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domingo, abril 21, 2013

Corinthians ganha do Atlético: que venha a Ponte!

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Paulinho comeu mais feijão antes da
partida de hoje (Foto: Ale Cabral/Futura Press)

O Corinthians venceu o Atlético Sorocaba por 2 a 0 no Pacaembu, neste domingo, pondo fim à insuportável primeira fase do Paulistão. Nada tenho contra o torneio, ao contrário: quem deve detestá-lo é o pessoal da FPF, pais desnaturados, jogando assim às traças o filho antes dileto.

Mas de todo jeito, assim ficou em quinto lugar o Timão, 9 vitórias 8 empates e  duas derrotas depois. Feitas todas as contas, o Corinthians pega novamente a Ponto Preta, epetindo o duelo das quartas do Paulistão do ano passado, dessa vez fora de casa. A disputa anterior favoreceu a Ponte no regional, mas há quem diga que quem colheu os louros foi mesmo o Corinthians, ao ver o goleiro Júlio Cesar desgraçado por duas falhas perder o lugar para Cássio, um dos heróis da Libertadores e do Bi-Mundial. Vejamos como será o embate deste ano.

Voltando à peleja com o time que habita o coração de controverso reverendo, Tite testou pela primeira vez um ataque com Emerson, Pato e Guerrero, com Danilo no meio-campo. Funcionou assim, assim, já que o adversário era dos mais frágeis. De minha parte, não vejo como Pato e Guerrero podem ser banco, dado o número de gols que os dois marcam. O peruano hoje não guardou, mas fez uma baita jogada para dar o tento a Danilo, calando aqueles que dizem que no Peru só se treina cabeceio. O jovem Alexandre deixou o seu, colhendo rebote de bola na trave chutada por Paulinho, que está chegando a seu nível.

Boa notícia tabém o retorno de Douglas, daqueles atletas que os torcedores adoram odiar. Joga muito, toca bem, mas não perder muito suor com carrinho na lateral. Se voltar ao nível do ano passado, seu toque de bola refinado vai ajudar e muito.

Sobre a próxima fase, a ser disputada em Campinas, data ainda a ser definida pela FPF, acredito que os jogadores corintianos saberão reconhecer o momento de acerto de contas e darão à Ponte tratamento adequado.

quinta-feira, abril 18, 2013

Os confrontos da fase de mata-mata da Libertadores 2013: Corinthians pega o Boca

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Após o término da última rodada da fase de grupos hoje, que confirmou a classificação de todas as equipes brasileiras, os primeiros confrontos do mata-mata do torneio são os seguintes:



Oitavas de final da Libertadores 2013


Atlético-MG X São Paulo

Nacional (URU) x Real Garcilaso (PER)

Vélez Sársfield (ARG) x Newell's Old Boys (ARG) 

Fluminense x Emelec (EQU)


Palmeiras x Tijuana (MEX)

Olimpia (PAR) X Tigre (ARG)

Corinthians x Boca Juniors (ARG) 
 
Independiente Santa Fé (COL) x Grêmio


domingo, abril 14, 2013

Corinthians leva virada merecida do Linense

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Sheik até que foi bem num jogo preguiçoso (Foto: Fernando Calzzani/Agência Estado)

O Corinthians perdeu merecidamente do Linense na tarde deste domingo, por 2 a 1, e de virada, que  é mais gostoso, como é sabido e comentado por todos desde que o futebol existe. Foi mais uma atuação preguiçosa do time, que confiou demais nas próprias qualidades e no gol marcado por Guerrero logo aos 3 minutos de jogo.

O gol não foi um fato isolado no começo da partida. O Corinthians começou pressionando e criou algumas boas chances de gol até uns 15 minutos de jogo. Mas o ímpeto foi caindo e o Linense começou a gostar cada vez mais do jogo, como dizia o filosofo e poeta Juarez Soares. No segundo tempo, passou a adorar, marcando dois gols com João Salles e Leandro Brasília em jogadas bisonhas do sistema defensivo alvinegro, esquisito com o improviso de Alessandro como lateral-esquerdo.

Tite então encheu o time de atacantes no time, especialmente após a expulsão de Marcelo: Jorge Henrique por Pato (sim, isso implica em mais um atacante, já que JH há tempos não joga como tal) e Ralph por Paulo Vitor, jovem que na base era conhecido como Paulinho e fez sua estreia no time principal.

O time virou um bando desorganizado, mas um bando bastante ofensivo. Pressionou o Linense em sua grande área e garantiu ao goleiro Leandro Santos o status de herói da partida ao defender cabeçadas de Pato, Paulo André e um chute do garoto Paulo Vitor. Cabe ainda lembrar que Pato sofreu um pênalti não marcado pelo confuso árbitro, mas juntando o humor da tarde com o jeito que o povo anda perdendo penalidades, não ia dar em nada mesmo.

De útil, Shieik seguiu jogando bem e Guerrero fazendo gol. Pato se mostrou mais participativo e aceso que em outras ocasiões, chamando o jogo pra si quando entrou. Ele precisa perceber que vai precisar correr mais se quiser uma vaga no time. Paulo Vitor jogou pouco mas bem, fazendo umas três jogadas bacanas. Que entre de novo.

Falta mais um jogo para o fim desta horrorosa primeira fase do Paulistão. Que acabe logo.

quinta-feira, abril 11, 2013

Corinthians joga muito e passa fácil pelo San José

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Little Romário comemora o primeiro boi a passar na porteira boliviana (Foto: Marcos Ribolli)

Poucas vezes a expressão “fora o baile” foi tão válida quanto nos 3 a 0 aplicados pelo Corinthians sobre o fraco San José na noite desta quarta, no Pacaembu. Com marcação adiantada o tempo todo, o Timão mal deixou os bolivianos chegarem no campo de ataque.

A falta de meias sentida na última partida foi suprida por uma maior participação de Paulinho ao lado de Danilo, pela pressão constante em cima do adversário com a bola e, sem dúvida, pela falta de futebol do San José.

O primeiro saiu com Romarinho, de cabeça após cobrança de falta de Emerson. Antes disso, Sheik havia sofrido pênalti não marcado pela arbitragem. Os outros dois vieram no segundo tempo, um com Guerrero em novo passe de Sheik e o derradeiro de Edenilson, em bela abertura de Pato após passe de... Sheik.

