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terça-feira, julho 28, 2015

Pra fazer a economia (ou a cabeça) girar

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terça-feira, julho 21, 2015

Tipos de cerveja 82 - As Mead/ Hidromel

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Tal como as cider, as mead não  são exatamente cervejas, apesar de também passarem por um processo de fermentação. De caráter forte e alcoólico, utilizam o mel para ajudar a fermentar e o seu sabor. Será que viria daí a folclórica expressão - ou mézis - do São Mussum? Pois prestem atenção no que nos conta Bruno Aquino, do site parceiro Cervejas do Mundo (o grifo é nosso): "Extremamente antiga, é bem provável que a sua produção e consumo se fizessem num período onde ainda não existisse vinho e, de uma forma mais certa, cerveja. (..) Constata-se que várias civilizações conheciam e apreciavam este néctar, nomeadamente os gregos, que a chamavam melikraton, os romanos, que a designavam por água mulsum (apesar de, neste caso, poder ser igualmente uma variante feita com vinho de uva adocicado com mel) e mesmo os maias, que tinham uma bebida em tudo similar".  Mulsum? Bebida feita de "mé"? Muita coincidência... Mas prossegue o camarada Aquino: "A primeira menção histórica ao hidromel foi feita num dos hinos do Rigveda, o documento mais antigo da literatura hindu, escrito por volta de 1700-1100 a.C. Também Aristóteles, na Metereologica, e 'Plínio, o Velho', na sua História Natural, relatam fatos relacionados com esta bebida". E completa: "No entanto, os maiores apreciadores de hidromel eram os povos nórdicos e eslavos, sendo que para a mitologia dos primeiros, esta bebida aparecia como a favorita dos deuses. Outras culturas antigas consumidoras desta beberagem foram os celtas, saxões e vikings" - e o bom desse blog, como diriam os futepoquenses, é que a gente aprende. Buenas, com tanta tradição, até que bate curiosidade. Pra quem quiser se arriscar (e conseguir encontrar algum lugar que venda), o site Cervejas do Mundo recomenda marcas como a Apis Poltorak Jadwiga, a Dansk Mjod Vikingernes Mjod (foto) ou ainda a Triumph Honeymoon Braggot.


sexta-feira, julho 17, 2015

Coincidência macabra: Ghiggia morre num 16 de julho

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O adeus do último atleta que entrou em campo em 16/07/1950
Se 52 milhões de brasileiros choraram no dia 16 de julho de 1950 (principalmente os 200 mil que estavam no recém-inaugurado estádio do Maracanã), quando sua seleção de futebol perdeu a Copa do Mundo em casa, de virada, dependendo de um mero empate para ser campeã, 3,5 milhões de uruguaios também choraram ontem, exatos 65 anos após a inacreditável conquista de sua seleção no Brasil, com a morte daquele que fez o gol consagrador da vitória na ocasião: Alcides Edgardo Ghiggia, o herói do "Maracanazzo". A coincidência macabra leva muitos céticos a reconsiderarem seu desprezo pelo tal "destino". Foi num 16 de julho que Ghiggia, 23 anos, virou celebridade eterna do futebol mundial; e foi na mesma data, aos 88 anos, que morreu. E morreu, simbolicamente, de ataque cardíaco. Quantos brasileiros devem ter sofrido esse mesmo colapso no momento do segundo gol uruguaio, aos 34 minutos do segundo tempo, naquela decisão no Maracanã?

Um chute forte, de perna direita, e a bola passou entre Barbosa e a trave: 'Maracanazzo'

Mais simbologia: Ghiggia, justamente o protagonista, era o último atleta vivo dos 22 que entraram em campo naquela fatídica decisão. Além dele, o Uruguai jogou com o goleiro Máspoli (morto em 2004), Andrade (1985), Gonzalez (2010), Tejera (2002), Gambetta (1991), Obdulio Varela (1996), Julio Pérez (2002), Schiaffino (2002), Míguez (2006) e Morán (1978). Pelo Brasil, os infortunados que disputaram a partida foram o - mais infortunado de todos - goleiro Barbosa (morto em 2000), Augusto (2004), Juvenal (2009), Bigode (2003), Bauer (2007), Danilo Alvim (1996), Zizinho (2002), Jair Rosa Pinto (2005), Friaça (2009), Ademir de Menezes (1996) e Chico (1997). O regulamento da época não permitia substituições, portanto só estes jogadores pisaram o gramado naquele jogo.

A Roma indispôs Ghiggia com o Uruguai
O que muita gente não sabe é que, apesar de herói máximo do título uruguaio de 1950, Ghiggia fez a última partida pela seleção de sua pátria logo em seguida, em 1952, aos 25 anos. É que naquele ano ele se transferiu para a Roma, da Itália, e, para a Copa de 1954, a Associação Uruguaia o chamou, mas, surpreendentemente, o clube italiano não o liberou - mesmo o Mundial sendo disputado na vizinha Suiça. Apesar da responsabilidade ter sido do clube, o episódio fechou as portas para Ghiggia na seleção de seu país. Por isso, aproveitando sua ascendência italiana (a pronúncia original de seu sobrenome é "Guídja", ao contrário de "Jíjia"), decidiu jogar pela Squadra Azzurra. Curiosamente, como companheiro, teria o outro uruguaio que também marcou gol na decisão de 1950: Schiaffino, que fez sua última partida pelo Uruguai na Copa da Suiça, transferiu-se para Milan e Roma e também decidiu atuar pela seleção italiana. Porém, mesmo com ambos na linha de ataque, a Itália não conseguiu se classificar para a Copa da Suécia, em 1958.

Vã esperança: imprensa tupiniquim tentou forçar um 'tapetão' pra anular título uruguaio

Polêmica: uruguaio ou argentino? - Outra coisa que caiu no esquecimento foi a tentativa da mídia esportiva brasileira (ah, a mídia esportiva brasileira!) de usar Ghiggia e outro uruguaio campeão, Morán, para "anular" a partida que decidiu a Copa de 1950. Três dias após a tragédia brasileira no Maracanã, o Jornal dos Sports, do jornalista Mário Filho (que depois daria nome ao estádio), insinuou que os dois atletas, na verdade, teriam nascido na Argentina - o que tornaria irregulares suas atuações pelo Uruguai.  "Ontem as últimas horas da tarde”, dizia o jornal, “foi divulgado que o encontro Brasil x Uruguai seria anulado, em virtude de não ser uruguaio o ponteiro direito Ghiggia, por sinal fator preponderante na vitória dos 'celestes'. Segundo as aludidas versões, Ghiggia seria argentino de nascimento e estaria portanto em situação irregular na seleção oriental. O mesmo se daria com Morán, seu companheiro da ponta oposta." Como MUITAS coisas publicadas ainda hoje pela imprensa tupiniquim, comprovou-se depois que nada disso era verdade.

