O patrão mandou cantar com a língua enrolada Everybody, macacada! Everybody, macacada! E também mandou servir uísque na feijoada Do you like this, macacada? Do you like this, macacada? E ainda mandou tirar nosso samba da parada Very good, macacada! Very good, macacada!
Não sei o que é que o patrão tem debaixo da cartola Que a gente não se solta, ta grudado feito cola No fim das contas, o patrão manda e desmanda E ainda faz do Rei Pelé mais um garoto-propaganda
O patrão mandou cantar com a língua enrolada Everybody, macacada! Everybody, macacada! E também mandou servir uísque na feijoada Do you like this, macacada? Do you like this, macacada? E ainda mandou tirar nosso samba da parada Very good, macacada! Very good, macacada!
O patrão é fogo! Ele é quem dá as cartas, banca o jogo Tá metendo sempre o bico no fubá, qual tico-tico No troca-troca, o patrão que é mais rico Já levou o Rivellino e vem depois buscar o Zico
O patrão mandou cantar com a língua enrolada Everybody, macacada! Everybody, macacada! E também mandou servir uísque na feijoada Do you like this, macacada? Do you like this, macacada? E ainda mandou tirar nosso samba da parada Very good, macacada! Very good, macacada!
(Do LP "Paulinho Soares", Continental, 1978)
Ps.: Vejam o artista - que faleceu em 2004, aos 60 anos - e os anárquicos Trapalhões zombando da nossa macaquice estadunidense:
Sonhei que existia uma avenida Sem entrada e sem saída pra gente comemorar Toda hora, todo dia, toda vida
Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica No banheiro não tem fila nem existe contramão Que o trabalho é ali na nossa esquina E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão
Sonhei, como faço todo dia Como você não sabia, meu senhor não levo a mal A beleza, o amor, a fantasia O que tece e o que desfia não se aprende no jornal
Hoje eu sonhei, mas não vou pedir desculpas E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista Sem essa, moço, por favor não crie clima Seu buraco é mais embaixo nosso astral é mais em cima
Não entendo por que é Que o coração da gente Quando menos esperamos Por alguém ele se prende Por exemplo, esse é meu caso Vacilei, marquei bobeira E agora meus amigos É aquela bebedeira! Apaixonado, alucinado E dominado por esse amor
(Do CD "Zezé di Camargo e Luciano", Sony, 2003)
BEBEDEIRA(2) (Composição: Rick e Renner)
Rick e Renner
Tô chegando no rodeio Procurando diversão Tô traiado, tou no meio Da galera de peão
Abre o brete, solta o bicho Deixa levantar poeira Bate palma e dá um grito A galera da bebedeira
É bebedeira, é bebedeira É só zoeira, é só zoeira Toda festa de peão É curtição, azaração É mulherada de primeira
É bebedeira, é bebedeira É só zoeira, é só zoeira A noite é feita pra zoar Vamos pular, vamos cantar O resto é pra segunda-feira
Bebo com moderação A de garrafa ou de latinha Dou uma pro coração Quando a menina tá na minha
Jogo o meu chapéu pro céu Quando acerto na cantada Dou um trato na cautela E deixo ela apaixonada
Onde tem festa de peão Meu coração vira cowboy Leva fumo da paixão Só se machuca e dói-dói
Dou um boi para entrar Uma boiada pra não sair Bate palma e dá um grito Quem não quer sair daqui
PEQUENO PERFIL DE UM CIDADÃO COMUM (Belchior/ Toquinho)
Toquinho
Era um cidadão comum Como esses que se vê na rua Falava de negócios, ria Via show de mulher nua Vivia o dia e não o sol A noite e não a lua
Acordava sempre cedo Era um passarinho urbano Embarcava no metrô O nosso metropolitano Era um homem de bons modos "Com licença", "Foi engano"
Era feito aquela gente Honesta, boa e comovida Que caminha para a morte Pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente Honesta, boa e comovida Que tem no fim da tarde A sensação da missão cumprida
Acreditava em Deus E em outras coisas invisíveis Dizia sempre "sim" Aos seus senhores infalíveis Pois é, tendo dinheiro Não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor Do qual nos fala o livro santo Desceu do céu pra uma cerveja Junto dele no seu canto E a morte o carregou Feito um pacote no seu manto
Era feito aquela gente Honesta, boa e comovida Que caminha para a morte Pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente Honesta, boa e comovida Que tem no fim da tarde A sensação da missão cumprida
(Do LP "Pequeno perfil de um cidadão comum", Philips, 1978)
Todos os dias esta saudade, felicidade cadê você Já não consigo viver sem ela Eu vim à cidade pra ver Gabriela Tenho pensado muito na vida Volta bandida, mata essa dor Volta pra casa, fica comigo Eu te perdôo com raiva e amor
Chega mais perto, moço bonito Chega mais perto meu raio de sol A minha casa é um escuro deserto Mas com você ela é cheia de sol
Molha tua boca na minha boca A tua boca é meu doce, é meu sal Mas quem sou eu nessa vida tão louca Mais um palhaço no teu carnaval
Casa de sombra, vida de monge Quanta cachaça na minha dor Volta pra casa, fica comigo Vem que eu te espero tremendo de amor
Do LP "Tom Jobim e Convidados", Philips/PolyGram, 1985.
