Destaques

quinta-feira, junho 29, 2006

Notas irrelevantes

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Manguaça fatal
Mais uma morte na Copa. O assassinato envolveu o pênalti para a Itália contra a Austrália, pelas Oitavas-de-Final, mas nada de Hooligans ou brigas entre a Gaviões da Fiel e a Mancha Verde. O tailandês Rabieb Lukchan torcia pelos cangurus, enquanto Saran Channarong preferia os italianos. O primeiro disse ao segundo que a arbitragem havia garfado, ou melhor, palitado os amarelos da Oceania, mas o segundo discordou. A bebedeira durante toda a tarde aqueceu o debate. Channarong, de 20 anos, esfaqueou o outro manguaça e fugiu. O ocorrido deu-se na província de Nakohn Si Thammarat. Sugiro a penalização do árbitro espanhol Luis Medina Cantalejo.

Mais do que a NBA
A Copa do Mundo na Alemanha teve mais audiência nos Estados Unidos do que as finais da NBA e o campeonato de hockey, segundo o Instituto Ramussen. Isso porém representa apenas 6% dos televisores. Contradizendo ainda outro estereótipo estadunidense, para cada três homens assistindo às pelejas, apenas uma mulher.

Distante 2014
Felizmente para as pretenções brasileiras de sediar o Mundial em 2014, faltam oito anos para reformar os estádios. E haja cimento. O Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, estádio do São Paulo, foi interditado hoje pela prefeitura, por meio do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), por falta de segurança. Está em tudo quanto é site, como na Gazeta Esportiva.

quarta-feira, junho 28, 2006

Roberto Carlos come criancinha!

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No mundo animal, a cadeia alimentar muitas vezes revela cenas surpreendentes. Curioso é o caso do hominídeo Robertu Carliens. Criada em cativeiro na concentração da seleção brasileira, durante a Copa do Mundo da Alemanha, esta espécie de pigmeu desenvolveu um estranho hábito antropofágico. Apesar de não ser comunista, Roberto Carlos (seu nome popular) foi flagrado comendo criancinha, como mostra o instantâneo acima, colhido pela National Geographic. Veterinários da Fifa deduzem que isso aconteceu, provavelmente, porque há muito tempo Roberto não mostra fome de bola.

terça-feira, junho 27, 2006

De novo, a amarelada da Espanha

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Como já citado em post anterior, a Espanha adora dar sonoras goleadas em Copas o Mundo, mas jamais consegue ir muito além. Grande importadora de talentos, suas seleções tem a sina de "amarelar" na hora H, e desta vez não foi diferente.

Já a França parece desmentir o estigma de "falso grande". Na decisão, Zidane, mesmo não sendo o mesmo de 1998, soube mostrar que ainda tem talento e fez o terceiro gol em uma bela jogada, além de armar e defender durante todo o jogo. A equipe também contou com o talento de Vieira, que novamente fez uma boa apresentação.

Agora, o Brasil tem a oportunidade de vingar as derrotas de 1986, nos pênaltis, e de 1998, na fatídica final no Stade de France. Se bem que uma das mais fabulosas partidas da seleção em uma Copa ocorreu justamente em 1958 contra os franceses, um 5 a 2 na semifinal, com três gols de Pelé contra a equiep que tinha o lendário Just Fontaine, maior artilheiro em uma única Copa, com 13 gols naquela ocasião.

Já a Espanha só pode lamentar mais um fracasso. Curioso que a Ucrânia, goleada pelo time na primeira fase, foi mais longe que o time merengue, já tendo garantido um lugar nas quartas-de-final. Acontece em Copas.

Gerd Müller: "O Brasil precisa de Ronaldo"

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Depois de ver o seu recorde de gols em Copas do Mundo quebrado por Ronaldo nesta terça-feira, o alemão Gerd Müller afirmou que o jogador da Seleção Brasileira é o atacante "mais completo" da atualidade.

Ao marcar o primeiro do Brasil na vitória por 3 a 0 sobre Gana, Ronaldo chegou ao seu 15º gol em Mundiais e superou os 14 gols de Müller.

O brasileiro ainda pode ampliar a sua marca, já que a equipe comandada pelo técnico Carlos Alberto Parreira garantiu a classificação para as quartas-de-final da Copa 2006.

"Na minha opinião, ele é o melhor, o atacante mais completo no momento. O Brasil precisa de Ronaldo. Eles não têm ninguém mais rápido do que ele na frente. Ele não estava em seu melhor nos dois primeiros jogos, mas contra o Japão poderia ter marcado uns cinco (gols)", disse Müller em entrevista ao site da Fifa.

Apesar de ter perdido o título de maior artilheiro das Copas, o alemão garante não ter ficado chateado.

"Mesmo antes de o torneio começar, era óbvio que ele (Ronaldo) conseguiria pelo menos dois gols e igualaria, se não fizesse três e registrasse um novo recorde. Não foi uma surpresa", acrescentou.

"Eu sempre disse que eu não era o recordista. Essa honra, para mim, é de Just Fontaine, que marcou 13 gols em um torneio. Apesar de Ronaldo estar agora em sua terceira Copa, ainda assim é um grande feito da parte dele", completou.

Müller chegou à sua marca de 14 gols no Mundial de 1974, na Alemanha. Ele disputou jogos nos Mundiais de 1970 e 1974, enquanto Ronaldo atuou em 1998, 2002 e 2006. Em 1994, o brasileiro foi convocado, mas não entrou em campo.

Roberto Carlos fora e outras considerações

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Até aceito discutir o Cicinho como opção eventual ao Cafu, mas não é necessário. O veterano recordista de partidas em copas do mundo se apresenta, não marca pior do que o lateral madrilenho etc. Mas Roberto Carlos está insustentável. Displicente na defesa e nulo no ataque, nem serviu para cobertura nos contra-ataques adversários, nem chutou no gol (acertou, quero dizer).

Mas não se pode culpá-lo pela falta de ligação entre defesa e ataque. Duas coisas ficaram claras na partida contra Gana. Primeiro que não se pode jogar em linha na defesa contra o Brasil e que o contra-ataque canarinho, mesmo longe da produtividade desejada, é muito perigoso.

Ao mesmo tempo, Gana mostrou que marcar a saída de bola cria dificuldades para o time de Parreira. Quando Gaúcho e Kaká voltam à intermediária defensiva, os atacantes voltam para a linha de meio de campo, comprometendo a ofensividade. A entrada de Juninho Pernambucano não ajudou em nada, mas Ricardinho conseguiu pegar bolas na entrada da área para deixar três jogadores na cara do gol em menos de 10 minutos.

Tocar a bola com rapidez, em tabelas no ataque, desbaratina a marcação da zaga brasileira, assim como qualquer defesa. Mas quem toca mais rápido a bola e tem mais perna para marcar pressão do que Gana nesta Copa?

Leitura labial

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Não sou daqueles que acham que a imprensa tem que "contribuir" para o bom ambiente da seleção, "ajudar" a equipe e pataquadas do gênero. Mas muitas vezes, por conta de um suposto interesse público que justificaria métodos, no mínimo, ortodoxos - como a famigerada câmera escondida - coloca-se em risco alguns direitos básicos de qualquer cidadão.

Falo isso por conta da polêmica leitura labial que tanto irritou Parreira. Pra quem não sabe, o programa Fantástico, da Rede Globo, utilizou deficientes auditivos para observarem vídeos da seleção e descobrir o que atletas e o treinador diziam durante o jogo.

Daí, descobriu-se que Parreira teria declarado ter "gostado muito" do desempenho de Gilberto Silva contra o Japão, tendo falado em seguida: "Pena, se nós tirarmos o Emerson, vai ser f...". O técnico em relação ao rendimento de Ronaldo, autor de dois gols na última partida da seleção. "Agora vamos ver. Filhos da p...", disse, completando em seguida: "Ainda pedem para o Ronaldo ir embora." Ontem à noite, no Jornal Nacional, Fátima Bernardes afirmou que direção do programa enviou uma carta pedindo desculpas a Parreira.

Já se fala na possibilidade de "racha" na seleção por conta do episódio, já que os mais velhos como Roberto Carlos, Cafu e Emerson acham que têm que jogar por conta da sua experiência, enquanto os outros também clamam por uma chance.

A questão é que, quando faz isso, a Globo de fato quebra a privacidade das pessoas. Se o jornalista obtém a mesma informação que eles divulgaram por meio de fontes de dentro da equipe, está praticando jornalismo de verdade e não haveria problemas. Mas quando recorre a um expediente desses, põe em risco o trabalho alheio, podendo fazer isso também com um engenheiro, um advogado ou qualquer outro profissional que teça comentários que não são para serem feitos em público ou para uma ampla gama de pessoas.

Violar o direito de um profissional de dizer algo a um auxiliar ou companheiro de equipe sem ser ouvido é grotesco. E não adianta invocar um tal de "interesse público" até porque Parreira é empregado da CBF, entidade privada. Talvez, para a emissora carioca, seu jornalismo deva ser regido pale mesma lógica de espetáculo que rege o seu deprimente Big Brother. Mais responsabilidade faria bem a quem já conta com tantos e tão competentes profissionais de imprensa.

segunda-feira, junho 26, 2006

Bolão é coisa de metrossexual, vai

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Desabafo refeito após um bom desempenho nas oitavas de final.

Acerto na mosca nas seguintes pelejas: Alemanha 2x0 Suécia, Itália 1x0 Austrália (viva Totti), Argentina 2x1 México (não tenho culpa que o bolão lá não interpreta o jogo como 1x1) e Ucrânia 0x0 Suíça - com a precisa indicação do avanço dos ucranianos nas penalidades.

E em tempo: pelo jeito, é mais fácil fazer bons chocolates e relógios precisos do que bater pênalti. O desempenho dos suíços hoje foi vergonhoso; me lembrou o São Paulo na final da Copa São Paulo de 1994 (dá-lhe Pitarelli) e do Boca Juniors na decisão da Libertadores de 2004. Alguém lembra mais de algum caso de times que zeraram nos pênaltis?

Que Itália!

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Tudo bem que Ucrânia e Suíça fizeram um dos piores jogos da Copa, onde os suíços não conseguiram sequer marcar gol de pênalti, apesar de não terem sofrido nenhum no Mundial e de irem pra casa invictos. Pros defensivistas, baita de um revés. Mas o desempenho da Itália contra a Austrália foi de doer.

A seleção européia mostrou mais uma vez sua total falta de qualidade técnica, algo que pelo jeito não surpreende nem mesmo seus jogadores. "Agora eu acho que podemos ir longe no campeonato", celebrou Totti, que cobrou o pênalti inventado escandalosamente pelo árbitro do jogo nos descontos da etapa final e que deu a vitória aos italianos. Por esse jogo grotesco, Totti acha que "agora, vai!".

O arsenal de cretinices do jogador não parou por aí. Assim como FHC fez com Lula, dizendo que o presidente "carcareja em cima dos ovos que não são dele" (pelamordedeus, alguém interne o FHC!) Totti rebateu as críticas recebidas na primeira fase. "Agora deixo que os críticos falem de mim. Até agora me massacraram. Estou certo de que agora devem estar felizes". Ele, que entrou no fim do segundo tempo, bateu e marcou um gol de pênalti. Isso cala alguém? Do que ele está falando? Ganhar roubado dos australianos é algo digno da tradição italiana?

Pelo que se pôde ver hoje, Itália e Ucrânia vai ser um jogo duro... de assistir.

Memória da Copa (8ª edição)

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A batalha de Berna

Amanhã faz 52 anos que o Brasil disputou uma de suas partidas mais famosas em Copas do Mundo. O confronto de 27 de junho de 1954 contra a Hungria, sensação daquele mundial, ficaria conhecido para sempre como "a batalha de Berna". Nem tanto pelo jogo em si, válido pelas quartas-de-final. O que entrou para a história foi a pancadaria.

