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quarta-feira, agosto 27, 2014

O time do povo (rico)

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Alexandre Padilha: só 5%? Será mesmo?
Pesquisas, principalmente sobre futebol, política ou cachaça (marcas de cerveja preferidas, por exemplo) sempre rendem polêmica, espalham a cizânia e arregimentam batalhões de descrentes. Afinal, muitos desconfiam que qualquer pesquisa pode justificar qualquer coisa que se pretenda, mesmo que não reflita exatamente a realidade. Quer uma prova? Pesquisa do Ibope divulgada ontem insiste em apontar que o candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, tem apenas 5% de intenções de voto - quando, nas últimas três eleições, os candidatos a governador por esse partido nunca ficaram com menos de 30% dos votos válidos no final das apurações, vide Aloizio Mercadante (35,23% em 2010 e 31,68% em 2006) e José Genoino (41,36% em 2002). Enfim, Padilha, menos popular e com menos "estrada" política que seus antecessores, pode nem chegar perto de 30%, mas, com certeza, o eleitorado fiel ao PT em terras paulistas é, inegavelmente, superior a 5%.

Buenas, um dia depois, sai outra pesquisa do (mesmo) Ibope para apimentar ainda mais os discursos de mesa de bar. Periodicamente, o jornal Lance! publica um "raio-X" das maiores torcidas de futebol do Brasil. Já havia feito isso em 1998, 2001, 2004 e 2010, e repete a dose agora. A edição desta quarta-feira do jornal publica em quatro páginas a pesquisa mais recente, mostrando que as cinco maiores torcidas continuam as mesmas do levantamento anterior, mas com oscilações: o Flamengo tem 32,5 milhões de torcedores (participação de 16,2%, com variação negativa: - 1%), o Corinthians, 27,3 milhões (13,6% do total e variação positiva de 2010 pra cá: + 0,2%), o São Paulo, 13,6 milhões (6,8% dos torcedores brasileiros hoje, mas com variação negativa: - 0,2%), o recém-centenário Palmeiras tem 10,6 milhões (5,3% e também com variação negativa: - 0,7%), e o Vasco, quinto colocado, tem 7,2 milhões de torcedores (3,6% do total e queda nos últimos quatro anos: - 0,5%).

Títulos relevantes = aumento de torcida
Até aí, nada de muito surpreendente. Natural que tenha caído o número de flamenguistas, são-paulinos, palmeirenses e vascaínos, que não comemoraram nada de relevante de 2010 pra cá, considerando que os títulos da Copa do Brasil de 2011 do Vasco, de 2012 do Palmeiras e de 2013 do Flamengo não dizem muita coisa, visto que o primeiro está na Série B, o segundo esteve lá ano passado (e ronda a zona de rebaixamento atualmente) e o terceiro também não vai muito bem das pernas. Em contraposição, o Corinthians, único deles que teve crescimento de torcida, venceu simplesmente o Brasileirão, a Libertadores e o Mundial no período. Outra prova de que o raciocínio faz sentido é que, em 2010, o sexto colocado no ranking das maiores torcidas era o Grêmio, que agora foi ultrapassado por Atlético-MG e Cruzeiro. Também neste caso, o clube gaúcho não ganhou nada de expressivo nos últimos quatro anos, enquanto atleticanos venceram a Libertadores e cruzeirenses ganharam com folga o Brasileirão de 2013 e caminham para o bicampeonato.

O que não impede, lógico, que torcedores de todos esses clubes discordem e contestem (com indignação) a pesquisa feita para o Lance!. Por isso mesmo, o jornal joga ainda mais gasolina na fogueira: contrariando um dos maiores estereótipos do futebol paulista (e brasileiro), o líder entre os torcedores mais ricos - com renda acima de dez salários mínimos, ou R$ 7.240,00 mensais, em valores atuais - é o... Corinthians (!).


Sim, o decantado time "do povo" tem nada menos que 17% de torcida entre esse abastado público, superando de longe o Flamengo (10,9%) e o Atlético-MG (10,1%). O São Paulo, tido como time "dos ricos", aparece somente em quarto lugar, com 9,2% desse público. E o Fluminense, outro clube taxado de "aristocrático", está apenas na 10ª posição, com 1,7% do povo que ganha acima de dez mínimos, empatado com Vasco, Botafogo e Santos. E atrás de Palmeiras (8,4%), Grêmio (5,9%), Cruzeiro (5%), Internacional (2,5%) e Sport (2,5%).

Sanchez tem razão ao cobrar mais
Engraçado é pensar que essa liderança do Corinthians entre os torcedores mais ricos dá total razão para o Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, que vem comprando briga e enfrentando protestos ao dizer que os elevados preços de ingresso no Itaquerão não vão baixar e que, para além disso, o valor precisa subir quase 50%. Faz sentido, considerando o levantamento do Ibope. Enquanto isso, o Flamengo ganha argumento para reivindicar, para si, o posto de verdadeiro "time do povo" brasileiro: na pesquisa do Lance!, o clube é, disparado, o que possui maior torcida entre os mais pobres (que ganham até 1 salário mínimo, ou R$ 724,00 mensais): 20,8%, o dobro do Corinthians (10%). Na sequência, a maior parcela de torcedores pobres é do São Paulo (5,6%), Palmeiras (4,4%), Vasco (4,4%), Sport (4,2%), Santa Cruz (4%), Bahia (2,3%), Vitória (1,6%), Ceará (1,5%), Internacional (1,1%), Botafogo (1,1%), Grêmio (1,1%), Atlético-MG (0,5%), Santos (0,5%), Fluminense (0,4%) e Atlético-PR (0,1%).

