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quarta-feira, junho 26, 2013

O que seu time tem feito no recesso da Copa das Confederações?

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Palmeiras treina para retomada da Série B

Uma rápida olhada sobre o que os clubes de São Paulo e do Rio fizeram (ou não) durante a pausa dos campeonatos no Brasil

Corinthians – desmanche à vista?

No Timão, as notícias da parada não permitem comemoração. O volante Paulinho, principal jogador do time nos últimos tempos, pode estar de saída rumo ao Tottenham. O time inglês ofereceu o valor integral da multa do camisa 8, de 20 milhões de euros, o que é uma bela grana. Também especula-se a possibilidade de saída de Emerson Sheik, que negocia renovação de contrato, para o Flamengo, e Chicão para o Internacional. Juntando com as também sempre presentes notícias sobre Ralph, teríamos um desmanche completo para Tite administrar no segundo semestre.

De chegadas, aparece no radar o zagueiro Cléber, da Ponte Preta. E em delírios mais profundos, o meia Kaká.

Palmeiras – Verdão perto de voltar para São Paulo

De folga também na Série B, o Palmeiras se organiza para o quarto e último dos mandos de jogo perdidos por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicada em 2012. No confronto diante do Oeste, em 6 de julho, o palco será o Estádio Municipal Eduardo José Farah, o Prudentão, em Presidente Prudente, a 550 quilômetros da capital paulista.

Preparando-se para a sétima rodada da Segundona, o Palmeiras está em terceiro lugar, com 12 pontos. Como preparação para a volta, o time de Gilson Kleina venceu por 2 a 0 um jogo-treino contra o São Bernardo. Melhor do que o Taiti?


São Paulo – novidade na lateral-esquerda

No São Paulo, a novidade foi a contratação do lateral-esquerdo tricampeão da Copa Libertadores, Clemente Rodríguez, do Boca Juniors. Pelo menos no que diz respeito ao torneio mais cobiçado pelos tricolores, o currículo de Rodríguez é vasto, já que, neste ano, ele passou a ser o atleta argentino com mais jogos disputados na competição. Além de três passagens pelo Boca, o lateral vestiu as camisas de Spartak Moscou, Espanyol e Estudiantes de La Plata, disputou a Copa do Mundo de 2010 pela seleção argentina e foi campeão olímpico em 2004.

Mas esta terça-feira (25) também é um dia especial para o torcedor são-paulino. Há 20 anos, Rogério Ceni estreou pelo clube na partida entre São Paulo e Tenerife, e, com 1077 jogos disputados pelo Tricolor, o goleiro pode ultrapassar a marca de Pelé como jogador que mais defendeu um clube. Para isso, basta Ceni disputar mais 38 jogos, já que o Rei fez 1114 partidas pelo Santos. 

Santos – nome de interino ganha força na Vila

Sem ter chegado a um acordo com Marcelo Bielsa, o Santos segue com Claudinei Oliveira no comando. O último jogo da equipe antes do recesso, contra o Atlético-MG, fez com que muitos torcedores defendessem a permanência do técnico campeão da Copa São Paulo de Juniores de 2013, algo que também encontra eco em jogadores do elenco, como o veterano Léo. Mas, ao que tudo indica, Geraldo Martino, treinador do Newell's Old Boys, está virtualmente fechado e chega após a Libertadores.

Mas, em termos de contratações, chegou o lateral direito Cicinho, da Ponte Preta, que também era pretendido pelo São Paulo. Quem também está próximo é o lateral esquerdo da seleção chilena Mena, da LAU. Já a ida de Felipe Anderson para a Lazio está praticamente selada. O negócio com o meia gira em torno de 7,8 milhões de euros (aproximadamente R$ 23 milhões), e o Santos deve ficar com metade do montante e mais 25% de uma venda futura. Já Robinho continua na pauta, embora a concretização da vinda do atacante dependa de uma redução na pedida do Milan, que tem contrato com ele até agosto de 2014.

Flamengo – chega Mano, saiu Abreu

Após um descanso de oito dias, o Flamengo retornou com mudanças significativas: contratou o técnico Mano Menezes e mandou embora, a princípio sem qualquer justificativa, Renato Abreu, um dos poucos lúcidos da equipe. A diretoria mandou às favas sua tão divulgada e elogiada política de austeridade e optou pelo “valorizado” treinador, cujas principais conquistas são duas Séries B. Estaria o rubro-negro já se planejando para 2014?

Voltando a falar de Abreu, qual seria a relação entre a chegada do novo técnico e sua repentina saída da Gávea pela porta dos fundos? Quando ainda estava à frente da seleção, para surpresa até mesmo do próprio jogador, Mano o convocou para um confronto com a Argentina pela Copa Rocca. Será que o treinador se arrependeu?

Fluminense – polêmica com Thiago Neves

Nas Laranjeiras, o meia Thiago Neves desabafou pelo seu perfil no Twitter contra informações que teriam circulado dando conta de que ele teria disputado uma partida beneficente na praia de Copacabana, no último domingo. O atleta não viajou aos Estados Unidos com a delegação que excursiona no país e ficou no Rio de Janeiro com a justificativa de se recuperar de uma lesão na panturrilha esquerda. "Boa tarde, galera. Desculpa ter ficado tanto tempo sem entrar e falar com vocês. Não ligo pra críticas, eu até gosto de ler algumas coisa porque isso me faz crescer ainda mais. Só não gosto que fiquem inventando mentiras. Inventando coisas que não aconteceram. Posso não estar na melhor forma como muitos de vocês querem, mas também não sou idiota de jogar uma pelada", disse.

Em meio à polêmica, a diretoria do Fluminense já começa a pensar em negociar o jogador, que ainda não se firmou como titular e tem salário estimado em R$ 400 mil por mês.

Botafogo – dinheiro é problema

Após nove dias de férias e mais de 60 de salários atrasados, os jogadores do Botafogo se recusaram a fazer uma intertemporada em Pinheiral/RJ. A postura dos atletas fez o vice de futebol, Chico Fonseca, vir a público negar esta informação e dizer que o período de preparação foi cancelado pela necessidade do clube de economizar, e por isso o time fará os treinamentos em General Severiano, mesmo. O dinheiro que poderia salvar os salários do elenco, proveniente da venda de Fellype Gabriel, está correndo grande risco de não chegar aos cofres alvinegro pois o clube já recebeu um mandado de penhora da Fazenda Nacional.

E, ao que tudo indica, outro atleta que pode estar de saída é o goleiro Jefferson. Clubes europeus como Manchester United, Tottenham, Napoli e Roma estariam interessados no jogador, que já teria manifestado aos dirigentes do clube o desejo de se transferir para o Velho Continente.

Vasco – o Gigante da Colina trabalha

O Vasco não deu moleza a seus jogadores e, após apenas três dias de descanso, a equipe voltou a treinar - e com o meia colombiano Montoya como novidade. A mais recente contratação cruzmaltina é o atacante Reginaldo, que, aos 29 anos, nunca havia jogado profissionalmente por um clube no Brasil. Com ele, o Vasco somou 17 contratações feitas na temporada até agora, o equivalente quase ao que os três rivais do Rio contrataram no período, 20 atletas.

Outro fato notável no período de recesso foi a saída do diretor de futebol Renê Simões. A verdade é que a diretoria e a torcida não aguentavam mais as declarações e atitudes do chamado “Super Mário”, que afirmou ter pedido demissão, e não ter sido demitido.

Parte das informações sobre clubes do Rio retiradas deste post aqui

sexta-feira, maio 24, 2013

Série B 2013 dá pontapé inicial hoje à noite

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Por Série Brasil 

Hoje (24), à noite, começa a Série B 2013 com quatro partidas. Amanhã, outras seis completam a rodada daquela que promete ser uma das mais equilibradas edições da competição nos últimos anos, pelo menos na disputa de três vagas, já que muitos dão o acesso do Palmeiras como certo.

Tal favoritismo alviverde tem base em um fator simples: a diferença de poderio econômico do Verdão em relação aos rivais. Em termos de direitos de transmissão de TV, por exemplo, o Palmeiras vai receber R$ 80 milhões; o Sport, R$ 20 milhões, enquanto os outros 18 clubes receberão R$ 3 milhões cada. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, os atletas que vão tentar levar a equipe paulista à elite têm um valor estipulado em R$ 121,4 milhões, quase três vezes mais do que o segundo colocado no ranking, o Sport, cujos jogadores valem R$ 42,6 milhões. Os elencos dos clubes que disputam a Série B de 2013 valem € 224 milhões (R$ 583 milhões), colocando o campeonato na 25ª posição entre as competições nacionais mais valiosas do mundo.