A seleção brasileira chegou pessimista à Suíça. O trauma da derrota no Maracanã ainda não tinha sido superado. Criticado por não ter convocado Zizinho, o técnico Zezé Moreira tinha em mãos outros remanescentes de 1950, como Nilton Santos e o capitão Bauer (na foto, pouco antes do início da partida contra a Hungria).

Porém, mais do que o abatimento pela derrota em casa, o grande problema era, mais uma vez, a desoganização. Na segunda partida do mundial, por exemplo, os dirigentes brasileiros não sabiam que um empate com os iugoslavos garantia a vaga para as quartas-de-final. Com 1 a 1 no placar, desgastaram-se inutilmente em busca da vitória.

O sorteio colocou o time contra a Hungria. Os brasileiros temiam enfrentar os campeões olímpicos de 1952, time de lendas como Puskas, Czibor e Hidegkuti. Zezé Moreira tentou amenizar: "Não me interesso pelo time dos outros". Kocsis, que terminaria o mundial como artilheiro, com 11 gols, rebateu com convicção: "Venceremos o Brasil e seremos os novos campeões do mundo".

Mas o Brasil já sairia derrotado do vestiário, depois que o chefe da delegação, João Lyra Filho, comparou os jogadores aos pracinhas brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial e exigiu a vitória. Todos entraram apavorados e nervosos com o peso da responsabilidade. Com 7 minutos de jogo, já perdiam por 2 a 0.

Reagiram, mas a Hungria venceu por 4 a 2, em jogo tenso e violento. Quando os jogadores dos dois países iam saindo de campo, Czibor estendeu a mão para Maurinho, que aceitou o cumprimento. Só que o húngaro retirou a mão e o brasileiro deu-lhe um soco na barriga. Zezé Moreira afastou seu jogador do bolo, mas os húngaros pronunciaram seu nome - "Moreira!" - e cuspiram no chão.

Zezé estava com uma chuteira de Didi na mão e atirou-a contra os inimigos, acertando o rosto do técnico da Hungria, Gusztav Sebes, que era simplesmente o vice-ministro de Esportes de seu país. A trava de madeira fez um talho no rosto e o sangue esguichou. Em represália, Puskas deu uma garrafada na testa do zagueiro Pinheiro. No meio do rolo, o jornalista brasileiro Paulo Planet Buarque ainda derrubou um policial suiço com uma rasteira.

O juiz inglês Arthur Ellis foi o bode expiatório para os brasileiros explicarem a derrota, por causa das expulsões de Nilton Santos e Humberto. Assim, não bastasse o vexame do quebra-pau, o árbitro brasileiro Mário Vianna, que tinha apitado um dos jogos da Copa, foi ao microfone de uma rádio brasileira e acusou Ellis de fazer parte de um complô comunista para classificar a Hungria.

Resultado: o infeliz cartola João Lyra Filho enviou protesto por escrito à Fifa, acusando a arbitragem de "estar a soldo do Kremlin". Vexame completo.

Brasil 2 x 4 Hungria
27 de junho de 1954

Brasil: Castilho; Djalma Santos, Pinheiro, Nílton Santos; Brandãozinho, Bauer; Julinho, Didi, Índio, Humberto, Maurinho. Técnico: Zezé Moreira
Hungria: Grosics; Buzansky, Lorant, Lantos; Boszik, Zakarias; M. Toth, Kocsis, Hidegkuti, Czibor, J. Toth. Técnico: Gusztav Sebes.

Local: Berna (Suiça)
Árbitro: Arthur Ellis (Inglaterra)
Expulsões: Nílton Santos, Boszik e Humberto
Gols: Hidegkuti (3), Kocsis (7), Djalma Santos (17), Lantos (61), Julinho (75) e Kocsis (88)

domingo, junho 25, 2006

À flor da pele

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A partida entre Portugal e Holanda teve toda a dramaticidade que conviria a um jogo eliminatório de Copa do Mundo. Emoções fortes, belas jogadas, imprevisibilidade e um duelo entre gigantes que manteve o suspense até o final. Final que, se fosse outro, talvez não fosse injusto.

A dramaticidade começou com a violência holandesa contra Cristiano Ronaldo, que teve de ser substituído após uma entrada violenta de Boulahrouz. Apesar do time já estar ganhando por 1 a 0, belo gol de Maniche, era uma perda inesperada para a equipe de Felipão. Desalento para Portugal, que era pressionado pelos adversários com um toque de bola rápido e jogadas pelas pontas.

A partir daí, se travou uma guerra. Quase no sentido literal. Jogadas violentas, algumas vistas pelo árbitro e outras não, deram a tônica da batalha em que Portugal se defendia com um a menos desde o primeiro tempo. Portugal se igualou em número de jogadores com os holandeses durante somente 14 minutos, pois, após a expulsão de Boulahrouz, Deco também foi expulso do lado português.

Cera, catimba, raça, garra, vontade. Portugal não mostrou apenas isso, elementos que faltaram contra Angola, mas mostrou capacidade de variação tática conforme o momento da partida e também que possui opções no banco, além de um brilhante - em mais de um sentido - comandante. Felipão amplia seu recorde de vitórias em Copas, Portugal chega a uma quarta de final (feito que não conseguia desde 1966) e também segue invicta há 18 partidas. Tudo depois de um jogo de tirar o fôlego.

Acima de tudo, uma partida de um time que já entrou para a história como vencedor. Mas pode chegar mais longe e, hoje, acredito que ninguém duvide dessa possibilidade.

Hermanos na descendente

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Depois do joguinho entre Brasil e Austrália, que por coincidência aconteceu no dia seguinte ao massacre argentino contra Sérvia e Montenegro, teve comentarista dizendo que o problema da Argentina era ter alcançado o topo da qualidade na primeira fase. Achei um dos maiores papos furados da Copa. Naquele dia, tristemente vislumbrei os hermanos levantando a taça.
Mas não é que eles realmente caíram de produção? Não, não foi um jogo ridículo. O México jogou tudo o que podia (e ainda estava guardado). O toque de bola tranqüilo surpreendeu. Mas a Argentina não foi aquela. Sofreu demais e jogou de menos, comparando com o 6 x 0 da primeira fase. A diferença entre os dois times ficou na técnica mais refinada dos argentinos, porque o número de bolas que os mexicanos deixam bater na canela e espirrar é impressionante. E o golaço do Maxi Rodriguez não acontece toda hora.
A pergunta é: a Argentina recupera o fôlego? Vai ter bala para enfrentar a regular, competente e surpreendente - sim, surpreendente - Alemanha?

Eu acho que vai, mas não custa sonhar!

sábado, junho 24, 2006

Robinho sente a coxa

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O médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, anunciou que o atacante Robinho sentiu dores musculares na face anterior da coxa direita. Ele diz que parece ser algo leve, nada sério, mas é preciso aguardar a resposta do tratamento com medicamentos e gelo. O músculo, segundo o sempre mau-humorado com os jornalistas Runco, é o do chute. Foi depois de um tiro em gol que o atleta sentiu a contusão.

Achar assunto é difícil pra quem está lá, mas quando aparece um foi limitado a três perguntas e respostas sempre iguais do médico. Ninguém conseguiu perguntar mais detalhes.

Pela convocação de uma equipe do Futepoca pra cobrir a Copa...

sexta-feira, junho 23, 2006

O endeusamento de Cicinho

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Depois da partida contra o Japão, os reservas brasileiros viraram heróis nacionais. Em um debate na Sportv comentaristas exaltavam a "humildade" deles ao darem entrevistas, como eles ficaram emocionados e comovidos com a chance dada por Parreira e blá-blá-blá.
Um, em especial, foi tratado como gênio pelos media. Cicinho foi elevado ao panteão dos deuses, um Carlos Alberto Torres dos novos tempos. Mas, se a maior presença ofensiva do lateral que apóia bem mais que o Cafu impressiona a torcida, deveria ser melhor analisada pelos ditos especialista.
O ex-sãopaulino tem características de ala e não de lateral, como gosta o Parreira. Assim, colocá-lo na equipe exige um outro tipo de precaução defensiva. Contra o Japão, Cicinho fez 25 desarmes, mas a maior parte deles foi feita no campo do adversário, ou seja, se o Brasil marca pressão, ele funciona desarmando na frente. Como isso é impossível de se fazer em uma partida inteira, quando atacado, o madrilenho é o ponto mais fraco da defesa. Falhou feio no gol do Japão e quase entregou outro gol no segundo tempo. Por isso que Cicinho, no São Paulo, tinha liberdade para atacar mas jogava em um esquema com três zagueiros. Num 4-4-2, ele se torna um perigo.
Mas, se é bom ver um lateral que avança mais, participando do jogo e fazendo uma bela assistência para o gol, alguns números mostram que nem na frente Cicinho foi isso tudo que disseram. De dez cruzamentos feitos por ele, nove foram errados. Ele também foi o segundo jogador que errou mais passes - seis - só perdendo para Ronaldinho Gaúcho que, obviamente, errou jogadas mais ousadas.
Cicinho pode ser uma boa opção para uma equipe mais ofensiva. Mas não é o caso de achar que é um jogador completo ou mesmo mais completo que o combalido Cafu. Até pode vir a ser, mas, definitivamente, ainda não é.

FORA, ROBERTO CARLOS!!!

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Com esse post lanço, oficialmente, minha campanha pessoal pela saída de Roberto Carlos do time titular da seleção brasileira. Ou melhor: que saia da seleção de uma vez por todas! Chega de Roberto Carlos! Não é ala, não é lateral, não marca, não apoia, não arma, não corre, não participa, não tabela e, nos últimos jogos, nem chutar direito conseguiu! Chega desse inútil! Sei lá, efetivem o Gilberto, ou mandem o Zé Roberto pra lateral, ou ponham o Júlio César nessa função, ou joguem SEM lateral esquerdo, mas pelo amor de Deus, XÔ, ROBERTO CARLOS! Contra o Japão, o Brasil mostrou que é melhor jogar com 11. Fica mais fácil com 11, Parreira, com 11 !!! FORA, ROBERTO CARLOS!!!!!

Protesto

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Eu queria protestar contra minha profissão. Só os jornalistas (e os operadores de metrô, talvez) não podem sair do trabalho às 14h e ir pro bar encher a cara durante os jogos do Brasil. Isso está tornando esta Copa meio brochante pra mim!

Níve etílico: Erva-doce

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Pra assitir a Suiça e Coréia, só sob efeitos do álcool. A Erva-Doce, da fazenda Poções, de Salinas, é suave (fraquinha) e doce, como sugere o nome. Em garrafa de 700 ml, ela é levemente amarelada, fruto do envelhecimento em tonéis de jequitibá-rosa e manduirana.

Uma boa pedida pra quem reclama de que os olhos ardem ao cheirar uma cachorro-de-engenho, ou que acha uma brava muito pesada pra tomar pura. Tem até no Pão-de-Açúcar, sinal de que eles devem ter investido em marketing e distribuição. Eu aceitaria esse jabá, entende?