Em tempo: pesquisa do Ibope foi feita com 7.005 entrevistados, incluindo torcedores entre 10 e 16 anos, em todos os Estados e Distrito Federal, com margem de erro de 1 ponto.

E, garçom, traz mais cerveja. Porque essa discussão vai longe, muito longe...

sábado, junho 25, 2011

Magoei, não brinco mais!

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"- Já vamos começar a pensar no planejamento do ano que vem e o projeto do centenário é ser campeão da Libertadores."
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, em 2 de julho de 2009, quando o clube alcançou o tricampeonato da Copa do Brasil

"- Se eu continuasse presidente, o Corinthians não iria disputar a Libertadores no ano que vem. Do jeito que estão essas cotas não dá para ficar, não. O Corinthians paga para jogar."
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, em 24 de junho de 2011, dois dias depois de o Santos ter conquistado o tricampeonato da Libertadores.

quinta-feira, março 12, 2009

A Globo ama o Ronaldo

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Dizem por aí que a imprensa é corintiana. Eu sempre achei que isso só procede no quesito "excesso de pautas", porque acham que tudo o que tem a ver com o Corinthians vende. Então inventam crises que não existem, geram e ampliam outras crises, programam jogos que talvez não merecessem ir à TV. Mas minha impressão de torcedor é que gostam mais de falar mal do que bem do Timão. Ao contrário do que acontece com o São Paulo, de quem a mídia gosta de falar bem.

A chegada de Ronaldo inaugura uma nova fase, como já apontaram aqui no Futepoca e muita gente internet afora. Começou por um inusitado e insistente interesse pelo banco de reservas e – inovação – a narração esportiva do que acontece no banco. "Ronaldo sorri", "Ronaldo reclama, não concordou com a marcação do juiz", "Ronaldo está muito atento no jogo" e todas essas coisas que o Brasil tanto quer saber.

Agora que ele entrou em campo... O "carinho" que a Globo dedica ao Ronaldo é todo especial. Ontem, Palmeiras e Ituano na telinha, empate que ficou barato aos reservas do Palestra, Ronaldo se infiltrava na transmissão a cada 5 minutos e a fala do Cleber Machado se enchia de afeto. "Olha só esse lance do Ronaldo", "Ele parece que está bem, será que ele fica 60 minutos?".

Ainda no primeiro tempo, Ronaldo perdeu um gol na cara, fez até aquela careta, puxando os cantos da boca e mostrando a dentadura, como quem diz "olha a merda que eu fiz". Cleber, de sua tribuna, não foi tão duro como queria o atacante: "É, essa aí, olha, dá até pra dizer que ele perdeu". Mas o carinho pelo craque é tamanho, mas tamanho, que começa a contaminar a relação com o clube como um todo. Em seguida, numa sequência de boas defesas do Felipe, o narrador nem se abalou: "Olha só, deram algum trabalho ao goleiro Felipe" – parecia que nada podia de fato ameaçar o Corinthians, afinal, tem em sua linha o ungido, o abençoado, ou ainda o "guerreiro", como querem alguns.

Mas Felipe alterna grandes defesas com grandes falhas, e o São Caetano chegou ao gol numa saída um tanto quanto bizonha do arqueiro. Na narração, o São Caetano chegou "neutramente" ao gol numa bola cruzada. Mas quem se interessa? O que importa é o drible que o Ronaldo vai dar daqui a pouco, e os muitos gols que ele vai fazer nessa goleada certa. Ou então, se esse bravo guerreiro vai suportar ficar ali no jogo, se vai atuar por 60, 70, 73, 87, ou 90 minutos. A cada momento, queremos muito saber se o Ronaldo demonstra cansaço, se aparenta sentir-se bem, se está feliz, se não tem nada doendo...

Agora, pra pôr o link aí embaixo, que eu tirei do Globo.com, não são os melhores momentos do jogo, mas o gol e outros lances do Ronaldo.



Se ao contratar o Fenômeno, Andrés Sanches pensou no marketing, acertou. O Corinthians é agora notícia no mundo, pelos pés do atacante.

E acertou também pelo futebol, porque o cara é craque mesmo. Enquanto durar o joelho, vai fazer muitos gols para orgulhar a Fiel Torcida.

E pra Globo já é um dos maiores eventos da história do Corinthians. There's only one Ronaldo!

terça-feira, dezembro 04, 2007

Boas notícias para os adversários do Corinthians

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O Corinthians está cheio de boas notícias hoje, uma beleza. O time anunciou a contratação do atacante Lima, ex-reserva do São Paulo, e Rafinha, meia que foi bem na Copa São Paulo pelo São Bernardo e estava encostado no Cruzeiro. Jornais noticiam ainda a vinda de Bóvio, aquele do Santos, que estava no Málaga ninguém sabe bem fazendo o que. Aparentemente, a política de contratações continuará a mesma, ou seja, nenhuma.

Além disso, Andrés Sanches disse estar negociando a permanência de Nelsinho. Afinal, um treinador com tantas qualidades e que fez tão boa campanha pelo clube nesse final de campeonato merece ser valorizado... com demissão.

O cartola confirmou também que convidou Antonio Carlos para ser diretor técnico. Realmente, é disso que o Corinthians precisa: um cara inexperiente que ninguém sabe como trabalha em termos administrativos e que tem pouca ou nenhuma identificação com o time. É Andrés Sanches a todo vapor pela alegria dos adversários.

Enquanto isso, a Gaviões da Fiel presionou o presidente do clube exigindo a canbeça de alguns jogadores. Betão, Zelão, Gustavo Nery e Vampeta estão na lista. Esqueceram de um monte de gente, como Aílton e Iran. E pegunto: por que o Betão? Vai mandar ele embora e jogar com quem? Kadu ou Fábio Braz? Pelo menos, o Betão é corintiano.