Destaques

sexta-feira, outubro 15, 2010

Serra: Direita, volver?

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No longínquo mês de maio deste ano, alguém que concorria à Presidência da República disse: "Do ponto de análise convencional, sim (sou de esquerda). (Se eleito) vou estar comprometido até o fundo da alma com os trabalhadores e os desamparados, (ser de esquerda) é ser aliado de empresas que gerem empregos".


Em 13 de outubro, o Radar Político, blogue político de O Estado de S.Paulo divulga um santinho do mesmo candidato. Mas é um santinho no mais stricto sensu jamais praticado em uma corrida à Presidência da República. "Neles esta estampada, como nos santinhos convencionais, a foto de Serra na parte da frente com o slogan 'Serra é do bem' e, atrás, a inscrição 'Jesus é a verdade e a Justiça' assinada pelo próprio candidato". Quando se escreve "assinado" é porque está posicionada uma assinatura em letra cursiva.

O motivo por que o material foi produzido é mais importante do que o panfleto. Foi a necessidade de se afirmar cristão e instrumentalizar as acusações contra sua concorrente em temas sensíveis da parte dos católicos e evangélicos. Circulam boatos de que Dilma é a favor do aborto – e não da discriminalização das mães que recorrem à prática – e de que teria dito que "nem Cristo" lhe tiraria a vitória. Ambas as assertivas são falsas.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A curta caminhada
Usar setores da sociedade como trampolim eleitoral em uma conjuntura específica não é uma exclusividade de José Serra. Mas é preocupante quando se dá vazão, se aproveita e incentiva a disseminação de falsas informações que afetam o lado mais conservador e retrógrado da sociedade brasileira.

Para chegar até ali, o candidato do PSDB percorreu uma caminhada curta, com alguns degraus.

Houve a acusação da "República Sindicalista" , termo criado por Carlos Lacerda em um factóide histórico. Ele usou seus jornais para dizer que o então Ministro do Trabalho de Juscelino Kubitcek teria recebido uma carta de um ministro argentino prometendo armas para dirigentes de sindicatos brasileiros. Tudo para a instação de uma "República sindicalista". Era mentira, a carta não existiu.

Por trás da crítica aos setores ligados a entidades de representação de classe está uma postura extremamente carregada ideologicamente. É a ideia que apenas diretores de sindicatos empresariais poderiam ascender a cargos do primeiro e segundo escalões do poder Executivo.

Outro episódio dessa escalada foi o material do Instituto Plínio Correia de Oliveira – batizado em homenagem ao criador da Tradição, Família e Propriedade (TFP), um líbelo do ultraconservadorismo brasileiro – no comitê do PSDB.

Foram cinco meses para percorrer, no discurso, o espectro da política: da esquerda na "análise convencional" para o apoio da TFP.

O problema
Se Serra mantiver o crescimento apresentado nas pesquisas e sagrar-se vencedor na disputa, terá uma dívida de gratidão a saldar com esses setores conservadores. Seria futurologia do pretérito tentar vislumbrar como essa fatura seria paga. Muito menos importante do que cargos, a questão seriam políticas efetivas adotadas.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Palmeiras vence na altitude pela Sul-Americana

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Em Sucre, a 2.750 metros do nível do mar, o Palmeiras venceu o Universitário na partida de ida das oitavas-de-final da Sul-Americana. Foi por 1 a 0, gol de Marcos Assunção, de falta, ainda na primeira etapa.

Os visitantes tiveram um segundo gol anulado incorretamente no segundo tempo, conferido por Lincoln, que havia entrado no lugar do contundido Valdívia. Rivaldo ainda sofreu um pênalti, devidamente ignorado pela arbitragem.

A partida em si foi sofrível, e olha que ninguém pode culpar a tal altitude. Desde segunda-feira (11) na cidade, os palmeirenses celebraram o dia da criança e de Nossa Senhora Aparecida em território boliviano. Quem esteve em campo correu até o final.

Contra o chileno Colo-Colo e o paraguaio Cerro Porteño, o penúltimo colocado no campeonato boliviano usou bem o mando de jogo para se dar bem. Assim, vencer no país de Evo Morales é um passo importantíssimo na única competição que permite à representação de Palestra Itália sonhar com a Libertadores da América de 2011.

Gabriel Silva, lateral-esquerdo, foi bem, talvez inspirado pela camisa 10 que vestia – por uma questão de inscrição na competição. Lincoln também entrou bem, fazendo o meio de campo praticamente sozinho. Fabrício, quando entrou, também apresentou-se corretamente, apesar de ter tomado cartão amarelo por ter sido marcada uma falta que ele não cometeu.

