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domingo, agosto 23, 2009

3 a 3 e mais lambança da arbitragem

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Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.

Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?

Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.

quinta-feira, agosto 06, 2009

O vira-virou tricolor e o jogão de domingo

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Por Moriti Neto

O São Paulo ganhou mais uma. São quatro vitórias seguidas e 27 pontos na tabela. Na noite desta quarta-feira, no Morumbi, a vítima da boa recuperação do time dirigido por Ricardo Gomes foi o Botafogo, que saiu da capital paulista derrotado pelo placar de 3 a 1.

Na primeira etapa, o tricolor não começou bem. Tinha dificuldades para chegar à meta adversária. E não foi injusto o gol de Lúcio Flávio, aos 19 minutos, num belo arremate. O Botafogo marcava forte, tentava usar os contragolpes e merecia o resultado até então. Só que o São Paulo, depois do tento alvinegro, acordou e partiu para cima. Empatou aos 37, de pênalti, sofrido por Hugo, em saída atabalhoada do goleiro Castillo. Jorge Wagner bateu e converteu. A virada veio aos 45, com Washington, depois de arrancada na raça de André Dias – sim, a redonda bateu no braço do são-paulino, mas foi em virtude de uma dividida, uma bola espirrada, o que, na minha visão, não caracteriza falta. Na comemoração, o atacante agradeceu enfaticamente ao zagueiro pelo passe açucarado.



No segundo tempo, os tricolores controlaram as ações e, aos 26, com apenas três toques, a equipe fez o terceiro. O goleiro Denis lançou, Borges desviou e os quase 20 mil torcedores que foram ao estádio viram Dagoberto – será que finalmente o “Dagol”, aquele dos tempos de Atlético Paranaense, está ressurgindo? - tocar com categoria para liquidar a fatura . Ainda teve chute de Hernanes na trave e outros lances de perigo criados pelo “novo esquema bola no chão” dos donos da casa.

O São Paulo, até a conclusão da rodada, com os jogos de hoje, figura na quinta posição do campeonato, ou seja, na briga pela Libertadores. Não é pouco, considerando que há seis partidas estava muito perto da zona da degola. Além disso, quebrou tabus que incomodavam. Emplacou vitórias consecutivas, ganhou como visitante e voltou a jogar bem. Contra o Botafogo, passou por mais uma prova importante: saiu atrás e teve forças para virar. Mas, na verdade, teste mesmo terá no domingo, contra o bom time do Goiás, que foi a 32 pontos, após boa vitória contra o Flamengo, em Goiânia..O jogo será novamente no Morumbi, às 18h30. O tricolor vive boa fase. Os esmeraldinos também. Deve ser um jogão.

Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

domingo, junho 14, 2009

Botafogo 2 X 0 Santos - Dessa vez, o ataque não salvou

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Durante esses dez dias sem jogar, muito se falou do ataque e da defesa do Santos. Na frente, o melhor ataque do campeonato, muitas variações de jogada e atletas que pareciam se entender por música. Atrás, falhas individuais e desentrosamento que comprometiam o sucesso dos avantes, que viam seus esforços caírem por terra por conta do sistema defensivo.

Ontem, o Santos entrou em campo parecendo estar mais preocupado em salvar a honra da sua defesa do que consolidar a boa fama do seu ataque. A equipe não ofereceu perigo ao Botafogo durante toda a partida e o adversário, mesmo tecnicamente inferior e sem oferecer grandes riscos, mereceu a vitória simplesmente porque a procurou.

E olha que a torcida, acostumada a culpar Kléber Pereira por gols perdidos, nem disso pode se queixar. O centroavante, mais que isolado, não teve uma chance clara de gol, voltando todo o tempo para receber a bola que não chegava. Madson parecia sentir as dores musculares que o tiraram dos treinos da semana e pouco produziu. Molina não rendeu, o que, aliás é habitual. Ele finaliza bem de fora da área e também é bom cobrador de bolas paradas. Mas é quase só isso. Pode até definir uma partida em um lance desses, mas a experiência mostra que isso não é a regra.

Porém, o que impressionou ontem foi o desempenho de Paulo Henrique Ganso. E aqui não se trata de cornetar, mas sim de cobrar de um atleta que tem muito potencial, já mais do que provado. Uma coisa é quando um atleta tem um dia ruim e não consegue desenvolver uma jogada boa sequer. Acontece. Outra é quando dá passes de lado, para trás, e não tenta um lance incisivo quando se espera justamente isso dele.



A jogada do primeiro gol do Botafogo se inicia justamente quando Ganso tem a bola na ponta esquerda e, ao invés de tentar um cruzamento ou o drible no defensor, toca para Roberto Brum atrás. O volante perde a bola, o Botafogo avança, e sai o tento. Não sei se o meia peixeiro se impressionou com os elogios e o oba-oba recente, com declarações de Pita, do técnico do Milan Leonardo, e o assédio da mídia. Mas ontem parecia um veterano em campo, correndo pouco, marcando idem, e sem ímpeto para ir em direção ao gol, como ficou evidente, aliás, em uma bola que Léo passou aos 17 do primeiro tempo, quando o lateral tocou para o meia que não se deslocou para receber.

É preciso que Mancini fique atento e não deixe que o excelente meia se torne uma versão alvinegra de Keirrison, do Palmeiras. Até porque, com o elenco que tem, o Peixe não pode se dar a esse luxo. Por enquanto, Ganso tem crédito.

A defesa

Não entendi porque Fábio Costa não tentou pular no chute de Batista. Aliás, novamente, nos únicos lances efetivos do adversário, o goleiro não evitou. Alguém, sinceramente, acha que se o arqueiro fosse o mediano Douglas o resultado teria sido pior? Ainda que se diga que FC não tenha tido culpa, o maior salário do elenco mais uma vez não fez diferença. E teve que contar com a ajuda do desafeto Fabiano Eller para não tomar mais um gol por cobertura.

Fabão, no segundo gol, resvalou na bola que foi parar nos pés de Laio. Ainda que não tivesse participado do lance, o lançamento provavelmente deixaria o atacante do Botafogo em condições de marcar. Ou seja, mais culpa do próprio posicionamento da defesa, típico de time desesperado que vai à frente de qualquer jeito, do que do defensor santista.

terça-feira, maio 19, 2009

Corinthians 0 x 0 Botafogo: ataques não resolvem e Mano ganha problemas de ego para administrar

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Atrasado, escrevo sobre o jogo mais ou menos entre Corinthians e Botafogo, terminado no domingo num opaco 0 x 0. O Timão entrou com seu time titular – com exceção de Jorge Henrique, substituído por um apagado Morais – e conseguiu controlar as ações no primeiro tempo, criando boas chances. Ronaldo teve duas, mas não aproveitou.



