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quinta-feira, julho 15, 2010

Após seis décadas, 'Maracanazo' ainda sangra

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Amanhã serão completos 60 anos daquela fatídica e inesquecível partida entre Brasil e Uruguai, o chamado "Maracanazzo", em que nossa seleção, precisando de um mísero empate para conquistar sua primeira Copa do Mundo, em seu próprio país, saiu na frente do placar mas conseguiu levar uma virada improvável e calou 200 mil torcedores que assistiam in loco, assombrados, aquela tragédia futebolística. Aqui, ali e acolá , já falamos sobre o assunto. Mas a ferida não cicatriza e, como uma espécie de Vietnã para os Estados Unidos, aquela derrota nunca deixará de pertubar o sono dos fanáticos torcedores brasileiros. Nem dos uruguaios, que podem ter vibrado muito na época, mas, como uma espécie de maldição, nunca mais ganharam nada com a seleção celeste depois daquele feito histórico. Só neste ano ressurgiram com um surpreendente quarto lugar na Copa da África do Sul.

Muito já foi dito sobre o que aconteceu naquele 16 de julho de 1950 no gramado do Maracanã - e muito ainda será especulado. O melhor esforço de reportagem, até o momento, foi o livro "Dossiê 50 - Os Onze Jogadores Revelam Os Segredos Da Maior Tragedia Do Futebol Brasileiro" (Editora Objetiva, 2000), de Geneton Moraes Neto. Reproduzo abaixo alguns dos depoimentos colhidos pelo autor, e, na sequência, um vídeo sobre a Copa de 1950 e o "Maracanazo", sob a ótica uruguaia. Pra lamber as feridas...

"Ghiggia diz que só ele, o Papa e Frank Sinatra calaram o Maracanã. Eu também fiz o Brasil calar, fiz o Brasil chorar: não é só ele que tem esse privilégio não." - Barbosa, goleiro

"A cena já estava toda pronta, na minha imaginação. O jogo terminava. O Brasil, absoluto, ganhava fácil do Uruguai. A gente se perfilava no gramado, em frente à tribuna de honra do Maracanã. Depois de cantar o Hino, a gente veria chegar o velhinho Jules Rimet com taça na mão. Eu pegaria a da taça das mãos dele. Todo feliz, ergueria a taça lá para o alto." - Augusto, zagueiro

"Vim para o Rio para ser campeão do mundo. Voltei a São Paulo no chão do trem." - Bauer, meio-campo

"Como a Copa de 50 marcou a inauguração do Maracanã, a derrota do Brasil ficou gravada para a eternidade. O próprio time do Vasco, base da Seleção Brasileira, derrotou o Peñarol, base da Seleção Uruguaia, em Montevidéu, logo depois. Mas os uruguaios diziam: 'A gente não queria ganhar essa aqui em Montevidéu, não. Queríamos ganhar aquela, no Maracanã'." - Danilo, meio-campo

"Deve ter morrido gente de enfarte. Se o Brasil fosse campeão, morreria muito mais gente. O povo é exagerado. O Maracanã ia vir abaixo. Iam quebrar tudo nos bailes. O futebol é um fenômeno que ninguém explica. Futebol incomoda mais que problema de família…" - Bigode, lateral-esquerdo

"Fiz 1 x 0 na final da Copa. Ali nós já éramos deuses." - Friaça, atacante

"Meu sonho era assim: a gente ainda iria jogar contra o Uruguai. Aquilo que aconteceu era mentira." - Zizinho, atacante

"Sempre antes de dormir, eu pensava no gol que não fiz, aos 45 do segundo tempo. Eu sonhava assim: o Brasil com um time daqueles não ganhou a Copa do Mundo? A derrota é que tinha sido um sonho. Acordava espantado, olhava ao redor - e o Maracanã estava ali, na minha frente." - Jair Rosa Pinto, atacante

"Tive um pressentimento estranho. Quando o Brasil entrou em campo, a derrota já estava escrita." - Chico, ponta-esquerda

"Estava muito confiante ao entrar no gramado, senti uma forte vibração nas veias, olhei para os lados e a festa estava praticamente pronta. Só bastava fazer a nossa parte, e aí se deu o detalhe: quando a bola rolou, nem notei. Só percebi quando Jair me gritou: '-Acorda, Juva, agora é com a gente!'. Friaça fez o gol no início do segundo tempo e só caiu na real depois que o Uruguai empatou o jogo, aí ele voltou a si. Danilo Alvim chorava feito uma criança ainda no gramado. Ao vê-lo aos prantos, já nos vestiários, tive uma crise de choro também. Todos choraram, menos Chico. Foi uma barra terrível.", Juvenal, zagueiro




