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domingo, maio 04, 2008

Um técnico, um camisa 10 e uma fila

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Palmeiras e Ponte Preta entram em campo na tarde deste domingo. É a final do campeonato Paulista de futebol.



Como torcedor alviverde, tô tenso.

A derrota por 4 a 1 pela Copa do Brasil para o Sport ainda não foi digerida. Mas o problema é a decisão.

Tem a vantagem de ter vencido a primeira partida e poder perder por um gol. Mas tem 90 minutos, outro time. Tem Vanderlei Luxemburgo com frio na barriga, cobrando Valdívia.

O técnico, como mostrou a Folha de S.Paulo de sábado, 3, não foi bem em outras competições além do Paulista desde que voltou da Espanha, em 2005. Nacionais e continentais andam ficando longe do técnico, dizem as estatísticas levantadas pelo veículo. Mais uma conquista pode virar manchete de retranca em caderno de esportes falando em hegemonia (Luxemburgo comandou o Santos nos dois últimos anos, quando o clube da Baixada foi bicampeão). Também significa emprego com moral na esquina da rua Turiaçu com a avenida Antártica para disputar um título maior, no segundo semestre. Precisa resultado pra compensar o peso do salário que recebe ele próprio e os atletas que chamou.

Valdívia
O camisa 10 do Palmeiras, o chileno Valdívia, continua sendo bom de bola, com visão de jogo, rapidez (catimba e choro) para ser marcado e alvo de sarrafadas. Mas fez menos do que deveria nas últimas três partidas do Palmeiras no estadual (sim, fez gol contra o São Paulo) e nas duas da Copa do Brasil, apagado pela marcação. Craque decide, quem não é craque... se deixa marcar.

O meia diz que vai resolver.

E é curioso ver essa conversa cercando o elenco que chegou a ser tratado, exageradamente, como "supertime". Será que não vão entrar outros jogadores em campo com a camisa verde?

Peso
É a fila que me deixa mais tenso, é claro. A Libertadores de 1999 é o último título que considero do meu time. Mercosul e Série B não convêm na hora de se consolar no acúmulo de anos sem conquistas. O último estadual foi em 1996.

Ao ver vendedores ambulantes em cruzamentos da região do estádio e até na avenida Tiradentes com bandeiras e faixas de campeão, só aumentou a tensão.

A Ponte Preta também tem seus desafios. Não consta um título estadual na galeria de troféus do clube. Tem o revés da derrota na primeira partida, está sem o meia Elias, com costela fraturada, deve ser preservado por orientação do departamento médico. O zagueiro César, capitão do time, não melhorou de um entorce no joelho.

Tem o favoritismo do oponente para se motivar, assistindo até a filme de futebol americano (Desafiando Gigantes, citado em um monte de sites evangélicos e no do centroavante do Fluminense Dodô). É a maior vitrine da temporada para os jogadores, ou como manda o jargão do futebol: pode ser o jogo da vida.

Ah, e tem todos os secadores. Neste domingo, torcedores de praticamente todos os times do estado são Ponte Preta desde criancinha. Tirando o presidente Lula.

1 comentários:

Marcão disse...

O Grandes Momentos do Esporte, da Cultura, trouxe na manhã deste domingo uma retrospectiva das quatro vezes que a Ponte foi vice no Paulistão, 70, 77, 79 e 81. Quatro timaços formados em Campinas, o que, infelizmente, não é o caso agora.