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domingo, fevereiro 07, 2010

Fantástico culpa o lixo pelas enchentes e sobra até para catador

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Como era de se esperar, o Fantástico saiu em defesa do Zé Alagão, quer dizer, do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

São 72 mortes devido as chuvas em SP, em 43 dias, e nenhuma delas é citada na matéria deste domingo. Aliás, nenhuma responsabilização governamental, nenhuma menção aos nomes de Serra e do prefeito Kassab (DEM), ao relatório do Inpe, alertado sobre o alto nível das represas de São Paulo. Enfim nada que seja realmente plausível.

Então a culpa é de quem? Como já sabemos, para o Serra é da natureza; já para o Fantástico, é do lixo que as pessoas jogam nas ruas. São cinco minutos e 12 segundos de cenas dos amontoados de lixos, flagrados pelas lentes globais, assim como também aparecem os verdadeiros "culpados pelas enchentes": os trabalhadores, como a vendedora Maria de Fátima Moura, filmada ao colocar o lixo fora da loja em horário inapropriado. Ou o catador de material reciclável que surge nas telas remexendo no lixo enquanto a equipe de jornalismo da Globo informa:“olha a sujeira que este catador de lixo faz”. E sobrou até para os garis, que também foram “flagrados”, recolhendo o lixo, mas colocando de volta nas ruas, dentro do saco plástico, à espera do caminhão.

De fato, "isso é fantastico".

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Sutil diferença

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Ontem fiz um post sobre o José Serra (PSDB) que gerou certa discordância entre leitores nos comentários, mas, pra não perder o costume, volto a cutucar a casca da mesma ferida - as enchentes em São Paulo e a incompetência tucana. Hoje, na página A8 da (aargh!) Folha de S.Paulo, uma foto-legenda de pé de página, com uma imagem do (des)governador paulista sendo entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, diz o seguinte:

José Serra surgiu no "JN" instruindo que "quem estiver numa moradia que vai desabar tem que sair dela, para um abrigo da prefeitura, uma casa de parentes ou aproveitando a bolsa ou o auxílio moradia para alugar uma casa". Na manchete do portal G1, também da Globo, naquele momento, "Lula dá quase R$ 1 bi a atingidos por catástrofes no Brasil e Haiti"

Pois é, José. Sorte sua que deve ter uma "casa de parentes" pra ir...

Desabamento provocado pela chuva no centro de Embu (SP)

sexta-feira, agosto 07, 2009

Governo pede calendário europeu para segurar atletas no Brasil

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Deu na Agência Brasil. Em 30 dias, uma proposta de calendário para o futebol brasileiro será apresentada. A intenção é aproximá-lo do cronograma europeu para reduzir o risco de os melhores jogadores deixarem o país no meio do campeonato, quando está aberta a janela de transferências – períodos em que os clubes do Velho Continente podem registrar novos jogadores.

Roosewelt Pinheiro/ABr
Em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o da Confederação Brasileira d Futebol (CBF) Ricardo Teixeira e o ministro dos Esportes Orlando Silva (foto), também se definiu que virão propostas para aperfeiçoar a gestão dos clubes e reduzir o endividamento.

Qualquer mudança exigiria um período de transição e não seria para 2010. Segundo o Terra, Lula teria voltado a "reclamar da venda de jogadores do Corinthians para o exterior". Incorrigível que é, continua a misturar política com futebol.

A comparação foi com uma lei de responsabilidade fiscal para os clubes. A legislação citada limita gastos com folha de pagamento e estabelece punição para administradores públicos que gastarem mais do que arrecadarem. É difícil imaginar isso aplicado a clubes com força de lei, já que os estatutos deveriam prever a boa gestão.

"Há dívidas trabalhistas, fiscais e bancárias enormes. É preciso reestruturar essas questões de modo a dar eficiência ao futebol”, resumiu Orlando Silva.

Os salários milionários de jogadores foram apontados como um dos vilões, mas como reduzi-los significaria facilitar a debandada de craques – mesmo os de segunda linha –, a solução seria por outro lado, na visão do ministro.

Lula ainda teria pedido para a CBF liberar a Copa América de 2015 para o Chile, a pedidos da presidente Michelle Bachelet.