Frame do vídeo no exato momento da mentira
Talvez para se vingar, Ghiggia acabaria topando, em 2013, uma brincadeira proposta por uma editora uruguaia e levada a cabo por quatro jornalistas locais: publicar que Obdulio Varela, o mítico capitão da conquista no Maracanã, era na verdade brasileiro. "Quatro meses, milhares de reuniões e mais de milhares de cervejas depois, o livro estava pronto. E o título também: 'Obdulio era brasileiro'. Impactante", conta Héctor Mateo, no texto de contratapa do livro "Obdulio era brasilero – Cuentos de fútbol". Para sua surpresa e de todos os envolvidos, ao entrevistarem Ghiggia e contarem sobre a molecagem, o herói de 1950 topou na hora - e gravou um vídeo atestando categoricamente a mentira sobre Obdulio, que, postado na internet, gerou repercussão avassaladora. "Foi uma loucura. Diário, canais de televisão, rádios, ATÉ A GLOBO, sabe a alegria que tinha minha mãe quando saímos na Globo? Éramos maiores que o Rei do Gado!". Temerosos das consequências, os mentores da brincadeira teriam ainda mais uma surpresa."Teríamos que saber até quando aguentaria Ghiggia sem nos mandar à prisão. Ligaram quinhentas vezes ao velho. E quinhentas vezes mais também. E bancou a história. Bancou como um duque", acrescenta Héctor Mateo.

Com Jairzinho, 'Furacão da Copa' de 1970: 'Amo o Brasil e torço pelo país', disse Ghiggia

Credencial de Ghiggia para a Copa de 2014
De toda forma, mesmo tendo sido o "carrasco" da maior tragédia futebolística brasileira, Ghiggia dizia ter apreço pelo país vizinho. "Amo o Brasil e torço pelo país. Se o Uruguai não puder ganhar, quero que ganhe o Brasil. Depois do que fiz, sou 'hincha' (torcedor) brasileiro. É uma terra linda, abençoada", comentou, ao jornal Lance!, às vésperas da classificação da Celeste para a Copa de 2014. "Sou sempre muito bem tratado e penso: se tratam assim quem lhes fez mal, imagine como tratam quem lhes fez bem?", completou. Ano passado, por ocasião da Copa, Ghiggia veio ao Rio de Janeiro como um dos convidados de honra da inauguração da Casa Coca-Cola, instalada ao lado do estádio do Maracanã. Junto dele, o ex-atacante da seleção brasileira Jairzinho, tricampeão em 1970. Na coletiva de imprensa, Ghiggia declarou: "Ganhamos, eu e meus companheiros, aquela Copa e demos alegria ao nosso país. Mas lamento que tenha deixado o Brasil inteiro triste". Uma grandeza que permite que nós, brasileiros, também fiquemos tristes, agora, com a morte dessa lenda do futebol.


quinta-feira, julho 02, 2015

É hora, é hora, é hora... de cerveja!

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Ps.1: Indagaria, não sem razão, o sr. De Massad: "Mas quem é que aguenta esperar meia hora pela próxima rodada de cerveja?";

Ps.2: Clique no nome do mitológico estabelecimento para saber mais: PONTO CHIC.


segunda-feira, abril 27, 2015

Obdulio Varela uniu o time campeão mundial de 1950 em bar uruguaio - e se arrependeu em bares brasileiros

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No cartaz do filme, o chute de Ghiggia
Ontem assisti, finalmente, o documentário "Maracanã" (ou "Maracaná", como grafam e pronunciam os uruguaios), sobre a Copa do Mundo de 1950, de autoria de Sebastián Bednarik e Andrés Varela. Foi uma revelação, para mim, descobrir o quanto Obdulio Varela, capitão da Celeste, foi absolutamente determinante em toda a campanha vitoriosa dos portenhos, da fase preparatória ao título. Até então, eu achava que ele tinha sido fundamental apenas na partida decisiva, considerada uma das maiores "zebras" da história do futebol mundial em todos os tempos, quando comandou como um leão raivoso seus companheiros a uma virada absurdamente improvável. Mas o documentário narra uma responsabilidade muito mais significante e abrangente desse mulato, filho de uma lavadeira negra, na maior conquista futebolística (e, por que não, patriótica) do Uruguai.

Obdulio usava sobrenome materno
Aliás, o orgulho que o jogador tinha de sua mãe e do sacrifício que ela fez em sua infância miserável era tão grande que ele não usava o sobrenome do pai, Muiños, mas o materno, Varela. Criado nas ruas de Montevidéu, Obdulio tinha um temperamento "chucro", zangado e determinado, com cara "de poucos amigos", que impunha temor e respeito. Caráter determinante para que liderasse, em 1948, uma inédita greve dos jogadores de futebol no Uruguai, que durou mais de sete meses, até que os clubes concedessem as reivindicações que extinguiram um regime profissional quase que escravocrata imposto até então. Porém, como era de se esperar, o líder grevista Obdulio ficou marcado - e foi afastado da seleção. Só que, às vésperas do Mundial do Brasil, a Celeste estava muito mal, com jogadores fora de forma, desunidos, sem comando e sem dinheiro. A ressaca da greve de 1948 era forte - e eles iam passar vexame.

O então presidente Luis Batlle Berres
Todos imploraram para que Obdulio voltasse à seleção, mas, orgulhoso, ele negou. Foi preciso que o próprio presidente do Uruguai na época, Luis Batlle Berres, fosse atrás dele para convencê-lo. "Tenho 36 anos e não tenho nada. Só peço um emprego", impôs Varela. "Terá", garantiu Batlle. E a primeira tarefa do "jefe" (chefe), como era chamado, foi extinguir de uma vez por todas as desavenças no elenco que iria à Copa. Muitos dos atletas tinha furado a greve de 1948, e eram desprezados e evitados pelos outros. Um deles era Matías Gonzales, o zagueiro que seria peça crucial e considerado um dos melhores jogadores do torneio. Obdulio Varela chamou todo mundo para um bar, em Montevideu, e, no meio dos "inimigos", sentenciou: "Chega disso. Nós somos todos uruguaios e vamos ganhar a Copa juntos. Agora, cerveja pra todos, amigos". O grupo se uniu e criou um vínculo patriótico ali.

Diário do Rio: 'O Brasil vencerá!'
O resto é mais ou menos conhecido. Obdulio comandou reações "impossíveis" como o empate em 2 x 2 com a forte Espanha e a virada heróica na vitória por 3 a 2 sobre a Suécia (ambos os jogos no Pacaembu), e praticamente "obrigou" seus colegas a virarem o jogo contra o Brasil no Maracanã lotado com mais de 200 mil pessoas, sendo que o anfitrião tinha a vantagem do empate e abriu o placar. Na véspera da decisão, o jornal carioca Diário de Notícias havia estampado um pôster da seleção brasileira com o título: "Eis os campeões do mundo!" No local onde estavam hospedados, os jogadores uruguaios aguardavam a partida já com uma sensação de dever cumprido, de que "fomos longe demais, está muito bom; se o Brasil ganhar será apenas a lógica". Obdulio abriu a porta do quarto onde estavam e jogou o jornal violentamente contra a parede. "Leiam!", ordenou.

