Destaques

Mostrando postagens com marcador Rivaldo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rivaldo. Mostrar todas as postagens

sábado, fevereiro 09, 2013

Com gol de falta, Rogério Ceni garante vitória e já é o 15º maior artilheiro do São Paulo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de dois jogos afastado, por dores no ombro, o goleiro e capitão Rogério Ceni voltou ao time do São Paulo neste sábado, em Campinas, para comandar os reservas e fazer o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, no estádio Brinco de Ouro, pelo Campeonato Paulista. Com o gol de falta, o 57º que marcou dessa forma na carreira, atingiu 109 com a camisa do São Paulo (fez outros 51 de pênalti e um de bola rolando). Isso torna Rogério o 15º maior artilheiro de toda a História do clube, um feito impressionante para um goleiro, ficando atrás apenas de goleadores como Serginho Chulapa (242 gols), Gino (233), Teixeirinha (189), França (182), Luizinho (173), Luís Fabiano e Muller (ambos com 160), Leônidas da Silva (144), Maurinho (136), Raí (128), Prado (122), Pedro Rocha (119), Careca (115) e Remo (110).

E, aos 40 anos, disputando provavelmente sua última temporada no futebol, as estatísticas positivas de Rogério Ceni continuam a engordar. Com a vitória de hoje, o goleiro manteve a escrita de nunca ter perdido para o Guarani: em 24 partidas, foram 17 vitórias e sete empates, além de chegar à três gols contra o rival. E mais: o jogo em Campinas foi o de número 1.054 com a camisa do São Paulo e, se disputar mais 63, vai superar Pelé como o atleta que mais vezes vestiu a camisa de um clube brasileiro (o Rei disputou 1.116 jogos pelo Santos). Diante de tantos recordes (ou iminência deles), a importância da vitória pelo Paulistão até diminui. Jogando com os reservas, o São Paulo só venceu porque o Guarani é muito fraco. De bom, o gol de Aloísio, seu primeiro pelo clube. De ruim, a expulsão de Cañete. Que venha a Libertadores.


TARDE DOS VOVÔS - Além de Rogério Ceni, outro quarentão se destacou neste sábado de Carnaval, pelo Campeonato Paulista. Em sua estreia pelo São Caetano, o (interminável) Rivaldo, que jogou pelo São Paulo em 2011, marcou um gol nos 2 a 2 contra o Corinthians, no Pacaembu. O Azulão só cedeu o empate aos 41 do segundo tempo, quando levou um gol de Paulinho. Rivaldo, que jogou pelo Kabuscorp, de Angola, em 2012, vai completar 41 anos em abril. Revelado pelo Santa Cruz, despontou no "Carrossel Caipira" do Mogi Mirim, no Paulistão de 1993, e logo em seguida foi contratado justamente pelo adversário deste sábado, o Corinthians. Logo em seguida, brilhou pelo Palmeiras. Mas seu auge ocorreu no Barcelona, quando foi eleito o melhor jogador do mundo. Na Copa de 2002, jogou uma barbaridade.


segunda-feira, setembro 26, 2011

A inquietação como um bom sinal no Tricolor

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Botafogo 2 x 2 São Paulo foi daqueles jogos de causar inquietação. Tanto melhor para o torcedor são-paulino, que vinha faz tempo aguardando uma partida menos previsível do time de coração.

Neste domingo, no Engenhão, cada etapa foi de uma equipe. O Glorioso esteve melhor nos primeiros 45 minutos. Mais objetivo, criou boas chances, com direito a bola na trave de um Ceni já batido, e ataques muito velozes com Maicosuel pela esquerda do ataque. E exatamente por ali, aos 24, a bola chegou a Loco Abreu, livre, para abertura do placar: 1 x 0.

O marcador era merecido. O São Paulo tinha mais posse de bola, mas eram os botafoguenses que levavam perigo maior. Não demoraria muito para que o melhor mandante do campeonato ampliasse. Aos 38, Wellington faz pênalti em Renato. Na batida, Loco Abreu vence novamente Ceni e anota 2 x 0.

Inversão

O segundo tempo mostra um cenário inverso ao da primeira etapa. Não é mais o anfitrião deselegante que manda na partida. O visitante mais incômodo do certame é quem controla as ações.

Com Rivaldo em lugar de Juan – claramente atingido emocionalmente pela pressão da torcida adversária – Carlinhos Paraíba ocupa a lateral-esquerda. O Tricolor mantém a posse de bola, mas, dessa vez, ganha, de fato, o campo do adversário. Wellington e Denílson passam a marcar  adiantados e bloqueiam as saídas rápidas do Botafogo. O esférico passa a girar com mais qualidade e o volume de jogo aparece.

Aos 15, no único contragolpe efetivo que os cariocas conseguem, Loco Abreu perde, embaixo da meta são-paulina, incrível chance de selar os destinos da peleja.

Henrique entra no lugar de Marlos. Funciona. Os paulistas, agora, além de mais inteligência na organização, têm uma referência no ataque.



Algumas oportunidades já haviam ocorrido, quando Cícero, aos 20, chuta de fora da área, o goleiro Renan rebate, e Henrique, como um centroavante deve fazer, mesmo caindo, diminui.
Daí para frente, o São Paulo pressiona, sempre com Rivaldo ditando o ritmo. O Botafogo se segura na marcação. Aos 46, uma falta perto da área carioca faz Ceni se deslocar até o campo de ataque. Ele bate. A bola viaja com muito efeito. O goleiro faz a assistência perfeita para o camisa 10, de cabeça, empatar.