Sim, Sheik jogou muita bola, bem como Romarinho, responsáveis pela grande movimentação e pela volta da obsessiva marcação no ataque. Os dois foram os melhores em campo, mas na verdade, o ataque todo jogou muito. Para ter uma ideia, Pato entrou no final e, em 15 minutos, meteu uma bola na trave e deu assistência suculenta para o terceiro gol.

A essa altura, Tite já havia sacado Danilo e transformado o já ofensivo 4-2-3-1 inicial em um curioso 4-2-4, só com Paulinho e Ralph no meio, Emerson e Romário pelos lados. A ousadia tão atípica do treinador quando em vantagem no placar se explica pela busca da momentânea segunda colocação geral, conseguida ao ultrapassar no saldo de gols o argentino Vélez Sarsfield, mas que ainda pode ser perdida de acordo com os resultados de outras partidas.

Horácio defende energicamente seu primo JC
Tite tem daqueles problemas bacanas no ataque, com Emerson, Romarinho, Guerrero e Pato jogando muito bem, cada qual em suas características. Destes, parece que Pato, apesar de tecnicamente ser muito bom, perde espaço por não correr loucamente como os demais. Antes disso, alegra meu birrento coração que Jorge Henrique tenha se tornado a quinta opção do meio pra frente – posto que tem boas chances de perder com a volta de Renato Augusto e até de Douglas do estaleiro.

Lá também está o goleiro Cássio, substituído por Júlio “Horácio” César, que hoje não foi exigido mas ainda assim tentou dar alguma emoção num passe meio atrapalhado. JC me deixa na dúvida: não sei se é azarado, pipoqueiro ou simplesmente meio ruinzinho. Volta, Cássio!

quinta-feira, abril 04, 2013

Corinthians joga mal, mas ganha do Millonarios

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Danilo não jogou bem, mas salvou o time na hora do aperto (Guillermo Legaria/AFP)

O Corinthians venceu o Millonarios por 1 a 0 na Colômbia, é líder de seu grupo na Libertadores no saldo de gols e está garantido na próxima fase, mesmo que perca no Pacaembu do boliviano San Jose, o que é improvável. Tudo isso é verdade e muito positivo. Mas que jogou mal nesta quarta-feira, ah, se jogou.

Apertado pelo rival desde o princípio, assustou a incapacidade do time em trocar três passes certos consecutivos. A bola queimava nos pés de Danilo, Paulinho e Romarinho, que em tese deveriam ser os condutores da orquestra. O resultado: até os 35 minutos do primeiro tempo, com marcação forte e adiantada, o poderoso Millonarios barcelonizou o Timão, com uma posse de bola de 67%, ainda que com poucas chances mais claras de gol. Apenas a defesa alvinegra funcionava, com o time fechadinho em busca de um contra-ataque que morria de forma sistemática nos erros de passe da meia cancha e na pressão colombiana.

A coisa melhorou um pouquinho nos últimos dez minutos, com o ímpeto dos donos da casa arrefecendo e um pouco mais de acertos dos meias corintianos, mas nada que mudasse a partida. Que na verdade não mudou até o final, com a exceção do placar. Jorge Henrique entrou no lugar de Pato, no que eu critiquei como uma admissão de empate por parte de Tite, e após 10 segundos em campo tabelou com Alessandro e deu o passe para Danilo acertar um belíssimo chute de fora da área, no cantinho, salvando mais uma vez o time numa situação complicada. A pressão continuou, Cássio fez algumas defesas, Rentería perdeu gol num rebote do goleiro, mas ficou por isso, acabando com as chances do Millonarios.

Como frente ao São Paulo, as ausências de Renato Augusto e Douglas se fizeram sentir. A presença de um deles aliviaria os encargos de Danilo e Paulinho. Tanto Romarinho, aposta de Tite na armação central, quanto Sheik não são disso, preferem o drible. E Jorge Henrique, a opção direta, tem se conformado com o papel de dublê de lateral, buscando a marcação acima de tudo. Impressionante que um elenco tão caro e aparentemente bem montado como o do Corinthians sofra com desfalques, ainda mais de um jogador que chegou há tão pouco tempo como Renato. Talvez valesse a pena Edenilson pela direita, tem mais jeito de meia que os demais. Mas torço mesmo é para que Renato volte a jogar logo.

Isso não exime de culpa os meias que jogaram, especialmente Paulinho, bastante abaixo de sua média. Nem os laterais, que não ajudaram em nada na saída de bola. A boa notícia é que mesmo com tudo isso, jogando mal, ganhamos. É um bom começo.

domingo, março 31, 2013

E o São Paulo perdeu jogando bem!

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Dois chavões, daqueles bem batidos, servem para descrever com precisão o que foi a derrota do São Paulo por 2 a 1 para o Corinthians, no Morumbi: "quem não faz toma" e "clássico é decidido num erro". Sem vencer um clássico no ano (perdeu por 3 a 1 para o Santos e empatou sem gols com o Palmeiras), o time de Ney Franco desta vez jogou bem, com marcação consistente no sistema defensivo, boas subidas dos laterais e troca de passes envolvente no ataque. Melhor: foi assim o jogo todo, coisa muito rara de se ver no São Paulo. Infelizmente, como diz o primeiro chavão futebolístico, o Tricolor não conseguiu fazer o segundo gol ainda no primeiro tempo, após abrir o placar com Jadson e criar várias chances no ataque, e viu Danilo acertar um chute belíssimo, no ângulo, para empatar o clássico.

Nessa toada, de aguardar o São Paulo em seu campo e sair no contra-ataque, o Corinthians venceu o jogo. Pato sofreu pênalti (justo) e cobrou para definir o marcador. Esse foi o segundo chavão do jogo: um erro que deu a vitória ao adversário, numa partida equilibrada. Rafael Tolói, que atrasou na fogueira para Rogério Ceni, até poderia ser apontado como "vilão". Mas ele jogou muito bem e não merece a pecha. Acontece - simples assim. O tal "vilão", aliás, poderia ter sido o próprio Ceni, que deu uma furada bisonha num chute de perna direita, na pequena área, mas conseguiu consertar. Paciência. Se considerarmos que o resultado não altera a situação do São Paulo no campeonato, temos um terceiro chavão: "perdeu quando podia". Mas é claro que perder para o Corinthians sempre é ruim...

