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O manguaça (tá na cara!) inglês Robin Dunbar |
O manguaça (tá na cara!) inglês Robin Dunbar |
Marcos Assunção em lance... Deixa pra lá |
O que passou, Neymar? |
- Jogo de meio-campo na maior parte dos 90 minutos. O Palmeiras, melhor postado atrás, conseguia ligar mais rapidamente o ataque. O Santos esbarrou a maio parte do tempo no sistema defensivo alviverde
- Os laterais geográficos santistas não fizeram jus às alcunhas, que poderiam remeter à beleza dos estados que representam. Pará é esforçado, mas improvisado na esquerda costuma ser lastimável. Maranhão fez uma peleja medonha, coroada com o gol contra da virada palestrina. O torcedor ora por Fucile...
- Sim, a preparação física faz diferença. O calor também. Os paulistanos estavam mais em forma e a questão física e o sol arrasador de Presidente Prudente podem até ser justificativa para a desatenção no lance do escanteio que resultou no empate da partida.
A vitória do Palmeiras sobre o Mogi Mirim, a segunda em quatro jogos, foi garantida por dois gols de Marcos Assunção. Os comentários foram inevitáveis. Só se fala que o volante salva o Palmeiras, que é metade, que é 80% do time, até o 100%...
Dos tentos, é 33%. Foram seis marcados no Paulista pela equipe alviesmeraldina, dois do camisa 20 neste último jogo. Marcos Assunção deu passe para outros dois (aLeandro Amaro contra o Bragantino e a Fernandão contra a Catanduvense). Assim, contando a participação nos lances de gol, a fatia sobe para dois terços.
Apenas dois gols não tiveram o que se pinta como toque de Midas do volante (um de Maikon Leite, em jogada de Valdívia na estreia, e outro de Ricardo Bueno, ante a Lusa, em passe de Maikon Leite).
É fato que a proporção é alta e sustenta a tese da dependência absoluta do Palmeiras em relação a Marcos Assunção. Especialmente com poucos reforços e com baixas em relação a 2011.
Também confere que o time jogou pior do que a Portuguesa e mandou mal a valer ante os bruxos de Catanduva. Mas Fernandão e, principalmente, Ricardo Bueno cansaram-se de desperdiçar oportunidades.
Se tivessem trabalhado melhor, a conversa estaria diferente? Pouco importa porque futurologia do pretérito nem conta ponto na tabela nem muda a trajetória da redonda no gramado.
Em um debate acalorado na noite de quarta-feira, 1º, o alviverdíssimo e amigo Paulo Donizetti defendia uma tese peculiar. A de que, taticamente, ter Marcos Assunção em campo significa jogar com dez em campo, exceto na hora de cobrar faltas perto da área ou tiros de canto. É defender com um homem a menos e, com a bola rolando, muito pouca coisa na articulação e armação de jogadas.
Ora, um volante que marca mal e permite buracos na retaguarda – em vez de cobrir esses vazios – significa problemas. Para alguém que joga recuado no meio, não haveria função primordial de criação, mas errar passes é complicado.
A avaliação é de que, em sua ausência, outro jogador bateria escanteios conquistados pelo Luan e as faltas sofridas pelo Valdívia. Assim, os gols com assistências poderiam sair. Restam as faltas.
O discurso poderia até ser interpretado como soberba e falta de reconhecimento em relação ao carequinha que acumula 102 atuações pelo Palmeiras, com 19 gols de falta – um a cada cinco jogos. Batedor oficial de tudo menos lateral e tiro de meta, ele tem sido regular ao participar da formação de lances de perigo para os adversários, o que também conta.
Como quatro jogos e seis balançadas de rede é muito pouco para ser estatisticamente relevante, tese merece alguma reflexão. A falta de efetividade do resto do time continua a preocupar.
Curioso que o site do próprio Palmeiras estampa "Marcos Perfeição" na página inicial.
O Palmeiras empatou com o Internacional de Porto Alegre pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Foi 2 a 2 no Beira-Rio o segundo empate fora de casa, e o Palmeiras continua sem perder na competição. Com oito pontos, está entre os três primeiros na classificação.
Numa partida com dois gols contra, o Palmeiras chegou a estar em vantagem, depois de virar o jogo, mas cedeu a igualdade aos 45 minutos do segundo tempo. Por isso, poderia ter trazido mais do que o pontinho que colheu em Porto Alegre. Mas o sufoco oferecido pelo Colorado seria um castigo maior do que o merecido para o time comandado por Paulo Roberto Falcão.
Foi um jogo bom, com disposição defensiva e de contra-ataques de ambos os lados. E um primeiro tempo parelho. O Palmeiras atuou com uma desenvoltura de deixar torcedor animado. Não que tenha sido superior aos gaúchos, mas parece que o paralelo 30 fez bem aos humores guascos de Luiz Felipe Scolari, e as investidas do time funcionaram mais bem do que em episódios anteriores.
