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segunda-feira, novembro 17, 2008

Cariocas decidem Brasileirão 2008

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Pois é, chegamos naquele ponto do Campeonato Brasileiro em que já é possível afirmar, sem qualquer intenção de arrogância ou empáfia, que o São Paulo só perde o título para ele mesmo. E é aí que mora o perigo. Além de ter o Grêmio fungando no cangote, com dois pontos a menos, o Tricolor vai enfrentar duas pedreiras nas próximas rodadas: o Vasco, em São Januário, e o Fluminense, no Morumbi. Tudo bem que os dois times são fracos e que, por isso mesmo, continuam ameaçados de rebaixamento. Mas esse é o principal problema: as partidas contra o São Paulo serão o "tudo ou nada" para os cariocas, a última oportunidade de "dar o sangue" e permanecer na Série A.

Depois de ser goleado pelo Atlético-MG, o Vasco promete força total, em casa, contra os paulistas. Não podemos esquecer o campeonato de 2004, quando o Atlético-PR liderava a poucas rodadas do fim e perdeu uma partida teoricamente fácil contra os mesmos vascaínos justamente em São Januário, o que possibilitou a arrancada - e o título - do Santos. Já o Fluminense, apesar de embalado pela vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pode muito bem perder em Porto Alegre para o Internacional e, da mesma forma, se ver obrigado a derrotar o São Paulo de qualquer maneira.

No mais, acho que o Grêmio tem uma seqüência menos complicada. Enfrenta Vitória e Ipatinga fora e encerra contra o Atlético-MG em casa. O Vitória poderia até complicar, mas não vem assustando ninguém (nos últimos quatro jogos, um empate e três derrotas). Como está numa posição intermediária na tabela (11º), briga, no máximo, pela Sul-Americana. Para mim, dá Grêmio. Já o Ipatinga, último colocado e virtualmente rebaixado, será presa fácil - ou uma zebra improvável. E o Atlético-MG, que hoje é o 10º, também chegará na última rodada sem qualquer pretensão. Acho que o Grêmio vence os três.

Não quero desmerecer Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, pois todos ainda têm chances. O Palmeiras tem totais condições de vencer as três últimas partidas (Ipatinga, Vitória e Botafogo) e o Flamengo também (Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR). Porém, acho que a briga será mesmo entre gremistas e são-paulinos. E um empate ou uma derrota do São Paulo nos dois confrontos contra Vasco e Fluminense poderá garantir, de bandeja, o tricampeonato do Grêmio. Convenhamos que é uma pressão considerável. Alguém discorda?

sexta-feira, novembro 07, 2008

"Estrelas alternativas", ou "A arte da auto-depreciação"

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Li no UOL Esporte que o São Caetano, para comemorar seus 20 anos, anunciou mudanças em seu distintivo e mascote. Sai o simpático Azulão e entra um pássaro metido a briguento. Até aí tudo bem. A principal alteração está no distintivo: agora, acima do já tradicional escudo do clube do ABC, estarão três estrelas prateadas. Uma, a maior, simbolizará o título paulista de 2004, enquanto as menores servirão para a conquista do Paulista da A2 de 2000 e para os títulos da A3 de 1991 e 1998 (uma para as duas taças).

Só eu ou a vocês também causa uma baita estranheza ver um time que passou muito, muito perto de vencer a Libertadores e o Brasileirão ficar colocando estrelinha de divisão inferior na camisa? Me parece um belo tiro no pé, um desmerecimento das próprias possibilidades do clube. Um time que se orgulha de ganhar uma terceira divisão estadual não parece estar tão digno de bater de frente com outros que jamais colocaram os pés nessa competição.

Eu reconheço que os títulos devem ter suas histórias. Lembro de ter acompanhado a trajetória caetanense de 2000, quando o matador do clube era ninguém menos que Túlio Maravilha (ele mesmo). Mas o que acredito é que o São Caetano, se fosse para homenagear aquelas conquistas, deveria tê-lo feito quando ainda era um time pequeno (não que hoje seja "grande", mas é no mínimo médio).

O curioso é ver que o expediente não é único. Há dois outros exemplos de times brasileiros que têm façanhas maiores nos seus currículos mas 'poluem' seus uniformes com estrelas de títulos inferiores.

Um deles é o Atlético-PR. Em 2001, o Furacão foi campeão brasileiro, sendo o segundo clube do seu estado a levantar a taça nacional. Os atleticanos sonhavam com a conquista, entre outras coisas, para poder rivalizar com a estrelinha dourada que os coxa-brancas ostentavam desde 1985.

Levantada a taça, o que a diretoria atleticana decide? Que, além de uma estrelinha dourada, o Atlético traria outra em seu uniforme: uma prateada, simbolizando o título da Série B de 1995. Ou seja: quando o time dá o maior passo de sua história, se insere definitivamente nacional, prepara-se para vôos internacionais, opta por materializar um tempo em que disputava com alguma frequência a Segundona.

E o outro exemplo também é do sul do país. Trata-se do Criciúma. Quem vê o uniforme do clube hoje nota três estrelinhas sobre o distintivo, as três desenhadas da mesma maneira, sem que haja hierarquia sobre elas. Três títulos iguais? Não, de maneira alguma. Uma estrela é para a Copa do Brasil de 1991, outra para o Brasileiro da Série B de 2002 e a terceira para a Série C de 2006.

Pela camisa, sugere-se que o clube dá o mesmo peso de um título nacional, que poucos clubes detêm (vale lembrar que gigantes como Santos, São Paulo, Atlético-MG e Botafogo jamais conquistaram a Copa do Brasil) a uma taça de Série B e, pior, a outra de terceira divisão (!).

Repito que o mais gritante das três histórias é o fato das estrelinhas "menores" terem aparecido nos uniformes após a conquista dos títulos mais importantes. Um clube pequeno, que ostenta uma estrelinha de um título inferior em sua camisa, e que depois ganha um título mais importante, mas opta por homenagear seu passado mantendo a estrelinha inicial, é algo compreensível; agora, um que desmerece seu uniforme adicionando estrelas após ter alcançado vôos maiores, é algo que não consigo entender.

sábado, julho 05, 2008

E a agonia santista continua..

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No fim da tarde desse sábado, entraram na Arena da Baixada dois times pressionados por maus resultados. E quem começou dando as cartas foi o dono da casa. Aos 8 minutos, o gramado irregular acabou ajudando o Atlético a ter uma finalização defendida por Fábio Costa e uma falta próxima à área. O Furacão dominava a partida e chegava com perigo pelos lados, enquanto o Santos insistia pela esquerda, com Wesley isolado e sendo forçado a tentar jogadas individuais. Aliás, se todo santista tem saudade de Robinho por aquele lado esquerdo, senti falta também do lateral Léo, que apoiava constantemente o ataque e com suas idas à linha de fundo e lances na diagonal facilitava e muito a vida do Rei das Pedaladas.

