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domingo, junho 28, 2009

Um litro de Kaiser...dom

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Seguindo com a série "Eu e minhas cervejas", experimentei na sexta-feira um exemplar alemão cujo nome pode causar arrepios àqueles que já tiveram o (des)prazer de tomar uma certa marca brasileira: Kaiserdom Premium German Lager Beer. Mas esta cerveja da cidade de Bamberg não tem nada a ver com a quase homônima, que tanto difamamos aí no Brasil. Com 4,5% de teor alcoolico, a Kaiserdom tem cor clara e um sabor amargo de chope, apesar de suave. Porém, o que mais nos chamou a atenção, no supermercado, foi a imponente lata de 1 litro, que rende dois pints - copo padrão que aparece no canto direito da foto abaixo, feita pelo colega Raphael Brito. Aliás, e ele quem observa: "Tem a medida certa de alcool e sabor refinado". A cerveja serviu para brindar minha chegada a república no bairro de Kingswood onde vivem cinco mineiros e dois paulistanos. Até a proxima (cerveja)!

sábado, junho 13, 2009

Tragédia pode ter mudado o rumo da Copa de 58

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Estou lendo Manchester's Finest - How the Munich Air Disaster Broke the Heart of a Great City, de David Hall, sobre o acidente de avião – foto – que matou oito jogadores do time inglês Manchester United em 6 de fevereiro de 1958, na Alemanha. Era a famosa equipe batizada como "Busby Babes", uma geração de jovens craques capitaneados pelo mítico técnico escocês Matt Busby, que venceu o Campeonato Inglês das temporadas 1956-1957 e 1957-1958. Seria como se o time do Santos perdesse numa tragédia, logo após vencer o Brasileirão de 2002, Robinho, Diego, Renato, Elano, Leo, Alex e Alberto, por exemplo.


No dia anterior ao acidente aéreo, o Manchester United empatou por 3 a 3 com o Red Star, em Belgrado, na antiga Iuguslávia, e garantiu presença na semifinal da Liga dos Campeões da Europa, na qual enfrentaria o Real Madrid. Mas, na viagem de volta, o avião parou para reabastecer em Munique e, sob forte nevasca, tentou decolar duas vezes e não conseguiu. Na terceira, saiu da pista, bateu uma das asas em uma casa e pegou fogo, matando 22 das 43 pessoas a bordo. Veja imagens da epoca aqui.

Entre as vítimas fatais estavam os jogadores Geoff Bent, Roger Byrne, Eddie Colman, Duncan Edwards, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor e Billy Whelan. Morreram ainda três funcionários do clube, oito jornalistas de Manchester, dois membros da tripulação e dois outros passageiros. Entre os jogadores que sobreviveram estava Bobby Charlton, futuro campeão mundial pela Inglaterra em 1966. Outros dois do time, Jackie Blanchflower e John Berry, nunca mais puderam jogar futebol. O técnico Matt Busby passou por diversas cirurgias e esteve entre a vida e a morte, mas sobreviveu para reassumir o time três meses depois.

Mas a perda mais sentida foi a de Duncan Edwards (foto), de 21 anos, uma espécie de Pelé inglês e grande promessa de destaque na Copa da Suécia, que seria disputada dali alguns meses. Como se sabe, a Inglaterra foi a única seleção a quem o Brasil não conseguiu derrotar naquele mundial – e seria uma das favoritas ao título se tivesse contado com os jogadores Edwards, Taylor, Byrne, Pegg e Bent, que morreram no acidente e tinham suas convocações praticamente certas.

Os "Busby Babes" em 1957: a partir da esquerda, Ray Woods, Duncan Edwards, Tommy Taylor, Billy Whelan, Geoff Bent, Bill Foulkes, Jackie Blanchflower, Colin Webster, Dennis Viollet, Eddie Colman e Johnny Berry

Ps.: O legendário técnico Matt Busby (foto à esquerda) foi citado por John Lennon na letra de Dig It, dos Beatles, em 1969, um ano depois de o Manchester City ter vencido o Benfica, de Portugal, na decisão da Liga dos Campeões da Europa. A letra diz: "Like a rolling stone/ Like the FBI and the CIA/ And the BBC...BB King/ And Doris Day/ Matt Busby/ Dig it, dig it, dig it...". A música está no disco Let It Be e pode ser conferida aqui. Busby morreu em 1994, aos 85 anos.

