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terça-feira, outubro 06, 2015

Uma verdadeira casa de noca

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Chico Lang: falou pouco, mas falou bonito
Domingo, parei por um instante no "Mesa Redonda", da TV Gazeta, ao ver que ali estava o treinador Emerson Leão, sumido há algum tempo em seu "ano sabático" (ou melhor, três anos sabáticos...). Falavam, naquele momento, sobre o São Paulo. E, pela primeira vez na vida, ouvi o Chico Lang dizer alguma coisa absolutamente inegável e verdadeira (os grifos são meus):

- Quem é Juan Carlos Osorio pra mandar o São Paulo esperar até quarta-feira pra dizer se vai ou fica? Quem é maior: o São Paulo Futebol Clube ou ele? Se o cara não garante que vai ficar, então a diretoria tem que mandar embora no ato, não tem que esperar nada. Como dizia a minha avó, quem muito se abaixa fica com o bumbum de fora! O São Paulo, hoje, é uma casa de noca!

Justo, exato, preciso, irretocável. Segundo o "dicionário inFormal", "Casa de noca" é "uma casa que todos mandam, não tem dono, nem governança; é uma casa bagunçada". Desde a nefasta gestão de Juvenal Juvêncio que o São Paulo perdeu qualquer senso de direção, de controle, de tudo. A - absurda - notícia de hoje confirma (os grifos são meus):


Ataíde e Aidar: 'Ao vencedor, as bananas'

Ataíde Gil Guerreiro não é mais o vice de futebol do São Paulo. Ele está fora do clube desde a manhã desta terça-feira. Por mensagem de celular, o presidente Carlos Miguel Aidar confirmou ao ESPN.com.br que o agora ex-dirigente foi exonerado do cargo. Ainda não se sabe qual é a versão oficial, se foi o vice quem pediu demissão ou se foi Aidar que mandou Ataíde embora. A informação que circula neste momento é que Aidar chegou cedo ao Morumbi nesta terça, e que neste exato momento Ataíde está reunido com a comissão técnica para informar sua saída.

Na manhã de segunda, o vice de futebol e o presidente do São Paulo se estranharam em reunião no Hotel Radisson, no Itaim, e foram às vias de fato. Ataíde acertou Aidar com um soco em determinado momento da discussão. O presidente foi ao chão e viu o vice ser contido por funcionários do hotel. Hóspedes acompanharam tudo. O São Paulo deve divulgar uma nota oficial no decorrer do dia.
 


Inacreditável. Nem vou classificar isso como "várzea", pois seria gratuitamente ofensivo - e injusto - com os times que jogam na várzea. É outra coisa. É pau. É pedra. É o fim do caminho. É o fim da picada. Percebo, neste momento, que o corintiano Chico Lang foi até (muito) comedido, sutil e respeitador em sua manifestação indignada no "Mesa Redonda". O buraco é muito, muito, muito mais embaixo. Muito!

Osorio tem toda razão em fugir pro México
Não espanta que o São Paulo esteja há sete anos sem ganhar título que preste. Que tenha brigado com Corinthians e Palmeiras e perdido a renda dos jogos que ambos não mandam mais no Morumbi. Que tenha se isolado brigando com a Federação Paulista e implodido o Clube dos 13, perdendo fatia considerável da grana da TV Globo. Que tenha perdido promessas da base, como Oscar, que entraram na Justiça para fugir do clube. Que o Morumbi tenha ficado fora da Copa de 2014. Que a reforma do estádio não tenha saído do papel (e nem há perspectiva). Que, por isso mesmo, a arrecadação no Morumbi tenha caído para um terço do que era há três anos. Que o clube esteja há mais de um ano sem patrocínio master (e nem há perspectiva). Que atrase salários e direitos de imagens, priorizando uns em detrimento de outros quando tenta acertar as dívidas. Que venda jogadores na baciada pra tentar saldar um rombo estratosférico. Que o clube do Kaká entre na Justiça pra cobrar o que o São Paulo combinou mas não pagou. Que o Tricolor não tenha pago o acertado na compra do lateral Bruno - e que deva dinheiro a ex-jogadores. Que o São Paulo esteja envolvido na denúncia de uma suspeita transação investigada pela CBF. Que o diretor de futebol justifique seus atos espinafrando publicamente o treinador e um dos atletas que saíram. Que o treinador declare, também publicamente, que não confia na diretoria e abandone o time para ir ao México. Que, por fim, o já citado diretor de futebol derrube o presidente com um soco e seja demitido.

Torcedores do Botafogo e do Vasco devem observar e pensar: "Conheço esse filme". E eu, sinceramente, tenho muito medo de ver as "cenas dos próximos capítulos"...


sexta-feira, outubro 02, 2015

Intrigante: será que o PMDB tem algo a ver com isso?

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P.s.: O camarada Nivaldo, que encontrou essa pérola (clique aqui para ver a notícia), comentou: "É genial os caras usarem esse título, explica melhor que qualquer coisa a ZONA que é esse partido". Eu atalhei: "E a ZONA que é o jornalismo".


quarta-feira, setembro 09, 2015

Tudo certo como 2 e 2 são 5

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Mês e meio atrás, num post (leia aqui), dei uma geral no noticiário sobre o São Paulo Futebol Clube. Só bomba: a diretoria renegociava contratos para tentar diminuir o rombo financeiro, a Justiça penhorava parte da grana recebida pela venda do volante Souza pra pagar uma dívida de 13 anos, o único reforço trazido até ali estava na reserva do mexicano Toluca e o time do Kaká cobrava R$ 14 milhões do Tricolor na Justiça. Pois bem, agora, neste início de semana, repasso a vista pelos site de esportes e leio o seguinte:







Pois é. Como escreveu Caetano e cantou Gal, "tudo vai mal, TUDO!"...



sexta-feira, julho 31, 2015

'Crise' ou 'bonança' no noticiário econômico depende do preço

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Já tô com os pacová cheio dessa conversinha sobre "crise econômica" no Brasil, principalmente depois de viajar a Portugal e testemunhar hordas e hordas de milhares, quiçá milhões, de brasileiros passeando, comendo e bebendo do bom e do melhor e gastando "os tubos", sem limite ou preocupação com o dia de amanhã. Vários portugueses e espanhóis comentaram, de forma agradecida (e sem que eu perguntasse nada), que somos nós que estamos salvando a economia deles. Um amigo que trabalha com emissão de passagens aéreas diz que, todo dia, na primeira hora de expediente, seus colegas fazem mutirão para dar conta da demanda. Conheço dezenas de pessoas (inclusive familiares) que, nos últimos meses, trocaram de carro (para modelos caríssimos), compraram imóvel ou fizeram viagem ao exterior. Fora os (altos e permanentes) gastos com cães e gatos, salões de beleza, roupas caras, almoçar e jantar fora, cervejas importadas, comidas gourmet, academias de ginástica etc etc etc. Quanto mais os supermercados aumentam os preços, mais eles gastam; e quanto mais eles gastam, mais aumentam os preços. Realmente, essa "crise" até a Grécia quer... Mas eu sei, a onda é "fora, Dilma", "morra, Lula", "petrolão", "crise", "inflação", bla-bla-bla-blá. Se deu no Jornal Nacional ou na Veja, é "fato". Será?

