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segunda-feira, outubro 06, 2014

Antipetismo crava dois terços do eleitorado em SP

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No início de junho, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o Datafolha soltou uma pesquisa que, talvez, tenha sido a mais "lúcida" (ou próxima da realidade) entre todas as que foram feitas na campanha eleitoral deste ano: dos três principais pré-candidatos à Presidência da República naquela ocasião (incluindo Eduardo Campos, que faleceria tragicamente em agosto), Dilma Rousseff era a que apresentava, disparada, a maior rejeição no estado de São Paulo: 61% dos eleitores paulistas entrevistados naquele período não votariam na petista “de jeito nenhum”.

Passados quatros meses, mesmo com a reviravolta que representou a saída de Campos e a entrada de Marina Silva na disputa, o resultado do 1º turno das eleições em terras paulistas registrou apenas 25,75% dos votos válidos para Dilma, o que significa, em outras palavras, que 74,25% não votaram nela. Ou, mais precisamente, que 69,38% dos eleitores locais preferiram votar nos dois principais concorrentes, se somarmos os votos válidos de Aécio Neves, do PSDB (44,47%), e de Marina, do PSB (24,91%). Assim, a rejeição à Dilma na casa dos 60% confirmou-se.

E esse percentual também foi espelhado, sintomaticamente, nas votações vitoriosas de dois caciques tucanos em São Paulo: José Serra, eleito senador com 58,49% dos votos válidos, e Geraldo Alckmin, reeleito governador com 57,31%. De forma simplória, portanto, podemos afirmar que o antipetismo, em território paulista, está cravado em quase dois terços do eleitorado. É significativo, pois, em 2010, Dilma teve 37% dos votos válidos no 1º turno, em São Paulo. E Aloizio Mercadante somou 35,2% como candidato a governador, contra os 18,2 de Alexandre Padilha, agora.

O que vai acontecer no 2º turno, na disputa presidencial, é difícil prever. Mas São Paulo, com 22,4% dos eleitores brasileiros, já se posta como principal trincheira do antipetismo. Muito mais, curiosamente, do que quando os paulistas Serra e Alckmin disputaram a presidência da República, em 2002, 2006 e 2010. Se Aécio perde para Dilma em seu estado, Minas Gerais, em São Paulo conta com uma adesão maciça, muito mais "explicável" pelo crescente e ostensivo antipetismo local do que pelo voto convicto num candidato tão pouco identificado com o estado.

Uma dúvida: se Alckmin tem a pretensão de se candidatar à presidência da República novamente, em 2018, será que ele está mesmo empenhado na vitória de Aécio Neves?


terça-feira, maio 17, 2011

PT vence com Marta ou Mercadante; perde com Haddad

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A 17 meses das eleições para prefeito em São Paulo, as especulações - e pesquisas - já começam a agitar os bastidores. A pedido do jornal Diário de S.Paulo, o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) ouviu 2 mil pessoas maiores de 16 anos e moradores da Capital, por telefone, entre os dias 11 e 12 de maio (com margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos). Em três cenários distintos, mas sempre com José Aníbal como candidato pelo PSDB, o PT aparece como líder nas intenções em dois deles, um com a senadora Marta Suplicy e outro com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Na terceira hipótese, o ministro da Educação, Fernando Haddad, perde para Aníbal.

Curioso é que, nos dois primeiros cenários, com Marta ou Mercadante disputando pelo PT (e liderando), o segundo colocado é o atual vereador Netinho de Paula (PCdoB), à frente de José Aníbal, que aparece em terceiro nas duas situações. E na terceira hipótese, em que Fernando Haddad é o candidato petista, Netinho aparece como líder nas intenções de voto, com Aníbal em segundo. Outros possíveis candidatos apresentados pela pesquisa Ipespe foram Guilherme Afif Domingos (possivelmente pelo futuro PSD) e Gabriel Chalita (PMDB). Não sei o motivo, mas Afif não foi apresentado no segundo cenário. Vamos aos resultados das três hipóteses de disputa pesquisadas:

CENÁRIO 1
1º - Marta Suplicy (PT) - 50%
2º - Netinho de Paula (PCdoB) - 13%
3º - José Aníbal (PSDB) - 7%
4º - Guilherme Afif Domingos (PSD) - 6%
5º - Gabriel Chalita (PMDB) - 5%
Nenhum desses - 16%
Não sabe/ não respondeu - 5%