Moda da pinga Inezita Barroso
(Composição: Ochelsis Laureano e Raul Torres)
Co'a marvada pinga é que eu me atrapaio Eu entro na venda e já dô meus taio Pego no copo e dali num saio Ali memo eu bebo, ali memo eu caio Só pra carregá é queu dô trabaio, oi lá!
Venho da cidade, já venho cantando Trago um garrafão que venho chupando Venho pros caminho, venho trupicando Chifrando os barranco, venho cambeteando E no lugar que eu caio já fico roncando, oi lá!
A muié me disse, ela me falô Largue de bebê, peço pro favô Prosa de muié nunca dei valor Bebo com o sor quente pra esfriá o calô E bebo de noite que é pra fazer suadô, oi lá!
Cada vez que eu caio, caio deferente Me arço pra trás e caio pra frente Caio devagar, caio derrepente Vou de currupio, vou deretamente Mas sendo de pinga eu caio contente, oi lá!
Pego o garrafão e já balanceio Que é pra mor de vê se tá mesmo cheio Num bebo de vez porque acho feio No primeiro gorpe chego inté no meio No segundo trago é que eu desvazeio, oi lá!
Eu bebo da pinga porque gosto dela Eu bebo da branca, bebo da amarela Bebo no copo, bebo na tigela Bebo temperada com cravo e canela Seja quarqué tempo vai pinga na goela, oi lá!
Eu fui numa festa no rio Tietê Eu lá fui chegando no amanhecê Já me deram pinga pra mim bebê Já me deram pinga pra mim bebê, tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamado Eu caí no chão e fiquei deitado Aí eu fui pra casa de braços dado Ai de braços dado, ai, com dois sordado (Ai, muito brigado!)
Tenho empreendido uma busca infrutífera nos últimos tempos, e conto com os leitores do Futepoca e com a comunidade manguaça nacional para obter sucesso no projeto. À história:
Faz tempo, bastante tempo mesmo, chutaria algo em torno de 15, 16 anos. Eu estava assistindo a um programa esportivo da TV Cultura que falava sobre a preparação da seleção brasileira de handebol que ia disputar uma grande competição (Olimpíadas? Mundial?). A matéria era boa e explicava como estava sendo realizado o treinamento dos atletas.
Então se iniciou uma apresentação do trabalho específico dos goleiros. Mostraram os dois (ou mais) arqueiros (dá pra usar esse termo também no handebol?) dando seus saltos, pulando nas bolas, fazendo exercícios físicos, aquela coisa. A reportagem - em tom bem humorado - contava que a vida de goleiro do handebol não era nada fácil, e para ilustrar isso mostrou várias boladas que os jogadores levam em diferentes partes do corpo (inclusive "lá", caro leitor do sexo masculino).
Nesse momento, a reportagem se baseou nas cenas dos goleiros treinando enquanto uma musiquinha tocava de fundo. É aí que eu quero chegar. A música em questão era um sambinha bem divertido, divertido mesmo. Falava sobre um tema tão cotidiano quanto espinhoso para os praticantes de pelada Brasil afora - o inevitável revezamento no gol. Sim, porque a não ser que você seja um mau caráter, não importa o quanto você tenha de habilidade com os pés: chegará um momento, durante a partida, em que você terá que atuar como goleiro.
A música contava o quanto é doloroso permanecer embaixo dos paus (no bom sentido) enquanto uma bela partida de futebol desenha-se centímetros adiante. No refrão, a frase mais importante: "dribla o zagueiro, toca de calcanhar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar... e eu aqui nessa meta, olhando a bola passar...". Trocadilho sensacional!
Acontece que nunca mais ouvi a música nem vi qualquer referência a ela.
"Procura no Google, seu tonto!". Claro que já fiz isso. Mas nada de obter resultado. O site insiste em me dar a seguinte resposta: Você quis dizer: eu aqui "nessa mesa"
E então não chego a lugar nenhum.
Se alguém conhecer a música (ou mesmo se lembrar da reportagem), eu ficarei muito feliz. E será dada uma grande conbtribuição ao repertório futebol-MPBístico - que, se não chega a ser um "Som na caixa, manguaça!", tem também muitas preciosidades.