Em 16 de maio do ano passado, o camarada D.Sartorato alertou em uma rede social: "O alvo agora é o Brasil, e já está rolando com toda força o festival de más notícias na mídia internacional (na nossa aqui não precisa nem comentar, nada mudou), com o objetivo de criar receio entre os investidores internacionais (...) A Petrobras já está na mira dos parasitas". E agora, 14 meses depois, leio notícia do Portal Fórum sobre desenvestimento na Petrobras por pressão internacional... Mas voltando lá atrás, em 22/05/2014, sob o comentário "começou a baixaria", Sartorato fazia novo post na rede social com a seguinte nota do blog de Fábio Alves, do caderno "Economia & Negócios", do Estadão: "Dólar sobe se Dilma vencer e cai se ela perder, diz consultoria". "A palavra-chave dessa história é confiança e o mercado financeiro hoje não tem mais confiança na presidente", opinava ao jornal Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências - ou, mais apropriadamente, TENDENCIOSA, pois sempre esteve alinhada ao PSDB (veja aqui, aqui, aqui e mais aqui).

Pois bem: lendo o interessante "1929 - Quebra da Bolsa de Nova York, a história real do que viveram um dos eventos mais impactantes do século", de Ivan Sant'Anna (Editora Objetiva, 2014), cheguei à conclusão de que o autor batizou o capítulo 19 de "Espertos e otários" referindo-se, exata e respectivamente, aos meios de comunicação e aos leitores. Antes, no capítulo 5, Sant'Anna explica que, nos negócios na Bolsa, grandes especuladores se unem para fazer pools de compra de ações, enganando todo mundo e lucrando horrores. Explica ele (e o grifo é meu): "Poderíamos definir como 'puxadas', vários corretores se reuniam, adquiriam grandes lotes de determinado papel e começavam a espalhar notícias favoráveis a respeito dele, inclusive subornando jornalistas. Isso atraía levas de compradores gananciosos, em busca de um lucro fácil. Os preços então subiam e os integrantes do pool se desfaziam de maneira ordenada de seus títulos, deixando para a manada de investidores que vinha atrás o prejuízo quando sobreviesse a inevitável baixa, numa espécie de jogo das cadeiras". Manada de investidores = manada de leitores crédulos.

Voltando ao capítulo 19, o autor do livro narra uma dessas maracutaias, digo, um desses pools feito em março de 1929, às vésperas da quebra da Bolsa de Nova York, para "alavancar" ações da RCA, e detalha: "Restava (...) aos puxadores o mais difícil em qualquer pool: vender seus papéis para uma nova onda de compradores. (...) Tal mágica só era possível porque Michael Meehan, Tom Bragg, Ben Smith e seus parceiros [do pool] tinham a seu soldo uma equipe de jornalistas conceituados. Conceituados aos olhos do público, que era o que interessava". A seguir, lista alguns jornalistas da época que escreviam para os "otários": Richard Edmondson, do Wall Street Journal; William Gomber, do Financial America; Charles Murphy, do New York Evening Mail; J. F. Lowther, do New York Herald Tribune; William White, do New York Evening Post e W. F. Walmsley, do The New York Times. Segundo Sant'Anna, todos eles "aceitavam suborno para divulgar notícias falsas a respeito da empresa que os participantes de pools queriam puxar ou derrubar".

O livro conta que "as notícias foram tão exageradas que em 13 de março, graças a um artigo do Wall Street Journal, a [ação da] RCA fechou a 94 dólares" e que em 16 de março o valor subiu para 109 dólares, quando, "embora ninguém soubesse, a não ser seus integrantes, o pool se livrou de suas últimas ações". Restou aos "otários" que acreditaram nos jornais arcar com o rombo em 23 de março, quando o preço da mesma ação da RCA despencou para 87 dólares. E os "espertos" faturaram alto: "O lucro líquido do pool concebido por Michael Meehan foi de 4.924.078,68,00 de dólares", diz o livro. Mas Ivan Sant'Anna lembra-se de uma honrosa exceção na classe jornalística, Alexander Noyes, editor financeiro do The New York Times, que "continuava convicto de que a alta da Bolsa se aproximava do fim e o dizia abertamente em seus comentários no jornal". "Derrotista é o que ele é. O jornal deveria despedi-lo", acusavam seus detratores. Algo como destacar aspectos econômicos favoráveis do governo Dilma (aos assalariados ou aos mais pobres, por exemplo) em meio à tormenta - o que pode render não só bate-boca como violência física, hoje em dia, no Brasil.


quarta-feira, julho 22, 2015

É o que tem pra hoje

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Notícias "alvissareiras" do São Paulo Futebol Clube:





Como diria o camarada De Faria...



segunda-feira, abril 06, 2015

Muricy não completará 500 jogos como técnico do SPFC

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Desânimo: para Muricy, já deu a hora
A derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto marcou o 474º jogo de Muricy Ramalho como treinador do São Paulo, em sua terceira passagem pelo clube (segundo levantamento divulgado pela TV Bandeirantes). Restariam, portanto, 58 jogos para igualar Vicente Feola, o recordista, que treinou a equipe 532 vezes. Mas isso dificilmente vai ocorrer. Aliás, nem perto dos 500 jogos Muricy deverá chegar, mesmo tendo contrato até dezembro deste ano. Depois da entrevista que o desanimado, desolado e irreversivelmente abatido treinador concedeu após a derrota de ontem, parece claro que seus dias - ou melhor, jogos - estão contados no São Paulo: "A gente se sente envergonhado (...) Já estou bem arrebentado com minha saúde, não aguento mais" (leia clicando aqui). Esse "não aguento mais" parece um desabafo de milhões de sãopaulinos que escapou pela garganta de Muricy, involuntariamente. E eu estou entre aqueles que nem colocam a culpa nele, pois o buraco é (muito) mais embaixo. Mas seu prazo de validade, sem dúvida, já expirou.

Se der a lógica futebolística, o Red Bull eliminará o São Paulo nas quartas-de-final do Paulistão, no próximo fim de semana. O time de Campinas vem embalado e, recentemente, derrotou o Palmeiras e empatou com o Corinthians - rivais que superaram o Tricolor sem fazer muito esforço. E a polêmica sobre jogar ou não no Morumbi nem faz diferença, pois ano passado a eliminação no estadual, para o Penapolense, ocorreu justamente diante da própria torcida. Na Libertadores, tendo que decidir a "vida" contra o Corinthians, melhor nem falar nada... O problema nem é esse. Tirando o exercício de "palpitologia", o que me faz visualizar a guilhotina caindo sobre o São Paulo e, consequentemente, sobre Muricy, é a "falta de tudo" no time da capital. Falta de esquema tático, de padrão de jogo, de entrosamento, de jogadas ensaiadas, de sistema defensivo, de saída de bola, de laterais, de armadores, de atacantes, de líderes, de finalizações objetivas, de técnica, de ânimo, de garra. Falta de tudo, mesmo. Este início de temporada está perigosamente semelhante ao de 2013, quando o clube afundou em crise aguda e quase foi rebaixado no Brasileirão.

