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terça-feira, julho 14, 2009

Anvisa ao lado do Manguaça-Cidadão?

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Dois títulos de matérias da Agência Brasil sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) me colocaram a dúvida:

Anvisa aprova uso de nova droga para tratamento do câncer de fígado

O novo medicamento pode prolongar em até quatro meses a sobrevida de portadores desse tipo de câncer – o que em muitos casos pode significar o tempo necessário para o aparecimento de um órgão compatível ao paciente para a realização do transplante que lhe poderia salvar a vida.


Anvisa determina apreensão de lotes de água mineral natural
O produto vinha sendo comercializado com registro falso e teve a apreensão determinada em portaria publicada no Diário Oficial da União de hoje (14).

Quem apreende lotes de água mineral e libera medicamento para o tratamento de males hepáticos está a serviço do Manguaça-Cidadão?

sexta-feira, maio 08, 2009

Manguaça evolutiva

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É sempre um prazer vagar sem rumo certo pela internet e achar preciosidades manguaças. Esse texto, do blogueiro Reinaldo José Lopes, do Visões da Vida, traz à luz alguns dos motivos evolutivos que fazem com que sejamos aprecisadores da marvada.

A primeira informação interessante é de que é normal que animais tomem a sua dosezinha de álcool, conseguida de maneira absolutamente natural (ao contrário do bichano aí ao lado), como resultado da fermentação de frutos. Afinal, açúcar e calor normalmente dão em fermentação, o que significa que álcool não falta na natureza. O exemplo do texto é o simpático musaranho-arborícola, um parente dos primatas que se alimenta do néctar fermentado de uma palmeira. O teor alcoólico da comida do bicho é de cerca de 4%, praticamente uma cerveja.

A outra descoberta que fiz nesse texto foi que 10% das enzimas do fígado humano servem para transformar o álcool em energia. O que significa que não é só a cerveja que merece ser chamada de pão líquido. Qualquer birita vira energia no nosso corpo. Isso me fez finalmente entender os manguaças que chegavam às seis da matina na padoca do Sr. Thalitão - também conhecido como meu pai - e pediam um café preto com pinga. E só. E precisa de mais o quê? Cafeína, açúcar e álcool eram o suficiente pra começar o dia, ou pelo menos pra aguentar a viagem de busão até o trabalho, que sempre era longe.

Claro que o efeito do álcool nos nossos cérebros, a embriaguez, também é um atrativo e tanto. Mas por esse tema Reinaldo quase passa batido, dizendo que é um efeito lateral da birita. Aí já não dá pra concordar. O tema certamente merece mais pesquisas - financiadas pelo Manguaça Cidadão? -, porque todos nós do Futepoca sabemos que sem cachaça, ninguém segura esse rojão.

quarta-feira, abril 22, 2009

Governo Lula regulamentou a cachaça

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Descobri recentemente que, apesar de ser produzida há mais de quatro séculos, a legítima cachaça brasileira só foi regulamentada há pouco tempo, no primeiro ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esquerda, provando uma branquinha). No Decreto 4.851, de 2003, o artigo 92 diz o seguinte: "Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de trinta e oito a quarenta e oito por cento em volume, a vinte graus Celsius (°C)". Não bastasse isso, o governo brasileiro ainda editaria um texto regulamentar básico para disciplinar a produção e comercialização de cachaça no país. Trata-se da Instrução Normativa nº 13, de 29 de junho de 2005, baixada pelo Ministro da Agricultura e publicada no Diário Oficial da União de 30 de junho de 2006. Conforme este regulamento técnico, a "Cachaça é (...) obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6 g/L, expressos em sacarose". O bom desse governo é que ele estabelece prioridades! Manguaça Cidadão já!

terça-feira, março 17, 2009

Bebida: união e resistência indígenas há 500 anos

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Por sugestão do amigo Alexandre Lahud, estou lendo o clássico "A religião dos Tupinambás", do antropólogo suíço naturalizado estadunidense Alfred Métraux (1902-1963), edição brasileira de 1979. Os Tupinambás, já extintos, representavam o conjunto de populações tribais que se estendiam do Rio de Janeiro ao Maranhão, na faixa litorânea – ou seja, os povos indígenas que travaram os primeiros contatos com os brancos invasores. A obra é um prato cheio (sem alusão à antropofagia, por favor) para quem se interessa pelas nossas origens, costumes e mitologia. E aborda um fator que muito interessa aos que, como nós, almejam uma sociedade onde o consumo de álcool não seja nocivo, mas, sim, um direito primordial à união, celebração e resistência.