CENÁRIO 2
1º - Aloizio Mercadante (PT) - 37%
2º - Netinho de Paula (PCdoB) - 16%
3º - José Aníbal (PSDB) - 8%
4º - Gabriel Chalita (PMDB) - 5%
Nenhum desses - 24%
Não sabe/ não respondeu - 9%

CENÁRIO 3
1º - Netinho de Paula (PCdoB) - 24%
2º - José Aníbal (PSDB) - 15%
3º - Gabriel Chalita (PMDB) - 9%
4º - Guilherme Afif Domingos (PSD) - 8%
5º - Fernando Haddad (PT) - 2%
Nenhum desses - 24%
Não sabe/ não respondeu - 9%

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Se fosse no Brasil, derrubaria ministro

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Deu no blog do Wikileaks no Brasil.

Em 2002, depois da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu era visto como "discreto", em contraposição ao "radical" Aloízio Mercadante.

Foto: Reprodução


A moderação e proporcional elogio ao então futuro ministro-chefe da Casa Civil tem virtualmente nenhum efeito prático. Mas se fosse no Brasil, era capaz de derrubar ministro. Qualquer denúncia ganha "fôlego" na imprensa se incluir o nome daquele que despertava os instintos mais primitivos em Roberto Jefferson e que é acusado de ser "chefe de quadrilha" no inquérito do Mensalão.

O mais curioso é que a sentença sobre quem seria quem na equipe de transição mostra que Dirceu se "safou" do veredicto da embaixada no Brasil. Em reunião com o subsecretário de estado americano Otto Reich, Mercadante explicava com eloquência a prioridade do Mercosul, quando foi interrompido por Dirceu lembrando que os acordos bilaterais também eram importantes.

Foto: Reprodução
Reich descreve Mercadante como radical e alguém que quer convencer os outros, com o dedo em riste em direção ao interlocutor. Dirceu se comportava como "o primeiro entre os iguais", em uma telegráfica referência à máxima de George Orwell em Revolução Animal – "Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros".

O terceiro membro da conversa, Antonio Palocci, que agora é futuro ministro da Casa Civil, é o dono de um canto de sereia voltado ao mercado.

Picuinha internacional
Em uma reunião de meia hora, impressões em telegramas. Mudou muito pouca coisa na relação entre os dois países. E agora todo mundo fica sabendo. Pena que não tinha espaço no telegrama para comentários sobre o bigode do Mercadante, o cacoete do Palocci e o erre puxado do Zé Dirceu.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Mais piada pronta

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Ontem à noite, durante o último debate entre a maioria dos candidatos à governador de São Paulo, transmitido ao vivo pela TV Globo, o petista Aloizio Mercadante, 2º colocado nas pesquisas, reforçou várias vezes que o tucano Geraldo Alckmin, 1º colocado, estava evitando confronto direto com ele e só fazia perguntas para os outros concorrentes. No último bloco, o apresentador Chico Pinheiro passou a palavra para Alckmin, que ensaiou uma resposta a Mercadante, mas o microfone falhou e o som sumiu. Depois de alguns segundos constrangedores, a transmissão saiu do ar, surgiu uma tela preta e, na emergência, entraram comerciais. Curiosamente, a primeira propaganda veiculada foi a de um DVD que destacava, em letras garrafais, a música TRISTEZA DO JECA...

quinta-feira, setembro 16, 2010

Boa notícia para o presidente manguaça

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Se o presidente vier a São Paulo nas eleições, pelo menos uma boa notícia está assegurada. No Estado, não haverá "lei seca", que impede a venda de bebidas alcoólicas do dia da votação.

Como tudo que é muito bom, vamos tomar cuidado (ops, só cuidado), porque a notícia saiu no caderno Poder da Falha de S.Paulo. De lá, desconfio até da data impressa.

Segundo o jornal, a decisão foi tomada em acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A venda de bebidas alcoólicas já havia sido liberada nas eleições de 2008 em São Paulo. A liberação aconteceu por uma decisão liminar feita a pedido da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Se for verdade, vamos esperar por uma segunda boa notícia. Que os ébrios deste Estado levem Mercadante ao segundo turno. Para daí comemorar (quer dizer, beber) moderadamente (rs).


quarta-feira, maio 26, 2010

Futebol do Santos merece incentivo da Lei Rouanet

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Entusiasmado com os seguidos espetáculos de seu time do coração, o santista (de clube e nascimento, como o camarada Glauco) e senador Aloizio Mercadante defende Ganso e Neymar na seleção e faz um proposta inusitada:

terça-feira, março 16, 2010

'- Que alívio...'