terça-feira, maio 26, 2009

Tipos de cerveja 37 - As Landbier/ Zwickel/ Keller

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Três estilos bastante relacionados, raros, antigos, únicos e típicos da Alemanha. As Kellerbiers são cervejas não filtradas e não pasteurizadas, utilizando técnicas de produção que se mantêm desde a Idade Média. O produto final é suave, naturalmente opaco e com alto teor de vitaminas, fruto dos fermentos utilizados na sua elaboração. O sabor amargo transmitido pelo lúpulo pode ser elevado, sendo talvez essa a grande diferença para as Zwickel Bier, que são mais suaves e têm um sabor menos pronunciado. Quanto às Landbier, a sua maior qualidade é um sabor de malte mais profundo, apesar de também sofrer da falta de gás característica dos outros dois tipos. Vale ressaltar que o gás destas cervejas é natural, surgindo durante o processo de fermentação. "Finalmente", prossegue o amigo Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo, "acrescente-se que as Landbier podem ser filtradas. Note-se também que nesses três estilos o teor alcoólico não é muito elevado, variando entre os 4% e os 7% ABV". Para experimentar: Griess Kellerbier, Fursten Zwickel e Echt Veldensteiner Landbier (foto).

quarta-feira, abril 22, 2009

A gravidez polêmica de Bussunda

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Em junho completaremos três anos sem o genial humorista (e flamenguista) Bussunda, que morreu de um ataque cardíaco fulminante em plena cobertura da Copa da Alemanha, após jogar uma pelada com os companheiros Hélio de la Peña, Beto Silva e Cláudio Humberto. E falando nisso (pelada), resgatei uma impagável sátira da extinta revista Casseta Popular - uma das duas publicações que deram origem ao grupo Casseta & Planeta (a outra foi o jornal Planeta Diário). Em 1991, a atriz Demi Moore causou escândalo aos posar nua e grávida na capa da revista Vanity Fair. Sem perder tempo, o humorista contra atacou na revista brasileira mostrando seu imenso barrigão de cerveja, sob a seguinte chamada: "Desafio à ciência: A gravidez polêmica de Bussunda". Mais indecente, impossível...

sexta-feira, abril 17, 2009

Tipos de cerveja 33 - As Dunkel

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Estilo típico da Baviera, mais propriamente da região de Munique, na Alemanha, são cervejas suaves, mas muito complexas. Têm cores que variam do cobre até o castanho-escuro, sabor e aroma algo doces, próximo do chocolate, característica que lhes é conferida pelo malte. O teor amargo é médio-baixo, mas o suficiente para contrabalançar com o doce do malte. O lúpulo utilizado costuma ser de origem alemã e de boa qualidade, como o comprovam as espécies habitualmente usadas: o Hallertau e o Tetnang. O volume alcoólico da Dunkel varia entre 4% e 6%. Exemplos desse tipo de cerveja são a Ayinger Altbairisch Dunkel (foto), a Aldersbacher Kloster Dunkel e a Altenmunster Jubelbier Dunkel Spezial (Jubel).

terça-feira, março 17, 2009

Tipos de cerveja 31 - As Doppelbock

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Também conhecidas por Double Bock, são uma subcategoria das Bock, porém mais fortes e caracterizadas por um intenso sabor de malte, o que resulta num aroma e sabor algo adocicados - sendo esse fator contrabalançado com o uso de lúpulo, para dar um toque final azedo. A cor pode variar do âmbar ao castanho escuro e o nível de álcool é, em geral, elevado, variando entre 7% e 8%. As Doppelbock tiveram origem no mosteiro Paulaner, em Munique (Alemanha), como forma de complemento para as refeições dos monges. Segundo Bruno Aquino, do site parceiro Cervejas do Mundo, "a maior parte dos exemplos bávaros desse tipo de cerveja acabam no sufixo 'ator', em referência à primeira cerveja do gênero a circular comercialmente, a Salvator, produzida pelos monges Paulaner". Exemplos disso são a Ayinger Celebrator (foto), a Fish Tale Detonator e a Augustiner Maximator.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Tudo menos a cervejaria

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Já que estou na toada da ciência e tecnologia... os EUA, cuja universidade é considerada hoje o modelo para o mundo em termos de produção científica e tecnológica, importaram o seu sistema universitário da Alemanha. Tanto que o sociólogo Max Weber disse certa vez que se alguém quisesse conhecer o desenvolvimento da universidade alemã deveria ir aos Estados Unidos. O padrão alemão reproduzido nos EUA consiste na organização em departamentos, no foco em pesquisa e na pós-graduação, a constituição de sociedades de pesquisa e na publicação de periódicos científicos.