Buenas, entre mortos e feridos, além da boa atuação do time nas duas etapas e da segurança de Paulo Miranda e Carleto pelas laterais (setores mais fracos do time), salvou-se a bela exibição de Paulo Henrique Ganso. É claro que está a anos-luz daquele meia cerebral que encantou a torcida santista em 2010, mas essa foi, de fato, sua primeira ótima partida com a camisa sãopaulina. Correu muito, chamou a marcação, tocou de primeira, rápido, armando o jogo, procurando os atacantes. Parece que acordou pra vida - o que é uma ótima notícia, às vésperas de um jogo tão decisivo quanto o que fará contra o The Strongest, na Bolívia, pela Libertadores. Falta ao São Paulo, neste momento, maior poder de finalização. Se Luís Fabiano não jogará, Osvaldo e Aloísio precisam, com urgência, passar giz no taco.


Maratona majestosa - O primeiro Majestoso do ano - apelido do confronto entre Corinthians e São Paulo desde os anos 1940 - foi apenas aperitivo para uma série que pode atingir 9 partidas em 2013: três pelo Paulistão (se os dois times se cruzarem novamente na fase mata-mata), duas pela Libertadores (idem anterior, considerando, porém, que a situação do Tricolor está bem complicada nesta competição), duas pelo Brasileirão e mais duas pela decisão da Recopa Sulamericana (título decidido entre os campões da Libertadores e da Sulamericana). No histórico do Majestoso, segundo a Wikepedia, os dois rivais paulistanos se enfrentaram 313 vezes a partir de 1930, com 116 vitórias alvinegras, 100 tricolores e 97 empates. O Corinthians marcou 456 gols e o São Paulo, 439.

segunda-feira, março 25, 2013

Corinthians ganha do Guarani no interminável Paulistão

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Guerrero e Sheik estão se entendendo (Ary Ferreira/Lance!Net)

Cara, como é chato o Paulistão. O 1 a 0 sobre o Guarani em Campinas manteve o Corinthians bem posicionado para garantir sua classificação para a fase eliminatória do torneio. Em mais um jogo chato desta primeira fase interminável e sem sentido, o mais inusitado foi o final jogado sob chuva de granizo.

Entendam, não estou detonando o estadual em si. Somos um país continental, com diferenças regionais relevantes, é válido ter competições que valorizem essa diversidade. Mas essa fórmula beira o desvario – o que não chega a ser novidade nas criativas mentes da FPF.

Ninguém consegue me convencer de que isso faz sentido: você joga 19 partidas medíocres para classificar oito clubes para uma fase de mata-mata que, essa sim!, vai ser emocionante. Mas aí faz a eliminatória só com um jogo! Ora, diminuam a fase de classificação e ampliem o mata-mata.

Não entendo bem o que ganha a federação ou seu presidente, Marco Polo del Nero, com esse formato esdrúxulo, os estádios vazios, os jogos sem titulares. Compreendo que ele não esteja nem aí  para nada além de seus interesses políticos, mas ter um campeonato tão mal organizado ajuda em alguma coisa suas ambições?

Enfim, de volta à partida, o Corinthians jogou bem no início, fez o gol com Guerrero em belo passe de Emerson (que mais uma vez jogou bem) e parou, o que também não é nenhuma novidade O Guarani não mostrou a menor força para empatar e ficou por isso mesmo.

Duas consequências funestas: Cássio e Renato Augusto saíram de campo machucados, ainda no primeiro tempo. Os dois não jogam na quarta-feira e preocupam para a sequência.

Ah, sim: o vestiário do Brinco de Ouro da Princesa alagou depois da partida, o que também foi novidade. Que beleza!

quinta-feira, março 21, 2013

Corinthians: Empate sem graça com gol de Sheik

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Gol na conta e cheio de marra (Ari Ferreira/Lance!Press)

Um Corinthians quase titular empatou jogo amarrado contra o XV de Piracicaba, no interior, na noite dessa quarta. Não foi um OXO, mas merecia. Acabou sendo um IXI - e com dois belos gols em chutes de fora da área, um de Emerson Sheik e outro de Diguinho.

Sheik entrou no segundo tempo no lugar de Guerrero, que pediu dispensa de um amistoso da seleção peruana para participar dessa e da próxima partidas - decisão que ele agora pode estar questionando intimamente. Emerson novamente entrou bem e criou jogadas perigosas, o que faltou no primeiro tempo. O gol ajuda a consolidar a mudança de fase. Deve ter ganhado pontos à frente de Romarinho como primeira opção para o ataque, até pela fraca jornada do garoto.

Outro que manteve bom nível foi Renato Augusto, por quem passaram as tramas mais lúcidas do ataque paulistano. Do outro lado, Danilo foi muito, mas muito discreto. No ano passado, ele já era dos jogadores com mais problemas para alcançar bom rendimento físico, o que só tende a se agravar. É preciso pensar em alternativas.

Os reservas em campo foram três: Danilo Fernandes no gol, Chicão na zaga e Romarinho no ataque. Os três por lesões dos titulares Cássio, Paulo André e Pato, ou seja, a intenção do Tite era botar força máxima e ganhar a peleja. No entanto, considerando o que se viu em campo, fiquei em dúvida se foi a melhor opção. Será que o grupo qualificado de reservas que tem o Corinthians não teria mostrado mais fome de bola, como foi contra a Barbarense no fim de semana? A letargia de Danilo e os maus desempenhos de Alessandro e Fábio Santos ajudam a fortalecer a tese.

O fato é que o Timão está agora na sétima posição desta interminável primeira fase do Paulistão, com 22 pontos - curiosamente, a apenas do terceiro colocado, o Santos. Tem tudo para se classificar nas seis rodadas restantes, mas precisa ganhar uns joguinhos. Desperdiçar essa folga da Libertadores pode criar um pepino.

domingo, março 17, 2013

Timão fura retranca da Barbarense e Sheik "rala o bumbum o chão"

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Fazia tempo que Sheik não jogava bem (Foto: Eduardo Viana/Lance!Press)

O Corinthians bateu, bateu, e bateu até que furou a violenta retranca da União Barbarense, vencendo por 3 a 0 a partida deste sábado, no Pacaembu. Os reservas Douglas e Jorge Henrique marcaram o primeiro e o segundo e Renato Augusto fechou a trinca com um belo toque por cima do arqueiro, anotando seu primeiro e merecido tento pelo Timão.

