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sábado, junho 12, 2010

Inglaterra leva empate em falha do goleiro

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Os Estados Unidos podem agradecer ao goleirão Robert Green pelo empate em 1 a 1 frente à Inglaterra, na tarde desse sábado, no Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo.



Depois de tomar o primeiro gol logo aos 3 minutos, com Gerrard, após belo passe do centroavante Heskey, o time da terra de Marilyn Monroe empatou no final da primeira etapa com ajuda do arqueiro. Dempsey chutou meio sem pretensão de fora da área e o Green engoliu o primeiro frango da Copa da África.


A Inglaterra dominou os espaços, num 4-4-2 bem armado. As famosas duas linhas de quatro eram totalmente visíveis quando o time se defendia. Impressiona a velocidade do time para alternar entre as posturas ofensiva e defensiva. O time estadunidense mostrou ser muito bem treinado e levou perigo, principalmente com os cruzamentos de Donovan. Mas a qualidade dos jogadores britânicos fez a diferença.

O que fez Rooney e o resto do jogo é só no Copa na Rede.

sexta-feira, março 19, 2010

PSDB já fez Ciro 'encher a cara'

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Falando sobre o período em que rompeu com o PSDB e foi para a universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) revelou: "Enchia a cara de saquê, ouvindo Marisa Monte".

A declaração foi feita ontem, em debate do evento "Roda Viva" da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no Centro Acadêmico XI de Agosto.

quarta-feira, março 17, 2010

O líquido preto do capitalismo

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Nosso amigo fotógrafo Jesus Carlos, da Imagemlatina, costuma dizer que tem três coisas que se recusa terminantemente a consumir: comida de fast food, novela e Coca-Cola, que ele chama carinhosamente de "líquido preto do capitalismo". Porém, vemos nas fotos deste post que os camaradas cubanos Ernesto "Che" Guevara e Fidel Castro não tinham muita restrição a esse produto estadunidense. Pergunta maldosa: será que refresca greve de fome?

sábado, março 06, 2010

Adolf Obama ou Barack Hitler - para quem reclama da mídia brasileira

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Os conservadores nos Estados Unidos estão em guerra declarada contra o presidente Barack Obama. Desde que assumiu, em 2009, o democrata (não confundir com os democratas daqui) promove investidas para aprovar um programa público de saúde. Não está claro se o projeto cria um Sistema Único de Saúde para os gringos ou se faz um arremedo disso, mas o objetivo é garantir acesso a tratamento por parte das pessoas que não tem o que no Brasil seria chamado de convênio médico.

Os planos de saúde geram distorções no atendimento e um superpoder às seguradoras de negar tratamento por questões descritas nas letras miúdas dos contratos.

A forma mais razoável de atacar uma proposta assim seria com argumentos, críticas, apontando contradições na proposta. Mas o jeito mais fácil é outro: comparar Obama a Adolf Hitler e o plano de saúde pública à eugenia e ao holocausto. Claro!

A revista Extra! e o Media Matters fazem levantamentos exaustivos do que a mídia – especialmente a neoconservadora – produz. E são inúmeras as recorrências, desde 2008 até agora, e com viés de alta.

Para os conservadores da terra do Tio Sam, colocar o Estado na função significa tirar poder das empresas para entregá-lo ao Leviatã. E um Estado maior é tudo o que essa turma não quer, seja por interesses econômicos pontuais, seja por ideologia, por acreditar que é mesmo um risco fazer o setor público crescer, nem que seja um pouquinho.

Em 2009, radicais de direita – Deus, Jeová, Alá e Buda nos livrem disto! – saíram em marcha com cartazes que fundiam as figuras de Obama e Hitler, com os dizeres: "Barack Hussein Obama, a nova face de Hitler". "Mas esses radicais não inovaram nas comaprações. Eles receberam a fúria e as analogias ao Fuehrer principalmente dos comentaristas de direita das rádios e televisões", escreve Noah Lederman.