A melhor oportunidade do time, no entanto, foi de André Santos, que após bom passe de Dentinho, penetrou (opa!) a área em diagonal pela esquerda, driblou dois zagueiros e finalizou de esquerda (o pé errado para a posição em que estava), já com o goleiro Renan em cima dele. Logo a sua frente, absolutamente livre, estava Ronaldo, que teria pouco trabalho para empurrar para dentro. O lance seria apenas um gol perdido, mas três jogadores do Corinthians foram para o intervalo reclamando, de forma mais ou menos direta (só Christian citou nomes), da esfomeada do lateral.

André piorou sua situação em uma jogada no segundo tempo quando, do bico esquerdo da área, podendo optar por um passe mais difícil para o meio e outro mais fácil para a ponta, decidiu pelo primeiro. Até aí, novamente, tudo bem, mas André quis enfeitar o lance tocando para um lado e olhando para o outro e acabou errando. Tomou um esporro instantâneo de Mano Menezes pelo preciosismo.

O técnico tem agora um problema de egos para administrar até o jogo de quarta com o Fluminense. O risco é que a situação prejudique a união do grupo, uma vê que o jogo coletivo é a maior arma desse time.

Voltando ao jogo, no segundo tempo, o Botafogo voltou melhor e pressionou o Corinthians, mas seu ataque também não disse a que veio. Vitor Simões conseguiu a façanha de estar impedido oito vezes durante a partida, demonstrando uma falta de noção muito ruim para um centroavante. Quando chegaram ao gol, Felipe, em grande fase, salvou os paulistas. Para os corintianos, uma leve decepção: se empate fora de casa é até que bom resultado, dava pra ter levado essa.

Elenco

Voltando ao Corinthians, o jogo evidenciou a falta de peças do time, especialmente no ataque. Morais, Dentinho e Ronaldo não estavam em jornada muito feliz, mas o técnico tinha poucas opções para tornar o time mais agudo. Jorge Henrique, que veio para o jogo, é um jogador que vem mais de trás, não um atacante pelos lados como Dentinho. No lugar de Morais, entrou o meia Boquita, que não sabe nem disfarçar no ataque. E Souza no lugar de Ronaldo é brincadeira. A opção poderia ser Otacílio Neto, que apesar de ser mais agudo, é um destrambelhado que muitas vezes passa perto da expulsão. Além dele, apenas o garoto Marcelinho, destaque do time campeão da Copa São Paulo esse ano, mas que não empolgou nas poucas vezes em que entrou no time principal.

Especulações mil

A mais nova especulação sobre contratações no Corinthians é do diário Lance!, que conversou com Zé Roberto, do Bayern. O meia disse que foi procurado pela equipe e se animou com o projeto do time para 2010, ano do centenário. Já o Corinthians divulgou nota negando o contato, o que tem sido prática corrente da atual diretoria .

Quem não gostou da notícia foi o Santos. O presidente do clube Marcelo Teixeira disse acreditar que o jogador manterá sua palavra: Zé Roberto, quando deixou o time da Baixada, disse que daria prioridade para o time ao fim do contrato com o time alemão. Como prioridade não é garantia, tudo pode acontecer - inclusive, nada.

O contrato de Zé Roberto com o time alemão acaba agora em junho e o jogador, segundo o Uol, agendou um pronunciamento oficial logo após a útlima rodada do Campenato Alemão, que ermina neste fim de semana. O Bayern é o atual vice. Se chegar, jogando algo próximo da bola que tinha no Santos, é daqueles reforços que muda o time de nível.

Outras disputas - Santos e Corinthians já disputaram jogadores em outros momentos. O Uol recupera briga entre os clubes por Rincón (vencida pelos peixeiros em 2000), Deivid (que na ocasião foi para a capital) e pelo brilhante meia Fumagalli, em 2003, quando ele foi para o Timão. Espero que o Corinthians leve essa.

segunda-feira, maio 11, 2009

De olho na redonda - o bom, o inusitado e o ruim da primeira rodada

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O Brasileirão 2009 começou e já dá pinta de ser mais equilibrado do que o do ano passado, porém, com a promessa de melhor nível técnico pela amostra do fim de semana. Só o golaço de Nilmar contra o Corinthians já valeria a rodada por ser um daqueles tentos fantásticos desde o nascedouro: o lançamento de D'Alessandro, a matada do atacante e o verdadeiro desfile que ele promoveu passando por seis adversários culminando com um toque sutil. Já referenciado aqui por outro golaço e reivindicado para a seleção brasileira antes do início do campeonato, já está mais do que na hora de Dunga dar uma atenção maior ao avante.




Gol improvável

E se teve golaço, houve também a presença do imponderável na primeira rodada. Só isso pra justificar o gol de empate do Barueri contra o Sport, na ilha do Retiro. Bola mais que caprichosa...



Mais público

Na abertura do Brasileirão 2008, a média de público por partida foi de 12.197 pagantes. Agora,
foi de 14.083, a maior da era dos pontos corridos, sendo que o maior público foi o da partida entre Grêmio e Santos, com 44.528 pessoas, graças à promoção de Dia das Mães que permitiu o ingresso livre de mulheres. Já considerando somente os pagantes, o clássico no Mineirão entre Cruzeiro e Flamengo foi o campeão: 24.564 pagantes.
O menor público da rodada ficou por conta da partida entre Santos André e Botafogo, no Bruno José Daniel: 1 939 testemunhas.

Apito tosco da rodada

O absurdo da arbitragem na rodada aconteceu justamente no na peleja do ABC paulista. Wilson Souza de Mendonça não viu a penalidade escandalosa cometida por Pablo Escobar no botafoguense Túlio Souza.

sexta-feira, abril 24, 2009

PQFMTMNETA 8 - Botafogo, campeão estadual (2006)

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

PQFMTMNETA 8 - Botafogo, campeão estadual (2006)

A partir de domingo, Botafogo e Flamengo começam a decidir o Estadual do Rio. Será a terceira final seguida protagonizada pelos dois clubes. E a quarta em série que terá a participação do clube da estrela solitária.

Participando de finais desde 2006, em apenas uma ocasião o Botafogo foi o campeão estadual. Alguém saberia dizer quando, contra qual adversário, e quem era o técnico na conquista? As respostas são: no próprio ano de 2006, contra o surpreendente Madureira, e comandado por Carlos Roberto (foto).

O Cariocão de 2006 foi pródigo em zebras. O sistema de disputa daquele ano era similar ao de 2009 (e temporadas anteriores), com dois turnos, que eram decidos em semifinais e posteriores finais. Ou seja: a cada turno, quatro eram as equipes semifinalistas. E o inusitado é verificar que, de todos os times grandes, apenas o Botafogo disputou uma semifinal. E apenas a do primeiro turno (a famosa Taça Guanabara), quando venceu o América na decisão e se classificou para a finalíssima do estadual. Os outros times que jogaram aquela semifinal foram Americano e Cabofriense.

