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terça-feira, abril 07, 2015

Problema de saúde, identificação com o clube, possível volta, até logo, até breve (Parte II)

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"Infelizmente, tem um problema com meu irmão em São Paulo, tá adoentado e o ano passado eu perdi minha mãe, que cuidava dele. (...) Eu acho que é um até logo, porque isso aqui é minha casa, né. Um dia eu devo voltar pra cá." - Muricy Ramalho, em 30/06/2002, logo após sagrar-se bicampeão pernambucano e despedir-se do comando do Náutico (veja vídeo abaixo, a partir de 02:41).


"Já comecei o ano com um problema sério, né. Acho que nem ficaria até agora. Fiquei, realmente, porque é o São Paulo, é o time que eu realmente me identifico. (...) Pode acontecer de eu estar voltando aqui, como não? Com certeza, foi por isso que eu disse um 'até breve'. Porque a gente ainda tem a esperança de, quem sabe, um dia, voltar ao clube." - Muricy Ramalho, em 07/04/2015, ao se despedir do comando do São Paulo pela terceira vez (veja vídeo abaixo, a partir de 01:36).




segunda-feira, abril 06, 2015

Muricy não completará 500 jogos como técnico do SPFC

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Desânimo: para Muricy, já deu a hora
A derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto marcou o 474º jogo de Muricy Ramalho como treinador do São Paulo, em sua terceira passagem pelo clube (segundo levantamento divulgado pela TV Bandeirantes). Restariam, portanto, 58 jogos para igualar Vicente Feola, o recordista, que treinou a equipe 532 vezes. Mas isso dificilmente vai ocorrer. Aliás, nem perto dos 500 jogos Muricy deverá chegar, mesmo tendo contrato até dezembro deste ano. Depois da entrevista que o desanimado, desolado e irreversivelmente abatido treinador concedeu após a derrota de ontem, parece claro que seus dias - ou melhor, jogos - estão contados no São Paulo: "A gente se sente envergonhado (...) Já estou bem arrebentado com minha saúde, não aguento mais" (leia clicando aqui). Esse "não aguento mais" parece um desabafo de milhões de sãopaulinos que escapou pela garganta de Muricy, involuntariamente. E eu estou entre aqueles que nem colocam a culpa nele, pois o buraco é (muito) mais embaixo. Mas seu prazo de validade, sem dúvida, já expirou.

Se der a lógica futebolística, o Red Bull eliminará o São Paulo nas quartas-de-final do Paulistão, no próximo fim de semana. O time de Campinas vem embalado e, recentemente, derrotou o Palmeiras e empatou com o Corinthians - rivais que superaram o Tricolor sem fazer muito esforço. E a polêmica sobre jogar ou não no Morumbi nem faz diferença, pois ano passado a eliminação no estadual, para o Penapolense, ocorreu justamente diante da própria torcida. Na Libertadores, tendo que decidir a "vida" contra o Corinthians, melhor nem falar nada... O problema nem é esse. Tirando o exercício de "palpitologia", o que me faz visualizar a guilhotina caindo sobre o São Paulo e, consequentemente, sobre Muricy, é a "falta de tudo" no time da capital. Falta de esquema tático, de padrão de jogo, de entrosamento, de jogadas ensaiadas, de sistema defensivo, de saída de bola, de laterais, de armadores, de atacantes, de líderes, de finalizações objetivas, de técnica, de ânimo, de garra. Falta de tudo, mesmo. Este início de temporada está perigosamente semelhante ao de 2013, quando o clube afundou em crise aguda e quase foi rebaixado no Brasileirão.

Juvenal levou clube ao fundo do poço
Naquela época, Muricy retornou e, inegavelmente, foi quem salvou o São Paulo da degola. Porém, aquele alívio imediato camuflou um mau sinal: técnico que começa a ser chamado pra salvar time de rebaixamento raramente retorna ao patamar dos que brigam por título. Pior: não dá pra brigar por título, a curto prazo, em um clube totalmente desestruturado, que precisa recomeçar do zero. O fundo do poço onde o São Paulo chegou em 2013, resultado da gestão desastrosa de Juvenal Juvêncio, foi um aviso aos sãopaulinos mais conscientes de que ainda vai levar muito tempo para a equipe voltar a brigar de igual pra igual com os grandes. Essa conversa fiada da diretoria de "melhor elenco do Brasil" e de que há "obrigação de ganhar título" é, mais do que delírio e prepotência, um grande engodo. É má fé. Coitado de quem acredita nisso. Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro são dois embusteiros, que vivem de bravatas ridículas, num estilo parecido ao do Juvenal. Acorda, torcedor! O clube não tem patrocinador master há quase um ano! Já  começou a atrasar salários! A torcida sumiu do estádio! A diretoria está rachada e nem consegue chegar a um acordo para reformar o (anacrônico) Morumbi! Estamos f*! Essa é a realidade.