No minuto seguinte, Lucas faz jogada em velocidade e a bola sobra para Rivaldo pela esquerda do ataque. Ele toca, tenta fazer um golaço por cobertura, e a redonda vai fora. Poderia até bater firme, cruzado, é verdade, mas, naquela altura, como criticar um jogador, que aos 39 de idade, num jogo duro, adverso, conferiu toda a lucidez que faltava ao Tricolor?

Bom resultado e mais clareza

Depois de um primeiro tempo que pintava a partida como um passeio botafoguense, o empate soou como vitória, até porque algumas coisas vão ficando mais claras no São Paulo: há esperança de jogar bom futebol – como mostrado em toda a segunda etapa – o talento de Rivaldo ainda pode ser decisivo em jogos difíceis (restando saber se é melhor colocá-lo de cara numa partida e esperar que manifeste o cansaço ou se ele entra para “salvar” em situações ruins) e o time que, desde março, é preparado para jogar com Luis Fabiano no ataque (vide a insistência de Carpegiani com Fernandinho, visando mais jogadas de linha de fundo) deveria ter apostado, há tempos, em alguém com características de área. Talvez Henrique. Talvez mesmo Rivaldo. Precisava era ter referência.

Vem aí o Flamengo, no Morumbi, e até o problema do comando de ataque tem boas perspectivas de solução. Luis Fabiano vai estrear e a casa estará cheia. Hora de inquietar os adversários.

quinta-feira, setembro 22, 2011

O jogo do medo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

A base foi o medo na noite desta quarta-feira, no Morumbi. São Paulo e Corinthians fizeram uma partida aquém do que se espera de um Majestoso que tinha a liderança, mesmo que provisória, do Campeonato Brasileiro em disputa. O 0 x 0, não somente pelo placar, foi digno de nota das mais baixas. Para os dois times e técnicos.

O jogo

Jogando em casa, o Tricolor até começou pressionando um Corinthians que, claramente, vinha com uma proposta defensiva, quase um ferrolho.  Duas chances seguidas, antes dos 10 minutos de bola rolando, com Dagoberto e Lucas, deram a impressão de que o mandante daria tom ofensivo à metade em três cores do campo.  Não foi o que se viu até o fim da primeira etapa.

Os visitantes congestionaram o meio e só saiam da defesa à base de reza braba. A não ser em raras tentativas de contragolpe, sem sequência é bom ressaltar, o Alvinegro permitiu que Ceni e até mesmo João Felipe e Rhodolfo fossem quase expectadores do fraco “espetáculo”.

No final da etapa inicial, Dagoberto ainda cobrou falta, Casemiro cabeceou na trave esquerda de Júlio César, e Piris, no rebote, chutou fora a melhor chance são-paulina. Foi pouco. Quase nada para quem aguardava um “clássico”.

O segundo tempo chega e já não há esperança de um jogo muito melhor. A  justificativa  se dá ao olhar para os bancos e enxergar Adilson de um lado e Tite de outro.  Retratos de apatia e, pior, covardia. Se o treinador corintiano, desde sempre, apostou na postura defensiva, o são-paulino jamais abdicou dos três volantes, ainda que percebendo (???) o adversário satisfeito com o empate – em tese, o suficiente para adiar a queda do comando técnico. Aliás,  apesar do jogo de baixa qualidade, pelo menos essa boa expectativa os corintianos tinham.  Já aos tricolores, nem isso restava.



Daí até o final, o que se viu foi o São Paulo tendo duas chances criadas pelo volante Wellington, uma em chegada à linha de fundo e outra num bom arremate que pegou no lado de fora da rede,  e um Corinthians com Emerson se matando no ataque, inclusive quase anotando de cabeça.

Encerrada a peleja, vaias dos 44 mil torcedores presentes ao Morumbi a uma das partidas mais fracas vistas num Majestoso nos últimos anos.

Algo muito errado

Rivaldo começou  aquecimento aos 14 minutos da segunda etapa. Entrou aos 30. O medo de Adilson Batista não permitiu que sacasse antes o quase volante Cícero para colocar em campo o meia que poderia ter conferido alguma qualidade ao jogo se tivesse mais tempo.  Erradamente, a aposta foi em Casemiro para armar. Já disse aqui que ele tem alguma qualidade para organizar jogadas, mas pode fazer isso eventualmente, já que não é, de fato, armador. Claro, Lucas prosseguiu isolado, de costas para a defesa adversária ou largado num dos lados do campo.

Dagoberto, para variar, sumiu em jogo importante. Isso já é histórico. As boas fases do camisa 25  sempre foram como coadjuvante. O atacante não pode, jamais, ser o elemento decisivo de uma equipe. Quando se depende dele para resolver, alguma coisa está muito errada.

Em dado momento, me peguei a pedir Marlos. Mais do que nunca, havia algo realmente indo muito mal. No entanto, ao acreditar que o meia/atacante, que, apesar da desinteligência,  pelo menos tem talento para o drible, queria apenas quebrar o marasmo proposto por dois treinadores cagões.

segunda-feira, setembro 19, 2011

De passado e de futuro: a sequência Tricolor

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto


A última rodada do Campeonato Brasileiro, se não foi perfeita para o São Paulo, passou perto disso. Primeiro, pois o time conquistou seu melhor placar na competição, goleando o Ceará por 4 x 0, no Morumbi, o que apesar de algumas dificuldades encontradas na etapa inicial, não é pouco, principalmente considerando que o Tricolor, depois que Adilson Batista assumiu o comando técnico, tem, na média, vacilado em casa.

