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Massa e Schumacher: substituição e
Massa e Schumacher: substituição e
O médium Robério de Ogum falou ao Futepoca sobre o recente imbróglio envolvendo o volante Roberto Brum, Vanderlei Luxemburgo e o próprio espiritualista. Robério, que previu a volta de Luxa ao Santos em 2009, disse que o atleta "estava carregado" e atraía "energias negativas". A resposta do evangélico Brum veio no domingo, no programa Mesa Redonda da TV Gazeta, quando se afirmou "vítima de calúnias", acusou o jornalista Admeir Quintino e reafirmou a "vitória de Deus".
"O Roberto Brum tenta ser líder, mas não tem pujança pra isso", afirma. Quando perguntado se ainda é amigo de Luxemburgo, de quem esteve afastado inclusive à época em que concedeu sua primeira entrevista a esse prestigioso veículo midiático, foi evasivo. "Nesse caso não interessa se sou amigo dele ou não". Ainda para saber se o médium influenciou na posição do treinador santista, foi questionado se a avaliação acerca das energias negativas de Brum era um aconselhamento. "Não é um aconselhamento, é uma previsão", garantiu.
O leitor Leandro mencionou em dois comentários (aqui e aqui) a recente declaração do dirigente do Corinthians Mário Gobbi Filho em resposta a protestos de torcedores pelo "desmanche" por que passa o time. O parceiro Vertebrais Futebol Clube mostrou com precisão um aspecto importante da "bola fora" de Gobbi, ou seja, como ele "errou" ao não esclarecer as reais razões por que um clube não consegue manter os craques no elenco por muito tempo, em vez disso perdeu a oportunidade de ficar calado e cuspiu grosserias à torcida.
Mas o "erro" de Gobbi vai um pouco além. Vamos ao que ele disse, em entrevista ao Globo Esporte:
– Não podemos cair nesse discurso medíocre e hipócrita de torcedor de arquibancada, que não tem cultura para falar disso. É ignorar que o objetivo final do futebol seja dar retorno financeiro ao clube. Não há desmanche, há um ciclo no futebol – opinou Gobbi.
O senhor Gobbi tem a si mesmo em tão alta conta, mas tão alta conta, que não se considera nem medíocre, nem hipócrita, nem inculto – portanto não é como esses corintianos favelados e ignorantes, esses que se autodenominam maloqueiros e sofredores. Que me perdoe este intelectual, mas na minha modesta opinião a sua segunda frase é uma pérola rara, para se gravar no bronze.
É incrível a inspiração de certos burocratas ao declarar o seu amor incondicional às atividades meio. Olha só que impressionante: o time de futebol é uma coisa que existe, segundo Gobbi, não para jogar futebol e ganhar títulos; até faz isso, claro, é inevitável, mas o seu objetivo final é outro, é gerar dinheiro para o clube.
Corrijam-me os semiólogos se eu entendi errado, mas minha impressão é de que o senhor Gobbi discordaria absolutamente de mim se eu dissesse que a a direção do clube tem a obrigação de fazer a sua boa gestão financeira, que inclui a compra e venda de jogadores, com o objetivo final (este sim) de manter o time jogando bem, garantir certo equilíbrio no elenco, sem grandes quebras entre os picos de qualidade. Num momento em que o clube dá mostras de que pode disputar e vencer o título do mais importante campeonato nacional, visando ainda a chegar em boas condições de disputar o continental, isso é crítico.Uma discreta inversão de valores: o futebol existe para o clube, não é o clube que é uma estrutura administrativa que existe para o futebol. Me lembrei de uma célebre declaração do ditador João Batista Figueiredo (na foto) em resposta à ingênua pergunta de um repórter: "mas presidente, e o povo?". O que ele retrucou foi: "O povo?! Ora, o povo não me interessa, o que interessa é o Brasil".
Se a gente pensar a coisa pelo avesso, será que os medíocres, hipócritas e incultos "torcedores de arquibancada" não têm alguma razão em protestar quando veem metade do time (a metade melhor) ir embora? Independente da justificativa que se dê? Não seria este um erro ou pelo menos um problema de administração que deve ser explicado, justificado, pelos responsáveis?
O torcedor de arquibancada talvez não precise de muito mais que um futebol decente para ver e alguma esperança de que o time possa ser campeão. (Alguns precisariam apenas de uma cerveja.) No meu modo de entender (serei hipócrita? ou medíocre?), ele é uma importante razão de ser do espetáculo, e não um incômodo, uma excrescência com a qual os dirigentes infelizmente se veem obrigados a conviver. Mas, se os gênios proliferam no futebol de hoje, nós certamente não estamos entre eles.
A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).
Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.
Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.
Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...
