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segunda-feira, setembro 09, 2013

Drink rolando (1)

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“Para comemorar a vitória ou consolar a derrota, conhaque Presidente”, dizia um antigo comercial da tevê e do rádio. Beber o morto ou à saúde (dos vivos, é o mínimo que se espera), tomar coragem ou uma providência, beber para não roer (tanto) as unhas, pra entrar no clima, esfriar a cabeça ou aquecer os ânimos, até mesmo pra esquentar os tamborins.

Mais do que qualquer outro esporte (pelo menos que eu conheça), o futebol combina muito com a manguaça. E por que não dedicar um drink especial ao time do coração? Um drink realmente especial, que dilua com gelo a tradição, a arte e o amor que são a alma do clube do coração.

“Por que não?” é o lema do manguaça. Afinal se for explicar “por que sim” a cada vez que resolver beber vai tocar em delicadas e desnecessárias questões morais que facilmente se desfazem diante de um gentil drible retórico, seguido do prazer do primeiro gole. É a vitória da imanência, diria o filósofo, mas quem há de negar que um drink bem feito e corretamente servido transcende o mero prazer hedonista e leva o indivíduo a acreditar mais no ser humano, em si mesmo e, sem dúvida, no camarada ou na companheira ao alcance de uma prosa?

Pois bem, o Futepoca lança aqui uma nova série exclusiva, a Drink rolando, com a criação de coquetéis originais, inspirados no seu time do coração. E vai com a receita para você fazer e degustar em sua própria casa.

E o primeiro homenageado é o alvinegro que, como o meu Corinthians no ano passado, em 2013 extirpou de sua nação o tabu de não ter ainda vencido a Libertadores da América. O Atlético Mineiro mostrou um futebol ágil, bonito de se ver, sob a liderança do veterano e então desacreditado Ronaldinho Gaúcho – que já foi melhor do mundo e conduziu o Barcelona à conquista da Champions League –, acompanhado da competência do pequeno notável Bernard, dos matadores Jô e Tardelli e todo um respeitável elenco.

Quem comanda a rodada é o mestre da coquetelaria Leandro Nagata. Proprietário da Trattoria Nagattoni (que fica na estrada entre Taubaté e Campos do Jordão), é natural de Jápoli, em algum lugar na fronteira entre a Itália e Japão. Pratica jiu-jitsu e é apaixonado por futebol, corintiano desde o nascimento e sarrista eterno.

O maestro Nagata criou o coquetel Galibertas, uma tabelinha criativa com o tradicionalíssimo rabo de galo, introduzindo notas cítricas da liberdade que está na bandeira de Minas e no nome do campeonato continental.

Um coquetel refrescante, de pouca persistência, redondo e agradável. Harmoniza perfeitamente com um tutu de feijão, arroz, couve refogada e bons nacos de pernil cozidos com cebola. Cada trago de Galibertas convida a mais um bocado do prato, e a recíproca é verdadeira. Pode-se substituir o pernil por torresmos crocantes e suculentos, e o resultado continuará excelente, mais ou menos como substituir Jô por Tardelli, e vice-versa, na ponta-de-lança do ataque.

Galibertas

O rabo de galo do Galo campeão da Libertadores

Com vocês, o Galibertas. Santé! 

INGREDIENTES

50 ml de cachaça branca. Não preciso dizer que, no caso, é de bom tom usar cachaça mineira. 25 ml de vermute tinto – pode ser Martini, Cinzano ou Contini. 15ml de Cointreau, para relembrar a inspiração francesa da Inconfidência Mineira, donde nasceu o lema “Libertas Quæ Sera Tamen” que contorna o triângulo da bandeira do estado de Minas Gerais [o Cointreau pode ser substituído por Curaçau triple sec ou licor de laranja transparente, que vai dar certo]. Para completar, 10 ml de suco de limão e 2 gotas de molho de pimenta, que é pra lembrar os comentários picantes do Gaúcho depois de cada provocação que recebeu ao longo do campeonato. Gelo a gosto.