Sobre a partida, três destaques. Há tempos reclama-se – com razão – do fraco desempenho dos laterais são-paulinos. A verdade é que a equipe pouco joga pelos lados do campo. Juan, na esquerda, e qualquer um que tenha atuado na lateral-direita neste ano, são alvos de duras críticas da torcida. Só que, no sábado, foi pelos flancos que o Tricolor resolveu a parada. No primeiro gol, Carlinhos Paraíba caiu pela esquerda e cruzou para Juan, com 1,68m, escorar de cabeça: 1 x 0. Depois, o paraguaio Iván Piris fez a passagem pela direita e recebeu lançamento de Casemiro para, já dentro da área, anotar o segundo. Ressalte-se o fato, pois o São Paulo sofre demais como mandante quando os adversários vêm fechados. Em pontos preciosos perdidos no Cicero Pompeu de Toledo, estava entre os maiores anteparos a insistência em tentar romper as defesas pelo meio. Com os erros de passes, vinham os gols dos rivais em contragolpes.

Outro ponto que merece ênfase é o desempenho de Casemiro. Contra o Vovô, ele atuou ora como volante ora como meia, mostrando qualidade para construir jogadas. No segundo gol, o passe que realizou foi precioso. No terceiro tento, único não construído pelos lados, aprontou um belo lance individual, com direito à caneta seguida de lindo arremate longo.


Por fim, vale falar de Rivaldo. Quando ele acha espaço para jogar, ainda faz a diferença. Além do golaço de voleio, o quarto são-paulino, depois de jogada iniciada por Lucas e cruzamento na medida de Juan, deu um toque de gênio com o calcanhar e largou Cícero de frente para a meta cearense. O camisa 16 isolou, mas a jogada valeu. Contudo, reforço: Rivaldo precisa de espaço. Não pode ficar no meio, onde a marcação aperta e dificilmente é no um contra um. Quando atuou mais à frente, mostrou categoria e frieza para produzir e marcou dois golaços. Assim foi no sábado e também na partida com o Figueirense, na segunda rodada do returno.

Tabela

A vitória do Santos sobre o Corinthians, o empate entre Botafogo e Flamengo e mesmo os resultados de Internacional (empate em casa) e Fluminense (derrota fora) foram ótimos para o Tricolor. Não dá nem para reclamar dos 4 x 0 do Vasco em cima do Grêmio, pois era esperado o triunfo carioca.
Na somatória, o São Paulo continua colado na liderança e abre diferença em relação a Botafogo, Inter, Fluminense e Flamengo. De bônus, ultrapassou o Timão, adversário da próxima rodada. 

Tabela 2

Não sou dos que acha que o clássico de quarta define o futuro do Tricolor na competição. O que decide, creio, é a sequência que começa por ele. Depois do Corinthians, tem Botafogo (fora) Flamengo (casa) Cruzeiro (fora) e Inter I(casa). Com a dificuldade das próximas cinco rodadas, se o time se sair bem, e com a volta de Luis Fabiano – que quando este texto era fechado acabava de marcar três gols no treinamento desta tarde – as perspectivas ficam bem interessantes.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Falta craque, falta sistema

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Pode ser problema meu, mas não entendo o esquema do São Paulo. Se é que existe algum. Não percebo jogadas de ataque ensaiadas, passagens pelos lados, pouca gente chuta a gol (como se ganha um jogo sem chutar em gol?).

O Tricolor é um time confuso. E toma gols no meio da confusão. E perde pontos preciosos, principalmente no Morumbi. E joga com duzentos volantes, atletas de estilo parecido, como mandante ou visitante.

Certo que ontem, contra o Grêmio, no Olímpico, a equipe foi até mais aplicada do que quando atua em casa. Foi um jogo tenso, com um adversário batendo forte desde o início. Entre os problemas, faltam duas coisas essenciais ao São Paulo. Bolas menos quadradas no setor de meia cancha e um jogador responsável por fazer a referência na área, que possa ser acionado pelos rápidos e habilidosos Lucas e Dagoberto.

Adilson Batista tem as opções para resolver isso. Se quiser uma referência ao estilo mais pivô, o sujeito que sabe dominar bem a redonda e preparar com categoria para quem chega, o nome pode ser Rivaldo. Com ele, ainda teria o bônus de um homem de qualidade na finalização. Numa faixa mais restrita de campo, o veterano precisaria correr pouco. Outra possibilidade seria investir no jovem Henrique, dar pelo menos três partidas diretas ao garoto. É a opção mais próxima em estilo do tão aguardado Luis Fabiano.

Em qualquer uma das escolhas que fizesse, Adilson ganharia a solução para o outro problema: o da falta de qualidade no meio. Lucas seria recuado para a posição de origem, onde rende mais. O 7 são-paulino não é o típico meia-armador, mas é disparado o jogador mais talentoso do elenco, que pode levar a bola até os atacantes com mais frequência e eficiência.