Os bolivianos têm um time bem fraco e limitado. A retaguarda verde-limão-siciliano parecia rainha das bolas antecipadas. Muitos passes curtos ou tortos facilitaram a vida da marcação. E olha que o time vermelho teve duas ótimas chances, uma que parou nas mãos de Deola e outra tirada por Rivaldo no susto.

Não foi divertido ver um time tão limitado impondo pressão sobre o Palmeiras. Mas fazia parte do script de Luiz Felipe Scolari. Que até deu certo.

Segurem as toalhas

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Há algumas rodadas, o desânimo entre os torcedores santistas era geral. Pontos perdidos para Corinthians, Palmeiras, Vasco e outros adversários, somados ao fato do time já estar na Libertadores 2011, deixavam tudo claro: o final de 2010 seria uma chata sequência de "amistosos" até a virada do ano, uma espera até que a emoção chegasse com a retomada dos campeonatos no início da próxima temporada.

Mas aí vieram os jogos contra Fluminense, Atlético-PR e Internacional. Uma série de três vitórias, seis gols marcados e nenhum sofrido. A diferença entre o líder reduzida a seis pontos. E a esperança de ver o Santos novamente na briga pelo título. Ainda não é hora de jogar a toalha.



Tal ânimo se justifica ainda mais se levarmos em conta que a vitória de ontem foi sobre um fortíssimo time, também concorrente ao título. Aliás, o duelo entre Santos e Inter poderia receber o apelido de "semifinal antecipada", já que complicaria muito a busca pelo título por parte de quem saísse derrotado.

O jogo foi regular em sua primeira metade. O lance de mais brilho foi justamente o gol de Neymar - que teve como origem um vacilo do lateral Kléber, ex-Santos, que perdeu a bola para Danilo. Ele tabelou com Zé Eduardo e Neymar, que com muita categoria fintou os adversários e mandou pra dentro.

Na segunda etapa, alterações relativamente equivocadas do técnico interino (será interino mesmo?) Marcelo Martelotte trouxeram o Inter ao campo do Santos. Mas apesar do Colorado reter mais a posse de bola, não criava chances agudas de gol - zaga e laterais do Santos tiveram atuações irrepreensíveis.

E por pouco o Peixe ainda não ampliou o marcador, em mais de uma oportunidade. Alex Sandro, Neymar e Zé Eduardo cansaram-se de perder gols.

Enfim, Santos 1x0, e a diferença para o Cruzeiro, líder de ocasião, estabelecida em apenas seis pontos. Domingo há um clássico fora de casa, contra o São Paulo; se Neymar e cia vencerem, é hora de considerarmos, mais que nunca, na disputa pelo título.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Mais sobre o saudosismo

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Esses dias, escrevi aqui no Futepoca o post Por mais critério com o passado. O texto tinha como gancho uma homenagem que o Palmeiras fez a seus ex-atletas e falava sobre o fato de que o tempo faz com que muitos jogadores medianos (no mínimo!) acabem por ganhar o status de craques consagrados, e que por isso todo saudosismo utópico merece ser visto com tudo quanto é ressalva.

Pois bem: aí ontem, navegando na net, acabei caindo no site do médico Drauzio Varella - mais especificamente em um texto escrito por ele durante a Copa do Mundo, em que ele comentou a ironia do gol de Lampard não validado no Alemanha x Inglaterra, que "corrigiria" a injustiça ocorrida na final do Mundial de 1966.

Drauzio conta no texto que estava na final de Wembley (e eu nunca o tinha visto falar sobre futebol!) e faz também outras divagações sobre o esporte bretão. Relembra de como vivenciou a derrota brasileira em 1950, e de toda a tristeza pela qual o Brasil passou.

E aí o médico fala sobre sua primeira experiência em um estádio de futebol. Garoto, vivia o esporte chutando bolas pelos campinhos próximos de sua casa e ouvindo todos os programas e partidas possíveis no rádio, o veículo das massas da época.

Ao falar sobre seu primeiro jogo no Pacaembu, Drauzio diz, sem meias-palavras:

Os jogadores de carne e osso, porém, deixaram a desejar: erravam passes, chutavam para fora e perdiam gols feitos, exatamente como a molecada na rua. Além de maldosos, porque empurravam uns aos outros e davam caneladas, ainda eram mal educados, xingavam e cuspiam no chão, prática que minha avó considerava a pior das grosserias, responsável pela transmissão da tuberculose.

Taí, mais um exemplo da mistificação caindo por terra.