Em determinado trecho, o autor se dedica ao costume da cauinagem, ou seja, as festas coletivas à base do cauim, a bebida alcoólica obtida a partir da fermentação da mandioca ou do milho. "Nada ocorria de importância na vida social e religiosa que não fosse seguido de vasto consumo de certa bebida fermentada conhecida pelo nome de cauim", diz Métraux, que apoiou seu trabalho em descrições de visitantes do Brasil nos séculos XVI e XVII, como o português José de Anchieta e os franceses Claude d'Abbeville, Yves d'Evreux, André Thévet e Jean de Léry, entre vários de outros países.

Nos relatos, fica claro que a cauinagem era extremamente importante na medida em que determinava o consumo de bebida alcoólica como agente aglutinador, cultural e de identificação da "pátria" Tupinambá. Os invasores perceberam isso – e trataram de combatê-la. "A exortação da força, da coragem e da guerra está entre os saberes que mais sobressaem nessas práticas. Antes dos rituais antropofágicos e das guerras os índios bebiam e relembravam os atos de bravura, exaltavam a vingança e a luta contra os inimigos", destaca Maria Betânia Barbosa Albuquerque, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), no trabalho acadêmico "Mulheres Tupinambá, beberagens e saberes culturais".

"Em função disso (mas não apenas), a prática das beberagens foi fortemente combatida pelos colonizadores católicos, posto que configurava-se como obstáculo ao processo colonizador. Desse modo, extinguir as cauinagens era o meio de viabilizar a catequese e a expansão da cristandade", prossegue o texto (dentro disso, as comparações utilizadas pelo inacreditável Reinaldo Azevedo em um inacreditável artigo sobre o PT na Veja - disponível aqui - ficam extremamente reveladoras sobre quem são e qual é o papel dos explorados e exploradores na sociedade brasileira atual). O que me chamou a atenção foi o fato de que os invasores brancos não proibiram a bebida alcoólica, mas sim a forma, o ritual e a finalidade com a qual os índios a consumiam. Daí, podemos fazer um interessante paralelo com os dias atuais.

Afinal, todos defendemos a bebida como celebração coletiva, ritual de aglutinação, amizade e exaltação de nossos valores, feitos e identidades culturais - o alicerce de integração proposto pelo Manguaça Cidadão. E não como um processo de degradação individual, os casos de alcoolismo crônico e gratuito de nossos tempos (sintoma de uma sociedade egoísta, consumista e segregadora). Quando acabaram com a cauinagem, os brancos exterminaram os índios, sua sociedade e seu mundo imaginário. "As beberagens tinham (...) uma finalidade essencialmente pedagógica, posto que transmitiam a memória coletiva, incutiam valores, perpetuavam a tradição e promoviam a resistência indígena aos ditames da colonização", reforça Maria Betânia Albuquerque, no trabalho acadêmico que citei acima.

Outro fator importante destacado pela pesquisadora é a importância atribuída às mulheres na sociedade Tupinambá, a partir do rito fundamental da cauinagem. Isso porque a matéria-prima do cauim era cozida, mastigada e recozida para a fermentação, para que as enzimas presentes na saliva humana pudessem quebrar o amido em açúcares fermentáveis. E esse trabalho era destinado exclusivamente às mulheres. Mais uma vez, podemos contrapor os valores de comunhão e papéis sociais dos indígenas ao mundo "globalizado" e "aberto" de hoje, pelo caráter extremamente masculino do mercado e da propaganda de bebidas, com a utilização da mulher como mero objeto.

