Destaques

sábado, maio 31, 2008

O ano de 1968 no futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Artur Poerner escreveu no Jornal do Brasil "Normal só a vitória da Mangueira [no carnaval].

Neste 31 de maio, vale a pena esticar a onda para o mundo do futebol. Pro parceiro PapodeHomem, pesquisei sobre futebol em 1968 pra descobrir se o futebol também teria mudado.

Não necessariamente em maio, mas em junho. É a versão de um artigo de Admildo Chirol, preparador físico da seleção à época. Ele narrava os bastidores da escalação de Gérson, Tostão e Rivellino juntos, com a camisa canarinho – com direito a participação, como coadjuvante, de Carlos Alberto Parreira. Mais do que uma escalação, a inovação era tática, ao usar mais homens capazes de voltar para marcar. Gérson, Rivellino e Tostão ajudando a defesa? Bom, essa foi a mudança, porque infernizar o time adversário eles iriam de qualquer forma.

Mas na busca, encontrei um monte de dados curiosos sobre o ano.

O levantamento começa na Taça Brasil de futebol, uma lambança. O torneio que lembra a Copa do Brasil atual, servia para indicar os brasileiros na Libertadores do ano seguinte. Ficou parada por quatro meses, e foi acabar em outubro de 1969, com o Botafogo, pivô da crise junto do Metropol de Criciúma, em Santa Catarina, sagrando-se campeão. A competição não voltaria a acontecer depois desse enrosco todo. Note-se que o Metropol fechou seu departamento de futebol em 1969, ano em que se sagrou campeão de seu estado.

As mudanças nada positivas vão além. O ano de glórias da Estrela Solitária também rendeu monopólio no Rio de Janeiro. Ficou com o caneco em cima do Vasco no Carioca. Também conquistou a Taça Guanabara que, até 1976, não representava o primeiro turno do estadual como acontece hoje. O bicampeonato em ambas as competições marcou o início da fila do clube, que ficaria 21 anos sem conquistas. Vale dizer que o técnico do clube era Mário Jorge Lobo Zagallo, em sua primeira experiência como treinador que duraria até 1970.

Como todo nascido muito tempo depois dos anos 60, pensar no Botafogo daquela época remete, de algum jeito, a Garrincha. Mas ele havia deixado o clube em 1965, passado pelo Corinthians em 1966 e pulado no Atlético Junior, de Barranquilla, na Colômbia por um ano e meio para jogar uma partida apenas, contra o Santa Fé, sem nenhum gol. Em 3 de novembro de 1968, Mané estrearia pelo Flamengo, sem conseguir grandes feitos.

O Santos de Pelé sagrou-se bicampeão paulista, vencendo o Corinthians na final. O artilheiro foi Téia, da Ferroviária de Araraquara. O alvinegro da Baixada Santista levou o o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o equivalente ao Brasileiro atual, e venceria o terceiro estadual consecutivo no ano seguinte.

O Náutico alcançou o hexa pernambucano em cima do Sport, em três jogos. O feito é único na história do estadual. O paranaense ficou para o Coritiba, no gaúcho o Grêmio foi hepta, o Galo ficou com o mineiro, o Galícia venceu o Fluminense de Feira de Santana na Bahia, e por aí vai.

Ainda falta descobrir sobre o futebol do resto do mundo em 1968.

sexta-feira, maio 30, 2008

Goleiro bêbado?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook





Indicação do companheiro Marcão. De fato, parece que o arqueiro está levemente embriagado...

Deu no New York Times

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Foto de Rina Castelnuovo, publicada pelo jornal estadunidense, mostra uma provocativa pichação em muro construído por Israel na fronteira com o território palestino, em Ramala, na Cisjordânia.



Grupo faz picha muro por encomenda

E a insurreição continua!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Materinha do Lance! de hoje, intitulada "Resistência em todo o Brasil", comenta que a proibição da venda de bebida alcoólica nos estádios pela CBF é combatida por bares e ambulantes. Uma foto mostra engradados de lata de cerveja empilhados na arquibancada do estádio Frasqueirão, em Natal (RN), durante a partida entre ABC e Corinthians pela série B do Brasileirão (o pior é que a probição está levando à precarização da manguaça, pois a imagem mostra quatro caixas de Nova Schin e três de Primus!). A polícia não fez nada - nem em relação à proibição do consumo de álcool e nem sobre a possível utilização das latas para a violência.
O texto cita ainda que ocorreu venda clandestina de bebidas no jogo entre Flamengo e Internacional-RS, pela série A, no Maracanã. Diz a materinha: "Os únicos problemas judiciais em relação à medida da CBF aconteceram no Paraná e no Rio Grande do Norte. No Couto Pereira, uma liminar foi conseguida pelo proprietário de um bar, mas foi cassada antes da estréia do Coritiba contra o Palmeiras. Na Arena da Baixada, os bares também buscaram medidas judiciais e conseguiram garantir a venda. O Atlético-PR repassou a questão para a CBF, pois é obrigado a cumprir a decisão. E a tendência ao descumprimento da medida vai se tornando nacional". É isso aí, manguaceiros: resistir, beber, cair e levantar!

quinta-feira, maio 29, 2008

Senhora Cristiano Ronaldo surpreende em fotos com amigas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Reprodução The Sun

"O truque da cartola quente da namorada do Ronaldo". Pra
traduzir melhor o título, carece um doutorado em inglês.
"Hat-trick" é uma expressão usada para um jogador que marca
três gols numa mesma partida. As tarjas são uma homenagem
à TV Pirata.


Ainda a noiva do Cristiano Ronaldo. A modelo espanhola Nereida Gallardo está novamente nas capas dos tablóides britânicos. A revista The Sun publicou fotos supostamente tiradas no banheiro (feminino) de uma boate em Mallorca, na Espanha, em que a moça "se diverte" com quatro amigas.

Consta que a diversão consistiu em posar para fotos em poses que insinuariam um clima sexual entre as amigas. As moças mostram os seios para a câmera, ameaçam se beijar e por aí vai.

Roni, como chamam os fãs lusitanos, não precisa se preocupar. Pelo menos é o que diz a fonte do jornal birtânico. Ele diz que ela adora "recriar" as cenas para o noivo nos momentos íntimos do casal. Isso serve para evitar as piadas sobre o pênalti perdido pelo craque português na final da Liga dos Campeões, contra o Chealsea.

Nereida já havia posado para fotos sensuais para a revista Interview e para o próprio jornal The Sun.

Ex-namorado avisa
A informação sobre a desinibição da modelo é corroborada por outra fonte do tablóide, o procurador de jogadores espanhol Pedro Campane. Segundo o agente, ele precisou romper com a modelo porque "ela era como um animal selvagem na cama". "Nereida não sabe quase nada sobre futebol, mas sabe tudo sobre homens – e como lhes dar prazer. Cristiano deve estar tendo momentos alucinantes".

Obrigado a editar esse tipo de conteúdo no Futepoca, me vi forçado a parar de descrever e deixar que as imagens falem mais do que esse blablablá. Estão aqui.

O Flu torce para Caranta não voltar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Para o Futepoca não ficar só na euforia de corinthianos, os torcedores do Fluminense estão também comemorando o resultado de ontem, empate em 2 a 2 com o Boca no estádio El Cilindro, em Buenos Aires.

E têm de fazer festa mesmo, pois foi extremamente difícil suportar a pressão dos argentinos, que saíram na frente duas vezes e acabaram tomando o segundo gol num chute fora da área e frango do arqueiro reserva Migliore, já que Caranta está com problemas musculares.

Para ver como ainda será difícil passar pelos argentinos mesmo no Maracanã, vale o comentário da patroa, Simone, durante a partida: "esses jogadores do Boca não erram passe, são melhores que a seleção brasileira". Referia-se aos primeiros minutos do segundo tempo em que o Boca prensou o Flu em seu campo e deve, por cerca de 10 minutos, ter ficado com uns 90% de posse de bola.

Mas o Flu soube resistir à pressão e contou com a ajuda do já citado goleiro.

Não tem nada decidido porque, por incrível que pareça, o Boca está jogando melhor fora que em casa, basta ver as partidas contra o Cruzeiro no Mineirão e o Atlas no México...

A chave para a decisão são os camisas 10 e os goleiros. Ontem tanto Riquelme quanto Thiago Neves desequilibraram. A diferença foi que Fernando Henrique não falhou, para variar, até surpreendendo, fazendo pelo menos duas defesas muito difíceis.

Os torcedores do Flu, com certeza, torcem para Caranta não se recuperar.

A única certeza é que a próxima partida será outro jogaço.