A "perfeição" dos jogadores, times e competições do passado se justifica exatamente por toda essa imprecisão. Mais que humanos, os atletas dos anos 50 e 60 eram mitos - deles só se ouvia no rádio. Os privilegiados que podiam vê-los no campo eram pouquíssimos. A televisão era capenga.

Não havia o que temos hoje em dia, quando os jogadores são confrontados quase que diariamente. O mito de um ano é destruído por uma má performance no ano seguinte.

"Quem viu o Botafogo de 1953 jogar não consegue ver graça no futebol de hoje em dia ("
Botafogo" e "1953" são escolhas aleatórias, não levem a sério
)", clama um saudosista convicto. O único questionamento a se fazer é: você viu mesmo o tal Botafogo de 1953 jogar? Ou foi ao estádio uma ou duas vezes naquele ano, e o resto da sua percepção é fruto do que ouvia no rádio e, principalmente, de uma memória que quer evocar boas lembranças do passado? Vamos com calma.

domingo, outubro 10, 2010

Olhando o Brasil de fora

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Dois dias atrás em Madrid, agora aqui em Bordeaux, França: a admiração pelo momento que vive o Brasil é enorme. Em 2001, quando vim à Europa pela primeira vez, só me perguntavam do Ronaldo. Agora todos querem saber como fizemos para dar o chapéu na crise e emplacar o melhor desempenho no mundo em relação aos seus efeitos.

Ontem, eu e Cristina Ortiz, a pianista brasileira com quem estou aqui trabalhando, fomos jantar na casa de um casal de americanos, com um casal de franceses (estes, já viveram no Rio como adidos culturais, conhecem muito bem nossa terra). Todos me perguntaram animados, sedentos por notícias da grande sensação mundial. Chegam a pensar que o Brasil erradicou todos os seus problemas, que vivemos no paraíso. Tive que explicar que, apesar de estarmos muito melhores, ainda temos problemas e contradições históricas para solucionar.

Comentaram como enxergam o Brasil como o país mais apto a negociar internacionalmente, não apenas pelo seu sucesso econômico, mas também pela sua tradição pacifista e postura independente, em episódios como os do Irã e de Honduras. Em Madrid, um amigo espanhol chegou a brincar que invertemos os papéis: são eles que têm crise econômica, desemprego de 20% e ganharam a Copa do Mundo.

Ou seja, nada como sair desse mar de boatos que tomou conta do Brasil para recuperar um pouco de clareza: até muito pouco tempo atrás, o orgulho de ser brasileiro se apoiava quase que só no futebol (e um pouquinho no samba e na cachaça). Agora, já podemos começar a ter orgulho da política.

Mudamos. Estamos mudando.

Botafogo expõe lado ruim do Palmeiras

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Um Palmeiras mais limitado do que nas últimas três partidas apresentou-se diante do Botafogo no Engenhão neste domingo (10). O time que havia animado torcedores foi bem menos; o Botafogo não fez apresentação de gala, mas jogou melhor. Perdeu pênalti com Loco Abreu e boas chances.

Kléber exercitou seu cotovelo pela primeira vez desde sua volta ao Palmeiras. Foi expulso por acertar Alessandro com seu braço outrora plenamente desgovernado. Confesso que fico bem mais triste diante do que pode ser visto como a volta de uma faceta do jogador que parecia deixada para trás. Não foi uma agressão, mas lance besta que acontecia com mais frequência na passagem anterior do atleta pelo clube.

O alviverde permanece um ponto atrás da Estrela Solitária, mas a três posições de distância.

O Botafogo foi uma pedra no sapato do Palmeiras nas duas últimas temporadas. É que o confronto coincidiu com a última rodada, dificultando e tirando o time da Libertadores nos brasileirões de 2008 e de 2009.

Gabriel Silva, que pôs a mão na bola no primeiro tempo, foi poupado do cartão vermelho, que poderia ser aplicado, já que o árbitro interpretou que houve intenção no toque. Ao rever o lance, considero incorreta a marcação, mas como a bola foi para fora, a polêmica esvazia-se.

Valdívia tampouco foi bem no jogo, o que acontece. Vitor não jogou e o time não pôde repetir a fórmula do jogo passado. Lincoln e Dinei foram a campo, mas não mudaram a realidade do time (embora o atacante tenha quase marcado em um chute desviado que, por pouco, não encobre o goleiro.

O lado ruim, exposto na partida, é o da instabilidade, que faz o time oscilar tanto. Outro aspecto é a dependência de El Mago e de Kléber – excetuando-se as faltas de Marcos Assunção, que não fizeram a diferença

sexta-feira, outubro 08, 2010

Terremoto abala a Folha/UOL

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Não vou falar de cobertura de eleições. Mas notem o nível da reportagem da Folha/UOL.