Juvenal levou clube ao fundo do poço
Naquela época, Muricy retornou e, inegavelmente, foi quem salvou o São Paulo da degola. Porém, aquele alívio imediato camuflou um mau sinal: técnico que começa a ser chamado pra salvar time de rebaixamento raramente retorna ao patamar dos que brigam por título. Pior: não dá pra brigar por título, a curto prazo, em um clube totalmente desestruturado, que precisa recomeçar do zero. O fundo do poço onde o São Paulo chegou em 2013, resultado da gestão desastrosa de Juvenal Juvêncio, foi um aviso aos sãopaulinos mais conscientes de que ainda vai levar muito tempo para a equipe voltar a brigar de igual pra igual com os grandes. Essa conversa fiada da diretoria de "melhor elenco do Brasil" e de que há "obrigação de ganhar título" é, mais do que delírio e prepotência, um grande engodo. É má fé. Coitado de quem acredita nisso. Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro são dois embusteiros, que vivem de bravatas ridículas, num estilo parecido ao do Juvenal. Acorda, torcedor! O clube não tem patrocinador master há quase um ano! Já  começou a atrasar salários! A torcida sumiu do estádio! A diretoria está rachada e nem consegue chegar a um acordo para reformar o (anacrônico) Morumbi! Estamos f*! Essa é a realidade.

Vejam o desnível em relação aos dois outros rivais da capital, que ostentam arenas novas e modernas, capazes de atrair todo tipo de evento e de patrocínio, e lotam as arquibancadas todos os jogos. Fora os milhões de reias da Caixa, para o Corinthians, e da Crefisa, para o Palmeiras. O São Paulo não chega nem perto (e nem longe) de vislumbrar algo parecido e, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava. E isso, lógico, tem reflexo em campo. Dá a impressão de que, quando a maionese começa a desandar, não tem quem segure. Muricy até tentou tomar alguma iniciativa. Pediu e recebeu dois laterais, Bruno e Carlinhos, com quem trabalhou no Fluminense. Considerei positivo, pois são posições-chave para o sucesso de qualquer esquema tático e, há anos, o clube não acerta nessas contratações. Não por acaso, os dois chegaram e já assumiram a titularidade. Só que, péssimos, foram parar no banco de reservas. Muricy pediu zagueiro. Veio Dória, e só por seis meses. Tirando a contusão que o deixou quase dois meses fora, também não disse ao que veio.

Souza não está jogando porcaria nenhuma
Muricy pediu Dudu para o ataque. Veio Johnathan Cafu. Pediu um volante ofensivo. Veio Thiago Mendes. Nenhum deles é titular, longe disso. E os que já estavam no elenco, e que fizeram um bom segundo turno no Brasileirão do ano passado, "sumiram" em campo - comprovando que Kaká foi, realmente, o grande responsável pelo rendimento coletivo da equipe naquela época. Atualmente, creio que a maioria da torcida não se importaria nem um pouco se fossem afastados do time titular - ou negociados definitivamente - Souza, Ganso ou Pato. Sim, Souza! Foi pra seleção mas não tá jogando nada, nada, nada. O "maestro" (!) Ganso, para mim, não serve nem para ficar no banco de reservas. Nem Alan Kardec e Luís Fabiano, que, contundidos, já vão ser desfalques para o treinador, de qualquer maneira. Duvido que alguém gostaria de ter, em seus times, algum dos zagueiros do São Paulo: Rafael Toloi, Lucão, Edson Silva ou Paulo Miranda (Dória já vai sair e Breno é mistério). E os laterais? Horríveis. Sobra vaga até para o mediano Hudson jogar improvisado. Os volantes são fracos, sofríveis. Em resumo: com que limões Muricy faria uma limonada?

Com nenhum. Por isso o treinador troca peças, incentiva novatos, improvisa esquemas, treina jogadas e... nada! Nada. O time do São Paulo, hoje, é isso: nada vezes nada. E o técnico, pra (não) variar, vai pagar o pato. O Pato, o Ganso e toda a turma de "estrelas" improdutivas e inúteis. Que, na minha opinião, a diretoria força para que estejam sempre em campo. Não tem técnico que aguente, mesmo. Se Muricy cair após prováveis fracassos no Paulistão e na Libertadores, antecipo aqui meu muito obrigado. É injusto que, após tantas vitórias e alegrias que deu para o São Paulo, seja responsabilizado por tanto vexame.


POST SCRIPTUM:

Duas horas e 15 minutos após a publicação do texto acima, caiu a notícia:




quinta-feira, novembro 27, 2014

INÉDITO: Todos os quatro grandes clubes paulistas terminam uma temporada pela 1ª vez sem título

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Ituano despachou Palmeiras e Santos e venceu o Paulistão; Cruzeiro eliminou Santos na Copa do Brasil e não deu chance ao São Paulo no Brasileiro; Atlético foi algoz de Palmeiras e Corinthians (e campeão) na Copa do Brasil

Com o fracasso do São Paulo na Copa Sul-Americana, a temporada de 2014 entra para a História como a primeira, em 84 anos, em que todos os quatro grandes clubes paulistas terminam sem um título sequer. Entre 1930 (quando o São Paulo foi fundado e disputou sua primeira competição) e 2013, pelo menos um título, a cada ano, ficou nas mãos ou do Tricolor ou do Corinthians ou do Palmeiras ou do Santos. Porque, neste período, o Campeonato Paulista só não foi conquistado por algum deles em apenas quatro oportunidades - mas, na maioria destas ocasiões, sempre um dos quatro ganhou outra taça no mesmo ano. Em 1986, quando a Internacional de Limeira derrotou o Palmeiras na decisão e se tornou o primeiro time do Interior a vencer o Paulistão, o São Paulo foi o campeão brasileiro; em 1990, quando o Bragantino venceu a primeira decisão estadual "caipira", contra o Novorizontino, o Corinthians ganhou seu primeiro Brasileirão; e em 2002, quando o Ituano ganhou um Campeonato Paulista que não contou com a presença dos quatro grandes, o Corinthians foi campeão do Torneio Rio-São Paulo e da Copa do Brasil e o Santos renasceu rejuvenescido com a conquista do Campeonato Brasileiro.

Kardec escorrega: S.Paulo eliminado nos pênaltis
Em 2014, desta vez enfrentando todos os grandes, a equipe de Itu derrotou o São Paulo (em pleno Morumbi) no turno, eliminou o Palmeiras na semifinal e conquistou o Paulistão contra o Santos. Terceiro colocado em seu grupo, no turno, o Corinthians nem sequer se classificou para as semifinais. Só que, naquele encerramento do estadual, ninguém poderia imaginar que os quatro grandes paulistas também terminariam o segundo semestre sem qualquer outro título. O Cruzeiro não deu chance pra ninguém e garantiu o bicampeonato no Brasileirão (ou tetracampeonato, somando tudo) já na antepenúltima rodada, matando as - mínimas - esperanças do São Paulo, atual segundo colocado. Foi também a Raposa que eliminou o Santos na Copa do Brasil - competição na qual o Atlético-MG, que sagrou-se campeão ontem, exatamente contra o maior rival Cruzeiro, despachou em sua campanha Palmeiras e Corinthians (o São Paulo foi eliminado vexatoriamente pelo Bragantino). Na Copa Sul-Americana, o único representante paulista foi o Tricolor. Resultado: eliminado pelo Atlético Nacional, da Colômbia, nos pênaltis - a terceira decisão em penalidades seguida perdida dentro do Morumbi.