Tipos de cerveja 10 - As Golden/ Blonde Ale

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Esse é um tipo de cerveja muito genérico e com bastantes variantes. Uma das formas habituais é a Canadian Ale, muito parecida com a American Pale Ale - não só nas qualidades, mas nos defeitos: pouco malte e lúpulo, utilização de cereais menos nobres (como arroz ou milho) e um sabor meio apagado. A versão britânica possui mais lúpulo e menos álcool que as estadunidenses, o que as tornam mais referscantes e amargas. Em geral, as Golden/ Blonde Ale são cervejas suaves, com bastante gás, espuma branca e corpo claro e límpido, segundo Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. Exemplos: Crouch Vale Brewers Gold Extra (foto), Redhook Blonde Ale e Oakham Bishops Farewell.

É pênalti? Ih...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Edmundo é certamente um dos maiores jogadores que a minha geração viu. Arrebentou no Palmeiras em sua primeira passagem e no Vasco, em 1997, teve o melhor campeonato que eu já vi alguém fazer em terras nacionais. Foi indiscutivelmente um craque, e até merecia ter feito mais do que fez com a camisa da seleção brasileira.

Mas apesar de todas essas qualidades, Edmundo tem uma característica ímpar: a "capacidade" de perder pênaltis decisivos. Ontem ele foi o responsável pela única cobrança errada na disputa do seu Vasco contra o Sport, que levou os pernambucanos para a final da Copa do Brasil.

Em 2000, na decisão do Mundial da Fifa, Edmundo cobrou e errou o pênalti decisivo, o que fez com que o Corinthians se sagrasse campeão do torneio. E mesmo em 2008 ele errou outra cobrança importante, na semifinal da Taça Guanabara, quando enfrentou o Flamengo. O rubro-negro fez 2x1 e acabou levantando a taça.


Outras cobranças desperdiçadas célebres de Edmundo foram em suas não-saudosas passagens por Santos e Cruzeiro. Em ambos os clubes, em 2000 e 2001, respectivamente, Edmundo enfrentou o Vasco, seu time do coração, e não conseguiu converter as penalidades. O erro fez com que seu contrato com o clube azul de Minas fosse imediatamente rescindido.

Também contra o Vasco, Edmundo errou um pênalti no Brasileirão do ano passado, quando defendia o Palmeiras. Curiosamente, enfrentando o Verdão o Animal não teve a mesma "piedade": quando estava no Figueirense, em 2005, cobrou e converteu duas penalidades em pleno Parque Antarctica.

Pode ser que em 2008 o Vasco ainda passe por uma disputa de pênaltis. O clube da Colina é um dos oito brasileiros que disputarão a Copa Sul-Americana, composta de mata-matas de início ao fim. Se tiver, será que Edmundo bate? Se sou eu o técnico, saco o cara quinze minutos antes de qualquer possibilidade de decisão nas penalidades...

Corinthians na final da Copa do Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Corinthians e Botafogo, jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. O Timão precisa ganhar de 1 a 0 ou por dois gols de diferença. 2 a 1 e virão os temidos pênaltis (detesto pênalti).

Antes do jogo eu não sabia o que fazer. Na segunda partida contra o Goiás, descrente (que erro gravíssimo), assisti minha aula de quarta-feira e ia embora pra casa sem sobressaltos, quando o celular de um amigo corintiano toca. Era um outro alvinegro, ligando direto do Morumbi, onde o Corinthians sapecava 4 a 0 no time esmeralda. Corremos pro boteco e vimos o segundo tempo entre cervejas e gargalhadas. Cheguei em casa umas 4h da manhã.

Contra o São Caetano, confiante, não me preocupei muito e, dessa vez, estava com a razão. O churrasco e a cerveja caíram como uma luva, melhorados pela vitória e a companhia de minha namorada, que é meio santista, meio atéia futebolística. Desceu tudo macio e dormi o sono dos classificados.

O primeiro jogo da semifinal vi no boteco onde tinha visto o primeiro das quartas, com o santista Glauco Faria. A mesa mudou de lugar e apareceu o tricolor Marcão, mas o cenário era praticamente o mesmo. O resultado, contudo, foi bem outro.

E nesse jogo, não sabia o que fazer. Não tinha mística, não tinha repetição, cada jogo foi uma história. Como para esse time do Corinthians, briguento, brabo pra caramba, com a cara, Deus meu, com a cara da torcida.

Decidi fazer o mesmo dos outros jogos e nada fazer. Fui para a aula e sai pra beber com um cara e duas moças da sala. Uma palmeirense e dois desligados dessa coisa maravilhosa, única, intensa, inexplicável que é o futebol. A moça verde é sincera e logo anuncia: vai torcer contra. Acho justo, mas me preparo para ter o inimigo a minha frente. O bar, descubro, é reduto alvinegro, e são várias as camisas amigas.

O papo era cabeça, psicanálises, antropologias, etnografias, éticas e o diabo a quatro. E eu com um olho e meio no jogo. Mano Menezes me escala o time com os benditos três zagueiros e eu temo. Mas algo funciona e o Timão pressiona. O primeiro tempo é pegado, brigado, suado, e nada de gol. A conversa flui entre Levi Strauss e terapia ocupacional. Eu tenso, tenso, tenso. A palmeirense não cumpre o prometido e ignora a partida.

Volta o jogo e o Corinthians vai pra cima. Seis minutos: lançamento na direita, Herrera ganha de um, corta o outro e entrega para o recém entrado Acosta manter sua sina contra o Botafogo. 1 a 0 Timão e eu vibro, grito, xingo com gosto. Na mesa, recebo o o olhar meio perplexo de meus companheiros agnósticos. Minha comemoração encontra eco, ainda que estranho, exatamente na inimiga, palmeirense infiltrada.

O desastre ocorre logo dois minutos depois: bola cruzada na área, confusão, Felipe pega mas rebate, e é gol do Botafogo. A agnóstica ao meu lado ensaia uma zombaria (o namorado e sãopaulino, percebam), mas não vai longe. Seu companheiro de credo não liga muito, e os dois voltam a problemática da luta antimanicomial. E a palmeirense, pasmem, se compadece.

Começo a achar que não vai. Mas aos 19, Chicão mete uma falta na direita de Castillo. Li que foi falha, mas eu e a palmeirense concordamos que foi “um golaço”. Timão no jogo, e eu entornando e fumando que nem um desesperado.

A cosia aperta. Vejo Marcel entrar em campo e filosoficamente me questiono sobre o cheiro do conteúdo da cabeça de Mano Menezes. Carlão entra também, e a neurose só aumenta. Calor do Botafogo, e vamo que vamo. Mas não tem jeito (ou foi esse o jeito? Ah, a filosofia...): pênaltis.

Eu odeio pênaltis. Não sei se olho ou saio da sala, tenho a impressão de que alguma coisa que eu fizer, qualquer coisa, vai alterar todo o curso do universo e dar ou não a vitória a meu time. “Pênalti é injusto, mor sofrimento”, concorda a palmeirense. Mas é assim, pondero eu.

Ficamos os dois presos ao jogo, enquanto Winnicott e a pesquisa acadêmica seguem seu caminho ao lado. Eu estou em frangalhos de tensão. Ela se preocupa. Ela se agita. E, pasmem de novo, torce para o Corinthians.

Chicão, Lúcio Flávio, Herrera, Alexandro, Nilton (que medo), Andŕe Luiz, Alessandro, Jorge Henrique, Acosta. E desisto de algum goleiro pegar pênalti. Vai ter que ser erro grosseiro do batedor. Na última batida, de Zé Carlos, não incentivo Felipe a pegar, mas o batedor a chutar pra cima. Ele segue meio que minha orientação e manda a meia altura, no lado esquerdo do goleiro. E Felipe, talvez ofendido, pega. Pega! PEGA!!! É Corinthians!!!! É CORINTHIANS NA FINAL!!!!

A palmeirense diz que é assim mesmo, que não é competitiva, que não consegue ver um amigo sofrendo e torcer contra. Mas eu entendo o que aconteceu. Entendo quando ela explica para a agnóstica por que o futebol é mágico. “Tem que ir no estádio para entender”, ela diz. “O fenômeno social”, emenda, meio encabulada. A Fiel ganhou até a inimiga. O Botafogo lutou bravamente, mas quando um time desses se afina com uma torcida dessas, meu amigo, fica difícil. Nessa quarta, Deus, se houver, estava com o Corinthians.

PS.: Amanhã penso no Sport, que passou também apertado contra o Vasco (com direito a pênalti na lua de Edmundo) e faz a final contra o Corinthians. Os dois times chegam na pilha, de batalhas homéricas, e o bicho vai pegar na final.

PPS.: Depois de tudo acabado, cada um para seu lado, liguei para meu pai em Mauá. “Até que enfim esse time dá uma alegria pra gente”, disse ele. E tem razão. Não tinha percebido há quanto tempo o Corinthians está na merda. Essa é a hora de sair na foto de novo, e esse time merece.