Ceni em campo

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Não, não é importante. Mas é curioso. Eu não entendi. E prometo um doce a quem me explicar - e convencer.
O que foi a entrada do Rogério Ceni aos 36 minutos do segundo tempo do jogo Brasil x Japão? O jogo estava 4 x 1, a entrada do Ricardinho já tinha amornado a seleção, nada mais aconteceria. Do nada, Parreira saca o Dida - sem nenhum problema de contusão - e coloca Ceni, aquele que uma boa parte da torcida gostaria de ver como titular. Pela primeira vez o Brasil trocou de goleiro durante um jogo de Copa.
Meu primeiro pensamento foi: o Pé de Uva quer queimar o cara. É muito difícil pra um goleiro entrar frio. Tomar um gol besta fica bem mais fácil. E como o Brasil já estava goleando, não faria muita diferença. Quer dizer, faria, pro Rogério. Mas um segundo depois desisti da conspiração. Não faz sentido!
Seria um afago parreirense para o idolatrado são-paulino? Um prêmio de consolação, já que é a última Copa do goleiro? Um pedido de desculpas pela teimosia em não convocá-lo quando ele estava MUITO melhor que o Dida?
Aguardo teorias melhores que as minhas!

E o Kaká?

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Após o jogo contra a Croácia, todos os olhares venenosos se voltaram contra o Ronaldo Obeso. Detonaram o cara (com razão), disseram que ele não poderia mais jogar pela seleção, criticaram o centroavante de todas as formas. Ele se recuperou contra os chin.. digo, japoneses; mas as críticas ainda pairam sobre seu futebol.

Muita gente também tem criticado o Ronaldinho Gaúcho. Ele tem sido útil nos jogos, mas, indubitavelmente, está jogando menos do que sabe e do que deveria em um mundial. Será que o destino dele é ser coadjuvante em Copas, como foi em 2002? Não sei. O fato é que as críticas sobre ele já ganham corpo.

O estranho é que do Kaká... ninguém fala! Ele levou (merecidamente) todos os louros da vitória sobre a Croácia. Contra a Austrália, teve uma atuação das mais medianas. E ontem, dia da melhor exibição da seleção no mundial, ele simplesmente se escondeu do jogo! Não se apresentou, não se dedicou, não fez nada.

Ele está devendo, e isso é fato. Tem se apoiado no golaço da Croácia para escapar das críticas. Mas já as está merecendo.

Memória da Copa (7ª edição)

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- - - - - - - - - - - - - - - Cala a boca, Galvão Bueno!

Quantas vezes você não teve vontade de gritar - ou gritou - essa frase em direção à TV? Quantas bobagens o apresentador-mor da Globo ainda vai atirar no ouvido dos pobres telespectadores? Eu já não tenho mais esse problema, pois quando a única emissora transmitindo determinado jogo é a Vênus Platinada (e o narrador, o Besteirão Bueno), eu tiro o som. Meu ouvido não é penico.

Mas naquele 23 de junho de 1998, há exatos oito anos, eu não tive essa opção. Estava assistindo Brasil e Noruega na TV coletiva da pousada onde morava, em Fortaleza, e fui obrigado a acatar a decisão da maioria dos hóspedes de deixar o aparelho no último volume, com o Galvão se esgoelando.

Era o terceiro jogo da primeira fase, o Brasil já tava classificado e, como era de se esperar, a partida foi um porre de tão horrível. Mas, aos 32 do segundo tempo, Bebeto abriu o placar e a Noruega resolveu ir pra cima. Cinco minutos depois, Tore Andre Flo empatou e o Brasil, jogando muito mal, começou a levar pressão.

Faltando dois minutos pra acabar o jogo, o mesmo Flo recebeu uma bola na área brasileira e o estabanado Júnior Baiano chegou junto na marcação. O árbitro marcou pênalti. Galvão Bueno berrava, apoplético, que o Brasil estava sendo roubado, que o juiz era muito fraco, que era um absurdo, enfim, aquela baboseira ufanista de sempre.

Rekdal cobrou com eficiência e decretou a (justa) vitória por 2 a 1 da Noruega sobre o Brasil, o que deixou o Galvão ainda mais atacado e insuportável. Para ele, o único problema era o juiz e seu "erro escandaloso" no final da partida. O futebol medíocre da seleção de Zagallo e o sufoco vergonhoso imposto pelo timinho da Noruega nada tinham a ver com o resultado.

Pois no dia seguinte foram divulgadas imagens de uma TV sueca mostrando claramente o puxão infantil que Júnior Baiano deu na camisa de Tore Andre Flo (veja foto acima), não restando qualquer dúvida sobre o pênalti bem marcado. E pior que as besteiras do Galvão foi a atitude da Fifa, que, antes da divulgação das imagens, já tinha mandado o juiz estadunidense Esfandiar Baharmast mais cedo pra casa. Isso o Galvão não comentou.

Brasil 1 x 2 Noruega
23/junho/1998

Brasil: Taffarel; Cafu, Junior Baiano, Gonçalves, Roberto Carlos; Dunga, Leonardo, Rivaldo, Denílson; Bebeto, Ronaldo. Técnico: Zagallo.
Noruega: Grodaas; Berg, Eggen, Johnsen, Björnebye; Strand (Mykland), Leonhardsen, Havard Flo (Solskjaer), Rekdal; Riseth (Jostein Flo), Tore Andre Flo. Técnico: Egil Olsen.

Local: Stade-Vélodrome (Marseille)
Árbitro: Esfandiar Baharmast (EUA)
Gols: Bebeto (77), Tore Andre Flo (82), Rekdal (89)

Ronaldinho Gaúcho e as expectativas

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Apesar do quase monopólio de Ronaldo “Gordo” (com todo o respeito) das críticas à seleção, ainda sobra para alguns jogadores, justa ou injustamente. Ronaldinho Gaúcho é um deles. O pessoal tem falado que ele não está jogando bem, que naõ é uma sombra do que é no Barcelona, que é mascarado, prende a bola no meio campo etc. Opinião e bunda, com diz o filósofo, cada um tem a sua, e na minha isso é tudo balela.
O cara está jogando de meia, função totalmente diferente c]do que faz no Barça. Lá, ele joga perto da área. Na verdade, segundo contou o Belleti, se naõ me engano, no barça o técnico dá funções específcas pra todo mundo, olha pro Gaúcho e diz “Você joga onde quiser”. Na seleção não é assim, pelas características do conjunto.
A questão é de expetativa. A gente espera que o cara, por ser O Cara, drible dez japoneses, dê um chapéu do goleiro e faça o gol de bunda. Mas não é assim que a banda toca.
Pergunto: quem virou o jogo pro Cicinho no (belo) gol de cabeça do Gordo? Quem enfiou a bola pro mesmo obeso dar o gol pro Adriano contra a Austrália? Quem achou o Gilberto livre no terceiro gol contra o Japão?
A questão é que ele tá jogando como poucos meias jogam no mundo. Limpa a jogada, busca a tabela, aparece pra buscar jogo. Tem uma visão impressionante, acha os caras livres fácil, vira o jogo, faz lançamentos. Não é culpa dele que os dois volantes (Emerson e Zé Roberto) não particpam do jogo e que o Roberto Carlos tá numa fase meia boca. Ele acaba ficando distante do Kaká e sem ter com quem tabelar, inventa um lançamento pra não ter que tocar a bola pra trás e dizem que ele errou.
Tocar para trás, aliás, o Ricardinho faz sem vergonha. Viram como o time ficou sem graça, lento quando ele e o Pernanbucano ficaram na armação? Burocrático. Gaúcho e Kaká dão outro ritmo pra coisa.
Deixa o time se azeitar e veremos jogadas como a tabela do Gaúcho com o Gordo contra o Japão, que terminou com um passe de calcanhar e chute pra fora, virarem gols de placa.

Mobilidade

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Concordo com o companheiro Glauco que o Juninho não é a última azeitona da empadinha como se tem dito por aí e naõ adianta colocá-lo de meia. Mas a entrada dele no lugar do Zé Roberto dá mais toque de bola no meio campo. Ele faz tudo que o Zé Roberto faz, com um pouco mais de qualidade e criatividade no passe e uns chutes de fora da área geniais. É mais ou menos o que acontece com o ataque quando entra o Robinho, só que mais pra trás. O certo é botar os dois, Robinho e Pernanbucano, no lugar do Adriano e do Zé Roberto, e fazer marcação pressão, na saída de bola. É atropelar os vagabundos. O Olavo que me perdoe, mas retranca é coisa de alemão.

PS.: O Gilberto também não é gênio, mas do jeito que o Roberto Carlos está jogando ele merece continuar como titular. Dá opção de tabela pela esquerda, com o Gaúcho e o Robinho.

A zaga

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Nenhum dos adversários do Brasil na primeira fase tinham como marca, grande potencial ofensivo (exceto ao bom futebol e talvez agressivo no caso das canelas dos adversários, alvos dos australianos). Mas a retaguarda vem apresentando rendimento bem acima do esperado. Basta lembrar que era o setor que mais gerava reclamações.

Lucio não cometeu uma falta sequer, mas Juan vem se mostrando soberano lá atrás. O primeiro fez 8 desarmes, enquanto o segundo é o sétimo ladrão de bolas da Copa, com 15 desarmes feitos. Zé Roberto tem 12, vem logo atrás com meia partida a menos – já que só entrou no segundo tempo contra os japoneses.

Lucio continua adepto de dar emoção à partida em certos momentos, ao sair com a bola dominada na frente da grande área brasileira, mas também está sobrecarregado, já que Zé Roberto joga mais para a esquerda, Juninho Pernambucano marcou bem menos, e tanto Cafu quanto Cicinho apoiaram e nem sempre voltaram a tempo.

A zaga vai bem. Mas enquanto vierem bolas, há medo.

quinta-feira, junho 22, 2006

4 a 1. E aí?

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Segundo o jornal inglês The Guardian, a partida entre Brasil e Japão provou que a teoria que diz que os latino-americanos são o segundo time de todo mundo é correta. Lembra a Portuguesa de Desportos em São Paulo, mas não vem ao caso.

Já os argentinos do Olé, estampam no site: Gordo de alegria. Destacam os dois gols de Ronaldo, o fenômeno da obesidade, que igualou o alemão Gerd Müller com 14 gols em Copas do Mundo. Eles elogiam o mistão de Parreira, apesar de considerar as limitações do Japão de Zico (o dono da zica – grifo nosso).

O francês Le Monde valoriza os 4 a 1 cadenciados e criativos diante dos nipônicos. Os felizes francofonos puxam a sardinha para Juninho Pernambucano, que atua pelo Lyon no campeonato do país. Com direito a dizer que Robinho ofereceu um "caviar" ao gordo que perdeu a chance de antecipar o quarto gol.

A melhor manchete continua sendo a do El Pais que diz que "O Brasil voltou a ser o Brasil". Preocupa o fato de 5 jogadores serem os reservas. E até Dida ter sido substituído por Rogério Ceni na segunda etapa. Os espanhóis elogiam a mobilidade adquirida com Robinho no lugar de Adriano. Elogiam os volantes Gilberto Silva e Juninho e o toque "bonito".

O manguaça em ação, que nunca pensou em dizer isso em sã consciência, só pede: volta Cafu!

(Quero o Cicinho no Parmera, mas a falha no gol japonês me deu um bode que nem o passe de cabeça para o gol de desencanto do Gordo desfez).

Falando em poupar titulares...

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Falando em times que poupam atletas, a Sportv divulgou que Cafu, Ronaldo Gordo e Emerson serão poupados para evitar o segundo amarelo. Cicinho, Gilberto Silva e Robinho entram. A informação ainda não é oficial e guarda aspectos de boataria.

Mas fica a pergunta: isso piora o time? Reserva que entra desmotivado nem deveria ter sido convocado, Robinho e Fred mostraram isso (Gilberto Silva não, deixou claro que Emerson é titular absoluto).

A gravidade da notícia é que o Gordo parece continuar titular para segunda fase nos planos de Carlos Alberto Parreira, já que Robinho também está pendurado mas o poupado foi o primeiro.

Pena que o Roberto Carlos não tomou cartão amarelo nem está acima do peso.