Esse é o problema de fundo. Além das escolhas políticas, é a incompetência mesmo.

Nem no tempo de faculdade sairia uma coisa dessa publicada. Vejas as aspas da assessora da OAB. E cabe a pergunta, por que ligar para a OAB para perguntar sobre terremoto????

Terremoto de 5 pontos atinge Centro-Oeste do Brasil; Brasília sentiu tremor

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Um terremoto de 5 pontos na escala Richter foi registrado no Centro-Oeste brasileiro, segundo o instituto norte-americano USGS, que presta serviço ao Departamento do Interior dos Estados Unidos.

Pelas informações iniciais, o tremor foi registrado às 17h. O epicentro do terremoto foi na divisa de Goiás e Tocantins, mas o tremor foi sentido em Brasília (a 254 km). Pelos dados do USGS, o epicentro foi a 14 km de profundidade.

A reportagem ligou para a assessoria de imprensa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para confirmar o terremoto e uma funcionária, apesar de ter sentido o tremor, foi pega de surpresa. “Sim, eu senti um leve tremor que deve ter durado um segundo, nada mais. Agora que você está me perguntando até fiquei assustada. Não sabia que aquilo que senti tinha sido um tremor de terra”, disse a assessora de imprensa, afirmando que o edifício não foi evacuado.

O maior terremoto documentado no país ocorreu em 1955, em Porto dos Gaúchos, na Serra do Tombador (MT), e teve magnitude 6,6 na escala Richter. Os terremotos mais destrutivos deste ano aconteceram no Haiti (magnitude 7, em 12 de janeiro) e no Chile (magnitude 8,8, em 27 fevereiro). Mais de 226 mil pessoas morreram em 2010 vítimas de terremotos

Tipos de cerveja 54 - As Dry Stout

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Opa! Esse é um tipo de cerveja que bebi na fonte, lá na Irlanda. Trata-se de uma das variações mais comuns de Stouts (já comentadas aqui), sendo muitas vezes chamado de Irish Dry Stout. Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, são cervejas leves e menos complexas que outros gêneros de Stouts, visando o consumo em massa. Como se pode observar num típico bar irlandês, são servidas de uma forma especial, usando nitrogênio, para que possam ganhar uma espuma durável e extremamente cremosa (foto). Possuem forte presença de malte torrado e, em menor quantidade, de lúpulo, o que lhes dá uma certa acidez no sabor. Aqui no Brasil, eu (Marcão) só encontrei a Guinness tirada em torneira como se faz na Irlanda (ou como se tira chope em nossas terras), foi em um pub no bairro Pinheiros, em São Paulo. Mas ela me pareceu mais amarga, aguada, sem gás e sem "creme" do que as originais que bebi em Dublin. Vale ressaltar que é um tipo de cerveja "pesado", ou seja, "pesa" na barriga como se fosse alimento. De qualquer forma, os três exemplares em latão de 500 ml que experimentei na Irlanda e que recomendo, podendo ser encontrados com relativa facilidade nos hipermercados das grandes cidades brasileiras, são a Guinness Draught, a Beamish Irish Stout e a Murphy's Irish Stout. Slantcha!

Palmeiras vence no Pacaembu; e Valdívia fez 2

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Foi contra o Avaí, no Pacaembu com 7 mil alviverdes que driblaram a chuva e o trânsito infernal de São Paulo na quinta-feira, 7. O Palmeiras bateu o Avaí por 4 a 1 com dois gols de Valdívia.

O meia chileno vinha apresentando-se bem nas últimas partidas, mas não marcava desde sua volta, há 12 jogos. AO ser substituído na partida anterior, contra o Santos, El Mago tinha ficado chateado, ensejado até reclamar.

Contra o Avaí, funcionou o sistema de um lateral de origem em cada lateral, auxiliado por um volante de cada lado. Quer dizer, Vítor e Márcio Araújo na direita, Gabriel Silva e Rivaldo na esquerda. Ainda tem Edinho e Marcos Assunção para marcar e eventualmente dar volume ao meio de campo. Continua só tendo Valdívia como meia de criação, mas já há jogadas pelas laterais do campo.

Nenhum primor, nenhum espetáculo. Muito menos esperança de alcançar o G3 da Libertadores. Mas a regularidade alcançada é tranquilizadora. O que ainda incomoda é que a capacidade de criar jogadas permanece limitada. Tanto que dois gols saíram de chutões de fora da área, daqueles que vão na forquilha, e dois de bola parada.