(Observação: Ao contrário do que dizem os uruguaios no vídeo, o Maracanã não recebeu 250 mil torcedores e o técnico brasileiro não era Feola, mas Flávio Costa)

O que Dunga deixa para 2014

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Uma das palavras mais recorrentes nas críticas sobre a atuação de Dunga à frente da seleção brasileira após a queda na África do Sul é “renovação”. No caso, a falta dela, por haver o treinador convocado um time envelhecido, com poucos jogadores com idade para serem aproveitados em 2014.

Olhando apenas para a questão etária, de fato, a coisa fica feia. Dos 23 convocados brasileiros para a Copa da África do Sul, apenas 4 terão 30 anos ou menos em 1º de junho de 2014 (os números entre parênteses sempre serão as idades com referência nessa data). Robinho (30), Thiago Silva (29), Ramires (27) e Nilmar (29) têm bola e condições para brigar por espaço na nova seleção que deverá surgir até lá.

Saiba a situação de Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai no Copa na Rede.

domingo, julho 11, 2010

Espanha é campeã do mundo de 2010. Fórlan é Bola de Ouro, Müller ganha artilharia e revelação

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Acabou-se a Copa do Mundo de 2010. A primeira realizada no continente africano. E a Espanha sagrou-se campeã, a oitava seleção a alcançar o feito após 19 mundiais.

Os comentários estão no Copa na Rede.


Espanha se livra da fama de amarelar e leva a Copa do Mundo

Espanha se livra da fama de amarelar e leva a Copa do Mundo

Espanhóis fazem 1 a 0 aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação e vencem a final mais violenta da história das Copas. País é o oitavo integrante do grupo dos campeões mundiais



Fórlan ganha Bola de Ouro da Copa

Fórlan ganha Bola de Ouro da Copa

Uruguaio é eleito melhor jogador do Mundial. Desde 1994, o melhor do torneio sempre disputou a final. Müller é a revelação





Por 3 a 2, Alemanha vence um valente Uruguai

Por 3 a 2, Alemanha vence um valente Uruguai

Germânicos garantem o terceiro lugar pela segunda Copa seguida. Bom jogo teve duas viradas no marcador

sexta-feira, julho 09, 2010

De Polvo Paul ao pé-frio de Mick Jagger: hora de ver quais videntes acertaram previsões

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Neste sábado, 10, tem decisão de terceiro e quarto entre Uruguai e Alemanha. Mas é hora de escolher o personagem da Copa. Esqueça Sneijder, Xavi e Fórlan, são outros os candidatos. E o Copa Na Rede ainda traz um balanço das previsões de místicos sobre o Mundial. Hora de ver quem acertou e quem errou.


Uruguai tem 3 reforços pelo 3º lugar

Uruguai tem 3 reforços pelo 3º lugar


futepoca 9 de julho de 2010
Lugano, Suárez e Fucile voltam na Celeste. Alemanha luta para repetir posição de 2006


Na guerra de cervejas, holandesa ergue a taça

Na guerra de cervejas, holandesa ergue a taça


nicolau 9 de julho de 201
Decisão tem incentivos criativos e o domínio da Heineken como patrocinadora de ambas as seleções

O esoterismo e a Copa na África

O esoterismo e a Copa na África


Glauco Faria 9 de julho de 2010
Feng shui explica derrota do Brasil e confira os místicos que acertaram os prognósticos para o Mundial de 2010

Vote no melhor da Copa

Vote no melhor da Copa


futepoca 8 de julho de 2010
O torcedor que tem opiniões sobre Sneijder, Xavi, Schweinsteiger ou Fórlan, pode guarda-las para si. É hora de falar do que realmente importa

quarta-feira, julho 07, 2010

Holanda e Espanha fazem final; pela primeira vez, europeu ganha fora de seu continente

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A Holanda venceu o Uruguai. A Espanha sufocou a Alemanha. Faltam dois jogos para a festa acabar.

Do Copa na Rede










terça-feira, julho 06, 2010

Parece que não, mas a Copa continua

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Se o Brasil tivesse vencido a Holanda, esta terça-feira, 6, o expediente terminaria mais cedo ou teria uma significativa e agradável interrupção para a maioria dos brasileiros. Não é o caso, porque nenhum patrão que se tem notícia em território nacional se comove com um apelo para assistir à Holanda e Uruguai.