Na Taça Rio, os mesmos América, Americano e Cabofriense lutaram pelo título, acompanhados pelo Madureira, que foi quem se sagrou o campeão da etapa. O Botafogo, neste segundo turno, talvez tranquilizado por já estar garantido na decisão, fez campanha pífia, ficando na lanterna de sua chave, com apenas uma vitória em seis partidas.

Apesar de ter um retrospecto pior que o Madureira na somatória dos dois turnos, o Botafogo não teve dificuldades para vencer o Tricolor Suburbano na decisão. Ganhou os dois jogos (2x0 e 3x1) e assim conquistou o seu 18º título estadual, o último até a decisão que começará a ser jogada depois de amanhã. Azar de Odvan (ele mesmo) e Djair (ele mesmo), que jogaram aquela final do lado do Madureira.

O craque do Botafogo naquele título foi Dodô, que justificou na decisão sua fama de "artilheiro dos gols bonitos" (confira no vídeo abaixo). Além dele, fizeram parte da campanha outros célebres como Ruy (o popular "Cabeção"), Scheidt (de bom começo de carreira no Grêmio e passagem caótica pelo Corinthians), Lúcio Flávio, hoje no Santos, e Zé Roberto, que está no Flamengo que encarará o próprio Botafogo na final de 2009.




Quanto ao técnico Carlos Roberto, ele permaneceria no comando do Botafogo até a sétima rodada do Brasileiro daquele ano, sendo demitido por Cuca - que permaneceu no time por muito mais tempo, mas, diferentemente do antecessor, não ganhou nenhum título. E alguém sabe por onde anda Carlos Roberto hoje em dia? Admito que nunca mais ouvi falar...

sexta-feira, abril 17, 2009

Por que a Copa do Brasil é boa para c...

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Ontem à noite acompanhei dois jogos da Copa do Brasil de dois times cariocas sem interesse direto.

Mais ou menos (risos). Claro que a quando meu time não está presente sempre torço pelo mais fraco. Foi assim que comecei a secar o Botafogo contra o Americano de Campos (RJ) e não tive muita dó do Fluminense do Parreira que jogava contra o Águia de Marabá (PA).

Resultados que ninguém poderia imaginar. O Americano desclassificou o Botafogo nos pênalties e o Parreira voltou com um 2 a 1 nas costas.

Esse para mim é o fascínio da Copa do Brasil, como times de segunda e mesmo de terceiras divisões podem surpreender os maiores.

Nada de dizer que no futebol não tem mais bobo ou qualquer outro lugar comum. Os times com mais recursos têm melhores jogadores e sempre serão favoritos, mas existe uma fórmula de times com pequenos investimentos e bem organizados que também, às vezes, funciona.

Foi o caso dos dois jogos, o Americano perdeu por 2 a 1, mas em contra-ataques poderia ter feito mais gols e só foi derrotado já na prorrogação. Nos pênalties foi mais competente. A ironia foi que o jogador do Bota que fez o gol quando nem havia mais esperanças, Maicosuel (foto), foi o único que perdeu a cobrança. Destino?

Já o Fluminense deixou de tomar uma goleada histórica porque o Águia perdeu boas chances e no segundo tempo se encolheu quando estava 2 a 0, com o Flu com jogador a menos, pela expulsão infantil de Thiago Neves, que atirou a bola no gandula na hora de bater um escanteio.

Agora é torcer para que também não sequem meu Galo contra o Guará na semana que vem, depois do 2 a 2 do meio de semana. O destaque foi uma das piores arbitragens dos últimos tempos, ruim para os dois lados.

Depois de rever o lance umas cem vezes, tenho de concordar que não foi pênalti para o Atlético no Tardelli, assim como não aconteceu o pênalti marcado para o Guará e a expulsão do goleiro Juninho (Galo) na hora de bater tiro de meta também foi exagerada. Vamos ver se melhora.

Até porque se a zebra vier contra o meu time não sei se acharei tão engraçada assim a imprevisibilidade dessa Copa. Mas que ela é do c... ela é...

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

E se o beneficiado fosse um time grande?

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Ontem o Botafogo venceu o Fluminense por 1x0, gol de Fahel, e se classificou para a decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do estadual do Rio.

O time da Estrela Solitária pode, na final que será jogada no domingo, conquistar um título de turno pelo quarto ano consecutivo. Em 2006, venceu a Taça Guanabara e também o Campeonato Estadual; em 2007 e 2008, foi o campeão da Taça Rio e perdeu o título maior para o Flamengo nas duas ocasiões.

Embalado e entrando nos eixos ao longo da competição, o Botafogo vai para a decisão da Guanabara como favorito. Mais um bom trabalho de Ney Franco.



E quem será o adversário do Botafogo? O pequeno e "simpático" Rezende, que humilhou o Flamengo em pleno Maracanã, enfiando inapeláveis 3x1 sobre o rubro-negro. Assim, o Rezende está a um passo de fazer história e vencer um turno do Estadual do Rio, tornando-se então, por antecipação, um finalista do Cariocão.

Acontece que o que poderia ser mais uma bela história de um time pequeno que supera os grandes é um evento que tem suas manchas. O Rezende não está aí unicamente por seus méritos. O time ficou em terceiro na tabela de classificação do Grupo A e só avançou para as semis por causa da lambança da diretoria do Vasco, que escalou um jogador irregular e perdeu seis pontos. Não fosse esse incidente, o Clube da Colina seria o primeiro colocado do seu grupo e enfrentaria o próprio Botafogo; a outra semifinal da Guanababara teria o clássico Fla-Flu, e o Rezende apenas assistiria aos duelos pela televisão.

Estranho é ver que tais ocorrências renderam poucos comentários na imprensa esportiva paulista. Fico pensando como seria se a moeda tivesse outra cara. Se, por exemplo, tirassem seis pontos do Rezende e o beneficiado fosse o Vasco. Imaginem só! O mínimo que iam falar por aqui (sim, sou paulista, antes que alguém duvide) era que o Rio não é sério, que tava na cara que isso ia acontecer, que sempre o grande é o beneficiado, que futebol é armação, e mais um monte de frases feitas...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

PQFMTMNETA 4 - Nilton Santos, "consultor técnico" do Botafogo

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim 4 - Nilton Santos, consultor técnico do Botafogo (2005)

Há um clichê por aqui que diz que o "brasileiro não tem memória". O que é verdade em muitos casos, mas não é em outros. Um ícone para o qual certamente essa história não se aplica é Nilton Santos. O ex-atletas, maior lateral esquerdo e um dos maiores jogadores no geral da história do futebol brasileiro, sempre foi figurinha carimbada na mídia esportiva nacional - muito merecidamente, diga-se de passagem. É claro que o dia em que ele morrer (o que não deve demorar muito, infelizmente, já que Nilton sofre de um Alzheimer que evolui de maneira incontestável) vai chover gente dizendo que o Brasil não respeita os ídolos, que não valoriza o passado, que qualquer um que dê três chutes na bola hoje é ídolo e o que realmente merece elogios é o antigamente...