Sport, um dos favoritos (Wagner Damásio/Site Oficial)
Ainda segundo a Pluri, os plantéis que mais se valorizaram em relação ao ano passado foram os do Paraná, 66%; Joinville – que fez grande campanha em 2012, com um 6º lugar –, 50%, e Bragantino, 48%.

Mas claro que não é só o dinheiro ou um plantel com jogadores caros que decide quem vai disputar a Série A em 2014. Se fosse assim, o Palmeiras sequer teria caído... No entanto, é inegável que alguns times saem na frente na competição. Levantamento feito pelo G1 com jogadores que vão disputar a Série B mostra que os favoritos são justamente aqueles que caíram em 2012. Os 343 boleiros ouvidos tinham que apontar os quatro times que subirão e o Palmeiras foi indicado por 86,6% deles. Na sequência, Sport, com 69,1%; Figueirense, 41,4%, e Atlético-GO, 36,7%.

A Série B ainda tem outra peculiaridade nessa edição. Depois da 6ª rodada o torneio para por conta da Copa das Confederações. É um período de um mês no qual os times podem se reforçar, treinar, fazer pré-temporada e mudar ainda mais o rumo.

A geografia da Série B

São Paulo é o estado que tem mais clubes na disputa, cinco: Palmeiras; São Caetano, que foi quinto colocado em 2012 mas amargou um rebaixamento no estadual de 2013; Oeste, campeão da Série C; Bragantino, que disputa sua sexta temporada na Série B (só perde para o Azulão, que está na sétima); e Guaratinguetá, que lutará para permanecer na Segundona em 2014.

O segundo estado com mais representantes é Santa Catarina, que tem quatro times na disputa e que devem vir fortes: Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense. Minas tem o Boa e América; o Ceará vem com Icasa e Ceará; o Rio Grande do Norte traz ABC e América. Sport representa Pernambuco; Paraná, o estado homônimo; Atlético, Goiás; ASA, Alagoas; e o Paysandu não só representa o Pará como também é o único time da região Norte.

As partidas da sexta-feira

Dois jogos abrem o torneio de 2013 às 19h30. O Oeste de Itápolis recebe o Avaí e no Anacleto Campanella o São Caetano pega o Ceará. O Boa enfrenta a Chapecoense às 21h50 e, no mesmo horário, o Paysandu comemora a volta à Série B contra o ASA. Amanhã (sábado, 25), duas partidas em Santa Catarina. O Figueirense pega o América-RN e o Joinville enfrenta o Bragantino, ambos os jogos às 16h20. No mesmo horário, O Icasa joga contra o Sport e o Palmeiras estreia no Novelli Junior, em Itu, contra o perigoso Atlético-GO, vice-campeão goiano. O ABC dá o pontapé inicial na Série B jogando com o Paraná e o Guaratinguetá pega o América-MG, partidas que ocorrem às 21h e fecham a rodada.

Saiba mais sobre a Série B no Série Brasil

quinta-feira, maio 16, 2013

Com nação e sem noção

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Em 2011, quando o Corinthians foi eliminado da Libertadores, um amigo comentou sobre as gozações ouvidas por um corintiano chamado Roberto Lima. Pois bem, depois do golaço do Riquelme no Pacaembu, ontem, surge a notícia de que um outro integrante da nação corintiana está passando por situação ainda mais embaraçosa: além de ter batizado o filho como Juan Riquelme (porque o Boca Juniors venceu o Palmeiras nas Libertadores de 2000 e 2001), Rodrigo Guimarães ainda tatuou o nome do jogador - e do filho - nas costas. Pois é. O mundo (da bola) dá voltas...


(Foto: Rafaela Gonçalves/ Globoesporte.com)

quarta-feira, maio 15, 2013

Tijuana 2 x 1 Palmeiras: eliminação deixa só Série B no horizonte

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Esperança não ganha jogo nem classifica de fase em torneio continental. O Palmeiras perdeu em casa para o Tijuana em pleno Pacaembu, na terça-feira, 14, e está fora da Taça Libertadores da América. Depois de estar atrás no marcador por dois tentos de diferença, o time diminuiu a diferença, e a partida terminou 2 a 1.

Eliminado.

Apesar de ter atacado e buscado criar chances de gol, o time do Palmeiras deixou claro para quem quisesse ver que falta qualidade e recursos. Ainda mais diante de uma situação adversa contra um time minimamente estruturado.

A falha terrível do goleiro Bruno no primeiro gol dos mexicanos merece poucos comentários para além do desconsolo. Um frango como não se via há muito tempo.

Foto: Barcex/WikiCommons
Frango assado em televisão de cachorro.

Enquanto a preocupação para a Série B cresce -- porque fácil não será e dá medo -- o saldo da participação na Libertadores é só o de ter passado de fase. Da primeira fase.

A torcida de atleticanos por um confronto ainda mais fácil -- até do ponto de vista logístico -- não ajudou os alviverdes. Melhor teria sido um empréstimo da qualidade e do entrosamento dos atacantes do clube mineiro... Agora, Jô, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli e cia vão visitar o México e seu gramado sintético nas quartas de final.

Então, um recado aos atleticanos de plantão: torçam pelo Corinthians contra o Boca.

segunda-feira, maio 06, 2013

A ampliação de tabus desagradáveis para o São Paulo e uma final de Paulista equilibrada

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A eliminação para o Corinthians, nos pênaltis, estendeu alguns incômodos tabus para o São Paulo. No campeonato paulista, foi a sétima vez consecutiva que o time saiu em uma semifinal. Quando a competição teve formato de mata-mata (ou só “mata”), os tricolores foram campeões pela última vez em 2000. Neste século, um único título em 2005, quando o Paulista foi disputado em pontos corridos em turno único.

Confraternização na final do Rio-São Paulo de 2002
No século XXI, o mata-mata tem causado dissabores à torcida são-paulina quando os adversários são dois dos grandes paulistas. Contra Corinthians e Santos, o São Paulo teve dez confrontos, não triunfando em nenhum deles. Além da eliminação de ontem, o Tricolor tombou diante do Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil de 2002 e do Paulista de 2009; e nas finais do Paulista, de 2003, e do Rio-São Paulo, de 2002.

Diego, um dos algozes do "Real Madri do Morumbi"
Já contra o Santos a freguesia é semelhante. O São Paulo foi eliminado três vezes em sequência nas semifinais do campeonato paulista de 2010, 2011 e 2012. Antes, caiu nas quartas de final do Brasileiro de 2002 e na Sul-Americana de 2004. No século 21, a vantagem são-paulina em pelejas eliminatórias aparece quando o rival é o Palmeiras. Tirando a derrota para o Alviverde em 2008, nas semifinais do Paulista, o Tricolor eliminou o adversário no Torneio Rio-São Paulo de 2002 – pelo curioso critério de ter menos cartões amarelos –, no Supercampeonato Paulista (tá, esse é café com leite...) de 2002, na Copa do Brasil de 2000 e nas Libertadores de 2005 e 2006.

No meio da semana, o clube do Morumbi vai tentar evitar a ampliação de outra série desagradável. Nas últimas cinco participações do time na Libertadores, ele caiu diante de um brasileiro. Em 2006, na final contra o Inter; nas oitavas de 2007, contra o Grêmio; nas quartas de 2008 e 2009, diante de Fluminense e Cruzeiro, e nas semifinais de 2010, contra o Inter.

Final equilibrada

Seguindo na toada das eliminações são-paulinas no Paulista, o Corinthians entra em vantagem “mística” contra o Peixe na final. Desde 2008, quem derrotou o Tricolor nas semifinais acabou ganhando o título. A exceção em sete anos foi o São Caetano, em 2007, quando a equipe de Dorival Júnior foi derrotada pelo Santos de Vanderlei Luxemburgo.

Danilo decidiu ida do Corinthians à final da Libertadores 2012
Se no geral, no século 21, o Alvinegro Praiano tem vantagem em confrontos contra o Corinthians – 18 vitórias, 10 empates e 13 derrotas – em mata-mata, os dois se chocaram cinco vezes, com três triunfos corintianos e dois santistas.