MODO DE PREPARO

Colocar todos os ingredientes em uma coqueteleira e bater vigorosamente, servir em um copo americano. Decorar com um gomo de limão dentro do copo.

Agora é com você, caro torcedor do Galo, admirador do Ronaldinho Gaúcho, ou simplesmente um bêbado liberto e esperto que não vai dispensar o prazer de provar um drink diferente. Faça o seu e, por gentileza, descreva suas impressões nos comentários. 

Até o próximo brinde!

sábado, junho 15, 2013

Seleção à la Felipão e Parreira estreia com 3 a 0

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Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

Neymar fez um baita golaço (Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Gol de Neymar logo aos 3 minutos do primeiro tempo e boa marcação do Brasil tornaram fácil a vitória. Paulinho e Jô completaram o placar

Por Frédi Vasconcelos

Jogos de Brasil e Japão costumam ter muita marcação, uma correria danada e contra-ataques perigosos por conta dos nipônicos. Mas o gol de Neymar logo aos 3 minutos do primeiro tempo desmontou esse enredo. Toque de peito de Fred e um chute de fora da área que entrou perto do ângulo, sem chance para o goleiro Kawashima, que passou o resto do primeiro tempo praticamente sem pegar na bola.

Porque o Brasil voltou a lembrar a seleção de 1994, de Parreira, muito toque de lado e posse de bola, que chegou a 70% no primeiro tempo. Causado em parte pela marcação do time japonês, que concentrava a maioria dos jogadores no meio de campo. Mas as chances foram poucas dos dois lados, porque o Brasil também defendia com oito jogadores, só deixando Fred e Neymar mais adiantados. Oscar, às vezes, virava um terceiro volante. Ou segundo, porque muitas vezes Luiz Gustavo recuava e fazia o terceiro zagueiro, esquema usado por Felipão em 2002. O primeiro tempo acabou sem muita emoção, mas quase sem risco para o Brasil, com boa defesa e atuação segura de Júlio César nas poucas bolas chutadas pelos japoneses.

No início da etapa complementar novo gol. Bola vem da direita, zaga do Japão não corta e sobra para Paulinho, sozinho na área, finalizar. Acalmado, a partir daí o Brasil domina a partida totalmente e as jogadas começam a aparecer pelas pontas, principalmente com Neymar e Oscar, que passa a ajudar pela esquerda.

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segunda-feira, junho 30, 2008

"O seu paradeiro/ Está no estrangeiro/ Onde está o dinheiro?"

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Os versos do título desse post, presentes na letra de "Onde está o dinheiro?", sucesso de Gal Costa nos anos 1980, caem como uma luva para o novo escândalo do Corinthians. Ao contrário do que escrevi aqui há alguns dias, a venda do atacante Jô, do CSKA para o Manchester City, não é uma notícia tão boa assim para o clube de Parque São Jorge. E tudo por culpa de seu atual presidente, Andrés Sanchez (acima), que eu já havia citado no post anterior por ter vendido porcentagens dos direitos econômicos de três atletas para o Grupo Sonda - o que fez com que a tônica dos comentários fosse principalmente contra a cartolagem brasileira.

Pois os nossos comentaristas tinham toda a razão: matéria de Maurício de Oliveira, do Lance! de hoje, revela que, ao contrário do que se pensava, o Corinthians não vai receber R$ 7,7 milhões pela transação de Jô (ou 13,5% dos R$ 57 milhões da venda, sendo 3,5% como "indenização aos clubes formadores", prevista pela Fifa, mais 10% registrados no contrato de venda para o CSKA, em 2005). Na verdade, o clube paulistano receberá apenas R$ 1,78 milhão do Manchester City. E sabem por que? Os 10% previstos em contrato foram vendidos por Sanchez, no início de maio, por US$ 1,25 milhões (quase R$ 2 milhões). Traduzindo: os R$ 7,7 milhões transformaram-se em R$ 3,78 milhões.

