por 1 a 0, gol de Rodríguez.

Passinho esperto

Pouco depois, Collar invadiu a área pela direita e foi derrubado por Nilton Santos. O próprio lateral-esquerdo brasileiro reconheceria, depois, que um placar de 2 a 0 dificilmente seria revertido por nós. Mas, na malandragem, Nilton deu um passo à frente e o juiz chileno Sergio Bustamante marcou falta fora da área (!). Pior: após a cobrança da falta, Puskás fez um gol de bicicleta e Bustamante anulou, alegando um duvidoso “jogo perigoso”.
No segundo tempo, com dois gols de Amarildo (que debutava como titular da seleção, após a contusão que tirou Pelé da Copa), o Brasil virou o jogo.


Pingou dentro

Vinte e quatro anos depois, no México, a seleção canarinho estrearia no grupo D justamente contra a Espanha. No início do segundo tempo, no rebote de uma cobrança de escanteio, o espanhol Michel matou a bola no peito e mandou um petardo. Após bater no travessão, a bola pingou dentro do gol de Carlos.
Só que, mais uma vez, a arbitragem ajudou: o juiz australiano Christopher Bambridge não marcou o gol. Minutos mais tarde, Sócrates fez de cabeça o tento solitário que selou nossa vitória.



No próximo domingo, talvez não tenhamos tanta camaradagem. Mas, se o histórico de confrontos vale alguma coisa, podemos nos animar. Somando os cinco jogos em Copas com três amistosos, temos, no total de 8 jogos, 4 vitórias e só 2 derrotas. Façam suas apostas!

Fichas técnicas

Espanha 1 x 2 Brasil
Data: 06/06/1962.
Local: Estadio Sausalito (Viña del Mar).
Árbitro: Sergio Bustamante (Chile).
Gols: Rodríguez (35’), Amarildo (72’) e Amarildo (86’).
Espanha: Araguistain; Rodri, Rodríguez e Gracia; Verges, Etxeberria e Pérez; Collar, Peiró, Puskás e Gento. Técnico: Helenio Herrera.
Brasil: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira.
Brasil 1 x 0 Espanha
Data: 01/06/1986.
Local: Estádio Jalisco (Guadalajara).
Árbitro: Christopher Bambridge (Austrália).
Gol: Sócrates (61’).
Brasil: Carlos; Edson, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Muller). Técnico: Telê Santana.
Espanha: Zubizarreta; Tomás, Goicoechea, Maceda e Camacho; Michel, Muñoz, Francisco (Señor) e Julio Alberto; Salinas e Butragueño. Técnico: Miguel Muñoz.

Espanha vence nos pênaltis e pega Brasil na final da Copa das Confederações

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Itália cria dificuldades para espanhóis, mas não consegue superar a Fúria

Por Thalita Pires

A partida entre Espanha e Itália começou da maneira que todo mundo imaginava. Os atuais campeões europeus e mundiais dominaram amplamente a posse de bola e envolveram o time italiano com seu toque de bola. O que ninguém previa era que, mesmo nesse cenário, o ataque italiano fosse muito mais perigoso que o espanhol. Aos poucos, o panorama da partida foi mudando. A Espanha adaptou-se à marcação italiana e mudou sua forma de jogar. Passou a usar as laterais e abusou dos cruzamentos na área, atordoando a defesa italiana. Se no primeiro tempo o placar das finalizações foi de 9 a 2 para a Azzurra, ao final do jogo a Espanha tinha 19, contra 13 da Itália.

Mas a relativa abundância de chutes a gol não conseguiu vencer os goleiros e a falta de mira. Em 120 minutos, o placar não saiu do zero e a partida foi decidida nos pênaltis. A Espanha venceu por 7 a 6 e se classificou para a final com o Brasil. No tira-teima da final da Euro 2012 a Itália mostrou mais qualidade, mas não a ponto de superar os espanhóis.

