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domingo, outubro 27, 2013

Pará, o gol contra mais rápido da História?

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Na noite do domingo (26), o Coritiba superou o Grêmio por 4 a 0 no Couto Pereira, resultado que afastou a equipe paranaense da zona da degola. Mas o que chamou mais atenção na partida foi o gol contra de Pará, um belo sem pulo que foi para as redes de Dida. Detalhe: em apenas  15 segundos de jogo. Veja abaixo:



Daí veio a dúvida, seria esse o gol contra mais rápido da História? De acordo com o Zero Hora, é o mais rápido em campeonatos brasileiros. Quanto ao registro mundial, não encontrei nenhuma fonte muito confiável, mas a RedeTV diz que o tento teria sido marcado aos 36 segundos, em um jogo na Polônia. Ou seja, Pará estaria ganhando...



Em Copas do Mundo, Gamarra marcou um tento contra aos 3 minutos na peleja Paraguai e Inglaterra, o mais veloz dos Mundiais. Muito distante do ala gremista...

Esperamos ainda a confirmação oficial da exata dimensão desse feito histórico. Ainda assim, pessoalmente acho esse gol do zagueiro Cléberson, do CSA, mais plástico que o do gremista. E olha que saiu em 20 segundos de jogo, no campeonato alagoano de 2012, belo feito também.



quinta-feira, outubro 24, 2013

Uma noite, dois goleiros (veteranos)

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"Um dia da caça, outro do caçador." Eis que, num prazo exato de dez dias, Rogério Ceni foi do inferno (ao perder um pênalti e desperdiçar a vitória no último minuto do clássico contra o Corinthians) ao céu (fazendo pelo menos seis milagres e outras duas defesas difíceis na partida contra o Universidad Católica, no Chile, que garantiu o São Paulo na próxima fase da Copa Sul-Americana). Muitos críticos e torcedores estão considerando a atuação de ontem como uma das melhores de toda a carreira do goleiro, comparável à da decisão do Mundial de 2005 contra o Liverpool.  Pelo o que ouvi do veterano e consagrado comentarista Claudio Carsughi, na Rádio Jovem Pan, o São Paulo teria levado uma goleada histórica do Universidad Católica não fosse o "muro" Rogério Ceni, como ele o classificou. Mesmo com tantas defesas fantásticas, o time de Muricy Ramalho tomou três gols e só venceu porque o atacante Aloísio também estava em noite inspirada - fez dois gols e deu passe para mais um, de Ademilson (Welliton fechou a conta em 4 x 3). Aos 40 anos, Ceni quer encerrar a carreira em dezembro, ao fim desta temporada.


Curiosamente, na mesma noite, outro goleiro veterano também viveu momento histórico. Mesmo que as cobranças de pênaltis dos corintianos Danilo, Edenílson e Pato tenham sido absurdamente péssimas (bem piores, por exemplo, que as quatro últimas perdidas por Rogério Ceni este ano), Dida, 39 anos, pegou as três e classificou o Grêmio para a próxima fase da Copa do Brasil. Foi simbólico, por dois motivos: 1) Dida, no fim dos anos 1990, destacava-se justamente como insuperável "catador" de pênaltis (e, ao contrário de ontem, defendia chutes muito difíceis); 2) O goleiro já havia praticamente encerrado a carreira e disputava partidas de futebol de areia quando, em maio de 2012, "ressuscitou" na Portuguesa, onde teve ótima passagem, a ponto de despertar o interesse do Grêmio (algo parecido com o que ocorreu com o atacante Edmundo, resgatado do Nova Iguaçu pelo Figueirense, em 2005, o que possibilitou sua volta ao Palmeiras e ao Vasco). A vitória na sequência de pênaltis contra o Corinthians pode não ter sido pela competência de Dida. Mas ele merece esse tipo de consagração, antes de se despedir dos gramados.


Outra coincidência é que Rogério Ceni e Dida são dois dos maiores goleiros de sua geração - ao lado do ex-palmeirense Marcos, que os deixou no banco de reservas na Copa (e no título) de 2002. Dida profissionalizou-se no Vitória em 1992, aos 18 anos, quando já faturou o campeonato baiano (e no ano seguinte despontaria no cenário nacional ao sagrar-se vice-campeão brasileiro). Ceni, por sua vez, profissionalizou-se em 1993, ano em que conquistou a Libertadores, a Supercopa e o Mundial como reserva, e destacou-se como titular do "Expressinho" (time B) do São Paulo campeão da Conmebol, no ano seguinte. Hoje, ambos estão próximos da aposentadoria. Mas, debaixo das traves, ainda são capazes de fazer atuações memoráveis - outro dia Dida, por exemplo, fechou o gol na vitória por 1 x 0 do Grêmio contra o São Paulo, no Morumbi. Mais interessante ainda é que eles têm estilos completamente diversos, assim como diferiam do já aposentado Marcos. Prova de que o Brasil sempre foi capaz de produzir goleiros de primeira linha, na esteira do recém-falecido Gilmar dos Santos Neves. Parabéns, Ceni! Parabéns, Dida!