O Timão levou a melhor na semifinal do Paulista de 2001, com o gol de Ricardinho nos acréscimos, e foi derrotado na final do Brasileirão de 2002, marcada pelas pedaladas de Robinho em cima de Rogério. Em 2009, na final do estadual, triunfo corintiano, vingado em 2011, quando o Peixe se sagrou campeão. Em 2012, o Timão levou a melhor eliminando o Alvinegro Praiano nas semifinais da competição.

Esperança peixeira é que ele resolva
Outro dado curioso diz respeito a Neymar: desde que se tornou profissional, em 2009, ele esteve em todas as finais de Paulista, e, em dez mata-matas disputados, foi campeão em seis e vice em dois. Com o futebol jogado pelo Peixe ultimamente, é candidato a salvador da pátria (aliás, sempre é...).

sexta-feira, abril 26, 2013

Casagrande foi democrático até na torcida dos filhos

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Influência dos pais é determinante. Será?
Muito já se comentou, aqui, sobre o que leva a pessoa a torcer por determinado time. Tem motivo pra tudo: um amigo meu, cearense, me contou que torce para o Palmeiras porque a mãe, ao comprar velas de aniversário em forma de jogadores para seu aniversário de 5 anos, não encontrou outra cor de uniforme que não fosse verde. Teve um leitor aqui do blog que ia ver jogos do Palmeiras com o tio palestrino mas, ao ver a festa e as cores da torcida do São Paulo, tornou-se tricolor. Aliás, esse comentário foi feito numa enquete postada no Futepoca pelo Glauco, em 2009, justamente com a pergunta "O que fez você torcer para o seu time?" Ganhou "Pai e mãe", seguido "Um jogo inesquecível", "Títulos" e "Tio ou padrinhos" (empatados), "Amigos", "O fato de ser o time da cidade" e "Namorado(a)" (essa última opção foi a única que não teve qualquer voto). Porém, a influência dos pais parece estar perdendo força.

Casagrande não teve filhos corintianos
O ex-atacante Casagrande, hoje comentarista, acabou de lançar o livro "Casagrande e seus demônios", escrito pelo jornalista Gilvan Ribeiro. Dando uma folheada rápida em uma livraria (pretendo comprar mais pra frente, para ler com calma), descobri que um dos maiores corintianos de todos os ídolos do Corinthians não conseguiu passar sua paixão clubística - herdada do pai, Walter - para os filhos. Isso mesmo: nenhum dos três filhos do Casão é alvinegro de Parque São Jorge. Pelo o que parece, Casão leva numa boa as escolhas de sua prome. Mas é interessante observar, pela idade de cada um deles, os diversos motivos que podem ter contribuído para afastá-los do tal "bando de loucos". 

Victor Hugo: paixão alviverde
Victor Hugo, de 27 anos, nasceu durante a Copa do México, que seu pai disputou pela seleção brasileira.  Quando chegou ao período de alfabetização, com 7 ou 8 anos, o Palmeiras turbinado pela Parmalat foi bicampeão paulista e brasileiro em 1993/1994. Resultado: o primogênito de Casagrande tornou-se alviverde. É interessante notar que ele pegou um período de entressafra do Corinthians, que havia ganho o Brasileirão de 1990 e só voltaria a ver títulos em 1995, quando faturou o Paulista e a Copa do Brasil. Curioso é que, no auge do Palmeiras/Parmalat, Casão havia voltado ao Corinthians, em 1994. Mas nem isso mudou a escolha palestrina de seu filho mais velho.

Sãopaulino Ugo já jogou pelo Palmeiras
O segundo filho, Ugo Leonardo (que seguiu os passos do pai e é centroavante no profissional do Botafogo-SP, presente na reta final do Paulistão deste ano), nasceu durante a Copa seguinte, da Itália. Hoje com 23 anos, ele torce para o São Paulo. Difícil saber o motivo, pois, quando o esquadrão sãopaulino montado por Telê Santana começou a entrar em declínio, entre 1994 e 1995, Ugo tinha entre 4 e 5 anos e não deve se lembrar de muita coisa. Mais intrigante é que, pouco depois, de 1998 a 2000, quando o segundo filho de Casagrande já devia entender e acompanhar futebol, o Corinthians montou um timaço e foi bicampeão brasileiro e venceu o Mundial no Rio de Janeiro. Talvez a derrota do alvinegro para o São Paulo na decisão do Campeonato Paulista de 1998 tenha sido o turn point. De qualquer forma, dos quatro grandes clubes paulistas, Casagrande só jogou no Corinthians e (apenas um semestre) no São Paulo.

Symon é o santista da família
Por fim, Symon, que hoje está com 20 anos, faz o "serviço completo" contra o Corinthians na prole de Casagrande: torce para o Santos. Ele já tinha 10 anos quando o alvinegro praiano se reinventou com Robinho, Diego & Companhia, sob a batuta do técnico Leão. Mas esse foi o fator decisivo para se tornar o santista da família. É curioso, também, que aquele time tenha se consagrado justamente contra o Corinthians, na final do Brasileiro - e que, no início daquele mesmo ano de 2002, o clube do coração do pai Casão e do vô Walter, comandado por Carlos Alberto Parreira, tenha levantado duas taças, do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil. Enfim, a paixão clubística tem razões que a própria razão desconhece...

segunda-feira, abril 22, 2013

PSDB já estuda impedir o São Paulo de jogar de vermelho

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Inconformados com a notícia de que o São Paulo jogará com camisas vermelhas contra o Penapolense no próximo domingo, os dirigentes do PSDB já estudam entrar com uma representação contra o clube - a exemplo do que fizeram quando a presidente Dilma Rousseff apareceu trajando roupa de cor semelhante em pronunciamento oficial na TV, em janeiro deste ano. O "surto comunista" do time, com a desculpa de que vai homenagear o estádio do Morumbi com "a cor da raça", surpreendeu gregos e troianos (ou melhor, petistas e tucanos). Afinal, o clube sempre demonstrou maior apreço pelo lado azul e amarelo da força: recentemente, convidou peessedebistas de alta plumagem para camarotes vips em shows de rock e teve seu maior ídolo, o goleiro (narigudo como o bicão de um tucano) Rogério Ceni, declarando voto em José Serra, entre outros episódios de menor repercussão. Ceni, aliás, jogou com camisa azul contra o Atlético-MG e não deve  ter gostado nem um pouco desse uniforme "pró-PT" que o time usará nas quartas-de-final do Paulistão. Falando em PT, militantes ironizam a sanha anti-vermelho dos adversários e observam, por exemplo, que o jogo da TV, às 16 horas de domingo, será o da Ponte Preta contra o Corinthians - e o time de Parque São Jorge ostenta no peito o azul e amarelo da Caixa Econômica Federal (e do PSDB). Antes que (mais) alguém comece a pensar (mais) besteira, a diretoria do Palmeiras já adiantou que não tem qualquer relação com o PV.

terça-feira, abril 02, 2013

Palmeiras mostra raça contra o Tigre e ganha esperança na Libertadores

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Merecida comemoração palmeirenses (Foto: Nelson Almeida/AFP)

O Palmeiras recebeu o horroroso Tigres das Argentina e venceu por 2 a 0 na noite desta terça-feira, no Pacaembu. Vitória certamente facilitada pelo pouquíssimo futebol que os hermanos conseguiram passar pela fronteira disfarçado de pancadaria pura. Mas os principais elementos do triunfo alviverde foram a raça e a entrega do desfalcado time, que não perdeu nenhuma dividida.

O destaque foi o garoto Vinícius, que exemplifica a situação bizarra que o Palmeiras superou no jogo. Ele entrou no jogo logo no começo, após a contusão do titular Patrick Vieira. Quer dizer, titular é jeito de falar, já que o Verdão jogou com uma boa meia dúzia de desfalques. Mas o fato é que Vinícius entrou e, do alto de seus 19 anos, resolveu o jogo com duas assistências para os gols de Charles e Caio.

Na zaga, chamou a atenção de meus corintianos olhos a boa atuação do improvisado Marcelo Oliveira. Volante de bom passe quando apareceu na base alvinegra, tornou-se lateral-esquerdo pelas necessidades dos clubes onde passou. Agora, encontra nova função na zaga, com desarmes precisos e noção de cobertura.

A boa vitória acendeu as combalidas esperanças dos palmeirenses espalhados pelo mundo. Que dizer então dos perto de 20 mil que compareceram ao Pacaembu. Até grito de olé teve.

quinta-feira, março 28, 2013

Ney Franco vai comer ovo de Páscoa no Morumbi - mas será que chega ao Dia do Trabalho empregado?