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quinta-feira, junho 27, 2013

Sob muito calor, Espanha e Itália decidem vaga na final

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Times repetem decisão da Eurocopa e lidam com diferentes problemas extra-campo

Por Thalita Pires

Hoje, às 16h, Fortaleza recebe a partida entre Itália e Espanha, a segunda semifinal da Copa das Confederações. Naquele que é um repeteco da final da Eurocopa, os times terão uma preocupação a mais: o calor. As duas delegações já reclamaram das altas temperaturas e da alta umidade do ar no Nordeste. No jogo contra o Japão, no Recife, a Itália atribuiu uma parte da culpa pela partida ruim ao clima. Contra o Uruguai, na mesma cidade, a Espanha tirou o pé no segundo tempo.

Para a partida de hoje, a Itália tem mais com o que se preocupar. O time perdeu o atacante Balotelli, contundido no jogo contra o Brasil. Além disso, a Azzurra precisa provar que tem futebol para bater o time de Iniesta, que desde 2010 domina o futebol mundial.

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quarta-feira, junho 26, 2013

Brasil joga mal, mas impede ‘Mineirazo’ e avança à final

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(Danilo Borges/Portal da Copa)
Em jogo tecnicamente fraco, seleção vence Uruguai por 2 a 1 com direito a defesa de pênalti

Por Thalita Pires

Em jogo mais disputado do que técnico, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1 na primeira semifinal da Copa das Confederações. Mais eficiente no ataque, a seleção evitou um vexaminoso ‘Mineirazo’ e agora espera o ganhador de Espanha e Itália.

A seleção brasileira não teve êxito em realizar a blitz que vinha garantindo gols no início das partidas nesta Copa das Confederações. O Uruguai soube segurar a pressão, e em vez de ser atacado, acabou pressionando mais.

Enquanto o Brasil tinha dificuldade na saída de bola, o time celeste atacava e, logo aos 12, teve a chance de abrir o placar. Em lance de escanteio, David Luiz quase arrancou a camisa de Lugano dentro da área. Pênalti e cartão amarelo para o zagueiro brasileiro. Na cobrança, no entanto, Forlán chutou mal e Julio César, adiantado, realizou a defesa.

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Para entender o futebol do Uruguai

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O jornalista Andrés Reyes, autor de um livro que pretender ser o ‘guia ideal para compreender o futebol mais incompreensível do mundo’, fala sobre o momento atual da Celeste

Por Glauco Faria


"Inequivocamente o [futebol] com maior densidade de futebolistas profissionais bem sucedidos e Copas ganhas por habitante”. É assim que o jornalista Andrés Reyes define o futebol de seu país no livro El Propio Fútbol Uruguayo – Una guía ideal para coprender el fútbol más incomprensible del mundo, ainda sem edição em português. “A única coisa que nos faz diferentes é que nossos pequenos recebem uma bola antes de aprender a caminhar”, sugere, tentando explicar o sucesso celeste no mundo da bola.

Mas se engana quem acha que se trata de um livro laudatório. Com um texto bem humorado, Reyes trata o futebol de seu país de forma bastante sarcástica por vezes, criticando sua organização e mesmo fazendo ressalvas a conquistas importantes como o quarto lugar na Copa de 2010, lembrando que a seleção enfrentou nas oitavas e quartas de final adversários que ele considera mais fracos, Coreia do Sul e Gana. Nada parecido com o que se vê em parte da mídia brasileira em relação à seleção...

Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, o jornalista fala sobre a história da seleção e do atual momento da equipe, comenta a respeito de jogadores conterrâneos seus que foram ídolos por aqui, como Rodolfo Rodríguez e Lugano, e também dá seus pitacos sobre a bola que rola no Brasil, ressaltando que o futebol daqui pouco chega a seu país. “São transmitidas ao vivo para o Uruguai todas as partidas na Argentina, Espanha, Inglaterra e Itália. As pessoas mais ou menos sabem que na Argentina foi campeão o Newell's; na Espanha, o Barcelona; na Inglaterra, o Manchester; na Itália, a Juventus. Mas não se tem muito claro quem ganhou os estaduais, nem o último Brasileirão.”