Essas coisas eu aprendi numa palestra com a pesquisadora de educação Mirian Jorge Warde, professora da PUC-SP. Esse decalque do sistema teve no entanto uma adaptação importante (à qual naturalmente se seguiram muitas outras, pois os estadunidenses foram re-inventando à sua forma e conforme suas necessidades o seu sistema): ela conta que os estadunidenses importaram tudo, menos a cervejaria. Opa! Aí começa a parte interessante da história.

As universidades alemãs são bastante antigas, e em torno delas, como em torno de tudo no país de Beckenbauer, foram naturalmente se abrindo cervejarias (como a famosa Löwenbräu, de Munique, na foto ao lado), com o propósito de acolher os alunos após as atividades acadêmicas. Antes que alguém diga que este aspecto foi muito bem incorporado ao sistema universitário brasileiro, é preciso entender como as cervejarias se articulam com as aulas. Acontece que na Alemanha essas aulas são estruturadas na forma de leituras (a Lektüre), ou seja, explanações curtas, com começo, meio e fim, sobre um tema ligado às pesquisas deste professor.

As informações básicas, aquelas que qualquer um pode encontrar em livros, essas o professor nem aborda, já dá como pressuposto. Os alunos se viram, estudam, e fazem exames no fim do ano, pronto. Mas nas aulas vão ter contato com conhecimento de ponta, aquilo com que seus professores estão lidando naquele momento. Claro que surgem muitas dúvidas e abrem-se muitos caminhos para elucubrações, divagações, explanações... A cervejaria é então o foro adequado para se desenvolver os debates. Adequado sobretudo porque livre, democrático, animado e descompromissado: os manguaças intrigados pela palestra não têm que prestar contas a ninguém, e podem realmente levar ao limite as discussões.

Os estadunidenses, segundo a professora Warde, teriam "incorporado" a cervejaria à sala de aula, deixando sempre um tempo final aos debates. Perderam o principal, claro.

Mas está aí mais um aspecto a ser incorporado no Manguaça Cidadão: implantação de estruturas de excelência e adequadas à discussão científica nos arredores das nossas universidades. Mas nada de copiar a cópia: vamos direto à fonte alemã.

terça-feira, novembro 18, 2008

Incentivo para permanecer em áreas de combate

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O jornal britânico The Guardian informou, no sábado, que as tropas alemãs no Afeganistão receberam cerca de 1 milhão de litros de cerveja no ano passado, além de 70 mil litros de vinho e Sekt (um espumante germânico). Os números chocaram o país, onde é cada vez mais difícil recrutar soldados. De acordo com o jornal, seria uma forma de mantê-los nas áreas de combate. Os números sugerem que os 3,6 mil soldados alemães no Afeganistão consumam 278 litros de cerveja cada um, por ano (!). O The Guardian observou ainda que as tropas britânicas são autorizadas a consumir apenas pequenas quantidades de álcool, enquanto as estadunidenses são absolutamente proibidas de ingerir bebidas alcoólicas. O Ministério da Defesa alemão reagiu friamente à reportagem, dizendo que o consumo está "dentro do permitido" (!!). Thomas Raabe, porta-voz do ministério, acrescentou que as bebidas não são consumidas exclusivamente por soldados, mas também pela polícia alemã, diplomatas e jornalistas (!!!). E aí? Bora pra Alemanha, moçada?

quarta-feira, outubro 29, 2008

O roubo do futebol-arte e os alemães

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O meia pega a bola, avança pela intermediária. Vem o volante adversário pra dividir. Dividido fica o rival, e a bola sobra nos pés do defensor. O narrador é só elogios para o marcador. No bar, alguém, em tom saudosista e quiçá conspiratório, dispara:

– Tá loco, só tem brucutu. E esse cara ainda acha bonito: acabaram com o futebol-arte...

