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sábado, outubro 11, 2008

Os efeitos da crise no andar de baixo e no mundo da bola

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Conversando com um taxista no centro da capital paulista, pude perceber que os primeiros efeitos da crise mundial já começaram a atingir o andar de baixo da estrutura social brasileira. Calma, não estou falando de um efeito dominó da quebradeira estadunidense ou de consequências macro-econômicas para o país, mas sim do que vem acontecendo com o pessoal que trabalha junto à Bovespa, prédio localizado na rua XV de Novembro, na região central paulistana.

Com a histeria e a depressão (emocional e financeira) dos homens de terno da Bolsa, começaram a haver cortes de funcionários no local em que se grita mais do que em estádio de futebol. E, pelo relato do condutor, os primeiros atingidos foram os ascensoristas. Agora, o pessoal engravatado tem que apertar o botão do elevador se quiser se locomover dentro do edifício. Esse esforço hercúleo é recompensado com a economia de custos, obviamente.

Outro efeito foi a suspensão do convênio - em geral informal - com os taxistas locais. O motorista contou que a cada 15 dias o pessoal do ponto levava os recibos para receber o dinheiro das viagens de táxi do pessoal da Bolsa. Mas isso acabou sendo suspenso. Quem quiser pegar táxi, que tire do próprio bolso. De fato, consequências funestas para o bem-estar dos convivas da Bovespa.

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Mas a crise também gerou problemas (ou justificativas) no futebol brasileiro. No Botafogo  , por exemplo,  os salários estão atrasados dois meses, assim como uma premiação de R$ 150 mil pelo time ter entrado no G-4 a certa altura do campeonato. Mas, por conta da crise financeira dos EUA o clube aguarda que a situação se estabilize, para evitar que na hora de captar dinheiro no mercado financeiro sejam aplicados juros muito altos.

Já no Atlético (MG), a culpa por salários em atraso também cai nas costas da crise mundial. De acordo com Antônio Silva Passos, vice-presidente do conselho deliberativo, o clube tem a documentação pronta e assinada para obter recursos e saldar seus compromissos com jogadores e funcionários, mas, por causa da quebradeira estadunidense, os "bancos não querem ceder dinheiro. Infelizmente, numa hora muito ruim. A folha de pagamento quando pega um, pega todo mundo". Segundo ele,  "tem alguns atleticanos que estão doando cestas básicas [para os funcionários]. Eles estão recebendo pelo menos o necessário." E a culpa é da crise.... 
 

3 comentários:

Daniel Pearl Bezerra disse...

Companheiro GLAUCO, gostaria do apoio na divulgação do novo vídeo: “KASSAB, O PIOR”. Imperdível. Liberado para publicação no seu blog. O endereço no Yuo Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=7q10XoKM15w
Um abraço, Daniel – editor do Desabafo Brasil:
http://desabafopais.blogspot.com/

Marcão disse...

Tá demorando pra alguém botar a culpa no Lula...

Anselmo disse...

Pra chegar à área do pregao da Bovespa, tudo bem, é no térreo mesmo. o problema vai ser o congestionamento pra acessar os restaurantes do prédio. vão gastar dedo.

mas a bovespa provavelmente já devia estar planejando isso há algum tempo.