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Brasil pega o Uruguai por vaga na final e moral

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Se ambos começaram o torneio com algo a provar, os brasileiros parecem ter avançado mais em seu propósito do que os eternos carrascos da Copa de 1950

Por Nicolau Soares

(Danilo Borges/Portal da Copa/ME)
Brasil e Uruguai enfrentam-se nesta quarta-feira, às 16h, no Mineirão, pela primeira semifinal da Copa das Confederações. Se ambos começaram o torneio com algo a provar, os brasileiros parecem ter avançado mais em seu propósito do que os eternos carrascos da Copa de 1950.

Depois de uma primeira fase excelente em termos de resultados, o time escalado por Felipão começou a conquistar a confiança dos torcedores. Foram três partidas convincentes da equipe, num crescendo de dificuldade e tradição: o fraco Japão, a asa negra México e o fecho de ouro com o 4 a 2 sobre a Itália, primeira vitória contra um campeão mundial em um bom tempo. Tá certo que a Azurra não tinha o craque Pirlo, mas o Brasil também teve lá seus desfalques (antes e durante a partida) e deu conta do recado.

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O que seu time tem feito no recesso da Copa das Confederações?

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Palmeiras treina para retomada da Série B

Uma rápida olhada sobre o que os clubes de São Paulo e do Rio fizeram (ou não) durante a pausa dos campeonatos no Brasil

Corinthians – desmanche à vista?

No Timão, as notícias da parada não permitem comemoração. O volante Paulinho, principal jogador do time nos últimos tempos, pode estar de saída rumo ao Tottenham. O time inglês ofereceu o valor integral da multa do camisa 8, de 20 milhões de euros, o que é uma bela grana. Também especula-se a possibilidade de saída de Emerson Sheik, que negocia renovação de contrato, para o Flamengo, e Chicão para o Internacional. Juntando com as também sempre presentes notícias sobre Ralph, teríamos um desmanche completo para Tite administrar no segundo semestre.

De chegadas, aparece no radar o zagueiro Cléber, da Ponte Preta. E em delírios mais profundos, o meia Kaká.

Palmeiras – Verdão perto de voltar para São Paulo

De folga também na Série B, o Palmeiras se organiza para o quarto e último dos mandos de jogo perdidos por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicada em 2012. No confronto diante do Oeste, em 6 de julho, o palco será o Estádio Municipal Eduardo José Farah, o Prudentão, em Presidente Prudente, a 550 quilômetros da capital paulista.

Preparando-se para a sétima rodada da Segundona, o Palmeiras está em terceiro lugar, com 12 pontos. Como preparação para a volta, o time de Gilson Kleina venceu por 2 a 0 um jogo-treino contra o São Bernardo. Melhor do que o Taiti?


São Paulo – novidade na lateral-esquerda

No São Paulo, a novidade foi a contratação do lateral-esquerdo tricampeão da Copa Libertadores, Clemente Rodríguez, do Boca Juniors. Pelo menos no que diz respeito ao torneio mais cobiçado pelos tricolores, o currículo de Rodríguez é vasto, já que, neste ano, ele passou a ser o atleta argentino com mais jogos disputados na competição. Além de três passagens pelo Boca, o lateral vestiu as camisas de Spartak Moscou, Espanyol e Estudiantes de La Plata, disputou a Copa do Mundo de 2010 pela seleção argentina e foi campeão olímpico em 2004.

Mas esta terça-feira (25) também é um dia especial para o torcedor são-paulino. Há 20 anos, Rogério Ceni estreou pelo clube na partida entre São Paulo e Tenerife, e, com 1077 jogos disputados pelo Tricolor, o goleiro pode ultrapassar a marca de Pelé como jogador que mais defendeu um clube. Para isso, basta Ceni disputar mais 38 jogos, já que o Rei fez 1114 partidas pelo Santos. 

Santos – nome de interino ganha força na Vila

Sem ter chegado a um acordo com Marcelo Bielsa, o Santos segue com Claudinei Oliveira no comando. O último jogo da equipe antes do recesso, contra o Atlético-MG, fez com que muitos torcedores defendessem a permanência do técnico campeão da Copa São Paulo de Juniores de 2013, algo que também encontra eco em jogadores do elenco, como o veterano Léo. Mas, ao que tudo indica, Geraldo Martino, treinador do Newell's Old Boys, está virtualmente fechado e chega após a Libertadores.