Pois bem: justamente por todo esse contexto, valorizar um ícone do passado é algo que ganha aprovação imediata de todos os setores, inclusive da às vezes irritante mídia esportiva. Nada melhor para "fazer o filme" de uma instituição do que relacioná-la com alguém dos antigamentes e que tenha reputação elevada. Foi exatamente isso o que o Botafogo fez com Nilton Santos em 2005.

O "Enciclopédia" foi convidado pelo técnico botafoguense à época, Paulo César Gusmão, para ser o "consultor técnico" do clube. O cargo era livre: Nilton iria a General Severiano quando pudesse, sem nenhum compromisso de horário ou de qualquer outra espécie.

A apresentação de Nilton no "cargo" foi uma festa. Como se fosse o mais fanático dos torcedores do clube, Paulo César Gusmão conduziu a chegada de Nilton Santos ao treinamento do clube, o apresentou aos jogadores, tomou a iniciativa de apresentá-lo à imprensa, foi um verdadeiro cicerone. Na ocasião, Nilton falou diretamente ao seu "colega de profissão", o lateral-esquerdo do Botafogo de então, Oziel: disse a ele que deveria evitar os carrinhos durante as partidas. Oziel recebeu o conselho com alegria e prometeu segui-lo. Sumiu completamente no mundo do futebol.

A atuação de Nilton Santos como consultor de Botafogo terminou inócua, exatamente da mesma maneira como começou. Sabem aquelas coisas que se esquece "intencionalmente", até que sumam de vez? Foi esse o caminho. Não durou muito tempo a passage de Nilton pelo cargo, assim como também foi breve a estada de Paulo César Gusmão como técnico do Botafogo.

De modo que o que ficou daquela história foi o exemplo de homenagem "para inglês ver" que o Botafogo fez. Não que Nilton Santos não seja digno de todas as honrarias; mas talvez seja o caso de pensá-las com mais qualidade, e não tratá-las como um carnaval para agradar a opinião pública.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Cariocas decidem Brasileirão 2008

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Pois é, chegamos naquele ponto do Campeonato Brasileiro em que já é possível afirmar, sem qualquer intenção de arrogância ou empáfia, que o São Paulo só perde o título para ele mesmo. E é aí que mora o perigo. Além de ter o Grêmio fungando no cangote, com dois pontos a menos, o Tricolor vai enfrentar duas pedreiras nas próximas rodadas: o Vasco, em São Januário, e o Fluminense, no Morumbi. Tudo bem que os dois times são fracos e que, por isso mesmo, continuam ameaçados de rebaixamento. Mas esse é o principal problema: as partidas contra o São Paulo serão o "tudo ou nada" para os cariocas, a última oportunidade de "dar o sangue" e permanecer na Série A.

Depois de ser goleado pelo Atlético-MG, o Vasco promete força total, em casa, contra os paulistas. Não podemos esquecer o campeonato de 2004, quando o Atlético-PR liderava a poucas rodadas do fim e perdeu uma partida teoricamente fácil contra os mesmos vascaínos justamente em São Januário, o que possibilitou a arrancada - e o título - do Santos. Já o Fluminense, apesar de embalado pela vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pode muito bem perder em Porto Alegre para o Internacional e, da mesma forma, se ver obrigado a derrotar o São Paulo de qualquer maneira.

No mais, acho que o Grêmio tem uma seqüência menos complicada. Enfrenta Vitória e Ipatinga fora e encerra contra o Atlético-MG em casa. O Vitória poderia até complicar, mas não vem assustando ninguém (nos últimos quatro jogos, um empate e três derrotas). Como está numa posição intermediária na tabela (11º), briga, no máximo, pela Sul-Americana. Para mim, dá Grêmio. Já o Ipatinga, último colocado e virtualmente rebaixado, será presa fácil - ou uma zebra improvável. E o Atlético-MG, que hoje é o 10º, também chegará na última rodada sem qualquer pretensão. Acho que o Grêmio vence os três.

Não quero desmerecer Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, pois todos ainda têm chances. O Palmeiras tem totais condições de vencer as três últimas partidas (Ipatinga, Vitória e Botafogo) e o Flamengo também (Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR). Porém, acho que a briga será mesmo entre gremistas e são-paulinos. E um empate ou uma derrota do São Paulo nos dois confrontos contra Vasco e Fluminense poderá garantir, de bandeja, o tricampeonato do Grêmio. Convenhamos que é uma pressão considerável. Alguém discorda?

quinta-feira, outubro 30, 2008

Botafogo e São Paulo: o jogo dos sete erros

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Botafogo e São Paulo fizeram ontem uma partida bem interessante, com muitas variações e emoções a rodo. Mas, o que acabou sobressaindo foram os erros. Foi a partir de lances algo infantis que os gols aconteceram e, quando não houve nenhuma falha de atleta, quem resolveu pisar na bola foi o árbitro, junto com um medíocre auxiliar. Aguarda-se a punição dos mesmos. Ou não. Ao jogo de sete erros:

1 – Aos 16 do segundo tempo, Renan vai repor a bola e pega mal na dita cuja. A bola sai curta e fraca para os pés do rival Jean, que faz um belo gol. A imagem desnecessária da transmissão da mãe do goleiro de 19 anos, reserva de Castillo, chorando no Engenhão resume a lambança.

2 – Fábio divide bola com Rogério Ceni, mas a bola sobra para o zagueiro Miranda. O normal é o são-paulino dar um chutão. O que ele faz? Ajeita a bola e perde para Wellington Paulista, que chuta direto para o gol. E esse é o defensor dos sonhos de metade da imprensa paulista... A outra metade agora incensa André Dias, como se tivesse descoberto ontem o (mediano) atleta. Paciência, tem mais erros.

3 – Bola perdida pelo Botafogo no campo adversário, o São Paulo tenta armar um contra-ataque mas, no meio de campo, Leandro Guerreiro tira. Mas tira mal e...

4 – ...Diguinho não domina a bola. Mascada, mas era possível dominar. O atleta botafoguense, dizem que quase flamenguista, acha que joga mais do que sabe. Um chazinho de humildade lhe faria bem.

5 – Lucas Silva chuta, a bola desvia levemente em André Dias e Rogério Ceni não segura. O Tricolor parecia conformado com o empate, mas o auxiliar Renato Miguel Vieira marca impedimento de Wellington Paulista no lance. O alvinegro, diga-se, até faz menção depois que bola passa por ele de dar um calcanhar. Só que a redonda passa muito longe do atacante. Impossível ele interferir no lance. Marcação absurda...

