Destaques

sexta-feira, abril 30, 2010

Ao distribuir camisas do Brasil, Lula escala seleção de presidentes

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O presidente da venezuela Hugo Chávez foi agraciado, em visita ao Brasil na quarta-feira, 28, com uma camisa da seleção brasileira. Com a camisa 6, o mandatário venezuelano foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lateral-esquerda.

O criador do PSUV, no poder há 11 anos, foi apenas o mais recente dos presenteados com o brinde. É só vir um presidente visitar o Brasil ou uma comitiva do Executivo nacional chegar a uma nação amiga que o protocolo do Itamaraty não hesita. Saca uma camisa da seleção brasileira e inclue o mimo, qual espelhinho para índio, ao interlocutor.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

A estratégia vem se intensificando e há quase uma seleção escalada com chefes-de-Estado e personalidades internacionais. Para alguns, o uniforme vem autografado pelos 22 preferidos pelo encarregado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Outros tem até nome atrás. Em um terceiro grupo, estão os sem número. Isso sem falar nos que tentam mas não conseguem a vaga.

No time, jogam ocidentais e orientais – médios ou extremos. Com ajuda dos jornalistas Vitor Nuzzi, Jéssica Santos Souza e do sistema de busca das fotos oficiais do presidente, o Futepoca apresenta a escalação do time se Lula fosse Dunga.

A 41 dias do início da Copa, o xará de anão tem dúvidas em duas ou três dúvidas na convocação. Lula também mantém algumas posições vagas. Vai ver é para manter poder de barganha nas relações bilaterais.


O escrete

Lula pega no gol, porque se ele não distribuiu a 1 de Júlio César a ninguém é para guardar a posição. A maior prova disso foi a entrega em reunião do G-5, entre Brasil, China, Índia, África do Sul e México. O mandatário canarinho parecia mesmo técnico entregando colete em treino coletivo.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr


Dai Bingguo, representante do presidente chinês Hu Jintao, ficou com a 2 na ocasião. Na posição de Lúcio, capitão do selecionado de Dunga, endereçou-se a Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia, com a 3. A 4 ficou com o sul-africano Jacob Zuma, enquanto a 5 foi para Felipe Calderón.

Mas nem todos desses têm vida fácil no time de Lula. A lateral-direita tem outros dois candidatos. Nicolas Sarkozy, da França, e Hosni Mubarack, presidente do Egito, também tinham, nas costas, o número disputado entre Maicon e Daniel Alves.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Quase tão grave fica a situação para o mexicano. Ninguém menos do que Barack Obama, dos Estados Unidos, também tem a 5 na galeria de presentinhos da Casa Branca. Ele não é o cara da seleção de Lula, mas que se segure o Calderón!


Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Só sem saber quem é o Gilberto Silva para mostrar
esse sorriso todo ao receber a 5

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Aliás, quem viu coerência em alocar Chávez na lateral-esquerda, por suas posições anti-imperialistas, pode tirar o cavalinho da chuva. A cara de poucos amigos do conservador presidente italiano Silvio Berlusconi é um sinal de que ele também vem para brigar pela meia dúzia.

A 10 é a mais disputada. Michael Sleiman, do Líbano, Jan Peter Balkenende, primeiro-ministro da Holanda, tiveram esse deleite. Até o cantor Bono Vox, votalista do U2, também recebeu a sua. A camisa que já foi de Pelé só é concedida com o nome do presenteado estampado.

A vantagem fica para Balkenende, que retribuiu uma 10 da Holanda com o nome de Lula nas costas. Se politicagem influenciar o brasileiro, a escalação na meia-esquerda da Laranja Mecânica pode ajudar. Bono Vox não entra, porque a seleção é só de chefes-de-estado.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Lula ou Van Lulen?

O iraniano Mahmoud Ahmadinejad também tem a sua, mas o número não é conhecido. Quando Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi visitar a nação persa, apenas um fotógrafo compareceu ao troca-troca de agrados. A equipe do Desenvolvimento não pode ser muito retranqueira, mas nunca se sabe quando se trata de alguém que, por mais que se contraponha aos Estados Unidos e a Israel, representa um governo que é fundamentalista religioso.