Nos tempos em que dirigia o São Paulo – e quando pegou elencos até mais limitados que o atual, como o de 2008, ano em que foi tricampeão brasileiro – Muricy Ramalho dizia que, como não há muitos craques atualmente, o time precisa estar bem treinado para produzir bom resultado. Parece que isso está faltando ao Tricolor.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Mais que mil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Quarta-feira, 7 de setembro de 2011. Feriado de Independência. Portão 15 do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Caminhamos até o setor da arquibancada amarela. Este escriba é familiarizado com o ambiente. Para a esposa, Viviane, grávida de cinco meses, é a primeira vez. A filha mais velha, Luara, do alto de seus oito anos, está no templo pela segunda oportunidade, mas ainda não gritou gol ao vivo e a cores, já que só viu um São Paulo 0 x 0 Palmeiras, em 2009. Gerações diferentes movidas pelo mesmo motivo: ver um personagem.
Quem disse que a torcida tricolor não lota o Morumbi?
Contudo, não é um jogador qualquer. Longe disso. Como atleta, ele é incontestável. Goleiro, capitão, líder, ganhador de títulos, batedor de recordes. Um homem tricampeão nacional, vencedor de Libertadores, campeão mundial de clubes com uma das atuações individuais mais brilhantes da história recente do torneio. Artilheiro. Capaz de fazer muitos gols. Sendo o emblemático, o número cem, em cima do maior rival. Um homem que possibilita ao torcedor, no prazo de seis meses, ver a marca do centésimo tento e de mil jogos com a camisa do clube que ama. Milhar completo aos 21 anos de serviços prestados. Ele é cem. Ele é mil. Ele é Ceni.

As homenagens são várias, mas a maior está na presença dos torcedores. 63 mil pessoas estão no Morumbi. O São Paulo e Ceni são grandes. A torcida, idem. E mostra força. É o recorde de público do Campeonato Brasileiro, algo que dificilmente será quebrado.

A bola rola contra o tradicional, mas combalido Atlético Mineiro. Aos 25 segundos de jogo, um relâmpago faz explodir a massa. Lucas, a maior revelação são-paulina dos últimos anos, arranca e marca um belo gol. Era o começo dos sonhos num dia especial.

No entanto, aos 10, volta à cena a realidade desta estranhamente equilibrada competição. O Galo, com Réver, de cabeça, empata. Surgem alguns xingamentos, mas são rapidamente abafados por um uníssono tricolor. A torcida dá espetáculo. Não para um segundo. Canta e apoia o time incondicionalmente. Quase todo o estádio passa o jogo de pé.

Até o final da etapa inicial, o São Paulo tem algumas chances – em chutes longos – de desempatar. Não consegue. Esperamos ansiosamente o segundo tempo. No intervalo, pedidos por Rivaldo.

Os times retornam dos vestiários. E Ceni está lá. Incentivando os companheiros. O São Paulo vai ao ataque. Cria pouco de efetivo, até que Dagoberto, em ótima jogada individual e arremate longo, faz 2 x 1. Nova explosão. Abraços e sorrisos incontidos disparam pelas arquibancadas.

Cícero sai, Rivaldo, aplaudidíssimo, está em campo. O Tricolor evolui. Trabalha melhor a bola e tem oportunidades de ampliar. O Atlético corre bastante, mas não ameaça claramente a meta do mandante. Ceni não faz uma defesa difícil na partida.


O zagueiro Leonardo Silva, do Galo, é expulso por falta violenta em Carlinhos Paraíba. Com isso, o São Paulo tem chance de se impor de vez e ampliar, o que não ocorre. Henrique substitui Lucas e Casemiro sai para dar lugar a Jean. O time, apesar de muita disposição, ainda mostra defeitos destacáveis. São muitos velocistas e pouca inteligência. Falta a referência de ataque. Mas, não é dia para debater problemas.

Os 2 x 1 levam o Tricolor à liderança, ao menos até que se saiba o resultado de Corinthians e Flamengo, nesta quinta. Porém, a partida é muito mais do que isso. É dos momentos mágicos que fazem a paixão independer de títulos. Ceni saúda e é reverenciado nos quatro cantos do estádio. É a vitória de um grande clube. É a vitória de um mito. E, para este pai e torcedor, vale mais que mil. É o orgulho de compartilhar com a geração que me é seguinte a história tão bela de uma camisa em três cores e a alegria de saber que mais um torcedor está por chegar.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Quase uma clínica de reabilitação

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Corra, Rivaldo, corra!
Sem sustos, companheiros. O título do post não remete ao ocaso das experiências de um manguaça. No entanto, é impossível afirmar que não se refira a um “final”. Talvez, ao começo do fim do sonho de ver o São Paulo ganhar o sétimo título de campeão brasileiro.          

Tomando cuidado com as delongas, até para não irritar o já chateado torcedor são-paulino com obviedades, a análise que segue, pela repetição de situações mostradas nos últimos tempos, é mais uma “análise de conjuntura” do que simplesmente a história de outra derrota dentro do Morumbi, ontem, contra o Fluminense, por 2 x 1.

Um pouco do mesmo
   
A equipe teve duas alterações em relação ao jogo com o Santos. Na lateral-direita, Jean no lugar de Piris, convocado pela seleção paraguaia. No meio, Rivaldo substituía o suspenso Carlinhos Paraíba.

No começo de jogo, o São Paulo começava com posse de bola, mas a objetividade era baixa. Com sistema de marcação bem definido por Abel Braga, o Fluminense marcava forte, por pressão, e, aos 6 minutos, já assustava. Em jogada de Fred, Ciro obrigou Ceni a fazer boa defesa. O Tricolor das Laranjeiras pressionava a saída dos donos da casa, que não sabiam o que fazer com a redonda. Aos 8 minutos, Wellington salvou o São Paulo de tomar o primeiro gol, travando, no último instante, chute do argentino Lanzini.