Sem graça

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Os jogos da terceira rodada da Copa do Mundo têm primado pela sem-gracice. Quem pôde dar uma olhada nessas partidas, viu equipes com bem pouca motivação pra saber quem vai ser primeiro ou segundo do grupo e, pior, poupando titulares. Aliás, esse negócio da Fifa suspender o jogador no caso de dois cartões amarelos e zerá-los na segunda fase só poderia dar nisso mesmo: seleções poupando titulares e deixando os jogos mais feios. Não dá pra mudar em 2010 não?

Denúncias, advogado...

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Companheiros, por favor: o que vocês acham dessa definição do Parreira sobre o que são "negócios de treinador"? Leiam:

Terra - Você gosta de livros?
Parreira - Gosto, mas não consigo abrir. Não tenho concentração para abrir um livro sequer, incrível. O negócio de Copa do Mundo absorve você de uma maneira tal.

Terra - Não dá tempo?
Parreira - Não, tempo até você teria, mas a cabeça não está preparada para nada a não ser Copa do Mundo. Acompanhar os jogos, o adversário. Eu, particularmente, vejo todos os jogos quando estou no hotel. Só não vejo aqueles quando nós estamos treinando, fora do hotel ou em viagem. Como aconteceu em dois ou três jogos que a gente tava em viagem e a gente não viu. Mas estando no hotel, com disposição, eu vejo todos os jogos.

Terra - Por que livros de ficção?
Parreira - Porque é descompromissado. Para relaxar. Gosto muito de aventuras e não gosto de terror. Gosto de filmes de ficção, onde tem casos de julgamento, detalhes, minúcias. É negócio de treinador. Denúncias, emoção, advogado, mistério.

quarta-feira, junho 21, 2006

Tenho só 3kg a mais que Ronaldo, mas sou 5cm mais alto e não jogo na seleção, pô!!!

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Ronaldo se apresentou à Seleção Brasileira com quase cinco quilos acima do peso considerado ideal pela comissão técnica. Nesta quarta, o preparador físico Moraci Sant'Anna afirmou que o jogador está com 90,5 kg, apenas meio quilo acima do que ele considera o ideal para o atacante.

"Do dia da apresentação para a véspera do jogo contra a Austrália, ele tinha perdido 3,2 kg. De lá para cá, perdeu mais um. Está agora com 90,5 kg, meio quilo acima do peso considerado ideal por seu percentual de gordura. Mas um quilo a mais, um quilo a menos é desprezível nesses casos", afirmou Moraci após o treino de reconhecimento do gramado do Westfalenstadion, em Dortmund, local do jogo de quinta, contra o Japão.

Até hoje, o preparador relutava em dizer o peso exato de Ronaldo. O tema provoca polêmicas desde o início da preparação da Seleção, em Weggis, na Suíça, em 22 de maio. Curiosamente, no site da Fifa o peso de Ronaldo é de apenas 82 kg. O jogador se apresentou à Seleção com 94,2 kg, 12,2 quilos a mais. Ronaldo tem 1,83 m.

Bolão é coisa de viado

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Breve desabafo de um cidadão que está passando vergonha em dois centros de apostas.

Sobre torcedores e torcidas

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Espetáculo à parte em qualquer pelada ou jogo de Copa, os torcedores têm sido mais notícia do que os treinos ou declarações de técnicos nos últimos dias. Em umma rápida olhadela no que andam fazendo/falando precebe-se que não é à toa:

- Torcedor inconformado - Nessa terça, no treino do Japão, torcedores protestaram irritados com o desempenho da sua seleção, como se fosse possível esperar coisa melhor... "Coloquem a bola na rede, vocês são um lixo!", gritou um indignado japonês.

- Torcedor-jogador - "Torcer para a Argentina nada. Eu sou brasileiro", declarou o meia Carlos Alberto, que na terça-feira treinou com bandeiras do Brasil nas unhas, além de uma pulseira verde-amarela e elásticos nas mesmas cores amarrados a suas tranças. Nem quando perguntado se a presença de Tevez e Mascherano no elenco o fariam torcer pelos argentinos, respondeu:"Que nada, Tevez já fez o golzinho dele, está bom", observou.

- Torcedor manguaça - A polícia alemã efetuou a prisão de 51 torcedores, sendo 23 brasileiros e um australiano nos arredores do estádio de Munique, palco da partida entre os pentacampeões e os amarelos da Oceania. De acordo com a polícia, as principais ocorrências que levaram às prisões foram pequenos furtos e desacato às autoridades. Desacato, vulgo atos em decorrência da manguaça, ou alguém acredita em brasileiros bêbados conseguindo ofender algum policial em alemão?

- Torcedor-jornalista - Complicado mesmo é quando a imprensa vira torcedora. Se a gnete reclama dos veículos daqui e do ufanismo do Galvão, olha só o que um periódico sueco ousou: "Larsson é tão grande como Pelé". O delirante jornal Aftonbladet ressaltou que o ex-jogador do Barcelona é o sueco que disputou mais jogos em Copas, empatou com Kenneth Andersson como artilheiro da seleção na história da competição e marcou gols nos Mundiais de 1994, 2002 e 2006. É, igualzinho Pelé.

terça-feira, junho 20, 2006

Futebol, política e cascata...

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Já conformada com a derrota de seu candidato à presidência da República na eleições de outubro, a Falha de S.Paulo (falha mesmo, não foi ato falho) se esmera em buscar "alternativas" para não ter de passar mais 4 anos engolindo um sapo barbudo. Artigos nebulosos, misturando alhos com bugalhos, aparecem com certa freqüência nas páginas do periódico paulistano. Mas o texto publicado hoje com o título de "Política de chuteiras", de autoria de Roberto Luís Troster (economista chefe da Febraban), é qualquer coisa de espantoso.

Na infeliz tentativa de comparar futebol com equipe econômica, Troster afirma taxativamente: "Espera-se um craque político que mude esse quadro. Alguém que faça o país do futuro virar presente, o craque que com liderança, raça e ginga leve o Brasil a uma posição de destaque. É uma busca infrutífera. Esse craque não vai aparecer." Ou seja: além de dizer que o presidente Lula é um inútil e que não está fazendo nada pela recuperação econômica do país, o articulista estende o descrédito a todos os outros candidatos e também aos que vão aparecer no futuro!

Mas não pára por aí: depois de afirmar que "a representação política depende em excesso de uma só pessoa com mandato fixo com pouca flexibilidade" e que "o Congresso tem um papel de coadjuvante e não é responsável pelo bom desempenho da economia", Troster conclui brilhantemente, com toda a certeza do mundo, que a solução seria "a adoção do parlamentarismo". Trocando em miúdos: se a população teima em eleger e reeleger Lula, então vamos cortar as suas pernas! É isso ou entendi mal?

Não contente em desprezar os bons ventos que a economia nacional atravessa, o articulista não perde a oportunidade de bater também no Bolsa Família: "No regime presidencialista, além do excesso de personalismo, há um incentivo a adotar políticas populistas, que geram benefícios a curto prazo e repassam os custos aos sucessores." Aqui o discurso neoliberal fica evidente: investir em políticas de distribuição de renda é jogar dinheiro fora. A mesma cascata que Serra utilizou, clamando a "contenção de gastos", para podar todas as ações sociais da gestão Marta Suplicy.

O mais engraçado é que, quando o mesmo Serra batia Lula nas pesquisas, em meados de 2005, NINGUÉM vinha com esse papinho de parlamentarismo. Por que será, hein?

Agora, convenhamos: afirmar que "parlamentarismo" e "desengessamento do Orçamento" são bons é uma coisa. Mas, a partir daí, concluir que "Dá certo no futebol, tem que dar certo na economia", é muita esquizofrenia para o meu gosto. O que uma coisa tem a ver com outra???

"Tomei umas 20 doses de uísque"

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Até o fim da Copa do Mundo, Ronaldinho, Ronaldo, Roberto Carlos ou algum outro astro da seleção brasileira vai sentar num chapéu e botar um ovo.

A promessa é de Juarez Pinheiro Guedes, 54, pai do atacante Fred, que segue a delegação envergando uma camisa pirata do Brasil, fazendo "mágicas", como a do ovo no chapéu, e contando causos em seu blog (http://blog.uai.com.br/blog/fredgol/jua/).

Ontem, no day-after da explosiva estréia de seu filho em Copas, ele encarou a ressaca mais brava. "Não tinha cachaça, tomei umas 20 doses de uísque num bar de Munique para comemorar o gol do Fredinho."

"Seu Juá, o Boleirão", como se apresenta na internet, é a antítese do ar blasé da maioria dos acompanhantes de outros craques e, até por isso, choca os europeus e quem mais cruza com ele pelos caminhos da seleção.

Como quando se exibe engolindo um palito para depois tirar dezenas deles da boca. "Já cheguei a colocar 200 pra fora."

Juá afirma que, executados nos bares, os truques fazem os alemães rasgarem a conta. Não que precise. Ainda em Weggis, na Suíça, ganhou uma mesada.

"O Fred meteu um checão de 12 mil na minha mão. E já perguntou se preciso de mais."

Mas Juá se vira. Comprou US$ 38 mil em pedras antes de ir à Europa. Diz que vendeu a maioria na Alemanha e que levantou US$ 95 mil. Entre as mercadorias, estavam lotes de topázio imperial, a pedra cujo nome usa para se referir a Fred.

Ex-garimpeiro, aprendeu a lidar com as pedras desde cedo em Teófilo Otoni (MG), onde tanto ele quanto o filho nasceram. A cidade merece homenagens no blog. Ao fim de cada texto, Juá lança o bordão: "De Teófilo Otoni para o mundo".

Mas ontem ele estava bem longe dali. Apesar da ressaca, viajou de Munique para Lyon, na França, onde fica até amanhã. Só retornará à Alemanha para assistir a Brasil x Japão.

Ficará indo e voltando da França enquanto o Brasil estiver no Mundial. Prefere assim, porque só na casa de Fred acha comida brasileira. "Você acredita que me serviram um arroz gelado com frango na Suíça?"

Só aprovou um prato com carne de porco e feijão branco que encontrou em Munique.

"Eram umas bisteconas. Mas reclamei quando veio a conta. Três bistecas, 190."

As outras bistecas eram de Jonésio Pereira e de Thiago Afonso Silva, amigo de infância de Fred, descrito em quase todos os posts do blog como "Batata, meu fiel escudeiro".

Num Audi, que Juá chama de "Áudio", os três seguem atrás da seleção e servem de testemunha para as suas histórias.

Algumas são bizarras. Imagine um suíço, chamado Ernest, agachado sobre um chapéu, enquanto Juá retira um ovo, como se tivesse sido chocado pelo rapaz. Isso no meio de um bar.

É esse truque que quer fazer com os colegas de Fred se voltar à concentração. "Fui duas vezes ao hotel em Weggis. O Robinho é o mais esculhambador, me chama de Pai da Copa."

Como a maioria dos boleiros, diz ter preferência pelas loiras. "As alemãs são lindas, mas bravas. Chamei uma de "beautiful", uma das coisas que falo em inglês, e ela fechou a cara. Começou a gritar: "hans, hars, stok, stok". Só deu tempo de eu dizer: "Vamos embora, Batata"."

Preconceito?

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Um dos problemas gigantes que verificamos com a imprensa da Copa é o desconhecimento. O glorioso Sérgio Noronha, da Globo, se supera a cada dia, primeiro ao dizer que "ouviu falar que o Ibrahimovic é bom jogador" e depois ao falar que "não conhece nada do time de Trinidad e Tobago". Porra, um cara que é pago pra comentar a Copa, evento do qual sabemos todos os participantes com uma boa antecedência, dizer que "não sabe nada" de um time? Ah, vai catar coquinho!