A Copa continua. E a cobertura do Copa na Rede também.

segunda-feira, junho 21, 2010

Grupos A e B têm rodada de fogo amanhã

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A partir de agora, quase todo jogo define classificação ou posição na chave para as oitavas de final. Nesta terça-feira (22), começa a terceira e última rodada da fase de grupos da Copa. É a derradeira oportunidade para as seleções retranqueiras empatarem seus jogos, porque depois isso significaria prorrogação e, mantida a igualdade, disputa de pênaltis. Ninguém mais poderá pensar em perder.

São quatro partidas por dia. O torcedor gastou 11 dias para 32 jogos. Agora, em quatro, terá de acompanhar mais 16 partidas em quatro míseros dias. Dois jogos dividem cada um dos horários, primeiro às 11h, depois às 15h30 (horário de Brasília). Então, também não tem mais o horário do sono, às 8h30.
Para começo de conversa, os grupos A e B definem seus classificados. Com isso, ao final do dia, o mundo conhecerá duas das partidas disputadas em ritmo de mata-mata. México e Uruguai têm a possibilidade de promover um empate de compadres, o que eliminaria os anfitriões – mas não livraria o planeta das vuvuzelas.
Enquanto a Argentina está virtualmente classificada, Coreia do Sul só precisa vencer a Nigéria, que precisa de uma vitória sua e dos hermanos sobre os gregos.

França x África do Sul – Bloemfontein – 11h
México x Uruguai – Rustenburg – 11h


O Uruguai lidera o grupo com quatro pontos, com um gol a mais de saldo do que o México. Ambos se enfrentam na última rodada e basta um empate para acabar com as pretensões da França e da África do Sul.

Os anfitriões precisariam vencer os franceses por larga margem e torcer por uma goleada no outro jogo. E vice-versa. Enquanto "les Bleu" têm dois negativos de saldo, o time de Carlos Alberto Parreira tem três negativos. Já a Celeste Olímpica computa três positivos contra dois dos mexicanos.

Parreira, além da calculadora, ainda precisa se virar com as implicações da expulsão do goleiro Khune. Mais criticado que seu sucessor-antecessor Joel Santana, ele resolveu ainda mudar o esquema tático. Metade do time deve ser trocado: cinco alterações. A imprensa sul-africana considera que o brasileiro rachou os Bafana Bafana ao privilegiar parte do elenco.

Parece que já ouvi essa história antes. Em outra equipe.

Se a África do Sul não se classificar, será a primeira vez que o anfitrião cai na primeira fase. Em todas as outras edições, o país-sede levou sua seleção pelo menos até a segunda fase. Parreira que está em sua sexta Copa, mantém a sina de nunca ter vencido uma partida sequer no comando de uma seleção de outro país. Ou ele quebra um tabu, ou é quebrado pelo outro.

Quem acha que no confronto do continente americano vai ter amizade esquece-se de um detalhe. O perdedor provavelmente pega a Argentina, o que convém evitar. O técnico Oscar Tabaréz promete não jogar com o regulamento debaixo do braço, mas fazer sua parte. Eu ouvi retranca?


Pra saber o que vai acontecer no Grupo B amanhã, só no Copa na Rede.

quarta-feira, junho 16, 2010

Primeira zebra do Mundial, o Chile de Bielsa e a Copa na ocupação

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Direto do Copa na Rede:


Copa na ocupação da reitoria de USP: vermelhos até no futebol

O jogo do Brasil contra a Coreia rachou o movimento grevista na USP. Mas só na torcida, porque parte dos ativistas optaram por torcer contra o escrete de Dunga.
 
 
 
 
Antero Greco: seleção parece esconder o jogo

Antero Greco: seleção parece esconder o jogo

O jornalista Antero Greco não considera o magro 2 a 1 sobre a Coreia do Norte uma tragédia. Mas tampouco foi uma apresentação convincente.
Tem História - Espanha X Suíça – amarelão contra a retranca

Tem História – Espanha X Suíça – amarelão contra a retranca

Espanha chega favorita como nunca. Quer evitar que, como sempre, seja desclassificado. A Suíça quer recuperar o tempo em que era relevante no futebol.

terça-feira, junho 15, 2010

Abre da rodada – Espanha vai a campo, anfitriões estão de volta

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Quarta-feira (16) encerra primeira rodada dos grupos e já começa a segunda. Chile de El Loco Bielsa pega a inexpressiva Honduras para acabar com trauma de 48 anos sem vitória. Favoritos espanhois tentam provar que podem ir bem em mundiais.