Mas, a partir dos 30 minutos, o jogo mudou. Apareceu a mão de Cuca, perceptível pelas jogadas ensaiadas em bola parada, que levaram o Alvinegro a fazer uma verdadeira blitz na área paranaense. Escanteios sucessivos resultaram em um chute perigoso de Kléber Pereira e uma bola na trave em cabeçada de Marcelo. Apodi ainda finalizou com perigo em arrancada pela direita.

O Peixe, antes desencontrado na defesa, com dificuldades de saída de bola no meio e sem aproximações entre os atletas no campo adversário, passou a dominar, e até o fim do primeiro tempo o Atlético não levou mais perigo ao gol de Fábio Costa.

O início da segunda etapa lembrou o começo do jogo. Roberto Fernandes colocou Fahel no lugar de Irênio, liberando Alan Bahia para chegar mais ao ataque. E foi ele quem finalizou uma bola no travessão logo aos 2 minutos, depois de ver o arqueiro peixeiro adiantado. O Atlético foi pra cima, utilizando principalmente o bom ala Nei, mas não criou grandes oportunidades. Cuca promoveu a entrada do estreante Michael Leite (ex-Santo André) e Adoniran, respectivamente no lugar de Wesley e Rodrigo Souto. Aos 23, abriu mão do esquema 3-5-2, tirando Domingos e colocando o meia Molina. Com uma equipe mais ofensiva, um minuto depois Kléber Pereira cabeceia em jogada do colombiano e quase abre o placar. 

Justamente quando retomava o domínio, o Santos tomou o gol. Na seqüência de uma “linha burra” mal feita, Nei cruza e Marcelo, que marcava Alan Bahia, olha pra bola e deixa o capitão atleticano sozinho para fuzilar de cabeça Fábio Costa. O Peixe pressionou, mas Galatto assegurou a vitória em três defesas sensacionais, um chute de Molina, outro de Kléber e uma cabeçada de Tiago Luís. Mas não adiantou. De acordo com os jogos do domingo, o Santos pode terminar a nona rodada na lanterna do Brasileirão.

A chance em casa

Se serve de consolo para o santista, a equipe apresentou evolução e, sob certo ponto de vista, o empate talvez fosse mais justo. Agora, a tabela reserva duas partidas na Vila Belmiro na próxima semana, o Alvinegro pega o Grêmio na quarta e o Botafogo no domingo. Nas nove rodadas até agora do campeonato, o Santos disputou seis partidas fora de casa, sendo duas contra candidatos ao título: Flamengo (o Peixe usou o time reserva) e Cruzeiro. Dos três confrontos na Vila, um deles foi um clássico, contra o São Paulo. A tabela daqui pra frente pode até ser menos cruel, mas enquanto não vier a vitória, Cuca e a torcida continuarão agoniados. 

segunda-feira, junho 30, 2008

Filho de Garrincha visita o Brasil a convite de bar temático e não perde a chance de criticar Dunga

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Ulf (centro) com Magrão, um quadro com imagens do pai e garrafas no bar O Torto, em Curitiba (a foto é de Rodolfo Bührer, da Gazeta do Povo)

Aos 47 anos, o sueco Ulf Lindiberg Henrik já viveu quase o mesmo tanto que seu pai, o brasileiro (mais brasileiro, impossível) Manoel dos Santos (foto abaixo), o gênio do futebol Garrincha (1933-1983), morto precocemente por problemas de saúde causados pelo alcoolismo crônico. Ironicamente, o "herdeiro" europeu veio ao Brasil, desta vez, a convite de Arlindo Ventura, o Magrão, dono do bar temático O Torto, em Curitiba (PR). Ulf aproveitou para assistir o clássico Atlético-PR x Coritiba, na Arena da Baixada. Na oportunidade, espetou o técnico da seleção canarinho: "-Um time com Ronaldinho, Ronaldo, Kaká... tem de atuar sempre para a frente. Não dá para pôr apenas jogadores para destruir. Definitivamente, não gosto de Dunga".

A corneta de Ulf não significa nada, mas não custa lembrar o quanto seu pai trabalhou (e bem) pela seleção brasileira: foram 60 jogos, 17 gols, inúmeras assistências, três Copas disputadas e duas conquistadas, com participação crucial na Suécia e atuação de protagonista no Chile (abaixo, sete mexicanos tentando marcá-lo em 1962). Com ele em campo, o Brasil perdeu uma única vez, na Copa de 1966, em Liverpool, para a Hungria (3 a 1). De resto, foram fantásticas 52 vitórias e apenas 7 empates. Jogando ao lado de Pelé, nunca perdeu. "Entendo o interesse das pessoas pelo meu pai. Garrincha não foi tão mostrado na TV como Pelé. Pelé foi grande, mas tinha muita mídia. Muita gente que viu os dois diz que Garrincha foi melhor", exagera Ulf. Mas que a memória de Garrincha merecia um pouco mais de atenção nesse país, não resta dúvida. Quando Ulf visitou o Brasil pela primeira vez, em 2005, encontrou apenas um vaso velho com flores secas no modestíssimo túmulo do pai no Cemitério de Raiz da Serra, distrito de Magé (RJ), vizinho a Pau Grande. A precária pedra de mármore que cobre a terra foi comprada pelo ex-jogador Nilton Santos.

Em tempo: muita gente crê que Mané Garrincha gerou um filho na Suécia durante a Copa de 1958, mas não é verdade. A mãe de Ulf engravidou em maio de 1959, durante uma excursão do Botafogo àquele país. O menino nasceu no ano seguinte, foi abandonado pela mãe e adotado aos nove meses. A família adotiva revelou o nome de seu pai quando ele tinha oito anos. O teste que comprovou a paternidade foi realizado apenas em 1998. O sueco sempre quis conhecer o pai e teve uma oportunidade em 1978, mas não conseguiu fazer a viagem. Cinco anos depois, Garrincha perdeu a última batalha contra o álcool e acabou com as chances de um encontro. O ex-jogador teve 15 filhos reconhecidos, sendo 12 mulheres e três homens (acima, com Nenem, filho que jogou pelo Fluminense e faleceu em acidente automobilístico em 1992, aos 33 anos, quando estava no Belenenses, em Portugal). O outro filho, Garrinchinha, que teve com a cantora Elza Soares, morreu igualmente em acidente de carro, aos 10 anos, em 1986. Tereza e Edenir, as mais velhas do casamento com Nair, também já faleceram. Estão vivos, além de Ulf: Marinete, Juraciara, Denízia, Maria Cecília (à esquerda), Terezinha e Cintia (também filhas de Nair), Rosângela (filha de Alcina), Márcia (irmã de Nenem, filha de Iraci) e Lívia (filha de Vanderléa, ex-mulher do falecido jogador Jorginho Carvoeiro).

segunda-feira, junho 02, 2008

Goleada no Palestra: 1 a 0 contra o Atlético-PR

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Divulgação/Palmeiras

Em outros tempos, inventaram uma certa síndrome do Palestra Itália. Uma ziguezira qualquer que impedia os palmeirenses de aguardarem confiantes as partidas do time em casa. Isso é passado. Mas também não vamos dizer que seja certeza de vitória. O 1 x 0 contra o Atlético-PR, com gol de Alex Mineiro, foi esse tipo de partida.