Na de Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, também não tinha número. É o segundo polivalente dessa equipe.

Gordon Brown, premiê britânico, bem que tentou. Entregou a 7 de Beckham a Lula, mas não recebeu o troco. Cortado. Pior ainda para o candidato independente à Presidência do Chile, Marco-Enríquez Ominam, que além de não ter sido eleito, tampouco recebeu o manto auriverde.

Falando em quem não está lá, na seleção brasileira de presidentes falta ataque. A 7, 8 a 9, a 11 não foram distribuídas. Talvez seja uma uma questão de contenção de gastos.

Mas se for um 4-4-2, poderia ser escalado assim:

1- Lula

2- Hu Jintao/China (Nicolas Sarkozy/França; Hosni Mubarack/Egito)
3- Manmohan Singh/Índia
4- Jacob Zuma/África do Sul
6- Silvio Berlusconi/Itália (Hugo Chávez/Venezuela)

5- Felipe Calderón/México (Barack Obama/Estados Unidos)
7- Nursultan Nazarbayev/Cazaquistão
8- Mahmoud Ahmadinejad/Iraniano
10- Jan Peter Balkenende/Holanda (Michael Sleiman/Líbano)


9- ???
11- ???

Mesmo improvisando os sem-número no time, falta gente para o ataque. De duas, uma. Vai ver Lula montou um time mais retranqueiro do que o Henrique Meirelles no Banco Central.

Ajude o Lula nessa escalação.

quinta-feira, abril 29, 2010

Sofrido, aos 49, de pênalti, 1 a 0 sobre o Atlético-GO de Geninho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Palmeiras venceu. Por 1 a 0. Gol de pênalti, de Cleiton Xavier. Não foi uma atuação genial, só garantiu a vitória pelo menor placar possível. O Atlético-GO do técnico Geninho levou perigo no contra-ataque mas deixou, como é comum fazer na Copa do Brasil, a obrigação de atacar para o time da casa.

O Verdão atacou, criou mais chances, mas como nas partidas anteriores contra o também Atlético, mas do Paraná, ainda falta achar espaço para finalizar quando a bola chega perto da área adversária. A diferença em relação ao que o time apresentava no começo do ano é a capacidade maior de chegar com trocas de passes perto da área.

Os visitantes criaram chances de perigo, com bola na trave e milagre de Marcos, o Goleiro, no segundo tempo. Muito na base de contra-ataques. Mas a defesa anda funcionando razoavelmente, com menos faltas.

Cleiton Xavier, de volta depois de cinco jogos de contusão, foi o dono do meio de campo, ao lado de Lincoln. Jogou bem, deixou claro que é titular.

Robert e Diego Souza ficaram no ataque, mas esses atletas tiveram participações limitadas: não fizeram gol. Ambos foram substituídos.

O primeiro, camisa 20, deu lugar a Ewerthon, que não salvou a pátria. Já Diego Souza, quando saiu para Paulo Henrique entrar, sentiu o que é a turma do amendoim. Após uma sequência de partidas em que não está jogando o que pode nem o que acostumou a torcida a esperar, o camisa 7 levou uma vaia.

O que piora o humor de Diego é que o repatriado da Holanda Paulo Henrique foi quem sofreu o pênalti, aos 48 do segundo tempo, que deu origem ao único gol do jogo. Contornos de ziguezira na vida do meia palmeirense.

Para este torcedor, Diego está, no mínimo, sem ritmo de jogo. Embora eu tenha uma impressão danada de que ele esteja fora de forma.

Marcos Assunção estreiou bem, com direito a uma sequência de cinco escanteios. Com Cleiton Xavier na função de cobrar faltas e escanteios, o time não costumava conseguir esses momentos de mais pressão.

O time continua precisando se acertar mais, mas melhora com os reforços que chegam. Opções importantes para o elenco, pensando no brasileirão.

quarta-feira, abril 28, 2010

Da proxima vez, só com cardiologista do lado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Galo e Santos fizeram a melhor partida de futebol que vi este ano, por conta das chances para os dois times. Como atleticano, achava e ainda acho o Santos favorito. Basta ganhar de 1 a 0 na Vila na próxima semana.