Mas há também outro mal. O preconceito. Sim, sim. Estamos habituados a ver essa palavra usada em situações desagradáveis envolvendo gays/negros/deficientes e afins, mas ela também aparece no futebol.

Um exemplo disso é já batido: é quando um cidadão diz que os times africanos tem "talento e técnica" mas falta "responsabilidade". Cacetada. Isso pra mim é mais preconceito do que o De Sábato no Grafite, mas tudo bem...

Outro caso foi nítido hoje, na peleja entre Equador e Alemanha. E, como não fez referência a negros, talvez possa ter passado batido.

No jogo, os alemães jogaram um belo futebol. Marcaram bem, tocaram a bola com velocidade e precisão, preencheram todos os espaços de campo, não deram brecha pro adversário. E o que a dupla Casão/Cléber Machado se limitava a dizer? Que os alemães não eram técnicos, que jogavam um futebol somente objetivo, feio de se ver...

Todo mundo sabe que sou adepto do futebol de resultados. Mas caramba, hoje a Alemanha não se limitou a isso. E por puro preconceito algumas mentes não conseguiram captar o ocorrido.

A galera precisa saber que "preconceito" também pode atingir europeus, alemães e loiros...

segunda-feira, junho 19, 2006

Memória da Copa (6ª edição)

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Nasce o rei

Faz 48 anos hoje que o mundo conheceu o verdadeiro e único rei do futebol. Em 19 de junho de 1958, Pelé marcou um golaço contra o País de Gales, classificou o Brasil para a semifinal da Copa da Suécia e garantiu a posição de titular incontestável da seleção nacional pelos 13 anos seguintes. Era um rapaz franzino, de 17 anos, com menos de dois anos de atividade profissional no futebol. Mas era um gênio - e o mundo inteiro comprovou.

Até ele surgir, o máximo que o Brasil tinha alcançado em Copas era um vice-campeonato jogando em casa, na tragédia que foi a derrota para o Uruguai em pleno Maracanã, em 1950. Quando Pelé abandonou a seleção, em 1971, o Brasil era tricampeão mundial e detinha a Taça Jules Rimet em definitivo. Sem ele, a seleção enfrentaria um jejum de 24 anos sem vencer outra Copa do Mundo. Coincidência?

Jogando pelo Santos, em 1957, Pelé já havia deslumbrado gregos e troianos (ou melhor, paulistas e cariocas). Foi assim que garantiu seu lugar na Copa de 1958. E só não foi titular desde a primeira partida porque, antes de deixar o país, contundiu-se gravemente numa entrada assassina do zagueiro Ari Clemente, durante um amistoso caça-níqueis em que a seleção derrotou o Corinthians por 5 a 0, no Pacaembu.

Se fosse um jogador comum, teria sido cortado no ato. Mas a CBF já sabia de quem se tratava e decidiu apostar em sua recuperação e levá-lo à Suécia. Caso não tivesse condições de jogo até o fim da primeira fase, voltaria mais cedo e Almir Pernambuquinho, que estava excursionando pela Europa com o Vasco, seria chamado em seu lugar. Pelé perdeu a partida de estréia, em que o Brasil derrotou a Áustria por 3 a 0, e também o empate sem gols contra a Inglaterra.

Só entrou no antológico jogo contra a União Soviética, estreando como titular junto com Zito, Vavá e Garrincha. Foi um massacre que o magro placar de 2 a 0 não traduziu. Pelé jogou o que sabia, mas os dois gols de Vavá e o show de Garrincha na ponta-direita ofuscaram seu brilho. A partida seguinte, pelas quartas-de-final, é que seria um palco exclusivamente seu.

Fechada com 10 homens atrás, mais o goleiro, a seleção do País de Gales não deixou o Brasil jogar até os 25 minutos do segundo tempo. Quando todos já apostavam na prorrogação, Didi tocou para Pelé dentro da área galesa e esperou a devolução para tentar um chute a gol. Mas o garoto, em vez de devolver a bola ao mestre, deu um balãozinho genial, livrando-se do marcador, virou-se e, antes de a bola cair no chão, mandou para o fundo das redes.

Ainda hoje, ele considera esse um dos mais belos gols que marcou, entre os 1.281 anotados. Foi ali, pela primeira vez, que todos os holofotes mundiais voltaram-se para ele. Com mais três gols na semifinal contra a França e outros dois na final com a Suécia, o adolescente Pelé voltou para o Brasil já como rei consagrado do futebol. E nunca mais deixou de ser.

Brasil 1 x 0 País de Gales
19/junho/1958

Brasil: Gilmar; De Sordi, Bellini, Orlando, Nílton Santos; Zito, Didi; Garrincha, Mazzola, Pelé, Zagalo. Técnico: Vicente Feola.
País de Gales: Kelsey; Williams, M. Charles; Hopkins, Sullivan, Bowen; Medwin, Hewitt, Webster, Allchurch, Jones. Técnico: Jimmy Murphy.

Local: Nya Ullevi (Gotemburgo)
Árbitro: Hriedrich Speilt (Áustria)
Gol: Pelé (71)

O emplastro Brás Cubas

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Novamente o Brasil não jogou bem. Contra a Austrália, o time mais uma vez mostrou as deficiências da partida contra a Croácia como a falta de entrosamente do "quarteto mágico", lentidão na saída de bola e dificuldade para se desvincular da marcação adversária. No entanto, também mostrou evoluções: Ronaldo se movimentou melhor e, de fato, em alguns momentos chegou a compor de verdade uma dupla de ataque com Adriano. Além do gol, Adriano deu um passe de calcanhar para seu companheiro de frente, que chutou para fora.

É pouco? Claro que é. O Fenômeno jogar melhor do que na última partida é obrigação, já que ele foi uma nulidade em campo. Mas, mesmo assim, o quarteto não fluiu. Ronaldinho Gaúcho parece tímido, não tenta as jogadas individuais que lhe deram fama mundo afora, ficando essas a cargo de Kaká que, obviamente, não vai resolver todo jogo. Falta aproximação entre os quatro e isso só se ganha com treino e tempo.

Essa é a questão. O Brasil conseguirá entrosar esses quatro a tempo? O resto da equipe, a parte defensiva que tanto causava preocupação, parece mais afinada, mas o ataque não. Os sábios de plantão já têm a solução: colocar Juninho Pernambucano como titular.

Engraçado esse clamor da imprensa esportiva. Ontem, observando alguns programas, fiquei com a impressão de que o malévolo Parreira estaria cometendo a maior das injustiças deixando um craque indubitável no banco. "Joga uma monstruosidade", dizia Galvão Bueno. A entrada atleta do Lyon seria o emplastro Brás Cubas de Machado de Assis, a cura de todos os males, o ponto de equilíbrio de um time desarrumado.

Será? Não sei se me falha a memória, mas não lembro de nenhuma apresentação esplendorosa do jogador. Tudo bem, tudo bem, ele toca bem a bola, cadencia o jogo no meio e chuta bem de fora da área. Mas os titulares por acaso tem menos talento? A solução para o ataque é colocar alguém que, na prática, reforça a defesa? É engraçado ver os mesmos que lamentam que o Brasil não mostre um "futebol-arte", lembrarem até a seleção de 1994 como referência para justificar a escalação de Juninho. Então está bom, aquela seleção que jogava bonito...

Parreira tem a oportunidade de, contra o Japão, testar variações táticas. Colocar Robinho como titular ao lado de Ronaldo, por exemplo, que não teve oportunidade de jogar ao lado de um atacante mais leve que Adriano. Assim, é possível analisar também se a entrada do ex-santista tem que ser feita de fato no segundo tempo, quando a equipe rival já está mais cansada, ou se ele pode realmente começar jogando. O treinador só tem que tomar cuidado com as soluções mágicas dos sábios. Ou correremos o risco de ter um futebol tão burocrático quanto o que vimos em 1994. Alguém quer isso?

Nem depois de pressão da Austrália

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A vitória do Brasil sobre a Austrália no domingo por 2 a 0 garantiu a classificação e praticamente a liderança do grupo. Os gols de Adriano e Fredi aos 4 e 45 minutos do segundo tempo não significaram que o time tenha convencido a torcida. Pior, os australianos tiveram bons momentos, exigiram pelo menos uma defesa difícil de Dida e perderam um gol sem goleiro (depois de uma trapalhada do guarda-metas canarinho, a esperança dos adversários).

Na Copa da Saúde de que tanto gosta de falar o treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira, a falta de movimentação de Ronaldo Gordo fica cada vez mais clara. Mesmo se mexendo muito mais do que na estréia, a sensação é de que o atleta está fazendo seu melhor com todos esses quilinhos a mais, o que ainda é quase nada, levando-se em conta que na reserva há Robinho e, por que não, Fred.

Mas pela conversa do técnico no pós-entrevista, Ronaldo ainda entra em campo contra o Japão. Pode ter sido impressão, mas ele não pareceu disposto a mexer. E, depois de duas partidas sem pôr Juninho Pernambucano pra jogar nem mesmo no segundo tempo, ou ele pensa mesmo em Robinho, ou quer preservar o volante do Lyon, da França. A segunda hipótese é improvável na biografia de Parreira.

sábado, junho 17, 2006

Cadê a Itália?

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É difícil assistir a uma modalidade esportiva em que os Estados Unidos tenham alguma torcida que não seja a deles mesmos. No geral, todo o resto do mundo torce contra os norte-americanos. Entretanto, na partida contra a Itália pela Copa do Mundo, a história foi diferente. Boa parte dos torcedores presentes gritou em favor dos EUA, bem menos tradicionais que os italianos, favoritos que não passaram de uma empate e agora complicaram sua possível classificação para a próxima fase.

Os EUA pressionaram desde o início, mas tomaram um gol em uma jogada de bola parada, quando Gilardino cabeceou aos 22 minutos. Mas os norte-americanos chegaram ao empate cinco minutos depois, com gol contra de Zaccardo, em cobrança de escanteio. De Rossi foi expulso um minuto depois, após dar uma cotovelada no atacante dos EUA McBride. Mas, a um minuto do intervalo, o estadunidense Mastroeni também foi expulso.

No início da segunda etapa, Pope, que já havia recebido cartão amarelo, cometeu falta em Gilardino e foi expulso. A partir daí, aItália exerceu pressão, mas os norte-americanos não se intimidaram e levaram perigo nos contra-ataques. O goleiro Keller, aos 27 minutos, fez a maior defesa da Copa ao evitar o gol de Del Piero, que tentou deslocar o arqueiro. Mas foi muito pouco para os italianos, que chegaram para a partida como franco favoritos e não superaram os valentes norte-americanos que fizeram merecer o empate ou até resultado melhor.

A terceira e última rodada será emocionante, já que todas as seleções do grupo têm chances. Na verdade, esse é o real grupo da morte.

Sensação

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Foi 2 a 0, mas poderia ter sido mais. Verdade que a República Tcheca poderia ter descontado no final, mas duas defesas sensacionais de Kingson evitaram o que seria uma monumental injustiça.

A verdade é que, se o primeiro tempo foi equilibrado, o segundo foi um show de Gana. A seleçãotcheca tentou fazer maracação sob pressão apra chegar ao empate, mas os africanos mostraram uma saída rápida de bola, passes longos e lançamentos precisos, além de muita, mas muita velocidade, desnorteando os europeus. Assim, cehgaram ao segundo gol, perderam um pênalti e mais várias chances de gol.