(Que conste, com George W. Bush o mesmo tipo de montagem foi feito, e muitas, muitas vezes.)

Com destaque para as TVs e rádios associadas à Fox News, são listados comentários e referências ao ditador nazista. Uma das mais surreais comparações foi assinada por Glenn Beck, um aspirante a político ultrarreacionário dos mais raivosos que tem certeza da existência de elos entre a o mandatário na Casa Branca e a Al Qaeda.

Quando Obama justificou a escolha de Sonia Sotomayor para a Suprema Corte – a primeira mulher de origem latino-americana – por levar inteligência e empatia ao tribunal, Beck não se aguentou. Ele foi pesquisar nos livros de história da Segunda Guerra Mundial para concluir que Hitler usou a "empatia" para decidir pela eutanázia de crianças com deficiência, "o que levou ao genocídio por toda parte". Simples assim. Mais adiante emendou: "Empatia leva você muitas vezes a decisões bastante ruins".

Mas onde isso toca o plano de saúde? Beck não preservou para isso sequer sua filha, que teve paralisia cerebral ao nascer. Segundo o comentarista, o tratamento que a filha receberia caso fosse aprovado o programa público de saúde de Obama seria igual ao dado pelos nazistas às pessoas com deficiência.

Cal Thomas, que escreve em diferentes jornais, também mostrou que tem talento para ficção. Sugeriu que as medidas apresentadas ao Congresso levariam o país pelo mesmo caminho que levou Hitler à Lei da esterilização – sem citar as normas semelhantes adotadas do outro lado de cá do Atlântico. Em outro artigo, escreveu que poderia ser dada carta branca a cientistas para promover estudos sem preocupações éticas como tinha Josef Mengele, o Anjo da Morte nazista.

De novo Glenn Beck, em outra ocasião, explicou que não queria comparar os dois líderes, mas pedia que o público lesse o livro Minha Luta, ou Mein Kampf no original, autobiografia de Hitler. Esta merece citação na íntegra:

– Se você lê isso (Mein Kampf) agora, vê que Hitler lhe disse o que ele ia fazer. Ele contou aos alemães. Vendeu mais do que a Bíblia. Os alemães leram Mein Kampf, mas o que fizeram? Não deram ouvidos. "Ah, ele não está falando sério." "Ah, ele só está dizendo para ganhar o público X, Y, Z." Todas as mesmas mentiras estamos dizendo a nós mesmos. "Não, isso é loucura. Ninguém realmente faria isso (as medidas previstas no programa de saúde dos democratas)". Eles enterraram suas cabeças na areia e, então, tornou-se tarde demais. Por favor, America, levem a sério o que este homem (Obama) diz.

Incrível como ele parece ter certeza do que diz. E a gente ainda reclama da mídia brasileira. Tem muito colunista que precisaria comer muito arroz com feijão (ou seria x-burguer com fritas?) para produzir ilações assim.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Som na caixa, manguaça - Volume 44

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O PATRÃO MANDOU
(Composição: Paulinho Soares)

Paulinho Soares

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

Não sei o que é que o patrão tem debaixo da cartola
Que a gente não se solta, ta grudado feito cola
No fim das contas, o patrão manda e desmanda
E ainda faz do Rei Pelé mais um garoto-propaganda

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

O patrão é fogo! Ele é quem dá as cartas, banca o jogo
Tá metendo sempre o bico no fubá, qual tico-tico
No troca-troca, o patrão que é mais rico
Já levou o Rivellino e vem depois buscar o Zico

O patrão mandou cantar com a língua enrolada
Everybody, macacada! Everybody, macacada!
E também mandou servir uísque na feijoada
Do you like this, macacada? Do you like this, macacada?
E ainda mandou tirar nosso samba da parada
Very good, macacada! Very good, macacada!