Vejam o desnível em relação aos dois outros rivais da capital, que ostentam arenas novas e modernas, capazes de atrair todo tipo de evento e de patrocínio, e lotam as arquibancadas todos os jogos. Fora os milhões de reias da Caixa, para o Corinthians, e da Crefisa, para o Palmeiras. O São Paulo não chega nem perto (e nem longe) de vislumbrar algo parecido e, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava. E isso, lógico, tem reflexo em campo. Dá a impressão de que, quando a maionese começa a desandar, não tem quem segure. Muricy até tentou tomar alguma iniciativa. Pediu e recebeu dois laterais, Bruno e Carlinhos, com quem trabalhou no Fluminense. Considerei positivo, pois são posições-chave para o sucesso de qualquer esquema tático e, há anos, o clube não acerta nessas contratações. Não por acaso, os dois chegaram e já assumiram a titularidade. Só que, péssimos, foram parar no banco de reservas. Muricy pediu zagueiro. Veio Dória, e só por seis meses. Tirando a contusão que o deixou quase dois meses fora, também não disse ao que veio.

Souza não está jogando porcaria nenhuma
Muricy pediu Dudu para o ataque. Veio Johnathan Cafu. Pediu um volante ofensivo. Veio Thiago Mendes. Nenhum deles é titular, longe disso. E os que já estavam no elenco, e que fizeram um bom segundo turno no Brasileirão do ano passado, "sumiram" em campo - comprovando que Kaká foi, realmente, o grande responsável pelo rendimento coletivo da equipe naquela época. Atualmente, creio que a maioria da torcida não se importaria nem um pouco se fossem afastados do time titular - ou negociados definitivamente - Souza, Ganso ou Pato. Sim, Souza! Foi pra seleção mas não tá jogando nada, nada, nada. O "maestro" (!) Ganso, para mim, não serve nem para ficar no banco de reservas. Nem Alan Kardec e Luís Fabiano, que, contundidos, já vão ser desfalques para o treinador, de qualquer maneira. Duvido que alguém gostaria de ter, em seus times, algum dos zagueiros do São Paulo: Rafael Toloi, Lucão, Edson Silva ou Paulo Miranda (Dória já vai sair e Breno é mistério). E os laterais? Horríveis. Sobra vaga até para o mediano Hudson jogar improvisado. Os volantes são fracos, sofríveis. Em resumo: com que limões Muricy faria uma limonada?

Com nenhum. Por isso o treinador troca peças, incentiva novatos, improvisa esquemas, treina jogadas e... nada! Nada. O time do São Paulo, hoje, é isso: nada vezes nada. E o técnico, pra (não) variar, vai pagar o pato. O Pato, o Ganso e toda a turma de "estrelas" improdutivas e inúteis. Que, na minha opinião, a diretoria força para que estejam sempre em campo. Não tem técnico que aguente, mesmo. Se Muricy cair após prováveis fracassos no Paulistão e na Libertadores, antecipo aqui meu muito obrigado. É injusto que, após tantas vitórias e alegrias que deu para o São Paulo, seja responsabilizado por tanto vexame.


POST SCRIPTUM:

Duas horas e 15 minutos após a publicação do texto acima, caiu a notícia:




terça-feira, junho 15, 2010

Será o Muricy Ramalho?

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Como aperitivo antes de Brasil x Coréia do Norte, um registro boêmio do camarada João Paulo, em seu blogue:

Eu e Lisa acabamos de ser expulsos do Bar do KreK, o único em Brasília que fica aberto até o último cliente, na 302 Sul. Silvana, a balconista/proprietária, nos explicou simplesmente que havia chegado a hora do Murici, quando ninguém se responsabiliza por mais ninguém e passa a ser cada um por si.

quarta-feira, junho 04, 2008

Sobre o time do Jardim Leonor (a pedidos)

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Tenho sido cobrado para falar sobre meu time, que parece não ter novidade nenhuma que seja digna de nota. Até comprei jornal para saber alguma coisa, mas continua tudo na mesma: Fábio Santos e Adriano vão arrumar as malas, Richarlyson tomou cartão e está suspenso, Zé Luís está machucado, Hernanes e Miranda estão na mira dos europeus, Muricy está sendo sondado por outros clubes, o time segue jogando mal e a diretoria mantém o fervoroso discurso de não contratar ninguém. Ou seja: NENHUMA NOVIDADE. O que esperar desse caldo de modorrice? No máximo, uma classificação bem suada para a Libertadores de 2009 (que eu duvido que aconteça). Leão fará uma boa campanha em algum time médio da Série A e voltará ao São Paulo no final do ano. E eu continuarei escrevendo sobre o futebol do século passado. Amém.