Um fato já evidenciava que 2014 seria uma temporada nada agradável para os quatro grandes clubes de São Paulo: nenhum deles estava entre os seis (sim, SEIS!) times brasileiros que disputaram a edição deste ano da Copa Libertadores - fato que não ocorria desde 2002, quando o São Caetano representou o Estado no torneio, disputando a decisão e perdendo para o Olimpia, do Paraguai. Outro fato que também apontou para o fracasso dos paulistas neste ano foi o índice que a Pluri Consultoria criou para medir a eficiência dos clubes brasileiros na gestão do futebol, com base no quanto gastam e quanto conquistam em cada temporada. O resultado de 2013 - clique para ver aqui - mostrou que, entre 28 times, o melhor paulista, Corinthians, ficou apenas em 14º lugar, seguido por Palmeiras, o 16º; Santos, o 19º; e São Paulo, o 20º. O desempenho do clube do Morumbi foi o mais vergonhoso, considerando que, no ano passado, dividiu o posto com o Corinthians como clubes com maior orçamento para o futebol no Brasil: R$ 248 milhões. Pior foi que, enquanto o rival ganhou o Paulistão e a Recopa Sul-Americana em 2013 (eliminando o São Paulo nas duas ocasiões), o Tricolor não venceu nada - e quase foi rebaixado no Brasileirão.

Damião puxa a própria camisa: reserva de R$ 42 mi
Na atual temporada, o Corinthians revelou dificuldades financeiras para pagar sua recém-inaugurada Arena. Ainda assim, gastou R$ 112,9 milhões somente no primeiro semestre (segundo esta notícia aqui). Apostou na volta do técnico Mano Menezes e no repatriamento de Elias. E colecionou insucessos. O Palmeiras também enfrenta graves problemas com a inauguração de seu estádio, mas, após o Paulistão, decidiu investir alto no ano de seu centenário. A diretoria ousou e contratou o treinador argentino Ricardo Gareca, que trouxe a reboque vários atletas de seu país, ao custo de R$ 25 milhões (leia aqui). Fracasso total: o técnico foi demitido, a maioria dos jogadores argentinos virou reserva e, a duas rodadas do fim do Brasileirão, o time luta contra o (3º) rebaixamento. O Santos, que agora pretende arrecadar R$ 47 milhões com a venda de jogadores, para equilibrar o orçamento, também enfiou a mão no bolso em 2014. Repatriou o ídolo Robinho por empréstimo pagando salário de R$ 600 mil mensais e, mais do que tudo, comprou Leandro Damião por R$ 42 milhões, atacante que termina o ano no banco de reservas. E o São Paulo, que comprou Alan Kardec por R$ 14 milhões e trouxe por empréstimo Pato e Kaká, pagando R$ 400 mil mensais para ambos, foi outro que só enfileirou fiascos. O clube deve fechar o ano com déficit de R$ 30 milhões.

Como se vê, o desempenho dos quatro grandes clubes paulistas dentro de campo reflete diretamente as decisões das diretorias fora dele. Mas que os quatro times também não jogaram nada que justificasse algum título, não há dúvida. Basta comparar com o futebol rápido, compacto e agressivo dos mineiros Atlético e Cruzeiro para notar a distância deles para os sofríveis Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. Aguardemos que, em 2015, algum destes quatro conquiste, ao menos, o Campeonato Paulista. É o mínimo.


sexta-feira, outubro 17, 2014

Escárnio

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Recentemente, fiz aqui um post registrando o episódio em que as telinhas da TV Minuto, nos vagões do metrô da Linha Azul, em São Paulo, ficaram congeladas por mais de 15 minutos exibindo a notícia "A cidade de Los Angeles criou a 'polícia da água' para fiscalizar os esbanjadores". Ou seja, centenas (ou milhares) de passageiros, que acabavam de sair do expediente de trabalho e ansiavam por chegar em casa e tomar um belo - e merecido - banho, ficaram espremidos dentro dos vagões olhando aquela "advertência" intimidadora. Quem usa água, em São Paulo, é quase um criminoso.

Dias atrás, o guia "Divirta-se", do jornal Estadão, publicou em sua coluna sobre fatos passados da capital paulista um textinho "inocente" e "despretensioso" sobre as casas de banho que existiam antigamente na cidade. Eram locais onde a pessoa pagava para tomar banho. O texto ressaltava que só os mais abastados alcançavam esse "direito". Me veio na lembrança, de imediato, o camarada DeMassad comentando: "Não dá ideia! Não dá ideia!" O recado está dado para a população: água é um privilégio, não é pra qualquer um. E repare no nome da publicação: "Divirta-se" (!!!).

Mas é assim, com essas pequenas pílulas de "informação", que as pessoas vão sendo convencidas de que a - inacreditável - falta de água no Estado mais rico do país é uma "fatalidade", e que é responsabilidade delas, "esbanjadoras", fazer economia. Ser um "guardião da água" (supremo escárnio, comparável aos "Fiscais da Sunab" nos nada saudosos tempos de José Sarney). Como sempre, o governo do Estado não tem nada a ver com isso, "coitado". As pessoas que se virem pra ganhar dinheiro e investir na compra e estoque de água. É cada um por si! Os pobres que se danem.  

O escárnio chega às raias do absurdo. As advertências têm tom de "sermão", de "passa-moleque". Veja a pérola que uma colega registrou e postou numa rede social:



Assim, além de "esbanjadores", estamos sendo chamados de "sujos"! Enquanto isso, NINGUÉM fica indignado com o fato de o governo do Estado (leia-se: Geraldo Alckmin, PSDB) ter sido advertido por várias vezes, anos atrás, sobre a ameaça de racionamento e a urgência de medidas preventivas. Em dezembro de 2009, um relatório do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, feito pela Fundação de Apoio à USP, alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira e sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água (leia aqui). E não venham falar em falta de dinheiro! Alckmin gastou R$ 238 milhões com publicidade!

Mas a população votou maciçamente nele e o reelegeu governador. E agora (escárnio dos escárnios) é convidada a fazer "dancinha da chuva" pra ganhar água na "promoção" de uma rádio FM (!!!). Cliquem na imagem para ver com mais detalhes:


Como observou um outro colega, o racionamento de água poderia ter uma solução bem simples: cortar o fornecimento para os 57% que votaram em Geraldo Alckmin e garantir o abastecimento normal para os restantes. Seria apenas justo.



sexta-feira, agosto 15, 2014

Vida buena

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Enquanto o time do São Paulo segue acumulando vexames imperdoáveis, como o 3 x 1 que tomou do Bragantino (que está na zona de rebaixamento do Brasileiro da Série B) em pleno Morumbi, sendo eliminado precocemente da Copa do Brasil, as falácias sobre "melhor elenco do Brasil", "time de galáticos", "favorito ao título nacional" e "exemplo de gestão e de administração" ficam ainda mais constrangedoras quando atentamos para algumas notícias recentes sobre o clube. Sinais de que as coisas nem de longe são tão maravilhosas como tentam nos fazer acreditar: o patrocinador master desistiu; logo, a diretoria já começou a atrasar salários; logo, a matemática financeira implora pela (surpreendente e inacreditável) venda do lateral-direito Douglas para o Barcelona para respirar um pouco no fechamento das contas - mas a transação corre o risco de não acontecer.

Pra complicar ainda mais, a grave lesão do volante Rodrigo Caio, que operou o joelho e só volta em 2015, implodiu uma transferência quase certa para o futebol europeu, que também era dada como certa para ajudar no pagamento dos salários proibitivos de Alexandre Pato, Alan Kardec, Kaká & cia. Curiosamente, prestes a perder um lateral-direito e sem muitas opções para substituí-lo (Luís Ricardo foi um dos piores em campo na eliminação contra o Bragantino e o jovem Auro ainda não inspira confiança), o São Paulo contratou um... lateral-esquerdo (!). O canhoto Michel Bastos chegou para disputar vaga onde Álvaro Pereira já é titular absoluto e Reinaldo, o reserva, teve contrato renovado por 4 anos. Qual torcedor sãopaulino consegue entender essas vendas, compras e renovações? Mas o mais incrível é que existe um quarto lateral-esquerdo no clube: Clemente Rodríguez.