Mas, em termos de contratações, chegou o lateral direito Cicinho, da Ponte Preta, que também era pretendido pelo São Paulo. Quem também está próximo é o lateral esquerdo da seleção chilena Mena, da LAU. Já a ida de Felipe Anderson para a Lazio está praticamente selada. O negócio com o meia gira em torno de 7,8 milhões de euros (aproximadamente R$ 23 milhões), e o Santos deve ficar com metade do montante e mais 25% de uma venda futura. Já Robinho continua na pauta, embora a concretização da vinda do atacante dependa de uma redução na pedida do Milan, que tem contrato com ele até agosto de 2014.

Flamengo – chega Mano, saiu Abreu

Após um descanso de oito dias, o Flamengo retornou com mudanças significativas: contratou o técnico Mano Menezes e mandou embora, a princípio sem qualquer justificativa, Renato Abreu, um dos poucos lúcidos da equipe. A diretoria mandou às favas sua tão divulgada e elogiada política de austeridade e optou pelo “valorizado” treinador, cujas principais conquistas são duas Séries B. Estaria o rubro-negro já se planejando para 2014?

Voltando a falar de Abreu, qual seria a relação entre a chegada do novo técnico e sua repentina saída da Gávea pela porta dos fundos? Quando ainda estava à frente da seleção, para surpresa até mesmo do próprio jogador, Mano o convocou para um confronto com a Argentina pela Copa Rocca. Será que o treinador se arrependeu?

Fluminense – polêmica com Thiago Neves

Nas Laranjeiras, o meia Thiago Neves desabafou pelo seu perfil no Twitter contra informações que teriam circulado dando conta de que ele teria disputado uma partida beneficente na praia de Copacabana, no último domingo. O atleta não viajou aos Estados Unidos com a delegação que excursiona no país e ficou no Rio de Janeiro com a justificativa de se recuperar de uma lesão na panturrilha esquerda. "Boa tarde, galera. Desculpa ter ficado tanto tempo sem entrar e falar com vocês. Não ligo pra críticas, eu até gosto de ler algumas coisa porque isso me faz crescer ainda mais. Só não gosto que fiquem inventando mentiras. Inventando coisas que não aconteceram. Posso não estar na melhor forma como muitos de vocês querem, mas também não sou idiota de jogar uma pelada", disse.

Em meio à polêmica, a diretoria do Fluminense já começa a pensar em negociar o jogador, que ainda não se firmou como titular e tem salário estimado em R$ 400 mil por mês.

Botafogo – dinheiro é problema

Após nove dias de férias e mais de 60 de salários atrasados, os jogadores do Botafogo se recusaram a fazer uma intertemporada em Pinheiral/RJ. A postura dos atletas fez o vice de futebol, Chico Fonseca, vir a público negar esta informação e dizer que o período de preparação foi cancelado pela necessidade do clube de economizar, e por isso o time fará os treinamentos em General Severiano, mesmo. O dinheiro que poderia salvar os salários do elenco, proveniente da venda de Fellype Gabriel, está correndo grande risco de não chegar aos cofres alvinegro pois o clube já recebeu um mandado de penhora da Fazenda Nacional.

E, ao que tudo indica, outro atleta que pode estar de saída é o goleiro Jefferson. Clubes europeus como Manchester United, Tottenham, Napoli e Roma estariam interessados no jogador, que já teria manifestado aos dirigentes do clube o desejo de se transferir para o Velho Continente.

Vasco – o Gigante da Colina trabalha

O Vasco não deu moleza a seus jogadores e, após apenas três dias de descanso, a equipe voltou a treinar - e com o meia colombiano Montoya como novidade. A mais recente contratação cruzmaltina é o atacante Reginaldo, que, aos 29 anos, nunca havia jogado profissionalmente por um clube no Brasil. Com ele, o Vasco somou 17 contratações feitas na temporada até agora, o equivalente quase ao que os três rivais do Rio contrataram no período, 20 atletas.