Já pensou?
No site da CBF, nenhuma informação sobre o encontro está disponível. Segundo O Globo, Orlando Silva vai tentar aproximar Teixeira do Clube dos 13 para criar o projeto de desenvolvimento do futebol.

Outra interessada emitiu nota. "A TV Globo é contra a mudança no calendário do futebol brasileiro por considerar que não traz qualquer benefício aos clubes ou aos campeonatos disputados no país, além de descaracterizar a temporada brasileira, que termina nas férias de verão, como na Europa."

Ouvi "nada muda"?

sábado, julho 11, 2009

O Gordo como líder (não só de audiência)

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O Corinthians anda tão comentado, mas tão comentado, que parece que qualquer coisa que se diga a seu respeito já foi dito antes. Essa síndrome de tard venus (os que chegaram tarde demais), para usar uma expressão cara a Nietzsche, acaba nos condenando, a nós corintianos, às simples manifestações emotivas, seja na derrota (sai zica, já passou!), seja nas vitórias que agora se acumulam. Gritar "é campeão!" é sempre original, sempre único, sempre a primeira vez, não importa quantos milhões façam o mesmo, nunca é uma repetição de um gesto, é sim a refundação de um mito.

Mas, tirando esses momentos, parece difícil dizer algo que valha a pena em meio a tamanha saturação de informações. Resta-nos, talvez, a contra-informação, ou a contra-opinião, contra-análise. Quer dizer, dar um passo atrás, e gastar algum tempo observando a apressada circulação de um falatório sem fim, ressalvadas as dignas exceções. E a presença de Ronaldo agrava terrivelmente o quadro. Pois aí, além de tudo, tem a Globo rasgando elogios independente do que o Gordo faça.

Quando o Gordo de fato se mostra genial, aí haja paciência, como no último jogo contra o Fluminense. É tamanho bombardeio que nem dá vontade de comentar. O único que consegue dividir um pouco dos elogios é o Felipe. Afinal, são os dois que fazem milagre no Corinthians. Todo o restante, que é resultado de um excelente trabalho coletivo, com a liderança de Mano Menezes, um trabalho com foco, aparentemente sem (muita) ingerência da diretoria, passa como um detalhe ofuscado pelo principal: o Corinthians tem Ronaldo.

A parte isso, o que queria apontar é que parece que Ronaldo está mesmo querendo assumir o papel de líder do time. Isso significa que, além de falar mais besteira para a imprensa (há um custo a se pagar...), ele começa a chamar para si a responsabilidade não só na hora do gol, mas na condução do time durante o campeonato. A situação é interessante. Que eu me lembre, Ronaldo, mesmo na época em que foi eleito melhor jogador do mundo, nunca chegou a ser o líder natural de qualquer equipe. Nunca se cogitou dar a ele uma faixa de capitão. Sempre houve um Dunga, um Zidane ou um Rivaldo como referência de respeito em campo. Ronaldo sempre teve a verve de "fenômeno" mesmo, o moleque que irrompe com o inesperado, mas nunca foi visto como um homem, com maturidade para ser referência de estabilidade no time. Ronaldo começou a se equilibrar melhor com sua pança, e voltou a fazer jogadas geniais. Mas também está mais tranquilo na condição de cervejeiro, mais bem resolvido com seu "jeito de ser" (por assim dizer). Agora é observar a evolução dele no novo posto de cabeça da equipe.



De cara, ele acertou ao pedir ao time, logo depois da consquista do Tri da Copa do Brasil, que mantivesse a seriedade mas que jogasse "com mais alegria". E o que me impressiona é sua sensibilidade para aquilo que realmente falta hoje ao Corinthians. Caracterizado como um time "frio", o Timão joga com uma estabilidade impressionante – irritante para os adversários, não tenho dúvida –, mas falta vibração. E o que é o Timão sem vibração? Há aí um ganho, sem dúvida, que pode ser importante para fazer uma boa campanha no Brasileiro. O Corinthians é o time acostumado com os altos e baixos, com as decisões dramáticas, mesmo quando pareciam fáceis, com o estigma de que para nós "sempre é mais difícil". Se agora o time parece pender para o outro extremo, seus jogadores têm cara de Corinthians, e então é preciso dialeticamente encontrar um novo molho, com "tranquilidade e alegria", como quer Ronaldo, ou com uma inusitada síntese de "frieza e vibração". Isso sim dá jogo, e do bom.