Mas o Galo, e principalmente Tardelli, autor de três gols, mostraram que o confronto ainda não está definido. No próximo jogo, a única certeza que tenho é que sairão gols, porque os dois times têm ataques melhores que suas defesas.

Luxemburgo deve escalar um time mais recuado que no Mineirão, principalmente porque o Galo cansa mais que o Santos ao final da partida. Pode até dar certo, mas não é uma receita que tem funcionado para quem enfrenta o Peixe.

De concreto, a única coisa que dá para falar ainda no calor do jogo é que só assisto com meu cardiologista do lado, com uma caixa de calmantes ou com várias cervejas na cabeça.

Barcelona está fora da Copa dos Campeões

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Barcelona foi eliminado da Copa dos Campeões da Europa. O time venceu por apenas 1 a 0 sobre a Internazionale de Milão na partida de volta. Na ida, os italianos aproveitaram o apoio da torcida e venceram por 3 a 1.

O time da casa teve um gol anulado aos 40 do segundo tempo, com uma falta marcada em que a bola bateu na barriga do jogador da representação espanhola. Mas Thiago Mota, volante revelado no Juventus da Mooca, havia sido expulso ainda no primeiro tempo.

No primeiro jogo do feriado futebolístico desta quarta, deu Júlio César sobre Messi.

O melhor time da Europa não tem mais chances de vencer o principal título do Velho Continente.

Por um lado, é triste, porque ressuscita toda a ala retrógrada e reacionária dos fãs do esporte bretão que prefere a retranca a todo custo. Preferir ganhar, tudo bem. Mas optar pela retranca é dureza

Por outro lado, considerando-se que o time que apresenta o melhor futebol da América do Sul, o Santos, não está na Libertadores, pode ser melhor assim. Quem sabe marcam um amistoso entre as equipes?

Som na caixa, manguaça! - Volume 53

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

PEITO VAZIO
(Cartola/ Elton Medeiros)

Cartola

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio

Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo esta imensa saudade
Que sinto se esvai

(Do LP "Cartola", Discos Marcus Pereira, 1976)

Quatro jogos nesta quarta? Feriado já!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Esta quarta-feira, 28 de abril, abriga quatro jogos que eu quero ver. Quatro confrontos em três competições, um à tarde e três à noite, considerando o horário de Brasília.

Às 15h45, tem Barcelona e Internazionale de Milão pela Copa dos Campeões. Ao que consta, é a primeira partida da competição transmitida pela Globo no meio da tarde. Isso dá a dimensão de quanta gente quer ver Messi, o c#$%#$#@, superar Júlio César e Lúcio – ou vice-versa.

Às 19h30, o Universitário de Lima enfrenta o São Paulo, só na TV a cabo. Com Washington e tudo. É, de longe, a partida menos interessante do dia, mas só porque o dia é incrível. O jogo também é obrigatório aos fãs do ludopédio.

Às 21h50, tem Corinthians e Flamengo pela Libertadores. O clássico de peso, o jogo da rodada (de cerveja) e todas as outras piadas que cabem com a presença de Ronaldo, o obeso, e Adriano, outrora Rei da Cocada Preta.

No mesmo horário, Santos e Atlético-MG se encontram. É a primeira partida de Vanderlei Luxemburgo contra seu ex-time. A sensação do futebol brasileiro quer inserir, goela abaixo no técnico do Galo, um bom futebol para explicar onde foi que ele errou. O um dia estrategista Luxemburgo quer fazer bonito para, à lá Zagallo, garantir a deglutição no sentido contrário.

Eu quero assistir a todos os quatro jogos. Para isso, preciso me concentrar desde já.

Avise o chefe: hoje é feriado.


Daqui três dias, no sábado, é dia 1º de maio, dia do trabalhador – ou do Trabalho, se a gente pensar nesse termo como oposição ao Capital (com K). O que custa antecipar o feriado que, afinal, cai num sábado, para esta quarta?

Feriado já!

