O comentário do leitor Marco Antonio em um post do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, é primoroso (e totalmente verossímil):
"O Serra já está pensando em uma maneira de cobrar pedágio de canoas, barcos e submarinos em São Paulo."
Em tempo: a partir da notícia de que encontraram um peixe num túnel de São Paulo, Amorim pergunta em uma enquete o que será encontrado da próxima vez. Três das sugestões são: "As obras completas, encadernadas, do FHC", "A bicicleta da Soninha" e "A caixa de remédios da Lucia Hippolito".
Dois dias depois de uma inserção meio trágica em sua coluna "Por dentro da política", a cientista política Lucia Hippolito respondeu, em seu blogue, o que aconteceu na noite de quarta-feira, 13. Após ter seu momento Vanusa e Fernando Vanucci por não dizer coisa com coisa, a comentarista acusa as críticas e seus autores de "patrulha da lama".
Tudo não passou de um erro, admite, mas cuja explicação é "muito mais prosaica do que do que as interpretações mirabolantes que possam circular por aí".
Segundo o post, desde 10 de janeiro, uma gastroenterite a aflige. "Melhoro um dia, pioro no outro, e ninguém encontra uma causa plausível", lamenta. "No dia 13, quarta-feira, errei ao entrar no ar. Estava com muitas cólicas e, na hora de falar, tive uma cólica lancinante. Não conseguia controlar a dor."
Ela diz naõ ter ideia do que falou e diz que "preferimos" cortar a ligação. Na verdade, quem decidiu por isso, aparentemente, foi o apresentador Roberto Nonato. a não ser que houvesse outra forma de comunicação dela com a redação.
"Na hora em que larguei o telefone e corri para vocês-sabem-onde", completa. Espero que "vocês-sabem-onde" não tenha telefones piscando.
Além de agradecer a seus leitores que a apoiaram, ela disparou contra os críticos. "Obrigada de coração pelo carinho de vocês. Vocês são dez! O resto é a patrulha da lama em ação."
"Obrigada pelo carinho", com a resposta aos malvados como o Futepoca, está no Por dentro do Blog.
A comentarista de política da CBN, Lucia Hippolito, em sua inserção no quadro "Por dentro da política" de quarta-feira, 13, teve de ser interrompida pelo apresentador Roberto Nonato. Supostamente por problemas no telefone – que estava "piscando", segundo Hippolito – a voz da analista parecia de uma pessoa embriagada. Foi seu momento Fernando Vanucci ou Vanusa. A sugestão veio de um leitor do Futepoca.
Ela comentava a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), alvo de polêmica entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi. Uma nova versão do decreto foi definida na quarta em reunião entre os ministros, suprimindo algumas expressões e destacando o caráter de diretriz e não de lei. Mas a cientista política mal consegue encadear as palavras.
– Olha, Lolito (sic), eu, eu particularmente, acho uma coisa muito complicada. Acho que o presidente cometeu um erro político, no sentido de cometer um monte de... de... de... de erros... de criar um monte de empresas, de brigas nesse problema. Agora, eu acho o seguinte: desse ponto de vista exclusivo das... das... das, ele não... dos direitos humanos, do ponto de vista dos direitos humanos... eu vou dizer uma coisa a você...
– Ô Lúcia, a gente vai tentar refazer o contato para voltar daqui a pouco em melhores condições
– É, esse... o telefone tá piscando, tá cortando a linha...
Aí o volume da voz da comentarista vai baixando e ela sai do ar.
No site da CBN, o último comentário é de quarta-feira, 13. Nada para hoje.
Em 2006, depois da final da Copa de 2006, na Alemanha, quando a Itália se sagrou campeã, o apresentador Fernando Vanucci foi ao ar, na Rede TV!, claramente alterado, dizendo que "a África do Sul também não é tão longe, é logo ali". Ele enrolava a língua e parecia pior do que muito bêbado que chama o "adevogado". Ele alegou que estava sob efeitos de calmantes e até brincou com isso depois.
Outra que teve seu momento de celebridade manguaça foi a cantora Vanusa. Ela foi à Assembleia Legislativa de São Paulo cantar o hino nacional e pagou um mico, trocando a letra e tudo mais. Os calmantes também foram apontados como culpados.