(Do LP "Paulinho Soares", Continental, 1978)

Ps.: Vejam o artista - que faleceu em 2004, aos 60 anos - e os anárquicos Trapalhões zombando da nossa macaquice estadunidense:

quarta-feira, junho 24, 2009

The Star-Spangled Zebra

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quinta-feira, junho 11, 2009

Tipos de cerveja 38 - As Malt Liquor

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Esse tipo de cerveja não é muito bem visto pelos apreciadores. Tipicamente estadunidenses, as Malt Liquor são lagers mais fortes e com mais álcool. Têm cor de palha, por vezes âmbar, e sabor aguado - muito por causa da utilização de açúcar, arroz e milho, em vez de malte. O lúpulo raramente é utilizado e, quando é, serve apenas para equilibrar o aroma e sabor da cerveja. "Isso resulta em cervejas extremamente fortes - em termos de álcool, entenda-se - com percentagens que variam entre os 6% e os 9% ABV", observa Bruno Aquino, do site parceiro Cervejas do Mundo. Exemplos de Malt Liquor: Molson XXX (foto), Colt 45 e Olde English 800.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Ideia de bêbado

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Muita gente que gosta de rock'n'roll torce o nariz para os Beatles, por causa da imagem inicial da banda, certinha, de terno, gravata e aparência de "meninos bons". O que nem sempre é levado em conta é que eles mesmos detestavam aquela imagem falsa e marqueteira, construída cirurgicamente pelo empresário judeu Brian Epstein. Sua primeira exigência, para promovê-los, foi que abandonassem o estilo selvagem de topetes, roupas de couro apertadas, botas de caubói (acima) e comportamento delinquente - como tocar com assentos de privada no pescoço, fumar, beber e imitar gorilas no palco, o que faziam nos cabarés de Hamburgo, na Alemanha. Epstein mandou todos ao alfaiate, para que se vestissem como ele, e chegou ao requinte de exigir que trocassem de marca de cigarro, para uma que não fosse proletária. Pete Best, o baterista na época, recusou-se a cortar o topete e a "se enquadrar". Epstein o substituiu por Ringo Starr com o aval mudo de John Lennon, Paul McCartney e George Harrison.

Porém, depois que eles tomaram o mundo de assalto e ficaram muito mais poderosos do que seu empresário, passaram progressivamente a abandonar o visual "limpinho". A guinada veio em 1967, com o mergulho na psicodelia e nas roupas hippies. Antes disso, porém, a insatisfação com as entediantes e ridículas sessões de fotos promocionais, sempre trajando os odiosos terninhos, já provocava revolta, principalmente em Lennon. Foi por isso que, em 15 de março de 1966, eles chamaram o fotógrafo oficial da banda, Robert Whitaker (o mesmo que faria a célebre capa do LP Sgt.Pepper's Lonely Hearts Club Band), para uma brincadeira que acabaria em grande confusão. Os quatro imaginaram o que fariam se tivessem o poder de planejar, dirigir e executar uma sessão de fotos. O propósito central seria destruir a imagem de "bonitinhos e ingênuos", a partir do choque e do nonsense. Por isso, a sessão foi batizada por eles como "Aventura sonâmbula". Cada um dos quatro sugeriu uma situação para ser registrada, como a da foto acima, em que mostram gomos de linguiça para uma fã assustada.

Mas a ideia de Whitaker, apoiada com gosto por Lennon, foi a mais chocante. Ele sugeriu que os quatro posassem com aventais de açougueiro, segurando pedaços de carne e ossos - e rodeados por bonecas decapitadas, mutiladas e com várias dentaduras e olhos de vidro espalhados (foto à esquerda). Durante muitos anos, especulou-se que isso teria sido feito para provocar a gravadora Capitol, que prensava os discos dos Beatles nos Estados Unidos. Isso porque, em vez de reproduzir fielmente a discografia que saía na Inglaterra, ela mutilava os discos e lançava todo ano dúzias de coletâneas que misturavam músicas de diversas fases, sem o menor critério, para multiplicar a oferta e o lucro. Quando os Beatles pisaram pela primeira vez na terra do Tio Sam, ficaram confusos e indignados com a quantidade de discos deles que nunca tinham visto ou ouvido falar. Lennon, no famoso show no Shea Stadium, em Nova York (agosto de 1965), apresentou assim uma das canções que iam tocar: "Essa é do Beatles 4 ou do Beatles 5, sei lá, não conheço esse disco".