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Sim, o São Paulo venceu mais uma pelo Campeonato Paulista, com Luís Fabiano confirmando sua vocação para decidir apenas quando não interessa: 2 x 0 no Paulista de Jundiaí, fora de casa, com dois gols do camisa 9. De útil, a excelente atuação de Wallyson (que, apesar de ainda não estar totalmente em forma, já merece ser titular pela ponta-direita), a volta de Paulo Miranda na lateral e a surpreendente recuperação de Douglas, que, pela primeira vez, jogou bem. Fabrício, como volante, também correspondeu. Já Lúcio e Cortez continuam dando razão à Ney Franco para permanecerem no banco (com o perdão da rima involuntária). Falando no treinador, aliás, ele conseguiu ficar no cargo até essa Páscoa, ao contrário do que prenunciava o clima de fritura pós-vexames contra o argentino Arsenal pela Libertadores.


Três vitoriazinhas pelo Paulistão - contra São Bernardo, Bragantino e Paulista - garantiram o fôlego extra. Como eu já disse aqui, não sou favorável à demissão de Ney Franco. Muito pelo contrário. Demitir técnico por má fase ou botar culpa por derrota em goleiro são duas das maiores besteiras do futebol. Só que o Juvenal Juvêncio é louco (ou bêbado; ou os dois!) a ponto de ninguém botar a mão no fogo, no dia seguinte, por qualquer coisa que ele garantiu na véspera. Vejamos: há quatro anos, em outro período de Páscoa, Muricy Ramalho chegava às semifinais do Campeonato Paulista com moral, por ter sido o 2º melhor na primeira fase. Pegou o Corinthians. Levou um 2 a 1 (com comemoração polêmica de Cristian) no Pacaembu e um 2 a 0 no Morumbi (com arrancada hilária do gordo Ronaldo sobre o tosco Rodrigo).

A batata de Muricy começou a assar ali. Pouco depois, chegou às quartas-de-final da Libertadores e foi eliminado pelo Cruzeiro com placares idênticos: 2 a 1 e 2 a 0. E o técnico tricampeão brasileiro caiu. Guardadas as devidas - e imensas - proporções, vejamos a coincidência com a situação do Ney Franco. Pega o Corinthians, no próximo domingo de Páscoa. O time ainda não venceu um clássico no ano (perdeu por 3 a 1 para o Santos e empatou sem gols com o Palmeiras). Vai que, num desses dias trágicos, o Tricolor leva uma goleada humilhante do rival, com comemoração polêmica e/ou lance humilhante sobre a zaga. Imagine como seria o clima do embarque para a Bolívia, para enfrentar o The Strongest... E, mesmo se vencer lá, pega outro time mineiro na sequência  da Libertadores, o Atlético, que, como o rival Cruzeiro naquele início de 2009, está "voando baixo" nessa temporada...

Na dúvida, Ney Franco já poderia sondar o vaivém dos técnicos nos outros clubes.


Nada de novo sob o Mirassol - Não poderia terminar esse post sem comentar a inacreditável goleada de 6 (SEIS!!!) a 2 do imponente Mirassol sobre o Palmeiras. Sim, o alviverde vive uma crise eterna há mais de dez anos, com dois rebaixamentos no Brasileirão e inúmeros vexames no período terra arrasada pós-Parmalat. Mas até má fase tem limite! O Mirassol estava na zona de rebaixamento e não vencia há cinco jogos! Perder para time fraco acontece. Mas perder por goleada já é mais complicado. Perder por goleada de 6 (SEIS!!!) é ainda pior. E perder por goleada de 6 (SEIS!!!) levando todos os gols logo no primeiro tempo (!) é fim de feira completo. Não há atraso de salário e de direitos de imagem, não há elenco sofrível ou técnico e diretoria idem que expliquem. A COISA TÁ FEIA. Aliás, pensando nessa música do Tião Carreiro (que o Glauco gosta de cantar), acho que o time do Palmeiras não é "filho de Deus", pois "tá na unha do Capeta" - e ele tem como número 666 (SEIS! SEIS! SEIS!)...


quarta-feira, março 27, 2013

Tem meia dúzia de coisas que só acontecem com o... Palmeiras?

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Comemora, Mirassol, que não é todo dia! (Foto: Caio Messias/Lance!Press)

Em sua atual fase, o Palmeiras tem perdido muita coisa, como mostra o sacode que levou do portentoso Mirassol na noite desta quarta-feira. Mas pelo menos uma coisa ele ganhou, e do Botafogo: nos últimos tempos, tem coisas que só acontecem com o Palmeiras.

É válido questionar se o Mirassol algum dia já marcou meia dúzia de tentos em uma única partida como profissional. Imagine então cumprir a conta logo no primeiro tempo? Tá certo que o primeiro foi obra do jovem zagueiro palmeirense Marcos Vinícius, de 21 anos, e logo aos 32 segundos de partida. Mas ainda assim...

No finalzinho, o Palmeiras ainda corria, Wesley forçou o goleiro Gustavo a duas defesas complicadas. Mas era nítido que ninguém dentro de campo acreditava no empate. Nem a torcida alviverde, que se dividia entre os que abandonavam o estádio e aqueles que ficavam para xingar o time e o técnico Gilson Kleina – que corre sério risco de não passar o Dia do Trabalho no Parque Antártica.

Já o lado mirassolense era só alegria, justificada pelo feito histórico. Dá pra imaginar, daqui uns 30 anos, quando o Paulistão não for mais que uma lembrança, o centroavante Caion contando para seus netos e vizinhos  a respeito da noite em que marcou dois dos seis gols do Mirassol em cima do poderoso Palmeiras.

PS.: Na sequência da rodada, o Corinthians empatou em 1 a 1 com o Penapolense, em mais uma partida pra lá de chata. Mas quem se importa?

(Atualizado às 23h50)

sábado, março 23, 2013

Alguns jogos memoráveis entre Santos e Palmeiras, o "clássico da saudade"

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Santos e Palmeiras disputam amanhã o chamado “clássico da saudade”, referência ao confronto que era um dos maiores do país na Era de Ouro do futebol nacional, a década de 60. E, pelos desfalques de cada um e pelo que os times vêm jogando, deve sobrar saudades mesmo. O Santos não vai poder contar com Neymar e Montillo, em suas respectivas seleções, além de Emerson Palmieri, Patito Rodríguez, Marcos Assunção e Felipe Anderson. Do outro lado, o técnico Gilson Kleina do Verdão não vai contar com Henrique, Vilson, Leandro Amaro, Souza, Valdivia, Maikon Leite e Kleber.

Mas o clássico tem história, e é nela que se pode confiar para que um bom jogo aconteça amanhã. A primeira partida entre os dois data de 3 de outubro de 1915 e foi realizada no Velódromo de São Paulo. Goleada alvinegra sobre o então Palestra Itália por 7 a 0, com três gols de Ary Patusca, dois de Anacleto Ferramenta, um de Aranha e outro de Arnaldo Silveira, autor do primeiro gol oficial da história do Santos. O Verdão devolveria a humilhante goleada em 1932, com um 8 a 0 em uma peleja na qual o Peixe terminou com nove jogadores, com dois gols de Romeu Pelliciari, dois de Imparato III, além de anotações de Lara, Sandro, Avelino e Golliardo.

Desde aqueles idos tempos, foram diversos jogos entre os dois, alguns eliminatórios e muitos que decidiram títulos mas que não eram finais propriamente ditas, com exceção das partidas extras que definiram o chamado supercampeonato paulista de 1959, com vitória do Palmeiras (ver abaixo).
Abaixo, algumas das partidas memoráveis desses dois gigantes do futebol:

  • Santos 7 X 6 Palmeiras (Rio-São Paulo de 1958)

Talvez a partida mais emocionante entre os dois clubes e uma das maiores da história. Dizem que cinco infartos ocorreram por conta daquela peleja, com três reviravoltas no placar. No Pacaembu, 43.068 viram Urias marcar o primeiro tento do jogo aos 18 minutos. A reação peixeira não tardou e o menino Pelé, 17 anos, empatou para Pagão virar, aos 25. Nardo empatou somente um minuto depois e o que se viu a partir daí foi um atropelo santista até o final do primeiro tempo.