Bom, melhor não escrever um post quilométrico. Quem quiser e conseguir encontrar o livro "A religião dos Tupinambás" (disponível em muitos sebos), certamente vai achar centenas de percepções ainda mais interessantes. Por fim, gostaria de destacar que a Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto (SP), desenvolveu o estilo Cauim (foto ao lado), que leva farinha de mandioca em sua fermentação. Uma digna e louvável homenagem à bebida que nossos ancestrais utilizavam para manter sua sociedade unida, feliz, saudável, consciente de seu valor e resistente. Bons tempos aqueles!

Ps.: Ao abordar o caráter social da bebida alcoólica, sempre é ocasião de recuperar o filósofo espanhol Javier Esteban, que defende o direito de ficar bêbado, e o poema do francês Arthur Rimbaud, que proclama: "Embriaguês sagrada/ Nós te afirmamos método". Clique nos links e confira.

sábado, janeiro 24, 2009

Inovação tecnológica na Câmara

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Depois dizem que bêbado perde a inibição. Esta foto prova o contrário. 

Quando saí, sóbrio, com o camarada Gustavo Ruiz com a nossa unidade móvel de captação sonora – especialmente desenhada para a nossa missão de registrar os ambientes sonoros da Câmara dos Deputados (tudo isso por causa de um filme...) –, não entendi a cara de espanto da fauna local diante de nossa presença. Só fui me dar conta do singular dispositivo tecnológico que desenvolvemos mais tarde, quando já tinha bebido umas e revi a foto, com os olhos educados pelo álcool. 


Estando lá onde a onça bebe água, pensei que o Programa Manguaça Cidadão também deveria contemplar um programa de saúde mental. É notório o benefício do álcool neste quesito, salvo em casos de perda de controle, mas isso é residual (e pode ser tratado com educação manguaça) diante do uso massivo que socialmente se faz da cana para esfriar a cabeça. Quantos não bebem para relaxar, para superar o estresse, para aguentar a mulher, para aguentar o marido, para aguentar o/a patrão/oa?  No meu caso, trouxe-me lucidez e autoconsciência. 

Se encontrasse algum deputado, faria um esforço de lobby. Mas parece que eles respeitam à risca o recesso parlamentar. E o Manguaça Cidadão terá que esperar um pouco mais pra virar projeto de lei. 

segunda-feira, novembro 10, 2008

Critérios subjetivos, situação subjetiva

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Essa foi enviada pelo companheiro de armas Diego Sartorato. Uma bizarra situação que aumenta a urgência de união dos biriteiros socialmente responsáveis. Manguaça Cidadão já!

quarta-feira, outubro 08, 2008

Manguaça-Cidadão: A torneira que jorra vinho na Itália

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Tudo não passou de um erro, mas foi tomado por milagre. Foi na cidade de Marino, sul de Roma (capital da Itália), da região vinícola das Colinas Albanas durante a abertura do 84ª Festival da Uva da cidade, o mais tradicional do país. O combinado era começar a jorrar vinho branco da fonte depois de uma contagem regressiva. Mas o goró foi pelo cano. Das residências.





Por que não erram assim no meu bairro?



Foto: Divulgação
Parecia um milagre, mas foi erro de um funcionário da companhia da cidade. O prefeito Adriano Palozzi (foto), partidário de Berlusconni, logo veio explicar. É que no chafariz da Fonte dei Quattro Mori, na praça do centro da cidade, deveria jorrar vinho branco de 3 mil litros posicionados para isso. Na hora H, um abençoado abriu o registro errado e mandou a bebida para as casas. Quem levou a fama foi a Virgem do Rosário, padroeira da festa.

O encanamento de bebida advinda de arranjos produtivos locais tem tudo a ver com o Manguaça-Cidadão.

terça-feira, outubro 07, 2008

Google lança o "email anti-bêbado"

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Mostrando uma inesperada preocupação com os ébrios, o Google acaba de lançar um dispositivo que impede que bêbados - e acredito que deprimidos, psicóticos e quetais também - enviem e-mails dos quais podem se arrepender depois.