Foto: Gustavo Minas/Flickr

terça-feira, abril 27, 2010

Uma provocação ao ditador Getúlio, há 70 anos

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quando estive no Pacaembu pela primeira vez, em janeiro, nem me lembrei de que o estádio estava prestes a completar 70 anos, o que ocorre hoje. E a comemoração acontece em grande estilo, com o belo time do Santos decidindo o Paulistão em duas partidas no estádio, contra o (ótimo) Santo André. Nem me atrevo a entrar nas histórias épicas do Pacaembu nessas sete décadas, pois isso dá mais que um livro. Anteontem, no bom programa "Grandes Momentos do Esporte", da TV Cultura, Rivellino e o ex-santista Edu relembraram passagens memoráveis de suas carreiras no estádio, com imagens raras.

Mas o que eu gostaria de recuperar nesse post é um fato político ocorrido no dia da inauguração do estádio. Considerado persona non grata no estado de São Paulo, depois de ter sufocado e vencido os paulistas na revolta "constitucionalista" de 1932, o presidente da República na época, Getúlio Vargas (levado ao poder por um golpe militar em 1930 e confirmado como ditador por novo golpe, em 1937), evitava ao máximo confrontar seus desafetos. Para se ter uma ideia da hostilização, a cidade de São Paulo é, talvez, a única capital de estado brasileira que não possui uma grande avenida ou um local importante batizado com o nome de Vargas. Mas o presidente não podia se ausentar da inauguração do Pacaembu e, a contragosto, compareceu (foto à direita).

Como ocorre em toda ditadura, seria impensável que a população vaiasse ou fizesse qualquer gesto ofensivo ao ditador - o que poderia resultar em prisões, pancadaria e até mortes. Getúlio Vargas saudou a multidão sob um silêncio forçado. Porém, a criatividade do povo deu "um tapa com luva de pelica", como se dizia antigamente, no ditador: quando a delegação do São Paulo Futebol Clube deu a volta na pista de atletismo (foto abaixo), a multidão esqueceu o futebol e, numa nítida manifestação de orgulho pelo nome de seu estado e de sua capital, aplaudiu de pé e aos gritos. Consta que Vargas entendeu a provocação, pois as pessoas berravam "São Paulo! São Paulo!" e olhavam em direção à bancada presidencial, mas permaneceu sério e não esboçou reação. Nenhuma delegação de outro clube, naquele dia, foi saudada dessa forma. Um belo exemplo de como, às vezes, a política consegue superar todos os ódios futebolísticos em torno de uma causa comum. Ah, e esta passagem deu origem ao apelido de "o mais querido" para o time do São Paulo.

Time 'do povo'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, ao justificar o descarte de um terreno em Itaquera, na Zona Leste paulistana, para a construção do sonhado estádio do clube (o grifo é nosso):

- Em função do público da região, não nos permite cobrar valores como os praticados hoje no Pacaembu.

(Do Lance! de hoje, coluna "De Prima", página 2)

segunda-feira, abril 26, 2010

Como assim?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na página C6 do Estadão de ontem, sobre a preferência do roqueiro Lobão pela cidade de São Paulo, onde mora, uma informação peculiar:

Em 1984, perdeu a mãe, que se suicidou. No enterro, tocou bumbo com a camisa do Botafogo.

São Bernardo, Linense, Noroeste e Guaratinguetá estão na primeira divisão paulista

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Enquanto o título da série A1 do Paulista fica mais perto do Santos, estão definidos os times que ascenderam da A2. São Bernardo, Linense, Noroeste e Guaratinguetá participam da elite paulista do futebol em 2011. A decepção foi o União São João de Araras, que terminou a primeira fase em primeiro, mas pereceu.

Os 20 clubes enfrentaram um primeiro turno em que todos jogaram contra todos uma vez só – a exemplo da A1. Oito passaram para a segunda etapa formando dois grupos para jogos em turno e returno. Aquela história, o primeiro, quarto, quinto e oitavo de um lado, e segundo, terceiro, sexto e sétimo do outro. Sobem quatro, dois líderes de cada grupo.