O time palmeirense era inferior tecnicamente a uma equipe que tinha uma linha ofensiva espetacular: Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe, responsáveis pela histórica marca de gols no campeonato paulista de 1958. Foram 143 tentos em 30 partidas, 58 só do adolescente Pelé. Após o empate, Dorval, Pepe e Pagão fizeram 5 a 2 ainda nos primeiros 45 minutos.

Nesta matéria do Esporte Espetacular, Zito conta que desceu para o vestiário dizendo que eles tinham que marcar o maior escore da história, e Pepe conta que o bicho, pago à época com o dinheiro da renda da partida, já estava sendo separado para os atletas santistas. Mazzola recorda que o goleiro Edgar chegou chorando ao vestiário, se recusando a voltar para a etapa final. Oswaldo Brandão colocou Vitor e o Palmeiras voltou outro depois do intervalo.

E em 18 minutos, um motivado Verdão virou a partida pra cima do Peixe com Paulinho, de pênalti, aos 16; Mazzola, aos 20 e aos 28, e Urias, aos 34. Um 6 a 5 que parecia sacramentar uma reação impossível, mas o impossível não queria descansar naquela peleja. Pepe voltou a empatar aos 38, de cabeça, e, aos 43, consolidou a última virada da partida.

  • Palmeiras 2 X 1 Santos (Campeonato Paulista de 1959)

O campeão Américo delira com o peixe (Palestrinos)
Como as duas equipes haviam empatado na liderança ao fim do campeonato, foi necessário decidir o título em uma melhor de quatro pontos. A série foi iniciada em janeiro de 1960 e, depois de dois empates no Pacaembu nos quais o time da Vila não contou com Jair e Pagão, no terceiro confronto no mesmo estádio o Verdão faturou a taça. O jogo teria o recorde de renda da história do Paulista até ali, com mais de três milhões de cruzeiros arrecadados.

O 2 a 1 alviverde teve gols de Pelé, Julinho e Romeiro e o Verdão saía de uma fila de quase nove anos sem conquistar títulos, algo que incomodava a torcida à época. O destaque do jogo foi o meia Chinesinho, que havia chegado ao Palestra em 1958, vindo do Internacional, em uma das transações mais caras do futebol de então. Mais tarde, foi vendido ao Modena, da Itália.

  • Santos 2 X 2 Palmeiras (Copa do Brasil 1998)

O Santos não conquistava títulos importantes desde 1984, mas vinha batendo na trave após recuperar a sua autoestima no Brasileiro de 1995. Aquele ano confirmaria o retorno santista às disputas de título, com o time do técnico Emerson Leão terminando em terceiro lugar em três competições: Brasileiro, Rio-São Paulo e Paulista, além de ter vencido a Copa Conmebol.

A conquista que geraria outra
Já o Palmeiras de Felipão era um time moldado à sua feição, com a dupla Paulo Nunes e Oséas à frente e Alex e Zinho no meio, guardados por Galeano e Rogério “Pedalada”. Após um empate em 1 a 1 no Parque Antárctica, o Verdão passou à final contra o Cruzeiro com um 2 a 2 na Vila Belmiro, se classificando pelo critério de gols marcados fora de casa. Marcaram para o Santos, que saiu da competição invicto, Viola e Argel; para o Palmeiras, Oséas e o ex-santista Darci. O título daquele torneio assegurou aos palmeirenses a vaga na Libertadores do ano seguinte, quando se sagraram campeões pela primeira vez.




  • Palmeiras 2 X 3 Santos (Campeonato Paulista de 2000)

Gol não tão bonito, mas precioso
Sem chegar a uma final de Paulista havia 16 anos, o Santos disputava a segunda partida da semifinal no Pacaembu contra o forte Palmeiras. Na primeira peleja, no Morumbi, o Verdão chegou mais perto da vitória, mas um então jovem Fábio Costa evitou que a partida saísse do zero a zero.

A segunda partida também foi no estádio da Zona Sul e o Alviverde, que tinha a vantagem do empate, conseguiu se impor ao marcar com Argel, aos 32 do primeiro tempo, e Euller, aos 8 da etapa final. Aquela partida disputada pela manhã, contudo, se tornaria histórica para os santistas.

Com uma bela finalização, Eduardo Marques diminuiu para o Peixe aos 23 e Anderson Luiz empatou aos 32. O Palmeiras recuou buscando manter o empate que lhe bastava e o Santos partiu para cima, sem muita tática ou técnica. E, após um cruzamento de Robert, Claudiomiro dividiu com Marcos e cabeceou para o gol, com a bola ficando limpa para Dodô, caído, marcar o gol da virada. O Peixe do técnico Giba chegava à final, a qual perderia para o São Paulo.

  • Santos 2 X 1 Palmeiras (Campeonato Paulista de 2009)
Fez a diferença o baixinho (Nilton Fukuda/AE)
O Palmeiras era favorito nas semifinais do Paulista, havia feito a melhor campanha na primeira fase, e o Santos era uma equipe em formação. Vágner Mancini já aproveitava Paulo Henrique Ganso como titular e tinha promovido naquela competição a estreia de Neymar como profissional.

A equipe de Vanderlei Luxemburgo havia perdido a primeira na Vila por 2 a 1 e saiu perdendo também no Parque Antarctica logo aos 17, com Madson, um dos destaques daquela noite, marcando para os santistas. No segundo tempo, Mauricio Ramos fez pênalti em Neymar, sendo expulso, algo não muito incomum para o atleta. Kléber Pereira converteu e a vantagem peixeira se ampliou.

O Verdão ainda respiraria com um gol de Pierre, uma falha monumental de Fábio Costa. A peleja teria ainda a inusitada confusão entre Diego Souza e Domingos, resultando na expulsão dos dois. O Santos foi à final, mas perdeu a decisão para o Corinthians.


  • Santos 3 X 4 Palmeiras (Campeonato Paulista de 2010)

O coreógrafo Pablo Armero
Esse jogo já foi tema de post aqui e aqui. O Santos vinha embalado com o belo futebol jogado pelo time de Dorival Junior. Antes desdenhados pelo antigo técnico Vanderlei Luxemburgo, Neymar e Ganso começavam a se destacar, ladeados por Robinho e tendo como coadjuvantes André, Marquinhos e Wesley.
Pará fez o primeiro aos 10 e Neymar fez aos 30. Dava pinta de que poderia ser uma goleada alvinegra e o Peixe desperdiçava chances até que o aguerrido Palmeiras empatou ainda na etapa inicial com dois gols de Robert, feitos em dois minutos, aos 41 e 42.

No retorno, o Alviverde conseguiu a virada com um gol de Diego Souza. Madson empatou aos 35 mas, em seguida, o time da casa ficou com um jogador a menos, Neymar foi expulso depois de falta dura em Léo.

A (re) virada fantástica palmeirense veio mais uma vez com Robert, que aproveitou falha no meio de campo de Arouca e definiu a vitória. Mas o destaque da peleja foi o lateral Pablo Armero dançando o que ficaria conhecido mais tarde como “Armeration”, uma resposta aos santistas que comemoravam seus gols com dancinhas à época.


Na última partida entre os dois, pelo Brasileiro de 2012, o Santos levou a melhor: 3 a 1, em noite de homenagem a Joelmir Beting. 

Se você é santista e quiser ver só vitórias do Peixe, clique aqui.

domingo, março 10, 2013

Clássicos refletem o tédio que é o Paulistão

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Não sou contra os estaduais, mas o Paulistão, definitivamente (e há muito tempo, aliás), deve ser total e completamente reformulado. Não que o Campeonato Carioca, por exemplo, seja modelo de alguma coisa - até porque, tirando os quatro grandes clubes daquele Estado, resta pouca coisa, enquanto aqui temos Ponte Preta, Botafogo e Mogi Mirim para embolar os primeiros lugares da tabela. Mas vejam a diferença: no mesmo fim de semana em que Santos e Corinthians fizeram um dos piores confrontos da História dos dois times, as semifinais do 1º turno do estadual do Rio proporcionaram aos torcedores dois jogaços, o movimentado Vasco 3 x 2 Fluminense, no sábado, e o eletrizante Botafogo 2 x 0 Flamengo, no domingo. Uma semana depois, a mesma coisa: enquanto São Paulo e Palmeiras repetiram o modorrento zero a zero de seus principais rivais, o Botafogo fez uma ótima partida contra o Vasco, pela decisão da Taça Guanabara, e venceu com um gol no final do segundo tempo, obrigando o rival a pressionar - e os torcedores a prenderem a respiração - até o apito final do juiz, literalmente.