Corinthians contra o povão

Será que os braços dados entre diretoria (que não paga ingresso) e torcidas organizadas (que não pagam ingresso) vão bastar para manter os ingressos absurdamente caros, tirando o sangue do torcedor comum e mantendo estádios sempre meio vazios? Por que será que a Globo transmitiu para São Paulo um jogo do Corinthians em pleno Pacaembu, quando estava acontecendo simultaneamente uma final de Libertadores? Mais gente em casa e Ronaldo em campo não seria uma situação ideal para certos interesses?

Resumindo, minha questão: o Corinthians vai ser o primeiro time brasileiro a expulsar o povão dos estádios, tal como aconteceu em outros países? Como a Inglaterra, mas lá as organizadas (violentas) também dançaram...

terça-feira, junho 23, 2009

Armações do amor

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Não sou dos mais cinéfilos. Comédia romântica, então, tá longe de ser dos meus gêneros favoritos. Por causa disso, jamais havia ouvido falar de Armações do amor, filme estrelado por Mattew McConaughey e Sarah Jessica Parker. Segundo a sinopse, a película conta a história de um homem de 35 anos que não quer sair da casa dos pais, e estes contratam uma moça que luta para convencê-lo do contrário. Certo, certo.

Por que falo sobre isso? Porque esse filme será exibido pela TV Globo para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro às 21h30 dessa quarta-feira. No horário tradicional do futebol. Quando Grêmio e Cruzeiro jogarão pelas semifinais da Libertadores.

Não quero aqui iniciar aqueles intermináveis debates sobre se a Globo (ou outras emissoras de grande porte) dão menos bola para o futebol dos outros estados e só valorizam o que venha do "eixo do mal". Quero, agora, discutir outra coisa: será mesmo que os públicos paulista e carioca não gostariam de ver um importante jogo como esse unicamente porque não há uma equipe desses estados em campo? Será que os telespectadores, tão habituados com o futebol naquele horário do dia, receberão bem o tal Armações do Amor amanhã?

Curioso é pensar que a Globo é uma empresa de ponta e, portanto, não costuma dar pontos sem nó. Se está optando por isso, acredito eu que tenha recebido algum retorno de pesquisas prévias.


De qualquer modo, não me desce. Principalmente se lembrarmos que a Libertadores é exclusividade global - ou seja, o duelo entre gaúchos e mineiros não poderá ser exibido pela Bandeirantes, ficando, portanto, de fora da TV aberta amanhã.

Com isso acaba não havendo outra alternativa senão recorrer aos sites que transmitem jogos pela internet... e, se alguém por acaso assistir a Armações do Amor e gostar, me dá um toque. Pode ser que eu venha a alugar o filme para vê-lo algum dia. Mas, pô, amanhã não!

quinta-feira, março 12, 2009

A Globo ama o Ronaldo

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Dizem por aí que a imprensa é corintiana. Eu sempre achei que isso só procede no quesito "excesso de pautas", porque acham que tudo o que tem a ver com o Corinthians vende. Então inventam crises que não existem, geram e ampliam outras crises, programam jogos que talvez não merecessem ir à TV. Mas minha impressão de torcedor é que gostam mais de falar mal do que bem do Timão. Ao contrário do que acontece com o São Paulo, de quem a mídia gosta de falar bem.

A chegada de Ronaldo inaugura uma nova fase, como já apontaram aqui no Futepoca e muita gente internet afora. Começou por um inusitado e insistente interesse pelo banco de reservas e – inovação – a narração esportiva do que acontece no banco. "Ronaldo sorri", "Ronaldo reclama, não concordou com a marcação do juiz", "Ronaldo está muito atento no jogo" e todas essas coisas que o Brasil tanto quer saber.

Agora que ele entrou em campo... O "carinho" que a Globo dedica ao Ronaldo é todo especial. Ontem, Palmeiras e Ituano na telinha, empate que ficou barato aos reservas do Palestra, Ronaldo se infiltrava na transmissão a cada 5 minutos e a fala do Cleber Machado se enchia de afeto. "Olha só esse lance do Ronaldo", "Ele parece que está bem, será que ele fica 60 minutos?".