Sem perder em casa desde fevereiro, o alviverde contou com o anulamento de um gol por impedimento inexistente contra os paranaenses para levar a melhor. Quando deu-se o tento anulado, aos 19 do primeiro tempo, o placar não havia sido aberto (que passe!).

O gol palmeirense só saiu aos 10 da etapa final, numa sobra de dividida (ou teria sido um toque preciso?) de Diego Souza dentro da área. Marcos ainda salvou o time num lance cara-a-cara com Wallyson. Para santo da camisa 12, escapou do sufoco, mas não pode seguir vacilando.

Os primeiros 10 minutos foram de pressão intensa do Palmeiras, incluindo um milagre do goleiro Vinícius. Depois, o jogo se equilibrou. No segundo tempo, o volante Jumar, ex-Paraná, entrou apavorando, perdeu dois gols por excesso de individualismo. Queria virar personagem do jogo.

Kléber, o violento desgovernado, foi expulso faltando dois minutos para acabar. Uma tesoura desnecessária no campo de ataque. Alex Fraga, zagueiro do rubronegro, também foi para o chuveiro mais cedo, só que bem antes, logo depois do gol.

Diego Souza, de volta depois de suspensão de três partidas, entrou na vaga deixada pelo suspenso Valdívia. Participou, chutou, cabeceou, mas não fez gol. Denílson entrou avançado e, em alguns lances, parece que o time joga mesmo com três atacantes. Não sei quem é titular, mas acho que o veterano vai para o banco.

Luxemburgo gostou do time, mas não da torcida. Segundo ele, "É normal eu ter proposta e analisar". A referência é a uma suposta proposta do hexa campeão francês Lyon que motivou gritos de "mercenário" para o técnico que zela (cê acha, velho?) pelo cumprimento de seus contratos. Pra mim, ele só quer valorizar seu passe, antes que qualquer coro de descontentes aumente. Com um técnico de meio milhão ao mês como Luxemburgo, a cobrança vai sempre ser elevada.

A torcida anda insatisfeita é com o preço do ingresso. Pelo menos parte dela. O valor do bilhete havia aumentado 100% depois do título paulista, para 40 pilas. Depois da chiadeira – com estádio lotado – caiu para R$ 30.

Diego Cavallieri
O goleiro reserva Diego Cavallieri deve ser a arma do Palmeiras para fazer algum caixa no meio do ano. Pelo menos é o que indicam as especulações. O banco de luxo foi para a Itália regularizar seu passaporte europeu para poder jogar sem contar como estrangeiro.

segunda-feira, maio 26, 2008

Com pênalti perdido, empate com a Lusa

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"Se nóis tirá em úrtimo lugar
A culpa é do ténico que não sabe orientar
"
"Time perna-de-pau", Vicente Amar


Foi um empate. E Vanderlei Luxemburgo saiu atirando contra seus comandados. Disse, na entrevista coletiva que não gostou de ver tentativas de jogadas de efeito. Alex Mineiro perdeu pênalti ainda no primeiro tempo, aos 32, quando já estava 1 a 0. Sete minutos antes do gol de David, o Verdão teve um tento anulado por impedimento.

Anulado mesmo foi o segundo tempo da representação palestrina. A Lusa de Benazzi acordou e se mostrou diferente do time. O Palmeiras não conseguiu pressionar a valer mesmo com a saída de um volante para entrar um atacante (Martinez por Kléber). Ficou 1 a 1 no Pacaembu. Para Marcos, o Goleiro, pelo que a Portuguesa fez na segunda etapa, o empate não foi tão trágico.

Pelo prisma da tabela, do campeonato e do time que deveria estar jogando mais, é bem ruim.

Élder Granja, substituído pelo lateral ex-Mirassol Fabinho Capixaba, talvez precise ficar esperto. Kléber, que voltou ao banco de reservas e até entrou em campo, também. É que o centroavante dos cotovelos e carrinhos de vontade (maldade?) excessiva pode facilmente virar pára-raios da ira do treinador que privatiza os méritos e socializa a estupidez.

No tribunal
Com um olho no Atlético-PR no domingo, sem ter rivais na Libertadores para secar, o resto das atenções vão ao julgamento do caso do gás de pimenta na semi-final do Paulista, na partida contra o São Paulo. O Palmeiras pode receber uma multa de até R$ 200 mil e ficar de um a dez jogos se mando. Só no próximo paulistão.

terça-feira, maio 20, 2008

Quatro técnicos já mudaram de camisa no Brasileirão

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Em duas rodadas, quatro técnicos já mudaram de time no Campeonato Brasileiro.

Gallo assumiu no lugar de Geninho no Atlético, Ney Franco caiu no Atlético (PR), que já contratou Roberto Fernandes, que estava no líder Náutico.

Nisso, uma curiosidade: a torcida do Atlético não poderá xingar o técnico por causa da coincidência do nome. Já pensou a Galoucura cantando "Fora, Galooooo"... Ou o Movimento 105 gritando 1, 2, 3, 4, 5 mil, que o Gallo vá para a p.q.pariu.

Se der errado a aposta da diretoria, os torcedores terão de usar o corinho de "burro", com que brindavam Geninho a cada substituição depois de perder o Mineiro por 5 a 0 e cair na Copa do Brasil...

Nas mudanças, destaque também para a ambição dos técnicos: Gallo vinha de boa campanha no Figueirense, com 4 pontos conquistados, título no catarinense etc... Foi só receber uma proposta de time maior e caiu fora...

Roberto Fernandes também levou um time nordestino pela primeira vez à liderança do Brasileiro de pontos corridos, mas "puxou o carro" ao primeiro aceno de um time um pouco maior...

É da vida, mas nessa história os times não podem reclamar porque são abandonados a qualquer momento (porque também demitem a qualquer derrota) e os técnicos saem ao primeiro aceno de um pouquinho mais de grana ou de suposto prestígio.

segunda-feira, maio 19, 2008

Meninos bem na fita e a arbitragem bêbada

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Rubens Chiri/SPFC

O time reserva do São Paulo foi até a Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense. Eu, a imprensa, a torcida do Flamengo e o Muricy esperávamos uma derrota, mais ou menos fragorosa. O que veio foi um bom empate, que até merecia ser vitória.

O time (Bosco, Bruno, Juninho, Aislan, Éder, Wellington (Rafael), Joílson, Júnior, Alex Cazumba,
Éder Luis (Sérgio Motta), Borges) entrou em campo completamente perdido. Em 10 minutos sofreu umas 5 finalizações e não fez nenhuma. Prenúncio de desastre. A impressão foi parcialmente confirmada aos 15 minutos. O Atlético cobrou um escanteio, a zaga deixou Danilo livre, Bosco saiu para caçar borboletas e o gol saiu. Por mais que o time do Atlético seja ruim, a defesa dava a entender que ia entregar bonito.