Tá certo que a Barbarense é forte candidata ao rebaixamento no já tecnicamente rebaixado Paulistão. Mas o time que foi a campo, com apenas 3 titulares, mostra um elenco pra lá de forte: Douglas, Romarinho, Sheik, Edenilson, Guilherme, Chicão e meu desafeto JH disputariam vagas em muito time titular do Brasil. Mais que isso: o pessoal entrou jogando forte, apertando e buscando a vitória, sem a preguiça que caracterizou o time “alternativo” em boa parte do segundo semestre do ano passado. Se mantiverem a pegada, seremos mais competitivos mesmo disputando campeonatos paralelos.

O destaque do jogo foi Emerson, por dois motivos. Primeiro, jogou muito bem e participou dos dois primeiros gols. Se mexeu o tempo todo, criou boas jogadas com suas arrancadas e dribles e foi mais solidário. Segundo, pela declaração depois da partida. Feliz pelo bom desempenho, ele disse não estar em má fase e que s gols virão em breve. Mas o importante foi isso aqui: “Temos um treinador que prega igualdade, que dá oportunidade para quem trabalha. Quem está no Corinthians e conhece o Tite sabe muito bem que ninguém joga com nome. Para conquistar uma vaga, ele fala uma frase que às vezes não pega bem: 'Tem de ralar o bumbum no chão'. Se este é o caminho, é ele que vou seguir”

Pelo temperamento explosivo e perda de espaço recente, Sheik parecia ser um dos principais candidatos a criar uma crise de comando no vestiário. Se ele topar na boa a reserva e correr quando for exigido, fica mais difícil para outros caras criarem problema. Grande mérito de Tite essa condução do elenco.

A partida inaugurou uma sequência de cinco jogos com foco no Paulistão, culminando com o clássico contra o São Paulo. Curiosidade: logo depois do clássico volta a Libertadores. Ou seja, boa chance dos times usarem reservas ou tirarem o pé no jogo mais relevante do período. O pessoal do calendário da FPF mais uma vez está de parabéns.


quinta-feira, março 14, 2013

Corinthians ganha fácil do Tijuana no toque de bola de Renato Augusto

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Renato Augusto mandou bem. Pato marcou, mas saiu machucado (Foto: Reuters)
O Pacaembu e 33 mil pessoas novamente admitidas viram uma vitória tranquila do Corinthians sobre o Tijuana, do México, por 3 a 0 e gol mal anulado de Guerrero. A vitória sem sustos sobre um rival até então com 100% de aproveitamento ajuda a consolidar o novo esquema de jogo corintiano, com mais toque de bola e uma dupla de ataque letal.

O destaque do jogo foi Renato Augusto, cada vez mais entrosado com Danilo, Paulinho e Alessandro. Jogando pelo lado direito, as tabelas do meia novato com o camisa 2 e o 8 renderam dois gols, um de Pato e um de Guerrero. A segunda etapa começa com o Tijuana mais adiantado, pressionando para buscar o empate. Foram alguns chutes a gol até Tite reorganizar a marcação para anular a substituição feita pelo elegante  Antonio R. Mohamed (assim que achar uma foto acrescento aqui). Depois disso, o Timão botou a bola no chão e a partida de novo no bolso, até sair o gol de Paulinho, em jogada ensaiada que começa com cruzamento de Renato Augusto, sempre ele.

Interessante a mudança de estilo do time. Ano passado, os melhores momentos do Corinthians aconteciam com a marcação obsessiva na saída de bola adversária, encaixotando os pobres em sua zaga e controlando o jogo sem necessariamente ter a posse da pelota. Como isso cansa, volta e meia o time voltava e era pressionada, aproveitando a velocidade de Emerson, Jorge Henrique ou Romarinho para resolver o pepino. Era um time forte, mas que criava poucas chances de gol, e menos ainda trabalhando a bola. Durante o Brasileirão, a entrada de Douglas ao lado de Danilo deu mais fluência no passe, mas ainda eram poucas as tabelas, enfiadas e tal e coisa.

O novo time parece ter acrescentado de vez a cadência no repertório para controlar o jogo. Renato Augusto, Danilo e Paulinho tocam a bola com grande facilidade, com auxilio dos laterais e de um surpreendente Ralph, que mais adaptado à liberdade um pouco maior que ganha no novo arranjo vem acertando passes e viradas de jogo muito bacanas sem perder força na marcação. Assim, aparecem tabelas e jogadas bem tramadas, como as dos dois primeiros gols e outras. Pra completar, temos Pato e Guerrero com uma média de gols que o ataque alvinegro não vê faz um bom tempo, acostumado a ter Paulinho e até Chicão entre seus artilheiros. Quando azeitar o entrosamento e todo mundo estiver nos cascos fisicamente, tende a ser um time mais gostoso de ver que o do ano passado sem perder em eficiência.

Um ponto aqui é saber o que houve com Pato, que pediu pra sair lá pelos 25 do primeiro tempo. Segundo comentários do preparador físico, ele sentiu um desconforto muscular e a opção foi tirá-lo para evitar algum problema mais grave. Exames mostrarão amanhã o que pega, se é que pega alguma coisa. Seria uma pena o cara se machucar. Essa já foi a maior sequencia de jogos dele desde 2009, com 11 partidas, seis delas como titular, e quatro gols marcados. O que falta ainda é começarem a aparecer algumas jogadas daquelas que resolvem o jogo. Acredito que seja questão de tempo, entrosamento e segurança em suas condições físicas - o que seria bem abalado se rolar mais uma contusão agora.

segunda-feira, março 04, 2013

Idiosincrasias cotidianas

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Percorrendo a Zona Leste de São Paulo de metrô, logo após o clássico entre Santos e Corinthians, vejo um rapaz com a camisa do alvinegro de Parque São Jorge, mas com o cabelo idêntico ao do Neymar. No banco ao lado, um menininho de uns 8 anos, com o mesmo penteado, cochila. Ao chegar na estação Pedro II, o rapaz acorda o menino:

- Levanta, Tévez!