Jogaço! Corinthians na final da Copa do Brasil!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um momento, uma ressalva. O jogo começou e seguiu morno durante todo o primeiro tempo. Algumas jogadas que poderiam ser perigosas, principalmente do Corinthians, mas nada que valha memória. Esqueçamos o primeiro tempo. Este, se valeu por algo, foi pela garra do Herrera. Só.

O segundo tempo começou com o gol de Acosta aos seis minutos. Que bela jogada de Herrera! Meio estabanadão, parecia que ia trombar com o zagueiro como sempre, mas limpou lindamente pela direita e centrou pro Acosta bater com consciência no canto esquerdo do goleiro Castillo. Senti que o Corinthians estava classificado. E não fui só eu. Acho que os jogadores também devem ter sentido. E pagaram por isso.

O gol do Botafogo, um minuto depois, foi daqueles que time toma no abafa da empolgação. Escanteio batido, falha feia do goleiro Filipe, que saiu mas não saiu, aí tomou uma bola no peito, espirrou pra trás e tomou. Bizonho.

O gol do Chicão de falta foi realmente muito bonito. De verdade, o Corinthians fez dois lindos gols. Aliás, o Timão tem feito gols realmente empolgantes.

Parênteses: esse Chicão, zagueiro que demonstrou fino trato com a bola ao bater a falta, na marcação é um tosco. Ele atropela os atacantes, e não fosse o árbitro um bunda-mole o teria expulsado no lance em que quem tomou amarelo foi o capitão corintiano William. Na realidade, Chicão é quem deu uma bordoada na nuca do botafoguense.

Que me perdoem se não estou analisando tática. Nem me lembro dos nomes dos jogadores da Solitária que participaram das jogadas. É um torcedor falando, que viu o jogo de um lado só. E viu um Corinthians guerreiro e digno de ser campeão.

O Luciano do Vale (que aliás pra lembrar nome de jogador é pior que eu...) falou, mas eu já tinha reparado: o Herrera parece o Casagrande, com aquele jeito de olhar a jogada de boca aberta, sem nenhuma elegância, meio desengonçado até, mas brigador, e extremamente perigoso dentro da área. Falta um gênio como Sócrates pra jogar junto, que aí ele renderia muito mais...

Mas não há por que ficar sonhando. O Corinthians cobrou os pênaltis e está, de fato e de direito, na final da Copa do Brasil. Vai pegar uma casca, que é o Sport de Recife. Mas, pasmem todos os secadores (que não são poucos), pode chegar à Libertadores do ano que vem!

Como diria Lawrence da Arábia, "Nothing is written". Vamos, vamos, meu Timão, não pára de lutar!

quarta-feira, maio 28, 2008

"Barriga" do Juca Kfouri

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ontem, apareceu uma pesquisa sobre torcidas dos times brasileiros atribuída ao Gallup e à Editora Ática. Entre as "informações" que trazia, botava o Santos em 18 lugar, atrás do Goiás, por exemplo.

Aproveitei para encher um pouco os Santistas aqui da redação, mas na hora de checar os dados, nada de achar o tal estudo na página do Gallup nem nenhuma referência na Ática.

Daí não ter publicado o troço no Futepoca.

Mas o Juca Kfouri não checou e cometeu barriga (gíria jornalística para informação errada publicada).


Veja a errata do uol, publicada nesta quarta.

28/05/2008 - 15h40
Primeira Página - Gallup não fez pesquisa de torcida
O UOL divulgou na tarde desta quarta-feira (28) suposta pesquisa do instituto Gallup sobre o ranking das maiores torcidas de futebol do país. A informação foi publicada pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog e foi destacada na primeira página do portal por 40 minutos.

Juca Kfouri apurou que a pesquisa em questão não existe. Tão logo a redação foi notificada do erro, a informação foi excluída da home page do UOL e do Blog do Juca.

Sem comentários...

Campanha para 2010 inclui o eterno camisa 10

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O eterno presidenciável tucano José Serra assina daqui a pouco, às 16h, em Santos (SP), a escritura de doação do prédio que guardará relíquias do Rei Pelé. O release da assessoria de comunicação estadual adianta objetivamente que "o prédio, que terá três blocos, será histórico por dentro e contemporâneo por fora". Também será criado um monumento na parte externa, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (na foto, com Serra e Pelé). O prédio fica na Rua Visconde de Mauá, s/nº, Centro de Santos.

Você tem medo de quê?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Da última vez que reboquei meu corpo ao Bar do Vavá, levei um papo (de bar, óbvio) deveras interessante com o camarada Don Luciano, basicamente, sobre como o medo é a base e/ou força motriz de quase tudo na sociedade ocidental dita civilizada: política, religião (futebol dentro disso), relações sociais, escolhas, preferências, paranóias, desvios, vícios etc etc. O assunto vai longe e, por isso, durou até a última garrafa possível, com a porta do bar já descerrada.

Curiosamente, dois dias depois, recebi um emeio que dizia o seguinte: "O dicionário 'Aurélio' define medo como 'um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real, imaginário ou de uma ameaça'. Fala ainda em 'susto, pavor, temor, terror'. Nos anos 30, o médico inglês Edward Bach, com base na constatação de que a falta de harmonia interior era a principal causa de doenças – se dedicou a criar um sistema de cura natural que fosse acessível a todas as pessoas".

Tratava-se de uma propaganda dos tais Florais de Bach, ressaltando que "fazem parte do Grupo do Medo cinco florais: Mimulus, Aspen, Rock Rose, Red Chestnut e Cherry Plum". Não resisti e encaminhei o emeio para o Don Luciano, com a ressalva de que, "agora sim, todos os nossos problemas estão resolvidos!". Ele me respondeu o seguinte: "Fantástico, depois desse grande texto, deveríamos nos dedicar mais a essa parte filantrópica que faz parte da nossa busca cotidiana para nos tornar pessoas menos indecentes e formular os preceitos de uma nova(?) religião(?): os FLORAIS DE BAR".

E ainda sugeriu quatro deles, todos com alto teor alcoólico: Caipirense (para não ter vergonha de falar com a língua mole), Casa Grande (para quem nunca consegue chegar na porta de casa), DaKana (para quem tem medo de acordar no xadrez) e Pitu (para quem tem medo de acordar com dor no local onde as costas mudam de nome). É ou não é uma idéia revolucionária?

Copa do Brasil: 70 mil corintianos contra o Botafogo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians joga hoje contra o Botafogo no Morumbi, que receberá quase 70 mil fiéis. Depois da derrota por 2 a 1 na partida em solo fluminense, o Timão precisa vencer por 1 a 0 para passar à final da Copa do Brasil. Se levar um gol a vitória precisa ser por dois gols de diferença (2 a 1 leva a decisão para os pênaltis).

O time joga com quatro desfalques: André Santos, Lulinha, Carlos Alberto e Fabinho. Mano Menezes tenta montar o quebra-cabeça do que sobrou e faz mistério sobre a escalação.

A solução que parece mais provável é algo próximo o time que começou a partida de sábado, contra o ABC (vitória por 1 a 0 com golaço de Douglas. Foi mal não ter escrito nada a respeito). Nilton entra no lugar de Fabinho para proteger a zaga e Alessandro substitui Carlos Alberto na lateral-direita. Até aí, tudo bem. O que me preocupa é o resto. No lugar de André Santos, entra Carlão, para jogar como mezzo lateral, mezzo terceiro zagueiro. Wellington Saci entra no meio pela esquerda para fazer mais ou menos a função de Lulinha, com Dentinho caindo mais pela direita.

Em tese, pode funcionar. Mas na prática, mesmo contra o ABC, eu não gostei. Carlão ficou muito plantado atrás, não participou das jogadas pela esquerda nem nos passes iniciais e não compôs a marcação no meio-campo. O time dá campo ao adversário e as jogadas acabam estourando na defesa.

Além disso, com essa formação, o Corinthians cria menos e o adversário fica mais saidinho. O que pode ser péssimo contra um Botafogo que só precisa de um golzinho pra complicar de vez a vida do Timão.

Tem outra solução? Seria escalar Acosta no Lugar de Lulinha. Mas pelas características, o time mudaria muito o jeito de jogar. Herrera talvez caísse pela direita para o Lula Molusco ficar de centroavante. Correr-se-ia o risco de perder a boa fase de Herrera para ver um Acosta inoperante. Resumindo, com quatro desfalques desses, qualquer time teria problemas.

O Botafogo não conta com Túlio, desfalque importante, mas tem a volta de Triguinho. Como Alessandro deve ser liberado para descer mais para o ataque, o lateral-esquerdo boafoguense deve cair nas costas dele, jogando com o perigoso Jorge Henrique. Mano precisa prestar atenção nesse setor.

Falando racionalmente, não dá para prever o resultado. Na verdade, o Botafogo leva vantagem, por ter um time mais rodado e com jogadores melhores que os do Corinthians, especialmente com os desfalques. Por isso, minha cabeça me diz que ser desclassificado será um resultado normal, que o time já foi mais longe do que todo mundo esperava e que, por mais que seja legal ganhar a Copa do Brasil, o objetivo do Timão esse ano é voltar à Serie A e só.