Curioso é que os classificados de cada grupo se enfrentam, para cumprir tabela e definir quem fica em primeiro e quem fica em segundo de cada chave na próxima rodada. Coincidência curioas.

O Linense não sabia o que era primeira divisão do estadual desde 1957. Foram cinco anos de elite, até cair – e cair, e cair. Agora, em 2010, a equipe de Lins, comandado por Vilson Tadei, terminou a primeira fase em segundo com 40 pontos. Apesar de perder para o São Bernardo, venceu por duas vezes tanto o União Barbarense quanto o Paec.

O time da cidade onde o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva surgiu para o mundo da política também subiu. A região do ABC, além de ter um representante na final da primeira divisão, tem festa com outro clube que sobe. Santo André e São Caetano já tinham equipes entre os 20 melhores do estado. O estádio 1º de Maio abrigou o empate com o Paec que garantiu a vaga para o clube fundado em 2004.

Do outro lado, o Noroeste conseguiu a vaga com um empate contra o São José, no Vale do Paraíba, no estádio Martins Pereira. Com dez pontos, o Norusca volta à A1, de onde caiu em 2009. É o ioiô caipira. Azar dos outros clubes, que vão ter de pagar muito pedágio para enfrentar a equipe bauruense.

Outro que caiu em 2009 e volta agora é o Guaratinguetá. O time goleou o União São João por 4 a 1. Para um time que ficou em primeiro da A1 em 2008, a queda no ano passado foi um golpe. Mas o clube superou e agora tem a Série B do nacional pela frente.

A definição do campeão depende da última rodada. O time de melhor retrospecto no geral entre o primeiro de cada grupo leva o caneco. Linense só precisa de um empate para confirmar o caneco.

Que venha a primeirona!

Em tempo: os mascotes estão no site da Federação Paulista de Futebol.

domingo, abril 25, 2010

Larica Total, a cozinha do manguaça, a culinária de guerrilha

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Há tempos estou para escrever sobre o Larica Total, programa do Canal Brasil que é um colírio para nós, manguaças e invariavelmente lariquentos das horas bizarras e desgustadores de alimentos de origem duvidosa.

O programa é mesmo a cara do companheiro Marcão, que aqui escreve assiduamente, passa pela coluna “pé redondo na cozinha”, do chef Marco Xinef e é o retrato da minha e de muitas outras cozinhas brasileiras, as cozinhas de guerrilha!

Larica Total vem arrebatando corações nos últimos meses, isso porque Paulo de Oliveira, o chef solteirão que cozinha com o que tiver na geladeira e o que o fígado aceitar, fala a nossa lingua, retrata a cozinha do manguaça, a culinária de guerrilha, o cotidiano de nós, que somos trabalhadores deste país.

Justamente por isso o Futepoca deveria propor um episódio para participarmos. E para nossa inspiração, abaixo o ótimo episódio onde Paulo de Oliveira recebe o chef Claude Troisgros. Atenção para a receita de crepe flambado com cachaça e a degustação de vinhos abaixo de 10 reais!

Para os interessados, Larica Total dá seu recado, via Twitter, para o final deste domingo: @laricatotal Hj vou curtir o Santos, tá com um futebol moleque, meu estilo. Depois tem larica total, 20h30m no canal brasil! Cesar Salad!

sexta-feira, abril 23, 2010

Corinthians e Flamengo nas oitavas da Libertadores

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians fez mais uma partida segura e sem grandes emoções na noite desta quarta, contra o Independiente de Medellin. Acabou 1 a 0, em gol contra de Valencia após desvio de William em cobrança de lateral de Roberto Carlos.


O gol premiou um bom começo do Corinthians, que abafou o time colombiano e teve uma boa meia dúzia de chances até uns 20 minutos do primeiro tempo. Depois disso, 1 a 0 no placar, a equipe engatou uma marcha lenta e assim foi até o final, num jogo de dar sono.

Sobre o gol, um parenteses. Primeiro, esse é apenas o segundo gol de que me lembro que sai de uma dessas cobranças de lateral direto na área, jogada característica do zagueiro Gralak. O outro gol foi da Seleção Brasileira Feminina, em lateral acrobaticamente cobrado pela jogadora Leah.