Outro fato notável no período de recesso foi a saída do diretor de futebol Renê Simões. A verdade é que a diretoria e a torcida não aguentavam mais as declarações e atitudes do chamado “Super Mário”, que afirmou ter pedido demissão, e não ter sido demitido.

Parte das informações sobre clubes do Rio retiradas deste post aqui

terça-feira, junho 25, 2013

Ria

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"Estamos bem servidos e teremos uma luta sadia pela vaga. O Juan, com o seu talento, e o Reinaldo, que é um garoto com muito potencial, também têm condições de brigar por uma vaga no setor."

Ney Franco, técnico do São Paulo, ao comentar nesta terça-feira a contratação do lateral-esquerdo argentino Clemente Rodríguez.


"Boa, Juan!"

Jogadores do São Paulo, caçoando o lateral-esquerdo no treino desta terça-feira, quando ele marcou um gol contra bisonho ao tentar atrasar a bola para o goleiro.


(Ps.: Por que será que a diretoria do São Paulo foi atrás de outro lateral-esquerdo, mesmo?)

segunda-feira, junho 24, 2013

Romário responde a Ronaldo e cobra ingressos para pessoas com deficiência

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(Alexandra Martins / Câmara dos Deputados)

Em carta aberta ao ex-companheiro de seleção, deputado afirma cumprir seu papel de fiscalizador e diz não se aproveitar de "situação de indignação popular"

Há pouco tempo, eles chegaram a formar a dupla de ataque dos sonhos de muitos brasileiros. Pela seleção, Romário e Ronaldo foram vice-campeões do Torneio da França, em 1997, e campeões da Copa América e da Copa das Confederações, no mesmo ano. Mas, atualmente, o clima entre os dois não é dos melhores. No sábado (22), questionado sobre as críticas que o deputado federal tem feito em relação à Copa do Mundo, o ex-jogador e membro do Comitê Organizador Local da Copa (COL), disse não ter nada para falar do Romário. Mas falou. "Vivemos um momento de reflexão. Precisamos de soluções para melhorar o Brasil e não só ficar apontando o dedo para fulano e ciclano, sendo que o Brasil precisa de mudanças. Gostaria de mudar, mas não tenho cargo público e político, ele [Romário] tem."

Romário não deixou barato e, neste domingo (23), divulgou uma carta aberta ao ex-parceiro de seleção brasileira. No texto, Romário disse não se aproveitar da "situação de indignação popular" e destacou que tem acompanhado, desde que assumiu seu mandato, tudo o que acontece no Brasil na área esportiva. Segundo ele, a primeira impressão negativa que teve sobre o Mundial foi a Lei Geral da Copa, por conta dos poderes excessivos concedidos à Fifa. “Trabalhei junto com outros deputados para tornar aquele texto mais favorável ao Brasil. Em um dos artigos, por exemplo, sugeri que a Fifa deixasse no Brasil 10% do seu lucro, de R$ 4 bilhões, para investimento no futebol de base e outros esportes praticados por pessoas com deficiência”, disse.

O parlamentar também afirmou acompanhar de perto o que vem sendo feito na preparação do Mundial. “Uma coisa que você [Ronaldo] não deve saber, é que uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode dizer que não tenho feito isso. São incontáveis os relatórios divulgados por mim sobre o excesso de gastos.”

Romário aproveitou também para cobrar 32 mil ingressos que seriam destinados para pessoas com deficiência e de baixa renda e que teriam sido prometidos por Ronaldo. Leia abaixo a carta aberta na íntegra:


Carta aberta ao Ronaldo:

Ronaldo, meu camarada

Se tem alguém se aproveitando dessa situação de indignação popular, certamente, não sou eu. Desde 2011, quando assumi meu mandato, tenho me informado sobre tudo que acontece no Brasil na área de esporte para contribuir com minha experiência. O primeiro impacto negativo que tive foi a Lei Geral da Copa, que dava poderes excessivos à FIFA. Trabalhei junto com outros deputados para tornar aquele texto mais favorável ao Brasil. Em um dos artigos, por exemplo, sugeri que a FIFA deixasse no Brasil 10% do seu lucro, de R$ 4 bilhões, para investimento no futebol de base e outros esportes praticados por pessoas com deficiência. Entre outros projetos que você, certamente, pode conferir posteriormente.