E só o Fluminense jogava. Aos 18 minutos, numa falha de marcação do meio de campo são-paulino, a bola sobrou de novo para Lanzini, que dessa vez finalizou sem chances para Rogério. Flu 1 x 0.
 
O visitante se propunha a jogar nos contra-ataques. Contudo, como contragolpear um time que não atacava? O São Paulo não oferecia nenhum perigo ao onze carioca e o   jogo ficou morno até o final do primeiro tempo.

Para a segunda etapa, Adilson Batista voltou com Willian José no lugar de Rivaldo. Não funcionou. O atacante não segurou uma bola no ataque, não deu um cabeceio, nenhum um chute. Nada.

Aos poucos, o jogo se mostrava o mesmo da etapa inicial. No primeiro contra-ataque encaixado pelo Fluminense, gol de Rafael Sóbis, que recebeu passe de cabeça de um desmarcado Fred. Aos 28 minutos, o São Paulo ainda diminuiu. Ceni, de pênalti, fez o de honra.

A coisa poderia ter sido pior. O gol do Tricolor Paulista saiu de falta inexistente marcada em cima de Dagoberto, que se jogou acrobaticamente após o zagueiro Leandro Euzébio dar um carrinho dentro da área. Antes disso, aos 44 do primeiro tempo, Juan deu um tapa no rosto do atacante Fred em frente ao bandeirinha, que preferiu ignorar. Detalhe: o lateral já tinha cartão amarelo. O capitão são-paulino, no fim da partida, para tornar o enredo ainda mais repetitivo, teve a desfaçatez de reclamar com a arbitragem e foi brindado com o cartão amarelo.

15  

O São Paulo, ainda com Paulo César Carpegiani no comando técnico, começou o Brasileiro de forma fulminante. Cinco vitórias seguidas.15 pontos que o time tratou de queimar dentro do Morumbi com uma sequência desastrosa.

Depois da humilhante goleada contra o Corinthians sofrida na sexta rodada, o Tricolor perdeu pontos em casa para Botafogo, Atlético Goianiense, Atlético Paranaense, Vasco, Palmeiras e Fluminense. Nos seis confrontos – três empates e três derrotas – foram exatamente 15 pontos perdidos.




Anfitrião generoso
Curioso é que os adversários citados, exceto o Palestra, subiram de produção e melhoraram as campanhas ao menos temporariamente depois de passarem pelo Cícero Pompeu de Toledo. Vamos ver se o mesmo ocorre com o Flu.

De qualquer forma, para quem procura recuperar-se, aos que necessitam “ganhar moral”, é uma boa passar pelo Morumbi e fazer uma sessão de reabilitação. Venham tranquilos. Vocês serão bem recebidos.

domingo, maio 22, 2011

São Paulo 2 a 0. E bola pra frente

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Outro dia, em comentários de um post, o Glauco concordou comigo que, até certo ponto, o Santos de Muricy Ramalho tem sido dependente de Neymar. Hoje, assistindo a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Fluminense, ficou claro que o Tricolor também é, de certa forma, dependente de Lucas (foto). A diferença é que Neymar costuma resolver mais que o sãopaulino, na minha modesta opinião. Basta observar partidas decisivas disputadas por um e outro e contar quantas vezes um ou outro "chama o jogo" pra si. Até hoje, indiscutivelmente, Neymar ganha essa disputa.

No gramado de São Januário, como era de se esperar, o mandante Fluminense partiu pra cima do time paulista. Deco perdeu dois gols, um deles incrível. E os cariocas exploravam sem dó a maior deficiência do São Paulo: as laterais. Juan, definitivamente, não pode ser titular - e, por isso mesmo, a saída e Junior Cesar é inexplicável. Após o "desastre" da eliminação da Copa do Brasil e do circo armado por Rivaldo, Carpegiani e, principalmente, Juvenal Juvêncio, o time sãopaulino parecia apático, inofensivo.

Até que Lucas resolveu acordar. E, por tabela, despertou a equipe. A jogada do primeiro gol começou com ele, passou por bela assistência de Casemiro e terminou com Dagoberto enchendo o pé e estufando a rede. Sua comemoração, aos berros, me pareceu um ato de "exorcismo" dos demônios que assolaram o Morumbi a partir da derrota para o Avaí. E, de fato, acabou a apatia, a sonolência. O time passou a jogar bola, perdeu vários outros gols no primeiro e no segundo tempo, até Lucas (sempre ele) sair driblando toda a defesa adversária para fazer um golaço e fechar o placar.

No final, num gesto de "diplomacia", Carpegiani botou Rivaldo em campo. Pra ele mostrar, novamente, que não tem condições de ser titular e nem de jogar um tempo inteiro. Muito lento e, quando pega a bola, trata de se livrar dela o mais rápido possível. Tudo bem: é uma opção para entrar nos 10 ou 15 minutos finais, quando o time ganha por diferença de dois gols ou mais. De resto, ainda é muito cedo para saber o que esperar de um longo campeonato, onde muita coisa vai mudar. Mas a reação do time, a partir do gol de Dagoberto, deu um certo alívio. Bola pra frente!