Augusto (à esquerda) e Obdulio Varela
Naquele momento, os defensores da Celeste ficaram "com o sangue nos olhos", como se diz atualmente. Aliás, dizem que, segundos antes de começar o jogo, ao cumprimentar o capitão brasileiro, Augusto, e notar seu sorriso de "campeão", Obdulio teria dito a ele, rangendo os dentes: "Vais llorar lágrimas de sangre"" ("[Você] Vai chorar lágrimas de sangue!"). Depois que o Brasil fez 1 x 0 no início do segundo tempo, com o atacante Friaça, o capitão uruguaio resolveu intervir diretamente. Berrou aos companheiros: "Nós, uruguaios, entramos em campo para ganhar ou ganhar!" Até ali, o lateral-esquerdo brasileiro Bigode vinha fazendo marcação implacável sobre os atacantes da Celeste que caíam pelo seu setor, com entradas duras. Depois de mais uma delas, recebeu um "tapinha" intimidador de Obdulio, que vociferou em sua cara, com os olhos faiscando: "Calma, muchacho!"

Bigode levou 'tapinha' e murchou no jogo
Bigode murchou completamente e Ghiggia passou voando por ele duas vezes, primeiro para dar a assistência ao empate uruguaio, num chute forte de Schiaffino, e depois para marcar o gol que ficará entalado eternamente na garganta e na alma de toda uma nação. A vitória uruguaia era tão estapafúrdia e inacreditável que o presidente da Fifa (e idealizador das Copas do Mundo), Jules Rimet, ficou parado com a taça na mão, no meio do campo, sem saber o que estava acontecendo nem o que fazer. Quando ele deixou as tribunas para pegar o túnel que o levaria ao gramado, o Brasil vencia o jogo e a multidão brasileira urrava em delírio. Ao subir para a premiação, viu jogadores do Uruguai pulando, brasileiros chorando e os 200 mil torcedores em absoluto - e assustador - silêncio. O documentário mostra Obdulio literalmente arrancando a taça das mãos de Rimet, que permaneceu mudo e abestalhado. Nada daquilo estava no script.

Tragédia: brasileira chorando no Maracanã
Sem dinheiro e abandonados (porque, prevendo derrota, metade dos dirigentes da seleção uruguaia tinha embarcado de volta ao seu país antes da decisão!), os heróis da Celeste não tiveram direito nem a um jantar da vitória. Precisaram fazer uma "vaquinha" do próprio bolso para comprar salgadinhos e cervejas para a modesta comemoração em um quarto de hotel. Mas houve uma ausência: de temperamento completamente diferente dos companheiros, Obdulio Varela saiu pela noite do Rio de Janeiro, sem ser reconhecido, para tomar cerveja sozinho nos bares cariocas. Conforme relataria em seu país, ficou assombrado com o tamanho do desespero dos brasileiros que afogavam as mágoas naquela noite. Porque, para ele, tinha sido apenas um jogo de futebol, e haveria outros, para possível desforra. "Se eu soubesse a dor que causaria a essa gente tão boa, não teria ganhado o jogo", diria mais tarde, ao recordar que, em muitos bares, abraçou bêbados e chorou junto com eles.

ASSISTA O DOCUMENTÁRIO:

 


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sexta-feira, abril 17, 2015

Cerveja do Japão rejuvenesce a pele

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Boa pra pele: 5% de álcool é jogo!
Nos tempos em que os gastos dos brasileiros com beleza beiram os R$ 60 bilhões (comprovando que a crise econômica está mesmo assolando o país), uma notícia alvissareira para os que se preocupam com a pele, as rugas e os pés-de-galinha: a empresa Suntory, do Japão, criou uma cerveja que rejuvenesce a pele. De acordo com materinha do site Correio - O que a Bahia quer saber, cada latinha dessa breja oriental, batizada "Precious" ("Preciosa"), possui 5% de concentração alcoólica e - supostamente - tem 2 gramas de colágeno purificado. Prossegue o texto: "O colágeno é uma proteína que a pele usa para fornecer ‘estrutura’, firmeza e textura. Quanto mais jovem, mais colágeno uma pessoa tem. Ao envelhecer, as taxas vão diminuindo e aparecem as primeiras rugas" - e o bom desse blogue, como diriam os camaradas Anselmo e Glauco, é que a gente aprende. Para os interessados (e interessadas) mais afoitos, a notícia adverte que a cerveja antirruga está sendo vendida apenas  na cidade japonesa de Hokkaido. E o mais importante: a Suntory ainda não divulgou detalhes sobre a eficácia do produto e a absorção da proteína pelo corpo. Veja o vídeo da cerveja (em japonês):



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quinta-feira, abril 16, 2015

Tipos de cerveja 81 - As Lambic-Unblended

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Pode ser considerado como o tipo mais "puro" das Lambic (afinal, se blend é "mistura", unblended é "sem mistura"). Raramente comercializadas, sua degustação só é possível junto dos produtores de Lambics, que realizam provas de cervejas e visitas guiadas às suas explorações. "Um dos poucos casos que conheço de uma Unblended comercializada vem da firma Cantillon. E que excelente exemplar: a Cantillon 1900 Bruocsella Grand Cru", afirma Bruno Aquino, do site parceiro Cervejas do Mundo. As Unblended são muito suscetíveis e, por isso, suas características podem variar de barril para barril (mesmo que estejam lado a lado!). Também são envelhecidas, para reduzir a sua natural acidez. Há produtores que gostam de misturar frutas, para as tornarem mais apetecíveis - algo que o camarada Glauco repele com veemência. Assim, algumas Lambic-Unblendeds ficam com sabores próximos das cidras e do vinho branco, sendo quase nula a presença de lúpulo. Podem variar entre 3% e 6% de teor alcoólico. Se alguém conseguir a proeza de encontrar algumas delas para experimentar, ficam as sugestões da Cantillon Jonge Lambic Cognac, Iron Hill Lambic e De Cam Oude Lambiek (foto).


terça-feira, março 31, 2015

Tipos de cerveja 80 - As Lambic-Gueuze

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De acordo com o site português (e parceiro) Cervejas do Mundo, a Gueuze é uma lambic tradicional, feita a partir da mistura de lambics novas com velhas e sem a adição de fruta. As mais velhas têm um caráter refinado, o que ajuda a retirar alguma aspereza às lambics novas, assegurando também que não se irá sentir nenhum sabor indesejado, fruto da fermentação espontânea característica desse tipo de cerveja. Na sua maioria são filtradas e algumas chegam a ser pasteurizadas. Após o engarrafamento, podem passar por um período de envelhecimento que, em algumas marcas, chega a até 3 anos. "Acima de tudo, as Gueuze são estruturalmente muito complexas, secas e únicas, podendo os melhores exemplos deste estilo ombrear com um bom champanhe sem qualquer tipo de vergonha!", garante Bruno Aquino, responsável pelo site Cervejas do Mundo. Para experimentar, ele recomenda a Oud Beersel Oude Geuze, a Drie Fonteinen Oude Geuze (foto) ou a Cantillon Goldackerl Gueuze.

quinta-feira, março 19, 2015

Cerveja sim, mata-mata não!