E a primeira rodada dos grupos acaba nesta quarta-feira (16). A média de gols e da qualidade do futebol apresentado está bem abaixo de outros mundiais. Desenha-se uma candidato a pior Copa da história, rivalizando com a de 1990 e a de 2006 – mas muita água e outro tanto de polêmica precisam correr para se formar convicção sobre isso.

A favorita dos apostadores e uma das maiores promessas de bom futebol vai a campo. A Fúria venceu a Eurocopa de seleções em 2008 e tem um time muito mais equilibrado do que em edições anteriores. Mas tem de conviver com a tradição de amarelar na competição. A Espanha enfrenta a Suíça.

Quem abre os trabalhos do dia é o jogo entre Honduras e Chile, pelo mesmo Grupo G. Os chilenos não vencem em copas desde as quartas-de-final da Copa de 1962, quando sediaram a competição. Os sul-africanos encerram o dia contra o Uruguai, pelo Grupo A, em que só se empatou até agora.

Os comentários jogo a jogo, só mesmo no Copa na Rede

sexta-feira, junho 11, 2010

Em jogo fraco, Uruguai e França não saem do zero

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Uruguai e França ficaram em um 0 a 0 que mostra bem o que as duas equipes vieram fazer na Copa do Mundo. Ambos iniciaram a partida com dois esquemas táticos distintos que, no jargão dos entendidos, se “encaixavam”. A França com três atacantes, Govou pela direita, Anelka pelo meio e Ribery pela esquerda. Já o Uruguai entrou com três zagueiros e somente Suarez à frente, com seu companheiro de ataque, Diego Forlán, recuando para compor o meio.

Foto: Mike Hutchings/Reuters
Com constantes trocas de passes no meio de campo, os franceses chegaram com mais perigo durante toda a primeira etapa. A maior oportunidade veio logo aos 6, quando Ribery cruzou pela esquerda uma bola rasteira que Govou jogou pra fora. Aos 18, Gourcuff cobrou falta direto para o gol, mesmo quase em ângulo. Muslera espalmou e cedeu escanteio para os franceses.

Tentado ligações diretas da intermediária para a frente quase o tempo todo, o Uruguai teve sua a única chance com Diego Forlán, aos 16, em um corte seco em Abidal que o goleiro Lloris espalmou. E a partida, fraca em termos técnicos, seguiu com os uruguaios em busca de contra-ataques e os franceses com dificuldade para romper o bloqueio hermano. O jogo pedia mais movimentação e inteligência, artigos raros na partida.


Mas aí... aí só no Copa na Rede.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Lugano sãopaulino, palmeirense e corintiano

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Ao chegar no caixa da padaria para pagar o pastel de vento, eis que vejo umas embalagens de chocolate com distintivos de futebol. Daí, a surpresa: o fabricante se chama Chocolate Lugano Ltda, de Gramado, Rio Grande do Sul. Como o estado faz fronteira com o Uruguai, não é descabido supor que a família que batiza o negócio possa ter ligação com a de Diego Lugano, ex-zagueiro do São Paulo. Lugano nasceu em Canelones, no país vizinho, e joga atualmente no Fenerbahçe, da Turquia. Confiram aí a descoberta (não sei se existe chocolate com o símbolo do Santos ou se estava em falta na padoca):

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lançamento de Tricolor Celeste hoje em São Paulo

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Provavelmente muitos são-paulinos estavam assistindo ao jogo Uruguai e Costa Rica ontem, que decidiu o último classificado para a Copa do Mundo de 2010. Muitos torcendo pela Celeste por uma única razão: Diego Lugano, o "zagueiro do presidente" que se tornou um dos maiores ídolos da torcida tricolor e conquistou o Mundial de 2005 pelo clube do Morumbi.