6 - ... mas o árbitro Sérgio da Silva Carvalho aceita o erro. Logo ele que, perto do lance, viu que o atacante botafoguense não fez nada. Jogou a responsabilidade para o inepto bandeira e errou também. Mas erraria de novo...

7 - ... ao aceitar a cera de Rogério Ceni em dois lances nos quais o arqueiro caiu e saiu pimpão e tralalá, mostrando que só queria mesmo gastar tempo e esfriar o adversário. É bom ter moral com a arbitragem.

No frigir dos ovos e pelo que jogaram, o empate seria o mais justo. Mas a arbitragem não deixou, como lembra revoltado o Victor do Blá Blá Gol. Quando um erro crasso desses acontece na fase decisiva, dá margem a muitas teorias conspiratórias. Ainda mais que, na última partida do São Paulo contra o Vitória, a equipe baiana saiu reclamando de um pênalti não marcado de Rodrigo em Rodrigão. Erros como o de ontem não estragam, mas embaçam a imagem de um campeonato emocionante....

quinta-feira, setembro 25, 2008

Um 0 a 0 em grama sintética

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Nem para pasto serviria o gramado do estádio Nacional onde foi realizada a partida entre Palmeiras e Sport Ancash. O uso de piso sintético faz o campo adquirir coloração semelhante à que tinham os jogos do Desafio ao Galo. E é uma ótima desculpa para não apresentar futebol.

Da próxima vez em que eu me apresentar com a bola nos pés, vou exigir o gramado sintético pra dizer que a bola corre mais, que não estou habituado. Capaz que vão acreditar que não se trata de limitações do meu futebol.

Pelo menos a representação de verde limão siciliano não teve de colocar seu mistão para jogar nos 3.050 metros de altitude de Huaraz, à beira dos Andes.

A partida poucas chances claras de gol e Regalado, do Ancash, terminou expulso. "Jogão" pela Sétima edição da Sul-Americana, patrocinada por uma multinacional de automóveis.

Melhor empatar fora do que perder, como aconteceu com o Botafogo que trouxe uma derrota simples diante do América de Cali, dono do melhor ataque da competição, justamente ao lado da Estrela Solitária. Grave foi para o time de Quito, já que o Boca Juniors ensacou a LDU, campeã da Libertadores, por 4 a 0 em Buenos Aires. Já o atual dono do caneco da Sul-Americana, o argentino Arsenal, perdeu de 2 a 1 em La Plata, contra o Estudiantes.

A volta acontece na quarta-feira, dia 1º.

A premiação da Sul-Americana é estimada é de R$ 3 milhões, divididos entre campeão e vice. Foi assim em 2007. A Copa Mercosul, ao que consta, dava US$ 3 milhões para o campeão e outro milhão para o vice.

Para quem está disputando o título brasileiro, a viagem a Lima seguida de embarque para Recife, para enfrentar o Náutico, é um teste de resistência para parte do elenco. Depois de ver o jogo, me veio a dúvida com mais força: precisava?

segunda-feira, setembro 22, 2008

Só falta um ponto

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O empate do Grêmio com o Atlético-PR na Arena da Baixada e o repeteco de vitória palmeirense sobre o Vasco no Palestra Itália, desta vez por 2 a 0, incendiaram de vez a corrida pelo caneco do Brasileirão.

Curioso foi ver o Flamengo voltar ao G-4 com uma combinação curiosa de resultados. A magra vitória de 1 a 0 em casa diante do Ipatinga. Com isso, o favorito ao rebaixamento retoma a lanterna absoluta, porque a Portuguesa venceu o Botafogo no Canindé por 3 a 1. O São Paulo empatou, e tudo ficou bom para o Rubronegro.

O Cruzeiro, ao vencer o Figueirense com chuva de gols, manda avisar que não está tão morto quanto eu imaginava, apesar dos quatro pontos que o separam do líder e dos três do vice-líder. Com o 4 a 3 sofrido, o time de Florianópolis alcançou 55 gols sofridos.

A tabela montada pelo Globoesporte com o aproveitamento dos campeões nos últimos três anos em comparação com o Grêmio vale a pena ser analisada:






LíderAnoAprov.
Corinthians200564,1% - 50 pontos
São Paulo200664,1% - 50 pontos
São Paulo200771,8% - 56 pontos
Grêmio200864,1% - 50 pontos



É que, tirando o São Paulo de 2007, todos os outros tinham, à 26ª rodada, os mesmos 50 pontos do Tricolor Gaúcho. Isso é só pra lembrar que ainda faltam 12 rodadas de torcida (e secagem) para – se tudo der certo – o Grêmio não cumprir a escrita da era dos pontos corridos e deixar escapar o título.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Retranca à queijo suíço

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No jogo do Palmeiras, quem se deu bem foi o Botafogo. O time de Vanderlei Luxemburgo voltou a praticar uma retranca ao jogar fora de casa. Mas retranca que deixa Zé Carlos livre para cabecear no cruzamento preciso de Jorge Henrique, não resolve. Isso porque Gustavo, o zagueiro titular, voltou para compor a defesa com Jeci.

A maldade do título, raiva de torcedor, é só por isso.

Foto: Almare


O Botafogo conquista sua quarta vitória consecutiva após a fase negra que teve com Geninho. Curioso é que Leandro Guerreiro, volante, foi substituído pelo autor do gol, que é meia, o que pôs a estrela solitária mais para frente.

O gol saiu aos 34 do segundo tempo. Os visitantes fingiram que iam tentar o empate, mas bem pouco efetivos.

Evandro, que foi bem contra o Vitória, foi substituído por Diego Souza, mas deve voltar a jogar contra o Coritiba, porque Valdívia tomou o terceiro cartão amarelo por reclamação. É a terceira partida de ausência motivada por cartões amarelos.

Nada carrinhos nem palavras nas atuações do chileno. Como foi convocado por Bielsia para a seleção vermelha para amistoso contra a Turquia – e deve ser mantido para as eliminatórias – o meia pode ficar três semanas ou até um mês.

Mas no meio de semana tem o Vasco, pela Sul-Americana.

Meio título
No primeiro fim de semana de competições em Pequim, houve festa no estádio do Grêmio. A goleada sobre o Atlético garante o primeiro turno para o tricolor gaúcho.

O Cruzeiro perdeu para a Lusa, o que abre cinco pontos de vantagem para o líder. O terceiro, Palmeiras, está a sete pontos.

cinco meses, quem apostasse no Grêmio estaria acreditando em zebra. Até quando ela dura?

Hoje, meu palpite é de que não acaba tão cedo. Os primeiros jogos do segundo turno são, em casa, o São Paulo, no Maracanã, o Flamengo e, nos Aflitos, o Náutico. Com quatro e sete pontos de vantagem à frente dos rivais.

____________
Corrigido às 17h do dia 11

segunda-feira, julho 14, 2008

Kléber Pereira salva Cuca. Por enquanto...