Agora o bicho pega

Definidos os confrontos das oitavas de final, o Corinthians tem o Flamengo pela frente. O Clássico das Multidões. Pedreira. Mesmo com o clima bagunçado do time da Gávea, que pode trocar de técnico e de presidente de futebol na mesma semana.

Agora começa de verdade a parte difícil do torneio continental. O parceiro Blog do Carlão fez uma tabelinha simpática (que eu reproduzo aqui) e uma projeção bastante otimista para os alvinegros.


Na minha opinião, o brasileiro com adversário mais difícil nessa fase é o Inter, que pega o argentino Banfield. Sem contar Corinthians e Flamengo, que fazem o grande jogo das oitavas.

Classificados todos os brasileiros, poderemos ter Inter x Estudiantes e São Paulo x Cruzeiro já nas quartas. Dois jogaços.

Na chave de Corinthians e Flamengo, os adversários mais complicados parecem ser o Vélez Sarsfield e o Once Caldas.

E aí, quem arrisca palpitar?

Dourado, Cônsul Cultural do Internacional! Assim não dá...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Que me desculpem os amigos colorados, mas que história é essa de nomear Marcelo Dourado como Cônsul Cultural do Inter?
Eu que assisti a vitória do Inter por 3 a 0 em cima do Deportivo Quito, pela Libertadores na noite desta quinta-feira, fiquei absolutamente indignada...

Além da polêmica se o tal do Dourado é ou não homofóbico, o que o vencededor do BBB 10 fez ou faz para, na beira do gramado do Beira-Rio, receber o título de Cônsul Cultural?
No mínimo, ter propagado a máxima que homens heterossexuais não contraem o vírus HIV.

Coisa de marketeiro mesmo, que papelão!

quinta-feira, abril 22, 2010

Acorda, Dunga!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Campanha voluntária de 15 amigos, auto-intitulados "Amantes do Futebol Arte", em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul:



São 10 outdoors espalhados pela cidade, ao custo de R$ 7 mil. E tem tudo pra se alastrar por outras capitais. E aí, Dunga?

Copa do Brasil avança para as quartas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Praticamente definidos confrontos das quartas-de-final da Copa do Brasil. O melhor jogos deve ser entre Santos e Atlético-MG. Mas pode ter também um Grêmio e Fluminense (ou Lusa) e Vasco e Vitória.

Indefinido ainda está o adversário do Palmeiras, entre Atlético-GO e Santa Cruz. Os goianos têm vantagem depois de vencer em Recife por 2 a 1.

O Fluminense tem tudo para garantir a classificação depois de vencer por 1 a 0 no Canindé a Portuguesa paulistana. Se isso ocorrer, enfrenta o Grêmio, que perdeu para o Avaí por 3 a 2 na Ressacada, mas se classificou por ter vencido por 3 a 1 no Olímpico.

O Vasco confirmou a vaga sobre o Corinthians-PR depois de vencer por 1 a 0 no primeiro jogo em Curitiba.Enfrenta o Vitória, que tampouco precisou muito esforço para confirar a vantagem de 4 a 0 sobre o Goiás de Jorginho, Fernandão e companhia.

O Santos sofreu a segunda derrota para times alviverde na temporada. Foi apenas o terceiro revés contra qualquer time, e desta vez sem os meninos da Vila em campo. Tudo bem, mesmo contra os alviverdes, foram três jogos e o saldo de gols continua com ampla margem pró-Peixe (13 marcados contra sete sofridos). Tudo bem, são poucas as possibilidades de fazer troça dos alvinegros da Baixada neste ano, a gente tem que aproveitar.

O melhor futebol jogado no Brasil atualmente vai enfrentar o time comandado por Vanderlei Luxemburgo. Os mineiros venceram por 2 a 0 o Sport na Ilha do Retiro. Tinha vencido no Mineirão por 1 a 0. Será o primeiro confronto entre o Peixe e seu ex-técnico. Diversão à vista.