Se saírem sempre gols assim, seria ótimo. Mas por melhores e mais aplicados que sejam os arrematadores, nem sempre se acerta.





O primeiro tempo virou 1 a 1, com um gol de Valdívia em cobrança de falta de Marcos Assunção e outro de Edinho, contra (mas assinalado para o impedido Roberto). O Avaí mandou duas bolas na trave, o que reforça a preocupação.

Na segunda etapa, logo aos quatro minutos, o chileno colocou o time da casa em vantagem. O terceiro veio de pênalti em um lance patético. Kléber bateu um pênalti sofrido por Rivaldo achando que era Djalminha. Ou Loco Abreu. O goleiro Zé Carlos defendeu e foi zombar do camisa 30, com um tapinha, um empurrãozinho no rosto, no estilo "fica para a próxima".

Sem perder tempo, Kleber ficou no chão, e o árbitro marcou nova penalidade. Como ele já tinha tomado amarelo por ter reclamado da marcação do primeiro pênalti e dado um soco na bola quando ela estava nas mãos de Valdívia, o camisa 1 do Avaí foi expulso. Na nova cobrança, o gol saiu.

Embora os visitantes tenham criado pelo menos uma grande chance de perigo no segundo tempo, foi Gabriel Silva quem fechou o placar, também com um chute fora da área.

quinta-feira, outubro 07, 2010

O problema da autoridade sobre o elenco

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Gabriel Saraceni, na coluna "Visão do treinador" de hoje do jornal Lance!, faz uma observação sobre os 2 a 0 do São Paulo ontem, contra o Vitória (vídeo acima), estreia do técnico Paulo César Carpegiani, que considerei reveladora: "Impressionante o que todos correram, deram carrinho, vibararam e conversaram. Nem parecia um time que não tem mais tantas pretensões na competição. Foi tudo muito diferente dos 14 duelos com Baresi à frente". Fiquei com a mesma impressão.

Tudo bem que, em qualquer lugar, os jogadores costumam "mostrar serviço" para agradar um novo treinador, e também que o sofrível Vitória, 14º colocado, foi uma presa fácil. Mas uma coisa ficou nítida: a diferença de autoridade de um técnido de fato, oficializado no cargo, e a de um interino que nunca teve respaldo da diretoria. Carpegiani parece ter recebido uma "carta branca" para tentar melhorar alguma coisa. E os jogadores perceberam sua autoridade.

Continuo duvidando do potencial do São Paulo neste campeonato. Há muitas deficiências, muitos jogadores medíocres, posições sem atletas de ofício e pouco tempo para moldar um time realmente competitivo. Além do que, Carpegiani nunca foi e não é nenhum talento excepcional como técnico. Mas ele fala e o elenco responde, isso já é um avanço incrível no apático e displicente (pra não dizer acomodado) time que o São Paulo apresentou nesta improdutiva temporada.

Tomara que, no mínimo, Carpegiani possa terminar o ano de forma digna, sem derrotas vexaminosas ou ameaça de rebaixamento. E que, ao contrário de Ricardo Gomes, que também parecia não ter autoridade alguma, ele impeça Juvenal Juvêncio de fazer mais uma dúzia de contratações ridículas no início de 2011.

José Serra não tolera um "delito" de opinião

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Ontem eu já tinha escrito aqui sobre mais um "ato democrático" do fascista e ditador José Serra, conhecido por ligar em redações pedindo a cabeça de jornalistas. É óbvio que não há indícios de interferência direta do nefasto político na demissão (agora confirmada) de Maria Rita Kehl (foto) do jornal O Estado de S.Paulo, devido a um artigo em que elogiava o programa federal Bolsa Família. Mas, considerando o que Serra fez com Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli na TV Cultura, tá com todo o cheiro de ser obra dele...

Hoje, o Terra Magazine publica uma entrevista de Maria Rita Kehl a Bob Fernandes. Ele pergunta se a demissão teve a ver com as eleições e a psicanalista vai direto ao ponto: "Acho que sim. Isso se agravou com a eleição, pois, pelo que eles me alegaram agora, já havia descontentamento com minhas análises, minhas opiniões políticas". Ela acrescenta que o motivo alegado foi "análise de comportamento e reação". "O argumento é que eles estavam examinando o comportamento, as reações ao que escrevi e escrevia, e que, por causa da repercussão (na internet), a situação se tornou intolerável, insustentável, não me lembro bem que expressão usaram", ironiza.