Os mais velhos, porém, vão lembrar de outros motivos para torcer pelo Uruguai. Pablo Forlán, Pedro Rocha e Darío Pereira também marcaram época e conquistaram a admiração até mesmo de torcedores rivais. E é a história desses quatro ídolos que Luís Augusto Símon, o Menon, conta no livro Tricolor Celeste. Ali é possível saber quem ensinou Lugano a arregalar os olhos e porque Darío Pereyra demorou a se adaptar no Brasil. O lançamento acontece hoje, em São Paulo, no Bar Boleiros, às 19 horas. Fica na rua Mourato Coelho, 1194, na Vila Madalena. Vale a pena pra todo fã de futebol, não apenas os tricolores.    

terça-feira, outubro 13, 2009

Uruguai e Equador são Brasil nas eliminatórias

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Nesta quarta-feira, 14, uma combinação de resultados pode tirar a Argentina da Copa do Mundo. Basta Uruguai e Equador vencerem suas partidas que os hermanos podem cancelar suas passagens para a África do Sul e guardar o passaporte.

Depois de vencer o Peru com ajuda da arbitragem – gol impedido nos acréscimos – a seleção comandada por Diego Armando Maradona precisa vencer em Montevidéu para garantir a vaga. Se empatar, tem que torcer contra um milagre operado pelo Equador contra o Chile em Santiago que compensasse os quatro gols a menos de saldo que o país de Rafael Correa tem em relação à Argentina, já que haveria empate em número de pontos.

Agora, se a Argentina perder do Uruguai e o Equador vencer o Chile, adeus Argentina na Copa.

Então, o Futepoca, pela pilhéria, pela chacota e pela troça, adere à campanha do Blablagol:

De repente é aquela corrente pra frente



Vai Uruguai! Vai Equador!

domingo, junho 07, 2009

Brasil 4 X 0 Uruguai - ¿Cómo Lula, no éramos amigos?

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O leitor pode achar o Futepoca um blogue ranzina, e terá certa razão. É um mau resultado da seleção que pouco tempo depois se estampa nesse espaço um texto clamando Fora Dunga . Mas, quando se conquista uma vitória histórica, nada...

Ontem o 4 a 0 contra o Uruguai, em pleno Centenário , foi a maior derrota sofrida pela Celeste em seu estádio, mas poderia até ter sido pior se fosse marcado um pênalti em Luís Fabiano no primeiro tempo e se o mesmo não tivesse sido expulso de forma injusta. O Brasil teve menos posse de bola, mas não foi dominado pelo Uruguai em qualquer momento, ainda que tenha sofrido certa pressão quando estava com um menos. O time canarinho foi objetivo e mortal na saída rápida de bola e na movimentação na frente. Da partida, algumas notas.



Defesa - Júlio César, de novo, quando exigido, compareceu. A dupla de xaga também passa segurança. O problema começa nas laterais. Daniel Alves apoia bem e defende razoavelmente, mas Kléber Chicletinho, pela esquerda, é uma lástima. Ontem, as chegadas mais perigosas do Uruguai eram pelo seu lado e seu apoio ao ataque foi pífio. Seu reserva, André Santos, também não é exatamente inspirador. Vivemos uma crise de laterais esquerdos brasileiros?

Volantes - alguém com mais mobilidade que Gilberto Silva faria muito, mas muito bem. Felipe Melo fez até bem a saída de bola ontem, e marcou ainda melhor: foi responsável por quase metade das roubadas de bola do time (6 de 14), mas poderia apoiar mais o ataque. Por ora, é uma aposta de Dunga que vem dando certo.

Meias e atacantes - Elano é hoje peça fundamental no esquema de Dunga. Faz a cobertura no lado direito, chega bem ao ataque (ontem deu uma assistência e fez o cruzamento para um gol), dificultando bastante as descidas adversárias por aquele lado. Kaká e Robinho jogaram abaixo do que se espera deles, ainda assim o "abaixo" deles é suficiente.

Já Luís Fabiano marcou, se posicionou muito bem, e mostra que em um esquema armado como o de Dunga, que exige velocidade e movimentação constante na frente, é quase inviável que jogue um atacante mais pesado, do estilo Ronaldo atual ou Adriano. Sem dúvida é sua a vaga de titular.

Em suma: Dunga vai ser o treinador em 2010, algo cada vez mais evidente. Melhorando a saída de bola com um volante menos cascudo que Gilberto Silva, qualificando mais a marcação e a ligação com o ataque, e com uma lateral esquerdo mais confiável, a seleção pode fazer uma boa figura na África do Sul.