Para resumir
Com os mandantes da primeira partida – definidos em sorteio – apresentados primeiro, os confrontos ficaram assim:

Chave de um lado:

Vitória x Vasco
Santa Cruz ou Atlético-GO x Palmeiras

Chave do outro lado: 
Grêmio x Fluminense ou Portuguesa
Santos x Atlético-MG

Gol a 2 minutos do fim garante vaga do Palmeiras na Copa do Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Atlético-PR cedeu o empate aos 43 minutos do segundo tempo e deixou a vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil para o Palmeiras, na Arena da Baixada. Os visitantes jogaram bem especialmente no segundo tempo, mas por preciosismo, incompetência e raça rubronegra, saiu perdendo.

Alan Bahia abriu o marcador aos 32 do segundo tempo, em pênalti inexistente de Léo sobre Bruno Mineiro. Lincoln empatou em jogada triangulada entre Márcio Araújo e Ewerthon.

Ufa!

Com um jogador a mais e pênalti perdido, o Palmeiras jogou bem e, comportamento questionável à parte, se classificou. Enfrenta o classificado entre o Atlético-GO e o Santa Cruz, sendo que o time goiano venceu a primeira partida.


A torcida do Atlético-PR foi a campo com o rosto pintado de preto em função da denúncia do zagueiro Manoel contra o ex-atleticano Danilo, por ofensa no primeiro jogo, no Palestra Itália. Ambos correm risco de suspensão pela troca de infâmias (cabeçada versus cusparada e xingamento racista).

O pior é que teve episódio de racismo no fim de semana da torcida do Coritiba contra o mesmo Manoel. Bem triste a sequência.



Sobre o jogo, o goleiro Neto do time da casa foi muito bem e evitou pelo menos três gols do Palmeiras. A começar por penalidade máxima cobrada por Robert com paradinha mal-sucedida. Na falta dentro da área, Bruno Costa tomou o segundo amarelo.

Na segunda etapa, o alviverde voltou melhor, dominou as ações, mas não tirou o zero do placar. Por preciosismo e incompetência.

Diego Souza continua ausente. É claro que ele é bom jogador, tem um domínio e visão de jogo diferenciados, mas não tem conseguido fazer isso render. Jogar como meia-meia faz o atleta render menos do que no ataque desde que chegou ao time, em 2008. Nesta quarta-feira, 21, não resolveu. E estar em campo com dois atacantes funciona melhor.

Quando Ewerthon entrou na vaga de Pierre, o time melhorou. Aliás, ele e Márcio Araújo pareciam os jogadores com a cabeça mais no lugar do time, mesmo depois de sair perdendo. O restante oscilava entre falta de fôlego e de recursos técnicos para lidar com o esférico.

Foi dos dois que saiu a jogada, meio atrapalhada, é verdade, que garantiu a igualdade e a classificação.

Um resultado que coroa a evolução do time mais em termos de disposição do que de técnica. Só precisa chutar contra a meta adversária quando a zaga abre para deixar a vida dos torcedores mais feliz. Bom, tem que acertar os chutes também, mas disso eu reclamo quando aumentar a objetividade.

quarta-feira, abril 21, 2010

4h10min

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Esse foi o tempo que gastei para comprar ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, Santo André x Santos, que acontece nesse domingo, no Pacaembu. Entrei às 9h30 na fila que se formava nas bilheterias do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, e saí de lá às 13h40.

Pelo que leio na internet, o problema se repetiu em outros lugares. O UOL conta que o Pacaembu também teve gente que esperou mais de três horas. Amigos relataram de espera de mais de duas horas na Vila. E tenho certeza que o pessoal que chegou bem depois de mim ao Bruno Daniel inveja as quatro horas que permaneci lá - arrisco dizer que eles não levaram menos de seis horas para efetuar suas compras. Menos mal que hoje era feriado. Foi esse o motivo, é claro, que levou muita gente às bilheterias nos diferentes pontos de venda.

Dois registros importantes
O primeiro é que nesse tempo todo que permaneci na fila, vi poucas ou praticamente nenhuma ocorrência de "malandrões" furando fila. E nem cambistas. Essas duas pragas, inerentes aos grandes jogos de futebol, felizmente não estavam presentes no Bruno Daniel.