(E depois o Neymar é que é chamado de "cai-cai"...)

domingo, março 03, 2013

Uma piada para um clássico esquecível (visão corintiana)

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Sem muito a acrescentar na análise do santista Glauco sobre o clássico deste domingo, abro com uma piada:

Era numa cidadezinha no interior de Minas, pros lados em que se faz cachaça da boa. O povo estava animado com a partida entre as seleções mineira e paulista, encontros que tinham boa fama naquelas priscas eras. Teriam lá um representante, o Nicodemo, lateral-esquerdo reserva do selecionado das Alterosas. Havia também uma preocupação: naquele tempo, numa cidade daquelas, rádio não havia. Bom, tinha um, na bodega do Armando, mas estava quebrado. Comunicação, só pelo telégrafo. Para não passar uma semana esperando, Dona Cotinha, mãe do Nicodemo, encheu o filho até ele concordar em correr logo depois do jogo para telegrafar o resultado.

O herói da cidade partiu uns dias antes para o jogo, sob aplausos. Chegado o dia da peleja, a tensão era enorme. Todo mundo fingiu o dia todo que trabalhou, mas ninguém resolveu nada. Com o jogo marcado para as quatro, lá pelas seis da tarde começaram as reclamações. "E o Nicodemo?" "Tá enrolando a gente!" e coisa e tal.

Levou mais umas duas horas pro cabra enviar a mensagem, curta e grossa como cabia ao meio da época:

"Joguemo. Não perdemo nem ganhemo: empatemo.
Ass.: Nicodemo"

Pois é

Renato Augusto deitou e rolou em cima de Galhardo
Meu pai conta melhor, admito. Mas o fato é que a mensagem caberia no jogo chato e esquecível deste domingo, fora dos padrões do confronto nos últimos anos. Além do que o Glauco falou, destaco umas coisinhas sobre o desempenho dos abençoados de São Jorge, que na hora do jogo devia estar lustrando a lança - no bom sentido, é claro.

Os atacantes e meias ficaram todos devendo, por óbvio, mas Renato Augusto jogou um primeiro tempo excelente. Aproveitou-se dos buracos deixados por Galhardo na lateral-direita santista e criou boas chances por ali. Na segunda etapa, Muricy trocou seu ex-flamenguista por Bruno Peres, o que pode ter a ver com a queda de produção do meia alvinegro. Pato também não resolveu e precisa se apresentar mais para o jogo. Mas sempre que apareceu, levou perigo, como na jogada em que deixou Paulinho na cara de Rafael, que saiu bem para impedir a finalização.

Gil esteve impecável na marcação. Ganhou todos os embates diretos de que me lembro, inclusive uns dois com o sempre perigoso mas hoje muito apagado (e deitado) Neymar. Vai se firmando e justificando a contratação. Outro que foi bem foi o garoto Igor na lateral-esquerda, sem deixar espaços e fazendo algumas boas tabelas em suas poucas descidas. A dupla de laterais de hoje deverá ganhar espaço no time ao longo da temporada - especialmente Edenilson, já que Alessandro até já andou falando em parar no fim do ano.

Santos 0 X 0 Corinthians - clássico quase centenário, sem nada de bom (visão santista)

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Belo lance... (Divulgação/SantosFC)
Jogo fraco, fraco... Por mais que se diga que a marcação prevaleceu e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá, a partida entre Santos e Corinthians no Morumbi foi bem ruinzinha de ver, ainda mais (imagino eu) pra quem não torcia pra nenhuma das duas equipes. O final de Flamengo e Botafogo, transmitido pela Vênus Platinada, foi mais emocionante do que os 90 minutos do clássico de São Paulo. Talvez isso faça com que a Federação dominante hoje no futebol brasileiro reflita acerca de seu campeonato. Bobagem, não vai mudar nada...

Bom, o Santos entrou sem Renê Júnior, suspenso, e também sem Miralles, contundido. Já os visitantes em sua cidade vieram sem os laterais Alessandro e Fábio Santos, com Edenílson e Igor nos respectivos postos, com mais obrigações defensivas do que ofensivas na maior parte da peleja.
Nos dez minutos iniciais, só deu Santos, coisa rara em jogos do Timão, que costuma pressionar os adversários no início. Algumas triangulações pela canhota com Léo, Cícero e Arouca davam a impressão de que se tratava de uma equipe portenha, tal qual o Boca nas priscas eras de Bianchi, mas ilusão durou essa nona parte do jogo. Era o Alvinegro Praiano desentrosado e dependente de jogadas individuais que tem feito o peixeiro sofrer desde o segundo semestre de 2012.

Logo, o Corinthians equilibrava as ações e o Peixe passava a postar nos passes longos, nas bolas mal conduzidas por jogadores que têm como característica justamente conduzir a bola. Arouca, Montillo, Neymar... Não, não dá pra transpor um time que joga de forma compacta na intermediária, como o Corinthians, assim, a não ser que um deles esteja inspirado. Mas nenhum deles estava. Arouca, na fase regular de sempre; Neymar, com atuação discreta como em todo o ano de 2013. Alguém vai lembrar: “Ah, mas Neymar é o artilheiro da equipe no ano”. Verdade, ele, como os filmes de Woody Allen, é bom até quando é ruim. Mas hoje, como em outros jogos do Alvinegro no ano, foi só ruim. Simulou uma penalidade e tomou cartão amarelo justamente, tentou lances sozinho e não conseguiu ser diferente. Montilo é uma desculpa para Muricy não ser crucificado em praça pública, já que nenhum clube do Brasil (e de fora) desaprovaria a contratação do argentino que vem jogando abaixo da crítica, não só do esperado. Felipe Anderson entrou no segundo tempo e foi melhor que o portenho no pouco tempo em que atuou.

Na etapa final, o Corinthians chegou mais vezes perto do gol, mas Guerrero não justificou a fama goleadora, perdendo uma oportunidade incrível perto de Rafael, que até foi bem no jogo, ao contrário das partidas pregressas. Mas foi Cássio que fez a defesa do clássico, em falta de Marcos Assunção, que ainda pegou a trave.


André foi uma nulidade, como vem sendo partida sim, quase outra também. Faltou ousadia a Muricy para colocar Giva antes, mas vá lá, é compreensível. Ambas equipes estavam mais preocupadas em não perder do que em vencer, essa é a leitura que se pode ter da partida, cada qual por seus motivos. 

A essa altura do Paulista, que não vale muita coisa, não dá nem pra dimensionar o valor de um clássico que vai se tornar centenário no meio do ano. Aliás, hora dos dois clubes combinarem ações em conjunto para valer a data, não?