E aí ela reagiu com o óbvio: "Eu disse que a repercussão mostrava, revelava que, se tinha quem não gostasse do que escrevo, tinha também quem goste. Se tem leitores que são desfavoráveis, tem leitores que são a favor, o que é bom, saudável...". Sobre o sentimento que fica, a psicanalista desabafa: "A imprensa que tem seus interesses econômicos, partidários, demite alguém, demite a mim, pelo que considera um 'delito' de opinião. Acho absurdo, não concordo, que o dono do Maranhão (senador José Sarney) consiga impor a medida que impôs ao jornal O Estado de S.Paulo, mas como pode esse mesmo jornal demitir alguém apenas porque expôs uma opinião? Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?".

Pois é. O problema é que José Serra nunca aceita uma opinião diferente. Principalmente em um jornal que confessa fazer campanha para ele.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Por mais critério com o passado

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Se tem uma coisa que eu sempre vi (e vejo) com ressalvas é o saudosismo exagerado no futebol. Já repararam como todo jogador dos anos 60 e 70 era "um cracaço, sabia o que fazer com a bola", todas as Copas pré-1986 foram "Copas de verdade, não essa coisa mixuruca de hoje", todos os campeonatos daqui eram muito mais emocionantes e tecnicamente superiores aos dos dias atuais?

E quando sai alguma notícia que algum jogador do passado está em mau momento financeiro? "Isso é um absurdo, o Brasil é um país sem memória, nossos craques são desprezados", e por aí vai; mesmo que o sujeito tenha sido um perna-de-pau, é alçado para a condição de "craque", apenas por ter pertencido à outras épocas.

Ter um pouco de "memória positiva" é algo inevitável e, cá entre nós, até um pouco positivo. É divertido lembrar das coisas do passado, e quando o fazemos nesse tom tão idealizado, é porque transferimos a elas lembranças da nossa própria vida, revivemos, por instantes, as emoções que passamos quando do tempo original dos acontecimentos.

Pois bem: aí eu ouço na Rádio Bandeirantes que o Palmeiras fez esses dias uma festona para homenagear seus ex-jogadores. Milton Neves, como lhe é peculiar, derrama elogios e mais elogios à iniciativa alviverde - e amaldiçoa o São Paulo que, segundo ele, fazia coisa parecida e deixou de fazê-lo há alguns anos.

Então são anunciados os atletas homenageados: Dudu, Ademir da Guia, César Maluco, Edmundo, Evair e... Alexandre Rosa, Índio e Magrão. Opa! Peraí! Esses três últimos eu vi jogar!

Alexandre Rosa não foi nada mais do que um zagueiro bem dos limitados, que nunca conseguiu se firmar de vez entre os titulares do Palmeiras. Já Índio foi meio vitalício na lateral-direita do Santos no início dos anos 1990, deixou o Peixe quando vivia seu melhor momento na Vila, até falando em seleção brasileira, mas no Palmeiras nunca fez nada que prestasse e sua passagem no Parque Antarctica foi curtíssima. E Magrão (o centroavante, não confundir com o volante) foi revelado pelo próprio Palmeiras, arrebentou nas seleções de base, mas, quando colocado para jogar no time titular, era mais xingado do que alvo de elogios.

Mas aí os três compartilharam da festa junto com os outros ídolos mencionados. E certamente estiveram lá outros ex-jogadores de tanto "gabarito" quanto Rosa, Índio e Magrão e que, ao menos por uma noite, foram equiparados a craques de verdade.

Não sei, sinceramente, qual foi o critério do Palmeiras para definir quem merecia ou não a homenagem. E acho que também nem cabem tantas críticas quanto a isso - o clube faz festa para quem quer, e ficar marcando em cima disso pode soar uma picuinha das mais chatas.

Os alertas que ficam são dois, na minha opinião. O primeiro é que jornalistas, historiadores e torcedores em geral precisam ter um pouco mais de critério na hora de elencarmos as virtudes do passado. Afinal, se o Palmeiras conseguiu colocar numa mesma cesta Índio e Magrão e Edmundo e Evair, pode-se também cometer erro similar na hora de falar dos "craques" de outrora.

E o segundo é: palmeirenses, preparem-se. Porque pela lógica mostrada agora, Maurício Ramos, Martinez e Élder Granja poderão estar numa lista de "craques históricos do Verdão" daqui a uns 10, 15 anos. Que acham?