O futebol africano, que até agora tinha batido na trave com Costa do Marfim e com a própria Gana, que só tinha sido derrotada pela tão cantada e decantada Itália por conta de dois pênaltis não marcados pelo brasileiro Carlos Eugênio Simon (que preferência ele tem pelos grandes...), parece que desencantou. Em uma das mais emocionantes partidas do Mundial, Gana embolou o grupo E e pode tirar uma das favoritas e passar à segunda fase, podendo pegar o Brasil. que jogo seria...

A segunda fase depois de 40 anos

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Se a vitória de Portugal sobre o Irã não foi brilhante, o time fez valer sua superioridade com um 2 a 0 inconteste. De qualquer forma, houve uma clara evolução da equipe em relação à partida contra Angola. Novamente o Irã, assim como no jogo contra o México, pecou pelo preparo físico e sofreu os gols no segundo tempo, embora em ambas as partidas tenha surpreendido pela boa marcação e também por alguns contragolpes que, até agora, resultaram em apenas um gol.

O resultado marca alguns feitos históricos. Pela primeira vez após assombrar o mundo com Eusébio e cia. em 1966, o que lhe valeu o terceiro lugar naquela Copa (tendo eliminado inclusive o Brasil), os portugueses passam para a segunda fase em um Mundial. Já o técnico Scolari obtém sua nona vitória consecutiva em Copas (sete pelo Brasil na última) e também amplia a série invicta dos lusos, que não sabem o que é perder há 17 partidas.

Deco, ao marcar o primeiro gol de Portugal, torna-se o segundo brasileiro na Alemanha a marcar um gol por outra seleção. Antes dele, Sinha, do México, havia feito o seu contra o Irã. Espera-se pelo menos um grande embate nas oitavas de final, pois os dois classificados desse grupo pegam Argentina e Holanda.

Lá vem pontapé

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"Vamos tentar fazer contra o Brasil o mesmo que fizemos contra a Holanda e ver no que vai dar", disse Jason Cullina, volante australiano. Quatro atletas holandeses se contundiram na partida "amistosa" contra a seleção dos cangurus.

Ao ser perguntado por um jornalista patrício como parar o Brasil, ele respondeu: "A pontapé. Eu não sei exatamente como o Brasil reage, as atidudes que vão tomar. Mas provocamos os holandeses e algumas vezes eles não gostaram". Independente das declarações, que podem ter sido distorcidas na tradução torcedora tupiniquim, é uma certeza que vem pancadaria, porque é o que os caras sabem fazer.

Bussunda, que previu a engorda do Fenômeno, morre na Alemanha

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Em plena cobertura da Copa do Mundo, o humorista Bussunda, do programa Casseta & Planeta Urgente, morreu ontem de ataque cardíaco fulminante. Ele tinha 44 anos, e não quis ir para o hospital porque achou que era apenas uma crise de asma em decorrência de uma pelada com os colegas humoristas. Não há informações a respeito da continuidade ou não das atividades do grupo.

O grupo, desde a Copa de 1994 nos Estados Unidos, faz a cobertura do Mundial. Desde 1998, Bussunda interpretava Ronaldo Gordo, muito antes de ele realmente ser gordo.

Na Folha on line, na Globo.com, no Ultimo Segundo, tá a notícia.

sexta-feira, junho 16, 2006

Holanda avança, México decepciona

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Os holandeses asseguraram a vitória por 2 a 1 sobre Costa do Marfim e, de quebra, garantiram a classificação para as oitavas, eliminando a equipe africana. No primeiro tempo, os europeus avançaram bastante e deram espaço para perigosos contra-ataques dos marfinenses. Em um deles, Drogba avançou com mais um companheiro contra somente um defensor da Holanda, mas errou o passe e o gol não saiu.

Na segunda etapa, a Holanda, com a vantagem obtida, voltou mais postada na defesa, apostando nos contragolpes. foi aí que Costa do Marfim cresceu e, a exemplo do jogo contra a Argentina, não chegou ao empate por conta de finalizações erradas e algumas que sequer chegaram a acontecer. No entanto, os africanos reclamam de dois pênaltis não marcados a seu favor, mas o árbitro Oscar Ruiz (fraquíssimo) também deixou de anotar um em favor da Holanda. Além disso, seu critério disciplinar deixou bem a desejar.

Em um jogo morno, o México não conseguiu superar Angola, que comemorou o empate (o segundo ponto marcado por seleções africanas no Mundial) como se fosse uma vitória. Agora, se os africanos derrotarem os iranianos, podem se classificar caso Portugal derrote os mexicanos. Isso se der a lógica e o time luso derrotar o Irã amanhã. Risco desnecessário para a equipe mexicana, que começou a se preparar para a Copa um mês antes dos seus adversários.

Memória da Copa (5ª edição)

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A domingada e as trapalhadas

Num 16 de junho como hoje, há 68 anos, um lance infeliz do genial zagueiro brasileiro Domingos da Guia deu origem a mais uma expressão para a gíria do futebol. Após resultados pífios nos mundiais anteriores, o Brasil chegou à Copa da França pela primeira vez com um time que poderia ser chamado de "seleção". Chegou à semifinal, disputada contra a futura bicampeã Itália (na foto da partida, acima, Domingos está logo atrás do goleiro Walter). E o Brasil quase foi à decisão, mas a "domingada" de da Guia não deixou...

Eram 15 minutos do segundo tempo e a Itália vencia por 1 a 0, gol de Colaussi. Mas o Brasil pressionava e dava mostras de que poderia empatar. Foi então que, num lance sem bola dentro da área brasileira, Domingos da Guia agrediu o italiano Piola. O juiz viu e marcou pênalti. O termo "domingada" surgiu ali e sempre seria utilizado para jogadas bisonhas, principalmente de zagueiros. Com o segundo gol, marcado por Giuseppe Meazza (que hoje batiza o estádio de Milão), a Itália enterrou as pretensões brasileiras. Romeu ainda descontou, a três minutos do fim, mas era tarde.

Porém, justiça seja feita: Domingos da Guia não foi o único culpado. O futebol brasileiro era uma bagunça e a cartolagem completamente amadora. Prova disso foi a inscrição de Niginho, que jogava na Lazio e foi proibido de jogar o mundial (não houve como buscar substituto). Na véspera do jogo contra a Itália, os dirigentes compraram as passagens para Paris, onde seria disputada a final. À noite, rolou champanha à vontade na concentração. Animado, o técnico Adhemar Pimenta nem escalou o maior craque, Leônidas da Silva, que terminaria a Copa como artilheiro. Quiseram poupá-lo para a decisão que, lógico, o Brasil venceria.

Mais vergonhoso que as trapalhadas, a ausência de Leônidas, a domingada e a conseqüente derrota, foi a atitude dos cartolas tupiniquins, que se negaram a repassar os bilhetes aéreos para os italianos chegarem à Paris (foram obrigados a ir de trem). Mas eles foram, viram e venceram a Hungria na final. Ao Brasil restou o terceiro lugar, depois de derrotar a Suécia.

Brasil 1 x Itália 2
Data: 16 de junho de 1938

Brasil: Walter; Domingos, Machado; Zezé Procópio, Martim, Afonsinho; Lopes, Luisinho, Perácio, Romeu, Patesko. Técnico: Adhemar Pimenta.
Itália: Olivieri; Foni, Rava; Serantoni, Andreolo, Locatelli; Biavati, Meazza, Piola, Ferrari, Colaussi. Técnico: Vittorio Pozzo.

Árbitro: Hans Wutrich (Suíça)
Local: Stade Vélodrome (Marseille)
Gols: Colaussi (11), Meazza (60), Romeu (86)

E a Sérvia?

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Antes o início da partida final da Copa do Mundo de 1998, entre Brasil e França, já se podia perceber uma diferença gritante entre as duas equipes. Na execução dos hinos nacionais, o modo como os franceses entoavam a Marselhese junto com todo o público do Stade de France dava uma mostra do que viria a seguir. Hoje, na partida entre Argentina e Sérvia e Montenegro, essa diferença pôde ser notada novamente. Os jogadores da seleção balcânica, como na partida contra a Holanda, não cantaram o hino, demonstrando uma clara sensação de desconforto em função da decisão de Montenegro de se separar da Sérvia.

 Uma pena para uma seleção que, até perder para a Holanda, vinha de uma série de 13 jogos invicta e que tem jogadores técnicos, mas não mostrou ser de fato um time coeso até agora. Além de problemas internos, com os atletas descontentes em relação ao esquema tático imposto por Ilija Petkovic e não fazendo questão nenhuma de esconder isso para a imprensa internacional, os sérvios vivem às voltas com questões extra-campo que perturbam o ambiente da seleção e do próprio país.

Conturbações políticas que chegam até o futebol não são novidade para a Sérvia e outras ex-repúblicas da Iugoslávia. Franklin Foer dedica um capítulo inteiro ao país em seu livro Como o futebol explica o mundo (Jorge Zahar Editor). Nos países comunistas em geral, a sustentação das equipes de futebol se dava por um modelo único: uma era mantida pelo exército, outra pelos policiais e havia também aquela ligado aos sindicatos. Em Belgrado, o Partizan era o time dos militares, enquanto a polícia mantinha o Estrela Vermelha. Com o início da dissolução da antiga Iugoslávia, houve a eclosão da disputa étnica e nacionalista e o presidente sérvio Slobodan Milosevic não confiava completamente no exército, que ainda carregava a ideologia de integração e convivência entre as etnicidades.

Por conta disso, Milosevic confiou a um gângster chamado Arkan a tarefa de formar grupos paramilitares para operar na própria Sérvia e reprimir muçulmanos e croatas. E boa parte do verdadeiro exército de Arkan foi recrutada entre os torcedores do Estrela Vermelha que, por sua origem, era um bastião do nacionalismo sérvio. O Delije ou Tigres era uma torcida organizada violenta, que costumava cantar seus atos sanguinários nos estádios (“Machados na mão/ e uma faca nos dentes/ vai ter sangue esta noite”). Algumas das ofensivas mais sangrentas da guerra da Iugoslávia foram realizadas por esses paramilitares na Bósnia.

No entanto, os estragos da guerra, o isolamento internacional e a crise econômica levaram tempos depois à derrocada do regime de Milosevic. E, por incrível que parece, o Delije do Estrela Vermelha, de apoiador do presidente sérvio tornou-se um dos protagonistas dessa mudança. Tomaram de assalto prédios públicos em busca de provas de corrupção contra Milosevic, protestavam nos estádios e participavam de manifestações de rua.

Atualmente, a situação na antiga Iugoslávia não é tão drástica, mas as feridas da guerra ainda não se fecharam e a decisão de Montenegro de se separar da Sérvia só as cutucaram ainda mais. Claro que não serve como desculpa para a derrota contra a Argentina, mas não se pode dizer que isso não interfere em um elenco que tem três jogadores montenegrinos e onde o técnico contestado pelo elenco é croata.

Cachaça é vendida por quase R$ 3 mil em leilão

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Cinco garrafas de cachaça envelhecida foram vendidas em um leilão, na quinta-feira, na prestigiada Christie's, em Londres, com preços entre 462 e 660 libras (cerca de R$ 1.930 a R$ 2.760).

A Christie's não soube informar a identidade do comprador de cada um dos cinco lotes, mas disse que a maioria de seus clientes para a área de bebidas é de comerciantes e importadores.Foi a primeira vez que a cachaça foi vendida em um leilão internacional - este tipo de negócio é geralmente feito em torno de vinhos de safras exclusivas.

Massacre

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Se alguns ficaram impressionados com a apresentação da Espanha contra a Ucrânia, pôde-se ver hoje que a Argentina superou em muito a seleção européia. Foi um massacre o 6 a 0 contra a Sérvia , mas não só. Teve o gol mais bonito da Copa até agora, o segundo, onde a equipe portenha deu 25 toques na bola, Saviola tabelou com Riquelme e Crespo deu um lindo calcanhar para a conclusão de Cambiasso.