Mas não foi isso que aconteceu. O Atlético continuou melhor em todo o primeiro tempo, mas o São Paulo não foi ameaçado de verdade depois do gol. E ainda criou umas chances. No segundo tempo, então, a diferença foi enorme. O Tricolor dominou o jogo e poderia ter vencido, dado o número de boas finalizações (incluindo duas bolas na trave). O gol saiu em uma bela jogada que começou com o júnior Alex Cazumba, passou por Júnior, que cruzou na medida para Éder Luís, que marcou seu primeiro gol pelo time. Até o fim o São Paulo pressionou. Até que um pontinho ficou de bom tamanho pelas circunstâncias.

Além da força inesperada dos reservas do São Paulo, o destaque do jogo foi o árbitro Djalma Beltrami. Errou em tudo. Não olhava os bandeiras, que ficavam uma hora com o braço levantado marcando impedimento, deu um pênalti que não foi em Alex Cazumba, mas voltou atrás uma década depois porque o auxiliar marcou um impedimento que... não existiu! E expulsou o Aislan, direto, por um carrinho até que destrambelhado, mas que não valia um vermelho não. Tem gente que diz que nem falta foi. Enfim, uma lambança. Deve ter rolado uma manguaça antes do jogo, já que o bar do Atlético conseguiu uma liminar para vender cerveja (viva!).

O jogo não serviu de ensaio para a Libertadores, por motivos óbvios. Mas deixou os torcedores mais otimistas em relação ao futuro desse time, que deve ser parcialmente desmontado na janela do meio do ano.

A insurreição começou!

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A Associação de Lojistas da Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, conseguiu vender bebidas alcoólicas ontem, durante a partida contra o São Paulo, amparada numa liminar da Justiça de Curitiba. Resta saber o que a CBF (Confederação Brasileira de Futilidades) vai fazer, já que proibiu esse tipo de comércio em todos os jogos de futebol no País. O árbitro da partida, Djalma Beltrami, disse que anexará na súmula uma cópia da liminar. Luciana Pombo, assessora de comunicação do clube paranaense, já adiantou os contratos de exploração dos bares poderão ser cancelados caso o clube seja punido. Mas a "desobediência civil", ontem, foi o primeiro passo concreto da resistência manguaça! Agora já temos jurisprudência! Cerveja nos estádios já! Para molhar goelas sedentas - e melhorar tantos jogos sofríveis!

domingo, maio 04, 2008

Os campeões do domingo

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Globo Esporte.com


Carioca

O Flamengo superou o Botafogo por 3 a 1 e igualou o Fluminense como maior detentor de títulos do Carioca, 30. De novo, apareceu o dedo do agora ex-treinador do Rubro-Negro Joel Santana, que colocou Obina, autor do gol de empate e também do terceiro. O técnico também promoveu a entrada do renegado Diego Tardelli (na foto, com Obina), que já havia decidido na final da Taça Guanabara e marcou de novo, o segundo que praticamente decidiu a partida e o título. O Botafogo, mais uma vez, ficou no quase... Mas resta a Copa do Brasil.

Mineiro

O estadual mais decidido entre os que ainda não tinham campeão terminou com mais uma vitória do Cruzeiro. O time de azul podia perder por 5 gols de diferença, mas derrotou o Atlético (MG) por 1 a 0. Sem surpresas, Marcelo Moreno marcou e confirmou o que já se sabia.

Gaúcho

Um sonoro atropelo. Foi isso que o Internacional fez contra o Juventude, em um Beira-Rio totalmente colorado, assegurando seu trigésimo oitavo título estadual, três a mais que o rival Grêmio. Se os gaúchos já tinham mostrado poder de reação quando desclassificaram o Paraná na Copa do Brasil (derrota de 2 a 0 na primeira partida e vitória por 5 a 1 na segunda), agora sobraram contra time de Caxias, um 8 a 1 inapelável como diriam os antigos narradores de rádio. E teve até gol de pênalti do arqueiro Clemer. Com Fernandão e um Nilmar que vem se recuperando, o Inter pode formar a dupla de atacantes mais temida em terras tupiniquins.

Paranaense

O Atlético (PR) tentou, fez 2 a 0, mas tomou o gol aos 19 minutos do segundo tempo, cabeçada de Henrique Dias. Fim do sonho do Furacão e o Coxa amplia a vantagem que tinha como maior campeão do estado, agora com 12 títulos a mais que o rival, 32 troféus no total.

Baiano

No quadrangular final, o Vitória da Conquista precisava derrotar o Bahia para ser campeão. Mas perdeu, e por goleada. Já o Tricolor precisava vencer por dois gols a mais do que o Vitória da capital, e os torcedores roeram as unhas até o final, acompanhando o próprio jogo e o adversário. Deu Vitória, 5 a 1 no Itabuna, com o mesmo saldo, mas tendo marcado mais tentos que o Bahia, que derrotou o Vitória da Conquista por 5 a 0. De tirar o fôlego. Festa de Rámon (aquele mesmo) e de Rodrigão (sim, também é aquele), que marcou duas vezes na partida decisiva.

Goiano

E a derrota para o Corinthians na Copa do Brasil abalou o Goiás. Sorte do Itumbiara, de Paulo César Gusmão, que conquistou seu primeiro título no estado, vencendo o clube esmeraldino por 3 a 0. Dois dos gols foram marcados por Basílio, o “Basigol”, como alguns santistas o apelidaram em sua passagem pela Vila Belmiro. E Caio Júnior balança...

Catarinense

No tempo normal, 3 a 1 para o Criciúma no Heriberto Hulse. Com a vitória do Figueirense no primeiro jogo por 1 a 0 (aqui o saldo nas partidas finais não valia), prorrogação. Tomando pressão, o Fiqueira aproveitou um contra-ataque rápido e marcou aos 4 da segunda etapa do tempo extra. E a equipe de Alexandre Gallo assegurou o título. Novamente, o Criciúma perde uma final em casa. No ano passado, também viu o Chapecoense fazer a festa em seu estádio.

segunda-feira, abril 28, 2008

Rápidas dos estaduais

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Fabio Motta/AE


Rio de Janeiro

O garoto botafoguense Eduardo, zagueiro, 19 anos, fez bela jogada, deixou Léo Moura pra trás, invadiu a área e... acertou a trave. Havia dois companheiros entrando no meio da área, mas ele preferiu arriscar um chute que caprichosamente não entrou. Quase foi herói.