Mas esses são apenas os dados mais objetivos do jogo. O que deve decidir mesmo são os quase 70 mil corintianos, maloqueiros e sofredores que estarão hoje no Morumbi. O que deve decidir é a camisa do Timão, que já fez um monte de jogador medíocre virar craque na hora h. Sem menosprezar o Botafogo, que também tem camisa e tradição.

É por isso tudo que meu coração não me deixa pensar em outra coisa senão nesse jogo há dias e que, por mais que tenha tentado ficar tranqüilo, estou pirado para fazer a dinal da Copa do Brasil. A cabeça não quer dizer o que o coração grita forte: hoje, eu sou mais Timão.

PS.: Para quem gosta de um bairrismo, o Cointhians hoje é o único representantes de São Paulo numa Copa do Brasil que poder ser decidida por dois cariocas. Quem vai torcer?

PPS.: Os santistas têm outro motivo para vibrar com os gols do Corinthians. Se o Botafogo for eliminado, aumentam as chances de Cuca desembarcar na Vila Belmiro.

PPPS.: Na outra semifinal, aliás, estão mais uma vez menosprezando o Sport. O pessoal está falando muito que o São Januário vai fazer a diferença e que o Vasco vai crescer. Pode ser, mas minha aposta é que os pernambucanos seguram o jogo e fazem a final. Contra o Timão, se tudo der certo.

terça-feira, maio 27, 2008

Leão cai e aumenta a dramaticidade do "clássico da crise"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sanches Filho/Estado de S. Paulo
O treinador Émerson Leão não comanda mais o Santos. Pressionado pela eliminação do time na Libertadores, cobrado como se a equipe fosse recheada de craques, achincalhado por uma organizada e combatido desde sua contratação por parte da diretoria, o técnico pediu arrego.

Agora foi aberta a temporada de especulações. Dois nomes surgem como favoritos da diretoria (?) santista. O que não quer dizer nada, porque o clube não tem dinheiro e o Santos não parece o lugar em que os comandantes de alto nível sonhem em atuar hoje. Cuca, do Botafogo, caso o time caia fora da Copa do Brasil, desponta como um dos preferidos. O outro é Paulo Autuori, atualmente no Catar, mas que envolveria uma bela soma para retornar ao Brasil.

Diante da provável recusa dos citados acima, outros dois desempregados poderiam sentar no banco de reservas do Alvinegro. Geninho, técnico defensivista que passou pelo clube em 1986/1987/1992/2001 é um deles. Pergunte a algum santista se tem saudades de alguma passagem do referido no Peixe. Outro que pode aparecer é Ney Franco, recém-demitido do Atlético (PR).

Tirando Luxemburgo e Leão, ninguém mais conseguiu títulos com o time da Vila no século XXI. Dada a falta de recursos decorrente de uma administração temerária que teve em mãos a maior mina de ouro do futebol brasileiro nos últimos 25 anos, com Robinho, Diego, Elano, Alex, Renato, entre outros; mas que anteriormente havia gasto fortunas com Rincón, Edmundo, Marcelinho Carioca, Valdir Bigodinho, Carlos Germano, as perspectivas são péssimas.

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre. Márcio Fernandes (vulgo o interino), faça sua parte domingo, no "clássico da crise" contra o São Paulo, e ajude seu clube a ter um futuro menos sombrio...

Rumo a Dubai!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O slogan "Rumo a Tóquio" imperou nos clubes brasileiros por muito tempo. Flamengo, Grêmio e São Paulo foram campeões lá, e Cruzeiro, Vasco e Palmeiras foram derrotados na decisão do Mundial Interclubes, antes de sua oficialização pela Fifa. Veio a formalização do torneio, em 2005, e o campeonato passou para Yokohama; e aí o São Paulo conquistou o mundo novamente, e no ano seguinte foi a vez do Internacional.


Mesmo com a mudança de cidade, a sede continuava sendo o Japão. E assim os brasileiros se acostumaram a ver na "terra do sol nascente" um sinônimo de Mundial de Clubes.

Pois bem, agora isso terá que mudar. A Fifa anunciou que o Mundial de Clubes sairá um pouco do Japão nos próximos anos. A "rotatividade meia-boca" determinada pelos dirigentes máximos do futebol prevê que o Mundial de Clubes sairá do Japão em 2009 e 2010, voltando ao país natal de Kazu em 2011. Enquanto isso, a sede do torneio será os Emirados Árabes.

O país, localizado na Península Arábica, tem vivido um verdadeiro boom no turismo nos últimos anos. A nação já é naturalmente rica por conta das inúmeras reservas de petróleo; os xeiques locais aproveitaram esse dinheiro para transformar a geografia local, fazendo das belas praias naturais empreendimentos turísticos de altíssimo padrão.

O Mundial de Clubes vem para coroar esse momento.

Será, certamente, o ponto mais alto dos Emirados Árabes no futebol mundial. Com a bola rolando o país não fez praticamente nada. Jogou apenas uma Copa do Mundo, em 1990, e perdeu os três jogos (contra Iugoslávia, Colômbia e Alemanha Ocidental, que levantaria a taça do torneio). Na Copa da Ásia, a seleção dos Emirados Árabes nunca foi campeã.

Como país-sede, os Emirados Árabes terão um clube entre os competidores do Mundial. A tradição futebolística local é nula; por outro lado, o dinheiro pode motivar a contratação de pesos-pesado da bola para encorpar a equipe local. E aí?

segunda-feira, maio 26, 2008

"Não tem nenhum Richarlyson aqui não"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



O meia botafoguense Carlos Alberto, ex-Corinthians, ex-Fluminense, ex-Porto, ex-Werder Bremen, ex-São Paulo, ex-galático, ex-craque e quase ex-atleta aos 23 anos, mostra que a dispensa do Tricolor paulista foi uma decisão acertada da diretoria do Morumbi.

No vídeo acima, ele é assediado no elevador em Belo Horizonte, no último dia 19, por fãs que pedem para ele mandar beijos aos cruzeirenses Fábio e Marcelo Moreno, em claro tom de pilhéria. Mesmo sabendo que estava sendo filmado, o dublê de jogador dispara: "Por que vocês estão mandando a gente mandar beijo para homens? Não tem nenhum Richarlyson aqui não."

O meia tentou "esclarecer" a galhofa com o ex-companheiro de time ontem (domingo, 25). "Queria explicar que foi apenas uma brincadeira de momento. O Richarlyson foi um amigo que fiz no tempo de São Paulo e jamais quis ofendê-lo. Peço desculpas se ele ficou ofendido. Foi uma brincadeira infeliz que não vai mais ser repetir. Em nenhum momento quis debochar dele. Só falei que não era o Richarlyson porque ele é que tinha essa mania de mandar beijos para as pessoas. Sempre brincávamos com ele por isso." Quem tem um amigo como Carlos Alberto precisa de inimigos?

Além da famosa confusão com Fábio Santos, o meia também arrumou algumas rusgas com atletas do São Paulo por fazer brincadeiras de gosto duvidoso.

Euller (ele mesmo) bate pênalti inusitado em Minas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os jogadores do América-MG inventaram um novo jeito de cobrar pênaltis. A proeza foi realizada no último domingo, no jogo contra o Ideal pelo Módulo II do Campeonato Mineiro, do qual o América foi campeão antecipado. Seu autor foi Euller, o Filho do Vento, que ainda está jogando, sim senhor. Na hora da cobrança, Euller rola a bola para Douglas, que marca o gol, numa jogada ensaiada no pênalti. Veja abaixo:



Em entrevista ao Lancenet, o veterano disse que a jogada era prevista e foi uma idéia dele mesmo. “Na verdade treinamos, mas escondido. Então decidimos fazer no jogo, conversamos e ensaiamos muito, porque era preciso ficar bem claro que não faríamos a jogada. Eu não poderia olhar para o Douglas antes da jogada para que os outros jogadores não pudessem perceber, disse Euller. “Sempre tive vontade de fazer um gol assim. Por isso eu procurei saber na regra se seria legal”, declarou.

E é, como confirma José Roberto Wright no site do diário. “Desde que a bola seja tocada para frente e não haja invasão, o gol é válido. Foi o que aconteceu”, sustenta. Você gostaria de ver seu time batendo pênaltis assim?

NeoFebeapá OU preconceito pouco é bobagem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Se o cronista, escritor e compositor Sérgio Porto estivesse vivo, teria farto material para seu impagável alter-ego Stanislaw Ponte Preta, autor de três volumes do Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País). A série inacreditável de patacoadas - para não dizer agressões, crimes ou preconceitos deslavados - começou em 29 de abril, quando, em entrevista à Folha de S.Paulo, o professor da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Antonio Natalino Manta Dantas (acima), atribuiu ao "baixo QI dos baianos" a nota 2 obtida pelo curso no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e no IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado). Confiram as besteiras ipsis literis proferidas por Dantas:

"O baiano é uma pessoa igual a qualquer outra, mas talvez tenha déficit em relação a outras populações. Não temos aquele desenvolvimento que poderíamos ter. Se comparados com os estados do Sul, vemos que a imigração japonesa, italiana e alemã foram excelentes para o país. Aqui ficamos estagnados."