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Nova cara do Corinthians funciona contra Millonarios

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Mais um do Pato, outro do Guerrero

O Corinthians se incomodou menos com o Millonarios e mais com todo o resto que cercou a vitória por 2 a 0 desta noite no Pacaembu. O vazio do estádio, quebrado por quatro pessoas garantidas pela Justiça, parecia ser um adversário mais temível. De todo modo, ganhamos e vamos pra frente.

A formação imaginada aqui, aconteceu nesta quarta, com Tite sendo ajudado pela contusão de Jorge Henrique e os atrasos de Sheik. Os dois deram lugar a Renato Augusto e Pato, mudando pra valer a cara da equipe campeã do mundo.

O meio campo com Renato e Danilo tem mais toque de bola e cadência, ajudando a manter a posse. Conta com o auxílio constante de Paulinho pelo meio para armar as jogadas de ataque. Danilo jogou muita bola, especialmente no primeiro tempo. A liberdade para trocar de lado com Renato Augusto caiu como uma luva para sua inteligência tática. Renato começou bem, mas sumiu durante a partida. Merece novas chances.

Na frente, Guerrero fica mais parado na área, enquanto Pato fica livre para se movimentar – e os dois invertem posições. O ex-milanista mostrou bom futebol, com chances, passes, dribles e um gol.  No meu time, é titular sem discussão. Ao lado, Guerrero fez mais um, mostrando a presença de área que o trouxe até aqui. Fora da área erra mais e mostra que habilidade não é seu forte, mas tem passe bom o bastante para criar alguma coisa.

Pato fez um e teve mais duas chances claras. Além disso, deu bons passes (uma tabela com Danilo se destaca) e ajudou bastante as tramas do ataque. Pensemos que ele jogou apenas seu segundo jogo completo com o time titular. O rapaz tende a evoluir bastante ainda, o que quer dizer mais gols e mais assistências.

No cômputo final, o Corinthians ganhou com autoridade. Refletiu a frieza dos estádios vazios em um estilo de jogo metódico e numa dupla de ataque mortal. Um time que tende a melhorar.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Corinthians disputará jogos da Libertadores sem presença da sua torcida

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A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) resolveu agir rápido, de forma preventiva, em relação ao ocorrido ontem na partida entre San Jose e Corinthians. O clube brasileiro, de acordo com medida cautelar, disputará as partidas da Taça Libertadores – tanto em casa como fora – sem a presença de sua torcida, em consequência da morte de um jovem de 14 anos, atingido por um fogo de artifício que teria sido disparado por um torcedor. A punição vale até que a Confederação tome uma decisão final, o que deve acontecer no prazo de 60 dias. Ou seja, o Timão pode disputar todos os jogos da fase de grupos sem o apoio do seu torcedor.

“As partidas do Corinthians como mandante serão disputadas de portões fechados. Nos jogos que o clube disputará como visitante, seus torcedores não terão acesso a ingressos", declarou nesta quinta-feira o porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez. O clube paulista já vendeu 82.500 ingressos para os três jogos da primeira fase que fará em casa em 2013 e deixou claro que tem condições de ressarcir todos os torcedores que compraram ingressos.

O Corinthians terá três dias de prazo para apresentar sua defesa. Doze torcedores permanecem detidos na delegacia de Oruro e a polícia boliviana disse ter fotos que provam que o disparo foi feito por um torcedor corintiano. O grupo foi indicado por homicídio, sendo dois deles como autores e os outros dez como cúmplices. A situação dos brasileiros está sendo cuidada pelo consulado brasileiro na Bolívia.

(Com agências)

domingo, fevereiro 17, 2013

Visão Corintiana: Timão complica Derby que parecia fácil

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Little Romário: 3 jogos contra o Palmeiras, 4 gols

O único Derby garantido para os paulistas neste ano terminou num empate de 2 a 2. Corinthians e Palmeiras até podem se enfrentar novamente, mas tudo vai depender dos desempenhos e cruzamentos na Copa do Brasil, Libertadores e no próprio Paulistão. Certeza mesmo, só esse clássico, em que um Timão desatento deu brechas para que um aguerrido e surpreendentemente organizado Verdão complicasse e muito o jogo. Para o espectador sem ligações carnais de algum dos lados, uma benção, pois o jogo ficou muito mais emocionante e disputado. Para a corintianada, só preocupação.

O Corinthians começou muito bem o jogo, arrasador ao seu modo. A organização de uma equipe cuja base já tem quase dois anos deixava ainda mais claros os problemas do Palmeiras, equipe em formação e buscando reencontrar a auto-estima. O Timão impôs o toque de bola, apertou a marcação e as chances foram surgindo. Bola na trave de Jorge Henrique, cabeçada raspando de Paulinho, gol de Sheik após ajeitada de cabeça de Paulo André. Ainda teve uma outra bola na trave em imperdível gol perdido por Guerrero. Depois disso, o ritmo baixou.

Não sei se foi preguiça, se foi a má forma física do início da temporada (com o reforço da idade elevada de boa parte do time titular) ou, o pior motivo, se o pessoal subiu no salto. Mas o fato é que o time tirou o pé, não ganhou mais nenhuma dividida e o Palmeiras cresceu. Mais calmo, mostrou organização surpreendente para quem está estreando gente nova a cada jogo e levou perigo em ataques rápidos. Wesley fazia parte das tramas, mas exibia um egoísmo impressionante. Não fosse isso, talvez o empate tivesse vindo antes. Mas veio, em cruzamento do mesmo volante e cabeçada de Vilson, que vem sozinho de trás, em falha do sistema de marcação. Ralph olha a bola e o moço chega como quer para fuzilar Cássio. Não é trágico, mas cabe notar que erro muito semelhante aconteceu no gol de Rivaldo, contra o São Caetano. Tite tem algo a corrigir.

O segundo tempo começou quase igual, com um Palmeiras compacto, fechadinho, explorando bem os contra-ataques. Nessas veio a virada, em novo cruzamento. Falta tosca cometida por Ralph, cruzamento na área e Cássio erra grotescamente a saída do gol. Vinícius 2 a 1. O Verdão ainda teve umas três chances de ampliar até que Tite decidiu mexer, e dessa vez não foi tão lento como costuma. Trocou Alessandro por Romarinho (JH virou lateral), Danilo por Renato Augusto (dois dos mais velhos jogadores) e  Guerrero por Pato. A mexida deu novo gás e o Timão passou a pressionar e não dar chance para o Palmeiras, que se segurava.

