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O Futepoca já xingou a Era Dunga, a Era Parreira e a Era Cafu.
Mas o título deste post não que colocar o melhor em campo no 0 a 0 entre Brasil e Argentina como vilão. Ele desarmou todos os cruzamentos de escanteios e faltas com bola alçada na área e puxou o jogo. Virou o camisa 8 da minha seleção, caso minha indicação como treinador da seleção seja escolhida entre os 180 milhões de postulantes ao lugar do técnico anão. Mas não é o 10.
Foto: CBFNews/Reprodução
Robinho esteve apagado. Diego só não está mais queimado com Dunga do que o técnico com a torcida. Depois de entrar no lugar do contundido Anderson, sempre girando para a esquerda para tentar sair da marcação, não saiu. Foi para o vestiário mais cedo para dar lugar a Daniel Alves, a alteração supersticiosa de Dunga.
Pior, o lateral improvisado na meia entrou melhor do que Diego. Puxou um contrataque e mostrou que deve ser o dono da camisa 2.
Adriano correu e trombou. Ótimo. Mas não chutou em gol. Os petardos de fora da área que já salvaram o Brasil não apareceram. Quando o Rei da Cocada Preta da Inter de Milão tentou tabelar com Robinho, criou-se uma chance de gol, mas não houve novas incursões.
A Argentina de Basile padece de um problema. Não consegue jogar contra o Brasil. Riquelme se acamaleona diante da camisa amarela.
As jogadas individuais de Messi foram a arma dos argentinos. Pelas minhas contas, só foi desarmado uma vez sem faltas no jogo, por Lucio. Quase marcou no final do jogo. Mas não resolveu.
Aliás, falando em talento individual, é curioso ouvir cronistas lamentando uma suposta "falta de craques" à disposição no Brasil como fomentadora da demanda pela prancheta. Antes, dizem, o Brasil resolvia no talento individual. Diante dessa escassez, prosseguem os desiludidos sem assunto, é preciso tática e jogadas ensaiadas.
O Brasil ensaiou, segundo Roberto Carlos, a linha burra de impedimento contra a França, e Henri eliminou a seleção da Copa (Lucio não foi informado do treinamento, é verdade).
Alguns jogadores não correspondem na seleção o que jogam nos clubes. É uma máxima do futebol sem grandes explicações.
Mas Robinho, Adriano e até Julio Baptista já resolveram partidas para a seleção canarinho. Diego já jogou bem. Kaká, contundido, e Ronaldinho Gaúcho estavam de fora dessa convocação.
Então, que papo é esse de falta de jogador bom?
Se eles existem ainda, bora ajudar o Dunga. Como você montaria sua seleção?