José Serra, o careca que manda cortar cabeças

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Todo jornalista que trabalha ou trabalhou em São Paulo já ouviu histórias sobre o fascista José Serra ter mandando demitir ou "botar na geladeira" profissionais que o desagradaram. Reza a lenda que ele telefona direto para o dono do meio de comunicação e pede a cabeça do jornalista, no que, muitas vezes, é atendido. São diversos casos ao longo dos anos, mas não é preciso ir muito longe: recentemente, repercutiram muito mal os afastamentos de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli da TV Cultura, emissora estatal controlada pelo governo tucano em São Paulo, via Fundação Padre Anchieta. Ambos "ousaram" mexer na ferida dos pedágios absurdos cobrados pelas concessionárias paulistas - e se deram mal.

Agora, nova demonstração da truculência serrista: depois de publicar um artigo defendendo o programa Bolsa Família, do governo Lula (veja íntegra do texto abaixo), a psicanalista Maria Rita Kehl, que há poucos dias ganhou o prêmio Jabuti na categoria "Educação, psicologia e psicanálise" (com o livro "O tempo e o cão"), foi demitida pelo jornal O Estado de S.Paulo. Uma decisão, no mínimo, suspeita. Mas, para os que sabem do que José Serra é capaz, não menos que previsível. E depois culpam o Lula por reclamar e tentar "tolher" a imprensa. Uma imprensa golpista, diga-se de passagem. Mas vamos ao artigo de Maria Rita Kehl, pois agora, mais do que nunca, é preciso ecoar a voz dessa corajosa e consciente brasileira:

DOIS PESOS…

Maria Rita Kehl

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família.

Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria?

Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer.

O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema.

Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País.

Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Da cerveja ao Diempax e ao Kilindrox

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Fuçando pela inFernet, encontrei um áudio curioso, de fita K-7, com o Raul Seixas e o Paulo Coelho enviando uma música para a Rita Lee gravar - o que ela de fato faria, no LP "Entradas e bandeiras", de 1976. Raul parece meio "alegre" ao apresentar a canção "Bruxa amarela". E é aí que Paulo Coelho entrega: "Raul tá tomando uma cerveja, a fita fica mais gostosa assim. Fica mais cotidiana", brinca o hoje escritor. Ouça, por volta de 01:06, no vídeo abaixo:



A manguaça do Raul acabou entrando na letra: "Acabei de tomar minha cerveja/ Minha comida ainda está quente sobre a mesa/ Duas horas da manhã eu abro a minha janela/ E vejo a bruxa cruzando a grande lua amarela/ E vou dormir quase em paz". Ouçam a versão gravada por Rita Lee e banda Tutti Frutti:



Doze anos mais tarde, após uma de suas inúmeras internações por problemas decorrentes do alcoolismo (que o mataria em 1989), o próprio Raul decidiu modificar a letra e gravar, incluindo o nome dos remédios que tomava, e a rebatizou como "Check up": "Acabei de tomar meu Diempax/ Meu Valium 10 e outras pílulas mais/ Duas horas da manhã, recebo 'nos peito' um Triptanol 25/ E vou dormir quase em paz". Mas essa versão acabou censurada. Ouçam:



No "jeitinho brasileiro", Raulzito mudou a letra para "Acabei de tomar meu Kilindrox/ Meu Discomel e outras pílulas mais/ Duas horas da manhã/ Recebo 'nos peito' um Ploct Plux 25/ E vou dormir quase em paz". E a música ressurgiu, finalmente, no LP "A Pedra do Gênesis", seu último trabalho solo:

segunda-feira, outubro 04, 2010

Bolão dos deputados - resultado corrigido!

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Os apostadores Moacyr Lopes e Guilherme Cunha são os ganhadores do bolão do Futepoca sobre os 10 candidatos a deputado federal mais votados em São Paulo.

Ambos somaram 10 pontos. Moacyr cravou a posição de Tiririca (PR) e Paulinho da Força (PDT), respectivamente primeiro e quinto colocados; e acertou também ao mencionar Paulo Maluf (PP), Gabriel Chalita (PSB), Emanuel Fernandes (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM).

Já Guilherme chegou aos 10 pontos da seguinte forma: seis pelos acertos precisos de Tiririca e Emanuel e mais quatro pela inclusão de Paulinho da Força, Paulo Maluf, Chalita e Bruna Furlan (PSDB).

O vice-campeão "isolado" foi Luis Augusto Símon, com apenas um ponto a menos que os vencedores. Simon acertou a posição de Tiririca e João Paulo Cunha (PT) e pontuou também com a citação de Maluf, Emanuel e Gabriel Chalita.

Em tempo: o Futepoca adotou como critério, para o bolão, a lista "crua" dos votos, independentemente do candidato ter pendências judiciais ou não. Ou seja: na votação pura e simples, Paulo Maluf pega o terceiro lugar e exclui Luiza Erundina do "top 10".