Pra ilustrar (?) o post, um vídeo que não tem rigorosamente nada a ver com o assunto e eu nem sei direito do que se trata. Mas é que ele apareceu na busca por "futebol" e "samba" no Google. Aparentemente, fala sobre jogadores brasileiros na Turquia. Se alguém sacar direito o que acontece, agradecemos também.
Os melhores músicos sobem ao palco, os melhores músicos tocam num bar (Oswaldo Montenegro)
Que canção se cantar num bar? Pra quê? Calendário sem data o bar Me olhando assim tonto Esperando a primeira emoção nascer Gritar pra ir pro tombadilho Em busca de ar puro Me ama que eu juro que 'inda sei amar Como amam nas catedrais Os reis que não sabem cantar E vós sabeis o que é ter a voz E não ter mais a sensatez De estar no momento propício O ofício na voz é trazer benefício ao hospício de Deus Que cantava entre as canções de adeus Misturava talvez os sons Dos seus com os nossos perdões Me perdoa e não diz a Zeus Que nós já não temos o Olimpo E o nosso tesouro é garimpo sem ouro E o coro de um bar É a reza com fé sem Deus
Não se perca de mim Não se esqueça de mim Não desapareça A chuva tá caindo E quando a chuva começa Eu acabo de perder a cabeça Não saia do meu lado Segure o meu pierrot molhado E vamos embolar Ladeira abaixo Acho que a chuva Ajuda a gente a se ver Venha, veja, deixa Beija, seja O que Deus quiser...
A gente se embala Se embora se embola Só pára na porta da igreja A gente se olha Se beija se molha De chuva, suor e cerveja...
Não se perca de mim Não se esqueça de mim Não desapareça A chuva tá caindo E quando a chuva começa Eu acabo de perder a cabeça Não saia do meu lado Segure o meu pierrot molhado E vamos embolar Ladeira abaixo Acho que a chuva Ajuda a gente a se ver Venha, veja, deixa Beija, seja O que Deus quiser...
A gente se embala Se embora, se embola Só pára na porta da igreja A gente se olha Se beija se molha De chuva, suor e cerveja...
Depois que instalaram uma TV que acessa o Youtube (sem merchan, por favor) lá em casa, desisti de vez de assistir os canais abertos ou pagos e mergulhei nos milhões de vídeos postados por internautas. Numa dessas, trombei com uma entrevista do Plínio, irmão único - e mais novo - do finado Raul Seixas. Ao ser questionado sobre o que teria levado o "Maluco Beleza" a tal ponto de alcoolismo, que o matou aos 44 anos, Plínio resume (o grifo é meu): "Raul tinha uma mágoa enorme com o ridículo, com a mesmice, com a idiotice que tá por aí - e que ainda tá, e que tá até pior. É bom que ele nem esteja mais [aqui]. Porque piorou bastante de lá pra cá, né. (...) Eu não quero falar muito, não, porque eu sou um pouco do lado dele nessas coisas. Mas Raul bebeu também porque... ele era meio tedioso, já, com isso. Isso aqui já não tava mais legal pra ele. Como ele disse: 'Enquanto vocês tão com as cercas do quintal, assento a sombra sonora de um disco voador'. Ele tava além disso tudo, das fronteiras, dos países, das cercas que separam quintais. [A música] 'Ouro de tolo' diz bastante a ideia da cabeça dele. Ele tá muito além disso tudo. Ele não era pra tá aqui. Ele bebia pra esquecer, pra não saber que tava aqui nessa merda toda."
Raul com o vaidoso conterrâneo Caetano
Em outro trecho da mesma entrevista, Plínio afirma que a música "Meu amigo Pedro", um dos maiores "hinos" do raulseixismo, foi feita pra ele - embora haja a especulação de que o "mago" Paulo Coelho, co-autor da canção, tenha direcionado a letra para seu pai, Pedro Queima Coelho. De qualquer forma, registrei acima a opinião de Plínio Seixas sobre o motivo do alcoolismo de Raul porque coincide com um depoimento do Chico Buarque ao jornal espanhol La Vanguardia, de 2005, que recuperei aqui no blog outro dia (o grifo é meu): "Eu nunca vi um movimento geral de idiotice como o de hoje. Já vivemos quase duas décadas de idiotice globalizada. A idiotice nos rodeia, eu mesmo tenho medo de ficar idiota". Pois é. Difícil imaginar Raul Seixas num mundo de Big Brother, Luciano Huck, carnaxé, funk ostentação, sertanejo universitário, coxinhas, anonymous, redes (anti)sociais etc etc etc. Nesse mundo em que todo mundo se leva muito a sério, que "se acha". Como vovó já dizia, em "As aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor", "Acredite que eu não tenho nada a ver/ Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira" - tirando um sarro do conterrâneo baiano Caetano Veloso, que sempre se levou MUITO a sério - tanto que deu o título de "VERDADE tropical" para sua autobiografia, quando mais parece uma "VAIDADE tropical"...