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Neste país, todo avanço parece estar condicionado a algum retrocesso, e  vice-versa. Vejamos: a comissão de clubes formada recentemente para debater a volta do sistema mata-mata (retrocesso) no Campeonato Brasileiro discutirá também a retomada da venda de cerveja nos estádios (avanço). Assim como, há pouco mais de uma década, tivemos a adoção do sistema de pontos corridos (avanço) e, como contrapartida, a proibição da venda de goró nos estádios (retrocesso). Ou seja, a gente  muda para depois voltar a ser tudo como antes. Bonito isso.


sexta-feira, março 13, 2015

O futebol encaretou

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Será que a Itaipava levou Sheik a parar de beber?
No programa Globo Esporte de hoje, da famigerada "Vênus Platinada", o atacante corintiano Emerson Sheik fez questão de declarar (o grifo é meu): "Festa nunca mais! Eu tomava minha cerveja, mas já estou há dois meses sem beber" (leia aqui). Uma frase na medida para ficar "de boa" com a torcida - a mesma que, há cerca de um ano e meio, reagiu furiosamente depois da postagem de uma foto em que o jogador dava uma "bitoca" num amigo, episódio que colaborou decisivamente para que fosse emprestado ao Botafogo-RJ no ano passado. De volta ao Corinthians, Sheik recuperou a confiança do técnico Tite, apesar de causar alguma dor de cabeça à diretoria, como quando chega atrasado aos treinos. Porém, mesmo assim, vem apresentando um bom futebol neste início de temporada. E esse é o cerne da questão: o que importa se o jogador bebe ou não a sua cervejinha nas horas de folga? Sou daquela opinião de que, se o cabra corresponder em campo, ninguém tem nada com sua vida pessoal. Mas hoje, com as torcidas organizadas patrulhando "baladas" noturnas (e a imprensa esportiva dando cada vez mais espaço pra esse tipo de pauta "revista Contigo"), os jogadores procuram passar a imagem de "bons moços". Dando declarações como a de Emerson Sheik ao Globo Esporte, por exemplo.

Sócrates, nos tempos de jogador, brindando cerveja
Coisas como essa me levam a pensar no quanto o futebol encaretou de uns 20 ou 30 anos pra cá. Quando eu era moleque, nenhum dos grandes craques escondia que tomava sua cervejinha - e, quando apareciam na TV fazendo churrasco ou roda de samba, todos ostentavam um copinho na mão. Como o Júnior, do Flamengo, o palmeirense César Maluco, o sãopaulino/santista Serginho Chulapa, o Careca (que conta que bebeu com os torcedores logo após a conquista do Brasileirão de 86), sem falar no Renato Gaúcho, Romário & cia. ilimitada. Mas o ícone máximo, neste "quesito", era mesmo o Doutor Sócrates, "guru informal" e sintético do Futepoca. Tá certo que o Magrão, a exemplo de outros casos tristes como os do Canhoteiro e do Garrincha, sucumbiu ao alcoolismo e morreu disso, depois de parar de jogar. Mas, nos seus tempos de Corinthians e de seleção brasileira, nunca deixou de corresponder em campo, mesmo mantendo o hábito de beber e fumar - e publicamente, à vontade, em qualquer situação. Por isso mesmo, ao contrário dos jogadores de hoje, tinha a coragem de peitar todo tipo de patrulha, da torcida e da imprensa. "Não querem que eu beba, fume ou pense? Pois eu bebo, fumo e penso. Fui para a avenida brincar, bebi direitinho. Não fico me escondendo para fazer as coisas", afirmou, à revista Placar, logo após o Carnaval de 1986. Prestem atenção: "bebo e penso". Ah, bons tempos! Velhos tempos, saudosos tempos...


quinta-feira, março 12, 2015

Tipos de cerveja 79 - As lambic-fruit

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Na maior parte das vezes apenas designada por lambic (sem o fruit), esse tipo de cerveja é muito peculiar, não só pelo processo de fabricação como pelo fato de ser um dos mais antigos e mais complexos ainda hoje em produção. À cerveja inicial são adicionadas frutas inteiras depois da fermentação espontânea ter começado. A fermentação é feita com microorganismos encontrados nas caves (recintos resfriados) onde estas cervejas são produzidas, sendo que as fábricas estão, em sua maioria, nos arredores da capital da Bélgica, Bruxelas. Conta-se que as caves que albergam lambics nunca são limpas, para não alterar o equilíbrio dos bolores, tão essenciais ao processo de desenvolvimento da cerveja. Posteriormente ao início do processo de fermentação, as lambics são envelhecidas em barris de madeira por períodos que vão de um ano até três. Quanto à fruta utilizada, as mais comuns são as krieks (cerejas), framboise (framboesas), pêche (pêssego) e cassis (groselhas pretas), apesar deexistirem muitas novas marcas que utilizam frutos exóticos. Relativamente ao sabor, para ojeriza total e absoluta do camarada Glauco, o destaque vai, obviamente, para a fruta, notando-se pouco o sabor do malte ou do lúpulo. Para desespero de todos os futepoquenses e simpatizantes da causa, o nível de álcool das lambic gueuze também é baixo, não ultrapassando, em geral, os 5%. De acordo com o site português Cervejas do Mundo, as lambics feitas pelo método tradicional são designadas por Oud, sendo mais ácidas do que as lambics mais novas, mais viradas para as vendas e por isso mais doces e balanceadas. Para experimentar, o site recomenta a Cantillon Lou Pepe Pure Kriek (foto), a Drie Fonteinen Schaerbeekse Kriek ou a Girardin Framboise.


sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Tipos de cerveja 78 - As lambic-faro

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Não, cachaceiro, não é alambique. É lambic. Um tipo de cerveja fabricado tradicionalmente pela região de Pajottenland, na Bélgica, que surgiu através da Chapeau Banana, uma cerveja ale da cervejaria De Troch (de acordo com o que está escrito aqui). Já a lambic-faro é uma mistura de lambics à qual é adicionado açúcar, de modo a que se torne mais leve, doce e saborosa. Podem ser "condimentadas" com pimenta ou casca de laranja, apesar destes gêneros não terem grande aceitação. Para total ojeriza do camarada Glauco, tornam-se demasiado doces, pelo que se aconselha a servi-las bem frescas e acompanhadas com algo salgado. Pode-se dizer que é mais um aperitivo do que propriamente uma cerveja. Para experimentar, o site português Cervejas do Mundo recomenda a Drie Fonteinen Faro, a Cantillon Faro (foto) ou a Lindemans Faro.

quarta-feira, janeiro 14, 2015

Alguma utilidade para o 'pau de selfie'

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Idiotice? Pausa para selfie ao fugir de touros
Há dez anos, Chico Buarque deu uma polêmica entrevista para o jornal espanhol "La Vanguardia" afirmando, com todas as letras: "Eu nunca vi um movimento geral de idiotice como o de hoje. Já vivemos quase duas décadas de idiotice globalizada. A idiotice nos rodeia, eu mesmo tenho medo de ficar idiota" (leia aqui tradução publicada pelo UOL). Lembrei dessas declarações quando um colega de trabalho narrou, estupefato, uma cena insólita presenciada por ele na estação Sé do metrô paulistano: uma menina que, na ânsia de fazer uma selfie com sua câmera fotográfica, foi caminhando de costas até despencar em uma escada. E todo esse desastre para tentar registrar na fotografia, atrás dela, a maravilhosa "paisagem" da parede de concreto da estação subterrânea...