quarta-feira, novembro 14, 2012

R.I.P. Alex Alves

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Rápido, habilidoso, Alex Alves era um pouco do que se podia chamar antigamente de “ponta”, quando seu futebol apareceu no surpreendente Vitória vice-campeão de 1993, time que chegou à final depois de sair de um grupo com Flamengo, Corinthians e Santos. Além do jovem atacante, recém-profissionalizado, a equipe contava com o “canhão” de Roberto Cavalo, as defesas do promissor goleiro Dida e a técnica do meia Paulo Isidoro.

A partir de 1:17, o golaço de Alex Alves, que passa por três corintianos desde o meio de campo e marca. A partida marcou a quebra da invencibilidade de 15 jogos do Alvinegro de Mário Sérgio.

No ano seguinte, em 1994, foi para o Palmeiras, à época pródigo em contratações graças à parceria com a Parmalat. Depois de uma fugaz passagem pelo Juventude, outra equipe apoiada pela empresa de laticínios, voltou a brilhar com intensidade na fantástica Portuguesa (não confundir com esse Alex Alves), vice-campeã brasileira de 1996, quando mais uma vez teve ao lado jovens que viriam a fazer sucesso no futebol como Zé Roberto e Rodrigo Fabri.

Na vitória sobre o Cruzeiro, por 3 a 0, válida pelas quartas de final do Brasileirão, Alex Alves marcou duas vezes, destaque para o terceiro gol luso, um belo passe de Zé Roberto, a partir de 0:36.


A partir de 1:35, o segundo da Lusa no empate contra o Atlético-MG, válido pelas semifinais do Brasileiro de 1996. Alex Alves também fez na vitória contra o Galo por 1 a 0, em São Paulo.

O atacante passaria ainda pelo Cruzeiro (1998 e 1999) e iria para a Europa, onde ficou por cinco anos no Hertha Berlin (1999 a 2003). Voltou ao Brasil onde atuou pelo Atlético-MG (2003), Vasco (2004), Vitória (2005 e 2006), Boa Vista-RJ (2007 e 2008), Fortaleza (2008),e Kavala-Grécia (2008).

Em 30 de dezembro, Alex Alves completaria 38 anos, mas a leucemia vitimou o atleta,que estava internado em Jaú, interior de São Paulo.

domingo, novembro 04, 2012

Vitória do Bahia afunda mais o Palmeiras e traz Lusa pro baile

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O Bahia derrotou agora à noite, no Canindé, a Portuguesa por 1 a 0. O tento foi de Souza, um dos últimos espécimes do chamado centroavante-centroavante, aos 32 do segundo tempo. Diones chutou de fora da área e o veterano goleiro Dida tentou encaixar, dando o rebote para o ex-atacante do Corinthians.

Assim, os baianos chegaram a 40 pontos e estão empatados com a própria Portuguesa, que volta a estar ameaçada pelo espectro da Série B. A diferença entre os dois são três tentos de saldo em favor dos lusitanos. Ambos ainda estão quatro pontos à frente do Sport, primeiro time na fila para sair da degola.

Já o Palmeiras, que empatou com o Botafogo em um jogo que beirou o inacreditável, dadas as chances desperdiçadas pelo nervosismo alviverde, está com 33, sete atrás de Bahia e Portuguesa. Precisa de uma reta de chegada perfeita para escapar da Série B. Para se ter uma ideia do tamanho da superação, é só lembrar que os palestrinos conquistaram sete pontos nas últimas seis rodadas, exatamente o número de pontos que o distancia da salvação, e o mesmo desempenho do Figueirense, virtual rebaixado e penúltimo colocado no Brasileirão.

O Sport, rival mais próximo do clube paulista, vem em uma difícil caminhada de recuperação, tendo feito nove pontos nas últimas seis rodadas, contando com a vitória de hoje contra o Vasco, 3 a 0 em São Januário. Os vascaínos têm a segunda pior campanha do returno e vem de seis derrotas seguidas.

Embora estejam a quatro pontos da zona fantasma, Bahia e Lusa têm motivos de sobra para se preocupar, levando-se em conta o desempenho recente. A Portuguesa não marca gols há quatro partidas e nas últimas seis fez somente quatro pontos. Os baianos fizeram cinco em meia dúzia de rodadas.