*****

Mesmo com o resultado, os uruguaios não perderam o bom humor, ainda que alguns considerem esta a "derrota mais humilhante da sua história". O jornal La Reppública perguntou, abaixo dos dizeres "Tristeza não tem fim: 4 a 0", perguntou: ¿Cómo Lula, no éramos amigos?, em referência a uma declaração recente do presidente brasileiro. Lula, que já foi responsabilizado por derrotas da seleção  e também por vitórias , não comentou a manchete.

sábado, junho 06, 2009

Memórias do Estádio Centenário

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Museu do Futebol e Estádio Centenário, agora em maio.

Fotos: Frédi Vasconcelos






















O Brasil joga hoje contra o Uruguai, no Estádio Centenário, quase 59 anos depois do Maracanazzo, a derrota na final da Copa do Mundo, em pleno Maracanã, que marca até hoje a história do futebol. E marca, principalmente, os uruguaios, que consideram o segundo gol daquela partida, de Ghiggia, o gol do século.

Estive a trabalho em Montevidéu em maio, e como não poderia deixar de ser, visitei o museu do futebol, que existe no Estádio Centenário. Esta final de 50 tem direito a três painéis enormes, ocupando quase uma parede inteira cada um, com o gol do Brasil e os dois da Celeste. Sem contar a foto do herói Obdulio Varella e a réplica da taça Jules Rimet.

E uma das características dos uruguaios é se apegar muito a esse passado. Quando você se identifica como brasileiro, é muito bem tratado, mas sempre há um riso no canto da boca. Logo depois estão falando de futebol e da fatídica (para nós) final. Quando respondi que depois disso ganhamos um "pouquinho" mais que eles, meu interlocutor respondeu de primeira. "Não interessa, ganhamos do Brasil e da Argentina, e isso é que importa".

A referência aos vizinhos argentinos é em relação à primeira Copa, em 1930, em que os uruguaios ganharam a final dos hermanos, no proprio estádio Centenário, construído para o evento. Aliás, ao conversar com os uruguaios, eles, como o Zagallo, dizem que são tetra, pois contam os dois mundiais mais as duas Olímpiadas que conquistaram antes da existência da Copa do Mundo, o que deu a eles até hoje o título de Celeste Olímpica.

Agora, vamos ver o que acontece no jogo desta tarde.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Ghigghia tirou duas vezes o título de 50 do Brasil

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Pesquisando para fazer o post em homenagem à morte de Friaça, descobri uma informação que, com certeza, poucos aficcionados por futebol conhecem. A campanha do Brasil na Copa de 1950 foi tão espetacular (até a decisão, 5 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 21 gols pró e só 4 contra), com goleadas de 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 sobre a Espanha, que todos sabem que o time só precisava de um empate com o Uruguai para ficar com o título. Mas um fato esquecido - e absolutamente fantástico - é que o trágico jogo de 16 de julho, o "Maracanazo" que nos tirou o título, poderia nem ter sido disputado.

Nossa seleção poderia ter levantado o troféu no dia 13, quando ensacolou os espanhóis com a torcida cantando "Touradas de Madri", do compositor João de Barro, no Maracanã. Para isso, bastava que Suécia e Uruguai empatassem no Pacaembu, em São Paulo. A partida, que foi disputada simultaneamente à do Rio, ficou em 2 a 2 até os 40 minutos do segundo tempo. Mais 5 minutinhos e o Brasil seria campeão antecipado. Mas eis que, nesse momento, o camisa 7 Alcides Ghigghia disparou na lateral direita, invadiu a área e fez 3 a 2, levando o Uruguai à final.

E o mais curioso é que seu gol foi praticamente idêntico ao que faria na decisão, aos 34 minutos da etapa final (fotos acima), selando a vitória de nossos adversários. Dizem que, naquele momento, o idealizador da Copa do Mundo, Jules Rimet, já havia saído de seu camarote, no Maracanã, para atravessar o túnel no subsolo a tempo de entregar a taça para os brasileiros assim que o juiz desse o apito final. Quando partiu, o clima era de festa, com fogos e gritos, pois o placar de 1 a 1 nos garantia o título. Só que, ao subir para o gramado, Rimet não entendeu nada: os uruguaios pulavam e 200 mil brasileiros observavam em silêncio. Ele não viu o gol de Ghigghia.