Robinho fazia a festa em 2002, quando o goleiro Danrlei, à época no Grêmio, avisou sobre o "risco" de "um jogador quebrar a perna dele" se os dribles continuassem. A habilidade era classificada como "antifutebol" pelo arqueiro. Até corintianos saíram em defesa de quem? Do futebol-arte.

Em setembro, quando a seleção brasileira de futebol feminino perdeu para a Alemanha, a imprensa alemã explicou: "A vitória da raça contra o futebol-arte".

Futebol-o-quê?
Eis que a mídia do país de Angela Merkel louva agora o Hoffenheim, líder e sensação da Bundesliga. Promovido da segunda divisão neste ano, o time vai bem, e o último trunfo foi atropelar por 3 a 0 o terceiro colocado Hamburgo, numa exibição (de que? De que?) de futebol-arte.

Foto: Carlosalberto.mutango.com.br
Será que o ex-gremista Carlos Eduardo (foto) tem algum papel nisso?

Deve ter corintiano se enchendo de esperança, mas que escreva depois. Minha preocupação é com esse substantivo composto empregado no título da matéria do Deutsche Welle. Na definição deles, nada de molecagem, nada de dribles: "alta velocidade e toque de bola".

O futebol-arte como símbolo brasileiro – pelo menos de 1930 até 1974, segundo Gilson Gil – é constantemente dado por morto por saudosistas de plantão. O que pode ter nascido por má-interpretação da regra tem seu abandono considerado como irremediável por pragmáticos de plantão. Neste grupo também estão os treinadores que se sucedem no comando da seleção brasileira, seja no discurso, seja na prática.

A Era Dunga, do futebol-força de Sebastião Lazaroni, foi continuada pela Era Cafu, do futebol-preparo-físico de Carlos Alberto Parreira. O processo é o de manter poucos jogadores habilidosos escalados com trombadores e muitos volantes. O que, no mínimo, reduz a lampejos as jogadas de habilidade. Antes lampejos que apagão, dirá alguém.

Se não está mais no Brasil, quem sabe tenha mesmo sido apropriado por outro país?

Bom, foi só depois de escrever tudo isso que encontrei a notícia original, em alemão, bem como a versão em inglês. Não há menção à tal arte nelas. Foi ajuste do tradutor para o português brasileiro para facilitar: é futebol bem jogado.

quarta-feira, outubro 01, 2008

A importância de um líder manguaça

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De volta de uma viagem à Alemanha, meu colega de trabalho Gerson, já citado em outro post, conta uma historinha interessante que ouviu na cidade medieval de Rotemburgo (Rothenburg ob der Tauber). Em 31 de outubro de 1631, em plena Guerra dos Trinta Anos, a cidadezinha foi sitiada e ocupada pelas tropas da Liga Católica, chefiadas pelo general holandês Johann Tserclaes, conde de Tilly (acima, à esquerda). Enfurecido com a resistência oferecida pelos habitantes (todos protestantes), que provocou a morte de vários soldados católicos, o militar convocou as autoridades locais para tratar da rendição, em uma taberna, ameaçando destruir Rotemburgo e enforcar quatro conselheiros do prefeito Georg Nusch em praça pública.

Na hora da reunião, o taberneiro, querendo agradar, ofereceu ao general invasor o melhor vinho local (o famoso Franken Wein, vinho da região da Francônia), num canecão. Na época, o hábito era passar a enorme caneca de boca em boca, como o chimarrão gaúcho, para cada um tomar um gole. Tilly bebeu mais de uma vez e, já meio manguaçado, zombou dos inimigos, apostando que não haveria homem na cidadela capaz de beber aquele galão inteiro de vinho, correpondente a 3,25 litros, de um gole só. O prefeito Nusch se sentiu no dever de enfrentar o desafio, mas com a condição de que Tilly se retirasse de Rotemburgo sem represálias. Pois o manguaça entornou o canecão inteiro e Tilly preservou a cidade e os conselheiros. Dizem que Nusch ficou em coma 3 dias. Mas sobreviveu para ser reeleito 14 vezes!