Mas, sete minutos depois, o mesmo Eduardo perdeu uma bola no ataque. Diego Tardelli foi lançado e passou para Obina, que definiu em favor do Flamengo. Embora não se possa dizer que ele é culpado pela derrota, não há dúvidas de que o jovem, revelação do Bahia, foi um dos personagens principais na equilibrada partida do Maracanã. Agora o Mengão tem a vantagem do empate. Quarta, o rubro-negro vai com moral pegar o América no México. E o Alvinegro tem uma semana para se preparar.

Foi de se estranhar também o Botafogo entrando de camisa branca, sem qualquer necessidade. O Victor do Blá Blá Gol comentou a respeito.

Mineiro

O resultado da primeira partida da decisão do Mineiro já foi comentada aqui. Vi poucas vezes o Cruzeiro jogar, mas impressiona a velocidade com que faz a transição da defesa para o ataque.

E não é a primeira vez que Geninho toma um “sacode” à frente do Galo, fazendo história de forma negativa. Em 2002, nas quartas-de-final do Brasileiro, ele tomou um 6 a 2 do Corinthians em pleno Mineirão. Mesmo assim foi “prestigiado” pela diretoria atleticana. Porém, no começo do ano seguinte, se transferiu justamente para o Corinthians. Lá, foi campeão paulista mas pediu demissão no Brasileiro, após ver sua equipe ser derrotada por 6 a 1 pelo Juventude.

Gaúcho

O Juventude, do técnico Zetti, venceu por 1 a 0 o Inter, com um gol aos 47 do segundo tempo. Foi a terceira vitória da equipe contra o Colorado. Antes, já desclassificou o Grêmio em pleno Olímpico nas quartas do Gauchão. No Beira-Rio, conseguirá suportar a pressão?

A propósito do futebol gaúcho, o Internacional, que completa cem anos em 2009, vai dar ao seu torcedor a oportunidade de escrever sobre sua paixão pela equipe. Os melhores serão publicados em livro comemorativo. E o parceiro Gerson Sicca, do Limpo no Lance, escreveu um belo texto a respeito. Para ler e votar, clique aqui e digite 358 (o número do texto) no campo “busca”. Vale a pena.

Paraná

Já em Curitiba, o Coxa, de Dorival Júnior, fez dois a zero em cima do Atlético. O Furacão tem que devolver o mesmo placar para forçar uma prorrogação na Arena da Baixada. Se persistir o empate, o campeão será conhecido nos pênaltis.

A nota negativa ficou na arquibancada. Houve invasão de um torcedor do Coritiba no gramado, no intervalo do jogo, e os atleticanos tentaram derrubar o alambrado que dá acesso ao campo.

Catarinense

No Catarinense, o Criciúma tem que devolver a derrota sofrida ontem por 1 a 0, diante do Figueirense do técnico Alexandre Gallo, para levar o confronto à prorrogação. Aqui, tanto faz o saldo de gols das finais. O Castiel, em seu blogue, comenta o primeiro jogo da final.

Bahia

A decisão do campeonato baiano ocorre em um quadrangular e nesse domingo houve mais um Ba-Vi. Ao contrário das três partidas anteriores contra o Tricolor, em que foi derrotado, o Vitória de Vagner Mancini venceu o Bahia por 3 a 0 e assumiu a liderança com a mesma pontuação de seu maior rival, mas com vantagem no número de gols marcados

Goiano

O Itumbiara, de Paulo César Gusmão, venceu o Goiás, de Caio Júnior, por um a zero em casa. O tento saiu dos pés de dois ex-santistas: Caíco lançou para Basílio, que acertou um belo sem-pulo. Devolvendo a derrota no Serra Dourada, o time esmeraldino assegura o título.

sábado, abril 12, 2008

Atlético (PR), rádios e a experiência de Santa Catarina

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Ainda sobre a intenção do Atlético (PR) em cobrar das emissoras de rádio para utilizarem as cabines de transmissão da Arena da Baixada, é bom lembrar que em Santa Catarina já houve um precedente nesse sentido. Porém, com duas diferenças fundamentais: primeiro, os clubes estavam unidos na peleja, não era uma iniciativa individual; segundo, a exigência para o uso de cabines e acesso ao gramado era a inserção de 900 comerciais por clube nos intervalos. Esse termo, na prática uma permuta, facilitava a vida das menores que já têm como prática isso para vender seus espaços de valor reduzido. Já as grandes estariam pagando de forma direta.

Para explicar mais da experiência de Santa Catarina, o Futepoca conversou com o jornalista Marcos Castiel, do blog do Castiel, que faz a cobertura do futebol do estado. Confira abaixo:

Futepoca - Na sua opinião, o que motivou a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina a tentar trocar espaços comerciais em troca do uso das cabines de rádio?

Marcos Castiel - Esta é uma questão comercial, por um lado; um jogo de poder, de outro. A Associação de Clubes antecipa, de forma abrupta, uma questão que será bastante polêmica num futuro próximo. A relação da mídia com os clubes é uma via de mão dupla, as rádios não vivem sem os clubes, os clubes precisam das rádios. Se houver radicalismo, ambos perdem. Em princípio, é uma atitude que prejudica, ou "amarra", as rádios de menor poder aquisitivo e que, num futuro, pode intensificar o monopólio da informação e concentrá-la em mãos de emissoras mais poderosas.

Todos sabemos que em uma Copa do Mundo, por exemplo, a cobertura, no caso da TV, só é feita por quem compra - e por muito dinheiro - a exclusividade no seu país. Ou, no caso das rádios e jornais, por quem já tem tradição na cobertura, que conquistou, no caso das rádios, sua cadeira cativa. No futuro, o acesso também será cobrado. No caso brasileiro, no entanto, o rádio tem um cunho social, já que a característica de nosso torcedor/consumidor é distintinta do europeu.

Portanto, o monopólio nesta área seria, na conjuntura brasileira, um perigo. Do ponto de vista comercial, o valor agregado de uma transmissão esportiva é muito maior que o simples aluguel de uma cabine. Ronaldinho Gaúcho tem o "gordo" de seus proventos na mídia e não no salário. Assim é o retorno para os clubes, com espaços diários nas rádios. Já imaginou se perdessem tal espaço?. Acho que esta medida, em grandes eventos, seria um filtro, por exemplo, na cobertura de uma final. No cotidiano, vai voltar-se contra o clube.

Futepoca - A questão acabou na Justiça. Houve tentativa de acordo entre as partes? Como está a situação hoje?

Castiel - Houve um acordo anterior à Justiça, em que cada grupo encontrou sua solução para o início da competição. Até hoje, é veiculado nas rádios da Capital pequenas inserções de mídia dos clubes. Não sei os detalhes, mas as emissoras menores aceitaram os termos, as de maior porte negociaram uma fórmula de inserção menos abrangente do que a inicialmente proposta. Preciso contatar o corpo jurídico de ambas as partes para saber detalhes da ação para fazer uma resposta mais fundamentada sobre como está a situação hoje. Até onde sei, há uma liminar favorável às emissoras até julgamento do mérito, mas fico devendo uma resposta mais consistente.