O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0 em Presidente Prudente. Voltou a se igualar em pontos ganhos com o Atlético-MG, na liderança. Enquanto o Goiás aplicava a segunda zebra seguida contra os da ponta superior da tabela, o Palmeiras via o fim da era Jorginho com a sexta partida seguida contra os alvinegros paulistanos sem conhecer derrotas. Recuperou também o Verdão do tropeço do meio de semana em Goiânia.
O primeiro gol foi de peixinho, em um cruzamento perfeito de Pierre. O segundo de pênalti, cometido abestadamente por Chicão. O terceiro foi em um contra-ataque em que Obina dividiu no alto com Moradei, deixando a bola para Cleiton Xavier esperar e deixar o centroavante livre para completar o escore.
Ele não é melhor do que o Eto'o. Nem é melhor do que o Keirrison do começo do ano. Mas decidiu o jogo e tem marcado gols. E está mais magro do que o Ronaldo.
Aliás, foi a saída do gordo que mudou a cara do jogo. O primeiro tempo foi mais disputado até a contusão de Ronaldo que, ao sofrer falta de Souza, caiu de novo, desta vez sobre a mão direita, produzindo suspeita de fratura. A partir daí, o Corinthians murchou e o Palmeiras cresceu. Depois do segundo e do terceiro gols, a partida foi administrada pelo alviverde, com períodos de tensão sem sentido.
De presente para Muricy Ramalho, o interino que quase se efetivou deixa o artilheiro Obina e a equipe mais faltosa do campeonato. O time marca muito com dois zagueiros, dois ou quatro volantes (no caso de Cleiton Xavier se dedicar mais às funções defensivas), e também bate. Embora as pancadas mais sem noção da tarde em Prudente tenham ficado para Alessandro, expulso, e Jorge Henrique, que saiu ileso.
Depois de cinco dias sem sinal de celular nem acesso à internet (fui derrubando cada conexão por onde eu passava), eu ia escrever impropérios contra Vanderlei Luxemburgo, que já entregou o time como campeão das faltas e sem artilheiro, mas depois do post do Glauco, a cota "pau-no-Luxemburgo" pode ficar para os comentários.
E o recordista de títulos brasileiros e dono de sensacional aproveitamento de pontos pelo Santos na Vila Belmiro conseguiu outro feito: participou da primeira derrota santista para o Flamengo no estádio desde 1976.
O histórico da atuação de Luxemburgo na partida foi mais fundamental na segunda etapa. A primeira mudança de Luxemburgo foi substituir Roberto Brum por Róbson. E aí, a evidência de como andam as coisas no Santos e a mostra que a habilidade do treinador em lidar com o elenco é algo questionável. O volante tomou o amarelo, foi cumprimentar Luxa, que se recusou a fazê-lo. Parece que o pastor-atleta não vai jogar mais no time, como ficou claro na coletiva do técnico. Difícil saber se a avaliação do médium Robério de Ogum, que disse que o jogador atraía “energias negativas”, influenciou na postura de Luxemburgo.
Se foi isso, a mística deu certo em um primeiro momento. Róbson, que entrou e salvou o time em outras oportunidades, fez o mesmo ontem. Parece ser o amuleto da vez, depois da saída de Molina. Mas nem só de sorte se faz uma equipe. O goleiro Felipe, bancado por Luxa, chegou a ter seu nome gritado na Vila Belmiro em uma defesa feita contra em finalização de Adriano dentro da área. Contudo, em outro chute do mesmo Adriano, de fora da área, jogada típica dele e nem por isso marcada pelos alvinegros, Felipe sofreu o gol de empate.
E, de novo, parece que os espíritos da bola não conspiraram a favor do “iluminado” Vanderlei. A maldição da lateral-direita santista se manifestou no gol contra de Pará, o ocupante da posição da vez.
O que esperar agora do time contra o Náutico, lanterna do campeonato brasileiro? Até quarta, nosso técnico achará alguns bodes expiatórios, rifará jogadores, e fará mudanças cosméticas que aparentarão ser radicais só para iludir a torcida. Certamente, desviará o foco da imprensa e dos torcedores, preservando-se.
Enquanto o Flamengo derrotava o Peixe, Jorginho, autor do gol 10 mil da história do Santos, comandou o espólio do time que Luxemburgo deixou desarrumado no Parque Antarctica para um belo 3 a 0 sobre o Corinthians. O balanço do Peixe pós- Mancini: um empate, duas derrotas e uma vitória. Será que o problema era o técnico anterior mesmo? Vale o investimento no atual? Ou seria melhor investir em um comandante menos custoso e aplicar em reforços?