"A prova foi feita com alunos do primeiro semestre e do último semestre. Pode estar havendo uma contaminação das cotas e influência da transformação curricular nesse resultado."

"O berimbau é o tipo de instrumento para o indivíduo que têm poucos neurônios. Ele tem uma corda só e não precisa de muitas combinações musicais."


Incomodado com a polêmica em torno desse caso e com o fato de Dantas ter renunciado ao cargo na UFBA, Gilberto Dimenstein (à esquerda) subiu ao palanque da mesma Folha de S.Paulo, em 5 de maio, para piorar a emenda e o soneto. Eis a síntese de seus "argumentos":

"O déficit de inteligência da Bahia é, na verdade, a avassalodora perda de cérebros que, por falta de alternativa, se mudam para outras cidades do Brasil e do exterior."

"Vejo como muitos deles prosperam rapidamente, beneficiados pela criatividade baiana combinada com a disciplina paulistana."

"O que me deixa perplexo é que, na Bahia, quase ninguém parece perplexo com esse déficit de inteligência, o que acaba estimulando um círculo vicioso do baixo capital humano."


Logo em seguida, em 8 de maio, para completar o côro sincronizado do preconceito explícito e da mentalidade nua e crua da elite brasileira, o secretário de Emprego e Relações de Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (à direita), insinuou em uma solenidade em Mauá (SP), com registro do jornal ABCD Maior, que só os paulistas têm vontade de trabalhar. Vamos às pérolas de seu primoroso discurso:

"O Banco do Povo tem a cara do paulista, porque é feito para o trabalhador e nós gostamos de trabalhar. Isso desde os tempos do Brasil Império, porque aquele pessoal da côrte não gostava muito de trabalhar, não."

"Só chegamos onde chegamos por essa distância da côrte. Até hoje, onde ainda há tentáculos dessa cultura, existe essa falta de cultura do trabalho."

"Por isso há no Brasil essa situação em que alguns trabalham e pagam pelos benefícios dos que não trabalham."


Será que o Cláudio Lembo não vai comentar nada a respeito?!??

Isto sim é que é cidadania e civilidade!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O camarada Luciano Tasso me envia uma amostra de que, no Brasil, ainda há pessoas que pensam nas dificuldades dos setores mais marginalizados de nossa sociedade. A foto ao lado foi publicada pelo blogue Learn with the Papa!. A placa está em uma rua da Praia de Lages, próxima a Maragogi, em Alagoas. Esse é o tipo de civilidade que o Brasil precisa!

Morre o ídolo corintiano Carbone

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Nação Alvinegra perdeu um de seus ídolos históricos. Faleceu nesse domingo, dia 25, Rodolpho Carbone, o Carbone, meia-esquerda do Corinthians nos anos 50. Segundo o site do Milton Neves, a causa da morte foi um infarto do miocárdio e ele foi sepultado cemitério da Quarta Parada, na zona Leste de São Paulo.

Carbone jogou no Timão de 1951 a 1957. Fez 231 jogos (153 vitórias, 37 empates, 41 derrotas), marcou 135 gols e conquistou os seguintes títulos: Rio-São Paulo (1953/54) e Campeonato Paulista (1951/52/54). Em 1951, foi artilheiro do Paulistão. Fez parte, com Cláudio, Luizinho, Baltazar e Mário, da imortal linha de ataque do alvinegro que chegou a marcar 103 gols em 28 jogos, obtendo a incrível média de 3,67 gols por jogo.

O Futepoca entrevistou o meia em 17 de março, durante a 1ª Feijoada Solidária do Corinthians. Os membros do blog e toda a Fiel Torcida prestam sua homenagem ao jogador.

Com pênalti perdido, empate com a Lusa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"Se nóis tirá em úrtimo lugar
A culpa é do ténico que não sabe orientar
"
"Time perna-de-pau", Vicente Amar


Foi um empate. E Vanderlei Luxemburgo saiu atirando contra seus comandados. Disse, na entrevista coletiva que não gostou de ver tentativas de jogadas de efeito. Alex Mineiro perdeu pênalti ainda no primeiro tempo, aos 32, quando já estava 1 a 0. Sete minutos antes do gol de David, o Verdão teve um tento anulado por impedimento.

Anulado mesmo foi o segundo tempo da representação palestrina. A Lusa de Benazzi acordou e se mostrou diferente do time. O Palmeiras não conseguiu pressionar a valer mesmo com a saída de um volante para entrar um atacante (Martinez por Kléber). Ficou 1 a 1 no Pacaembu. Para Marcos, o Goleiro, pelo que a Portuguesa fez na segunda etapa, o empate não foi tão trágico.

Pelo prisma da tabela, do campeonato e do time que deveria estar jogando mais, é bem ruim.

Élder Granja, substituído pelo lateral ex-Mirassol Fabinho Capixaba, talvez precise ficar esperto. Kléber, que voltou ao banco de reservas e até entrou em campo, também. É que o centroavante dos cotovelos e carrinhos de vontade (maldade?) excessiva pode facilmente virar pára-raios da ira do treinador que privatiza os méritos e socializa a estupidez.

No tribunal
Com um olho no Atlético-PR no domingo, sem ter rivais na Libertadores para secar, o resto das atenções vão ao julgamento do caso do gás de pimenta na semi-final do Paulista, na partida contra o São Paulo. O Palmeiras pode receber uma multa de até R$ 200 mil e ficar de um a dez jogos se mando. Só no próximo paulistão.

sexta-feira, maio 23, 2008

Vinho de pinga ou pinga de vinho?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Bom, como a última rodada da Copa Libertadores entristeceu 50% dos futepoquenses que escrevem no blogue (para felicidade geral de parmeirenses e curintianos), vamos voltar ao assunto fundamental para afogar mágoas ou comemorar a desgraça alheia: a cachaça. Assistindo um programa sobre vinho no History Channel, descobri que o famoso vinho do porto é, na verdade, uma mistura com pinga. Ou melhor, com a bagaceira (um tipo de cachaça) produzida com casca de uva, no processo vinícola.
No produto final, há cerca de um quinto dessa aguardente, um processo chamado pelos portugueses do Vale d'Ouro (foto) de "fortificação do vinho". Poderia muito bem ser chamado de "turbinação", pois, com a mistura da pequena proporção de bagaceira, que tem 77º de teor alcóolico, com o vinho produzido lá, que tem entre 8º e 9º, a mistura final, o chamado vinho do porto, fica com cerca de 22º - bem mais que o teor de 11º a 13º normalmente encontrado em vinhos. A mistura, segundo o programa, surgiu porque os ingleses queriam importar vinho especificamente do Valde d'Ouro, mais distante, e por isso o produto corria o risco de estragar no caminho. Em resumo: quando a coisa ameaça dar errado, a solução é a cachaça!

Motivo de todo o meu riso, de minhas lágrimas e emoção

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



A única vez que vi o Santos perder nas mais de 50 vezes que fui à Vila Belmiro foi em uma partida contra o Corinthians, em 1986. Um dois a zero que só não me deixou tão chateado por conta de um lance. Uma bola longa chega até Lima, autor dos tentos paulistanos, que vai em direção a ela, mas o goleiro Rodolfo Rodriguez chega antes. Dribla o adversário com classe, e incentiva o time a ir pra frente. Ainda menino, a cena nunca mais me saiu da cabeça.

O fato de lembrar do uruguaio nesse lance até hoje é porque ele sintetizava tudo o que eu acreditava que devia existir em um jogador do meu Santos. Era um excelente atleta, mas tinha um algo a mais que faz o torcedor se identificar com ele. Tinha alma. Alma que junta a garra, a raça, o amor e o respeito a quem torce e vibra por um símbolo sem nem saber direito o porquê. Mas ainda assim, irracionalmente, sofre, se alegra e se emociona.

E alma, esse time do Santos tem. A partida de ontem mostrou uma equipe aguerrida, que foi pra cima do adversário o tempo todo, jogando limpo, pra frente, sufocando um rival "covarde inteligente", como definiu Leão. Imagino o que os jogadores do Peixe devem ter sentido após uma partida em que o América não levou perigo ao seu gol sequer uma mísera vez.

O Santos, na Libertadores de 2007, tinha uma equipe muito superior à atual, além de Zé Roberto, o melhor jogador do Brasil naquela ocasião. Mas foi covarde contra o Grêmio na primeira partida e só teve a alma, a gana de vencer, no jogo da volta, quando já era tarde. Muitas vezes, assistindo àquele time jogar de forma fria, pensava: "não é possível, eles não sabem quanta gente sofre por causa deles?".