Seu feito histórico foi eternizado como o "Meistertrunk", "gole de mestre". Hoje, há um relógio na Prefeitura cujos carrilhões recordam o feito duas vezes ao dia, das 11h às 15h e das 20h às 21h. Numa janela, sai uma estátua de Tilly, perplexo, enquanto na outra sai uma de Nusch entornando lentamente o galão (acima, uma gravura do prefeito manguaça, com a inseparável caneca). O engraçado é que seu nome, Georg Nusch, é quase idêntico ao de outro político bebum, que preside um certo país da América do Norte. E ainda vem o Larry Rohter criticar a cachaça do Lula! Ora, faça o favor...

sexta-feira, setembro 12, 2008

Homem alugava mulher ao vizinho por cerveja

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Da agência EFE, sem mais comentários:

A Audiência Provincial de Fulda, na Alemanha, condenou nesta sexta a três anos de prisão um homem de 39 anos por alugar os serviços sexuais de sua mulher para um vizinho em troca de um engradado diário de garrafas de cerveja. O condenado deverá, além disso, se submeter a um tratamento para superar sua dependência do álcool enquanto o vizinho, de 60 anos e sem antecedentes criminais, foi sentenciado a dois anos de liberdade condicional por abusos sexuais. Segundo fontes judiciais, o homem chegou a assinar um acordo com seu vizinho por meio do qual este poderia ter relações sexuais com a sua mulher, de 32 anos, em troca da cerveja que ele lhe entregaria. Aparentemente, a mulher, que tinha três filhos, aceitava essas relações por medo de sofrer maus tratos de seu marido. Depois, decidiu chamar a polícia, segundo as mesmas fontes, quando a violência exercida por seu marido a fez temer por sua vida.

Time alemão lança tumbas para torcedores fanáticos

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Depois de contratar o meia brasileiro Thiago Neves, o Hamburgo resolveu inovar na estratégia de marketing. É a arquibancada do além. Um cemitério a 100 metros do estádio foi lançado para torcedores do clube. Antes de inaugurar o mais tétrico dos espaços para os seguidores do clube, foram realizadas reformas para dar ares futebolísticos ao local. Na entrada, por exemplo, foi montada uma trave de concreto, e a grama do local vem do estádio do Hamburgo.

Ao contrário de outras medidas de marketing, como vender o nome do estádio para a gigante da internet AOL, o Hamburgo jura que a aquisição do espaço e o pagamento mensal só vai custear a manutenção do cemitério.

O pacote-fanático no Grabfeld HSV inclui enterro com execução do hino, caixão com o escudo do clube e terra do estádio para cobrir a lápide. "De lá é possível até acompanhar o resultado dos jogos", brincou o diretor Christian Reichert, responsável pelo relacionamento do clube com os seus torcedores.

Foto: Divulgação
A depender da sofisticação da urna, o preço do caixão varia de 370, para um modelo singelo, a 2.350 euros no padrão mais elaborado (foto). Dependendo do tamanho dos caixões escolhidos, o número de torcedores sepultados por lá pode variar de 300 a 500.

Pioneirismo hermano
Há exatos dois anos, em 2006, o clube argentino Boca Juniors executou medida semelhante. O cemitério, porém, é o de Parque Iraola, em Berazategui, cidade localizada a 30 quilômetros ao sul da capital Buenos Aires. Além disso, apenas uma parte é dedicada aos torcedores azul e ouro.

No Brasil, Samarone Lima, no Blog do Santinha avisou que planeja propor a medida à diretoria do Santa Cruz, para criar formas diferentes de arrecadação. Ele promete patentear a idéia para evitar apropriação por parte de outros clubes, especialmente os rivais de Pernambuco. "Tentaremos um intercâmbio com o Hamburgo", escreveu. "Mas cá entre nós: é fogo articular coisas com um timeco que faz parte da 'Bundesliga'".

segunda-feira, agosto 18, 2008

Olé, Brasil. Auf wiedersehen, Alemanha

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O Brasil nunca havia ganhado da Alemanha no futebol feminino. Fez mais que isso, desclassificou o time teutônico da final olímpica com uma sonora goleada por 4 a 1.

O colega Glauco resumiu bem o que foi o jogo quando, ao falar do quarto gol, disse que estava xingando a Cristiane por não tocar a bola quando ela passou por quatro alemãs e tocou com classe, no cantinho, tirando da goleira.