Materinha do site Gazeta Esportiva revela a "vida buena" do argentino, que foi comprado do Boca Juniors em junho do ano passado e fez apenas três partidas como titular, sendo expulso logo na estreia. Afastado do elenco principal desde abril deste ano, Clemente ganha R$ 150 mil mensais para não fazer absolutamente nada além de cumprir um burocrático expediente de exercícios com a garotada das categorias de base, no Centro de Treinamentos de Cotia. A notícia compilou alguns momentos do lateral postados por ele e pela namorada no Instagram, "curtindo a vida adoidado", enquanto o São Paulo passa vexame em cima de vexame - eliminações para a Ponte Preta na Sul-Americana, para o Penapolense no Paulistão e para o Bragantino na Copa do Brasil - e a diretoria se vê em apuros para honrar seus pesados compromissos financeiros ou reforçar a defesa.

Clemente trocando lâmpada, curtindo onda de D-Jay, tomando sol na praia, tirando foto com a garotada, experimentando roupas caras e tomando champagne fino e dando voltas de jet ski nos EUA: vida buena



Essa é mais uma prova de que, no São Paulo, tudo está muito "certo como 2 e 2 são 5"...

quinta-feira, julho 17, 2014

Pra (não) variar, 'a culpa é da Dilma'...

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Mais uma da série "Oi? Acuma?" lá pelos lados do São Paulo Futebol Clube (notório por "dificultar a vida de seus fãs de esquerda"): depois que Ney Franco, como treinador do time, tentou desviar a atenção da mídia sobre a campanha vexatória que quase levou o clube à Série B do Campeonato Brasileiro citando o "mensalão", agora é a vez de Rogério Ceni diagnosticar a crise da CBF e do futebol brasileiro como culpa da... presidente da República, Dilma Rousseff (!).

- A CBF deveria pensar menos em si, em lucrar, e mais nos clubes, que estão em uma pindaíba desgraçada. Quem sabe agora, com campanha, a presidente não tenta se mexer um pouco. Em época de eleição, as pessoas acabam se mexendo. - disse o goleiro.

Mas... peraí. Num "intindí". A CBF não é uma entidade privada, mantida com recursos privados? E os clubes de futebol também não são, da mesma forma, entidades privadas mantidas com recursos idem? E o governo de Dilma Rousseff não foi (e ainda é) duramente criticado exatamente por gastar dinheiro com futebol, na organização da Copa do Mundo e liberação de verbas para a reforma e construção de estádios? E Rogério Ceni não cai em contradição ao exigir intervenção pública no futebol quando, nas últimas eleições presidenciais e municipais, apoiou publicamente José Serra, agressivo defensor do estado mínimo e do mercado privado como regulador da economia?

Pois é. Como disse o goleiro, "em época de eleição, as pessoas acabam se mexendo". Pessoas como ele próprio, notório eleitor do PSDB, que sempre aproveita microfones, câmeras e holofotes para misturar alhos com bugalhos, sem qualquer "bom senso", e favorecer (desinteressadamente?) interesses políticos de sua preferência. Públicos e privados.

quinta-feira, novembro 14, 2013

Enfim, UFA! Muricy merece uma estátua no Morumbi!

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Muricy chora após a vitória contra a Portuguesa: torcida sempre grita seu nome
No DVD "Soberano 2", o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, repete duas vezes a frase "Eu vi a coisa ruim!" (assista aqui, a partir de 15:53) quando fala sobre o sufoco que o time passou contra o Al Ittihad, em 2005, na primeira partida do Mundial de Clubes. Pois entre junho e agosto de 2013, por culpa exatamente de Juvenal, eu e milhões de sãopaulinos também vimos "a coisa ruim" - talvez como nunca antes na história do clube! É por isso que a vitória de ontem por 2 x 0, contra o Flamengo, que alçou o São Paulo aos 49 pontos, 1 acima do patamar de segurança estimado pelo matemático Oswald de Souza para livrar completamente um clube da ameaça de cair para a Série B do Brasileirão, deve ser comemorada como um título (e, curiosamente, na mesma data em que o Cruzeiro sacramentou a conquista do torneio). Digam o que quiserem, mas, nos 63 dias de sua terceira passagem pelo São Paulo, entre 10 de setembro, quando foi apresentado e já comandou o primeiro treino, e 13 de novembro, quando venceu o Flamengo, o técnico Muricy Ramalho operou um verdadeiro MILAGRE. Ele merece uma estátua gigante, na porta do Morumbi!

Juvenal expurgou atletas, desautorizou Ney e precipitou a crise
Eu digo milagre porque, muito além das fraquezas e deficiências do elenco, o time do São Paulo estava completamente destroçado emocional e psicologicamente naquele início de setembro, após uma sequência destruidora de derrotas e vexames iniciada no revés contra o Goiás, pelo Brasileirão, em pleno Morumbi, e que atravessou de forma implacável os comandos de Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori. Tudo dava errado, por mais que os treinadores ou os jogadores se matassem em campo. Era um time apático, cabisbaixo, entregue. Concordo que não era tão ruim quando aparentava ser, afinal, no primeiro semestre, chegou às fases de mata-mata do Campeonato Paulista e da Libertadores. Mas foram exatamente as eliminações simultâneas nessas duas competições que levaram Juvenal Juvêncio a precipitar o São Paulo no abismo ao tomar a decisão intempestiva e burra de expurgar seis jogadores para o temível exílio em Cotia (Cañete, Cortez, Fabrício, Henrique Miranda, Luiz Eduardo e Wallyson) - sem critério aparente, afinal, Lúcio, Douglas, Osvaldo e outros que já estavam em péssima fase foram poupados. Aquilo foi o início da enorme crise que quase levou o clube à Série B.

Com a brutal interferência, numa só tacada, Juvenal desvalorizou publicamente atletas de forma totalmente desnecessária, instaurou a insegurança no elenco e, pior, tirou toda a autoridade de Ney Franco. O resultado era previsível e só questão de tempo. Quando Ney foi demitido, a maionese desandou mais do que se imaginava que desandasse. Pior: mesmo com a torcida pedindo nas arquibancadas o então desempregado Muricy, a diretoria resolveu economizar e trouxe Autuori, que não mostra um serviço digno de nota há muito tempo e que deixou o Vasco em uma situação crítica. Para complicar, a sequência de derrotas no Brasileirão (ainda mais humilhantes porque a maioria acontecia no Morumbi) embolou com o passeio tranquilo do Corinthians sobre o time na decisão da Recopa Sul-Americana e na inoportuna excursão para Europa e Ásia, onde cada revés derrubou ainda mais a confiança do time e contribuiu para aumentar a pressão da própria torcida e a zombaria dos adversários. Autuori perdeu 10 dos 17 jogos que comandou! O time que perdeu para o Coritiba na última rodada do 1º turno parecia um bando de defuntos.