Teve também a jogada individual mais bonita do torneio. Tevez colocou a bola por baixo das pernas de um defensor sérvio e praticamente passou pelo meio do segundo adversário, colocando no canto esquerdo do pobre arqueiro.

Se no primeiro tempo os hermanos tocaram a bola e fizeram grandes tabelas, no segundo usaram os contra-ataques e usaram sua opções de banco, Tevez e Messi (aliás, que banco!), e completaram o aniquilamento da Sérvia e Montenegro com a melhor apresentação de uma seleção nesse Mundial. Como destacou o diário Olé, “uma vitória bárbara”.

Primeira vítima do grupo da morte

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O grupo C, o da morte, fez sua primeira vítima. E com requintes de crueldade. A maior goleada da Copa senão elimina matematicamente a seleção de Sérvia e Montenegro, derruba o moral da representação para o jogo contra Costa do Marfim. Caso a Holanda não perca logo mais contra o time africano, os classificados do grupo estarão definidos. Na partida das 10h, a Argentina esmerilhou os sérvios e montenegrenses, com direito a gols dos reservas Carlos Tevez e Messi – para orgasmo de Diego Maradona que, na arquibancada, entrava em cena na escolha do operador de VT comemorando com seus "patuás" (foto), na interpretação de Galvão Bueno.

A Argentina mostrou consistência no futebol. E não mostrou todas as suas variações e possibilidades, porque a partir de um certo momento, os adversários do Leste Europeu foram desistindo do jogo. Vai ver que lá, assim como de onde eu venho, tomar de 6 a 0 é motivo pra parar por ora e ficar só na cervejinha.

Contra a Holanda vai ser um jogão pra um 2 a 2.

quinta-feira, junho 15, 2006

Nem para ver a Copa

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O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Ismail Haniye, do grupo extremista Hamas, concedeu uma entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, da qual alguns trechos são reproduzidos na edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo (só pra assinantes).

Na entrevista, o chefe do governo palestino não admite sequer em hipótese reconhecer Israel, mas promete 50 anos de trégua caso o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert aceitasse as condições palestinas (fronteiras anteriores a 1967, retirada de Jerusalém Oriental, volta dos refugiados).

Mas ao final da entrevista, quando o repórter agradecia a entrevista, Haniye interrompeu: "Agora, tenho uma pergunta. Além de ser primeiro-ministro, sou ministro da Juventude e dos Esportes. O qeu eu costumava jogar futebol. O que tenho que fazer para receber um convite da chanceler (da Alemanha) Angela Merkel para ir à Copa do Mundo?" Ao que o repórter respondeu: "Para isso acontecer, teria de reconhecer os direitos de Israel existir e renunciar à violência"

A saída do palestino: "Então, prefiro ver a Copa pela televisão."

Pessoalmente, radicalismo tem limite. Mas o pessoal discorda...

Questão de atitude

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Se os jogos do grupo B de hoje não tiveram grandes lances ou uma técnica mais refinada por parte dos vencedores, pode-se perfeitamente atribuir suas vitória a uma questão de postura e de atitude em campo. Tanto a Inglaterra contra Trinidad e Tobago como a Suécia contra o Paraguai tomaram a iniciativa o tempo todo e só conseguiram chegar ao gol no final, diga-se, de forma merecida.

Claro que seria interessante ver os centro-americanos surpreenderem novamente e sustentarem um empate contra a Inglaterra, mas os trinitenses só vieram com a proposta de se defender (talvez porque seja mesmo sua única opção) e, após tantas chances desperdiçadas, seria normal que em um vacilo os ingleses chegassem ao gol. e chegaram naquela que é sua especialidade: a jogada aérea. Mas não foi qualquer jogada. Beckhan pegou a bola com liberdade e fez aquilo que poucos fazem como ele: alçou a bola praticamente com "a mão" para o grandalhão Crouch, que segurou os cabelos (?!) de Birchall e marcou. Gerrard, que havia perdido duas ótimas chances minutos antes, fez mais um nos descontos.

A Suécia também encontrou a vitória pelo alto. Novamente não foi um lance banal, e sim uma bonita assistência de cabeça de Allback, que recebeu cruzamento da direita e escorou para Ljungberg testar no contrapé do goleiro Bombadilla. Uma despedida melancólica do Paraguai, que enfrenta Trinidad e Tobago na última rodada. A Suécia garante a classificação com um empate contra a Inglaterra e, mesmo se perder, pode seguir adiante caso os paraguaios pelo menos empatem com os trinitenses.

Os dois primeiros classificados

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A vitória do Equador sobre a Costa Rica no jogo de hoje decretou a desclassificação de seu adversário e também da Polônia. Ontem, os germânicos, em cima da hora, conseguiram derrotar o decepcionatne futebol polonês que, com um a menos, não suportou a pressão e o melhor preparo físico dos rivais.

Mas o Equador é quem causou melhor impressão no grupo até agora. Defendendo-se com duas linhas de qautro jogadores quando atacado, os equatorianos não exibem um futebol exuverante, mas bastante consistente. Em vários momentos de suas duas partidas privilegiaram a posse bola com toques no campo adversário, às vezes em exagero, abrindo mão de possíveis contra-ataques. No entanto, tanto contra a Polônia quanto contra a Costa Rica, quando pressionado matou o jogo com jogadas rápidas pelas laterais, sua principal arma.

E são os sulamericanos que vão jogar com a vantagem do empate na última rodada e a Alemanha vai ter parada dura para confirmar o primeiro lugar. Caso não consiga, possivelmente enfrentará a Inglaterra nas oitavas o que, com certeza, não estava nos planos dos donos da casa.

Leão no Azulão, Paulo Almeida no Corinthians

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Sim, o futebol brasileiro não pára durante a Copa. A notícia do dia foi a contratação de Emerson Leão pelo São Caetano. O técnico fica até dezembro e terá que recuperar um time que não repete as boas campanhas de anos anteriores. De qualquer forma, o Azulão vai contratar reforços e, só de ter se livrado do fardo Nelsinho Baptista, já dá algum alívio para a sua pequena torcida.

Já o volante Paulo Almeida fez exames médicos no Corinthians e deve ser anunciado até sexta como novo reforço. O atleta tinha rompido em mútuo acordo o contrato com o Benfica (eufemismo para "dispensa") e vinha atuando no time B, que disputa a segunda divisão do campeonato português. A contratação foi pedida por Geninho, que treinou o jogador no Santos e deve saber o que está trazendo. Ou não.

quarta-feira, junho 14, 2006

Gol mais bonito da Copa

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Até agora, o quarto gol da Espanha é o gol mais plástico do Mundial. Uma troca de bola entre quatro jogadores, com direito a drible e passe de peito para Torres marcar. O chute foi convencional, mas a jogada primorosa. Tentos marcados de fora da área, até então os concorrentes a mais belos, ficaram no chinelo. Pra quem é assinante, ele tá no UOL, no GloboEsporte.com, e no Terra.

Acaba a primeira rodada

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Tunísia e Arábia Saudita encerraram a primeira rodada da Copa do Mundo. Em 16 partidas, foram marcados 39 gols, média de 2,43 por jogo, com um pênalti marcado (na partida entre Espanha e Croácia) e duas expulsões. Se o número de tentos marcados é até razoável, é preciso dizer que a bola não foi muito bem tratada pelos atletas. Fora isso, algumas considerações:

- A Espanha superou a Ucrânia, tida como uma das fortes equipes do torneio, com goleada. Não é a primeira vez que o time funciona como estraga-prazer de um favorito. Em 1986, no México, os merengues demoliram a até então estonteante Dinamarca - também chamada de Dinamáquina - por 5 a 1. Nas doze partidas do seu grupo nas eliminatórias, os ucranianos tinha sido vazados apenas sete vezes.

- Tunísia foi a única seleção africana que conseguiu pontuar ao empatar com a Arábia Saudita. Togo, Angola, Gana e Costa do Marfim estrearam com derrotas e, com exceção da última, não mostraram nada que lembre de longe atuações como a de Camarões em 1990.

- A França completou o quarto jogo em Copas do Mundo sem marcar gols. O último foi o marcado por Petit contra o Brasil na final de 1998. Mesmo assim, é difícil acreditar que o jejum se mantenha em um grupo que tem Coréia do Sul e Togo.

- Os holandeses da Copa não perderam ainda. A seleção venceu a Sérvia e seus técnicos também foram bem, como lembra o Uol. A Austrália de Guus Hiddink e a Coréia do Sul de Dick Advocaat venceram Japão e Togo e Trinidad e Tobago , do também holandês Leo Beenhakker, proporcionou a única surpresa da Copa ao empatar com a Suécia.

- O Brasil não estreou bem, como é quase praxe nas Copas do Mundo. Mesmo quando foi campeão, o país ou estréia mal ou apresenta pelo menos uma vez na primeira fase um futebol medíocre. Esperamos que a cota já tenha se encerrado.

Escorregadas

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Por que diabos estão acontecendo tantos escorregões nesta Copa? Em absolutamente todos os jogos pelo menos um jogador escorrega sozinho, na hora de fazer o breque ou mudar de direção. Os gramados têm alguma peculiaridade que desconhecemos? Ou as chuteiras estão sabotando os jogadores?

Austrália prepara mistão para enfrentar o Brasil

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Enquanto o técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira garante o mesmo time que iniciou a partida contra a Croácia para a segunda rodada, os australianos falam em poupar titulares contra o favorito do grupo.

Não estão esnobando o Brasil, mas evitando que algum de seus quatro jogadores advertidos com cartão amarelo na partida contra o Japão – o zagueiro Moore, o volante Grella, o meia Cahill e o atacante Aloisi, os dois últimos autores dos três gols – seja suspenso do jogo contra a Croácia pela terceira rodada. Como na terra dos cangurus a canela é enxergada como bola por alguns dos jogadores, parece uma boa notícia para o quarteto encantado, com o perdão da piada infame.

O meia Kewell também pode ser poupado porque está quase tão fora de forma quanto o Ronaldo Fenômeno. É uma idéia para o Parreira?

A notícia está no Estado de S.Paulo de hoje.

terça-feira, junho 13, 2006

Se o jogo precisa de nome, por que não Cafu?

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Kaká fez gol e se movimentou mais que todos no meio, é fato. Mas Ronaldinho Gaúcho procurou o jogo e Zé Roberto também foi bem. Roberto Carlos se apresentou, Juan não errou e Lúcio falhou em um lance. Mas Cafu surpreendeu.

Minha falha memória manguaça não conseguiu se lembrar de partida melhor do capitão do escrete canarinho. Nem mesmo em 1998 cotra Escócia quanto fez gol sem querer. Desta vez, Cafu desarmou com precisão duas jogadas decisivas, fez três cruzamentos certeiros e um chute a gol que, no mínimo, exigiu uma difícil defesa do arqueiro croata Pletikosa. Sem contar as descidas ao ataque e os contra-ataques puxados.

Conta, na análise, a baixa expectativa e o risco de a prisão decretada a pedido do Ministério Público Italiano (revogada antes da partida) contra o lateral, sob acusação de falsificação de documentos, influenciar no desempenho. Cafu foi impecável. A foto não lhe faz justiça, mas foi a mais fácil encontrada por este manguaçado autor.

Cabe comentar a opção do técnico Carlos Alberto Parreira de permitir que os lateriais descessem o quanto quisessem, com destaque para a leitura labial do primeiro lance ofensivo da seleção. Kaká tabelou com Cafu que desistiu do lance. A transmissão oficial pôs no ar a tomada de uma câmera voltada para Parreira que, na leitura labial, parecia dizer: "Desce,Cafu. Vamos descer." Cafu não resolveu, é fato. Mas desceu bem como nunca.