Ps.: Alguém tem ouvido declarações "engraçadinhas" do Marco Aurélio Cunha por aí? Não? Nem eu. Por que será, hein?

segunda-feira, março 17, 2008

Palmeiras 4 x 1 São Paulo - polêmica a rodo

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Considerações dispersas sobre o chocolate verde:

Crítico birrento sobre o custo-benefício de Vanderlei Luxemburgo, considero a virada sobre o São Paulo o primeiro "cala boca" de respeito. Pelo menos a minhas reclamações sobre o estilo do cidadão (que guardarei para meus botões).

O que não param são as críticas aos trocadalhos com "chuva" (de gols, de polêmica, de emoção etc.) por aí. Mas que gramadinho safado. Por isso, o trocadalho do título continua infame, mas muda de foco.

Contra a maior parte da crônica, acho que Borges estava impedido no gol anulado de Adriano no primeiro tempo. Se não fosse marcado, porém, seria difícil reclamar. O contrário aconteceu na última partida entre os times, no Brasileiro, mas o favorecido foi o São Paulo.

Kléber tentou se desvenciliar, com exagero, do braço de André Dias sobre seu ombro. Deveria ter sido expulso. Mas não vi a maldade que Rogério Ceni percebeu ao assistir o lance no vestiário durante o intervalo. Assim como o pilhado Bosco, o cidadão vai acabar sendo suspenso depois.

Na comemoração do gol, Adriano tomou a bandeira de escanteio para usar como "cetro" de Rei da Cocada Preta. Quem tirou a bandeira, me parece, foi Calos Alberto. Até onde sei, pela regra, ambos mereciam um cartão amarelo.

Os três pênaltis foram claros. Mas Marco Aurélio Cunha criou, em declaração ao Estado, a cota para pênalti por equipe em clássico. Uma pérola. Muricy deu uma bela canelada em Luxemburgo e Leão ao não-reclamar da arbitragem alegando distância e falta de condições para opinar. Iria parecer desculpa pela derrota, disse ele. E arrematou: "Não faço isso". Faz sim, mas a canelada é divertida.

Adriano teve a chance de matar o jogo depois de dominar a bola num lançamento de classe de Jorge Wagner. Dominou, girou para tirar o zagueiro e chutou sem tanta força, mas ainda a queima roupa. Méritos também para Marcos, que já havia feito uma defesa de mão trocada, como se dizia antigamente, num chute de fora da área que tinha endereço certo.

Palmeiras/Divulgação
Valdívia jogou muito, mais por raça do que por técnica no campo encharcado. Kléber é muito mais importante do que Alex Mineiro para o ataque. Léo Lima tem um papel crucial para o meio do Palmeiras, apesar de ser menos presente em lances decisivos. Denílson comemorou bastante (foto). Foi divertido.

Depois da paralisação no segundo tempo, o São Paulo voltou melhor, e o pênalti do ex-palmeirense Júnior em Valdívia foi providencial para o sucesso verde.

Viva!

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Alterado às 12h

terça-feira, outubro 30, 2007

Queda de braço

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No caderno especial que o Lance! publicou hoje, comemorando seus dez anos de existência, há um texto de Muricy Ramalho sobre Rogério Ceni que revela um dado até então desconhecido na ascenção do goleiro-artilheiro no São Paulo. Diz o treinador: "A transição do Zetti para o Rogério foi a coisa mais difícil da minha carreira. O Zetti era o Rogério de ontem, um baita ídolo. Mas o Rogério tinha dado um ultimato: queria jogar. Era hora dele. Precisou do seu Júlio Brisola, diretor de futebol, com toda sua bondade, fazer a troca. O São Paulo decidiu da forma correta, deu um prêmio ao Zetti e o transferiu".
Curiosa essa história. Não cabe, aqui, comparar um e outro goleiro ou mesmo discutir méritos e defeitos de Rogério Ceni. O que chama a atenção é o fato de um goleiro reserva, com 23 anos, ter peitado o treinador e a diretoria de um clube grande, pedindo o lugar do Zetti, goleiro que, na época, era simplesmente bicampeão mundial, bi da Libertadores, campeão brasileiro, bi-paulista, campeão da Supercopa, duas vezes da Recopa e, na reserva, tinha participado da conquista da Copa do Mundo pela seleção brasileira, em 1994.
Mais impressionante ainda: o treinador concordou, a diretoria também e, ao que parece, o Zetti não pôs obstáculos. Tanto que ele tem amizade com Rogério ainda hoje, como comprova a foto que ilustra o post. Por isso, o fato é o seguinte: digam o que disserem, mas um goleiro de vinte e poucos anos, sem conquistas relevantes, impor um "dá ou desce" a um clube grande, e o clube aceitar (em detrimento de um ídolo), é coisa muito rara. Rogério Ceni pode ser o que for - de ruim a pior. Mas que é um cara que se impõe, não resta dúvida.