Ainda no primeiro tempo, Ronaldo perdeu um gol na cara, fez até aquela careta, puxando os cantos da boca e mostrando a dentadura, como quem diz "olha a merda que eu fiz". Cleber, de sua tribuna, não foi tão duro como queria o atacante: "É, essa aí, olha, dá até pra dizer que ele perdeu". Mas o carinho pelo craque é tamanho, mas tamanho, que começa a contaminar a relação com o clube como um todo. Em seguida, numa sequência de boas defesas do Felipe, o narrador nem se abalou: "Olha só, deram algum trabalho ao goleiro Felipe" – parecia que nada podia de fato ameaçar o Corinthians, afinal, tem em sua linha o ungido, o abençoado, ou ainda o "guerreiro", como querem alguns.

Mas Felipe alterna grandes defesas com grandes falhas, e o São Caetano chegou ao gol numa saída um tanto quanto bizonha do arqueiro. Na narração, o São Caetano chegou "neutramente" ao gol numa bola cruzada. Mas quem se interessa? O que importa é o drible que o Ronaldo vai dar daqui a pouco, e os muitos gols que ele vai fazer nessa goleada certa. Ou então, se esse bravo guerreiro vai suportar ficar ali no jogo, se vai atuar por 60, 70, 73, 87, ou 90 minutos. A cada momento, queremos muito saber se o Ronaldo demonstra cansaço, se aparenta sentir-se bem, se está feliz, se não tem nada doendo...

Agora, pra pôr o link aí embaixo, que eu tirei do Globo.com, não são os melhores momentos do jogo, mas o gol e outros lances do Ronaldo.



Se ao contratar o Fenômeno, Andrés Sanches pensou no marketing, acertou. O Corinthians é agora notícia no mundo, pelos pés do atacante.

E acertou também pelo futebol, porque o cara é craque mesmo. Enquanto durar o joelho, vai fazer muitos gols para orgulhar a Fiel Torcida.

E pra Globo já é um dos maiores eventos da história do Corinthians. There's only one Ronaldo!

quarta-feira, dezembro 17, 2008

É a lama!

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Um amigo meu viu isso esta semana no Bom Dia Brasil, da Globo, e me deixou curioso. Daí, pesquisei e achei: em Macapá, capital do Amapá, o pessoal inventou o fut-lama (futebol na lama). À margem direita do Rio Amazonas, a maré determina quando haverá jogo ou não. "É o rio que determina o horário. A gente tem que se guiar na tabela, na quadra das marés. A gente vai calculando duas, ou três horas antes da vazante da maré para não perder o ponto de jogo", explicou ao telejornal o organizador do fut-lama, Olivaldo Nunes, que comanda uma competição municipal com nada menos que 240 clubes masculinos e femininos. Quando o Rio Amazonas recua, em poucos minutos eles armam o campo de futebol. E quando o rio retorna, eles desarmam as traves e tudo mais, para não poluir a natureza.

sexta-feira, novembro 07, 2008

"Se vai pintar a casa, tem de contratar pintor"

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A surreal participação de Vanderlei Luxemburgo como comentarista de um jogo na última quarta-feira da própria equipe que treina, o Palmeiras, pela Copa Sul-Americana, mereceu um comentário irônico do técnico do São Paulo, Muricy Ramalho (foto): "Ele foi mal pra caramba, ele é técnico de futebol. Quando você vai pintar uma casa, tem de contratar pintor e não se meter". Questionado sobre o que faria se também fosse convidado a comentar jogo pela Rede Globo, Muricy declinou: "Não tenho essa facilidade que vocês têm de comentar um jogo e também não gostaria de fazer, até é difícil de eu ir a programa de TV. Para comentar, eu não iria". No final, ainda reprovou a atitude de Luxemburgo de não acompanhar a equipe até a Argentina, mesmo estando suspenso e dando lugar ao seu auxiliar Nei Pandolfo. "Seria difícil de eu deixar de ir, mas cada um é cada um".

quinta-feira, novembro 06, 2008

Quem paga Luxemburgo, o Palmeiras ou a Globo?

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A participação de Vanderlei Luxemburgo como comentarista no jogo de ontem, da Rede Globo, foi desses eventos inacreditáveis que passam como se fosse algo normal. Mas não é. Ou não deveria ser.