Idiotice? Todos em busca da selfie 'perfeita'
Pois é. Umair Haque, num artigo para o site Papo de Homem publicado em outubro do ano passado, já observava: "Se toda a sua vida se resume à busca da Selfie Perfeita (...) – parabéns! Você é um honorável membro da Geração Idiota". E bota idiota nisso: tem (muita!) gente fazendo selfie com o rosto cheio de fita adesiva e outros usando até raio-X (!). O pior é que essa "honorável" geração agrega bilhões de adeptos, e, inevitavelmente, a Grande Indústria se apressou em colocar sua prancha para surfar na nova onda consumista. A "mania" do momento é o chamado "pau de selfie", haste de metal acoplada à câmera que permite aos idio..., digo, aos "auto-fotografáveis", maior liberdade para produzirem suas "obras de arte". De acordo com a Folha de S.Paulo, o "imprescindível" acessório é "campeão de vendas" no país neste verão...

Idiotice? Não basta fazer selfie, tem que tatuar
Buenas, mas não para por aí. Como somos regidos pela Lei de Murphy, tudo o que é ruim sempre pode ficar pior. Assim, o selfie "evoluiu" para o belfie - a "auto-fotografia" da bunda (!!). É sério! E o que aconteceu depois disso? Bingo: a Grande Indústria criou o belfie stick, ou seja, o "pau de selfie" para fotografar a bunda (!!!). Pois é... Chico Buarque, pra variar, tinha (muita) razão. Atualmente, selfie virou obrigação até em velório - e de parente que morreu em desastre, como fez a viúva do Eduardo Campos. Porém, como a única maneira de escapar de tanta "tecnologia" é fugir para o meio do mato, onde não exista energia elétrica nem sinal de internet ou de celular (e isso está ficando praticamente impossível), temos que nos adaptar aos novos tempos. Por isso, para todos os manguaças e simpatizantes que leem o Futepoca, compartilho a sugestão destes dois bêbados para dar alguma utilidade ao famigerado "pau de selfie":

Idiotice? Pelo menos o manguaça pode descansar a cabeça enquanto bebe 'só mais uma'...

terça-feira, janeiro 13, 2015

Um pacote de sete (rocks com cerveja)

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Nos Estados Unidos, uma das gírias mais comuns entre os manguaças é six pack, ou "pacote de seis" (cervejas). Ao notar essa expressão numa música gravada pelos Rolling Stones, fiquei curioso sobre outras letras de rock'n'roll que contêm a palavra cerveja. Numa rápida pesquisa, reuni um seven pack, ou melhor, um pacote de sete petardos roqueiros (estadunidenses e ingleses) que citam nossa popular loira gelada - mais do que necessária nesse calor ignorante:


Alice Cooper molhando a goela
1 - ALICE COOPER - "Escape" ["Fuga"]

Escape
I'm crying in my beer
Escape
Just get me out of here

(Fuga
Estou chorando em minha cerveja
Fuga
Apenas me tire daqui)






Jim Morrison enxugando uma
2 - DOORS - "Roadhouse Blues" ["Blues da hospedaria"]

Well, I woke up this morning, I got myself a beer
Well, I woke up this morning, and I got myself a beer
The future's uncertain, and the end is always near

(Bem, eu acordei essa manhã e tomei uma cerveja
Bem, eu acordei essa manhã e tomei uma cerveja
O futuro é incerto e o fim está sempre perto)



Janis Joplin cantando pra sua cerveja
3 - JANIS JOPLIN - "Mr. Natural" ["Sr. Natural"]

I buy myself a beer or two
Just to leave my stone behind
Sometimes I get so drunk
I can sing just like a child, yeah

(Eu me compro uma cerveja ou duas
Só pra deixar meu peso para trás
Às vezes eu fico tão bêbada
Eu posso apenas cantar como uma criança, yeah)




Joey Ramone cai - mas segura a lata
4 - JOEY RAMONE - "Rock'n Roll is the answer" ["Rock'n'Roll é a resposta"]

Seven o'clock and I'm feeling bad
I gotta pull myself together, yeah

Cause twelve o'clock you know I wanna rock
I wanna get a belly full of beer


(Sete horas, tô me sentindo mal
Tenho que me recuperar, yeah
Porque meia-noite, cê sabe, eu quero rock
Eu quero a pança cheia de cerveja)




Jimmy Page bebe com Robert Plant
5 - LED ZEPPELIN - "Black Country Woman" ["Mulher negra do campo"]

You didn't have to leave me with that beer in my face
Hey, hey mama, what's the matter here
That's alright, it's awful dog-gone clear

(Você não tinha que deixar-me com aquela cerveja na minha cara
Hey, hey, garota, qual é o problema aqui?
Está bem, ela só está tendo um distúrbio terrível)







Lemmy Kilmer: breja pela orelha
6 - MOTORHEAD - "(We Are) The Road Crew" ["(Nós somos) a Turma da Estrada"]

My woman's leaving, I feel sad
But I just love the life I lead
Another beer is what I need
Another gig my ears bleed
 
(A minha mulher está indo embora, me sinto triste
Mas eu simplesmente amo a vida que levo
Outra cerveja é o que eu preciso
Outra apresentação meus ouvidos sangram)


Mick Jagger na boquinha da garrafa
6 - ROLLING STONES - "Going to a go-go" ["Indo pra um go-go"]
 

It doesn't matter if you're black
It doesn't matter if you're white
Take a dollar fifty, a six pack of beer
And we going to dance all night

(Não importa se você é preto
Não importa se você é branco
Pegue uma nota de 50 dólares, um pacote de seis cervejas
E nós vamos dançar a noite inteira)





Tipos de cerveja 77 - As Kvass

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Bebida típica da Rússia e de muitos países do Leste europeu, cujas origens remontam ao século XVI. De acordo com o site português Cervejas do Mundo, "não se pode considerar propriamente uma cerveja, mas sim algo muito similar". A Kvass é elaborada a partir de cereais (centeio, cevada, trigo etc), aos quais é habitual juntar açúcar e pequenos frutos. Ou seja, basicamente, a fermentação de qualquer coisa que se tenha à mão com fermento simples de padeiro, o que dá uma bebida agradável, barata e de baixo teor alcoólico (entre 0,5% e 2,5%). Para experimentar, o site português recomenda a Kimmel Maizes Kvass (foto) ou a Portsmouth Kvass Rye Ale.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Nome 'Beatles' surgiu numa 'mesa cheia de cervejas'

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Harrison degustando 'só uma'
Lennon e uma 'loira gelada'
Antes da fama, da grana, das drogas e das bebidas mais caras e sofisticadas, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, como bons filhos da classe operária inglesa, gostavam mesmo era de encher a cara de cerveja. E quem conhece as "loiras geladas" britânicas sabe que muitas delas têm alto teor alcoólico. Em sua autobiografia (Editora Planeta, 2007), o guitarrista Eric Clapton conta que, no auge de seu alcoolismo, costumava justificar a vida manguaça dizendo que era algo cultural da Inglaterra. "Sou inglês. Todos nós bebemos lá, vocês sabem. Faz parte de nosso estilo de vida, e bebemos cerveja forte, não Budweiser", respondeu, num hospital, ao ser interrogado sobre a quantidade de álcool que estava ingerindo. No caso dos "quatro rapazes de Liverpool", o período de maior bebedeira ocorreu, sem dúvida, quando foram trabalhar em Hamburgo, na Alemanha. Foi lá, também, que descobriram as pílulas anfetamínicas (Preludin) que os mantinham sóbrios e excitados para prosseguir tocando, cantando, pulando e bebendo (muito) por 10 ou 12 horas seguidas, todas as noites.