Uruca ou previsível?
E, assim como corintiano Adriano, o badalado Luís Fabiano também passou a faca no tendão. Vai demorar muito pra voltar aos campos. Que ele estava bichado, todo mundo sabia. Mas a extensão do problema foi escamoteada ao máximo pela diretoria do São Paulo. Acho impossível que não soubessem que essa cirurgia poderia ser necessária. A diretoria do Sevilla também devia saber, por isso não botou muita dificuldade no negócio. Agora é esperar e, literalmente, PAGAR pra ver. Luís Fabiano é mais velho que Adriano, vai fazer 31 anos, mas não tem o mesmo histórico de "baladeiro" e indisciplinado. Se voltar ainda este ano, continua sendo muito bem vindo. Henrique e William José ganham chance de mostrar serviço.

terça-feira, maio 17, 2011

Sem dinheiro, Juvenal Juvêncio cria caos no São Paulo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tá tudo errado. Mas muito errado! Depois de Rivaldo dizer que foi humilhado por Paulo César Carpegiani, por não ter entrado no jogo contra o Avaí, e de o técnico ter insinuado que o veterano jogador não tem caráter, o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, afirmou com todas as letras que era impossível os dois profissionais prosseguirem trabalhando juntos. E o que aconteceu na sequência? O treinador se isolou com a família em um balneário de Santa Catarina e avisou que, se fosse demitido, ia cobrar R$ 1 milhão referentes aos salários até o fim do ano, como manda seu contrato. Paralelo a isso, Cuca garantiu que não sairá do comando do Cruzeiro e a multa para tirar Dorival Júnior do Atlético-MG é proibitiva. Sem dinheiro e opções de treinadores no mercado, o que faz Juvenal, o "gênio"? Convoca Rivaldo e Carpegiani para "fazer as pazes" (só pra inglês ver, ou melhor, a imprensa ver, pois não há possibilidade de reconciliação). E o resultado é: elenco rachado, técnico desmoralizado e sem autoridade, atletas insatisfeitos e torcida em fúria, protestando e danificando automóveis na porta do Centro de Treinamento. Parabéns, Juvenal Juvêncio!

O mais impressionante, além da burrice e incompetência de Juvêncio, é a arrogância de Rivaldo (tradução do poder que tem dentro do clube), que disse não ter feito nada de errado, e a pusilanimidade de Carpegiani, que afirmou não se sentir ofendido com a entrevista do jogador/cartola, para quem ainda pediu desculpas (!). Tudo errado, absolutamente errado. As cenas dos próximos capítulos? Rivaldo será escalado "goela abaixo"; o time, que estava quase consolidando um esboço de padrão tático, voltará à estaca zero das indefinições (e ingerências da diretoria); os jogadores preteridos ou insatisfeitos vão aproveitar todas as oportunidades para esculachar o técnico, pois, mirando o exemplo de Rivaldo, já viram que não serão punidos; e Carpegiani vai se equilibrar na corda bamba do "não saio, daqui ninguém me tira", pressionado pela maior parte da torcida e dos diretores do clube e, principalmente, pela "dupla dinâmica" Juvenal/Rivaldo, até que uma derrota mais vexaminosa o obrigue a pedir demissão e/ou ser demitido de fato - pois trata-se de um demitido-tampão.

Diante deste cenário caótico criado pela presidência do São Paulo, ainda é preciso fazer algum prognóstico sobre o destino do time no resto da temporada? Se TUDO DER CERTO, não cairemos para a série B...

sexta-feira, maio 13, 2011

A 'ética' de Juvenal Juvêncio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Leio agora sobre a demissão de Paulo César Carpegiani. Não quero entrar nas virtudes, defeitos, erros ou acertos do treinador em sua segunda passagem pelo São Paulo - nem na fatídica derrota que selou a eliminação do clube da Copa do Brasil. Já não vem ao caso, é página virada. Não quero falar da "boiada", mas sim do "dono dos bois": Juvenal Juvêncio. O erro já começou quando ele contratou Carpegiani, que não estava desempregado. Cumpria contrato com o Atlético-PR, clube que abandonou sem o menor constrangimento - por isso, apesar de reconhecer que o técnico conseguiu melhorar muita coisa no São Paulo, como frisei num post outro dia, não lamento sua saída e nem o defendo. Quem falta com a ética - e faz negócio com dirigente que age igual - recebe na mesma moeda. Sim, a "ética" de Juvêncio, o "algoz" de Carpegiani, está aí, nua e crua. Precisando de um novo treinador, vejam a desfaçatez de sua declaração, ao desembarcar no Aeroporto de Congonhas, na volta do "desastre" em Santa Catarina:

- Os bons técnicos estão empregados. É assim mesmo. Mas é claro que existe a chance de o São Paulo ir atrás de um técnico empregado. Esta é a lei do futebol, e eu não sou diferente.

Essa é a "ética" do digníssimo cartola. A mesma "ética" que outro colega de profissão, o também cartola Rivaldo, que é presidente do Mogi Mirim, teve ao final da partida contra o Avaí. O desabafo de um jogador descontente com o técnico, por não ter tido a chance de entrar em campo, tem sua razão. Mas também tem seu limite. O jogador é, antes de tudo, subordinado ao treinador e, no mínimo, lhe deve respeito. Dizer que foi "humilhado" e que a derrota foi "uma vergonha" significa exatamente o contrário: ele humilhou e envergonhou Carpegiani. No que foi prontamente corroborado pelo colega cartola Juvenal Juvêncio, que demitiu o técnico e confessou que o motivo não foi a derrota na Copa do Brasil:

- Acho muito difícil o Rivaldo e o Carpegiani continuarem juntos no São Paulo. Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública entre o técnico e o atleta, o que deixa a convivência dos dois mais complicada.