O sistema é simples e engenhoso. Assim que ativado, o filtro pede que o internauta resolva 5 operações matemáticas em 60 segundos para que a mensagem seja liberada. O mecanismo já vem com o horário ajustado para funcionar nas noites dos finais de semana, mas pode ser ajustado de acordo com a preferência do bêbado. É possível ainda ajustar a dificuldade das contas que devem ser resolvidas.



O anti-bêbado já está disponível. Basta buscar a aba Labs, na área de configuração do Gmail.

Essa é provavelmente a primeira ação de um grande provedor de emails para ajudar os manguaças (que caberia muito bem dentro do Manguaça Cidadão). O Google definitivamente quer dominar o mundo.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Mais um candidato manguaça

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A pauta é assoprada pelo Rafael.


Reprodução


Natural de Paraibuna, Benedito Moreira dos Santos é o nome do candidato que admite: "Cachaçeiro (sic) sim, ladrão não!" Na urna ele aparece com uma cara que denuncia ainda mais o hábito de freqüentar bares (abaixo). Para o número, ele trabalha com os conhecimentos prévios do eleitor embriagado: 36 graus da cachaça, que é 100% pura.

TSE/Reprodução
"Ditinho Esse é o Cara", do PTC, é candidato a vereador de Ubatuba na coligação que inclui ainda o PSDB. Segundo a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, ele não possui bens (conta aberta em bar não é bem declarável, no máximo histórico de pagador) e é corretor de imóveis, de seguros ou de valores.

Em 2005, ele protagonizou um episódio confuso documentado pelo Ubatuba Víbora, quando se auto-intitulava "membro da executiva do PV de Ubatuba" para protestar contra os vereadores e o prefeito. Acontece que o posto foi contestado pelo partido. O fato de ele disputar o cargo pelo PTC mostra que não houve entendimento.

Ele encampa o ideal manguaça sem sombra de dúvidas. Será que ele adota o Manguaça Cidadão?

É uma oportunidade para tornar pluripartidária a agenda civilizatória levantada pelo Futepoca.

terça-feira, setembro 09, 2008

Humanidade virou sedentária para beber cerveja

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Todo o apoio recebido até agora pelo projeto Manguaça Cidadão, os milhares de emails e as reivindicações a políticos de todos os níveis da administração pública já eram esperados, dado o apelo popular do projeto. Mas agora a idéia ganhou também explicações científicas surpreendentes. De acordo com o biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf, em entrevista à Agência EFE, a espécie humana tornou-se sedentária e desenvolveu a agricultura não para conseguir alimentos com mais facilidade, mas sim para garantir a cerveja e se embriagar. A idéia é defendida no livro Warum die Menschen sesshaft wurden (Por que os homens se tornaram sedentários).

Ele defende que, em princípio, o cultivo de alimentos não apresentava nenhuma vantagem em relação aos métodos anteriores, como caça, pesca e coleta, já que as primeiras colheitas eram muito pequenas e o cultivo, muito trabalhoso. Assim, a caça continuava. A única vantagem de ficar parado em um lugar era a produção de álcool por meio de cereais.

"A agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro.

Todos os loucos do mundo sabem, mas o alemão fez questão de afirmar que isso aconteceu porque a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo".

É a filosofia manguaça rompendo fronteiras!

sábado, setembro 06, 2008

Campanha Manguaça Cidadão por banheiros públicos

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Uma das coisas mais comuns e desagradáveis, nos grandes centros urbanos, é passar por uma parede ou calçada completamente mijada, com o forte odor característico. Quando a cerveja filtrada aperta na bexiga, o manguaça não pensa duas vezes em desaguar na primeira árvore, muro ou mesmo no meio da rua. É uma coisa muito feia, geralmente obra dos marmanjos - tem mulher que também faz, mas, por questões físicas ou práticas (ou por vergonha, mesmo), em muito menor quantidade. Mas não é privilégio do Brasil, não. Na foto acima, à esquerda, vemos uma placa anti-mijão nos arredores da estação de trem de Pádua (Padova), na Itália. Um amigo que esteve lá (e fez a foto) me disse que o cheiro, no local, é absolutamente insuportável. À direita, vemos um aviso similar numa rua de Amsterdã, na Holanda.