Ontem, tive certeza que aqueles homens com a camisa branca em campo sabiam o quanto era importante jogar por eles mesmos e também pelos torcedores que, como eu, sentiam a mesma ansiedade que viviam em campo. Mas quando Kléber Pereira sofreu o pênalti não assinalado pelo árbitro, veio a mesma sensação de quando estava no Pacaembu, em 2005, e Marcio Resende de Freitas anulou o gol de Camanducaia na final do Brasileiro. Àquela altura, começava a me conformar com o destino daquela partida.

Mesmo assim, desci pra Santos e fui à Praça Independência saudar os legítimos campeões de 95, já que alguns jogadores foram até lá agradecer os torcedores. E, ontem, após a vitória/derrota, tive vontade de cumprimentar cada um daqueles que entrou em campo. Alguns que vieram desacreditados; outros que superaram lesões sérias; sem contar os estrangeiros que penam pra se adaptar e o técnico sabotado por membros de uma diretoria inepta e por parte da torcida.

Parabéns a eles, que honraram o verso do hino do Santos que é o título desse post. Mas vencer um duelo de mata-mata com pelo menos dois erros capitais contra si é algo que nem a superação consegue.

quinta-feira, maio 22, 2008

Licença/Luto

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O São Paulo foi eliminado, o Fluminense continua na Libertadores.

Não tenho condições de escrever uma linha sobre o jogo. Desde a final da Libertadores de 1994 não chorava tanto por uma derrota (ou vitória) do meu time. Não sei explicar o motivo, mas é assim que está sendo. Estou mesmo de luto.

Vou ficar pelo menos uma semana sem falar de futebol (obrigada, feriado prolongado) pra ver se passa.

Daqui a pouco alguém escreve algo decente sobre o jogo por aqui.

quarta-feira, maio 21, 2008

Manchester campeão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Aos 26 minutos do primeiro tempo, talvez o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, marca um dos mais belos gols de cabeça que já vi. Consciente, coloca a bola fora do alcance do goleiro, em uma movimentação que lembra as lições de Dadá Maravilha, vulgo "aquele que parava no ar": cabeçada é queixo no peito e queixo no ombro. Prefeito, Ronaldo fez o primeiro.

Mas Lampard empatou aos 45, finalzinho da primeira etapa. O Chelsea, sob o olhar atento do patrão Roman Abramovich, equilibrava uma partida favorável ao Manchester United até então. Oportunidades perdidas de lado a lado, mais da parte do Chelsea que jogava melhor, e um jogo pegado - até demais -, com lances violentos e que mereciam expulsão mais de uma vez.

Mas, aos dez, um lance que poderia ser capital. Evra fez uma grande e rara jogada pela esquerda e cruzou pra área, rasteiro. Peter Cech passou batido e Giggs chutou para o gol vazio. Aliás, vazio não, porque Terry se esticou e, de cabeça, conseguiu colocar para escanteio.

Aí estavam os personagens da partida. Nos pênaltis, Cristiano Ronaldo dá uma paradinha, olha, chuta... e perde. E o Chelsea segue com vantagem até o quinto e último pênalti da contagem regulamentar. O capitão Terry, que salvou o Chelsea na segunda etapa, bate. Mas escorrega. E chuta pra fora, no lado esquerdo de Van der Sar.

A peleja vai até a sétima cobrança. Anelka chuta no lado direito e Van der Sar, que mal tinha acertado os cantos das cobranças até então, defende. Gol e título. Merecido. O futebol mais bonito contra o pragmático time sustentado pelo dinheiro russo, cujo treinador Avram Grant é a cara do folclórico chefe mafioso dos Simpsons (com mais cabelo que o técnico, à direita). E quem vai enfrentar o clube inglês no Mundial?

O velório e o trânsito

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Texto do companheiro Airton Goes, jornalista e integrante do Fórum Social da Cidade Ademar e Pedreira, sobre o protesto citado aqui contra as 493 mortes ocorridas em maio de 2006. Absurdos que não mereceram cobertura da grande mídia (a alternativa, como a revista Fórum, foi atrás) nem repúdio das vestais e "cansados" de plantão.

O velório e o trânsito

Airton Goes

Jesus, João, Marcos, Lucas, Mateus... Ao todo, 493 nomes colados em pequenos “caixões” de cartolina preta. Velas acesas e um pequeno grupo de pessoas. Assim poderia ser resumido o velório realizado na última sexta-feira, dia 16, em frente à prefeitura municipal de São Paulo.

O velório foi a forma encontrada pela Comunidade Cidadã, do Grajaú, e por diversas outras entidades da sociedade civil para protestar contra a morte de jovens na periferia e, principalmente, pela falta de políticas públicas por parte da atual administração municipal para esse segmento da população. “Nossa juventude precisa ter alternativas de cultura, educação, lazer... para não se transformar em mão-de-obra barata para o crime organizado”, denunciou Flávio Munhoz, um dos organizadores do evento.

Os 493 “caixões” lembravam as mortes ocorridas nas duas semanas de maio de 2006, quando a cidade foi vítima dos ataques realizados por uma facção criminosa e da vingança indiscriminada, que se seguiu, por parte de maus policiais. Do total de mortos, 475 eram jovens, segundo dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

O início do protesto estava marcado para as 19 horas, mas bastou o ônibus que traria os jovens e os “caixões” sair do Grajaú (distrito da periferia da Zona Sul) um pouco depois do horário previsto, para que a coisa se complicasse. Em função do trânsito caótico, os manifestantes e os materiais necessários ao velório chegaram quase duas horas depois, quando o Centro de São Paulo estava bem menos movimentado.

Em função do atraso, apenas um grupo reduzido de populares, entre os quais alguns familiares de jovens assassinados e desaparecidos naqueles trágicos dias de maio de 2006, acompanhou o II Ato em Defesa da Vida.

Sinal dos tempos e da incompetência do poder público. Há poucos anos, os protestos e as manifestações eram acusados de prejudicar o trânsito na capital paulista. Agora, é o trânsito que atrapalha a realização dos atos públicos.

O velório, além de lembrar as vítimas da violência, também simbolizou a “morte” da atual administração municipal de São Paulo, que se encontra totalmente inerte frente às necessidades e aos reclamos dos jovens da periferia.

Pé redondo na cozinha - Bêbado em dobro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

MARCOS XINEF*

Em um restaurante de São Paulo, trabalhei por alguns anos com um cearense da melhor qualidade, o Expedito, especialista em embutidos. Fazia lingüiças maravilhosas e tinha o hábito de beber só cerveja escura. Até aí, nada de especial. Só que ele bebia duas latas de cerveja ao mesmo tempo! Como? O manguaça tinha seis dedos na mão direita, então encaixava uma lata entre o polegar e o indicador e outra com os dedos restantes! Daí, entornava tudo de uma vez em sua boca enorme. Naquela época, inventei a seguinte receita:

REPOLHO GRATINADO NA CERVEJA COM LINGÜIÇA E BACON

Ingredientes
750 gramas de lingüiça
250 gramas de bacon em fatias
550 ml de caldo de frango
250 ml de cerveja preta encorpada
130 ml de azeite
1 cebola pequena bem picada
1 repolho grande
sal e pinenta do reino a gosto

Preparo
Espete levemente a lingüiça com um garfo e coloque numa vasilha com a cebola, o azeite, sal e pimenta. Deixe marinar por uma hora, virando a lingüiça com freqüência. Corte o repolho em dez fatias do mesmo tamanho e escalde em água fervente por três minutos. Escorra bem e coloque num refratário fundo. Arrume a lingüiça e o bacon sobre o repolho, regue com o caldo de frango e a cerveja preta. Tempere com sal e pimenta do reino. Cubra o refratário e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 50 minutos. Sirva bem quente.


Podem apostar, fica muito bom. E confesso que a receita tem um dedo do Expedito. Um dos seis...



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

Corinthians e Botafogo: dá pra virar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians foi derrotado pelo Botafogo por 2 a 1, ontem, no Engenhão, num jogo tenso dos dois lados. Perder nunca é bom, mas o resultado é reversível no jogo de volta, em São Paulo, na semana que vem, principalmente pelo gol marcado fora de casa.

Aliás, que golaço, com belíssimo passe de Herrera, que não cansa de melhorar, para a conclusão de Carlos Alberto. O gol é um exemplo do que considero a boa notícia sobre o jogo de ontem: o Corinthians jogou bem, especialmente no primeiro tempo, contra um adversário já montado e com bom nível (ao contrário das dragas que despachou antes). Teve pelo menos mais umas três chances claras de gol, com boas defesas do goleiro botafoguense e bola no travessão de Diogo. No segundo tempo, recuou e o Botafogo subiu de produção. Aliás, como já disse aqui, não gosto desse negócio de chamar o adversário.

