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Não sei, não tenho nenhuma informação se o ministro dos Esportes é culpado ou não das contínuas denúncias que vem sofrendo.
Não sei, não tenho nenhuma informação se o ministro dos Esportes é culpado ou não das contínuas denúncias que vem sofrendo.
Depois de muito suspense e adiamentos por pelo menos três meses e meio, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou o local das partidas da Copa do Mundo de 2014. A abertura ficou mesmo em São Paulo, apesar da ambição soteropolitana e brasiliense.
Mas na hora de anunciar o futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da capital paulista, o representante da Fifa só pôde ler: Sao Paulo Stadium.
São Paulo? Ok, é o nome da cidade que sedia a abertura, mas não tem nome a arena? Por ora, nem Andrés Sanchez, presidente da agremiação esportiva, nem Ronaldo Nazário, outrora fenômeno (atualmente só gordinho), têm uma alcunha para o local, que ainda é nada além de um canteiro de obras da Odebrecht.
O Futepoca, numa pesquisa histórico-iconográfica, sugere cinco sugestões de nome para o estádio, considerando-se que, para abrir o Mundial do ludopédio, é preciso agradar tanto a corintianos quanto aos demais brasileiros. Às opções:
Foto: Acervo do Museu do Futebol
Camanducaia, que fez o gol do título de 1995 que não veio pra Vila, e Márcio Rezende de Freitas, maior ídolo do Botafogo depois de Garrincha. |
Por Maurício Ayer
Num jogo ruim, com um pênalti mal marcado para o Cruzeiro (e desperdiçado por Montillo) e outro não marcado para nós, o Timão garantiu os valiosos três pontinhos que o mantêm na liderança do Brasileirão. Com o jogo atrasado com o Santos, no meio da semana, Botafogo define sua posição no grid atual. Voltamos à situação das rodadas finais do primeiro turno, com o Corinthians liderando, seguido de perto pelos quatro cariocas. Com o São Paulo perdendo o rumo (e o técnico), são os cinco que devem disputar.
Passado o desafio contra o Inter, no qual o empate não é ruim, entramos no corredor da vida onde temos que fazer valer a posição de líder: Avaí, América-MG, Atlético-PR, Ceará, Atlético-MG e Figueirense, sendo o último o único que não briga para fugir do rebaixamento.
Terminamos então contra o Palmeiras, em fase péssima e por isso mesmo louco para ter a única saída honrosa possível: na última rodada, tirar o título do Corinthians. Mas também, se acontecer o contrário, será pra se acabar de beber.
A esta altura, não dá para esperar grandes modificações. O que vai pesar mais mesmo é a motivação, a concentração, a tranquilidade para recuperar jogadores chave que ainda não estão no seu melhor, como o Liedson. Temos um meio campo funcionando, pelo menos para manter a posse de bola e criar algumas jogadas. Ainda é muito difícil enfrentar defesas fechadas, mas temos jogadores que batem bem de fora da área, como Alex e Willian.
Nosso fraco continua sendo as laterais, com especial destaque para Ramon e sua incrível capacidade de se posicionar bem: ele consegue ser sempre a pessoa errada no lugar certo, recebe a bola e, invariavelmente, a perde. E Alessandro toma muita bola nas costas, está longe de ser um jogador imprescindível. Aparentemente, estamos melhor nas bolas cruzadas na área, sem dúvida nenhuma o ponto que nos devorou mais pontos ao longo do ano, tantos foram os gols de escanteio.
Contra o Bota
Às vezes, na curva dos dias, a gente não consegue escrever sobre momentos importantes. A partida que o Timão perdeu para o Botafogo foi atípica. Com dois tempos opostos, tomamos um vareio no primeiro tempo (e ainda demos azar pelo menos no segundo gol, o que compensa o gol mal anulado que levamos no início) e socamos o pilão no segundo, mas com uma defesa trancada e um goleiro reserva inspiradíssimo, o Bota conseguiu não deixar entrar nada. Ao final, comemoraram mais que final de campeonato, com ares de batalha heroica. Claro que foi um jogo decisivo, mas os pontos corridos são assim.
Vai Corinthians!
Foi o companheiro Olavo, que escreve no Escanteio Curto, que repassou o texto que segue abaixo por e-mail. Ele narra um episódio ocorrido depois da partida entre Atlético-MG e Santos, na quinta-feira. E serve para refletirmos um pouco a respeito do estresse e da pressão que jovens e não tão jovens jogadores, técnicos e toda gente do futebol profissional (e de outras carreiras também) sofrem no dia a dia.