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O Palmeiras anunciou Muricy Ramalho como técnico. Muitos dirigentes e assemelhados do Santos tentaram fazer disso um episódio que exemplificaria um menosprezo do ex-sãopaulino pelo Peixe. Balela. Antes de Mancini cair, Muricy já havia declarado que havia gostado muito da conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo e outros dois diretores palmeirenses. A diferença entre a proposta da Vila – melhor financeiramente – e a do Santos é fundamentalmente uma: a qualidade da administração de um e de outro clube, e não a tradição ou coisa que o valha. Muitas vezes o torcedor confunde a diretoria com a instituição, e cai nessa lenga-lenga dessas pessoas que se adonaram do Santos. Muricy fez o que qualquer um faria, foi para o lugar onde existe gente mais séria para poder desenvolver seu trabalho.
Aos 15 minutos do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o Vitória, os deuses do futebol avisaram: até os grandes têm seu momento patético, ainda mais em um gramado molhado. Poucas vezes vi uma escorregada assim...
Felipe; Diogo, Chicão, Jean e Diego; Jucilei, Elias, Douglas (Moradei), Morais (Jorge Henrique) e Dentinho (Marcinho); Ronaldo. Foi com esse time que o Corinthians venceu o Vitória, no Pacaembu, por 2 a 1. Gols de Dentinho (um golaço, em passe açucarado de Ronaldo) e, pasmem, Jean, após passe perfeito de Douglas.
Do jogo, o padrão corintiano nas últimas rodadas. Pressiona no começo do jogo e marca. Duas vezes, nesse caso. Depois, dá uma recuada e leva gol (bela enfiada de William para o gol de Apodi). No segundo tempo, deu uma pressionadinha no começo e tomou calor no resto.
Percebam que o time inicial descrito lá em cima, sem considerar André Santos e Christian, tem três reservas. Foi com essa formação que o time fez dois a zero. No segundo tempo, Jorge Henrique entrou no lugar de Morais, mas o placar permaneceu o mesmo. Isso mostra que tem algum elenco ali e dá esperança pós-desmanche.
Por outro lado, o gol de Jean (?!?) foi 80% por conta do passe açucarado de Douglas. E nos dois tempos Felipe fez mais uma vez defesas monstruosas e garantiu o resultado. Vamos sentir falta dos demissionários.
A vitória sobre o Vitória – lembremos que, considerando o time titular da final da Copa do Brasil, sem cinco titulares – colocou o Corinthians na quarta colocação, 1 ponto atrás do Inter, 2 atrás do Palmeiras e 5 atrás do Atlético. Se ganhar o clássico do Palmeiras no domingão, ganha pelo menos mais uma. É difícil, vai ficar ainda mais, mas estamos aí.
O Corinthians joga daqui a pouco contra o Vitória, em São Paulo, numa chance importante para chegar mais perto de ocupar um lugar no G4. Além disso, tenta acalmar os ânimos da torcida, que está bastante preocupada com o desmanche do time campeão Paulista e da Copa do Brasil.
A zaga que provavelmente entrará em campo preocupa: Diogo, Chicão, Jean e Diego. Apenas um titular e um lateral-esquerdo improvisado. Jogam com a proteção de Jucilei e Elias, que não estão entre os melhores marcadores que eu já vi. A esperança fica no ataque, que deve ser o titular. Se bem que Jorge Henrique é dúvida – em seu lugar jogaria Morais.
Será a primeira partida sem Christian e André Santos e, talvez, a última de Douglas (que pode ir para um time árabe) e Felipe, que teria proposta do CSKA. Além dele, Elias pode estar de saída para um “time médio” da Itália. Segundo Benjamin Back, do Lance!, o jogador quer ficar, mas pediu uma compensação financeira: R$ 1,5 milhão de luvas e R$ 150 mil mensais de salário. Se for isso mesmo, acho que vale pagar - só não sei de onde tirar dinheiro.
A coisa está ficando feia mesmo, mas ainda não estou desesperado. Já vi corintianos falando que o time vai acabar rebaixado. Não creio que chegue a tanto.
A resposta para essa dúvida da torcida começa a ser dada hoje. Depois desse jogo, vem o clássico contra o Palmeiras, que vem querendo mostrar serviço para o novo técnico, Muricy Ramalho. Duas pedreiras. Vamos ver o que Mano Menezes consegue com as peças que vão sobrando.
Outra saída - Essa deve deixar mais animada parte da torcida alvinegra: o Corinthians conseguiu arranjar um time para quem emprestar o meia Lulinha. Trata-se do Estoril, de Portugal, que contará com o atleta por dez meses. Não pagar o salário do garoto-prodígio pode ser um alívio para bancar outros jogadores - quem sabe Elias?.
Uma curiosidade a respeito do Estoril: cinco vezes campeão da segunda divisão portuguesa, segundo matéria do Uol, o clube enfreta crise financeira e ficou na quarta posição no ano passado. A solução encontrada foi claramente inspirada em casos tupiniquins: vender par a Traffic. "O Estoril é o time que a Traffic comprou em Portugal. Queremos que o Lulinha jogue. Entre jogador e Estoril já está tudo certo" explicou ao UOL Esporte o empresário de Lulinha Wágner Dinheiro, opa, Ribeiro. Quem disse que o futebol brasileiro não tem dinheiro?