Os cariocas começaram meio devagar, mas tiveram pelo menos duas boas chances na primeira etapa, com boas defesas de Felipe. O time é bem armado e Jorge Henrique é um jogador muito perigoso. Cuca fez a diferença ao inverter o posicionamento do ataque no segundo tempo, colocando Jorge Henrique em cima de Carlos Alberto, por onde saiu o penalti. Mano Menezes tentou segurar o jogo colocando Fábio Ferreira e mudando o esquema para um 3-5-2, aquele que não funcionava bem no Paulistão. Não funcionou de novo e o alvinegro paulista perdeu terreno no meio de campo. Talvez tivsse sido melhor colocar Nilton para dar combate mais à frente.

A outra má notícia são os desfalques. Leonardo Gaciba concluiu com louvor a tarefa começada por José Henrique de Carvalho no jogo contra o São Caetano e tirou Carlos Alberto, Fabinho, André Santos e Lulinha do jogo de volta pelo segundo cartão amarelo. Eles deverão ser substituídos respectivamente por Alessandro, Nilton (ou Perdigão, Deus me livre), Wellington Saci e Acosta (ou Perdigão, Deus me livre, adiantando Eduardo Ramos para a função do garoto). O Botafogo perdeu Túlio e Alessandro pelo mesmo motivo, mas tem a volta de Castillo, Triguinho e Diguinho, que estavam contundidos. Saiu no lucro.

André Santos e Fabinho farão muita falta (a saber como será o desempenho de Saci), Lulinha fará alguma e Carlos Alberto, bem, se Alessandro estiver bem, pode até ajudar fora do jogo.

Jogando em casa, empurrado pela Fiel, que deve lotar o estádio, o Timão vai abafar o Botafogo e tem condições para conseguir a classificação. Dá pra virar.





Quarta gorda

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Hoje só tem decisão.

Começa às 15h45, com o jogo mais bacana, a final da Copa dos Campeões da UEFA, entre Manchester United (que antes de qualquer pesquisa eu aponto como o favorito do blogue) e Chelsea. Um jogo só, na Rússia. Tem tudo para ser um épico.

Depois, às 21h50, tem Sport e Vasco, na Ilha do Retiro, para começar a decidir quem vai para a final da Copa do Brasil.

E, também às 21h50, o jogo mais aguardado pela minha pessoa, Fluminense x São Paulo. O tricolor paulista joga com a vantagem do empate. O carioca com a vantagem da torcida. Na minha opinião, um jogo sem favoritos.

Tá bom ou quer mais?

terça-feira, maio 20, 2008

Vêm aí, nas próximas eleições...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


(Arte: Luciano Tasso)

O link de Adriano e Ronaldo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vale tudo pra levantar o moral do escandaloso Fenômeno. Ana Maria Braga recebeu Ronaldo e fez sua parte, a namorada concebeu uma gravidez, e agora deu no Globo Esporte: Adriano, amigo dos tempos de quarteto mágico, se aprochegou pra dar uma "força" ao amigo. Ambos compartilham, além de uma insistente pança, o mesmo talento para escândalos, pequenos ou grandes, quando perdem a noção na balada. O regenerado são-paulino bota fé na volta por cima do ex-companheiro de seleção. A notícia, claro, irrelevante, você lê, se quiser, aqui.

Mas o bizarro é outra coisa: saca só como está escrito o link que o site produziu:

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/
Sao_Paulo/0,,MUL472164-9875,00-
ADRIANO+DA+CU+PARA+AMIGO+RONALDO.html

Será que a mídia está (subliminarmente...) estigmatizando o Imperador pelo que representa para a torcida tricolor? Mas a mídia não era são-paulina?

PS: Fica registrado o agradecimento ao leitor futepoquense Paulo Macari, que descobriu o "detalhe".

Se a França tem "lei seca", Inglaterra "ensina" a beber

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Enquanto a França tenta acabar com o happy hour, os ingleses, seus vizinhos e desafetos históricos, acabam de lançar uma campanha de 6 milhões de libras (quase R$ 20 milhões) para informar os consumidores sobre os limites de álcool e quantas "unidades" estão contidas nas bebidas mais comuns. "O tamanho dos copos aumentou e o teor alcoólico de muitos vinhos e cervejas também, então, não é surpresa que as pessoas estejam perdendo a conta do consumo de álcool", alerta Dawn Primarolo, secretária para Saúde Pública.

Uma pesquisa, encomendada pelo Departamento de Saúde para coincidir com o lançamento da campanha, concluiu que mais de um terço não conhecia o limite diário recomendado - de duas a três unidades alcoólicas para mulheres e três a quatro para homens. Três quartos dos consumidores entrevistados não sabiam, por exemplo, que um típico copo de vinho contém três unidades. O estudo entrevistou 1.429 manguaças.

Mais da metade deles (55%) acreditava que um copo de vinho representava duas unidades, quando na verdade corresponde a três; 58% não sabiam que um gin e tônica duplo corresponde a duas unidades e mais de um terço (35%) não sabia que um copo padrão de cerveja vendido nos bares (um pint de 570 ml), contém mais de duas unidades, podendo chegar a três. Além das unidades alcoólicas de cada bebida, a campanha informa os efeitos do abuso de álcool sobre a saúde (veja ilustração da campanha acima).

Um aspecto interessante dessa campanha inglesa é que o objetivo é informar o número de unidades das bebidas sem fazer julgamentos, permitindo que os consumidores tomem suas próprias decisões.

E aí? Lei seca ou disciplina por unidades alcoólicas?

França tenta acabar com o happy hour

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: Joel52/Flickr

Cafés e bares em Paris não podem mais dar desconto em
bebidas alcóolicas no
happy hour.


Cervejinha no fim do expediente pode estar com os dias contados na França. Acabar com as promoções de bebida das 18h às 21h em bares é o principal efeito de um decreto do primeiro ministro fracês, François Fillon. A decisão vem sendo considerado a "morte programada da happy hour" no país europeu, mas pode também acabar com o "open bar".

Segundo a agência Ansa, o texto estabelecido pela Comissão interministerial de luta contra a droga e a dependência de tóxicos fala em "proibição da promoção de bebidas alcoólicas com preços favoráveis, em locais de venda e de consumo (happy hour, open bar) e da venda de garrafas de bebida a grupos de três a cinco pessoas em locais que têm licença noturna".

O motivo é combater o consumo excessivo de bebida. O álcool é apontado como causa de um quarto das mortes no trânsito no país e origem de 36% dos casos de violência doméstica. O aumento do consumo entre jovens e mulheres vem preocupando o Observatório nacional de drogas e dependências de tóxicos da França. Cresceu seis pontos percentuais desde 2002 a proporção de jovens de 17 anos que se embriagaram mais de três vezes no ano. Hoje, um terço deles admitem as bebedeiras. Um em cada 10 encheram a lata mais de uma dezena de vezes.

Apesar disso, donos de bares e casas noturnas devem se opor à proibição dos "preços favoráveis" em locais de venda e consumo. O jornal francês Le Parisien avalia que pode haver um choque econômico grande no segmento de bares. "Acabar com a happy hour é ridículo", acusou Patrick Malvaes, presidente do Sindicato nacional de discotecas e locais de diversão. "São momentos para se reunir que permitem aos bares atrair a clientela", explicou ao mesmo jornal. Segundo ele, a venda dsa 18h às 21h responde por 30% a 40% das vendas de bebidas alcóolicas em média, mas chega a 70% em alguns casos.

Em janeiro, o mesmo empresário se posicionou de modo bastante diferente quando se proibiu o fumo em bares, restaurantes e cassinos. À época, ele declarou que os "os fumantes são uma espécie em extinção", de modo que não traria problema para os estabelecimentos comerciais, sem se preocupar com as 800 casas de Narguillé, equipamento de fumo usado em países árabes.

Em algumas cidades francesas, como Nantes, já existem restrições à venda de bebidas. Promoções do tipo "peça um chopp e tome dois" no começo da noite em happy hours são vedadas. O mesmo vale para festas open bar, nas quais se tem acesso a bebida à vontade mediante o pagamento de um valor fixo inicial.

No Brasil, algumas cidades aplicam a Lei Seca depois das 23h, com intuito de conter a violência urbana e, principalmente, homicídios. Diadema, na Grande São Paulo, é considerada uma das pioneiras, já que adotou a medida em 2002. Em um raio de 100 metros de escolas, é proibida a venda de bebidas em qualquer horário.

Quatro técnicos já mudaram de camisa no Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em duas rodadas, quatro técnicos já mudaram de time no Campeonato Brasileiro.

Gallo assumiu no lugar de Geninho no Atlético, Ney Franco caiu no Atlético (PR), que já contratou Roberto Fernandes, que estava no líder Náutico.