E o segundo é que a fila que levei quatro horas para concluir, diferentemente do que deve estar achando o leitor, não era das maiores. Não mesmo. Sim, era grande, mas jamais imaginei que ficaria ali por quatro horas. Arrisco dizer que estavam na minha frente, quando cheguei à fila, pouco mais de 65 pessoas. Ou seja: não era um contingente de pessoas que justificasse tamanha espera.

O que houve foi uma injustificável e absurda demora das pessoas nos guichês. Não por culpa dos clientes, que fique claro. A questão é que se fazia - PARA CADA COMPRADOR - um cadastro na hora. Medida correta, para evitar as cada vez mais frequentes fraudes no universo da meia-entrada. Mas que precisa ser otimizada, e em caráter de urgência. Não dá, não faz sentido um torcedor demorar tanto tempo em uma fila não das maiores. É preciso evolução.


O post aborda um tema que tenho destacado com relativa frequência aqui no Futepoca, a questão do desconforto a qual é submetido o torcedor que vai ao estádio. Acho importante ressaltar esse ponto porque rotineiramente ele é relegado a segundo plano - e fala-se da violência como sendo o único e maior mal no mundo do futebol. Estive hoje no estádio por quatro horas e não vi uma cenazinha sequer de violência - e olha que muitos torcedores do Santo André estavam lá, com suas camisas, comprando suas entradas. Mesmo quando não há violência, o desconforto impera. E se não podemos mudar a cabeça das pessoas, podemos mudar o que é oferecido a elas - o que pode fazer com que elas mudem suas atitudes. Tenho convicção que violência e desconforto andam juntos. E dá para corrigir um problema com certa facilidade, e aguardar para que o outro passe por uma melhora gradual.

terça-feira, abril 20, 2010

Deixa ver se eu entendi

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Leiam as afirmações do goleiro (chorão) Rogério Ceni à Rede Bandeirantes:

- Com tanto juiz bom que temos por aqui, tirar um árbitro de uma suspensão para colocar para apitar aqui na Vila Belmiro contra um time leve. Era óbvio que iria chegar aqui e distribuir cartão para todo mundo.

Eu traduziria assim: "Contra um time leve, rápido e técnico, o adversário está autorizado a descer a botina, sem dó. Por isso, é preciso um juiz condescendente, estilo Libertadores, que deixa o pau quebrar e o jogo correr". É isso?

Parágrafo a parágrafo, a matéria de capa de Veja

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A matéria de capa de Veja traz José Serra com a mão no queixo, exibindo um sorriso de dentes clareados e prontos para a corrida eleitoral. Segundo alguns, uma cópia da Times com Barack Obama. Mas há diferenças sérias na chamada de capa. Um aponta quem vai ganhar, outro sugere quem deve ganhar – ambos os casos na opinião do respectivo veículo, frise-se.

Mas melhor criticar lendo do que sem ler. Então, bora ler e comentar, parágrafo-a-parágrafo, a matéria de capa da semanal da editora Abril. Eu até queria ler o artigo de Dilma Rousseff anunciado sobre o cabeçalho, mas é restrito a assinantes.


Leia mais

segunda-feira, abril 19, 2010

Orelhadas de bar (3)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quatro da tarde. Sábado. Bar da Graça. Cinco elementos jogam baralho.

- Ô, Valdir, para de tomar conhaque! Vai passar mal.

- Vou nada, rapaz. Aqui é só fortaleza.


Alguém surge com um prato de esfihas, não se sabe de onde. Oferecem, mas declino. A dona do bar aparece com mais uma garrafa de Dreher. Eles alternam com cerveja.

- Sabe que uma vez tomei um porre desse negócio? Quase morri.

- Foi numa pescaria, não foi?

- Não, eu tava no sítio do meu tio. Bebi três garrafas desse conhaque e fiquei passando mal. Não conseguia botar pra fora.

- E aí? Foi parar no hospital?

- Não, eu fui tentar subir no cavalo e caí. Ele me deu um coice na barriga e eu despejei toda a bebida pra fora.


Risadas gerais. Passa um cachorro e jogam um resto de esfiha pra ele. Peço a conta.