Acabei de coordenar a edição de um livro sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o mais importante evento de formação e difusão de música clássica da América Latina. Por conta disso, me convidaram a passar uns dias lá.
E para lá eu fui, na terça-feira. Estava então tomando uma sensacional Red Ale no bar da cervejaria Baden Baden (ao lado, na foto de Gonçalo Lopes). Na mesa ao lado, meia-dúzia de playboyzinhos com seus vastos óculos escuros comiam salsichões, quando uma loirona montada em botas de couro apareceu vendendo bilhetes da Mega Sena. "Só R$ 20", dizia, acho que por um bilhete com seis jogos, "está acumulada em R$ 45 milhões", e sorria. Os meninos estavam totalmente desinteressados. A moça insistiu e um deles resolveu explicar as suas razões, apontando um dos colegas: "É que ele já tem tanto dinheiro, mas tanto..."
Diante de um argumento desses, a moça apelou a um jargão mais adequado: "Comprem, vai, pra me ajudar". Sem dúvida, manter a escova progressiva e as luzes no cabelo não deve ser fácil, era justa a esmola. Mas antes que seus amigos se abalassem, o garoto finalizou com toda classe, sem chance de réplica: "Mas é só R$ 45 milhões... Meu pai é acusado de ter desviado mais que isso". Gente fina é outra coisa.
Parece mesmo que o Corinthians vai passar por um desmanche completo. Que o clube precise abrir mão de um ou dois de seus destaques, tudo bem, ainda mais considerando que o histórico do Corinthians é de má administração, o que significa que sobram dívidas eternas pra pagar. (Não quero dizer com isso que as contas agoras estejam em boas mãos, não sei nada sobre as atuais finanças.) Mas vender três ou quatro jogadores do "núcleo duro" do time já é demais. Em particular, lamento muito a saída de Cristian. E se negociarem Felipe, como o Andrés Sanches vem anunciando, será também uma perda irreparável em curto prazo.
Não vejo mais chances para este ano, frustrando todas as esperanças que eu começava a alimentar. E, apesar dos bons resultados até aqui, minha confiança nesta administração é bem frágil. Espero que haja um bom plano de reposição, pois senão vai aumentar demais o roll dos que designo carinhosamente como "filhos da puta". Isso, claro, pensando no ano que vem. A menos que Mano Menezes surpreenda... mas acho bem difícil.
Em um post a respeito da situação da governadora Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, o jornalista Leandro Fortes comparou as imagens da tucana chamando professores de "torturadores de crianças" com outra situação, vivida em 1986 pelo ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, o popular e falecido ACM.
Naquela eleição, o candidato do então Ministro das Comunicações do governo Sarney, Josaphat Marinho, viria a ser derrotado por Waldir Pires, do PMDB. A cena abaixo, que foi publicada por num comentário do leitor DKRC no post de Fortes, mostra o quanto a moral de ACM estava baixa naquele momento em seu estado/feudo.
Mas mais que isso, mostra a forma de um coronel lidar com críticas. O repórter em questão é Antonio Fraga, 19 anos, repórter-estagiário da TV Itapoan e colega de classe de Fortes no primeiro ano de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Na ocasião, como descreve Fortes, "com a audácia tão típica da juventude, ele furou o séquito de bajuladores carlistas e perguntou, à queima-roupa, na cara de ACM, o que ele achava de estar sendo vaiado. (...) Na aurora da redemocratização do Brasil, o garoto Fraga conseguiu mostrar para o país quem era, de fato, aquela triste e grotesca figura política que ainda iria reinar soberana nas colunas políticas da imprensa brasileira, por muitos anos, impune e cheia de prestígio."
Grandes tragédias e pequenas vitórias em um Brasil de absurdos cotidianos.
Complementando o post anterior, o Real Madrid venceu o Shamrock Rovers por 1 a 0 ontem, com gol de Benzema aos 42 do segundo tempo. Cristiano Ronaldo (foto) não fez praticamente nada em sua primeira partida pelo clube espanhol. Ao chutar uma falta quase pra fora do acanhado campinho de Tallaght, a torcida irlandesa não perdoou e comecou a tripudiar: "Who are yah? - Who are yah?" ("Quem e voce? - Quem e voce?"). A derrota pelo placar mínimo soou como vitória para os 10 mil beberrões que viram o sonolento embate.
A venda de André Santos e Christian, pelo Corinthians, mostra mais uma vez a realidade em que os clubes tornaram-se verdadeiras barrigas de aluguel. Sem dinheiro, recorrem a "empresários" para contratarem os jogadores. Os que fazem sucesso são vendidos depois da "gestação" e o clube fica com uma pequena parte pela valorização que proporciona.