Até que num bicão/lançamento da zaga, Pato deu uma matada que justifica minha fé no rapaz e esperou. Achou ele, Little Romário,  rapaz de comprovada estrela contra o arqui-rival. Chute da entrada da área no canto e caixa.

A pressão continuou até o fim, ainda que desorganizada, na base de toques longos e meio burros. Se tivesse colocada mais a bola no chão, mais chances teriam aparecido. Culpo um pouco Renato Augusto, que entrou para ser meia e tinha que botar a bola no chão, e Paulinho, em noite pouco inspirada – impressão que poderia ser toda outra se a bicicleta extremamente plástica tentada pelo volante no final tivesse desviado uns 40 cm para a direita.

No final, ficou a impressão de que o Corinthians complicou e muito um jogo que se anunciou como tranquilo – não antes, mas nos primeiros minutos da partida. Começou como se fosse aplicar uma goleada sem sustos e terminou correndo atrás do prejuízo. De bom, vemos que o time está organizado e tem entrosamento. Além disso, tem peças no banco de muita qualidade e capacidade para mudar um jogo complicado. E é razoável esperar que a equipe aprende com os erros e entrará com o pé mais firme nos próximos jogos decisivos.

O Palmeiras mostrou ter bons jogadores no meio-campo e um time que deve melhorar com o entrosamento. Souza e Wesley são inteligentes e sabem jogar bola, mas precisam conversar mais. Welder jogou bem e registro aqui minha surpresa por passar batido da maldição do ex-jogador.

Vamos ver como será o próximo duelo entre os dois times – se ele por ventura acontecer neste ano.

sábado, fevereiro 09, 2013

Com gol de falta, Rogério Ceni garante vitória e já é o 15º maior artilheiro do São Paulo

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Depois de dois jogos afastado, por dores no ombro, o goleiro e capitão Rogério Ceni voltou ao time do São Paulo neste sábado, em Campinas, para comandar os reservas e fazer o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, no estádio Brinco de Ouro, pelo Campeonato Paulista. Com o gol de falta, o 57º que marcou dessa forma na carreira, atingiu 109 com a camisa do São Paulo (fez outros 51 de pênalti e um de bola rolando). Isso torna Rogério o 15º maior artilheiro de toda a História do clube, um feito impressionante para um goleiro, ficando atrás apenas de goleadores como Serginho Chulapa (242 gols), Gino (233), Teixeirinha (189), França (182), Luizinho (173), Luís Fabiano e Muller (ambos com 160), Leônidas da Silva (144), Maurinho (136), Raí (128), Prado (122), Pedro Rocha (119), Careca (115) e Remo (110).

E, aos 40 anos, disputando provavelmente sua última temporada no futebol, as estatísticas positivas de Rogério Ceni continuam a engordar. Com a vitória de hoje, o goleiro manteve a escrita de nunca ter perdido para o Guarani: em 24 partidas, foram 17 vitórias e sete empates, além de chegar à três gols contra o rival. E mais: o jogo em Campinas foi o de número 1.054 com a camisa do São Paulo e, se disputar mais 63, vai superar Pelé como o atleta que mais vezes vestiu a camisa de um clube brasileiro (o Rei disputou 1.116 jogos pelo Santos). Diante de tantos recordes (ou iminência deles), a importância da vitória pelo Paulistão até diminui. Jogando com os reservas, o São Paulo só venceu porque o Guarani é muito fraco. De bom, o gol de Aloísio, seu primeiro pelo clube. De ruim, a expulsão de Cañete. Que venha a Libertadores.


TARDE DOS VOVÔS - Além de Rogério Ceni, outro quarentão se destacou neste sábado de Carnaval, pelo Campeonato Paulista. Em sua estreia pelo São Caetano, o (interminável) Rivaldo, que jogou pelo São Paulo em 2011, marcou um gol nos 2 a 2 contra o Corinthians, no Pacaembu. O Azulão só cedeu o empate aos 41 do segundo tempo, quando levou um gol de Paulinho. Rivaldo, que jogou pelo Kabuscorp, de Angola, em 2012, vai completar 41 anos em abril. Revelado pelo Santa Cruz, despontou no "Carrossel Caipira" do Mogi Mirim, no Paulistão de 1993, e logo em seguida foi contratado justamente pelo adversário deste sábado, o Corinthians. Logo em seguida, brilhou pelo Palmeiras. Mas seu auge ocorreu no Barcelona, quando foi eleito o melhor jogador do mundo. Na Copa de 2002, jogou uma barbaridade.


segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Timão atropela o Oeste e mostra força ofensiva

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Guerrero marcou dois e sofreu penalti: é bom ter centroavante

O Corinthians tirou o carro da garagem para um passeio no Pacaembu e, no caminho, atropelou o pobre Oeste de Itápolis. 5 a 0 e controle total da partida, o que é bem bacana mesmo se levarmos em conta a fragilidade do adversário.

Aos 15 minutos, Paolo Guerrero já tinha feito dois gols iguais: cruzamento de Alessandro e cabeçada perfeita. O centroavante ainda se movimentou, deu bons passes e teve outras oportunidades.  Terminou o ano com uma média de gols muito alta, passando uma meia dúzia de jogos deixando o seu - inclusive os dois do Mundial - e na segunda partida de 2013 já marcou dois. Joga muita bola.

Um desses passes aconteceu no meio de uma bela trama coletiva que começa com toque de calcanhar de Danilo, passa por arrancada de Emerson e termina com o gol de Paulinho, 3 a 0 ainda no primeiro tempo. Coisa de time entrosado.

No segundo tempo, Danilo fez um belo gol de fora da área, de perna direita. E Sheik ainda perdeu um penalti, sofrido por Guerrero, o cara.

Pato chegou chegando. Dupla infernal com Guerrero?
Estava 4 a 0 quando entrou Alexandre Pato, o homem das boas estreias. Entrou, recebeu belo passe de Paulinho (que jogou muito, pra variar) e mostrou o repertório. Bateu firme de direita. O goleiro rebateu e ele devolveu de esquerda, de primeira. Bela apresentação.