Pub em Hamburgo: Stuart Sutcliffe, Lennon, um garçom, Harrison, McCartney e Pete Best

Mas foi pouco antes de ir pra Alemanha que eles inventaram o nome da futura banda mais famosa do planeta. Lendo o livro "John", escrito pela primeira esposa de Lennon, Cynthia Powell (Larousse, edição brasileira de 2009), descobri como foi o "processo de criação" do nome Beatles, um trocadilho entre beat (batida) e beetles (besouros). Criatividade impulsionada por muita cerveja, segundo Cynthia:

"(...) os rapazes decidiram que era hora de adotarem um novo nome. Nós tivemos uma sessão hilária de ideias sentados a uma mesa cheia de cervejas no bar Renshaw Hall, onde bebíamos com frequência. John amava Buddy Holly e os Crickets [Grilos], então eles ficaram brincando com nomes de insetos. Foi John quem teve a ideia de Beetles [Besouros]. Ele mudou o nome para Beatles porque disse que, se nós invertêssemos, teríamos 'les beats', que soava francês e legal. Eles se decidiram por Silver Beatles [Beatles Prateados]."

Pub 'Renshaw's', em Liverpool, provável local onde Lennon teve a ideia do nome da banda

Tal fato teria ocorrido no início de 1960 (e é interessante observar que, a exemplo de Clapton, Lennon amava Buddy Holly, e não Budweiser...). Só que, dois anos mais tarde, quando surgiu em Liverpool o jornal especializado em música "Mersey Beat", John publicaria nele uma versão surreal sobre a escolha do nome da banda: "Sonhei com um homem [que veio voando] numa torta flamejante, dizendo: Vocês são Beatles com A". Porém, a versão de Cynthia revela que, em vez de torta, a verdadeira inspiração foi a velha e boa cerveja. Que, curiosamente, nunca seria citada em uma letra dos Beatles - embora eles tenham gravado "Rock Andd Roll Music", de Chuck Berry, que contém o seguinte verso: "They're drinkin' homebrew from a wooden cup" ("Eles estão bebendo cerveja caseira de um copo de madeira"). Mas fica aqui registrada, portanto, a devida contribuição do "suco de cevadis" no batizado da mítica banda de Liverpool. Cheers! Ou melhor, saúde!

Pub City Barge, em Londres, numa das locações do filme 'Help!': uma oportuna 'happy hour'

P.S.: Quando perguntarem se você vai beber a saideira, responda "YEAH, YEAH, YEAH!".

terça-feira, dezembro 09, 2014

Tipos de cerveja 76 - As Happoshu

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Tipicamente produzida por cervejarias japonesas, a Happoshu é uma bebida de malte altamente gaseificada. Não sendo propriamente uma cerveja, torna-se um produto mais acessível em termos econômicos, o que explica sua popularidade no país de origem. De acordo com o blog Isto é Japão, "nas tradicionais cervejas, a quantidade de malte excede 67% e (...) no Japão isto faz com que incida uma alta taxa de impostos sobre a bebida. Para driblar esse imposto, as principais fabricantes (...) criaram o happoshu, que é uma bebida com menos malte, chegando às vezes a ter menos de 25%. Isso é compensado com a adição de outros componentes na bebida, mas faz com que o custo (...) abaixe muito! A diferença de gosto e visual é imperceptível". Ou seja, é o típico "jeitinho japonês" pra garantir a loira gelada (e de olhos puxados) para os manguaças menos favorecidos financeiramente. E o melhor de tudo é que a quantidade de álcool também é similar à da maioria das cervejas comuns: cerca de 4,5%. Se alguém se dispuser a experimentar, o site português Cervejas do Mundo recomenda a Gokunama Happoshu (foto), a Namashibori ou a  Draft One.

quinta-feira, novembro 27, 2014

'Umas dez cervejas na Ponta da Praia'

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Em março de 2011, quando a imprensa começou a especular que o Santos poderia contratar o técnico Muricy Ramalho, o então presidente do clube, Luis Alvaro Ribeiro, também conhecido como "Laor", comentou: "Quando ele quiser, acertamos isso tomando caipirinha e comendo um camarão". O convite parece ter sido decisivo, pois Muricy realmente acertou com o clube e o levou à conquista do Paulistão e da Libertadores naquele ano. Pois bem, passados mais de três anos e meio da entrevista sobre a caipirinha com camarão, o mesmo "Laor" revela à Bruno Cassucci, do jornal Lance!, que também recorrerá à manguaça para selar a paz com o atual presidente do Santos, Odílio Rodrigues: "Vamos tomar um porre!" (reprodução à esquerda). De acordo com Luis Alvaro nesta entrevista (leia a íntegra aqui), o desafeto, com quem já trocou diversas críticas públicas, o telefonou espontaneamente na última sexta-feira. Diz "Laor":

- A conversa foi tão boa que combinamos que assim que ele deixar a presidência do Santos vamos tomar um porre, umas dez cervejas na Ponta da Praia, onde o convidei para ser meu vice. Vamos chorar um no ombro do outro por ter aceitado essa missão tão difícil de comandar o clube nesse anos.

Que edificante! Mais um exemplo de que não há nada que o homem, o dinheiro ou o poder separe que a cachaça não pacifique! Mas tenho sérias dúvidas de que, se eu chamasse algum dos futepoquenses para "tomar um porre", a soma ficasse só em "dez cervejas"... cada um!


quarta-feira, novembro 12, 2014

Tipos de cerveja 75 - As Gose

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Um estilo predominantemente alemão, com grandes e antigas tradições na cidade de Leipzig, caracteriza-se, segundo o site português (e parceiro) Cervejas do Mundo, por ser "uma cerveja fresca, loura e opaca". O blog "O cru e o maltado" vai além e considera as Gose como uma das "cervejas selvagens": "As Gose são tão excêntricas que nem sequer possuem um verbete próprio no bastante completo Oxford Companion to Beer, muito embora sejam reconhecidas pelo guia de estilos da Brewers Association". Prossegue Bruno Aquino, do Cervejas do Mundo: "As Gose são cervejas de trigo, não filtradas, extremamente refrescantes e, acima de tudo, muito raras". Para os felizardos que conseguirem encontrar uma Gose para experimentar, ele recomenda três marcas: a Bayerischer Bahnhof Original Leipziger Gose, a Bauer Goedeck Dollnitzer Ritterguts Gose (foto) e a Draught House Gose.