Ou seja: a Capitol fazia um serviço de "açougueira" retalhando a "carne" (obra) da banda de Liverpool - e a sessão de fotos denunciaria sutilmente isso. Segundo o fotógrafo, porém, as imagens foram feitas por brincadeira e não seriam utilizadas como material promocional. Algumas acabaram saindo, discretamente, no verso da capa de algum compacto obscuro ou em revistas sobre música, sem destaque. Mas a bomba explodiu quando, em junho de 1966, algum manguaça teve a brilhante ideia de escolher uma das fotos do "açougue humano" para a capa de mais uma coletânea caça-níqueis da Capitol para o mercado estadunidense, "Yesterday and today". Ao chegar às lojas, a capa (no alto, à direita) provocou forte reação negativa dos consumidores, levando a gravadora a recolher o que pôde e substituir, cinco dias depois, por outra capa, mais comportada (foto de baixo). Hoje, as capas originais, com a carne e as cabeças decapitadas, chegam a ser compradas por até 10 mil dólares (mais de 20 mil reais) por colecionadores de todo o mundo. Pode parecer loucura, mas é um ótimo investimento: a cada década, as raras cópias dobram de preço.

Na época, os Beatles não disseram uma palavra sobre o assunto. Vinte anos depois, Paul McCartney comentou apenas que a carne utilizada na sessão parecia "apetitosa". Passadas quatro décadas, fica a dúvida sobre quem bebeu mais: se Lennon (acima), que incentivou a sessão, se o fotógrafo Whitaker, que teve a ideia do "açougue", ou o manguaça da Capitol que escolheu uma das imagens para capa de disco. Só o que sei é que essa "bebedeira" desaguou numa das maiores ousadias plásticas da história do rock.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Tudo menos a cervejaria

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Já que estou na toada da ciência e tecnologia... os EUA, cuja universidade é considerada hoje o modelo para o mundo em termos de produção científica e tecnológica, importaram o seu sistema universitário da Alemanha. Tanto que o sociólogo Max Weber disse certa vez que se alguém quisesse conhecer o desenvolvimento da universidade alemã deveria ir aos Estados Unidos. O padrão alemão reproduzido nos EUA consiste na organização em departamentos, no foco em pesquisa e na pós-graduação, a constituição de sociedades de pesquisa e na publicação de periódicos científicos.

Essas coisas eu aprendi numa palestra com a pesquisadora de educação Mirian Jorge Warde, professora da PUC-SP. Esse decalque do sistema teve no entanto uma adaptação importante (à qual naturalmente se seguiram muitas outras, pois os estadunidenses foram re-inventando à sua forma e conforme suas necessidades o seu sistema): ela conta que os estadunidenses importaram tudo, menos a cervejaria. Opa! Aí começa a parte interessante da história.

As universidades alemãs são bastante antigas, e em torno delas, como em torno de tudo no país de Beckenbauer, foram naturalmente se abrindo cervejarias (como a famosa Löwenbräu, de Munique, na foto ao lado), com o propósito de acolher os alunos após as atividades acadêmicas. Antes que alguém diga que este aspecto foi muito bem incorporado ao sistema universitário brasileiro, é preciso entender como as cervejarias se articulam com as aulas. Acontece que na Alemanha essas aulas são estruturadas na forma de leituras (a Lektüre), ou seja, explanações curtas, com começo, meio e fim, sobre um tema ligado às pesquisas deste professor.