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Do twitter do senador Aloizio Mercadante:

Meu amigo Ricardo Kotscho veio me visitar depois da cirurgia. Perguntou: “- Você já tirou o apêndice?”. Eu respondi: “- Já”.

“- Você já tirou a vesícula?”, “- Já”. “- Você agora tirou um pedaço da próstata?”, “- Sim”.

“- Que alívio, ainda bem, você está nos deixando aos poucos...”, brincou Kotscho.

quinta-feira, março 11, 2010

Primeira Lei da Política

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Lendo no Valor Econômico sobre uma possível chapa com Aloizio Mercadante (PT) para governador paulista e Paulo Skaf (PSB) como vice, um amigo jornalista comentou sobre o que, para ele, é a Primeira Lei da Política:

- Nenhum amigo é tão amigo que não possa virar seu inimigo; e nenhum inimigo é tão inimigo que não possa virar seu amigo.

quinta-feira, março 04, 2010

Serra, saia da moita!

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O Estadão de hoje traz novo balão de ensaio sobre a sucessão paulista, na linha do "se não há novidade, a gente teoriza". Que a militância petista de São Paulo prefere como candidato ao governo do Estado o senador Aloizio Mercadante, em vez do deputado federal Ciro Gomes, não resta a menor dúvida. Que Marta Suplicy e seu grupo também torcem para que isso aconteça, para que a ex-prefeita aproveite a brecha e se candidate ao Senado, é outra verdade (os deputados federais do PT por São Paulo também engrossam o caldo, pois assim Marta não se candidataria à Câmara Federal e deixaria de dividir os votos deles). Da mesma forma, o presidente Lula e Dilma Rousseff já escancararam que Mercadante é a melhor opção caso Ciro bata o martelo de vez sobre não disputar o governo de São Paulo - o que ainda não fez.

Mas...e daí? A materinha do Estadão, que misteriosamente saiu de forma simultânea na edição de hoje do jornal gratuito Metrô News, não passa de uma costura de todas essas constatações embrulhada para o leitor como fato consumado. Mercadante (que se recupera de uma cirurgia feita na terça-feira) viajou com Lula para o Uruguai e o Chile e, contra as expectativas, nada foi acertado sobre a chapa do PT em São Paulo. Ficou naquela: o senador mantém a disposição de disputar sua reeleição (é líder nas pesquisas), Lula segue com um fio de esperança na capitulação de Ciro e todos continuam aguardando o (des)governador José Serra oficializar (ou não) sua candidatura à Presidência da República.

Tudo como d'antes. Serra encolhido quietinho na moita, matutando sobre o surpreendente empate técnico com Dilma nas pesquisas. E, na fila, Ciro aguarda sua decisão para saber o que fazer, Lula aguarda Ciro e Mercadante aguarda Lula. Fora disso, tudo é pastel de vento na mídia paulistana. Mas que o grupo da Marta trabalha bem nos bastidores, ah, isso trabalha...

quarta-feira, agosto 26, 2009

Suplicy mostra cartão vermelho para Sarney

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Desta vez não teve Bob Dylan, nem Racionais, nem Cat Stevens. O impagável senador Eduardo Suplicy (PT) apelou para o discurso futebolístico, afim de mostrar toda sua insatisfação com os rumos da política brasileira
Ele que já fez gol no Zidane, agora driblou a posição de seu partido, subiu na tribuna do Senado e sacou um enorme cartão vermelho, destinado para senador José Sarney (PMDB), que já não se encontrava mais no plenário. “Se há uma forma de o povo brasileiro compreender bem o que isso significa é nós falarmos a linguagem do esporte mais popular do Brasil. Ali (no Conselho de Ética) eu estava na função de juiz. Era o terceiro suplente e não chegou a minha vez de dizer o meu voto. Então, o que faz um juiz no campo de futebol para que todos entendam? Apresenta um cartão vermelho. Nessa altura, o melhor passo para a saúde do Senado e do próprio presidente Sarney é simbolizado neste cartão vermelho. Que ele deixe a presidência e possa permitir que o Senado volte aos seus trabalhos normais”, explicou Suplicy.
Em seguida, o senador bateu-boca com Heráclito Fortes (DEM), que saiu em defesa de Sarney. Heráclito também recebeu cartão vermelho de Suplicy. Já para Heráclito, o senador deveria mostrar o cartão ao presidente Lula, que por sua vez deu o cartão amarelo para o "irrevogável" líder do PT, Aloizio Mercadante.
A sessão, que era presidida pelo senador Mão Santa (PMDB), acabou ganhando a solicitação do próprio, pelo encerramento do bate-boca, afinal quem estava com o "apito era ele" e até "futebol tem fim".

