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O Corinthians estreou nesta quinta no Campeonato Paulista com um empate suado contra o Grêmio Barueri, em 2 a 2 no Pacaembu. Empate dentro de casa é, por definição, mau resultado, mas nas circunstâncias não vou reclamar muito.
O Timão começou até bem, tomando a iniciativa e tentando o ataque, mas muitos erros de passe (21% de passes errados segundo a Folha de S. Paulo) e de finalização (5 no gol de 20 chutes, segundo o mesmo jornal) deixaram as coisas meio capengas. O Barueri veio para jogar no contra-ataque, e conseguiu: aos 23 min. do primeiro tempo, bolas nas costas de André Santos e Pedrão – impedido – abriu o placar.
O Corinthians acusou o golpe e se desestruturou. Os erros se multiplicaram e a partida parecia cada vez mais perdida. Para piorar, aos 20 min. do segundo tempo, o árbitro marcou pênalti de Chicão em Leanderson, numa disputa de bola aérea. Eu achei duvidoso, mas o Ricardo do Retrospecto não tem dúvida: foi inventado.
Mano Menezes trocou Túlio por Eduardo Ramos e Douglas por Wellington Saci, em duas alterações que demonstram que as opções do elenco podem ter aumentado, mas continuam limitadas. Aos 39 min., o zagueiro William trombou uma bola na área e o árbitro marcou pênalti – também duvidoso – que Chicão cobrou e diminuiu. O gol deu esperanças ao Timão, que passou a pressionar.
O técnico então trocou Elias por Otacílio Neto. Nesse momento, o time tinha Jorge Henrique, Souza e Otacílio no ataque, Saci e Eduardo Ramos nas meias, além das chegadas de André Santos e – em menor grau – Alessandro. Em resumo, um time bem ofensivo, mas os ataques eram desorganizados. Num destes, aos 43 min., Otacílio Neto limpou uma jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Jorge Henrique, que empatou. O time ainda quase virou, em cabeçada de Souza de dentro da pequena área defendida pelo goleiro René. Mas ficou por isso mesmo.
No geral, estréia é estréia, coisa e tal, ainda tem muita água para rolar. É chato que o time, que cantou que aproveitaria a vantagem de ter iniciado antes a preparação para disparar no começo, tenha jogado mal. Também não anima o sinal de que o time possa depender demais de Douglas – cuja questionável performance foi justificada por estar fora de forma - para ter boas apresentações.
De resto, para quem quiser ver algo de positivo nesse jogo medíocre, um bom banho de realidade para a Fiel e para o próprio time, que talvez andavasse um pouco animado demais com a onda de notícias positivas do final do ano para cá.