Futepoca - Em média, quantas emissoras fazem transmissão dos jogos do Campeonato Catarinense? Que tipo de prejuízo as emissoras menores poderiam ter com a exigência dos clubes?

Castiel - Na Capital, são três emissoras de rádio, duas AM e uma FM. Em Criciúma, três emissoras AM. Em Joinville, duas emissoras AM. Nas demais regiões, em geral, são duas emissoras (Tubarão, Lages, Chapecó, Itajaí). Nos municípios menores, geralmente uma rádio cobre (Ibirama, Jaraguá do Sul etc). O prejuízo não é formal, no momento. A troca é por mídia. No futuro, estas rádios menores, que não puderem pagar, ficariam alijadas da cobertura, assim como seus ouvintes perderiam o democrático poder de escolha.

Futepoca - Houve uma divisão entre as emissoras grandes e as menores?

Castiel - Houve divisão entre as emissoras. Se houvesse união e ninguém transmitisse os jogos, imagine o prejuízo para os clubes em termos de mídia. Mas imediatamente as rádios menores aceitaram as condições. Não sei as condições com precisão no interior, mas, na Capital, Guarujá e CBN/Diário não aceitaram a medida e, por pouco, não transmitiram os jogos da primeira rodada.

Futepoca - Baseado na experiência de Santa Catarina, você acha que a iniciativa do Atlético Paranaense vai ser exitosa?

Castiel - A iniciativa do Atlético é ousada. Nem certa, nem errada, mas radical. Será fruto, com certeza, de iniciativa judicial pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio. E, conforme, o que ficar definido, pode reverter contra o clube em forma de boicote, já que a iniciativa é individual e, não, coletiva, como em SC. Nesse caso, o clube sairia perdendo, e muito, sem sua exposição na mídia em nível nacional.

sexta-feira, abril 11, 2008

Atlético-PR inova mais uma vez...

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... resta saber se pra bem ou pra mal.

Ontem, o rubro-negro do Paraná divulgou para a imprensa que passaria a cobrar das emissoras de rádio interessadas em transmitir jogos do clube na Arena da Baixada. O valor? "Míseros" R$ 15 mil reais por transmissão, a partir da estréia do clube no Campeonato Brasileiro. Para todos os 38 jogos do clube na Série A, os interessados podem fechar um pacote a módicos R$ 456 mil.

A justificativa do clube é essencialmente financeira. Alegam dirigentes do Furacão que as emissoras usam instalações e nome do clube sem dar nenhum retorno em dinheiro - e, se as TVs precisam pagar para transmitir, então o mesmo deveria ser cobrado das emissoras de rádio. Há quem ache que a medida até valorizará o trabalho dos radialistas, já que espantará emissoras menores e, por consequência, trará anúncios mais polpudos às que tiverem condições de bancar a cota estipulada pelo Atlético.

Os radialistas curitibanos, como esperado, rejeitaram a medida. Dizem que o valor é inviável e que, na avaliação deles, o principal prejudicado na história será o torcedor atleticano sem dinheiro para ver o jogo "pessoalmente" ou nos pay-per-views da vida, que ficará sem opções para curtir a partida no seu radinho.

Falando para a Gazeta do Povo, Marcelo Ortiz, da rádio curitibana Banda B, traçou o seguinte paralelo: “pagamos US$ 70 mil dólares (cerca de R$ 118 mil) pelas transmissões da última Copa do Mundo, e foi por toda competição, por um evento e todos os jogos inclusos. Isso pra você ver como está completamente fora de questão esse preço pedido pelo Atlético”.

Vale lembrar que a medida também vale para rádios de outros estados que porventura iriam até a Arena da Baixada para narrar jogos de clubes de suas localidades contra o Atlético-PR.

No Brasil, nenhum clube age dessa forma. E não sei qual o procedimento dos times do exterior para as transmissões radiofônicas.

Confesso que até agora não consegui formar opinião conclusiva sobre o fato. Acho viável o Atlético querer ganhar algum dinheiro em cima das transmissões, tal qual se faz com as TVs - que, lembrando, pagam aos clubes o que é hoje uma das suas principais fontes de renda. Mas o valor é sem-noção demais.

Faço um prognóstico, mais um chute do que qualquer outra coisa. Acredito que o Atlético vai manter a idéia, mas com um valor muito mais camarada do que esse inicialmente proposto. Como toda negociação, aliás.

E se isso vingar, preparem-se para uma avalanche que deve ser repetida por todos os clubes, ao menos os maiores.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Garoto-propaganda inusitado

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(Post totalmente editado após o comentário do Marçal, do Furacão.com. Valeu, Marçal!)

A mais impressionante marca do futebol brasileiro atual é do Atlético-PR. O time conseguiu 12 vitórias consecutivas no Campeonato Paranaense e assim superou recorde histórico obtido em 1949, quando, por isso, o rubro-negro foi apelidado de Furacão. Parabéns à equipe comandada por Ney Franco!

Para falar sobre a histórica sequência de vitórias do Atlético-PR, acessei o site do clube atrás de mais informações. Qual não foi minha surpresa ao deparar com o seguinte banner:


A princípio, achei que o atleta da foto fosse o Dagoberto, atualmente no São Paulo. O atleticano Marçal alertou que não se trata do atacante, mas sim de um modelo contratado pela agência de publicidade responsável pela campanha.

OK, impressão corrigida. Mas ainda assim insisto: o cara parece demais com o Dagoberto, não? E faz sentido um time aprovar um modelo que é a cara de um ex-jogador que teve saída das mais traumáticas do clube? Sei lá.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Qual o pior campeão brasileiro da História?

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E o São Paulo é campeão. Os tricolores estão eufóricos com uma campanha irretocável, uma conquista obtida com antecedência e tranqüilidade incomuns. Alguns times ensaiaram jogar bonito, como o Botafogo e o Cruzeiro, mas não tiveram uma seqüência digna de nota. Sobrou para o pragmático clube do Morumbi que, se não deu show, deu um banho de competência nos adversários.

A dita "ausência de show" é justamente o argumento utilizado por boa parte dos rivais para desmerecer o título sendo que alguns chegaram a dizer – como o comentarista Fernando Calazans – que o São Paulo seria o "pior campeão brasileiro da História". Discordo da tese e acho que quem pensa assim oscila entre a mais pura dor de cotovelo e o desencanto dos que têm saudades de um tempo não tão remoto em que o futebol era mais bem jogado.

Mas a discussão pode gerar celeumas interessantes (ou não). Qual seria o "pior campeão brasileiro da história"? Com uma diversidade de fórmulas que faria corar qualquer literato adepto do realismo fantástico, o Brasileirão teve diversos campeões contestados. Ou por desobedecer um suposto critério de "justiça" ("ah, o campeão deveria ter sido o outro que jogou melhor o tempo todo...") ou porque chegou lá com ajudas extra-campo, ou até mesmo porque não deixaram sequer um atleta na memória do torcedor no ano seguinte. Aqui, uma lista dos campeões mais contestados da história dos 500 anos deste país. Escolha o seu "pior campeão" e dê seu voto na nossa enquete.