Os gols contra foram anotados da etapa final. Pelo volante do Palmeiras Márcio Araújo, aos cinco, foi um golaço de deixar Oséas e os corintianos com inveja. para o Inter; e pelo zagueiro do vermelho Rodrigo, aos nove, para o alviverde. Aos 21, Luan acertou o tom do contra-ataque em lançamento de Marcos Assunção, fintou e acertou o canto para levar os paulistas à frente. Até perto dos 40, o time da casa teve pouca força. Depois, conseguiu o empate.
Marcos Assunção respondeu por ainda mais chances de gol do Palmeiras. No primeiro tempo, foram quatro. No segundo, cruzou para um gol e deu passe para outro – uma virada de jogo incrível, que em nada tira méritos de Luan no drible e no chute preciso entre as pernas do goleiro Renan.
Jogos entre Inter e Palmeiras despertam neste torcedor lembranças contraditórias, de um jogo em que é possível ganhar, mas de repente pintam surpresas. No deste domingo, a estranheza foi de ver os visitantes mandarem tão bem, até se fecharem demais de deixaram os adversários crescerem. Vai entender.
Fica mesmo a sensação de que poderia ter sido melhor. Mas foi bom ver futebol jogado, com lampejos de habilidade.
O Palmeiras está na primeira posição do campeonato brasileiro quando ainda não se completaram os jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Para que isso continue assim até a próxima semana, seria necessária toda uma cobinação de resultados. O que precisaria para isso seguir assim até daqui 35 rodadas, é melhor não responder.
Feita uma reflexão pessimista sobre o estado do futebol apresentado pela equipe de Luiz Felipe Scolari, cabem comentários sobre o que foi apresentado na vitória contra o Atlético-PR, por 1 a 0, no Canindé. Foi o segunda soma de três pontos em três jogos. Como houve um empate na semana passada, a equipe mantém-se invicta. E terá o forte Inter em Porto Alegre como próximo adversário.
O placar mínimo foi alcançado a 30 minutos da etapa final em cobrança de escanteio de Marcos Assunção para o volante Chico cabecear. Foi um placar magro contra um time que não marcou nem pontos nem gols no campeonato. E só saiu depois que Rômulo foi expulso, aos 12, por falta fora do lance em Kléber.
Embora as faltas e cobranças de tiro de canto sejam um ponto forte do time, momento de esperança para a torcida que canta e vibra, foi o primeiro gol alcançado dessa forma no campeonato. Isso quer dizer um de três, já que a equipe não marcou por mais do que isso em cada uma de suas partidas. Na temporada, foram oito dos 52 marcados – 15%.
Vale frisar que é comum as mesmas cobranças no primeiro pau resultarem em nada mais do que uma rebatida da zaga rival. O tento conferido pode ser uma esperança de que o treinamento, se não ruma à perfeição, pelo menos permite algumas melhoras.
Pelas minhas contas, foram quatro jogadas oriundas de faltas cobradas pelo camisa 20, mais dois chutes diretos à meta paranaense do mesmo jogador. Outras sete oportunidades pintaram com a bola rolando, entre jogada individual do lateral Cicinho, tabela de Kléber com Gabriel Silva e trombadas do camisa 30.
Há ou não dependência de cobranças, chutes e cruzamentos de Marcos Assunção? Metade das chances foram criadas assim. É um tipo de jogada que acontece mais vezes em um jogo. Mas o time precisa mais de Kléber para criar jogadas com a bola rolando. Com Luan e Patric atuando como meias, a "conquista" de um escanteio quando a equipe vai à linha de fundo, ou de uma falta como desfecho de um contra-ataque, permitem criar mais perigo.
Em outras palavras, até para ter escanteios e faltas, precisaria de mais criação.
Assim, a passadinha pela liderança não aumenta esperanças. Nem esconde limitações. Só é bom e, por isso, a gente aproveita.
Vencer o Palmeiras é o que o Corinthians precisava neste momento. Em crise depois de sete partidas sem vencer, com mudança de técnico e a visão da taça se afastando cada vez mais, depois de estar muito mais próximas das mãos alvinegras, vencer o rival de casa revigora a alma e traz de volta a confiança abalada.
Não vi o jogo, mas os melhores momentos abaixo mostram um Corinthians claramente melhor no primeiro tempo, quando fez o gol com Bruno César, e um Palmeiras que se recupera e quase empata no segundo, com a bola parada de Marcos Assunção e bela defesa de Julio César.
Ronaldo quebra o tabu de ainda não ter vencido contra o Palmeiras e Tite tem a melhor recepção possível. Jucilei também se destacou com sua raça e habilidade, como tem sido a regra desde que começou a atuar pelo Timão.
Na tabela, ajudaram bastante a derrota do Cruzeiro para o surpreendente Atlético Mineiro e os empates do Flu e Inter, além da igualmente surpreendente derrota do Peixe.
Agora o negócio é manter a concentração, pois cada jogo será uma final. Que belo campeonato!