Por isso, acho que Carpegiani foi muito feliz ao declarar: "Todo mundo tem um caráter e num momento adequado que a gente nota as pessoas". Carapuça justa para Rivaldo - e para Juvêncio também. Ficou bem claro que o jogador já sabia que Carpegiani seria demitido caso o São Paulo fosse eliminado da Copa do Brasil. Caso contrário, não teria dado entrevista tão ofensiva ao treinador, se este fosse continuar a comandá-lo. E como é que Rivaldo sabia e tinha segurança da demissão do técnico? Porque, com Juvenal Juvêncio, ele não tem conversa de jogador com presidente de clube. É papo de cartola com cartola. Ficou nítido que, nesse conflito, o único subordinado era Carpegiani...

Essa é mais uma das incoveniências do estranho contrato com um jogador que é presidente de outro clube. Quando Rivaldo foi contratado pelo São Paulo, escrevi aqui neste blogue que achava isso, no mínimo, complicado. E se o clube enfrentasse o Mogi Mirim numa partida eliminatória pelo Paulistão? Cadê a ética, a isenção? Porém, além dessas "ligações perigosas", a contratação significou (mais) uma "saia justa" para o treinador. Ficou nítida a pressão de Juvêncio para que Carpegiani escalasse Rivaldo, assim como o finado Marcelo Portugal Gouvêa pressionava a escalação de Lugano por Oswaldo Oliveira, em 2003 (o técnico caiu, assumindo Roberto Rojas, que botou o zagueiro pra jogar), e depois a de Falcão, astro do futebol de salão, em 2005, por Emerson Leão (que barrou o rapaz e decidiu sair do clube por cima, assim que ganhou uma taça).

E esse é outro aspecto que ajuda a entender a vitória de Rivaldo nessa queda de braço contra o treinador. Além de reconhecer o visível progresso do São Paulo com Carpegiani, pela sua liderança, seu pulso e autoridade (que nem Ricardo Gomes e muito menos Sérgio Baresi tinham), eu gostei de sua segunda passagem pelo clube exatamente por peitar e enfrentar as pirotécnicas contratações de Juvenal Juvêncio. Antes de Carpegiani, o time enfrentou a estapafúrdia baciada de 11 contratações para 2010, sem planejamento, sem critério, sem respeito ao rumo traçado pelo(s) técnico(s) da época. Isso criou um caos e os reflexos (e derrotas) estão aí, pra alegria dos adversários. E era pra situação estar pior, caso Carpegiani não chegasse impondo respeito. Isolou Cléber Santana, mandou Carleto e Marcelinho Paraíba para empréstimo, dispensou Fernandão e nem sequer cogitou a hipótese de escalar para o banco o tal de Edson Ramos - sintomaticamente, uma indicação de Rivaldo. Juvêncio engoliu calado. Até hoje.

Não importa qual técnico o São Paulo vai contratar agora. Ele terá problemas com Juvenal Juvêncio, sem dúvida nenhuma. E, óbvio, com Rivaldo.

Sobre obviedades
E por falar em obviedade, é mais do que óbvio que a eliminação do São Paulo em duas competições, num prazo de duas semanas, foi o principal motivo da demissão de Carpegiani. Isso não se discute. Só quis ponderar a falta de ética geral no desfecho desse caso, entre o técnico, o presidente do clube e o cartola/jogador Rivaldo. Também é óbvio que Carpegiani errou feio em escalações e substituições, na insistência com alguns (caso de Juan, por exemplo) e isolamento de outros (caso de Junior Cesar), além de outros defeitos. Mas é óbvio, também, que o São Paulo não tinha condições de levantar uma taça com o time que está aí - e eu também já havia alertado para isso no post que fiz sobre o jogo de ida. No caso particular do Avaí, afirmo com segurança que o time catarinense que entrou em campo ontem é, neste momento, mais time que o São Paulo. A vitória foi justa, a eliminação dos paulistas também. Chega de chororô e churumelas.

quarta-feira, março 23, 2011

Magoou e fez beicinho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Quem sabe, sabe

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No dia 13 de dezembro de 1953, o São Paulo foi ao interior enfrentar o Linense e sofreu uma sonora derrota: 4 a 1. O resultado, de tão inesperado, foi comemorado como um título pelas ruas de Lins, com os torcedores desfilando com um enorme elefante, símbolo do time. E o São Paulo, do técnico argentino Jim Lopes e da goleadora linha de ataque Maurinho, Albella, Gino, Negri e Teixeirinha, levantaria a taça do Paulistão dali a 40 dias, em 24 de janeiro de 1954, após uma vitória por 3 a 1 sobre o Santos, em plena Vila Belmiro.

Ontem, passados 57 anos daquela histórica partida (e inesquecível, principalmente em Lins), as duas equipes voltaram a se enfrentar numa disputa de Paulistão, dessa vez no Morumbi. O jogo marcava a estreia do craque Rivaldo no time da capital, aos 38 anos e cercado de todas as expectativas e desconfianças. O São Paulo jogou mal, errou muito, levou (mais) um gol besta logo no início da segunda etapa e tudo levava a crer que desperdiçaria outros três pontos como mandante. Mas o veterano estreante resolveu mostrar serviço. E como!