Coisa de gênio, que a gente não está mais acostumado no medíocre futebol jogado hoje no Brasil. A gente sempre espera que um de nossos pernas de pau perca a bola ou toque para alguém do lado fazer um chuveirinho inútil na área.

E o gol de Cristiane não foi só o mais bonito da Olimpíada até agora. Para mim, ganha o prêmio de Gol do Ano, incluídos aí os feitos pelos marmanjos que ganham milhões de dólares na europa.

Mas o que chama a atenção nesse time, além das jogadas quase impossíveis de puro talento feitas principalmente por Marta e Cristiane, é que sabem tocar a bola, defendem-se bem, têm um time entrosado. Bem diferente do que acontece na seleção masculina, por exemplo.

Mesmo que percam a medalha de ouro na final, já valeu. Mas acho que esse time está com cara de ouro.

Como há muito tempo é difícil escrever, olé Brasil. Para a Alemanha, por falta de tchau, vai um auf wiedersehen. Agora, que venham as estadunidenses....

quinta-feira, junho 26, 2008

Alemanha e Turquia e a lei de imigração

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– Olha só – avisaria o capitão do escrete de Istambul, Nihat, em seu idioma natal – essa peleja aqui vale a lei de imigração que o Parlamento da União Européia aprovou semana passada. Se vencer a lua crescente da nossa bandeira, essa história é morta.

Ballack, o dono da bracadeira germânica, meio desconcertado, surpreendentemente compreenderia a comunicação em outro idioma. Tomaria um instante de fôlego para devolver:

– Tá feito, malandro! Se vocês ganharem, caiu a lei. Agora, é o seguinte: se der Alemanha...

Foto: Patrick Wilken

Torcedores turcos assistem a Euro 2008. Autor da imagem pergunta:
"Se eles seguem o futebol, quão diferentes eles realmente podem ser?"


Parei a minha elucubração surreal na véspera da partida que definiu o primeiro finalista da Euro 2008. Fiquei pensando no que colocar como contrapartida na aposta que remonta as partidas de futebol valendo a conta do bar, disputadas com sangue nos olhos.

Imaginei o alemão se dirigindo ao técnico Joachim Löw, que se conecta com a premiê Angela Merkel, que discute com o ministro do Trabalho, Olaf Scholz, e sairiam com alguma proposta. Mas não consegui pensar em nada que não soasse xenófobo, o que significaria acusar os alemães de incorrerem todos nesse tipo de prática.

Tinha desistido do post, quando o Glauco me passou esta notícia: Vitória sobre a Turquia é festejada na Alemanha com atos de xenofobia.

Continuei sem saber o que o Ballack pediria na aposta. Acho que não seria o direito de depedrar três restaurantes fast-food de comida turca na cidade de Dresden .

***

Mas independentemente disso, o fato é que os caras correram muito para repetir o placar da vitória alemã sobre Portugal. Com dois 3 a 2, os germânicos mostram um futebol fora do esteriótipo deles. Nada de retranca.

A emblemática partida teve frango de Lehmann no primeiro gol de Ugur Boral para os turcos. Schweinsteiger empatou no primeiro tempo. Klose virou, Semih Senturk reempatou e Phillip Lahm deu números finais aos 45 do segundo tempo. Quem assistiu no Brasil, ficou sem ver a maior parte do segundo tempo.

segunda-feira, junho 23, 2008

Nenhum favorito passou

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Contando que não havia favoritos entre Alemanha e Portugal (forcei a barra?), nenhuma das seleções que constava como favorita nos jogos das quartas-de-final da Eurocopa chegou às semis (ou meias-finais, respeitando o léxico de nosso maior comentarista de Eurocopa, o Ricardo). Além de Portugal, a Croácia, a Holanda e a Itália deram adeus ao torneio europeu antes do planejado, em partidas emocionantes.
A Alemanha ganhou por 3 a 2 de Portugal (para minha tristeza). A Turquia levou o jogo para a prorrogação, tomou um gol aos 14 minutos do segundo tempo e empatou no último segundo, com um gol que até agora não sei de onde eles tiraram. Nos pênaltis, os croatas falharam.
A Rússia, da "nova" sensação Arshavin (que tem 27 anos, apesar da cara de 12), demoliu a Holanda com um 3 a 1 incontestável, que veio apenas na prorrogação. E a Espanha, quem diria, jogou melhor e VENCEU a Itália, nos pênaltis.
Agora, a Alemanha pega a Turquia - na quarta-feira - e a Rússia joga com a Espanha - na quinta. Quem passa?

quarta-feira, junho 18, 2008

Euro - prognósticos do Além-Mar

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Atendendo à sugestão do Fredi, vai aqui como post o comentário do assíduo leitor lusitano Ricardo sobre os prognósticos para a próxima fase da Euro (ainda sem a definição do segundo colocado do grupo 4).