Confira os quatro últimos jogos dos quatro times que parecem estar disputando às avessas duas vagas do rebaixamento, lembrando que Cruzeiro e Ponte, com 43 pontos, correm algum risco de rebaixamento.


Portuguesa


Botafogo (fora)

Grêmio (casa)

Internacional (fora)

Ponte Preta (casa)


Bahia


Cruzeiro (fora)

Ponte Preta (casa)

Náutico (casa)

Atlético-GO (fora)


Palmeiras


Fluminense (fora)

Flamengo (fora)

Atlético-GO (casa)

Santos (fora)


Sport


Figueirense (fora)

Botafogo (casa)

Fluminense (casa)

Náutico (fora)

sábado, dezembro 06, 2008

Bom mesmo era o irmão dele

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O Hermeto Paschoal, que tomou vinho com o Marcão, é uma das fontes mais ricas de experiências musicais que eu conheço. Cada vez que o ouço e reouço, ao vivo ou em disco, sinto que a arquitetura sonora do mundo toma uma nova configuração. O antológico disco Lagoa da Canoa, Município de Arapiraca foi para mim uma verdadeira anti-escola de música, que eu ouvia (e reouvia) para pôr em xeque muita coisa que eu ia aprendendo em meus dedicados estudos musicais. Isso foi assim até os primeiros anos da faculdade de música, quando comecei a não só desaprender com ele mas também aprender algo de sua arte. 

Pois foi nessa época, em 1998, que fui junto com meu primo João conhecer um pouco do litoral nordestino. Fomos de avião até Salvador, depois de ônibus até Barra do Jequié, em Alagoas. E dali fomos subindo a costa em pequenos trechos até Olinda. Quando entramos em terras alagoanas, convenci o João de que a gente não podia deixar de passar por Lagoa da Canoa. Eu tinha tamanha convicção de que era uma oportunidade única de conhecer a terra de Hermeto que o primo não ofereceu resistência e surgimos em Arapiraca no fim de tarde de um sábado. 

Arapiraca é uma cidade sem interesse turístico, um cruzamento de rodovias, se bem me lembro (dez anos de cachaça se passaram...), um lugar de passagem e parada de muitos caminhoneiros. Acabamos nos hospedando numa bodega de porta de rodoviária, literalmente um pulgueiro, frequentado por prostitutas que, por força de circunstâncias ou por desapego, não prezam muito pelas condições mínimas de exercício da profissão.   

De manhã pegamos o ônibus rumo a Lagoa da Canoa. O vilarejo de três ruas e uma pracinha, com uma igrejinha e a grande lagoa de águas escuras, tinha algo de diferente. As casas todas muito arrumadas lembravam um bairro de classe média de uma cidade de médio porte, não um povoado naquele fim de mundo... A única alma que encontramos foi no trailer de x-burguer da pracinha. 

“Você conhece o Hermeto Paschoal?”
 
“Quem?”

“Um músico, que tem uma barbona branca assim, e um cabelão também...”

“Ah! o velho! Foi embora faz muito tempo. Ano passado ele esteve aí, fez um show aqui na praça. A família dele mora naquela casa. Mas por que vocês querem saber dele?”

“É meu ídolo.”

“O velho?... Mas é por que você não sabe quem é que nasceu aqui.”

Cofiei o queixo em profunda reflexão, mas realmente eu não ia ser capaz de dizer qual era a segunda pessoa deste mundo proveniente de Lagoa da Canoa.  

“O Dida, o goleiro.”

“O Dida?”, me espantei, pensando no goleiraço quejá admirava na época, e que no ano seguinte estrearia no Corinthians para pegar dois pênaltis do Raí num jogo tão antológico quanto o disco do Hermeto. 

“Eu vi esse menino crescer. Ele nem era tão bom assim. Bom mesmo era o irmão dele, esse jogava bola.” 

Fui conferir e parece que na verdade o Dida teria nascido em Irará, na Bahia; porém, sua estreia no futebol profissional se deu pelo ASA de Arapiraca. Então é bem possível que os passarinhos que ensinaram música ao Hermeto (segundo o próprio) sejam da mesma família dos que emprestaram aquela calma oriental ao Dida. 

Acho que fomos até lá só para saber disso... Na Wikipedia, aprendi que Lagoa da Canoa é maior do que a impressão que me causou e que tem outros filhos ilustres. 

Já com o pé na estrada de volta, o primo pensou alto: “Queria era ter visto o irmão do Dida jogar...”