O desrespeito foi duplo. Primeiro em relação ao Palmeiras. Se um treinador não viaja até a Argentina e manda seu auxiliar, entende-se que ele fará observações sobre os atletas reservas que estão em campo, além de passar orientações a seu assistente pelo celular. Pra isso, exige-se, obviamente, que o técnico esteja compenetrado em tal tarefa, certo? E o cidadão aparece em uma transmissão televisiva, exercendo outra função que não aquela pela qual ele é pago. Algo pouco “profissional”, para utilizar uma palavra bem gasta pelo comandante.

Não sei até onde vai a paciência do torcedor palmeirense, mas é estranho ver tão poucas manifestações a respeito do cidadão que alimenta tudo aquilo que os palestrinos criticam. Afinal, não foi a mídia que disse que Hernanes é o único craque do Brasil, que deu uma bronca pública em Marcos elogiando Rogério Ceni ou que argumentou em prol do Tricolor, dizendo que o clube não foi beneficiado por arbitragem. Luxa é técnico do Palmeiras ou do São Paulo?

A segunda parte do desrespeito é o reconhecimento tácito da Globo de que jornalismo esportivo não é com ela. Tem ótimos profissionais, mas prefere fazer shows e trazer uma “estrela”. Ou qual o critério jornalístico para trazer um “comentarista” que analisa o próprio time? Isenção? Imparcialidade? Só circo, e tudo feito da forma mais laudatória e babona possível. Como a tal emissora vai ter moral pra criticar Dunga ou dizer que ele é paranóico depois de tal evento? E se Luxa for treinador da seleção, será que a emissora terá privilégios?

A esquizofrenia era tal que no intervalo Luxemburgo soltou: “se eu fosse técnico do Palmeiras...”. Fora isso, ainda "sugeriu" no ar a entrada de Lenny que, magicamente, acabou entrando um miuto após o "comentário". Depois não sabem porque poucos levam futebol a sério nas bandas de cá.

quarta-feira, junho 25, 2008

Sobre Corinthians, Bragantino, Felipe e Rede Globo

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O Corinthians entra em campo hoje contra o Bragantino pela Série B do Brasileiro. E se a liderança continua folgada, o empate com a Ponte Preta lembrou aos corintianos que existem adversários no campeonato.

O time da terra da lingüiça não cumpre campanha muito abonadora nesse começo de campeonato, estando em 15º lugar, com 8 pontos em sete jogos. Mas pela tradição, o Braga pode ser um dos incômodos na escalada mosqueteira de volta à elite do futebol.

No Corinthians, não jogam Fabinho, que cumpre suspensão, Alessandro, machucado, e Felipe, afastado por Mano Menezes. Nas respectivas posições entram Nilton, Carlos Aberto e Júlio César. Das trocas, a dos volantes complica um pouco mais, pois Fabinho tem mais condições de sair jogando e ajudar a organizar o meio-campo que o voluntarioso Nilton.

Mas é a troca dos goleiros que chama a atenção. Felipe nunca foi gênio ou melhor goleiro do Brasil, como diziam um tempo atrás. Recentemente, cometeu algumas falhas e tomou alguns gols que, se não chegam a ser erros, poderiam ser evitados, ainda mais para um goleiro da estatura da expectativa criada em torno dele.

O fato é que após a derrota para o Sport, Mano Menezes começou um processo de fritura do arqueiro, bem como do menos comentado Wellington Saci. Hoje leio na Folha de S. Paulo que “Felipe dificilmente voltará a vestir a camisa do clube, que espera negociá-lo”.

Eu não acho que um erro, por mais grave que seja, seja o suficiente para rifar um jogador. Felipe é bom goleiro, mesmo que não venha a se tornar o gênio cantado – inclusive, e talvez principalmente, por seus agentes – ano passado. Wellington Saci teve pouquíssimas chances de jogar, mas é bem jovem e pareceu um cara habilidoso, que poderia render alguma coisa.

Afastar os dois do elenco, o goleiro com a justificativa de “falta de comprometimento nos treinos” e o lateral sem mais explicações, é uma bela estratégia de venda, não? Parece o discurso do governo FHC na época das privatizações: a empresa é uma merda, não dá lucro, está inchada, por isso vamos vender. Desvaloriza ao máximo seu produto.