Portugal X Alemanha
Um 4-4-2 clássico alemão contra um 4-3-3 orgânico português. A Alemanha, ao contrário de outras Alemanhas do passado, é deficiente em termos defensivos. Tem um excelente lateral (Lahm) que ataca como poucos, mas que abre muitas vezes o jogo atrás; do outro lado, Friedrich, é um jogador regular mas sem capacidade para enfrentar um Ronaldo numa tarde de inspiração. Os centrais, Metzelder e Mertesacker, são razoáveis. Depois uma linha de 4: Frings atrás, Fritz à direita e Schweinsteiger à esquerda; no centro, pensador de jogo, capitão e jogador de transições, Ballack. Na frente, um ataque poderoso: Podolski e Klose. É uma equipe que procura explorar os espaços adversários entre a linha de defesa e a linha dos médios, procura servir rapidamente ou o ala ou os avançados e é forte nas segundas bolas - com Ballack, vindo de trás, em plano de evidência.

Portugal joga com um quarteto defensivo de qualidade: um lateral mais ofensivo, Bosingwa, um mais de equilíbrios, Paulo Ferreira, e dois grandes centrais: Pepe e Ricardo Carvalho. No miolo, Petit assegura a primeira fase de construção e procura sempre bloquear o médio mais ofensivo adversário; como médio de transição, Moutinho, jogador de alta rotação, defende e ataca sempre com uma qualidade de passe e visão de jogo muito fortes; Deco é o pensador, um jogador que descobre espaços onde eles parecem não existir, com uma capacidade de guardar a bola, decidir os vários momentos do jogo e muito forte no último passe. Nas alas, Simão de um lado, mais vertical, dá mais consistência ao meio-campo no processo defensivo e, ofensivamente, é forte nos cruzamentos e remates, e Ronaldo, do outro, melhor jogador do mundo, desequilibrador, forte, veloz, bom cabeceador, bom rematador, capaz de decidir um jogo de um momento para o outro (por vezes desequilibra a equipe nas transições defensivas; é preciso algum cuidado por parte de Moutinho). Na frente, o elo mais fraco: Nuno Gomes, um avançado que faz mais assistências do que marca, posiciona-se bem, sabe tabelar com qualidade com os companheiros mas falta-lhe explosão e repentismo na hora de atirar para gol - no entanto, tem feito um bom Euro e deverá ser opção a titular.

Este jogo, na minha opinião, está mais dependente de... Scolari do que de outra coisa qualquer: espero que o seleccionador brasileiro não queira adaptar o nosso jogo ao dos alemães, mudando um elemento (Petit ou Moutinho) por Meira, um trinco (volante) mais defensivo que procurará colar-se a um dos avançados alemães para a Alemanha não aparecer na frente com igualdade numérica. Esta opção é errada, quanto a mim. Primeiro, porque faz abdicar a rotina excelente que o nosso meio-campo tem, partindo as duas linhas (defensiva e de meio) e a forma apoiada como sabemos jogar e é a nossa gênese e depois porque isso, mentalmente, daria aos alemães a ideia de que nos sujeitamos ao seu jogo, o que, olhando para a qualidade de uma e de outra equipe, é um erro crasso. Portugal é melhor, tem melhores jogadores e deve impor o seu jogo. Se o fizer, estará muito mais perto de estar nas meias-finais.
Prognóstico: Portugal ganha :)


Croácia X Turquia
Um jogo entre uma equipe muito bem orientada pelo mais novo treinador do Euro (Slaven Bilic, atenção a ele, muito promissor este homem), com jogadores com qualidade técnica acima da média. Na linha da frente, Modric, mas também Srna, Rakitic e Kranjcar, jovens e com muita vontade de vencer, contra outra que dá tudo em campo, menos virtuosa, mas muito agressiva na forma como encara os jogos. Parece-me que a capacidade desequilibradora dos croatas, aproveitando as debilidades dos turcos nas transições defensivas, poderá fazer a diferença.
Prognóstico: Croácia ganha.