Pois esse episódio esquecido, de que o Brasil já poderia ter sido campeão contra a Espanha, evitando a partida contra o Uruguai, reforça a devida importância do camisa 7 naquela conquista. Por muito tempo, o falecido capitão Obdulio Varela (à direita, levantando Ghigghia após a vitória) foi apontado como principal figura da decisão, pois teria empurrado sua seleção à virada com berros e pressão nos companheiros. Mas os gols decisivos contra a Suécia e Brasil apontam mesmo Ghigghia como o grande herói uruguaio. O ex-jogador tem hoje 82 anos e vive em Montevidéu. Em 2006, o governo de seu país lançou um selo comemorativo com seu rosto e a frase "Ghigghia nos hizo llorar" ("Ghigghia nos fez chorar"). É, os brasileiros também choraram...

Naquele mesmo ano, o uruguaio recebeu o prêmio "Golden Foot", um molde de ouro de seu pé direito, em cerimônia celebrada em Monte Carlo, na França. Para construir uma casa para sua atual esposa, que tem 35 anos, Ghiggia leiloou esse troféu em julho do ano passado. Quem arrematou foi o Banco de la República Oriental del Uruguay, único participante do leilão, por cerca de 510 mil pesos (R$ 41 mil). "Por sorte não tenho apertos econômicos, mas ter um troféu tão valioso em minha casa é perigoso e quero deixar algo para a minha esposa, que é muito jovem", afirmou Ghiggia, na ocasião. De fato, um craque dentro e fora do campo.


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quarta-feira, julho 30, 2008

Há 78 anos, o o Uruguai se tornava o primeiro campeão mundial

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Era um dia 30 de julho como hoje quando a seleção uruguaia de futebol tornou-se a primeira a conquistar uma Copa do Mundo. A vitória por 4 a 2 contra a Argentina consagrava um time que já vinha de dois importantes triunfos: a conquista do ouro nas Olimpíadas de Paris, em 1924, e de Amsterdã, em 1928, o que lhe valeu a alcunha de “Celeste Olímpica”.

A escolha do país como sede causou controvérsias entre Europa e América do Sul. O então presidente da Fifa, Jules Rimet, entendia que a Copa de 1930 deveria ser disputada no continente americano, uma forma de descentralizar a atenção do esporte no continente europeu, que vivia uma aguda crise econômica à época. Mas os países do Velho Mundo não gostaram nada da idéia e Itália, Hungria, Holanda, Espanha e Suécia boicotaram o Mundial. A justificativa das federações, segundo a Fifa, era de que os jogadores europeus ficariam por muito tempo ausentes de seus clubes, já que a realização do torneio no Uruguai implicava uma longa viagem de navio. Até hoje os uruguaios contestam a versão, dizendo que ofereceram todas as condições, inclusive o pagamento de despesas de transporte e estadia, comprometendo-se inclusive a compensar economicamente os clubes europeus pela ausência dos atletas. Mas não adiantou.

Para garantir que todas as seleções participariam da Copa, o sorteio de grupos só foi realizado quando os times estavam em solo uruguaio. Foram 13 participantes, divididos em quatro grupos (três de três e um de quatro equipes). O Brasil caiu no Grupo B, onde foi derrotado pela Iugoslávia por 2 a 1 e superou a Bolívia por 4 a 0. A seleção era formada quase totalmente por jogadores cariocas, já que a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) não concordou com o fato da comissão nomeada para fazer a convocação, não contasse com nenhum paulista, o que resultou em um boicote bandeirante. O único paulista foi Araken Patusca, que brigou com o Santos para ir à Copa.

O Uruguai caiu no Grupo C, derrotando o Peru, por 1 a 0, e a Romênia, por 4 a 0. De cada grupo, saía apenas o primeiro colocado e nas semifinais a Celeste pegou a Iugoslávia, aplicando uma sonora goleada por 6 a 1. Curiosamente, placar idêntico à da outra semi, onde a Argentina superou os EUA.

Dentre os participantes, o mito José Nasazzi foi eleito o craque da Copa. Campeão nas Olimpíadas de 1924 e 1928 , foi capitão da seleção entre 1923 e 1936, além de ter vencido quatro Copas América, em 1923, 1924, 1926 e 1935. Em 1931, veio ao Brasil em uma excursão com o Bella Vista, base do escrete do país, mas um certo Alvinegro Praiano não o recebeu muito bem. Mas essa é outra história... Para conferir, veja aqui.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Eu e a torcida adversária

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Tania Lima, amiga de Carminha, eminência parda desse blogue, foi pela primeira vez a um estádio de futebol no jogo da seleção contra o Uruguai. Mas ficou na torcida celeste... Abaixo, o texto dela, feito para o Futepoca, que conta como foi.