Enquanto Caetano olha para o próprio umbigo, Raul preferia fazer careta no espelho
E como "É fim do mês", termino esse post com os versos de outra obra-prima raulseixista que tem esse título, e que tem tudo a ver com a tal idiotice ressaltada pelo Plínio e pelo Chico (os grifos são meus): "Mas não achei!/ Eu procurei!/ Pra você ver que procurei/ Eu procurei fumar cigarro Hollywood/ Que a televisão me diz que é o cigarro do sucesso/ Eu sou sucesso!/ Eu sou sucesso!/ (...)/ Eu consultei e acreditei no velho papo do tal psiquiatra/ Que te ensina como é que você vive alegremente/ Acomodado e conformado de pagar tudo calado/ Ser bancário ou empregado sem jamais se aborrecer". Um brinde ao grande Raul. Porque eu também já não quero mais nem saber que tô aqui, nessa merda toda...
Se ganho na loteca tomo todo mé
Boto fogo no barraco depois dou no pé
Eu vou plantar bananeira no meio da praça
Vão me aplaudir
Vou contar piada velha e pra me agradar
Vocês vão ter que rir
Vou passar a ser bacana, pois com essa grana
Tudo é natural
Vou trocar champanhe por Brahma, caviar por cana
Vou ser genial
OS BÊBADOS Marcus Dias (na foto, com Isaac Cândido)
Isaac Cândido
Sábado É o dia dos bêbados E das moças católicas Que vão para a missa rezar pra quem sabe encontrar algum Bêbado Aquele cara simpático Quando não está estático Sentado na mesa de um bar a tentar encontrar algum Método De burlar o estético De furar o ilógico E de tentar conquistar uma moça que não sabe nada dos Bêbados Aqueles caras exóticos Que misturam os tópicos E que promovem o riso que eu sempre tentei mas agora estou Bêbado Procurando meus métodos Misturando meus tópicos E tentando enganar os que não sabem nada de nada dos Bêbados
Tens mesmo certeza que essa angústia vai passar Que serás feliz tendo dinheiro pra gastar Um Corsa usado e sujo em frente ao portão Missa aos domingos, ver televisão (HA, HA...)
Conquistar o mundo sem sair do teu sofá Ser bem conhecido, ter piadas pra contar Visitar parentes, casamentos, batizados Décimo terceiro pra curtir o feriado (de Natal)
Tudo é tão legal, basta não olhar E seguir fingindo sonhos encontrar Futebol na quarta, férias no verão Lágrimas alcoólicas pra pedir perdão (HA, HA...)
Conquistar o mundo sem sair do teu sofá Ser bem sucedido, ter bobagens pra falar Visitar parentes, funerais e batizados Décimo terceiro pra curtir o feriado (em Natal)
Tudo é tão legal, basta não sonhar Sonhos são pra loucos que querem amar Futebol na quarta, férias no verão Lágrimas e cólicas pra pedir perdão (HA, HA...)
(Do CD "Lágrimas alcoólicas", Barulho Records, 2003)
PAGODE DO GAGO (Composição: Gracia do Salgueiro/ Gaguinho)
Gracia do Salgueiro
Fui a um pagode na casa do gago E o rango demorou a sair Acenava pra ele e ele mais que que que Que que que que que que guenta aí
O pagode foi crescendo Sob a luz de um lampião Com cuíca e pandeiro A moçada batia na mão A atração da brincadeira Era a nega do gago sambando Mas a fome também era negra Ninguém mais tava aguentando
E o cara da viola Deu bobeira e caiu pelo chão O gago pulava, sorria e gritava Que que que que que toma mais um limão
Toma mais um limão Que que que que que que você fica bão Toma mais um limão Que que que que que que você fica bão
Baby, andei bebendo por aí
E sei que não devia ter voltado
Mas é que eu tenho
Outra vez o coração atropelado
Me desculpe se eu te amolo
Baby, please me dê colo
Todo vestido bonitinho
E não tenho onde cair
Todo vestido bonitinho
E sem nenhum lugar pra ir
Eu tenho um fusca meia nove que fala
Tem headfone, toca-fitas no porta-mala
Eu tenho um quarto de gasolina no tanque
Várias gatas do ranking
Baby, eu tenho quase tudo que quero
Só não tenho você
Quando dei por mim
Estava perto do fim
À beira do abismo
Chorava pelos cantos
Quando dei por mim
Eu estava totalmente em prantos
Eu vi sua foto numa revista para homens
Proibida pra menores de vinte e um
Na folhinha de janeiro
Na parede do borracheiro
Eu chorei quando vi
Baby andei bebendo por aí...
Eu trouxe um vinho tinto barato
Barato mas bom me disseram
Eu tenho um pouco fumo
Que uns amigos me deram
Baby, eu tenho quase tudo que quero...