A vitória contra o Cruzeiro, no Mineirão, foi a mais inimaginável
E o cadáver seguia com velocidade inegável para o cemitério da Série B. Nem o mais otimista dos otimistas poderia sequer conceber, em delírio, que Muricy, resgatado por Juvenal quando o desespero atingiu o ponto máximo, poderia fazer o São Paulo reagir de forma tão espantosa como aconteceu! Logo de cara, fez o primeiro milagre: três vitórias seguidas, contra Ponte Preta, Vasco e Atlético-MG. O segundo milagre: tirou o time da zona de rebaixamento. E o terceiro: emendou nova sequência de vitórias difíceis, importantes e mesmo inimagináveis principalmente contra o virtual campeão (na época) Cruzeiro, em pleno Mineirão, mais Vitória, Bahia (também fora de casa), Internacional (idem) e Portuguesa. Em 15 partidas pelo Brasileirão, Muricy somou 31 pontos, muito mais do que os 18 conquistados em todos os 19 jogos do 1º turno, e fez o inquestionável milagre de tirar o time da apavorante 18ª colocação na tabela para a atual 7ª posição! Repito: milagre. Maior, na minha opinião, do que o da arrancada do 2º turno de 2008, quando Muricy tirou 11 pontos de desvantagem e ganhou o título na última rodada.

Mas é claro que, por trás do milagre, está o famoso "aqui é trabalho, meu filho!" de Muricy. Ele mudou muita coisa no time, além de recuperar a confiança e a tranquilidade no clube: confirmou a defesa com três zagueiros, com Rodrigo Caio como líbero para ir à frente quando o time tem a posse de bola; fixou Paulo Miranda como lateral-direito e mandou o improdutivo Douglas para a meia-direita; barrou Fabrício (o favorito de Autuori) e "ressuscitou" Maicon para dar apoio a Paulo Henrique Ganso; tirou (corajosamente) Jadson, Osvaldo e Luís Fabiano do time e deu moral para Aloísio e o até então encostado Ademilson. O resultado foi muito melhor do que o esperado. Para quem (como eu) achava que, se o São Paulo conseguisse escapar do rebaixamento, isso aconteceria só na última rodada, no sufoco, Muricy livrou o time da tragédia inédita muito antes disso - o que permite o luxo de poder dar atenção e centrar forças na reta final da Copa Sul-Americana. Por conta do treinador, a torcida sãopaulina vive um alívio impensável há meros dois meses. Aconteça o que acontecer na Sul-Americana, já podemos soltar muitos rojões!

Time grande cai! O campeão Fluminense está na beira do abismo
Finalizo registrando o que eu aprendi com aquela que tenha sido, talvez, a maior crise da história do São Paulo Futebol Clube: ao contrário do que bravateia nossa torcida, time grande cai, sim! Dessa vez nós demos sorte, muita sorte. Não duvido nada de que outra temporada semelhante a essa resulte na queda para a Série B. O Corinthians escapou "raspando" em 2006 e caiu no ano seguinte; o Fluminense foi campeão em 2012 e está perigando cair, somente um ano depois. O Brasileirão é muito nivelado e ninguém está a salvo. O bom retrospecto do São Paulo no campeonato, a partir da instituição dos pontos corridos, iludiu muito os torcedores. Nenhuma estrutura, dinheiro, elenco ou mesmo um treinador como Muricy podem garantir com 100% de certeza que um time nunca vá ser rebaixado. "A bola pune", como professa outra frase conhecida do treinador sãopaulino. Má fase todo clube passa e, se ela for muito longa ou coincida com uma temporada muito nivelada e equilibrada dos adversários, dará em rebaixamento, sem dúvida. Um dia a casa cai. Só que, hoje, respiramos aliviados! Obrigado, Muricy! E vamo, São Paulo!


segunda-feira, setembro 30, 2013

Azeitoninhas

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Ontem no churrasco eu tomei cerveja, cachaça, uísque, estava tudo ótimo, mas no final comi quatro azeitoninhas portuguesas que caíram bem mal... Malditas...

E ele, o que será que ele comeu que anda fazendo tanto mal? 

segunda-feira, setembro 09, 2013

Quando se diferencia o homem do menino

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Craque incontestável: aos 35 anos, Alex enfia Ganso, 12 anos mais novo, no bolso
O São Paulo perder para o Coritiba no estádio do adversário é resultado óbvio, nem merece outras considerações. Estranho seria se tivesse conquistado um (miraculoso) empate, como ocorreu contra o Corinthians, no Pacaembu, e contra o Botafogo, no Maracanã. Como disse outro dia, o único time mais fraco que o São Paulo, neste campeonato, é o Náutico. Todos os outros são mais fortes.

Agora, diante de mais uma bela exibição do mestre Alex, gostaria de recuperar o que escrevi em 26 de janeiro deste ano, quando o repatriado meia reestreou pelo Coritiba:
Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.
 Pois então: sete meses depois, Alex enfia o São Paulo no bolso e confirma palavra por palavra tudo o que escrevi. Fica a pergunta: CADÊ PAULO HENRIQUE GANSO?!? Alguém o viu? Ele entrou em campo ontem? Pois é. Alexsandro de Souza, prestes a completar 36 anos no dia 14 de setembro, é o terceiro maior artilheiro do Brasileirão, com 9 gols, e um dos principais responsáveis pelo Coritiba ocupar a 7ª posição na tabela, a apenas 6 pontos do G-4. Paulo Henrique Ganso, prestes a completar 24 anos no dia 12 de outubro, não tem UM gol sequer na competição e, com sua apatia e sumiço dentro de campo, é um dos responsáveis pelo São Paulo ocupar a 18ª posição, apresentando um futebol digno de rebaixamento para a Série B. Como costuma dizer o camarada Glauco, "é nessas horas que se diferenciam os homens dos meninos". Feliz de quem preferiu investir no Alex...

sexta-feira, setembro 06, 2013

8ª derrota em 18 partidas; Ceni perde 3º pênalti seguido

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Dessa vez, vou cravar a verdade nua e crua: o São Paulo perdeu ontem (a 6ª derrota dentro do Morumbi nesta competição!) pura e simplesmente porque É MAIS FRACO do que o Criciúma. Ponto. Da mesma forma que venceu o Náutico porque, no Brasileirão, o time pernambucano é o ÚNICO inferior à equipe treinada por Paulo Autuori. Pode-se dizer, assim, que Ponte Preta, Portuguesa e Fluminense estão mais ou menos no mesmo nível que o São Paulo. E que Flamengo, Santos, Vitória, Bahia e o já citado Criciúma são ligeiramente superiores. Resultados como a vitória sobre o Fluminense e o empate com o Flamengo foram, portanto, perfeitamente razoáveis. Os pontos fora da  curva foram os empates com Corinthians e Botafogo, que, ao que parece, aconteceram muito mais por partidas ruins de ambos os adversários do que pela realidade do São Paulo.

Por essa ótica, o time do Morumbi ocupa hoje o lugar onde, pela sua qualidade (ou falta de), deveria estar. No máximo, com um pouco de sorte e extrema superação, poderia estar emparelhado com o Flamengo (14º), o que seria um feito heróico - mas possível, dentro dessa análise de que os cariocas estão mais ou menos no mesmo patamar futebolístico. O resumo da ópera de ontem foi o seguinte: o primeiro gol do Criciúma saiu em pênalti ridículo cometido pelo zagueiro improvisado Rodrigo Caio, em jogada que, provavelmente, terminaria em tiro de meta. Lembremos que o mesmo zagueiro perdeu uma bola bisonha no jogo contra o Botafogo, deixando atleta adversário sozinho na cara do gol sãopaulino, que, felizmente, chutou por cima (o que reforça minha tese de que aquele foi um dia atípico para o alvinegro carioca). Portanto, a falha de ontem não surpreende.