Como você também deve saber, estou tentando instalar um CPI da CBF na Câmara, para que possamos por fim aos desmandos daquela instituição e resgatar a verdadeira função do futebol, que é fortalecer este esporte tão amado por mim, por você e por milhões de brasileiros.

Uma coisa que você não deve saber, é que uma das funções de deputado é fiscalizar, além da CBF, entidades como a que você faz parte, o Comitê Organizador Local (COL). E ninguém pode dizer que não tenho feito isso. São incontáveis os relatórios divulgados por mim sobre o excesso de gastos. Visitei TODAS as cidades-sedes para fiscalizar obras de mobilidade, aeroportos, estádios e acessibilidade. Minha função não permite ações mais efetivas, fica a cargo do Executivo dar a canetada final.

Para finalizar, parceiro, não é só governo que contribui com o bem da população de seu país, empresários e cidadãos bem intencionados também compartilham desta inestimável generosidade.

Aliás, nós da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência ainda esperamos os 32 mil ingressos para a Copa do Mundo prometidos publicamente por você, em nome do COL, para as pessoas com deficiência e de baixa renda.

Com apreço,

Romário


Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

Não fez... tomou três

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Nigéria bem que criou oportunidades, mas pagou o preço da ineficiência diante da implacável Fúria

Por Mauricio Ayer

As chances de classificação da Nigéria eram mínimas, já que o seu rival Uruguai estava diante do saco de pancada Taiti. Sua única opção era ir pra cima dos atuais campeões da Europa e do mundo. E foi o que fez durante todo o primeiro tempo e grande parte do segundo.

Já a Espanha entrou em campo em situação de grande tranquilidade, e ligou o automático depois que abriu o placar com menos de 5 minutos, com o lateral Jordi Alba. Ou seja, pôs o jogo no seu default, com forte predomínio da posse de bola, movimentação acentuada no meio campo e enfiadas de qualidade para os atacantes que de repente escapam da marcação e se colocam em situação de gol.

Atrás no placar, a Nigéria não se intimidou. Explorou muito a subida dos alas Ambrose e Echiejile, e criou oportunidades claras, que poderiam, ou melhor, deveriam ter sido convertidas. Faltou sangue frio? Faltou categoria? Seja lá qual for a explicação, a Nigéria não conseguiu equilibrar a partida mais por sua incompetência nas situações agudas de jogo do que por uma grande superioridade demonstrada em campo pela Espanha.

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domingo, junho 23, 2013

Xodó da torcida, Taiti se despede tomando 8 a 0 do Uruguai

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Reservas uruguaios não têm dó dos taitianos, voltam a golear depois de 18 jogos e se preparam para pegar o Brasil

O técnico do Uruguai do Óscar Tabárez repetiu o espanhol Vicente Del Bosque e escalou onze reservas para enfrentar o Taiti. Muita confiança? Não, só a lógica.

Quem resolveu ir à cozinha e abrir a geladeira deve ter perdido o primeiro tento de nossos vizinhos. Abel Hernández, atacante do Palermo, marcou após cobrança de escanteio, aos 2 minutos. Contudo, assim como na partida contra a Espanha, demorou para o Taiti sofrer o segundo, apesar do amplo domínio rival. Aos 23, novamente Hernández fez, após aplicar um balão em Jonathan Tehau, fazendo um belo gol.

Pouco tempo depois, aos 26, a já famosa linha de impedimento taitiana fez das suas e Diego Pérez cabeceou na trave, mas ficou com a sobra e fez o terceiro gol celeste.

O bravo Taiti, porém, não desistiu. A equipe da Oceania, aliás, contava com a simpatia dos presentes na Arena Pernambuco e tinha até uma torcida organizada. Torcedores do Íbis, do interior pernambucano, que gosta de ostentar a fama de “pior time do mundo”, se juntaram na “Taitíbis” para juntos esperarem o imponderável. Que, aliás, quase aconteceu após Chong Hue carregar a bola pela esquerda, tirar o goleiro Martin Silva do lance, mas sair pela linha de fundo com bola e tudo.

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