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Infelizmente, o resultado foi justo”. As palavras do volante Túlio, do Botafogo, mostram o que foi o duelo dos nauseabundos Alvinegros ontem na Vila Belmiro. Um sem-número de chances desperdiçadas de ambos os lados e um resultado que, se foi ruim para o Santos, poderia ter sido bem pior.

Pelo menos era isso que se prenunciava no início do primeiro tempo. Aos 17, o Fogão já vencia por 2 a 0, um belo gol de falta e uma falha inacreditável da zaga que deixou Wellington Paulista livre no segundo tento, uma bola difícil, mas defensável. O Botafogo poderia ter feito o terceiro, mas Jorge Henrique desperdiçou em um lance que Fábio Costa já estava fora da área Esse lance está entre os cinco gols mais perdidos da rodada, clique aqui).

O Peixe também perdeu seus lances, principalmente com Lima, mas um gol a mais do rival ainda no primeiro tempo poderia prenunciar uma catástrofe para o time da Vila Belmiro. Azar do Botafogo, que deu sobrevida a um cambaleante Santos na segunda etapa.

O estreante Roberto Brum saiu aos 25 minutos de partida (sem Rodrigo Souto, vai ficar difícil...) para ceder lugar ao meia Róbson e no intervalo Kléber Pereira entrou no lugar de Tiago Luís. Aliás, muito santista reclamava que o garoto, o “Messi” de Wágner Ribeiro, não tinha muitas chances com Leão. As que teve com Cuca, não aproveitou e ontem o comandante perguntou, quase no fim da primeira etapa: “Você quer sair?”. O menino, sem entender, respondeu: “Não”. E o treinador: “Então joga!”.

A paciência de Cuca com Lima, após perder sua terceira grande chance de gol, também acabou e Molina foi para o jogo. O Santos se mandou pra frente, mas conseguiu ocupar melhor os espaços no meio de campo, correndo menos riscos atrás. Assim, saíram dois gols do preterido Kléber Pereira, que voltou a marcar depois de oito partidas. O segundo, a bem da verdade, em impedimento, mas daqueles complicados de marcar (pra quem disser que falo isso só porque foi a favor do Santos, recomendo a leitura desse post, em que afirmo o mesmo em um lance contra o Peixe). Michael poderia ter decretado a virada no final, mas não fez.

O fato é que, mesmo revertendo uma derrota certa, o resultado não alivia a situação do Santos. Cuca já ameaça roer a corda e, inclusive, acena com dispensa de atletas. “A qualidade do grupo é boa, com jogadores de bom caráter. Mas tem que fazer por merecer para permanecer em um time grande. É difícil chegar até aqui. Quem está em uma grande equipe, não pode se acomodar”, disse o técnico.

E perguntar não ofende: Kléber, quando você vai voltar a jogar bola?

sexta-feira, junho 27, 2008

Ana Paula aprovada: "não terei mais problemas com testes físicos"

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Reprodução TV Globo
Mais em forma do que quando posou nua para a revista masculina Playboy, a assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira foi aprovada no teste físico da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Desde sua volta aos gramados, em fevereiro, a bela estava relegada às divisões inferiores do campeonato paulista.

Ela garante que nunca mais perderá a forma. "Questionaram muito minha condição física. Achei que foi injusto, porque estava apta até sofrer a lesão na perna", protesta em seu site. "Por esse motivo não consegui fazer aquelas provas. Agora, Enquanto vocês ouvirem falar sobre Ana Paula no futebol, não terei mais problemas com testes físicos."

No Estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro, palco do teste, ela revelou à imprensa que ainda não se considera no melhor de sua condição física, mas conseguiu realizar a série de exercícios exigida, seis tiros de 20 metros em menos de 6,4 segundos, seguidos de 20 corridas de 150 metros em até 35 segundos cada (foto). Cumprida a tarefa de tirar o fôlego, a bela caiu no choro, emocionada.

O resultado é o mínimo para ela poder bandeirar jogos na primeira divisão do campeonato nacional feminino. Para retornar aos gramados frequentados por marmanjos, ela precisa cumprir as exigências de um teste mais intenso.

A última partida importante foi a polêmica disputa entre Botafogo e Figueirense, em 2007, pela Copa do Brasil. Na geladeira, ela posou para a edição de julho da citada revista e desfilou nas passarelas de um evento de moda.

Ela não revelou se mantém ou não os planos de se candidatar a vereadora em São Paulo. Apesar disso, ela promove uma enquete, em sua página, perguntando duplamente aos internautas paulistanos, se a moça "deveria ser candidata a vereadora? E terá chance?" Os fiéis seguidores das curvas e idéias da aspirante a política não decepcionam: 67,5% acreditam que sim.

quinta-feira, maio 29, 2008

Corinthians na final da Copa do Brasil

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Corinthians e Botafogo, jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. O Timão precisa ganhar de 1 a 0 ou por dois gols de diferença. 2 a 1 e virão os temidos pênaltis (detesto pênalti).

Antes do jogo eu não sabia o que fazer. Na segunda partida contra o Goiás, descrente (que erro gravíssimo), assisti minha aula de quarta-feira e ia embora pra casa sem sobressaltos, quando o celular de um amigo corintiano toca. Era um outro alvinegro, ligando direto do Morumbi, onde o Corinthians sapecava 4 a 0 no time esmeralda. Corremos pro boteco e vimos o segundo tempo entre cervejas e gargalhadas. Cheguei em casa umas 4h da manhã.

Contra o São Caetano, confiante, não me preocupei muito e, dessa vez, estava com a razão. O churrasco e a cerveja caíram como uma luva, melhorados pela vitória e a companhia de minha namorada, que é meio santista, meio atéia futebolística. Desceu tudo macio e dormi o sono dos classificados.

O primeiro jogo da semifinal vi no boteco onde tinha visto o primeiro das quartas, com o santista Glauco Faria. A mesa mudou de lugar e apareceu o tricolor Marcão, mas o cenário era praticamente o mesmo. O resultado, contudo, foi bem outro.

E nesse jogo, não sabia o que fazer. Não tinha mística, não tinha repetição, cada jogo foi uma história. Como para esse time do Corinthians, briguento, brabo pra caramba, com a cara, Deus meu, com a cara da torcida.

Decidi fazer o mesmo dos outros jogos e nada fazer. Fui para a aula e sai pra beber com um cara e duas moças da sala. Uma palmeirense e dois desligados dessa coisa maravilhosa, única, intensa, inexplicável que é o futebol. A moça verde é sincera e logo anuncia: vai torcer contra. Acho justo, mas me preparo para ter o inimigo a minha frente. O bar, descubro, é reduto alvinegro, e são várias as camisas amigas.