As informações básicas, aquelas que qualquer um pode encontrar em livros, essas o professor nem aborda, já dá como pressuposto. Os alunos se viram, estudam, e fazem exames no fim do ano, pronto. Mas nas aulas vão ter contato com conhecimento de ponta, aquilo com que seus professores estão lidando naquele momento. Claro que surgem muitas dúvidas e abrem-se muitos caminhos para elucubrações, divagações, explanações... A cervejaria é então o foro adequado para se desenvolver os debates. Adequado sobretudo porque livre, democrático, animado e descompromissado: os manguaças intrigados pela palestra não têm que prestar contas a ninguém, e podem realmente levar ao limite as discussões.

Os estadunidenses, segundo a professora Warde, teriam "incorporado" a cervejaria à sala de aula, deixando sempre um tempo final aos debates. Perderam o principal, claro.

Mas está aí mais um aspecto a ser incorporado no Manguaça Cidadão: implantação de estruturas de excelência e adequadas à discussão científica nos arredores das nossas universidades. Mas nada de copiar a cópia: vamos direto à fonte alemã.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Bloomberg eterno

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Amparado pela sua alta popularidade, um mandatário decide lutar pelo direito de disputar mais uma eleição para permanecer em seu posto. Alega que tem o apoio das bases e é o melhor nome para chefiar o executivo num momento de crise. Consegue modificar a lei e desponta como favorito para as eleições que, em tese, nem deveria disputar.

Bolívia? Venezuela? Equador? Que nada. Estamos falando dos Estados Unidos - e mais especificamente de Nova York, a cidade mais importante do mundo.

O político em questão é o republicano Michael Bloomberg (foto). Ele assumiu a prefeitura da cidade pouco após os atentados de 11 de setembro de 2001, substituindo Rodolph Giuliani. Fez uma gestão das mais populares e agora, quando deveria largar o osso, mexeu os pauzinhos para buscar a continuidade na prefeitura.

A mudança na lei que permite sua candidatura foi aprovada pelo Conselho da Cidade (espécie de Câmara dos Vereadores local) nessa quinta-feira (23), por estreita margem de votos: 29 a 22. Com a decisão, Nova York modifica política que vigorava desde a década de 1990, que determinava que um prefeito poderia reeleger-se apenas uma vez.

Não entendo muito da política dos EUA, e sei que lá cada estado faz a sua legislação. Pode ser que a reeleição ilimitada para o executivo não seja algo tão anormal assim. Mas para mim é algo que soa um tanto quanto curioso, estranho. Os Estados Unidos, país que se intitula o farol da democracia mundial, permitirem que um político se perpetue no poder por ter boa aprovação popular, e até aceitarem uma modificação na lei por conta disso... se fosse aqui no Brasil, tenham certeza que trombetas apocalípticas soariam aos montes.

Concurso paga US$ 10 mil para a stripper mais parecida com vice de McCain

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Foto: Tiffany Brown/Reuters/G1
Depois do surto de circular montagens de fotos da governadora do Alasca e candidata à vice-presidência dos Estados Unidos pelo partido republicano, Sarah Palin, o fetiche foi mais longe. Um concurso organizado por uma casa para cavalheiros (com o perdão do eufemismo), prometeu US$ 10 mil para a dançarina mais parecida com a candidata. A vencedora também ganharia uma viagem à capital Washington, em janeiro, para a posse. O release está aqui.


Sósias de todo o país teriam sido chamadas, segundo os organizadores. Para ganhar, era preciso angariar votos do público presente ao participar de uma espécie de debate - cujos detalhes não foram explicados - e ser parecida com a governadora do Alasca em trajes de banho. Quer dizer...

Fixação
Antes, o fetiche de estadunidenses por mulheres de biquini e rifles na mão fez circular fotos montadas rapidamente desvendadas ao serem encontradas as originais. O jornal britânico Daily Mail apresentou ainda outras imagens falsas, incluindo uma em que Palin é apresentada justamente como stripper.

Circula um vídeo que a vice de McCain tenha sido a segunda colocada no concurso de Miss Alasca de 1984. Há quem garanta que seja verdadeiro.