O resultado disso? Aqui, o público some. Santos x Corinthians atraíram 17 mil torcedores e São Paulo x Palmeiras, 18 mil. Enquanto isso, no Rio, 39 mil acompanharam a final da Taça Guanabara - e, ainda que apenas 22,7 mil tenham pago para isso, esse número também é maior do que o dos clássicos paulistas. Bom, não adianta chorar o Estadual derramado - ou demorado. É nítido que Corinthians, Palmeiras e São Paulo estão muito mais interessados na Libertadores, o que só ocorre com o Fluminense no Rio. Mas isso não é desculpa. A Federação Paulista de Futebol faz com que os grandes daqui enfrentem o Estadual como um fardo, um incômodo, um obstáculo indesejável. Se pelo menos a fase de grupos fosse menor, passando para uma fase mata-mata tipo "melhor de três", a partir das oitavas-de-final, tenho certeza que veríamos jogos menos entediantes do que os dessa 1ª fase, que, a cada ano, aborrece mais. São Paulo e Palmeiras até tentaram mostrar algum serviço no segundo tempo, mas ficou nítida aquela postura, na cara dos atletas, de "Ah, isso não vale nada, mesmo...". Clássico com placar em branco é a cara do Paulistão. "Divirtam-se":


Ps.1: Totalmente justa a expulsão do Lúcio. Como disse o Glauco, ele está jogando só com o nome.

Ps.2: Totalmente injusta a reclamação de Ganso, ao ser substituído. Não está jogando nada. Nada.

Ps.3: Rodrigo Caio foi o melhor em campo, pelo São Paulo. Luís Fabiano perdeu gol feito e sumiu. 

domingo, fevereiro 17, 2013

Visão Corintiana: Timão complica Derby que parecia fácil

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Little Romário: 3 jogos contra o Palmeiras, 4 gols

O único Derby garantido para os paulistas neste ano terminou num empate de 2 a 2. Corinthians e Palmeiras até podem se enfrentar novamente, mas tudo vai depender dos desempenhos e cruzamentos na Copa do Brasil, Libertadores e no próprio Paulistão. Certeza mesmo, só esse clássico, em que um Timão desatento deu brechas para que um aguerrido e surpreendentemente organizado Verdão complicasse e muito o jogo. Para o espectador sem ligações carnais de algum dos lados, uma benção, pois o jogo ficou muito mais emocionante e disputado. Para a corintianada, só preocupação.

O Corinthians começou muito bem o jogo, arrasador ao seu modo. A organização de uma equipe cuja base já tem quase dois anos deixava ainda mais claros os problemas do Palmeiras, equipe em formação e buscando reencontrar a auto-estima. O Timão impôs o toque de bola, apertou a marcação e as chances foram surgindo. Bola na trave de Jorge Henrique, cabeçada raspando de Paulinho, gol de Sheik após ajeitada de cabeça de Paulo André. Ainda teve uma outra bola na trave em imperdível gol perdido por Guerrero. Depois disso, o ritmo baixou.

Não sei se foi preguiça, se foi a má forma física do início da temporada (com o reforço da idade elevada de boa parte do time titular) ou, o pior motivo, se o pessoal subiu no salto. Mas o fato é que o time tirou o pé, não ganhou mais nenhuma dividida e o Palmeiras cresceu. Mais calmo, mostrou organização surpreendente para quem está estreando gente nova a cada jogo e levou perigo em ataques rápidos. Wesley fazia parte das tramas, mas exibia um egoísmo impressionante. Não fosse isso, talvez o empate tivesse vindo antes. Mas veio, em cruzamento do mesmo volante e cabeçada de Vilson, que vem sozinho de trás, em falha do sistema de marcação. Ralph olha a bola e o moço chega como quer para fuzilar Cássio. Não é trágico, mas cabe notar que erro muito semelhante aconteceu no gol de Rivaldo, contra o São Caetano. Tite tem algo a corrigir.

O segundo tempo começou quase igual, com um Palmeiras compacto, fechadinho, explorando bem os contra-ataques. Nessas veio a virada, em novo cruzamento. Falta tosca cometida por Ralph, cruzamento na área e Cássio erra grotescamente a saída do gol. Vinícius 2 a 1. O Verdão ainda teve umas três chances de ampliar até que Tite decidiu mexer, e dessa vez não foi tão lento como costuma. Trocou Alessandro por Romarinho (JH virou lateral), Danilo por Renato Augusto (dois dos mais velhos jogadores) e  Guerrero por Pato. A mexida deu novo gás e o Timão passou a pressionar e não dar chance para o Palmeiras, que se segurava.

Até que num bicão/lançamento da zaga, Pato deu uma matada que justifica minha fé no rapaz e esperou. Achou ele, Little Romário,  rapaz de comprovada estrela contra o arqui-rival. Chute da entrada da área no canto e caixa.

A pressão continuou até o fim, ainda que desorganizada, na base de toques longos e meio burros. Se tivesse colocada mais a bola no chão, mais chances teriam aparecido. Culpo um pouco Renato Augusto, que entrou para ser meia e tinha que botar a bola no chão, e Paulinho, em noite pouco inspirada – impressão que poderia ser toda outra se a bicicleta extremamente plástica tentada pelo volante no final tivesse desviado uns 40 cm para a direita.

No final, ficou a impressão de que o Corinthians complicou e muito um jogo que se anunciou como tranquilo – não antes, mas nos primeiros minutos da partida. Começou como se fosse aplicar uma goleada sem sustos e terminou correndo atrás do prejuízo. De bom, vemos que o time está organizado e tem entrosamento. Além disso, tem peças no banco de muita qualidade e capacidade para mudar um jogo complicado. E é razoável esperar que a equipe aprende com os erros e entrará com o pé mais firme nos próximos jogos decisivos.

O Palmeiras mostrou ter bons jogadores no meio-campo e um time que deve melhorar com o entrosamento. Souza e Wesley são inteligentes e sabem jogar bola, mas precisam conversar mais. Welder jogou bem e registro aqui minha surpresa por passar batido da maldição do ex-jogador.

Vamos ver como será o próximo duelo entre os dois times – se ele por ventura acontecer neste ano.

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Palmeiras estreia com vitória e um pouco de sufoco na Libertadores

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O Palmeiras começou com vitória sua trajetória na Taça Libertadores da América na quinta-feira, 14, no Pacaembu. Sobre um gramado molhado mas bem drenado -- quase igual às ruas alagada da capital paulista -- o Verdão passou pelo peruano Sporting Cristal por 2 a 1.

A um ano do centenário, o alviverde tem uma temporada de extremos. Se em três meses a realidade será a da segunda divisão do nacional, por ora o Palmeiras tem a oportunidade de estar entre a elite do futebol sul-americano. O começo foi para quase ninguém reclamar.

Além de ter contado, nas partidas recentes, com a "artilharia" de Marcio Araújo (aquele que não povoava nenhum post de melhores momentos até janeiro), novamente a representação de Palestra Itália teve nos defensores a arma para sair na frente. Henrique marcou de cabeça aos 39 do primeiro tempo. Foi o quarto do zagueiro em quatro jogos. Volta, Barcos?

No começo da etapa final, aos 6, Carlos Lobatón empatou de pênalti. O segundo dos mandantes veio de um chute de fora de Patrick Vieira. O goleiro Fernando Prass, o primeiro de nome composto a defender a meta da equipe desde el Gato Fernandez, ainda teve de fazer boas defesas para evitar pior destino (se alguém lembrar que Cavalieri também era Diego ganha um dose no boteco da esquina).

O time que esteve em campo, repleto de volantes, pode ainda melhorar em muitas frentes. Nunca será brilhante. Sequer bom. Mas pode ser mais bem resolvido. A mais importante das qualidades a se adquirir, como elenco mediano que é, seria tornar-se cascudo, mais compacto e com menos buracos na marcação.

Venceu mas deixou claro que falta muito para dar boas notícias sobre os dez meses que 2013 ainda tem pela frente.

Ainda em fevereiro, o time de Gilson Kleina volta a atuar pela competição, na primeira passagem para fora do país. O adversário será o Libertad, em Assunção, no Paraguai.

domingo, janeiro 20, 2013

Paulistão com cara de "vale a pena ver de novo". E Lula "trolla" o Palmeiras

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Ele, sempre
O campeonato paulista de 2013 começou com aquele gostinho de café requentado para pelo menos duas equipes grandes do futebol de São Paulo. O Santos estreou contra o São Bernardo com casa cheia a Grande São Paulo e bateu os anfitriões por 3 a 1. Com uma equipe desentrosada, foi Neymar que salvou a pátria mais uma vez. A partida contou com a presença do ex-presidente Lula, que assumidamente, como você vai ver na entrevista , estava lá para secar o Santos. Ao lado dele, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, torcedor do Peixe.