O papo era cabeça, psicanálises, antropologias, etnografias, éticas e o diabo a quatro. E eu com um olho e meio no jogo. Mano Menezes me escala o time com os benditos três zagueiros e eu temo. Mas algo funciona e o Timão pressiona. O primeiro tempo é pegado, brigado, suado, e nada de gol. A conversa flui entre Levi Strauss e terapia ocupacional. Eu tenso, tenso, tenso. A palmeirense não cumpre o prometido e ignora a partida.

Volta o jogo e o Corinthians vai pra cima. Seis minutos: lançamento na direita, Herrera ganha de um, corta o outro e entrega para o recém entrado Acosta manter sua sina contra o Botafogo. 1 a 0 Timão e eu vibro, grito, xingo com gosto. Na mesa, recebo o o olhar meio perplexo de meus companheiros agnósticos. Minha comemoração encontra eco, ainda que estranho, exatamente na inimiga, palmeirense infiltrada.

O desastre ocorre logo dois minutos depois: bola cruzada na área, confusão, Felipe pega mas rebate, e é gol do Botafogo. A agnóstica ao meu lado ensaia uma zombaria (o namorado e sãopaulino, percebam), mas não vai longe. Seu companheiro de credo não liga muito, e os dois voltam a problemática da luta antimanicomial. E a palmeirense, pasmem, se compadece.

Começo a achar que não vai. Mas aos 19, Chicão mete uma falta na direita de Castillo. Li que foi falha, mas eu e a palmeirense concordamos que foi “um golaço”. Timão no jogo, e eu entornando e fumando que nem um desesperado.

A cosia aperta. Vejo Marcel entrar em campo e filosoficamente me questiono sobre o cheiro do conteúdo da cabeça de Mano Menezes. Carlão entra também, e a neurose só aumenta. Calor do Botafogo, e vamo que vamo. Mas não tem jeito (ou foi esse o jeito? Ah, a filosofia...): pênaltis.

Eu odeio pênaltis. Não sei se olho ou saio da sala, tenho a impressão de que alguma coisa que eu fizer, qualquer coisa, vai alterar todo o curso do universo e dar ou não a vitória a meu time. “Pênalti é injusto, mor sofrimento”, concorda a palmeirense. Mas é assim, pondero eu.

Ficamos os dois presos ao jogo, enquanto Winnicott e a pesquisa acadêmica seguem seu caminho ao lado. Eu estou em frangalhos de tensão. Ela se preocupa. Ela se agita. E, pasmem de novo, torce para o Corinthians.

Chicão, Lúcio Flávio, Herrera, Alexandro, Nilton (que medo), Andŕe Luiz, Alessandro, Jorge Henrique, Acosta. E desisto de algum goleiro pegar pênalti. Vai ter que ser erro grosseiro do batedor. Na última batida, de Zé Carlos, não incentivo Felipe a pegar, mas o batedor a chutar pra cima. Ele segue meio que minha orientação e manda a meia altura, no lado esquerdo do goleiro. E Felipe, talvez ofendido, pega. Pega! PEGA!!! É Corinthians!!!! É CORINTHIANS NA FINAL!!!!

A palmeirense diz que é assim mesmo, que não é competitiva, que não consegue ver um amigo sofrendo e torcer contra. Mas eu entendo o que aconteceu. Entendo quando ela explica para a agnóstica por que o futebol é mágico. “Tem que ir no estádio para entender”, ela diz. “O fenômeno social”, emenda, meio encabulada. A Fiel ganhou até a inimiga. O Botafogo lutou bravamente, mas quando um time desses se afina com uma torcida dessas, meu amigo, fica difícil. Nessa quarta, Deus, se houver, estava com o Corinthians.

PS.: Amanhã penso no Sport, que passou também apertado contra o Vasco (com direito a pênalti na lua de Edmundo) e faz a final contra o Corinthians. Os dois times chegam na pilha, de batalhas homéricas, e o bicho vai pegar na final.

PPS.: Depois de tudo acabado, cada um para seu lado, liguei para meu pai em Mauá. “Até que enfim esse time dá uma alegria pra gente”, disse ele. E tem razão. Não tinha percebido há quanto tempo o Corinthians está na merda. Essa é a hora de sair na foto de novo, e esse time merece.

Jogaço! Corinthians na final da Copa do Brasil!

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Um momento, uma ressalva. O jogo começou e seguiu morno durante todo o primeiro tempo. Algumas jogadas que poderiam ser perigosas, principalmente do Corinthians, mas nada que valha memória. Esqueçamos o primeiro tempo. Este, se valeu por algo, foi pela garra do Herrera. Só.

O segundo tempo começou com o gol de Acosta aos seis minutos. Que bela jogada de Herrera! Meio estabanadão, parecia que ia trombar com o zagueiro como sempre, mas limpou lindamente pela direita e centrou pro Acosta bater com consciência no canto esquerdo do goleiro Castillo. Senti que o Corinthians estava classificado. E não fui só eu. Acho que os jogadores também devem ter sentido. E pagaram por isso.

O gol do Botafogo, um minuto depois, foi daqueles que time toma no abafa da empolgação. Escanteio batido, falha feia do goleiro Filipe, que saiu mas não saiu, aí tomou uma bola no peito, espirrou pra trás e tomou. Bizonho.

O gol do Chicão de falta foi realmente muito bonito. De verdade, o Corinthians fez dois lindos gols. Aliás, o Timão tem feito gols realmente empolgantes.

Parênteses: esse Chicão, zagueiro que demonstrou fino trato com a bola ao bater a falta, na marcação é um tosco. Ele atropela os atacantes, e não fosse o árbitro um bunda-mole o teria expulsado no lance em que quem tomou amarelo foi o capitão corintiano William. Na realidade, Chicão é quem deu uma bordoada na nuca do botafoguense.

Que me perdoem se não estou analisando tática. Nem me lembro dos nomes dos jogadores da Solitária que participaram das jogadas. É um torcedor falando, que viu o jogo de um lado só. E viu um Corinthians guerreiro e digno de ser campeão.

O Luciano do Vale (que aliás pra lembrar nome de jogador é pior que eu...) falou, mas eu já tinha reparado: o Herrera parece o Casagrande, com aquele jeito de olhar a jogada de boca aberta, sem nenhuma elegância, meio desengonçado até, mas brigador, e extremamente perigoso dentro da área. Falta um gênio como Sócrates pra jogar junto, que aí ele renderia muito mais...

Mas não há por que ficar sonhando. O Corinthians cobrou os pênaltis e está, de fato e de direito, na final da Copa do Brasil. Vai pegar uma casca, que é o Sport de Recife. Mas, pasmem todos os secadores (que não são poucos), pode chegar à Libertadores do ano que vem!

Como diria Lawrence da Arábia, "Nothing is written". Vamos, vamos, meu Timão, não pára de lutar!

quarta-feira, maio 28, 2008

Copa do Brasil: 70 mil corintianos contra o Botafogo

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O Corinthians joga hoje contra o Botafogo no Morumbi, que receberá quase 70 mil fiéis. Depois da derrota por 2 a 1 na partida em solo fluminense, o Timão precisa vencer por 1 a 0 para passar à final da Copa do Brasil. Se levar um gol a vitória precisa ser por dois gols de diferença (2 a 1 leva a decisão para os pênaltis).