Boa parte das vezes não hesitamos em apontar o dedo para eles e exigir o equlíbrio (alô, Tite), a ousadia ou a genialidade que nem sempre conseguimos ter no nosso cotidiano. Talvez a graça da brincadeira seja essa: queremos que eles sejam um pouco ou muito do que não somos ou do que nunca vamos ser. Mas são iguais a nós a maior parte do tempo. E falham como qualquer um.
Todos já esperavam que as “marchas contra a corrupção” ocupariam hoje as capas dos dois jornalões paulistas. A ênfase esperada seria a marcha de Brasilia, onde números oficiais falam em 20 mil pessoas (o mesmo que na marcha de 7 de setembro).
O blogueiro Eduardo Guimarães foi à marcha em São Paulo, e contou cerca de 700 pessoas. Aliás, entrevistou 27 pessoas e traçou um interessante perfil dos manifestantes: quase unanimemente responderam que leem Veja, Folha e Estado, que o país está muito pior que há 10 anos e que a corrupção aumentou muito no período. Entre os que responderam à enquete, apenas um negro.
Até aí, sem novidade. Ontem, já havia uma certa expectativa em relação à cobertura dos veículos da mídia comercial sobre as manifestações, bem menos ruidosas do que se esperava. No Twitter, o perfil @Suxbernardo fez a previsão/pilhéria:
Clique para ver melhor |
Imprensa venezuelana "homenageia" o melhor do mundo |
Vitória da Vinotinto trouxe Chávez de volta ao Twitter depois de 5 dias de ausência |
Esse aqui eu encontrei no Facebook da excelente Revista Concerto. Tomo de empréstimo essa homenagem manguaço-musical ao Dia das Crianças. Parabéns, molecada!
Castigo de artilheiro: ter o filho goleiro |
O Flamengo do "pior ataque do mundo" |
Ainda se ouve na Argentina o Ilariê de Xuxa |
No papel de bandeja do McDonalds: “No Egito antigo, o pão era utilizado como pagamento de salário. Um dia de trabalho valia três pães e dois jarros de cerveja”.
Se as pirâmides foram construídas por escravos, que não tinham salários, eles só ganhavam os jarros de cerveja? Quantos litros foram na construção? Dá pra comparar com este estádio?
Desfalcado, combalido, “na UTI”, como definiu um jornal após a derrota para o Santos, o Corinthians foi a São Januário com medo de levar uma ensacada do Vasco, líder, embalado, com o “melhor jogador do campeonato da última semana”. Mas não foi nem de longe o que se viu no empate por 2 a 2 desse domingo. Foi um jogo equilibrado, mas em que os visitantes tiveram as melhores chances de marcar.
Surpreendente foi a atuação de Tite. Com dois desfalques fundamentais na frente, Emerson e Liedson, esperava que o treineiro mandasse Danilo para uma das pontas, Jorge Henrique na outra (a com o lateral mais perigoso do adversário) e William para a área brigar com os zagueiros. Pois quão surpreso fiquei eu ao ver um time, bem estranho: William e JH foram ans suas, mezzo meias mezzo atacantes, acompanhando os laterais. Alex e Danilo, na faixa central, tinham mais liberdade para atacar e eram o que de mais próximo o time tinha de atacantes de fato. Uma retranca, sem dúvida, mas que mostrou uma criatividade que eu não esperava de Tite. E que, em boa parte do tempo, funcionou.
No começo, o Vasco chegou com mais perigo, mas nada de grandioso. Até Dedé dar seu nome ao trocentésimo gol sofrido pela defesa alvinegra em jogada de escanteio (era o Chicão, o Wallace ou a organização para esse tipo de jogada que está errada?). Pouco depois, a alegria cruzmaltina diminuiu com um excelente contra-ataque que começou com improvável passe de 30 metros de Ralph para Danilo, que cruzou entre Fernando Prass e a zagueirada para Alex conferir. Tenho certeza que Tite sorriu ao ver sua ideia concretizada de forma tão clara.
O Timão passou a jogar melhor e poderia ter ampliado com Paulinho, que errou uma cabeçada na cara do gol. Mas foi o Vasco que marcou numa cagada do lado esquerdo da defesa paulista, onde Eder Luiz e Fágner, o autor do gol, fizeram estragos. Virou 2 a 1, mas Juninho Pernambucano, o mais lúcido vascaíno, sentiu contusão e saiu, o que era bom presságio.