Os reforços que jogaram foram bem ofensivamente, mas pecaram na marcação, exceção feita a Renê Júnior que, além de marcar de forma competente, deu um belo lançamento para Montillo perder aquele que considero sua terceira grande oportunidade de marcar desde sua estreia, no amistoso contra o Grêmio Barueri. Cícero e Arouca não foram tão bem na cobertura, assim como Bruno Peres (nada novo) e o estreante Guilherme Santos foram menos que medianos defensivamente.

Mas, reforços à parte, tem esse fora de série chamado Neymar. Ele fez um gol que, como já dito aqui, está se acostumando a fazer, tocando de forma precisa por baixo das pernas do defensor. Um lance incomum, que para o craque peixeiro está se tornando corriqueiro. Além disso, como disse o companheiro Edu, cavou uma expulsão do adversário e inúmeros cartões amarelos. Todos justos, embora o secador Lula discorde...



******

Já o Palmeiras também estreou com o gosto amargo do final de 2012. Não saiu do empate, em casa, contra um dos seus rivais na Série B, o Bragantino. O Verdão teve uma grande chance desperdiçada pelo atacante Barcos, que perdeu um pênalti. A equipe palestrina, aliás, foi "trolada" por Lula, que disse, a respeito da participação alviverde no Paulista: "Esse vai ser um campeonato paulista muito bom, porque todos os times estão reforçados. O Corinthians está melhor, o Santos está melhor, o São Paulo está melhor, os times do interior, o São Bernardo está melhor... Só falta o Palmeiras ficar melhor".


sábado, dezembro 01, 2012

Em noite de homenagem a Joelmir Beting, Santos bate Palmeiras na Vila

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O clássico envolvendo Santos e Palmeiras na Vila Belmiro não foi marcado apenas por uma bela apresentação alvinegra no primeiro tempo, que lhe rendeu a virada e a vitória. Foi também uma noite de homenagem a Joelmir Beting, falecido na madrugada da última sexta-feira. O time do Palmeiras entrou com a faixa que reproduzia uma das máximas de Joelmir, “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!”

Do lado alvinegro, coube a Neymar entregar a Mauro Beting (força, Maurão e família!), vestindo a camisa dez palmeirense com o nome Joelmir (ao lado), uma placa em homenagem ao jornalista que teve a grande sacada de registrar no Maracanã, justamente com uma placa, o célebre gol de Pelé, marcado contra o Fluminense, em 1961. “Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol”, dizia Joelmir sobre a ideia que inspirou a expressão utilizada correntemente para traduzir os belos gols.

Começada a partida, o Palmeiras dava até impressão de que, sem a pressão que viveu durante a maior parte do Brasileiro, jogaria mais solto, se aproveitando do oportunismo de Barcos e da velocidade de Maikon Leite, que fez o primeiro gol do jogo aos quatro minutos, após grande lançamento do centroavante alviverde. Dois minutos depois, mais uma vez nas costas do lateral Juan, o ex-alvinegro finalizou, mas dessa vez Rafael defendeu.

Passado o solavanco, a caravana santista se aprumou e começou a criar chances. Neymar atrapalhou Arouca e perdeu diante de Rafael Alemão e, logo depois, perdeu novamente uma chance clara, quase na pequena área, finalizando por cima do gol. Sim, um jogo elétrico, que o Santos empatou aos 14 minutos, depois de belo lance de Pato Rodriguez que serviu Neymar. O atacante driblou Rafael Alemão e passou para Victor Andrade finalizar sem goleiro.

A essa altura, o Santos já era melhor, e Roman quis ajudar um pouco mais a missão peixeira ao fazer pênalti infantil em Neymar. Ele já havia sido advertido com o cartão amarelo por uma falta desleal no craque alvinegro, e foi expulso ao receber o segundo, depois do puxão de camisa. O Onze converteu o pênalti e, a partir daí, os donos da casa viraram senhores do jogo.

Pato perdeu chance. Neymar finalizou uma bola que bateu no travessão, na trave, e depois na sua cabeça para sair pela linha de fundo. Felipe Anderson cortou errado o goleiro e perdeu o gol. Mas, aos 39, Neymar fez um gol de pura técnica e frieza, chutando entre as pernas de Maurício Ramos. O craque ainda perderia outra chance, superando o arqueiro rival mas parando Maurício Ramos, que salvou o tento.


Na segunda etapa, o jogo caiu demais e as chances rarearam. Aos 10 minutos, o Santos perdeu seus dois volantes: Alan Santos, que entrou no lugar do suspenso Adriano, foi expulso por ter feito uma falta justamente no momento em que Arouca era atendido e desfalcava o time. Gérson Magrão entrou na meia e Felipe Anderson foi recuado, permitindo que o Palmeiras tivesse mais campo para tocar a bola, ainda que de forma pouco incisiva.

Para o Santos, valeu a experiência de jogar sem um centroavante enfiado, como Muricy tanto gosta. Com muita mobilidade dos três avantes e uma forte marcação na saída de bola alviverde, a parte ofensiva do Peixe foi bem, mas, quando Arouca saiu, o time sentiu falta de um pouco mais de articulação no meio de campo. Vale testar novamente a formação, com gente de mais qualidade na meia o jogo santista – cadê as contratações, Laor? – o jogo pode fluir melhor.

Do elenco peixeiro que jogou hoje, Juan, que foi muito mal no primeiro tempo, deve ir embora, para alívio da torcida alvinegra, mais que impaciente com o atleta. Mas dois jogadores que evoluíram muito nesse segundo turno foram Felipe Anderson, que hoje tem muito mais consciência tática do que há alguns meses, e Pato Rodriguez, que também passou a aproveitar mais a habilidade que tem para jogar mais para o time do que para si. Faltam meias, e laterais.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Em clima de ensaio, Corinthians ganha de um Inter desorganizado

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Para o corintiano, esse campeonato brasileiro tem sido um pouco como dançar com a irmã. É divertido, vale o treinamento para situações futuras, mas você sabe que não passa disso. Não quero com isso, destaco, dizer que naõ me importo com o nacional. Pelo contrário, adoraria não ter perdido aqueles pontos odos no comecinho e estar disputando o título até o final. E os resultados recentes do time, após entrar oficialmente na fase final de preparação para o Mundial da Fifa, mostram que daria pra brigar pelo caneco tupiniquim.

Peguemos o jogo deste domingo, contra o Inter, no Beira Rio. O Corinthians venceu sem forçar muito o ritmo, mas mantendo a organização coletiva e com boas atuações de Douglas, Danilo e Guerrero. Não levou sustos e criou bem mais que o Colorado, que teria até mais motivos para correr por jogar em frente a uma torcida já bem descontente pela temporada mais ou menos.

Um parágrafo para o centroavante peruano, que depois de um período de adaptação ao time, marcou em 3 dos últimos 4 jogos, como informou o colega Ricardo, do Retrospecto Corintiano. Se continuar assim, estará bem acima dos donos da posição que passaram pelo time nos últimos tempos e mesmo dos outros atacantes, talvez com exceção de Sheik. Nosso árabe voltou ontem, aliás, depois de temporada no estaleiro que coincidiu precisamente com a fase do campeonato que não interessava. Não, não chamei ninguém de chinelinho, essa acusação fica por sua conta.

A boa sequência do Timão inclui uma sacolada no Coritiba e vitórias contra o café-com-leite Atlético Goianiense e o Vasco, que disputava vaga para a Libertadores – de nada, tricolores. Fecha o Brasileirão contra Santos e São Paulo, duas pedreiras, ainda que o Peixe não conte com Neymar por uma decisão questionável da arbitragem. Está hoje em quinto lugar, posição nada desonrosa para uma equipe que jogou a meia bomba metade do torneio.

Ano que vem, espero um planejamento que consiga realmente disputar Libertadores e Brasileiro para ganhar, mesmo com esse calendário estranho e picotado que CBF e Comenbol propõem e os clubes aceitam ano após ano. Se não vão brigar por uma organização das datas que seja mais razoável para seus interesses, que se virem para montar elencos que aguentem o tranco.