Aqui no Brasil, esse tipo de folga provoca reações desesperadas da população, como a pichação num muro de Salvador, Bahia (à esquerda), e o cartaz numa árvore no subúrbio do Rio de Janeiro (abaixo, à direita). Contudo, apesar de saber que a maioria dos que fazem isso é mesmo sem educação, também sei que tem gente que recorre à prática condenável pura e simplesmente por não encontrar um banheiro para se aliviar. Hoje, não é todo dono de buteco que permite a um não-cliente, que está passando pela rua, usar o WC. Tem a opção dos shoppings, mas não tem shopping em todo lugar nesse país. Conclusão: falta banheiro público!

Esse é um tema que ninguém fala nas campanhas eleitorais. E é um serviço público de primeira necessidade (porque necessidade todo mundo "faz"). Proponho, então, mais uma campanha complementar ao Manguaça Cidadão: banheiro público já! Por ruas mais limpas e menos fedorentas! E pela manguaça responsável, cidadã e consciente!

sexta-feira, setembro 05, 2008

Campanha sobre DST/Aids mira público de buteco

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Meu colega de faculdade Eli Fernandes envia ao Futepoca um trabalho interessante desenvolvido em Campinas, que tem muito a ver com as propostas sociais do nosso projeto Manguaça Cidadão. Lá, o Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids produziu descansos de copo com imagens e material informativo para uso de camisinha como prevenção ao vírus HIV (foto acima). "O objetivo é atingir especificamente o público dos bares", afirma Eli, um butequeiro contumaz. O material está sendo distribuídos entre proprietários e gerentes de butecos do Centro, do bairro Cambuí e de Barão Geraldo (distrito que abriga o campus da Unicamp). "Queremos provocar a reflexão das pessoas de uma forma não invasiva. Os descansos proporcionam um mínimo de informação e chamam a atenção para o serviço público", observa Eli.

Taí uma idéia: o Manguaça Cidadão poderia atuar, também, na prevenção de DST/ Aids. O "beneficiado" pelo programa poderia se comprometer a carregar materiais desse tipo para o buteco, por exemplo. E cabe registrar aqui outra frente de combate da campanha campineira, destinada aos locais de venda de alimentos. O alerta para uso de camisinha falando em lingüiça (foto à direita) tem tudo a ver com a fama daquela cidade (e de seus habitantes)...

sexta-feira, agosto 29, 2008

Integrar para beber, beber para integrar

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Camaradas futepoquenses (leitores, autores e colaboradores),

um espírito ronda a sociedade brasileira, é o espírito manguaça.

Um acaso me colocou, em Brasília, na mesma mesa de um boteco com um figuraça, o Emerson Luis, autor do blogue Nas Retinas e um dos idealizadores do programa Bebe Brasil, irmão do Manguaça Cidadão no Planalto Central. Conforme as garrafas se esvaziavam (há mais de 120 dias não chove por lá...), foi ficando cada vez mais clara a identidade entre os programas e a necessidade de somar forças. Então, camaradas, vamos fazer a nossa parte: beber e pensar!

As conversas apenas se iniciam, mas já dão novo fôlego às duas propostas, que retomam suas articulações e buscam agora a construção de uma agenda comum de promoção do direito à canjibrina em todo o país. E um futuro promissor se abre à cachaça nossa de cada dia. Tudo pelo interesse público, que é o que prevalece em qualquer mesa de autênticos manguaças.

Manguaças de todo o Brasil, uni-vos!

E aguardem pela continuidade do debate nos fóruns adequados, por enquanto em São Paulo e Brasília, mas esperamos que a nossa luta ganhe espaço em todo o país!

quinta-feira, março 27, 2008

Primeiro passo para o Manguaça Cidadão

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Em discurso no fórum empresarial entre Brasil e México (foto), em Recife (PE), o presidente Lula deu a deixa para que seja apresentado o programa Manguaça Cidadão, proposta do Futepoca de complemento ao Bolsa Família, para que o trabalhador brasileiro tenha garantida uma cota mensal de bebida alcoólica, ainda que mínima - para, dessa forma, não desviar a verba da comida. E foi exatamente isso o que Lula argumentou: "Nós, além de dar (dinheiro) aos pobres, estamos dando para as mulheres. Porque o homem ainda pode parar no bar e tomar aperitivo com o dinheiro do Bolsa Família. Pode! Se ele tiver vontade, ele pode!", frisou. Ora, presidente, se "ele pode", faça um benefício a parte, desvinculado do Bolsa Famíla! Manguaça Cidadão já!