O São Paulo de 1977

A equipe não era brilhante e a fórmula do campeonato era esdrúxula. Tanto que o vice, Atlético (MG), perdeu o título sem ter perdido uma partida sequer, assim como o Botafogo, quinto colocado. A decisão foi em partida única, no Mineirão. No tempo normal, Chicão pisa em cima do mineiro Ângelo, já caído, e não é expulso. O São Paulo levou na decisão por pênaltis, com Valdir Peres se adiantando nas cobranças. O árbitro era Arnaldo Cézar Coelho. A regra não parecia muito clara.

O Coritiba de 1985

A gloriosa final do Coxa foi contra o Bangu. Que duelo! Os 20 clubes mais bem colocados num tal ranking da CBF foram reunidos em dois grupos A e B, e o campeão e o vice da Taça de Prata (similar à segunda divisão), mais 22 clubes de 22 estados estavam em outros dois. Todos tratados de forma igual. É como se hoje classificassem times da segunda e terceira divisão para uma fase final. Um espetáculo ímpar.

O Botafogo de 1995

Uma final que relembrava os anos 1960, Santos e Botafogo. Na primeira partida da final, três impedimentos mal marcados impediram que o craque do campeonato, Giovanni, saísse na cara do gol de Wagner. No segundo jogo, um assalto que repercutiu até no exterior, com um gol irregular de Túlio e outro mal anulado de Camanducaia. O ábitro, Márcio Rezende de Freitas, daria uma mão para outro campeão contestado dez anos mais tarde.

O Vasco de 2000

A CBF não podia organizar o campeonato brasileiro e sobrou para o Clube dos 13, outra organização impoluta, tal tarefa. Surgiu a Copa João Havelange, a maior competição das terras tupiniquins, com 116 clubes em uma única divisão. A fórmula era assustadora e não me arriscaria a descrevê-la. São Caetano, vindo direto do que seria a “segunda divisão” chega à final com o Vasco, que nas oitavas desclassificou o Bahia (rebaixado no ano anterior e guindado de volta com o Fluminense), e nas quartas superou o Paraná (outro da “segunda divisão”). A segunda partida da final, disputada em São Januário (como?), teve como coroação um estádio com mais gente do que pdoeria suportar. Grade de arquibanda desabando, gente pisoteada... Punição para o Vasco? Não, o castigo foi ter sido campeão.

O Atlético (PR) de 2001

No ano seguinte à famigerada Copa João Havelange, a decisão foi um confronto com ares épicos entre o campeão e o convidado São Caetano – aliás, o de melhor campanha na primeira fase.. No mata-mata, as quartas e semifinais foram em partida única. A final, ida e volta. Junto do time do ABC, o Paraná e o Botafogo de Ribeirão Preto foram vips. Detalhe: o time que revelou doutor Sócrates e Raí havia sido rebaixado em 1999.

O Corinthians de 2005

Na manhã de domingo, o Internacional, líder do certame, acordava vice. Onze jogos anulados que renderam quatro pontos a mais para o Corinthians. Na partida decisiva contra o Inter, Fábio Costa faz pênalti em Tinga. Márcio Rezende de Freitas (aquele de 1995), não marca e dá o segundo cartão amarelo para o melhor atleta em campo. O título, então sob judice, foi conquistado com uma derrota em que os atletas, perdidos, não sabiam se podiam ou não comemorar de fato.

O São Paulo de 2007

Por mim, não entraria na lista. Mas, pra satisfazer os birrentos e justificar o post, está aqui também. Aparentemente, só se justificaria pela baixa qualidade do nível técnico da competição. Até aí, mais culpa dos outros times do que dele.




VOTE:

terça-feira, outubro 30, 2007

Paúra

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Aloísio Chulapa (foto), mais uma vez, demonstra sua desconcertante sinceridade. Em 2006, depois de recuperar-se de - mais uma - contusão, disse que "se o professor precisar, estou aí pra trombar" (demonstrando absoluta consciência de sua função tática). Agora, o camisa 14 do São Paulo não esconde o receio, ou melhor, medo, de jogar contra seu ex-clube, o Atlético-PR, em Curitiba, na última rodada do Brasileirão deste ano. "Nem eu nem o Dagoberto queremos ir ao jogo contra o Altético na Kyocera Arena. Não dá para ir lá. Se a gente jogar, teremos que correr mais do que os 90 minutos para sair. Pelo que aconteceu, vai ter confusão", confessou Aloísio na edição de hoje do Lance!, referindo-se ao fato de que tanto ele quanto Dagoberto saíram do clube paranaense para o tricolor paulista em turbulentas disputas judiciais. É o tal ditado: quem tem c., tem medo.

segunda-feira, setembro 17, 2007

O ronco e a derrota

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A derrota do Palmeiras contra o Atlético-PR na Arena da Baixada deixou o Verdão fora da área de classificação para a Libertadores, sem a zaga titular – Gustavo e Dininho suspensos – e ainda sem Edmundo, em tratamento de mais cinco semanas por motivo de fratura. Valdívia volta contra o Corinthians, em um jogo encardido. Apesar de acreditar na vitória como é recomendado ao torcedor, a certeza de que clássico é clássico recomenda prudência. Além disso, o Timão (sic) quer vitórias assim para esquecer um pouco a crise da investigação da Polícia Federal sobre a gestão Alberto Dualib e a parceria com a MSI. Aliás, esse princípio seria suficiente para os corintianos também torcerem por uma vitória verde, para que as denúncias não sejam aplacadas por nada e que se vá até o fim, se possível, até a série B para mostrar como Dualib foi ruim.

Feita a introdução propositiva, descrevo a melhor parte do que assisti do jogo.

Domingo que tem almoço na casa dos sogros tem aquela fartura e, dali um pouco, eram 16h. A TV é ligada, canal de cá, canal de lá, meu sogro sintoniza Luciano do Valle com comentários de Neto e Oscar Roberto Godoy. Coragem. O jogo começa, uma cabeçada ameaça o gol de Diego Cavalieri. De resto, caneladas, entradas duras, divididas, chutão. No nível do Campeonato Brasileiro.

Eram jogados uns 15 minutos, as quatro horas de sono na sexta e as cinco no sábado – tudo sem ressaca – começaram a cobrar seu preço pós-almoção.

Os olhos pesam, percebo que vou cochilar em instantes. Não é comum ficar até esse horário nem assistir futebol com ele, então um constrangimento surge por conta disso. Afinal, na primeira partida do lado de um parmeirense do Pari – quase da Mooca – mesmo que ele não siga o padrão torcedor-doente, seria uma lástima, uma derrota para a reputação de qualquer genro bem-intencionado e torcedor do mesmo time.