Espanha X Itália
A Espanha, ao contrário da opinião generalizada, não me tem agradado. Funciona com um meio-campo preso de movimentos e algo descompensado - Senna no meio, Iniesta, mais interior, na direita, Silva, mais vertical, na esquerda, e Xavi procurando servir os dois grandes avançados: David Villa e Fernando Toores. O poder ofensivo destes dois é inquestionável, mas pergunto-me se o meio-campo espanhol saberá ter capacidade de movimentações para a teia que o meio-campo italiano geralmente monta. Duvido muito. A juntar isto, está uma defesa muito débil - na esquerda, o melhor até agora, Capdevila, na direita, um central que passou para defesa-direito, Ramos, e centrais que não se completam bem, Marchena e Puyol.

Na equipe italiana, haverá uma baixa de peso (Gattuso, responsável pela luta a meio-campo) e uma baixa FUNDAMENTAL (Andrea Pirlo, o cérebro da equipa), os dois suspensos para este jogo. Têm um dos melhores guarda-redes do mundo, se não é mesmo o melhor, Buffon; uma defesa experiente: na esquerda, Grosso, à direita, Zambrotta, um central veterano (Panucci) e Chiellini, mais novo e de qualidade. No meio, talvez Ambrosini substitua Gattuso, como médio de combate, e De Rossi apareça com Aquilani, compondo o trio de meio-campo. Depois, mais à frente, Perrota (ou Camoranesi) e Cassano no apoio ao avançado Luca Toni. É uma equipe experiente e vem de uma qualificação muito difícil. A Itália é a Itália e quando chega a esta fase eliminatória é uma equipe que sabe gerir muito bem os vários momentos do jogo e pode aproveitar, de forma eficaz, o fraco posicionamento defensivo da equipa espanhola.
Prognóstico: Itália ganha.


Holanda X Rússia ou Suécia
Como não se sabe qual das duas será a equipe que defrontará a Holanda, é melhor não fazer grandes análises. A Rússia precisa ganhar; a Suécia está confortavelmente a precisar de apenas um empate. Como se viu no jogo contra Espanha, a Suécia não tem problemas em entregar o jogo aos adversários e esperar por eles, para depois aproveitar alguns espaços. Nesse jogo, estiveram mal os suecos e mereceram perder no último minuto, mas é uma equipe difícil de bater. Se a Rússia aproveitar a qualidade dos seus jogadores e tiver paciência, poderá ganhar o jogo. Aposto na Rússia. E, caso passem, aposto na Holanda para ir às meias-finais.

terça-feira, junho 17, 2008

Euro - atualização

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E hoje se definiu o destino do grupo da morte da Eurocopa. A Holanda, que já estava garantida como primeira do grupo, não teve dó e mesmo com os reservas, sapecou 2 a 0 na Romênia. Já no embate que valia, entre França e Itália, não houve revanche da final da Copa do Mundo. A Itália venceu - dessa vez sem pênaltis - e eliminou os azuis.

Agora, a Itália pega a Espanha, já definida como 1º lugar do grupo D, nas quartas. Já a Holanda espera de camarote o vencedor do jogo entre Rússia e Suécia. Aposto na Suécia. E depois na Holanda, claro.

Os outros confrontos das quartas-de-final já estão definidos. Portugal pega a Alemanha e a surpreendente Turquia (que eliminou a República Checa numa virada que valia um post se eu não estivesse no plantão) pega a Croácia.

Palpites para a próxima fase?

segunda-feira, junho 09, 2008

O grande jogo da Euro

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Acabou há pouco uma grande partida de futebol. A Holanda massacrou a Itália na primeira rodada da Eurocopa, o torneio de futebol mais importante do ano, por 3 a 0. E não foi porque os campeões mundiais jogaram mal. Na verdade, o jogo merecia ter acabado uns 4 ou 5 a 2, tantas foram as chances perdidas. Até agora é o grande jogo da competição.

Merecem nota ainda Portugal e Alemanha, por vencerem bem seus jogos de estréia. Mas até aí, nada de novo.