O programa de humor Saturday Night Live também embarcou na piada fácil, com a comediante Tina Fey no papel da vice. Foi a maior audiência do programa em 14 anos, segundo dados oficiais.

O Telegraph fez uma lista de atrizes parecidas. Tem galeria de imagens montadas para ridicularizá-la e anúncio classificado (de veracidade questionável) para sócia da personalidade para filme pornô. Mas a peça mais bizarra que encontrei foi esta montagem de striptease.

Como não têm fim as bordoadas, até o usual (e com contornos machistas) debate sobre o quanto Palin gasta com roupas, entra na história. Hillary Clinton passou por questionamento semelhante.

sexta-feira, outubro 17, 2008

McCain prefere música de compositores democratas

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Campanha é campanha e marqueteiro é uma desgraça. Mas tudo tem limite.

A primeira vítima foi o John Cougar Mellencamp. Our Country e Pink Houses foram incorporadas às propagandas políticas do republicano John McCain ainda em fevereiro de 2008. O ardente democrata ficou possesso. Para alguém que apoiou a bi-derrota de John Edwards na corrida dos burros, ver músicas compostas com finalidades (quase) políticas é um acinte.

Meses depois, o desconhecido Christopher Lennertz. Em junho, a campanha de McCain usou a trilha sonora do jogo Medal of Honor (abaixo), composta pelo músico, enquanto o republicano falava sobre sua família e sua participação na guerra do Vietnã. Segundo o Game Politics, Lennertz vota no democrata Barack Obama.




Foto: Reprodução








Foto: Divulgação
Em agosto, Jackson Browne achou ruim que Running on Empty fosse usada sem autorização, sempre por McCain, em anúncio bancado pelo Partido Republicano de Ohio. Lascou-lhes um processo em Los Angeles por violação de direitos autorais da canção de 1977. O roqueiro é um ativista liberal – leia-se esquerda nos Estados Unidos – e sempre votou com os democratas. Aliás, segundos os advogados do cantor, ao usar a música a campanha violou uma tal de Lei Lanham, já que a peça de propaganda dá a idéia de que o cabra apóia o candidato.

Aí, foi a vez dos irmãos Eddie e Alex Van Halen ficarem furiosos ao encontrarem Right Now cobrindo anúncios do senador de Arizona talvez ao saber que o filho da vice do republicano, a governadora do Alasca, Sarah Palin, é fã da banda convenceu Sammy Hagar a achar que "tudo bem".

E não pára, não pára! Em setembro, My Hero, da banda Foo Fighters foi usada sem permissão de novo pelo candidato republicano. Dave Grohl, ex-bateirista do Nirvana, e sua atual banda reclamaram, a exemplo de seus colegas, da subversão do sentido original de sua composição.

E parece que tanta chiadeira deu resultado. Quando ninguém mais acreditava que isso era possível, eis que Bon Jovi sai xingando. Democrata que só ele, o loirinho e sua banda homônima reclamam do uso de Who says you can't go home em comícios de Sarah Palin. Para alguém que arrecadou 30 mil dólares em um jantar em sua casa para o senador Obama, foi quase um tapa na cara. É que a música, segundo ele, é uma bandeira da reconstrução das comunidades de Nova Jersey. Ou algo assim.

Mas e o resultado da chiadeira? É que a composição de Bon Jovi está liberada de direitos autorais e restrições para execuções públicas na Sociedade Americana de Compositores, Autores e Editores (Ascap). O pessoal é bom.

Será isso um sinal de que, se eleito, o republicano vai ser um incentivador das licenças livres?