quarta-feira, outubro 15, 2014

A história dos que não foram

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O escritor (e saxofonista) Veríssimo
Na crônica “O Evangelho segundo...”, o escritor gaúcho Luís Fernando Veríssimo brinca com a hipótese de os Beatles não terem ficado famosos. O que teria acontecido com eles? “Sou almoxarife da prefeitura. Quer dizer, era. Me aposentei. Nervos”, confessaria Ringo. “O que que eu faço? Na verdade, não faço nada. Me recolhi à minha mediocridade. Minha mulher é sócia num curtume. Eu bebo, quer saber? Eu bebo, e penso muito”, desabafaria Paul. O George também teria se tornado um pobretão bebum: “Tenho esta barraca, vou me virando, minha mulher diz que nós estamos quebrados, não sei não. Vai um mel puro?”. E John, no exercício de imaginação de Veríssimo, teria morrido com um tiro na cara, provavelmente em confronto com a polícia.

Porém, na vida real, tem gente que viveu/vive um dilema parecido. Ou quase isso: nove caras tiveram o gostinho de ser um beatle mas, voluntária ou involuntariamente, não prosseguiram na banda. E os motivos vão desde trabalho, estudos ou aposta em outra vocação até convocação para o exército, passando por uma prosaica bebedeira (que desandou em briga e rompimento de relações). E tem também os que apenas alugaram brevemente seus serviços ou foram mesmo chutados dos Beatles. Hoje, alguns levam uma vida de classe média, outros passam dificuldades e houve quem morreu na pobreza. Mas todos, invariavelmente, ficaram martelando no cérebro o que teria sido de suas vidas se tivessem ficado nos Beatles. A eles:

Tocando bateria, aos 75 anos
Colin no tempo dos Quarrymen
Colin Leo Hanton (baterista, 1956/ 1958) – Naquela fase embrionária em que os Beatles se chamavam The Quarrymen (Os Escavadores, em alusão à escola onde estudavam em Liverpool, Quarry Bank High School), Colin foi o primeiro colega de John Lennon a conseguir comprar um conjunto de bateria completo, pois, aos 17 anos, já trabalhava como aprendiz de estofador. Por isso, assumiu o posto na banda, sem concorrentes, por dois anos. Sobreviveu a todos os primeiros integrantes, que sumiram como apareceram (Pete Shotton, Eric Griffths, Bill Smith, Rod Davis, Ivan Vaughan, Nigel Whalley, Len Garry, John ‘Duff’ Lowe), e foi o único que sobrou, no fim de 1958, ao lado de John, Paul McCartney e George Harrison. Mas uma bebedeira estragou tudo. “Deixei os Quarrymen depois de tocar no Pavillon Theatre, em Lodge Lane. A gente tinha bebido muita cerveja durante o intervalo e uma briga começou na volta pra casa, de ônibus. Fiquei furioso, desci do ônibus e eles nunca mais me chamaram pra tocar”, conta Hanton, que passaria as décadas seguintes trabalhando como estofador.

Em 1957: Colin Hanton, Paul McCartney, Len Garry, John Lennon e Eric Griffths

Bebendo cerveja, na Alemanha
Stuart na capa de 'Sgt. Pepper's'
Stuart Sutcliffe (baixista, 1959/ 1960) – Ao entrar no Liverpool Institute, uma escola de artes, John Lennon mudou-se para uma república com três outros alunos de lá, incluindo Stuart Sutcliffe, um pintor talentoso. No final de 1959, Stuart conseguiu vender um de seus quadros em uma exposição. Os Quarrymen, reduzidos a John, Paul e George e rebatizados como Johnny and The Moondogs, viram ali uma oportunidade. “Ter um baixista que não sabia tocar era melhor do que não ter um baixista”, resumiria George. John e Paul convenceram Stuart e ele gastou o dinheiro ganho com o quadro na compra de um baixo. Por quase dois anos, cumpriu a função na banda, embora tocasse muito mal. O perfeccionismo e as críticas de Paul o irritariam ao ponto de largar tudo e voltar a ser pintor. Nessa época, os Beatles estavam em Hamburgo, Alemanha, onde Stuart se matriculou numa escola de artes. Foi lá que, em abril de 1962, quase um ano e meio após ter deixado a banda, morreu de hemorragia cerebral, aos 21 anos. Dizem que foi consequência das pancadas que havia levado na cabeça durante uma briga, após um show dos Beatles.

Hamburgo, 1960: Stuart Sutcliffe, Paul McCartney, George Harrison e John Lennon

No palco, entre John e Paul
Moore, em foto de 1971
Tommy Moore (baterista, 1960) – Depois de “inventarem” um baixista (Sutcliffe), a banda, rebatizada como Long John and The Silver Beatles, tratou de “caçar” um baterista. Brian Casser, líder da banda Cass & The Cassanovas, passou a John o endereço de Thomas Henry "Tommy" Moore, um músico veterano (tinha 28 anos) que trabalhava como motorista de empilhadeira numa fábrica de garrafas. Com ele, a banda seria aprovada num teste feito pelo empresário Larry Parnes, o que garantiu uma excursão à Escócia como acompanhantes do cantor Johnny Gentle. Nessa turnê, a primeira dos futuros Beatles fora da Inglaterra (quando se apresentaram como Silver Beats), a van que os transportava bateu em um carro e um estojo de guitarra voou contra o rosto de Moore, que perdeu alguns dentes. Ele foi hospitalizado mas, na hora do show, o empresário local foi até lá para tirá-lo da cama e o obrigou a tocar bateria. Na volta, sem dinheiro, Tommy ainda tocaria mais cinco vezes com os Silver Beatles, antes de desistir e voltar a dirigir empilhadeiras. Morreria em 1981, aos 50 anos, na miséria.

Maio de 1960: John Lennon, Tommy Moore, Paul McCartney e George Harrison

Baterista serviu exército por 2 anos
Norman e uma garrafa ao lado...
Norman Chapman (baterista, 1960) – Se tem alguém no mundo que seja acirradamente contra o serviço militar obrigatório, deve ser este cara aqui. Quando Tommy Moore ouviu os conselhos de sua noiva e abandonou os Silver Beatles por uma “sólida e garantida” carreira de motorista de empilhadeira, o empresário da banda na ocasião, Alan Willians, decidiu procurar um baterista decidido a permanecer no posto. Ele era dono do Jacaranda Club, em Liverpool, e sempre ouvia alguém ensaiando bateria do outro lado da rua. Um dia foi até lá e conheceu o carpinteiro Norman Chapman, que trabalhava numa loja naquele local e aproveitava o fim do expediente para ensaiar no sótão, por hobby. Ele aceitou prontamente o convite para ser um beatle (ou silver beatle) e, no verão de 1960, tocou com eles em três shows. Mas, quando poderia ter acompanhado a banda na Alemanha, apareceu uma convocação para o National Service, o exército inglês. Serviu por dois anos, no Quênia e no Kuwait. E é claro que os Beatles nunca mais tiveram qualquer notícia sobre ele.