Confira o vídeo e aproveite para participar do Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado.
Para ajudar ainda mais na inspiração, vale conferir o infográfico produzido pelo G1, com os melhores xingamentos no Senado.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

No butiquim da Política - Um olho na sardinha...

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CLÓVIS MESSIAS*

Como era de se esperar, o ano legislativo começou com a fisionomia de 2010, ano de eleição para a Presidência da República. Assim foram as aberturas nas Assembléias Legislativas, onde os trabalhos foram orientados para a montagem de palanques para o pleito maior. Um olho na sardinha e outro no gato. Foi assim a instalação da 3ª sessão legislativa por aqui.

O chefe da Casa Civil do Estado, Alyisio Nunes Ferreira, trouxe o plano de governo ao Palácio 9 de Julho. O presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), recebeu a peça e, momentos depois, suspendeu a sessão e se retirou. Uma hora depois, embarcou para o Chile em companhia do vice-governador, Alberto Goldman. O governador José Serra também viajou ao exterior.

Tudo seguiu o manual pré-estabelecido e o desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi (foto) assumiu o governo do Estado. A rapaziada do buteco ficou de olho nesta mexida dos legislativos estaduais, mas de ouvidos em Brasília, onde o quadro se compeltou. O PMDB, dono de tudo. Assim quis o presidente Lula.

A meta do plano de governo do Estado de São Paulo não foi analisada. As preocupações rotineiras com o social foram desprezadas, azar nosso. Lula está acima do bem e do mal. No momento, ele pavimenta uma rodovia para a sua sucessão - ou não. Espera-se no planalto que a ministra Dilma Rousseff venha a toda velocidade. Se houver acidentee de percurso, essa mesma estrada pode ser usada para uma reforma política.

Mas, se a carga estiver pesqada, o preço do "pedágio federal" poderá subir. Sem pestanejar, os tucanos agradecem e pagam. No meio da igualdade fisionômica partidária (tá tudo parecendo irmão gêmeo), o PT necessita de um carro-chefe, em São Paulo, para puxar votos de legenda. É a conclusão dos butequeiros. Aí entra a conclusão de um plastificado frequentador: "-Prestem atenção: todos estão incensando o administrador, ex-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia".

Alguém rebate: "-Marta Suplicy e Aloizio Mercadante estão em situação difícil no partido". Enquanto isso, Chinaglia tem feito reuniões com vários prefeitos de siglas diversas. Em Brasília, ele e o PT cumpriram o acordo, mas desejam de Lula uma contrapartida. Se em 30 dias não prosperarem os compromissos, haverá uma obstruação na pauta do legislativo federal.

Fica então a pergunta: "-Será que o Ministério de Assuntos Institucionais ou o da Saúde que caberá a Chinaglia?". Estes ingredientes todos, num copo, são tão interessantes quanto a loira gelada. Mas olhe bem a sardinha, que alguém vai olhar o gato...

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

terça-feira, dezembro 09, 2008

No butiquim da Política - O PT se agita

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CLÓVIS MESSIAS*

O buteco se agitou. Um de seus freqüentadores chegou animado, garantindo que haverá mudança no ministeriado do presidente Lula. Assim que terminou sua afirmativa, todos se voltaram ao "gole". Mas, como se sentisse desacreditado, o manguaça foi mais fundo: "-A disputa pelas eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados mudará as forças políticas do governo federal, precisando de um realinhamento". Arlindo Chinaglia (acima), presidente da Câmara dos Deputados, está ativíssimo, demonstrando habilidade e livre trânsito junto ao presidente Lula.

O realinhamento político, assim, é necessário. O parlamentar paulista, que deixará a presidência da Câmara, servirá como um ponto de equilíbrio com uma possível indicação a um ministério. O PT reivindica mais um posto para o partido e Chinaglia poderá ser seu ocupante. Os ministérios especulados são o da Articulação Política ou Saúde. Alguém até perguntou se o presidente Lula sabe disso. A resposta foi imediata: "-Sabe. E também sabe que o Chinaglia será candidato ao Senado com o Aloizio Mercadante, para compor a chapa. Assim, os dois pretentem levar as duas cadeiras para o partido".