Aumento a concentração, inspiro profundamente para oxigenar o cérebro e permanecer acordado. Não mexo a cabeça para não evidenciar o sono que eu imaginava estar estampado na testa. Conto até dez.

Antes de chegar ao número nove na minha contagem silenciosa, ouço uma respiração alta. Mais alta: é um ronco. E o áudio do sono vai se aprofundando cada vez mais à vontade.

Eu ainda continha o riso quando saiu o gol de Netinho, em falta cometida por Dininho. A coisa ficou sem graça e fui embora para não correr mais riscos.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Um turno inteiro pela frente

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Os santistas estão esfriando a cabeça. Os corintianos andam de ressaca da comemoração por saírem da zona de rebaixamento. Os são-paulinos, com medo de comemorar e serem achincalhados. E eu, o palmeirense do Futepoca, não vi nada, mantive-me alheio a tudo e juro que não foi cachaça.

Por isso, recorro aos blogues parceiros para fazer a análise da rodada do Brasileiro.

Atlético-MG e Palmeiras
"Sim, foi um sufoco, sofremos perigo e levamos bola na trave. Mas são 3 pontos importantíssimos conquistados no Mineirão", defende o Observatório Verde. Para eles, o 2 a 1 fora de casa se soma aos resultados positivos dora de casa, por isso, "está na hora de insulflar a mística do visitante ladrão de pontos. Esse é o time que não teme ninguém".

Não consultei os atleticanos para saber a respeito de acusações de pênalti não marcado.

Corinthians e Grêmio
A vitória por 2 a 1 de virada garantiu a saída do time paulista "da zona de rebaixamento a tempo do encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro", defende o Retrospecto Corintiano. Como dizem os portugueses: "Ah viva!" O detalhe é que Gustavo Nery fez gol.

São Paulo e Atlético-PR
Como o parceiro tricolor não anda muito atualizado, restou recorrer à imprensa, já que ela é são-paulina mesmo, embora não seja parceira. A voz uníssona foi de que o time fechou como "vencedor" do primeiro turno, uma conquista que valeria menos do que torneio início, não fosse a absoluta falta de times minimamente organizados que assola o campeonato. Os jogadores, bons-moços, não comemoraram o título. Outros autores já manifestaram preocupação com a quase certeza do título do time de Muricy Ramalho.

Minha teoria é de que o objetivo das torcidas adversárias é insuflar a soberba e o salto alto são-paulinos, missão inútil e desnecessária, já que esses atributos aparecem sempre, menos no Futepoca, onde os torcedores do tricolor paulista cansaram de provocações baratas (mas eu não, como se vê).

Fluminense e Santos
O desolado comentário sobre a Portuguesa antecipa os apontamentos. O que se fala por aí é que o tal de Thiago Neves, foi bem e que o tricolor carioca reagiu em termos de campeonato para garantir os 3 a 0, barrando a ascensão santista. Vanderlei Luxemburgo, o técnico que oscila entre os papéis de vilão e coadjuvante nas partidas, espera Petkovic pronto em duas semanas. É o que falta? Dureza.

Mas há um turno inteiro pela frente

domingo, junho 24, 2007

Relutei, não precisava. Fora Caio Jr.

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Os 2 a 0 em pleno Palestra Itália do Atlético Paranaense com a repetição da mesma lenga-lenga de que o time não está tão mal e blá, blá, blá me cansaram. Relutei, não precisava tanto. Mas me contive a aderir a campanha "fora Millhouse", ou melhor, "fora Caio Jr.".

É óbvio que a culpa não é exclusivamente dele. O centro-avante Max, recém-chegado do América-RN foi bem, mas não o suficiente.

Ajuda o mau-humor um fim de semana de trabalho que ainda não acabou.

sexta-feira, junho 22, 2007

Futurologia dos treinadores do Brasileiro

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O poeta Augusto dos Anjos reclamara em certo poema que "um urubu pousou na minha sorte". A tal ave, que no caso não tem nada a ver com o mascote do Flamengo, anda rondando diversos times no Brasileiro e pode acabar ceifando alguns treinadores nas próximas rodadas. De acordo com o nível técnico apresentado na competição, pode ser mais divertido fazer bolões de que técnicos vão cair do que perder tempo adivinhando qual time vai ganhar tal partida. E tem muita gente esperando de camarote a desgraça alheia para voltar. Vamos à futurologia, pois.

O Flamengo está na zona de rebaixamento e o Vasco, com uma partida a mais, está entre os cinco primeiros, embora tudo indique que vá despencar algumas posições nas próximas rodadas. Se um time carioca entra em crise, qual é a solução? Ele mesmo, o da foto, Joel Santana, que, em caso de um resultado catastrófico para um dos dois rivais no clássico de domingo, já pode tirar sua prancheta da gaveta. Se não, ainda vai ter que esperar algumas rodadas.

Já o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians e depois pega uma seqüência em tese mais tranqüila, América (RN) no Palestra Itália e Naútico fora. Mas, para um treinador cambaleante, as partidas fáceis podem ser fatais. Tropeços podem fazer com que Caio Júnior ceda lugar a, quem sabe, Abel Braga, hoje no Marítimo de Portugal. Mas não ficaria desempregado por muito tempo: o carioca em crise que não ficar com Joel, fica com o possível futuro ex-palestrino.

A proximidade da eleição e a falta de contratação que frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo também podem precipitar a saída o técnico do Santos. Ainda mais com o mercado europeu aberto, que tanto seduz o "caipira" (para relembrar termo utilizado pelo não-saudoso FHC). Assim, técnico e clube chegariam a um acordo, resultando em uma bela economia para os cofres da Vila Belmiro. No caso, se a separação não for litigiosa, Luxemburgo poderia indicar seu sucessor. Mas se a saída dele de fato aocntecer, vai ser fruto de conflitos pouco amistosos (não propriamente uma novidade na carreira) e, o mais provável, é que Marcelo Teixeira busque outro nome que tanto lhe apraz. Seria Emérson Leão, hoje desempregado e esperando alguém que lhe pague algo próximo da metade da fábula que ganhava no Corinthians.

Já Muricy Ramalho enfrenta Santos, Flamengo e Corinthians. Grandes partidas, bastante mídia. Fracassos inevitavelmente resultariam na derrubada do técnico, e o curioso é que poderia se inverter uma lógica recente. O Tricolor, que tem derrubado treinadores do Alvinegro paulistano, pode perder o seu justamente após o clássico com sua vítima predileta. Claro, contando também que o Corinthians quebre o tabu contra seu algoz. Seria uma bênção para os corintianos e também para Paulo Autuori, treinador preferido da diretoria sãopaulina.

E existem ainda outros técnicos que podem entrar na dança das cadeiras de outros times. Giba, recém-saído do Sport, e Vadão, que também saiu do Atlético (PR), podem ocupar vagas de outros clubes que já se candidatam ao rebaixamento. Agora, é sentar e torcer.