Quando a banda ficava sem baterista, Paul McCartney se encarregava da função

Foto promocional dos Beatles
Best hoje: eterno 'injustiçado'
Pete Best (baterista, 1960/ 1962) – O mais famoso dos “quase beatles”. Logo depois que Norman Chapman largou a banda, surgiu o convite para trabalharem na Alemanha. Foi então que George se lembrou de Pete, filho de Mona Best, dona da boate Casbah. Ele tinha uma bateria nova e tocava eventualmente com algumas bandas no local. Sem opção, foi com ele que a banda seguiu para Hamburgo. Lá, com a saída de Sutcliffe e a efetivação de Paul como baixista, os Beatles assumiram seu nome definitivo e criaram um estilo próprio. Em junho de 1962, já com Brian Epstein como empresário, a banda conseguiu um teste em Londres, na gravadora Parlophone, subsidiária da EMI. Apesar de serem aprovados e contratados, o produtor George Martin reclamou do som da bateria. Foi a deixa para John, Paul e George, que já planejavam substituir Pete (sua fama de “galã” roubava a atenção das fãs e sua mãe, Mona, insistia em se intrometer nos negócios do conjunto). Em agosto, às vésperas da primeira sessão de gravação e à beira da fama mundial, Best foi posto pra fora. Anos depois, trabalhou como padeiro e virou funcionário público.

Cavern Club, 1962: Paul McCartney, John Lennon, Pete Best e George Harrison

Baixista e canhoto, como Paul
Relembrando o tempo de músico
Chass Newby (baixista, 1960) – No fim de 1960, quando os Beatles regressavam de uma de suas excursões a Hamburgo, Stuart Sutcliffe saiu da banda e resolveu morar na Alemanha. Em Liverpool, os Beatles já tinham alguns shows agendados. Pete lembrou-se do baixista Charles “Chass” Newby, com quem tinha tocado no trio The Blackjacks. Ele estava em férias da universidade, onde cursava engenharia química, e tocou por quatro vezes, em dezembro daquele ano, com os Beatles. O curioso é que, apesar de ser um ano mais velho do que Paul, Chass nasceu no mesmo dia que ele (18 de junho) e também tocava o baixo ao contrário, por ser canhoto como McCartney. Como os Beatles tinham que voltar a Hamburgo no início de 1961, John convidou Newby para seguir com eles. O universitário recusou a oferta. “Eu queria estudar química. John, Paul e George queriam ser músicos”, explica o ex-baixista, que tornou-se professor de matemática. “Às vezes as pessoas não acreditam quando eu digo que não me arrependo. Mas realmente não. Eu aproveitei minha vida imensamente”, garante.

George, John e Paul no fim de 1960, quando tocaram com Chass Newby em Liverpool

'Hutch' foi chamado antes de Ringo
Foto atual do baterista do Big Three
Johnny Hutchinson (baterista, 1960 e 1962) – Esse foi “quase beatle” em duas oportunidades, e na última poderia ter se efetivado no cargo. Em maio de 1960, quando o empresário Larry Parnes foi a Liverpool escolher bandas de apoio para seus cantores, Tommy Moore chegou atrasado, quando Long John and The Silver Beatles já estavam no palco. Por isso, a banda precisou emprestar, nas primeiras músicas, o baterista Johnny Hutchinson, de outra banda que aguardava a vez de tocar, Cass and The Cassanovas. Dois anos depois, quando Pete Best foi demitido, o empresário Brian Epstein chegou a oferecer a vaga para “Hutch”, como era chamado, que agora pertencia ao grupo The Big Three. Ele não aceitou. “Pete Best é um amigo meu e eu não podia fazer essa sujeira com ele”, justificou. De qualquer forma, enquanto Ringo cumpria os últimos compromissos com a banda Rory Storm and The Hurricanes, antes de estrear nos Beatles, Johnny Hutchinson quebrou novamente o galho tocando com John, Paul e George (e com The Big Three nas mesmas datas).

Stuart Sutcliffe, John Lennon, Paul McCartney, Johnny Hutchinson e George Harrison
 
Baterista gravou 'Love Me Do'
Andy aponta foto de Ringo Starr
Andy White (baterista, 1962) – Menos de um mês após ter substituído Pete Best na bateria, Ringo Starr teve sérias dúvidas sobre seu futuro nos Beatles. Na primeira sessão oficial na EMI, em 4 de setembro de 1962, quando gravaram “Love Me Do”, o produtor George Martin voltou a torcer o nariz para o som da bateria. Por isso, uma semana depois, a banda foi convocada novamente ao estúdio, para refazer a gravação. E, ao chegarem lá, Martin os esperava com um baterista de estúdio, Andy White, de 30 anos. Humilhado, Ringo participou apenas tocando pandeiro. Para completar, Martin obrigou os Beatles a gravarem, no mesmo dia, uma música “melosa” (e alheia) chamada “How Do You Do It”, por não acreditar que “Love Me Do” tivesse chance no mercado musical. Com seu poder, parecia que, se quisesse, mandaria os Beatles trocarem Starr por White. Mas, lógico, não foi o que ocorreu. Andy seguiu como baterista de estúdio e, nos anos 1980, tornou-se professor de bateria e de gaita escocesa. Chegou a pregar um adesivo com a inscrição “5º Beatle” em seu carro. “Foi um aluno que me deu”, disfarçou.

Andy White visitou os Beatles no set do filme 'Help', em 1965; Ringo não deu as caras

Na turnê de 1964, com John Lennon
Baterista hoje vive recluso, em Londres
Jimmie Nicol (baterista, 1964) – Esse é o que tem a história mais incrível (e triste). No ápice da beatlemania, após conquistar os Estados Unidos, a banda preparava-se para sua primeira turnê mundial quando Ringo Starr foi internado às pressas com amigdalite. Desesperado, o empresário Brian Epstein contemplou a falência definitiva por ter que cancelar a turnê, devolver o dinheiro de ingressos de shows e pagar pesadas multas. Foi quando o produtor George Martin sugeriu o baterista londrino James George Nicol, que havia acabado de tocar em gravações cover dos Beatles. Aprovado em um teste-relâmpago nos estúdios de Abbey Road, Jimmie Nicol seguiu com John, Paul e George para shows na Dinamarca, Holanda, Hong Kong e Austrália, onde Ringo, recém-saído do hospital, reassumiu seu posto. A experiência de ter sido um beatle por dez dias, no período de maior assédio dos fãs e exposição na mídia mundial (1964), mexeu com a cabeça de Nicol. No torturante ostracismo em que caiu depois disso, passou por várias bandas obscuras até largar tudo e viver misteriosamente por décadas, no México. Hoje, aos 75 anos, vive recluso e quase sem dinheiro em Londres.

Três momentos de Jimmie Nicol: 'no topo do mundo', com John, Paul e George,...
....sendo posto 'de lado' pouco depois, enquanto Ringo reassumia o posto nos Beatles,...
...e deixado sozinho no aeroporto, para voltar a Londres, enquanto os Beatles dormiam.