Com Obama é diferente
Se McCain não cansa de usar músicas de compositores democratas, Obama não faz o inverso nem sofre do mal de artistas revoltados. Stevie Wonder, Sheryl Crow e outros músicos se mobilizaram para gravar o Yes we can: voices of grassroot movements (Sim, podemos: vozes dos movimentos populares – ou de base, como queiram –, numa tradução mais que livre). O CD serve para arrecadar para a campanha do senador de Illinois. Dos indignados supracitados , só Jackson Browne participou.

terça-feira, setembro 09, 2008

Vice de McCain de rifle e biquini patriótico agita eleições

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Uma foto da candidata a vice-presidência na chapa do republicano John McCain adulterada no Photoshop está circulando por blogues e e-mails nos Estados Unidos. A governadora do Alasca, Sarah Palin, aparece em um inusitado biquini com tema da bandeira dos Estados Unidos e com um rifle. A imagem foi montada sobre uma foto de uma modelo. Segundo alguns blogues gringos, mulheres de biquini com rifles em punho são verdadeiros fetiches na internet.

Reprodução
O Urban Legends encontrou as duas imagens originais hospedadas no Flickr, serviço de publicação de fotografias gratuito. A da modelo é de Addison Godel e a da governadora do Alasca foi tirada na parada de 4 de julho (independência dos Estados Unidos) por Jeff Medkeff.

Dá-lhe Photoshop!

Em alguns dos e-mails, como no que chegou a mim, a mensagem diz que "esta é uma foto atual". Há relatos de mensagens que dizem ser "por isso que McCain a escolheu para ser VP [vice-presidente]". Se a foto chegou até e-mails brasileiros, é sinal de que o spam não tem limites.

Seja como for, a imagem aparece em meio a tentativa de popularizar o vice de Barack Obama, Joe Biden. Acontece que a moça de 44 anos tem chamado todas as atenções, apesar de não trazer novidades em seu discurso de indicação. Polêmica, ela se envolveu em casos estranhos, como o apoio ao projeto de uma ponte que ligava, segundo o próprio McCain, nada a lugar nenhum.

De rifle em punho ela já havia aparecido antes, até praticando tiro no Kuwait. Mas de traje de banho foi novidade.

Ela é a segunda mulher a disputar a vice-presidência, já que a democrata Geraldine Ferraro concorreu na derrotada chapa de Walter Mondale em 1984.

quarta-feira, junho 18, 2008

Boston campeão

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Não é futebol, nem política, nem cachaça, mas é esporte, e serve como base para uma série de reflexões.

Ontem o Boston Celtics venceu o Los Angeles Lakers por inapeláveis 131 a 92 no sexto jogo do playoff decisivo da NBA. Sagrou-se então campeão do basquete norte-americano, título que não celebrava há 22 anos. É a 17ª conquista do Celtics na NBA - o time se isola ainda mais como o principal vencedor da história da liga.

A vitória de ontem foi a com a maior margem da história da NBA em jogos que valeram o título. Antes, na quarta partida da série, o Celtics conseguiu virar o jogo após estar perdendo por 24 pontos de diferença - também um recorde histórico, sendo a maior virada já registrada num playoff decisivo. E o título do Celtics também se destaca por ser a primeira vez, desde 1977, que um time sagra-se campeão sem nem ter chegado aos playoffs na temporada anterior.

Estranharam tantos números? Pois é. E esses foram só os que eu consegui guardar de cabeça. É impressionante a quantidade de estatísticas que existe em partidas como essa. Não sei se isso é um costume do basquete ou um hábito dos americanos - acredito mais nesta última hipótese. É uma realidade bem diferente do que ocorre no futebol brasileiro.

Outro aspecto interessante, este do ponto de vista cultural, é a maneira como o Celtics celebrou o título. O time não foi agraciado como "campeão dos EUA", "campeão nacional" ou coisa parecida; é "campeão do mundo" mesmo. Mostrou-se muitas vezes durante a transmissão as faixas comemorativas aos outros títulos do Celtics e nelas estava escrito "World Champions". No beisebol também isso se dá - as disputas decisivas são chamadas de "World Series", mesmo não tendo rigorosamente nenhum clube de fora das terras do Tio Sam envolvido. Assustador.