Ceni defende cabeçada fulminante: Criciúma é melhor (Eduardo Viana/Lance!Press)
 Segundo gol: bola levantada na área do São Paulo, em cima do zagueiro Rafael Tolói. Com 1,85m, ele não consegue cortar pelo alto e ela cai no pé do atacante, que dispara um petardo fulminante na pequena área, empurrando Rogério Ceni com bola e tudo para a rede. Não é a primeira vez que o goleiro sofre com Tolói; lembremos daquela atrasada horrível que entregou a bola no pé do corintiano Pato (Ceni fez pênalti e o Tricolor perdeu o confronto válido pelo 1º turno do Paulistão), da hesitação na goleada sofrida para o Atlético-MG, na eliminação da Libertadores (que permitiu a chegada de Tardelli e um golaço por cobertura) e nova hesitação ao marcar - marcar?!? - Renato Augusto na primeira partida decisiva da Recopa (outro golaço cobrindo Ceni). Ou seja, Tolói entregando gol também não surpreende. A zaga do São Paulo é HORROROSA. Prova disso é que o Criciúma perdeu chance incrível de fazer 3 x 0 logo nos primeiros segundos da etapa final, numa bola que bateu na trave, e ainda houve uma cabeçada que Ceni segurou em cima da risca.

Na frente, por mais que o time crie chances de gol, não consegue finalizar. Que o diga Luís Fabiano, que nem de longe lembra aquele que comandou a seleção brasileira nas eliminatórias da Copa da África do Sul. Negueba nada produziu de muito útil, assim como seu substituto, Osvaldo. Jadson não jogou nada, assim como seu substituto, Ganso. Fabrício sumiu, assim como seu substituto, Evangelista. O péssimo Douglas saiu (graças a Deus!) e seu substituto, Paulo Miranda, jogou muito mal. Por tudo isso, afirmo categoricamente: o elenco do São Paulo é fraco. No momento, mais fraco que Criciúma, Vitória e Bahia (perdeu para os três). O Rogério Ceni perder o terceiro pênalti seguido também não surpreende. Má fase destrói confiança e puxa erros. O que surpreende foi ele ter ido fazer a cobrança, sendo que Aloísio, que sofreu a falta, já estava com a bola nas mãos.

Após a partida, o "Boi Bandido" se atrapalhou com as palavras e respondeu a um repórter: "Só bate pênalti quem erra." Mesmo corrigindo o batido chavão logo em seguida ("Só perde quem bate"), ele acabou atestando, no engano, uma verdade: só bate pênalti no time do São Paulo quem erra - o Rogério Ceni, que errou contra o Bayern, a Portuguesa e o Criciúma, e o Jadson, que desperdiçou contra o Flamengo. Triste fase. E agora o time enfrenta o forte Coritiba, fora de casa, domingo. OREMOS AO SENHOR!


segunda-feira, agosto 19, 2013

São Paulo reage: dois jogos sem perder!

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Sim, é piada. Cansei de gastar vela com defunto ruim. Até o próximo empate - se Deus quiser!

O que dizer de um jogo em que Rodrigo Caio e Paulo Baier fizeram os gols?

Rogério Ceni perde pênalti, Jadson perde pênalti... No próximo bate o Tolói.

segunda-feira, agosto 05, 2013

Como apequenar um clube OU Rumo à Série B

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Durante muito tempo, e especialmente depois que Telê Santana liderou a fase mais vitoriosa da história do São Paulo, no início dos anos 1990, virou moda dizer - e pisar e repisar na mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...) - que o clube era "diferenciado", "moderno", "modelo" etc etc etc. E depois dos títulos da Libertadores e Mundial, em 2005, e tri brasileiro, entre 2006 e 2008, esses discursos sobre "gestão exemplar", "estrutura de primeiro mundo", "melhor elenco do Brasil" e outras bravatas viraram unanimidade de Norte a Sul do país - e iludiram muitos torcedores. Tanto confete pode ter sido um grande tiro no pé. Adversários e sãopaulinos mais lúcidos foram acompanhando, de 2008 pra cá, a sequência de barbaridades cometidas pela gestão do presidente Juvenal Juvêncio, sempre amparado por aquela "soberana" soberba de "clube modelo" e bla-bla-bla. Resultado: parou no tempo e chegou na absurda crise vivida atualmente, uma das maiores da história do clube.

Porém, uma coisa é (ou melhor, ERA) fato: mesmo que o São Paulo nunca tenha sido nem 10% de tudo aquilo que diziam, sua diretoria e comissão técnica conseguiam, mais do que os rivais, abafar, acobertar e impedir o vazamento de informações ou de qualquer problema que ocorresse internamente. Hoje em dia, a situação se inverteu. O São Paulo é, atualmente, um verdadeiro barraco. Público e explícito. Depois de fazer um churrasco para os sócios, dentro do clube, que teve infiltração proposital de membros de uma torcida organizada (e terminou com Juvêncio xingando todo mundo, ou seja, várzea total), a picuinha, bate-boca e baixaria internas agora podem ser vistas AO VIVO na televisão, em pleno domingão e em horário nobre. Isso é um ingrediente básico para piorar o clima e acelerar o rebaixamento de um time que já está na zona da degola do Brasileirão. Vejam como apequenaram o São Paulo:


PÓS SCRIPTUM - Mais roupa suja lavada em público: depois que o goleiro e capitão Rogério Ceni deu um lamentável e desnecessário passo errado nessa crise ao criticar em público o ex-técnico Ney Franco (dizendo que o legado dele foi "zero" e que só agora o time "tem comando"), a resposta veio em entrevista do treinador ao jornal O Globo publicada nesta terça-feira, 6 de agosto. Confira como os bastidores do São Paulo são típicos de clube seriamente candidato ao rebaixamento:

Ney Franco detona Rogério Ceni em entrevista
"Em 2013, não tive nele [Rogério Ceni] o capitão que precisava. Havia a preocupação de quebrar marcas individuais. Até em contratação: se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso, Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso."

"Ganso chegou em um ambiente... Percebeu claramente as coisas. Chegou ao ouvido dele. Havia uma fritura por trás e pode atrapalhar. Nos corredores, era o que se escutava, que quando Ganso jogava o time tinha um jogador a menos."

"Ele [Rogério Ceni] direcionou de uma forma que, se o São Paulo não der certo na temporada, eu sou culpado. Se der certo, é porque chegou outro treinador e consertou."

"Alguns jogadores que estão no clube me ligaram, dizendo que não concordam com a forma como as coisas aconteceram, como estou sendo tratado. Mas têm medo da forma como Rogério lida. Nem tudo foi minha culpa. Há uma oposição declarada, uma pressão no clube minando o trabalho. Não era o Ney Franco, era qualquer um que estivesse ali."

PÓS-PÓS SCRIPTUM - Após perder a Copa Suruga para o Kashima Antlers, no Japão, Rogério Ceni foi confrontado pela imprensa sobre as declarações de Ney Franco e, previsivelmente, jogou mais gasolina na fogueira (de vaidades) sãopaulina:

"Se eu tivesse toda a influência no São Paulo que ele acha que eu tenho, ele estava no olho da rua há muito tempo. Eu não esperaria, se eu tivesse o poder de decisão. Então, eu sou apenas um funcionário do clube, eu não decido, eu não mando."