Memória da Copa (4ª edição)

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Quase o mesmo adversário

O país sede é o mesmo. A data de estréia também. E o adversário, quase o mesmo. Há 32 anos, em 13 de junho de 1974, o Brasil fazia seu primeiro jogo no mundial da Alemanha contra a Iugoslávia, em Frankfurt. Outra coincidência: nosso técnico era Mário Jorge Lobo Zagallo, hoje auxiliar de Carlos Alberto Parreira.

O time era bem diferente daquele que quatro anos antes, no México, havia trazido a taça Jules Rimet em definitivo para o Brasil. Carlos Alberto Torres e Clodoaldo se contundiram às vésperas da Copa da Alemanha. Gérson e Tostão tinham encerrado a carreira (este último precocemente, por descolamento de retina). Everaldo morreu em acidente de carro. E o maestro de todos, Pelé, tinha se despedido da seleção brasileira em 1971.

Isso abriu espaço para a ascenção de uma nova geração: Nelinho, Marinho Perez (foto), Marinho Chagas, Valdomiro, Leivinha, entre outros. Leão, apesar de bem jovem, havia disputado o mundial de 70 como terceiro reserva. A responsabilidade estaria nas costas de Rivelino e Jairzinho, principalmente.

Mas a estréia foi decepcionante. Um zero a zero morno e sem atrativos, que se repitiria na segunda partida, contra a Escócia. Frustração para a imensa torcida brasileira, mal acostumada ao show da Copa anterior.

Desintegrada nos anos 90, a Iugoslávia deu origem a países como a Bósnia-Herzegovina, Croácia, Sérvia e Montenegro (recém-separados). E o adversário de hoje, na estréia do Brasil na Copa de 2006, é justamente a Croácia.

Tomara que o placar seja diferente...

Brasil 0 x 0 Iugoslávia
13 de junho de 1974

Brasil: Leão; Nelinho, Luís Pereira, Marinho Perez, Marinho Chagas; Piazza, Rivelino, Paulo César; Valdomiro, Jairzinho, Leivinha. Técnico: Zagallo.
Iugoslávia: Maric; Buljan, Katakinski, Bogicevic, Hadziabdic; Muzinic, Oblak, Acimovic; Petkovic, Surjak, Dzajic. Técnico: Milan Miljanic.

Árbitro: Rudolph Scheurer (Suíça)
Local: Waldstadion (Frankfurt)

Não há meio termo para o Brasil

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A seleção brasileira estréia hoje sob olhares não só do país, mas de todo o mundo. O jornal argentino Olé foi taxativo ao dizer que a equipe é a "oitava maravilha do mundo" em um texto tão laudatório que nem um veículo brasileiro teria coragem de publicar. Já um jornal alemão disse que essa é a "segunda abertura da Copa", enquanto outros periódicos afirmavam hoje que a Copa começa de verdade.

Isso dá um pouco da dimensão de que a seleção não é favorita à toa. Possui os melhores jogadores, sendo que um deles - Robinho - foi candidato a melhor do mundo e é reserva. Por isso, o destino dessa equipe só tem duas direções: se naufragar, será o fracasso mais rotundo de um time nacional e, se vencer, será comparada às maiores de todos os tempos, como o "escrete" de 1970 e de 1958.

Há razões para a grande expectativa. Desde 1973, quando Luiz Américo cantava "Camisa 10" com o verso "Dez é a camisa dele, quem é que vai pro lugar dele" e perguntava pelo substituto de Pelé, essa camisa parece ter desbotado. Nem mesmo Rivelino em 1974 ou Zico em 1982 conseguiram ser a referência que o Brasil precisava em campo. Hoje, a necessidade dessa referência é menor, dado que há mais de um atleta que pode decidir uma partida, mas Ronaldinho Gaúcho recupera a mística de uma camisa que foi pro banco em 1994 e 1998 (Raí e Giovanni).

Por outro lado, há quem lembre que a seleção pré-olímpica de 2004 também era super favorita, já que contava com Diego, Robinho, Kaká e Nilmar, mas sequer conseguiu ir às Olimpíadas. Claro que há muitas diferenças, desde a experiência dos atletas até o técnico já que Parreira, por mais que seja contestado, está a anos-luz de Ricardo Gomes.

Enfim, daqui a pouco já poderemos ter noção de qual será o destino dessa equipe que, pelo que se pôde ver ontem, pode pegar uma pedreira logo nas oitavas, República Tcheca ou Itália. Mas um grande time só marca época se enfrentar grandes adversários. Será esse o lugar do Brasil?

segunda-feira, junho 12, 2006

Apito amigo

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Em duas partidas as arbitragens foram o destaque. Negativo. No jogo entre Austrália e Japão, o gol japonês foi irregular, reconhecido até pelo árbitro egípcio Essam El Fatar. A informação é de agências internacionais (na matéria da Folha On Line). "Ele disse [para Mark Viduka, capitão do time] depois do jogo que Deus estava do lado dele, porque o resultado veio para o nosso lado no final", contou o goleiro australiano Mark Schwarzer.

No caso do brasileiro Carlos Eugênio Simon, Alá não resolve, porque ele deixou de marcar pelo menos dois pênaltis para Gana e não um ganense depois de um carrinho criminoso por trás (o jogo estava parado por um impedimento, mas o jogador tinha que ser expulso). Houve ainda um impedimento contra a Itália marcado indevidamente (pisada na bola de Edmilson Corona). De longe, a pior arbitragem do Mundial.



Chamem a Ana Paula Oliveira (foto)! Antes que surjam acusações de machismo neste blog, explico: ela é muito melhor do que esses manguaças que estão na Alemanha, inclusive como assistente.

Garotinho passou fome à toa

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O PMDB não tem mais candidato próprio à presidência da República, a não ser que, como reconheceu o presidente da sigla, o deputado federal paulista Michel Temer, algum grupo dissidente entre com recurso judicial para mudar a definição da executiva. Assim sendo, a greve de fome de Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, teve pouca serventia. Ele a encerrou por ter obtido direito de resposta na TV Globo e na revista Veja que, segundo ele, seguiam os interesses neoliberais – aqueles que, assim como o diabo, têm vários nomes.

Deu em tudo quanto é jornal on line, no Estadão, na Folha on line, na Globo.com etc.

Menos concorrentes significa polarização mais direta já no primeiro turno com mais chances de definição.

Mulher ressucita para ver a Copa

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Essa deu no Terra Popular e é literalmente do além. Segundo o site Ananova, a alemã Maria Mueller, de 94 anos, foi achada caída sobre uma cadeira por seu filho Bernhard Mueller, de 66 anos, na casa onde morava, na cidade de Luegde, na Alemanha.

Quando ouviu que havia sido declarada morta pelos médicos, a senhora Mueller disse: "sem essa, não morro antes de ver a Alemanha ganhar a Copa do Mundo. Ainda há vida nesses velhos ossos, e certamente eu não perderia os jogos."

Fontes confiáveis ouvidas com exclusividade pelo Futepoca afirmam que, após a declaração, Maria pediu uma cerveja. Só não se sabe ainda se valeu a pena ela ressucitar...

Zica do Zico

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Na estréia em sua quinta Copa do Mundo, na terceira função diferente, agora como técnico do Japão, Zico deu corda para os que o acusam de pé-frio zicado. A seleção oriental passou o jogo inteiro contra a Austrália à frente do marcador (com um gol irregular, aliás), mas tomou a virada a partir dos 39 minutos da segunda etapa, perdendo por 3 a 1. A arbitragem foi a pior do Mundial até aqui. Houve um pênalti a favor do Japão não marcado quando o placar estava empatado, mas isso não neutraliza o mau-agouro do Galinho.

Além de integrar os elencos de 1978 e 82 (respectivamente "campeão moral" e melhor time do mundial porém desclassificado), perdeu um pênalti no tempo regulamentar contra a França, nas quartas-de-final. Em 1998, sua presença como coordenador técnico é apontada pelos médiuns consultados pelo Futepoca como responsável pelo "piripaque" do Ronaldo Gordo (ex-fenômeno): pura zica.

domingo, junho 11, 2006

Freio de mão puxado

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E Portugal de Felipão estreou na Copa. No início da partida, aos 20 segundos quase que marca o gol, que não tardaria a vir, aos 4, com Pauleta. Tudo levava a crer que seria uma goleada impiedosa. Não foi. Não que a fraquíssima Angola tenha ameaçado a seleção lusa de uma forma incisiva, mas para um time que chega como um dos favoritos ao título, foi uma estréia decepcionante. Faltará mesmo apenas motivação ou o buraco é mais embaixo?

O México foi outro que quase complicou o início de sua caminhada no Mundial. Em um primeiro tempo equilibrado, o Irã jogou de igual para igual e surpeendeu os mexicanos. Mas, ao contrário de Portugal, a postura do México foi distinta na etapa final. A equipe não deu espaços para o time asiático, que recuou e sofreu pressão dos mexicanos até tomar o segundo gol. A partir daí, veio o terceiro e poderia ter acontecido uma goleada, embora o tempo restante fosse pouco.

Já Holanda e Sérvia e Monetenegro fizeram uma partida equilibrada, sem muita criatividade de ambos os lados, mas em que prevaleceu o talento e oportunismo de Robben. Porém, pelo que se viu nessa primeira rodada, nada está decidido naquele considerado o "grupo da morte" que deve apresentar as melhores partidas da primeira fase da Copa.

Por enquanto, nenhuma equipe impressionou, pelo menos no aspecto positivo. No negativo, a Suécia não falou a que veio na Copa e a Polônia apresentou um futebol terrível. Será que é só isso que eles têm pra mostrar?

Alckmin não teme uso eleitoral da Copa

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Tema de posts anteriores, o uso político de copas do mundo é tema de diversas matérias do Estado de S.Paulo de hoje, incluindo a última das perguntas da entrevista de Geraldo Alckmin, pré-candidato a presidência pelo PSDB. Ele responde que todos "estaremos torcendo, vibrando, confiantes na vitória do Brasil, de camisa amarela e calção azul, mesmas cores, aliás, do PSDB".

Na entrevista, o trabalho do reporter foi quase o do lateral que só cruza bolas na área. Seguran ça pública e PCC nem pensar. Mas a melhor é que, sem gancho algum com a questão anterior, lê-se: "Em São Paulo a mortalidade infantil caiu de 14,3 por mil para 13,5 por mil entre 2004 e 2005. É número de primeiro mundo. Como conseguir índices como este no Brasil?" Hein, mestre?

Elevar o nível (etílico) da conversa: 3ª edição

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Não é pra ver Holanda e Sérvia e Montenegro. Mas no do México e Irã não passa. Mas a cota "cachaça" do Futepoca precisa ser atendido.

Apreciar a cachaça começa pelo rótulo. No caso da Orgulho Mineiro, começa pela garrafa, porque o rótulo é sem-graça. Envolta em serragem, plástico e uma redinha de nylon, ela vem em garrafas de 970 ml. Como bêbado só se engana depois da terceira, que fique claro que isso são muitos copos menos do que um litro. A versão exportação (pra Sumpaulo) inclui ainda um copo de madeira em formato de mini-barril.

Amarelada, engarrafada em Borda da Mata, sul de Minas (a um tilico d'ispingarda de Pouso Alegre), dá conta do recado. Os 40º G.L. são uma dosagem leve, comum da canha da região. Meu palpite é que é envelhecida em tonéis de bálsamo, mas a informação não está no rótulo e poupei minha conta telefônica desta informação.

Se alguém quiser um gole, aqui em casa tem.