Também um ponto para reflexão, e nesse uso bem a postura de observador, por isso peço a opinião dos leitores para ver se estou certo ou errado: é impressão minha ou a NBA de hoje é bem mais fraca, em termos midiáticos, do que era antes? Eu "torço" para o Celtics, assim como a maioria dos garotos da minha geração escolheu um time da NBA para torcer quando criança. Me parece que hoje isso já não mais acontece. Não vejo os pequenos discutindo sobre Bulls, Lakers e Celtics, e sim sobre os Chelseas e Barcelonas da vida.

Enfim, parabéns ao Celtics. Como falei acima, sou "torcedor" do time - mas um torcedor bem de ocasião, daqueles dos mais fajutos, que não acompanha nada durante a temporada mas quer ter o prazer de celebrar um título na boa fase. E, pelo jeito, foi a única chance minha de gritar "é campeão" esse ano...

terça-feira, março 18, 2008

Separados no nascimento?

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O pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama (à direita - opa!), e o piloto da McLaren, Lewis Hamilton.

quinta-feira, março 13, 2008

Vazam as fotos da garota de programa que derrubou governador de Nova York

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Kirsten é o nome de uma das garotas de programa contratadas por Eliot Spitzer, governador de Nova York que renunciou ao cargo diante das denúncias do FBI. Pai de três filhos e casado, o democrata e apoiador de Hillary Clinton de 48 anos teria gasto, segundo estimativas, US$ 40 mil com garotas de programa nos últimos dez anos.

O caso está sendo chamado de o do "Cliente 9" do "Emperors Club", nomes do site e dos locais onde eram organizados os encontros secretos com prostitutas de luxo. O estouro foi na segunda-feira, e bastaram dois dias para 70% dos nova iorquinos quererem ver seu governador na rua. O percentual é o mesmo que assegurou sua vitória em 2006.

As fotos de Kirsten, cujo nome real é Ashley Alexandra Dupré, estão aqui.




Ela foi paga para viajar para Washington, o que violaria uma lei federal dos Estados Unidos que proibe o transporte de prostitutas entre fronteiras estaduais. “Está sendo um momento difícil para mim. É complicado”, declarou ao site do New York Times. “Só não quero ser vista como um monstro”, arremata. Por ora, ela se livra de processo judicial.

Ao renunciar, ele pediu desculpas ao povo e aos danos que provocou à família. O substituto de Spitzer é David Alexander Paterson, negro e deficiente visual de 53 anos. Dois fatos inéditos no país.



O que passa pela cabeça do cidadão?

terça-feira, agosto 28, 2007

Metáfora contra o racismo

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Se o esporte é metáfora da vida (e pra mim é), a seleção de basquete dos Estados Unidos é uma apologia contra o racismo. Mesmo com sono, e com quase nada a beber (só resta meia cerveja), não consigo desligar a televisão, que mostra o jogo Estados Unidos x México pelo pré-olímpico. É um deleite.

Os caras não só são covardemente superiores a todos, como ainda aliam a raça ao seu jogo espetacular. Me desculpem tantos adjetivos.

Vi a derrota do Brasil para Porto Rico e fiquei com vergonha, o time brasileiro foi pusilânime, medíocre, sem vontade. Numa palavra, sem vergonha: sem nenhuma paixão. Contra o México, que, mesmo perdendo, fez um jogo valente contra os EUA, o Brasil não tem chance se jogar o que jogou contra Porto Rico.

Fechado o parênteses: além de tudo, a seleção de basquete dos EUA são a encarnação de um paradoxo: motivo de orgulho nacional, a seleção norte-americana só é o que é porque é formada por negros oriundos das universidades e dos becos onde são reis. O atual símbolo maior, Kobe Bryant (do Lakers, na foto), é encarado como um mito por pretos, brancos, vermelhos e amarelos num país muito mais dividido racialmente do que o nosso Brasil. Isso não é pouco.