O segundo tempo foi mais animado, com chances dos dois lados – mas as melhores para o Corinthians. William acertou o pé e mandou um cruzamento na cabeça de Danilo, que empatou. O camisa 7 ainda criaria outras oportunidades e perderia um gol na cara de Prass.
Tudo somado, os dois lados podem reclamar que mereciam a vitória. Mas, como já disse William Munny, “isso não tem nada a ver com merecer”. E, se alguém quiser considerar os dois confrontos diretos, o Timão fez 4 pontos contra 1 do Vasco. O que não quer dizer grandes coisas: pontos corridos não são resolvidos só nos jogos centrais. O que se deve comemorar é o fato de o time ter jogado bem mesmo desfalcado. Se continuar encontrando opções desse jeito e mantiver a pegada de decisão nos 11 jogos que faltam, o Corinthians pode aproveitar a tabela aparentemente favorável – cheia de candidatos ao rebaixamento e times em crise, pessoal em tese mais fraco, mas que joga com dez vezes mais vontade. Fato é que seguimos na briga até a última rodada. E outro é que dificilmente o certame se resolva antes dela.
Neymar, Kardec e Borges. Nem sempre é o Santos quem ri por último |
Vi apenas o segundo tempo do jogo e, pelos “melhores momentos” do primeiro, parece que cheguei junto com o futebol. Meus colegas, mais competentes que eu, podem analisar o jogo, em post ou nos comentários. Eu mesmo queria só apontar algumas coisas que me impressionaram.
Primeiro a posição do Ronaldinho Gaúcho. Ele agora está se esmerando na arte de dar dribles fantásticos na antemeia-esquerda, ou anteponta, sei lá que nome tem aquela região do campo. Com o Neymar de ponta-esquerda e o Cortez apoiando na ala, o Gaúcho ficou recuado driblando e dando bons passes por ali, antes do meio campo, na sinistra, mais ou menos entre a quina da própria área e a linha central. E até que funcionou, porque justamente não tumultuou a zona de ação do Neymar.
Os dois gols brasileiros mostraram que há esperança no nosso futebol, pois foram gols de equipe, em que a bola foi ficando mais redonda a cada patada que recebia. O primeiro foi impressionante, a começar pelo drible inicial do Cortez, que de algum modo dá a velocidade e a inspiração para que a jogada continue, os toques perfeitos de Borges e Danilo, e no meio disso tudo, desde o início da jogada, cruzava o Lucas, que quando pega a bola numa posição dessas é mortal.
Hoje a comunidade virtual brasileira está fervilhando com o debate sobre a legalização do aborto. O assunto começou por conta da Campanha 28 de Setembro pela Despenalização e Legalização do Aborto na América Latina e no Caribe, que inspirou posts em muitos blogs, feministas ou não.
Durante a festa de aniversário de dez anos da revista Fórum, o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, esteve presente e o Futepoca conversou rapidamente com ele. Dirceu mostrou conhecimento na área de cachaça, tema caro a este blogue, e também comentou o caso Veja e a regulação da mídia, sobrando para o o mais novo membro da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira. "Agora, vamos esperar o livro que ele vai publicar", ironizou. Confira a entrevista abaixo:
Futepoca - Esse é um blogue de política, futebol e cachaça, mas vamos começar por um assunto sobre o qual o senhor fala menos: gosta de cachaça?
José Dirceu - Estou acostumado e acabo sempre tomando as mesmas, como a Germana, Boazinha, Indaiazinha etc. Mas existem muitas cachaças boas no Brasil, menos conhecidas, como Serra Limpa, Rainha, da Paraíba. Vale lembrar a Maria da Cruz, do ex-vice-presidente José Alencar. Hoje, também, as empresas não querem mais dar relógios de brinde e fabricam cachaças exclusivas para presentear, como a que faz a Odebrecht, é uma cachaça de qualidade, como muitos empresários produzem. Lógico que ela fica um pouco mais cara, o ideal é que toda a população tivesse acesso, porque a cachaça comum tem metais pesados.
Futepoca - Você falou que muitos empresários dão cachaça de presente, qual cachaça Veja daria?
José Dirceu - Com alto teor alcoolico e alto índice de contaminação por metais pesados.
Antonio Cruz/ABr |