Neste cenário, é possível perceber claramente que os petistas começam a se movimentar com a velocidade política que o momento exige. Ainda mais porque corre a notícia, nos setores moderados, da possível indicação do atual ministro da Educação, Fernando Haddad (ao lado), como candidato ao governo do Estado de São Paulo. Luiz Marinho, prefeito eleito de São Bernardo do Campo (SP), defensor da dinâmica partidária, também trabalha para a ampliação do leque de alianças. Diz ele: "-Se ficarmos debatendo prévias, fecharemos as portas para a vitória, como já aconteceu em eleições passadas".

Não sei se foi por falta ou por excesso da "loira gelada" que o fôlego acabou. Mas os freqüentadores do butiquim estão se recuperando para uma próxima rodada...


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Me esquerda que eu gosto! – Tiro no pé no ABC

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DIEGO SARTORATO*

Repercutiu na Folha, no Estado e no portal de notícias da Globo, entre outros: o lançamento do plano de governo do ex-ministro e atual candidato a prefeito Luiz Marinho, do PT (à esquerda), em São Bernardo, terminou com briga entre militantes e estudantes da Universidade Metodista. O evento ocorria no salão nobre da instituição, onde estavam presentes também a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o senador Aloizio Mercadante, ambos do PT.

A baixaria começou quando Mercadante falava sobre o desenvolvimento do país durante o governo Lula. Um grupo de estudantes de Filosofia – cerca de dez deles, capitaneados por Glauber Leite, 20 anos – resolveu interromper o discurso com gritos insistentes de "ladrão" e "mentiroso". Não precisa de muita criatividade para imaginar como a militância petista reagiu (havia mais de 500 pessoas para o ato): os alunos, em especial Leite, foram expulsos a empurrões e pontapés pela escadaria curva do salão de gala. No calor do momento, especulou-se que o aluno seria um infiltrado a mando de Orlando Morando, candidato tucano à Prefeitura de São Bernardo.

Embora o candidato da direita seja citado por rivais como adepto da prática de usar apoiadores para tumultuar reuniões alheias, não foi o caso. Leite já é apontado por três fontes do movimento sindical do ABC Paulista ouvidas por este jornalista como "cavalo de tróia" do PSTU, partido que está coligado com o PSol nas eleições de São Bernardo. Não seria, segundo essas fontes, sequer a primeira vez que ele provoca "os instintos mais primitivos" dos militantes do PT: há cerca de quatro anos, durante uma visita do então ministro da Fazenda Antônio Palocci ao Sindicato dos Metalúrgicos, o estudante teria protagonizado a mesma cena – e recebido o mesmo tratamento.

Nos comentários do artigo, Glauber Leite nega de forma veemente os fatos, alegando não pertencer a agremiações políticas e contestando o episódio de 2003.

Para completar, o tumulto envolvendo estudantes e militantes do PT "coincidiu" com o tiroteio envolvendo o candidato a vice de Morando em São Bernardo, Edinho Montemor (acima, à direita), do PSB.

Os episódios, com certeza, não vão puxar o gatilho da vitória de Aldo Santos (à esquerda), candidato da coligação PSol-PSTU, que tem apresentado resultados entre 0% e 2% nas pesquisas eleitorais da região. Talvez – e apenas talvez – propulsionem a candidatura do PSDB, que já comanda a cidade há quase 20 anos. A candidatura de Marinho é a primeira desde 1988 com condições reais de tirar a cidade das mãos da direita. A esquerda radical diz não ver diferença entre PT e PSDB, mas quem viveu neste país (e partircularment no ABC, como eu) nos últimos seis anos sabe que não é bem assim. E quem conhece o perfil de Morando sabe melhor ainda.

Pergunta que não quer - e não deve - calar: se for pra servir de bucha de canhão de um dos dois na disputa eleitoral (que o PSTU diz sequer reconhecer como legítima, aliás), a escolha natural não seria pelo outro lado?


*Diego Sartorato é jornalista, corintiano e bebe Zvonka. Filiou-se ao PCdoB, trabalha para o PT e simpatiza com o PCO. Às vezes, desconfia que não foi boa coisa "ser gauche na vida". "Mas é melhor que ser de direita", resume.