E sabem para quem Sanchez vendeu os 10%? Para uma das empresas de Giuliano Bertolucci, amigo do iraniano Kia Joorabchian, ex-presidente do MSI. Esse comprador conseguiu multiplicar R$ 2 milhões por três no espaço de um mês e meio. Kia, por parte de sua assessoria de imprensa, nega ter ganho qualquer dinheiro nessa transação. Mas o empresário de Jô, Marcelo Djian, joga mais gasolina na fogueira: "-Não sei direito como e qual foi a influência de Giuliano nesse negócio. O que sei é que teve a participação do pessoal de Pini (Zahavi) e de Kia também...". Para quem não se lembra, Pini Zahavi (acima) foi identificado pelo ex-presidente corintiano Alberto Dualib como um dos principais investidores do MSI. E Andrés Sanchez foi vice-presidente de futebol no auge da parceria com o grupo investidor...

"-A divisão do Jô era assim:10% era do MSI, outros 10% do Corinthians e 80% do CSKA. Eu nem sabia que Giuliano tinha comprado os 10% do Corinthians", conta Djian. Em defesa de Andrés Sanchez, que fica numa baita saia justa, o vice de finanças do clube, Raul Corrêa da Silva, soltou a seguinte "justificativa": "-Quem podia imaginar que o Jô valeria tanto?".

terça-feira, junho 24, 2008

Boa notícia para o Corinthians

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O mercado da bola é mesmo imprevisível. Depois de receber míseros R$ 162 mil pelos 5% de direito, como clube formador, pela venda do zagueiro Betão (à esquerda) do Santos para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia (transação de R$ 3,74 milhões), o Corinthians ganhará agora, de presente, a bolada de R$ 7,7 milhões pelos direitos decorrentes da venda do atacante Jô (à direita), do CSKA, da Rússia, para o Manchester City, da Inglaterra (transação de R$ 57 milhões). O Corinthians tem direito a 10% sobre a multa rescisória, registrados no contrato de venda para o CSKA, em 2005, mais 3,5% de um tal "mecanismo de solidariedade" para indenização aos clubes formadores. Os 13,5%, portanto, totalizam R$ 7,7 milhões.

Se soubesse que essa dinheirama ia cair em seu colo, o presidente do alvinegro paulistano, Andrés Sánchez, teria pensado duas vezes antes de vender os direitos econômicos do atacante Dentinho (22,5%), do lateral-esquerdo André Santos (22,5%) e do zagueiro Renato (25%) à empresa D.I.S. Esporte e Organização de Eventos Ltda., o chamado Grupo Sonda, por R$ 5,4 milhões. Assim como Betão e Jô, Dentinho (à esquerda) e Renato (à direita) também são revelações das categorias de base do Corinthians.

Mas os R$ 7,7 milhões poderiam ser utilizados, por exemplo, para manter alguns dos destaques na execelente campanha que o time faz na Série B do Campeonato Brasileiro. Os direitos federativos do artilheiro Herrera (à esquerda) podem ser adquiridos por módicos R$ 3,54 milhões. Metade de seu passe pertence ao clube argentino Gimnasia y Esgrima e metade, ao empresário Ricardo Schilieper. Outro que veio emprestado, o atacante Diogo Rincón (à direita), do Dínamo de Kiev, custa exatos R$ 7,5 milhões.

A grana do Jô também poderia ser utilizada para quitar de vez os R$ 3,3 milhões, divididos em seis parcelas, que o Corinthians tem de pagar ao São Caetano pelo importante meia Douglas. Ou, então, procurar outro bom reforço no mercado. De qualquer forma, R$ 7,7 milhões despencando na conta assim, inesperadamente, é sempre uma boa notícia.