Destaques

Mostrando postagens com marcador botequim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador botequim. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Som na caixa, manguaça! - Volume 90

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

TODO ENROLADO
(Edenal Rodrigues)

Noriel Vilela


Quem eu devo, espera, porque eu pago!
E no momento eu estou todo enrolado
A quem devo, espera, porque eu pago!
E no momento eu estou todo enrolado...

Já não acredito em mais nada
Na vida só estou dando azar
Pra frente eu só vou quando eu tropeço
Ou se alguém me empurrar

Quando eu quero bicar alguém
Dizem logo: 'Suncê já está manjado!'
A pior coisa que tem no mundo
É pedir dinheiro emprestado

Quem eu devo, espera, porque eu pago!
E no momento eu estou todo enrolado
A quem devo, espera, porque eu pago!
E no momento eu estou todo enrolado...

Tô devendo a escola das crianças
O armazém que fiou bóia pra mim
A padaria da esquina
E devo também no botequim

A casa já vai para seis meses
Devo a vizinhança um bom 'cacau'
Meu apelido aonde eu moro
Passou a ser cara de pau
Mas que o meu apelido aonde eu moro
Passou a ser...

Pode deixar que eu pago, eu já disse!
Deixa comigo, eu vou pagar, mas devagar, hein!
A maré aí não tá boa ainda
Segura a conversa, depois eu conto
Viiiige!
Deixa isso pra lá...
Falô! 

(Compacto simples - Copacabana/1971)





sexta-feira, março 27, 2015

Som na caixa, manguaça! - Volume 84

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

 PRECISO DE ALGUÉM

 (Composição: Evaldo Gouveia e Fagner)


FAGNER


Quando fiquei só
Tudo ao meu redor
Foi perdendo a graça pra mim
Claro que sofri
Quase enlouqueci
Nunca me senti assim

Mas depois passou, tudo se acalmou
Foi só um momento ruim
Essas fases más, de falta de paz
De insônia e de botequim
Mas cansei de vagar, fiquei farto de bar
De perfume vulgar, cigarro e gin


Eu não tenho ninguém, mas preciso de alguém
Pra evitar o meu fim
Eu não posso ocultar o que o amor me fez
Eu não quero passar por tudo outra vez
Pra sofrer e chorar mais uma ilusão
Eu me ajeito com a solidão

Mas cansei de ficar completamente só
Essa falta de amar também já sei de cór
Só me resta esperar que a chama da paixão
Volte ao meu coração


(Do CD "Fortaleza", Som Livre, 2007)


segunda-feira, janeiro 24, 2011

'O nós é mais importante do que o eu'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Muitas vezes, ao externar nossas posições políticas, somos taxados de "esquerdinhas", "petistas", "comunistas" etc. Sim, é fato: na própria apresentação do blogue, deixamos claro que, "sem tanta homogeneidade, todos pendem para a esquerda". Ou então poderíamos cravar, em resumo, que ninguém aqui apoia o campo conservador da direita. Mas tudo isso, no final das contas, é rótulo e reducionismo. O sentido é muito maior que isso. Porque nossa opção política, na verdade, é pelo social. Pelos valores coletivos e públicos, como alertou certa vez, com propriedade, a psicanalista Maria Rita Kehl.

E foi exatamente dessa forma que o falecido cantor e compositor Gonzaguinha (foto) definiu, numa entrevista, seu posicionamento político e a disposição de seguir lutando, até mesmo contra a descrença. "A política, desde 1964, distanciou-se cada vez mais do povo e tornou-se algo repugnante. Mas sei que ninguém faz nada sozinho. O nós é mais importante do que o eu", diz o artista, em trecho do livro "Gonzaguinha e Gonzagão - Uma história brasileira", de Regina Echeverria (Ediouro, 2006).

E já que falamos sobre "antes o que nos une do que o que nos diferencia", Gonzaguinha comentava, sobre o PT: "O que eu acho importante é que não vejo dentro dele uma juventude de ideias conservadoras". Concordo. Prova disso foi a baixaria sem limites do campo da direita, nas últimas eleições presidenciais, com apêlo para o que há de mais retrógrado, arcaico e nojento - e principalmente na internet, território dos jovens. Por isso seguimos lutando do lado de cá, mesmo com todos os problemas, erros e dificuldades. E vamos à luta!



E VAMOS À LUTA
(Gonzaguinha)

Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão (como é que não?)
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta é com essa juventude
Que não corre da raia à troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada

Aquele que sabe que é negro o couro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Aquele que sai da batalha, entra no botequim
Pede uma Brahma gelada, e agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode e sacode a poeira
Suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira - e nós estamos pelaí...