Segue a lista, para conferência:

1- Tiririca (PR), 1.353.820 votos
2- Gabriel Chalita (PSB), 560.022
3- Maluf (PP), 497.203
4- Bruna Furlan (PSDB), 270.661
5- Paulinho da Força (PDT), 267.208
6- João Paulo Cunha (PT), 267.208
7- Jilmar Tatto (PT), 250.467
8- Rodrigo Garcia (DEM), 226.073
9- Emanuel Fernandes (PSDB), 218.789
10- Zarattini (PT), 216.403

Post atualizado às 17h17 do dia 05/10; por lambança deste que vos escreve, as apostas de Moacyr não haviam sido contabilizadas. Pedimos desculpas pelo erro.

Quem te viu, quem te vê

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O ainda senador Arthur Virgílio (PSDB), que durante a campanha pela reeleição mudou para Artur Neto (e escondeu de leve o partido), mudou um pouco sua visão a respeito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De furioso opositor, que durante a crise de 2005 declarou que “Lula ou é corrupto ou idiota” e ameaçou bater no presidente, o agora derrotado praticamente convidou Lula para “tomar uma cachaça”. O que não faz uma derrota... Veja o vídeo abaixo:

Nem a pau, Juvenal!

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Alguém pode me explicar o que é o Paulo César Carpegiani ressuscitado no São Paulo dez anos depois?

Entre mortos e feridos

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Bebo para lamentar a eleição de Geraldo Alckmin, que somará, ao final de seu mandato, 20 anos de PSDB em São Paulo - e 32 se considerarmos que é o mesmo grupo político que tomou o poder em 1982, com a eleição de Franco Montoro. Lamento ainda a eleição de Aloysio Nunes Ferreira para o Senado. Mil vezes Netinho!

E brindo as reprovações, nas urnas, de Heráclito Fortes, Arthur Virgílio, Marco Maciel e Tasso Jereissati. Para os tucaninhos que hoje estão alvoroçados com a passagem de José Serra para o segundo turno, ofereço uma canção de Chico Buarque, no vídeo abaixo. Saúde!

Difícil evitar a mesmice

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Fui à Vila Belmiro e assisti ao Santos 1x1 Palmeiras do sábado. E até tive tempo para escrever a respeito, fazer aquela resenha habitual pós-jogo que publicamos aqui no Futepoca.

Mas aí... seria difícil escrever algo diferente do que tenho falado quanto aos últimos jogos. Não dá pra não dizer que esse time do Santos é comum, e o quanto isso é frustrante, dado ao sensacional primeiro semestre e a uma Libertadores da América que temos a disputar no próximo ano.

Então, para não ficar na mesma, seguem os melhores momentos do jogo, e as análises eu deixo para vocês.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Nova derrota com velhos problemas

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Quando liguei a TV ontem, Rogério Ceni estava cobrando o pênalti que diminuía para 2 a 1 a vantagem do Grêmio sobre o São Paulo, no estádio Olímpico, no finzinho do primeiro tempo. Não vi o lance da penalidade, mas dizem que o sãopaulino se jogou e o árbitro caiu na dele. Os dois gols do Grêmio foram do ex-tricolor André Lima, em lances de bola alçada na área - um velho problema da atabalhoada defesa (defesa?) do time paulista. No segundo tempo, Sérgio Baresi fez sua substituição padrão, colocando Cleber Santana em campo e tirando o (nulo) Carleto.

Para surpresa geral, logo aos 6 minutos, Marlos pegou uma bola na lateral esquerda do Grêmio e foi conduzindo até a meia lua, de onde disparou um tiro certeiro, que entrou no canto do bom goleiro Vítor: 2 a 2. Aí o Grêmio foi pra cima com tudo e o gol foi só questão de tempo. Porém, quando o jogo ainda estava empatado, Richarlyson levou um pisão assassino na canela (acho que de Edmílson) e o juiz nem cartão deu. Isso poderia ter mudado a história da partida.

Mas, pra não variar, o São Paulo tomou mais dois gols, em falhas de Cleber Santana, que fez pênalti bobo, e de Rogério Ceni, que tentou encaixar uma bola na pequena área e soltou grotescamente no pé do adversário. Falha também de Sérgio Baresi, que mandou Dagoberto aquecer aos 20 da segunda etapa e não o colocou em campo, diante de um Ricardo Oliveira apático, que conseguiu errar bisonhamente o pouco que tentou. O 4 a 2 foi justo. E o São Paulo segue tabela abaixo.