O time joga com quatro desfalques: André Santos, Lulinha, Carlos Alberto e Fabinho. Mano Menezes tenta montar o quebra-cabeça do que sobrou e faz mistério sobre a escalação.

A solução que parece mais provável é algo próximo o time que começou a partida de sábado, contra o ABC (vitória por 1 a 0 com golaço de Douglas. Foi mal não ter escrito nada a respeito). Nilton entra no lugar de Fabinho para proteger a zaga e Alessandro substitui Carlos Alberto na lateral-direita. Até aí, tudo bem. O que me preocupa é o resto. No lugar de André Santos, entra Carlão, para jogar como mezzo lateral, mezzo terceiro zagueiro. Wellington Saci entra no meio pela esquerda para fazer mais ou menos a função de Lulinha, com Dentinho caindo mais pela direita.

Em tese, pode funcionar. Mas na prática, mesmo contra o ABC, eu não gostei. Carlão ficou muito plantado atrás, não participou das jogadas pela esquerda nem nos passes iniciais e não compôs a marcação no meio-campo. O time dá campo ao adversário e as jogadas acabam estourando na defesa.

Além disso, com essa formação, o Corinthians cria menos e o adversário fica mais saidinho. O que pode ser péssimo contra um Botafogo que só precisa de um golzinho pra complicar de vez a vida do Timão.

Tem outra solução? Seria escalar Acosta no Lugar de Lulinha. Mas pelas características, o time mudaria muito o jeito de jogar. Herrera talvez caísse pela direita para o Lula Molusco ficar de centroavante. Correr-se-ia o risco de perder a boa fase de Herrera para ver um Acosta inoperante. Resumindo, com quatro desfalques desses, qualquer time teria problemas.

O Botafogo não conta com Túlio, desfalque importante, mas tem a volta de Triguinho. Como Alessandro deve ser liberado para descer mais para o ataque, o lateral-esquerdo boafoguense deve cair nas costas dele, jogando com o perigoso Jorge Henrique. Mano precisa prestar atenção nesse setor.

Falando racionalmente, não dá para prever o resultado. Na verdade, o Botafogo leva vantagem, por ter um time mais rodado e com jogadores melhores que os do Corinthians, especialmente com os desfalques. Por isso, minha cabeça me diz que ser desclassificado será um resultado normal, que o time já foi mais longe do que todo mundo esperava e que, por mais que seja legal ganhar a Copa do Brasil, o objetivo do Timão esse ano é voltar à Serie A e só.

Mas esses são apenas os dados mais objetivos do jogo. O que deve decidir mesmo são os quase 70 mil corintianos, maloqueiros e sofredores que estarão hoje no Morumbi. O que deve decidir é a camisa do Timão, que já fez um monte de jogador medíocre virar craque na hora h. Sem menosprezar o Botafogo, que também tem camisa e tradição.

É por isso tudo que meu coração não me deixa pensar em outra coisa senão nesse jogo há dias e que, por mais que tenha tentado ficar tranqüilo, estou pirado para fazer a dinal da Copa do Brasil. A cabeça não quer dizer o que o coração grita forte: hoje, eu sou mais Timão.

PS.: Para quem gosta de um bairrismo, o Cointhians hoje é o único representantes de São Paulo numa Copa do Brasil que poder ser decidida por dois cariocas. Quem vai torcer?

PPS.: Os santistas têm outro motivo para vibrar com os gols do Corinthians. Se o Botafogo for eliminado, aumentam as chances de Cuca desembarcar na Vila Belmiro.

PPPS.: Na outra semifinal, aliás, estão mais uma vez menosprezando o Sport. O pessoal está falando muito que o São Januário vai fazer a diferença e que o Vasco vai crescer. Pode ser, mas minha aposta é que os pernambucanos seguram o jogo e fazem a final. Contra o Timão, se tudo der certo.

quarta-feira, maio 21, 2008

Corinthians e Botafogo: dá pra virar

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O Corinthians foi derrotado pelo Botafogo por 2 a 1, ontem, no Engenhão, num jogo tenso dos dois lados. Perder nunca é bom, mas o resultado é reversível no jogo de volta, em São Paulo, na semana que vem, principalmente pelo gol marcado fora de casa.

Aliás, que golaço, com belíssimo passe de Herrera, que não cansa de melhorar, para a conclusão de Carlos Alberto. O gol é um exemplo do que considero a boa notícia sobre o jogo de ontem: o Corinthians jogou bem, especialmente no primeiro tempo, contra um adversário já montado e com bom nível (ao contrário das dragas que despachou antes). Teve pelo menos mais umas três chances claras de gol, com boas defesas do goleiro botafoguense e bola no travessão de Diogo. No segundo tempo, recuou e o Botafogo subiu de produção. Aliás, como já disse aqui, não gosto desse negócio de chamar o adversário.

Os cariocas começaram meio devagar, mas tiveram pelo menos duas boas chances na primeira etapa, com boas defesas de Felipe. O time é bem armado e Jorge Henrique é um jogador muito perigoso. Cuca fez a diferença ao inverter o posicionamento do ataque no segundo tempo, colocando Jorge Henrique em cima de Carlos Alberto, por onde saiu o penalti. Mano Menezes tentou segurar o jogo colocando Fábio Ferreira e mudando o esquema para um 3-5-2, aquele que não funcionava bem no Paulistão. Não funcionou de novo e o alvinegro paulista perdeu terreno no meio de campo. Talvez tivsse sido melhor colocar Nilton para dar combate mais à frente.

A outra má notícia são os desfalques. Leonardo Gaciba concluiu com louvor a tarefa começada por José Henrique de Carvalho no jogo contra o São Caetano e tirou Carlos Alberto, Fabinho, André Santos e Lulinha do jogo de volta pelo segundo cartão amarelo. Eles deverão ser substituídos respectivamente por Alessandro, Nilton (ou Perdigão, Deus me livre), Wellington Saci e Acosta (ou Perdigão, Deus me livre, adiantando Eduardo Ramos para a função do garoto). O Botafogo perdeu Túlio e Alessandro pelo mesmo motivo, mas tem a volta de Castillo, Triguinho e Diguinho, que estavam contundidos. Saiu no lucro.

André Santos e Fabinho farão muita falta (a saber como será o desempenho de Saci), Lulinha fará alguma e Carlos Alberto, bem, se Alessandro estiver bem, pode até ajudar fora do jogo.

Jogando em casa, empurrado pela Fiel, que deve lotar o estádio, o Timão vai abafar o Botafogo e tem condições para conseguir a classificação. Dá pra virar.