Inter

Fernandão protagonizou uma situação eticamente duvidosa algum tempo atrás quando, como diretor remunerado do Inter, presumivelmente participou da decisão de demitir Dorival Júnior, e assumiu seu cargo. Os resultados não foram até agora lá grande coisa: o time que focou exclusivamente o Brasileiro está em 8º lugar, com 51 pontos, longe da Libertadores mais ainda do título. Pior que isso: o time que vi ontem está desorganizado, apesar de ter bons nomes como D'Alessandro, Leandro Damião e Forlan, craque da última Copa e uma das maiores contratações do ano no país.

O uruguaio, aliás, é um exemplo do problema. Não sei se por falta de adaptação (o que Seedorf no Botafogo desmente), problemas pessoais ou seja lá o que for, o cara não jogou nada. Mas tenho aqui uma teoria: Fernandão o colocou aberto pela ponta direita, longe de Damião, deixando os dois isolados e distantes um do outro no ataque. Forlan jogou como centroavante boa parte da carreira e na Copa, como uma espécie de meia-atacante centralizado, de onde distribuia passes e aproveitava seus excelentes chutes de fora da área.

Pode não ser sua culpa, mas o treinador estreante não está conseguindo retirar o melhor de uma contratação milionária. Outro problema do time pode ser o vício em seus dois ídolos argentinos, D'Alessandro e Guiñazu, donos do time há várias temporadas. Uma renovação – ou um enquadro bem feito – podem ser necessários para 2013.

Ah, e se Forlán quiser aparecer no Corinthians e disputar a centroavância com Guerrero, será bem vindo. O convite também vale para Leandro Damião.

Palmeiras

Não pretendo tripudiar sobre o rebaixado alvi-verde, como fizeram corintianos mais cruéis da torcida e do elenco. Só destacar duas informações interessantes, uma de cada lado da moeda.

Primeira: no fatídico jogo contra o Flamengo, o grito de parte da torcida palmeirense foi este: “Olele, Olalá, se cair pra Série B, se prepara pra apanhar”. Não é exatamente um convite para que bons jogadores venham reforçar o fraco elenco do Palmeiras.

A outra pode ser algum alento: de acordo com o PVC, Arnaldo Tirone e os presidenciáveis do clube, que tem eleições no próximo janeiro, se reuniram para formar um comitê de transição e montar a equipe que enfretará o paradoxo de disputar a Série B e a Libertadores ano que vem. Gilson Kleina fica, pelo jeito.

Um adendo de menor relevância: o colunista Clóvis Rossi escreveu na Folha de hoje um texto assumindo sua traição ao verdismo e seu novo amor pelo Barcelona. De minha parte, achei pra lá de tosco.

segunda-feira, novembro 05, 2012

Birebaixamento, dez anos depois

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- Você vai ver - ensaiou consolar o corintiano - O rebaixamento vai ser a melhor coisa que poderia acontecer para o Palmeiras... Vai se livrar de um bando de trastes da cartolagem.

É claro que o esboço de apoio moral veio depois de dez minutos de piadas sortidas, sobre o fim do Alviverde, sobre a ausente imponência de outrora, sobre finalidades alternativas da nova Arena Palestra Itália etc. Solidariedade de alvinegro paulistano numa hora dessas teria mesmo de ser farsa. Por nenhum outro motivo devolvi a solidariedade sem perder a ternura:

- Melhor coisa, só se for pra corintiano, são-paulino, santista, vascaíno. Pra palmeirense, a notícia é pior do que fim do mundo dos maias. Se fosse pra consertar aquela esbórnia, tinha resolvido há dez anos, na primeira queda, antes de o clube fazer 90 primaveras. Agora, dois carnavais antes de completar o primeiro século, é risco sério de viver o centenário na gloriosa segundona...

O diálogo terminou com um ou dois palavrões para amaldiçoar a situação. A conversa entre um sarrista e um desesperado aconteceu antes do empate em dois a dois entre Palmeiras e Botafogo, em Araraquara,no domingo, 4. O descenso está traçado há mais de dois meses, com as sucessivas falhas em inflar suspiros de esperança.

Sete pontos para baixo da linha da degola na tabela. A quatro rodadas do fim. Erros por falta de concentração e tranquilidade na tarefa de defender, e falta de pontaria e calma na hora de finalizar em gol. Esse roteiro, de desfecho triste, é conhecido.

Que é possível voltar em campo, em 2013, todos os que já caíram sabem. Em tese, o regulamento assim permite. Que é nada fácil, também é público e notório. Engana-se o torcedor que dá como certo o regresso, porque há um campeonato inteiro pela frente.

A foto é de 2010, depois da elminação da Sulamericana. A tristeza é atual (Ari Ferreira)
Com dois agravantes. Primeiro, o peso do repeteco, de duas quedas em duas décadas do milênio. Triste realidade para o campeão do século passado.

O segundo agravante liga-se à disputa da Taça Libertadores da América. Nenhuma crise existencial no fato de participar do continental e jogar a segundona do nacional. A dificuldade é de planejamento de contratações e organização do clima interno do clube. Fosse esta uma sociedade esportiva com histórico de gestão profissional, o receio poderia ficar escanteado. No cenário de priorizar a conquista da Copa do Brasil e perder o direito de manter-se na Série A, só pra citar o episódio mais recente,  vem um gosto amargo na boca que se confunde com a ressaca dos goles de ontem. Que perfil de elenco joga duas competições de clima e estilos tão dispares?

Resta a história e a paixão de torcedor para seguir firme, amarguras à parte. Tanto para acreditar em dias melhores sem Arnaldo Tirone no comando, sem Mustafá Contoursi interferindo, quanto para botar fé e torcer (e sofrer também) em qualquer divisão, campeonato ou condição.

Sobra um afônico porém sincero: Dá-lhe Porco.

domingo, novembro 04, 2012

Vitória do Bahia afunda mais o Palmeiras e traz Lusa pro baile

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O Bahia derrotou agora à noite, no Canindé, a Portuguesa por 1 a 0. O tento foi de Souza, um dos últimos espécimes do chamado centroavante-centroavante, aos 32 do segundo tempo. Diones chutou de fora da área e o veterano goleiro Dida tentou encaixar, dando o rebote para o ex-atacante do Corinthians.

Assim, os baianos chegaram a 40 pontos e estão empatados com a própria Portuguesa, que volta a estar ameaçada pelo espectro da Série B. A diferença entre os dois são três tentos de saldo em favor dos lusitanos. Ambos ainda estão quatro pontos à frente do Sport, primeiro time na fila para sair da degola.

Já o Palmeiras, que empatou com o Botafogo em um jogo que beirou o inacreditável, dadas as chances desperdiçadas pelo nervosismo alviverde, está com 33, sete atrás de Bahia e Portuguesa. Precisa de uma reta de chegada perfeita para escapar da Série B. Para se ter uma ideia do tamanho da superação, é só lembrar que os palestrinos conquistaram sete pontos nas últimas seis rodadas, exatamente o número de pontos que o distancia da salvação, e o mesmo desempenho do Figueirense, virtual rebaixado e penúltimo colocado no Brasileirão.

O Sport, rival mais próximo do clube paulista, vem em uma difícil caminhada de recuperação, tendo feito nove pontos nas últimas seis rodadas, contando com a vitória de hoje contra o Vasco, 3 a 0 em São Januário. Os vascaínos têm a segunda pior campanha do returno e vem de seis derrotas seguidas.

Embora estejam a quatro pontos da zona fantasma, Bahia e Lusa têm motivos de sobra para se preocupar, levando-se em conta o desempenho recente. A Portuguesa não marca gols há quatro partidas e nas últimas seis fez somente quatro pontos. Os baianos fizeram cinco em meia dúzia de rodadas.

Confira os quatro últimos jogos dos quatro times que parecem estar disputando às avessas duas vagas do rebaixamento, lembrando que Cruzeiro e Ponte, com 43 pontos, correm algum risco de rebaixamento.


Portuguesa


Botafogo (fora)

Grêmio (casa)

Internacional (fora)

Ponte Preta (casa)


Bahia


Cruzeiro (fora)

Ponte Preta (casa)

Náutico (casa)

Atlético-GO (fora)


Palmeiras


Fluminense (fora)

Flamengo (fora)

Atlético-GO (casa)

Santos (fora)


Sport


Figueirense (fora)

Botafogo (casa)

Fluminense (casa)

Náutico (fora)