Ps.1: Lula deu dois motivos para o homem "parar no bar": "Se o Curintia (sic) perdeu, se a seleção perdeu". Considerando o resultado do clássico paulista disputado ontem, ele deve ter tido vontade de "parar no bar"...

Ps.2: Sarcástico, o presidente afirmou que o Brasil tem know-how para salvar bancos, citando o vergonhoso PROER de Fernando Henrique Cardoso: "Se (os EUA) precisarem, podemos mandar esta tecnologia", tripudiou Lula. Taí: esse governo arruma emprego até para o FHC!

Ps.3: Voando no céu de brigadeiro da economia brasileira, Lula não perdeu a chance de provocar o "império": "Eu liguei para ele para falar: Bush, o problema é o seguinte, meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo vocês vêm atrapalhar. Resolve a tua crise!".

sexta-feira, novembro 09, 2007

Programa precursor do Manguaça Cidadão

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Ex-advogado do Sindicato dos Metalúrgicos na década de 1970, Maurício Soares foi o primeiro prefeito - e único, até o momento - eleito pelo PT em São Bernardo, no ABC Paulista, berço da carreira política de Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, pouco depois de se eleger, em 1988, trocou o PT pelo PSDB, passou para o PPS e, finalmente, desaguou no PSB. Mesmo assim, manteve a amizade com o companheiro Lula. Tanto que, recentemente, houve uma reunião entre os dois em Brasília para tratar sobre uma possível reaproximação com o PT. Não houve acerto e Soares disputará a Prefeitura em 2008 contra o petista Luiz Marinho, atual ministro da Previdência.

Buenas: Maurício Soares lançou um livro chamado "A emoção de governar", sobre seus dois primeiros mandatos em São Bernardo (1989-1992 e 1997-2000). Lá pelo final, há um subtítulo "Atenção ao idoso", narrando suas "ações" para esse público específico. O texto é meio poético: "O abandono do idoso, suas horas a fio em frente à tv, jogando dominó, fazendo tricô, acabam abalando sua alma e acelerando a decadência física". Isso é preâmbulo para introduzir o que Soares chamou de "programa do idoso", para "reintegrá-lo ao convívio social" e "alterar o seu cotidiano sem graça".

E como isso foi possível? Simples: com passeio, baile, caminhada, piscina e ... cachaça! Diz o livro, textualmente: "A assistente social entrega: 'O idoso toma sua caipirinha, seu vinho, como qualquer pessoa. Deixa de tomar remédio ... para poder beber'. No grosso, contudo, os profissionais de saúde não têm do que reclamar. Médicos e psiquiatras falam por nós. 'Nossa! Melhorou tanto que diminuí a carga de remédios, outros deixaram de tomar medicamentos para depressão, para uma série de coisas'. O texto foi tirado da revista 'Transformando Sonhos em Realidade', editado pela Sedesc" (in "A emoção de governar", página 162).

Esse projeto revolucionário para a terceira idade foi, portanto, um precursor do Manguaça Cidadão, programa social idealizado pelo Futepoca para complementar o leque de ações do Bolsa Família (basicamente, uma cota mensal de bebida alcoólica provida pela União, com contrapartida a ser estudada). O melhor da história, no final, é que o próprio Soares é defensor da "causa": na foto abaixo, de seu arquivo pessoal, ele aparece à esquerda segurando uma garrafa de cerveja, tendo ao lado o companheiro Lula (de perfil), Dona Marisa (em pé) e Fidel Castro, na cabeceira da mesa, fardado e com cara de quem já tomou umas e outras. A quantidade de garrafas na mesa nos renova a esperança de que, um dia, o companheiro presidente se sensibilize e aprove nosso projeto. Manguaça Cidadão já!