Ontem foi minha estréia. Passada a injustificada aversão pelo futebol, que gradativamente foi perdendo força no decorrer dos últimos cinco anos, vi-me, de corpo e espírito presentes, no estádio do Morumbi. Em tempo: já via-me, na noite que antecedeu a partida, misturada à turba de torcedores vestidos de verde-amarelo. Mas o ingresso que caiu-me às mãos, físico, palpável, legível e com indicação de setor e assento, no dia da partida, colocava-me junto à torcida adversária! Não é como estar avizinhada, ou ter no entorno etc., é exata e especificamente estar imiscuída!

Pouco dada a eventos que reúnam multidões, e por consequência não familiarizada com o ambiente, embora a partida tivesse seu início marcado para as 21h45, antecipei-me, e às 18h em ponto disse aos colegas de trabalho: me estoy yendo. E fui. Andei errante entre um e outro portão de acesso até ver-me instalada cerquita a los hermanos. Iniciado o espetáculo, os uruguaios, em intervalos, entoavam entusiasmados: “Soy, celeste, soy celeste, soy celeste, celeste, soy, soy !!!” Havia uma lista de alternativas para o “celeste” do refrão, que eu não conseguia decifrar, por mais que disponibilizasse os dois ouvidos, dúvida que após uma consulta, no intervalo, a um uruguaio, muy guapo, ficou esclarecida, deixando claro a relação do celeste do refrão com a cor da camisa da seleção uruguaia. A ignorância decididamente aprisiona, e é lindo o azul do céu que nos cobre a todos.

Não ponho resistência ao que se configura previsível, e como costumeiramente acontece, emocionei-me com o hino nacional brasileiro, e desafinada, inclusive porque no peito dessa desafinada indubitavelmente bate um coração brasileiro, cantei solitária, altiva e orgulhosa de meu hino que é, dentre todas e muitas belezas, uma primazia em música e verso.

Há num estádio de futebol, com algo aproximado a 80 mil pessoas presentes, uma energia reinante, sob o efeito da qual nos sentimos inebriados e, sem qualquer autonomia, somos movidos por sentimentos e sensações que oscilam e se intercalam entre o desalento e a euforia, ao sabor de qualquer passe incerto ou drible magistral. Seguramente a aversão passada se transformou ontem em paixão.



quarta-feira, novembro 21, 2007

Vitória que envergonha

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Duvido que alguém consiga negar que o Uruguai jogou melhor pelo menos 80 minutos da partida. Duvido que alguém ache que sem as defesas do Julio César a gente não teria levado uma goleada. Duvido que haja algum maluco que não veja que sem os milagres do Luiz Fabiano a gente teria perdido. Alguém achou essa vitória justa?

O.k. goleiro está lá para defender, atacante para fazer gols. Mas dá vergonha quando uma seleção brasileira joga encolhida como time pequeno e não acerta nenhum passe dentro de casa e com os ditos melhores jogadores do mundo.

Pois desafio qualquer São Paulino a achar uma jogada certa do Kaká durante toda a partida. Desafio qualquer admirador do Gilberto e do Mineiro (se os há) a achar um passe que eles tenham acertado. Desafio até mesmo a maioria santista deste blog a achar alguma jogada digna do talento do Robinho nesta noite. Ronaldinho também foi mal, mas era o único que ainda tentava correr e foi substituído quando o Brasil empatava dentro de casa com o Uruguai por um volante. Medo do Dunga de perder?

Pode ter até algum maluco ache que ele acertou a marcação com a entrada do Josué. O ex-volante São Paulino até entrou bem, mas pela comparação com Gilberto Silva e Mineiro, que nada fizeram de útil.

Dunga hoje para mim mostrou um lado que não conhecia. Acho que não entende de tática, não sabe arrumar o time etc. Mas a surpresa foi descobrir que ele é medroso. Não tirou o Kaká provavelmente porque estava em São Paulo. Pôs um volante para segurar o empate.

O.k. ganhou o jogo. Mas pelo menos eu não tenho nada a comemorar.

Homenagem só para Júlio César e Luiz Fabiano. Vocês mereceram. Os outros deviam ter vergonha do que fizeram em campo. Sorte que não consegui ingresso para ver essa partidinha. Já pensou gastar R$ 100 (podia ser R$ 300, dependendo do cambista) e ainda ter de aturar os Vips globais e orquestra tocando hino no início da partida só para a Globo se promover com essa seleçãozinha.

Afe, pelo menos vou dormir feliz, não gastei meu dinheiro.