Rivaldo chamou o jogo pra si, correu, bateu uma falta em que a bola quase entrou, chapelou bonito um adversário, driblou, deu passes e, para coroar sua atuação, marcou um senhor golaço. Claro que é pra lá de cedo pra dizer que ele vai resolver tudo ou, no mínimo, manter o mesmo nível. O Linense é fraco, o São Paulo continua com os mesmíssimos e velhos problemas de falta de marcação, de ausência de lateral direito, de lentidão na ligação com o ataque e da falta de um matador. Mas, pelo menos, agora, tem um camisa 10. Um Senhor Camisa 10.

Salve, Rivaldo! Vida longa nessa temporada!

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Precedente complicado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A notícia de que o veterano Rivaldo (foto) já fechou contrato de 1 ano e será apresentado pelo São Paulo é surpreendente, mas nem tanto pela idade do jogador, que fará 39 anos em abril. Zizinho chegou ao clube com 35, Toninho Cerezo com 37 - e ambos tiveram boas passagens. Aliás, eu lamentei que a diretoria do São Paulo não tenha se mexido na época em que Edmundo pendurou as chuteiras. Gostaria de vê-lo encerrando a carreira no Morumbi, mesmo que não rendesse muita coisa. Era um baita jogador, assim como é Rivaldo. Mas o buraco, agora, é bem mais embaixo.

A exemplo dos ex-sãopaulinos Jamelli (foto) e Juninho Paulista, que encerraram suas carreiras de jogadores atuando também como dirigentes (o primeiro no Barueri, em 2008, e o segundo no Ituano, em 2010), Rivaldo é presidente do Mogi Mirim - clube pelo qual disputaria o Paulistão. Só que agora vai atuar por outro time, no mesmo campeonato, e já avisou que não pretende se licenciar da função de dirigente do Mogi. Atitude que, se for confirmada, levantará todo tipo de suspeita quando os dois times se enfrentarem e, bem pior que isso, se um precisar do outro para se classificar ou não cair para a segunda divisão. Isso abriria um precedente complicado no futebol.

Pois é, virou bagunça. Um exemplo é a promoção "Casa cheia", que o Mogi Mirim lançou para seus torcedores: 5 mil carnês com ingressos para os nove jogos do time no Estádio Romildo Ferreira (nome do pai de Rivaldo), ao preço de R$ 135 (inteira) e R$ 90 (meia). O carnê traz uma foto de Rivaldo com a camisa do time e a frase: "Eu voltei. Agora é a sua vez". Mas voltou pra onde? E quem comprou o pacote só pra ver Rivaldo jogando pelo Mogi? O mesmo Rivaldo que, como presidente do clube, negociou o próprio empréstimo para o São Paulo (!). Sim, palhaçada é o termo.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Enquanto isso, na Praia do Sossego...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Gretchen, a eterna rainha do bumbum, já percebeu que se aproveitar da fama para fazer carreira política também tem seu preço. Candidata à prefeitura de Itamaracá (PE) pelo PPS, ela foi agredida na noite de ontem quando saía de um comício na Praia do Sossego (que de sossegada, como se percebe, não tem nada). "Tinha acabado o comício. Quando entramos no carro e andamos alguns metros, começamos a ser agredidos com várias pedradas, desferidas quando entramos na estrada do Sossego, que é cercada de mato e sem iluminação. Não tenho dúvidas que foi um crime político", disse a "cantora"/ "atriz" pornô/ candidata, que nada sofreu. Dois veículos tiveram os vidros destruídos e o motorista do carro de som machucou levemente o braço. Gretchen, que já sofreu outra agressão polêmica, foi à delegacia de Paulista, terra do Rivaldo, registrar a ocorrência.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Enquete: qual dos brasileiros eleitos como melhores do mundo pela Fifa é mais boleiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O camisa 22 do Milan e 8 da seleção brasileira foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007 pela Fifa. Antes, havia faturado o prêmio da revista francesa France Football. Um meia ofensivo, algo bem diferente de 2006, quando o zagueiro italiano Fabio Cannavaro foi eleito.

Antes de Kaká, Ronaldinho Gaúcho por duas vezes consecutivas, Ronaldo Fenômeno por três vezes – sendo duas consecutivas, Rivaldo e Romário (uma vez cada) haviam faturado a premiação criada em 1991. As oito conquistas, contra três de Zidane para a França, colocam o Brasil como dono do melhor futebol do mundo desde então, apesar de não ter o jogador mais premiado – já que o filho de argelinos que comandou os azuis na conquista de 1998 e no vice de 2002, teve um segundo lugar e dois terceiros.

O que o Futepoca quer saber é: qual dos brasileiros é melhor? A questão é o conjunto da obra, e cada um priorize o que preferir.

Como bem observou a Thalita, só estão listados os melhores no futebol masculino, por isso a Marta, eleita por duas vezes como melhor do mundo, não entra na disputa. Quem achar que ela é melhor que os outros cinco ou que essa exclusão é machismo, que justifique suas afirmações nos comentários.

Enquando Kaká exibe seu penteado cheio de gel aos 25 anos tem uma ou duas copas pela frente, Ronaldinho Gaúcho tem 27, de modo que a África do Sul é sua última chance de ser bi. O Gordo mal consegue retomar a carreira, e Rivaldo e Romário não terão grandes contribuições ao futebol antes de encerrarem suas carreiras. A perspectiva de futuro pode ser pior ou melhor para os atletas, já que alguns podem ou não levar isso em conta na hora de votar.

Vote:

Qual dos brasileiros eleitos melhores do mundo pela Fifa é o melhor?