Passeio sem sustos, o que até que não é tão incomum para este time acostumado a ser campeão. A novidade talvez seja o placar elástico, coisa rara na era Tite. O conservadorismo do técnico pode ser culpado em muitas situações, ao fazer o time recuar quando abre vantagens pequenas. Porém, em outras partidas, o time segue em cima, cria jogadas e perde muitos gols. Guerrero e Pato no ataque podem mudar essa situação e fazer um Corinthians ainda mais forte em 2013.

domingo, fevereiro 03, 2013

A Vila das vinganças frustradas

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Era uma vez um meio-campista, ídolo de um grande clube paulista. Por desavenças e/ou descontentamentos, resolveu mudar de time, num processo que se arrastou sob polêmica e muito desgaste com a torcida que estava abandonando. Já com a nova camisa, surgiu a oportunidade de calar tudo e todos: o primeiro clássico contra o ex-clube. E, diante da expectativa geral por uma vingança de mestre (ou melhor, de craque) contra aqueles que o ofenderam,... ele nada fez. Pior, seu novo time foi derrotado pelo antigo.

Paulo Henrique Ganso? Não apenas. Estou me referindo, também, a Marcelinho Carioca e sua conturbada saída do Corinthians, em 2001, depois de brigar com o meia Ricardinho e com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Ao assinar com o Santos, despertou a fúria da torcida corintiana, que, até então, o tinha como um de seus maiores ídolos. No dia 28 de outubro daquele ano, pelo Campeonato Brasileiro, o Peixe recebeu o Corinthians na Vila Belmiro. Todo mundo esperava um "cala-boca" de Marcelinho no ex-clube.

Não aconteceu. O camisa 7 até tentou um gol de calcanhar, após passe de Robert, mas o goleiro Dida pegou. No final, Luizão (de pênalti) e o zagueiro santista Galván (contra) selaram os 2 a 0 para o Corinthians, em plena Vila Belmiro. Ricardinho, em campo, e Luxemburgo, no banco, riram por último.


Hoje, o cenário era o mesmo: o gramado do estádio Urbano Caldeira. Dessa vez, pelo Campeonato Paulista. Mas, ao contrário de 11 anos atrás, o desfecho foi favorável ao Santos. Depois de um longo e difícil processo de desligamento, Ganso foi para o São Paulo e, por isso, o primeiro confronto contra o ex-clube também foi aguardado como oportunidade para ele "se vingar" da torcida santista, que, em sua última partida pelo clube, em agosto de 2012, o chamou de "mercenário" e atirou moedas em campo.

E também não aconteceu nada. Ganso até tentou um gol por cobertura, mas chutou para fora. E foi só. Mirales marcou duas vezes e Neymar fez - mais um - de pênalti sobre o São Paulo. Jadson descontou e o placar fechou em 3 a 1 para o Santos. Assim como Marcelinho, Ganso não foi "à forra" na Vila Belmiro.


O CLÁSSICO - Não vi a partida, só um compacto. Pelo o que percebi, o São Paulo dominou ligeiramente, criando mais jogadas no ataque, até sofrer o primeiro gol. Não acho que o gol mal anulado de Luís Fabiano, em impedimento inexistente que a bandeirinha assinalou, teria mudado o resultado. O Santos terminou o jogo botando o São Paulo na roda e só não ampliou, em chute de Montillo, porque a trave salvou. Para mim, o pênalti em Neymar existiu. Vitória justa do time da casa. E o São Paulo não jogou mal. Perder para o Santos, na Vila, não é demérito. Bola pra frente!

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Corinthians: sem meio-campo fica difícil

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Romarinho jogou mal ou preguiçou?
(Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians)
O Corinthians recebeu a Ponte Preta nesta quarta-feira e perdeu por 1 a 0, novamente com sua escalação B puxando pra C. Dessa vez, Zizao não tirou nenhuma mágica das mangas de seu shen-i e o time, bastante desentrosado e com erros estranhos de escalação, não deu conta do recado.

Antes de começar, aponto minha própria contradição: como se trata de um time fadado a ser esquecido assim que os titulares entrarem em ação, faz pouco sentido analisar o trabalho coletivo e tem mais lógica pensar individualmente se cada jogador pode vir a ser útil no futuro. E mesmo assim, lá vou falar de tática.

O principal problema é o meio-campo, sem um meia criativo que seja. Nesta peleja, Tite trocou Nenê Bonilha, que fez as vezes de meia centralizado contra o Bragantino, e colocou William Arão, volante marcador. Caiu para Guilherme, ex-Portuguesa, a responsa de armar o time pelo meio, auxiliado por Giovanni na direita. Não deu certo e Romarinho ficou isolado no comando do ataque, que não é a sua. Aqui, uma pergunta sobre Little Romário: ele jogou mal porque estava isolado ou ficou isolado porque jogou mal e preguiçosamente?

O erro de esalaçaõ supra-citado é o seguinte: Tite coloca um lateral-direito (Welder) na lateral-esquerda, outro (Guilherme Andrade) improvisado de volante e usa um meia de origem (Edenilson) no lado direito da defesa. Três improvisos que poderiam ser um só, com Edenilson ajudando a armação. Possivelmente ajudaria mais o coletivo, mas é provável que Tite prefira que o meia/lateral treine onde ele deverá ser aproveitado quando necessário – o que deveria preocupar os outros dois, que passam a ser opções mais distantes.

Mesmo com tudo isso, ainda se construíram algumas chances de gol. A Ponte, no entanto, teve as melhores, perdidas por responsabilidade de seus atacantes e com boa ajuda de Danilo, goleiro que periga ganhar de Júlio Cesar a condição de reserva imediato de Cássio.


Tite deu uns minutos a mais para Léo, bom atacante recém-chegado aos profissionais. Não fez grandes coisas e ficou meio largado na ponta esquerda, distantes que estavam sempre os quatro da frente.

O gol da Macaca veio no finalzinho. Numa jogada meio perdida no canto da área, Felipe – que é um zagueiro menos pior do que eu temia – e deu um tranco um atacante da Ponte que para mim (e para o Felipe) foi ombro a ombro, mas o juiz entendeu que foi nas costas. Desnecessário, de todo jeito.

O estreante da noite, Gil, não foi mal. É rápido e bom por cima, mas precisa de ritmo de jogo. Ficaria melhor ao lado de Chicão, zagueiro que faz melhor a saída de bola e que ficará um mês fora por contusão. Problema.

A próxima premiere deverá ser de Renato Augusto, talvez já no próximo jogo. Pode ajudar esse meio-campo.