Eu discordo da fritura dos dois jogadores, que o próprio técnico isentou de culpa após o jogo contra o Sport. Tomara que consigam vender bem o Felipe, porque o Saci provavelmente fica encostado até sair de graça.

Mas Júlio César, que não tem nada a ver com isso, vem cumprindo excelente papel, inclusive pegando pênalti contra a Ponte (o que mostra que o jogo não foi fácil). Seja quem for, que continue resolvendo.

TV

Um dado interessante sobre o jogo do Timão é que ele acontece hoje, quarta-feira, enquanto os jogos da Série B sempre ocorrem às terças e sábados para não competir com a divisão principal. Outro dado, complementar, é que ele vai passar na televisão em São Paulo, mesmo com o Fluminense jogando a final da Libertadores no mesmo horário.

O jogo do alvinegro estava previsto para p sábado, mas a mudança foi feita a pedido (sic) da rede Globo. Por mais que eu goste de tripudiar falando da grandeza do Corinthians e coisa e tal, numa análise fria, o fato é bastante ridículo.

Frase

"As leis são como as teias de aranha ; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo."

A frase, que recebi por e-mail, é atribuída a Anacarsis, que, segundo a Wikipédia, foi um príncipe e filósofo escita (povo do sudeste da atual Rússia), que viveu por volta de 600 a.C. Triste pela atualidade.

quinta-feira, março 13, 2008

Notas sobre a Rede Globo

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1. Assisti ao (horroroso) Corinthians 1 x 0 Rio Preto. Se o tal Big Brother já me causava nojo desde sempre, foi com perplexidade vomitiva que vi o intervalo da partida, o Cléber Machado entrevistando aquelas criaturas do "BBB", desprovidas de cérebro, enquanto qualquer amante do futebol queria ver apenas futebol. O investimento da Globo nesse programa pernicioso, assistido com um tesão decrépito por muitas pessoas, é nojento. Segundo o Houaiss, nojento é o "que provoca nojo, repugnância; asqueroso, repulsivo".

2. O horário do futebol na quarta-feira global é excludente. Outro dia um amigo meu, corintiano, veio me dizer que o Santos "comprou" o horário do Sportv, já que os jogos do Peixe são sempre transmitidos pelo canal a cabo do sistema Globo, o próprio (ou a própria?) Sportv. Ora, e qual foi a última partida do Peixe transmitida pelo canal aberto dos Marinho? Foi Santos 0 x 0 Palmeiras, dia 20/01. Um jogo que nem entra na conta do Santos, mas na do Palmeiras. Quer dizer, o Santos não tem mais vez na TV aberta. A torcida do Santos, que, se está de bem com o time, lota o Pacaembu num jogo contra o Juventus, lota o Morumbi num jogo de Libertadores, e divide o Morumbi com a Fiel numa decisão Santos x Corinthians, não tem vez na Globo. Em vez de ficar protestando contra Émerson Leão, que deveria ser apoiado, a torcida do Santos deveria ser mais política e protestar contra o que realmente tem a ver. O povão santista que não tem TV a cabo simplesmente não vê o Santos jogar.

3. Não se vê mais comentário sobre futebol. Temos que agüentar um tipo como Arnaldo César Coelho falar interminavelmente sobre arbitragem, como se o futebol se resumisse a erros e acertos de árbitros. É, repito, nojento. E, se você põe na Band, fica difícil. Entre Globo e Band, é uma escolha entre o profissionalismo escroto e o amadorismo mentecapto.

terça-feira, julho 03, 2007

Mais do mesmo

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As bobagens do Galvão Bueno não chegam a ser novidade (nem aqui nesse blog). Mas espantam porque, por incrível que pareça, ele consegue sempre se superar. Cinco exemplos das transmissões da Copa América:

- Essa eu tive a sensação da bola entrando.
- No México, sai Castro e entra Castro. Isso é legal!!
- No Brasil, o pessoal usa apelido. O Mineiro, por exemplo, é gaúcho.
- Gilberto erra mais um. É o típico passe de quem ainda não se acostumou com a grama.
- O Afonso é um atacante que tem a função de fazer gol.