Pois é. Com isso, a "várzea" fica pior e a crise sem precedentes prossegue. Líderes da Série B, palmeirenses só observam. E sorriem com o canto da boca...

segunda-feira, julho 22, 2013

Sete derrotas seguidas. Série B se aproximando.

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Anatomia de um possível rebaixamento em notas telegráficas:

1 - São Paulo goleado pleno Morumbi Cruzeiro (pt.) Três gols "craque" Luan (pt.);

2 - Como derrotas Goiás, Santos, Bahia, todas dentro Morumbi, jogo terminou torcida sãopaulina gritando olé adversário pegava bola (pt.); Vaiando quando ela com Tricolor (pt.);

3 - Nove jogos competição, cinco derrotas, dois empates (pt.) São Paulo 8 pontos, dois jogos a mais Ponte Preta, primeira zona de rebaixamento, 7 pontos (pt.); Um jogo a mais Atlético-PR e Portuguesa, também 7 pontos (pt.);

4 - Derrota Cruzeiro sétima seguida, contando amistoso Flamengo partidas Corinthians decisão Recopa Sul-Americana (pt.) Dez jogos sem vitória (pt.);

5 - Próximo adversário Brasileirão forte Internacional, quarto colocado (pt.) Sequência, Corinthians, o derrotou três vezes no ano (mais empate sem gols e eliminação pênaltis semifinal do Paulistão), Pacaembu. Probabilidade derrotas mais que plausível (pt.);

6 - São Paulo não jogou Botafogo, Coritiba, primeiros colocados, melhores times Brasileirão (pt.) Cinco últimas rodadas, 13 novembro a 8 dezembro: Flamengo (casa), Fluminense (fora), Botafogo (casa), Criciúma (fora), Coritiba (casa);

7 - Time esfacelado, sem defesa, sem meio, sem laterais, sem ataque, viaja disputar Copa Suruga, adversários simplesmente Bayern Munique, Milan ou Manchester City (pt.) Depois, Copa Eusébio, Portugal, joga Benfica (pt.) Probabilidade vexames internacionais mais que plausível (pt.);

8 - Adalberto Baptista diretor futebol braço direito presidente Juvenal Juvêncio chefiará viagem amistosos (pt.) Criticou Rogérgio Ceni publicamente clima ruim ainda pior (pt.) Tentou desculpas antes treino (pt.) Piorou mais ainda situação (pt.) Elenco o detesta (pt.) Funcionários clube o detestam (pt.)

9 - Juvenal Juvêncio deu churrasco comemoração (?!?!) Morumbi domingo, após derrota Cruzeiro (pt.) Era exclusivo sócios Juvenal infiltrou membros torcida organizada (pt.) Sócios putos (pt.) Exibição vídeo Marco Aurélio Cunha cantando hino Santos no churrasco (pt.) Discussão pancadaria sócios torcida organizada (pt.) Juvenal mandando bater xingando torcedores (pt.) Seguranças separaram (pt.) Perda total controle direção (?!?!) clube (pt.) Situação política insustentável (pt.) Ambiente pior possível dentro fora campo (pt.) Instabilidade jogadores comissão técnica (pt.) Baixaria, bagunça, caos (pt.)

10 - Lúcio, Tolói, horrorosos, motivo piada (pt.) Denilson, Rodrigo Caio, idem (pt.) Douglas, inexistente (pt.) Ganso, idem (pt.) Osvaldo, péssima fase, atuações ridículas (pt.) Jadson, idem (pt.) Luís Fabiano, morto, desinteressado, jogou toalha (pt.) Aloísio, esforçado, porém grosso (pt.) Banco reservas, Edson Silva, Diego, Lucão, Lucas Farias, Lucas Evangelista, Caramelo, Juan, Fabrício, Reinaldo, Maicon, Ademilson, João Schmidt, Roni, Silvinho (pt.) PESADELO (pt.)

É isso, torcida sãopaulina. Perspectivas desesperadoras. Não duvido que Nelsinho Baptista deixe o Kashiwa Reysol e assuma o São Paulo até a 30ª rodada...


sexta-feira, maio 10, 2013

7 vazam no 'Bonde do Juvenal'. Douglas fica. E Juan volta!

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Bufão: Juvenal nunca vai admitir que está afundando o São Paulo
" - Você sabe, eu acho que não tenho (culpa). Eu procurei fazer o máximo. Nós procuramos dar o melhor, trazer exemplos, dar condições, e não conseguimos. Não transfiro a culpa para os atletas, estou dentro do processo, mas não contribuí para ele. Tanto que estou aqui tentando reverter esse quadro."

Com esta singela declaração, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal Juvêncio, anunciou o afastamento de sete jogadores no elenco profissional: o volante Fabrício, o meia-atacante Cañete, o atacante Wallyson, os laterais-esquerdos Cortez e Henrique Miranda e os zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo. São eles que vão pagar o pato pelas crise aberta com as recentes eliminações no Paulistão e na Libertadores, para Corinthians e Atlético-MG. Enquanto os sobreviventes (ou náufragos) vão treinar com a comissão técnica no CT de Cotia até a estreia no Brasileirão, contra a Ponte Preta, dia 26, os sete excluídos ficarão isolados no CT da Barra Funda.

“ - Ficarão treinando com outros. Eles vão ser emprestados, sobretudo Luiz Eduardo e Miranda, esse é nosso processo de reciclagem, porque acreditamos neles", argumentou Juvenal.

Muito bem, muito bom. Mas o resumo da Ópera (Bufa) é: (o péssimo) Douglas permanece no elenco. E o (horrível) lateral-esquerdo Juan, ex-Flamengo, que o Santos devolveu às pressas e estava encostado em Cotia, foi reintegrado! Por isso, eu rezo e repito: SEJA O QUE DEUS QUISER.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Efeitos subterrâneos da amplificação da "crise dos cargos"

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Ao amplificar a sede de cargos do PMDB no governo petista, a pauta da grande mídia é ainda aquela veiculada na campanha de José Serra: "A Dilma não dá conta". Ela não é o Lula, que "com seu carisma" conseguia segurar as feras do PMDB e também – no momento fora de foco – os "radicais do PT", como se o carisma fosse a sua única qualidade, ignorando a enorme capacidade de articulação política, que não se perde com a entrada de Dilma, pois o know how é da equipe: há continuidade. Como Dilma dará conta, haverá uma partilha dos cargos, em algum momento terá que ser construída a versão para a "solução da crise", ou seja, o momento em que conseguirem mostrar que houve "derrota do PT para o PMDB" (ou derrota do governo dentro do governo). Mas isso passará.

O PMDB, tal como é, sabe que não pode ter qualquer existência como oposição. Teria o mesmo fim do DEM, o encolhimento vertiginoso, até um provável sumiço dentro de uns dez anos. Então a pressão por cargos também tem os seus limites.

Talvez não percebam que, subterraneamente, estão desenvolvendo uma pauta que interessa ao PT: a desmoralização do PMDB, que se mostra apenas como uma massa fisiológica, salvo as sempre citadas exceções, como o governador Sergio Cabral. Quanto mais investirem nessa crise, o desgaste não será exatamente do PT, mas do próprio PMDB, que terá cada vez mais dificuldade de se mostrar como um partido com projeto de país e capaz de propor uma real alternativa de poder. No médio-longo prazo, é um cenário positivo para os petistas.