Nisso, uma curiosidade: a torcida do Atlético não poderá xingar o técnico por causa da coincidência do nome. Já pensou a Galoucura cantando "Fora, Galooooo"... Ou o Movimento 105 gritando 1, 2, 3, 4, 5 mil, que o Gallo vá para a p.q.pariu.

Se der errado a aposta da diretoria, os torcedores terão de usar o corinho de "burro", com que brindavam Geninho a cada substituição depois de perder o Mineiro por 5 a 0 e cair na Copa do Brasil...

Nas mudanças, destaque também para a ambição dos técnicos: Gallo vinha de boa campanha no Figueirense, com 4 pontos conquistados, título no catarinense etc... Foi só receber uma proposta de time maior e caiu fora...

Roberto Fernandes também levou um time nordestino pela primeira vez à liderança do Brasileiro de pontos corridos, mas "puxou o carro" ao primeiro aceno de um time um pouco maior...

É da vida, mas nessa história os times não podem reclamar porque são abandonados a qualquer momento (porque também demitem a qualquer derrota) e os técnicos saem ao primeiro aceno de um pouquinho mais de grana ou de suposto prestígio.

Dez jogos do São Paulo em um quarto de século

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sempre ouvi dizer que são-paulino não vai a estádio - e acho que deve ser verdade. Folheando o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre Costa (Editora Abril, 2005), consegui recapitular, um a um, todos os jogos do meu time que paguei ingresso para assistir. E a freqüência não é nada admirável: em 25 anos, compareci na arquibancada em apenas dez partidas do São Paulo. Se existe algo de positivo é que, nestas ocasiões, vi o tricolor paulista ser derrotado apenas uma vez, na final do Brasileiro de 1989, no Morumbi, pelo Vasco da Gama - sim, senhores, eu vi in loco o fatídico gol de cabeça de Sorato (foto acima).

A primeira vez que vi o São Paulo de perto foi aos 9 anos, em 27 de julho de 1983, em Taquaritinga (SP). A partida era válida pelo Paulistão e eu entrei em campo com os jogadores. Lembro de ter pedido autógrafo até para o técnico Mário Travaglini, que achou graça (devia ser muito raro, para ele, esse pedido). Agnaldo abriu o placar para o tricolor no primeiro tempo e Sena empatou para o time da casa no segundo. Final: 1 a 1. No Paulistão seguinte, em 15 de novembro de 1984, o São Paulo voltou a Taquaritinga com sua grande atração naquele semestre, Casagrande. Eu estava lá e também garanti seu autógrafo. Casão não decepcionou: abriu o placar logo aos 26 minutos de jogo (Pita e Renato "Pé Murcho" completaram o 3 a 0).

Já em 4 de fevereiro de 1987, meu pai me levou para conhecer o Morumbi. De quebra, pude testemunhar a imortal linha de ataque Muller-Silas-Careca-Pita-Sidney (foto acima). Era a segunda partida das oitavas do Brasileirão de 86 e o São Paulo eliminou a Inter de Limeira por 3 a 0, com dois do Silas e um do Careca. No final daquele mês, o tricolor venceria o Guarani nos pênaltis, em Campinas, e conquistaria seu segundo título nacional.

Depois disso, só voltei ao estádio para ver meu time em 16 de dezembro de 1989, na já citada decisão do Brasileiro (1 a 0 para o Vasco). Aos 18 anos, deixei a casa dos meus pais e fui morar em Ribeirão Preto (SP). No prazo de um ano, o time do Telê tinha conquistado o Brasileiro, o Paulistão e a Libertadores. Fui ao Santa Cruz em 30 de julho de 1992, para assistir São Paulo x Botafogo-SP, que abriu o placar com Bira. Foi uma dureza para meu time empatar, mas Muller garantiu o 1 a 1 naquele confronto do Paulista (que o tricolor também conquistaria). Após o empate, choveu pedrada em cima dos são-paulinos. Saímos do estádio escoltados.

Quando fui fazer faculdade em Campinas, vi dois jogos, ambos pelo Brasileirão e contra o Guarani, no Brinco de Ouro: em 19 de novembro de 1993 (vitória por 1 a 0, gol de Guilherme) e em 1º de setembro de 1999 (outra vitória, 3 a 2, gols de França, Souza e Marcelinho Paraíba, com desconto de Luiz Fernando e Marcinho). Daí me mudei para o Ceará e veio um longo "jejum" de São Paulo no estádio. De volta às terras paulistas, reencontrei meu clube no Morumbi, em 15 de julho de 2006, contra o Figueirense. Ricardo Oliveira abriu o placar, Tiago Prado empatou para os catarinenses e André Dias, aos 46 do segundo tempo, fechou em 2 a 1.

No ano passado, em 7 de julho, levei minha filha mais velha, Letícia, para conhecer o Morumbi (exatamente duas décadas após o meu pai ter feito o mesmo por mim). São Paulo e Flamengo fizeram um belo jogo, com várias finalizações perigosas. Ilsinho perdeu um gol feito no último minuto (foto ao lado), mas o resultado foi mesmo 0 a 0. Para completar, voltei ao estádio em 1º de setembro, sendo premiado com um 6 a 0 sobre o Paraná, com dois gols de Aloísio, dois de Dagoberto, um de Souza e outro de Leandro. Vamos ver, agora, se me animo a assistir mais dez jogos no estádio nos próximos 25 anos. Mas, sem cerveja, acho muito difícil...

Botafogo é favorito contra o Corinthians e Sport tem vantagem contra o Vasco

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Começam nessa terça as semifinais da Copa do Brasil. Botafogo e Corinthians se enfrentam no Engenhão, às 20h30, com transmissão da Soprtv. Amanhã, Sport e Vasco completam a rodada do torneio na Ilha do Retiro, às 21h45.

Digo logo: no duelo do Rio, o Botafogo é favorito. Pode não ser um dos elencos mais badalados do país, mas tem time montado há algum tempo, decidiu o Carioca com o Flamengo, tem Wellington Paulista fazendo gol pra caramba e Cuca no banco faz um tempão. Sem falar, antecipando-me aos malas de plantão, que está na Série A.

O Corinthians chega como surpresa nessa fase da Copa. Jogou um Paulista mais ou menos (mas melhor do que minha previsões iniciais, diga-se), sofreu algumas alterações no elenco e só começou a engrenar nos últimos jogos, desde a heróica virada em cima do Goiás. Mas a (belíssima) vitória por 4 a 0 só aconteceu porque o Timão levou 3 a 1 do time esmeralda (que considero candidato ao rebaixamento no Brasileirão) em Goiânia, em seu último jogo com torcida contrária.

Mas além disso, mulher, tem outras coisas, como diria o poeta. A subida de produção do Timão coincide com uma mudança no jeito de jogar da equipe. Lulinha e Dentinho abertos nas pontas, com Herrera no comando do ataque e Diogo Rincón vindo de trás. Isso quer dizer que não é só a Fiel torcida e os fatores psicológicos que têm ajudado o Corinthians: o time de fato melhorou seu jogo. No entanto, não enfrentou ainda ninguém realmente forte depois disso (ainda que ganhar do São Caetano seja sempre difícil para o alvinegro paulista). É o primeiro teste sério do time, que pode surpreender.

Mano Menezes cogita modificar o time para o primeiro jogo, entrando com uma formação mais cautelosa. Duas hipóteses foram aventadas: Nilton no lugar de Lulinha, com Eduardo Ramos fazendo o meio campo com Diogo; ou a entrada de Fábio Ferreira, fechando o time num 3-5-2 como o que foi usado em parte do Paulistão.

Entendo a cautela, mas sou contra mexer no jeito de jogar de um time que está começando a entender como funciona coletivamente. Talvez a entrada de Nilton não altere tanto o esquema. Além disso, gol fora na Copa do Brasil vale muito. Não adianta só agüentar a pressão do Fogão, o time precisa ter opções rápidas de contra-ataques (fica Lulinha?). Outro motivo para ser contra alterações drásticas é que sou ideologicamente contra esse negócio de recuar muito. Não só o jogo fica mais feio como mais perigoso: você não preocupa o adversário, que te encurrala e faz um gol escroto numa falta besta na lateral do campo. Por fim, como conversávamos Glauco e eu dia desses no boteco, cada time tem suas características históricas, e o Corinthians nunca foi de jogar atrás. A raça corintiana é pra frente, pro gol. Esse negócio de botinada lá atrás é coisa do Grêmio. Espero que o Mano Menezes já tenha aprendido a diferenciar.

Outra chave

Confesso que não vi nem Vasco nem Sport jogarem. Inicialmente, no palpite da loteca, acho um jogo equilibrado, poderia gastar um triplo. Mas, depois do cacete que os pernambucanos deram em Palmeiras (para minha alegria) e Inter, aposto neles nessa semi. A diferença é que o Sport dessa vez terá que construir o resultado no primeiro jogo, que será em Recife. O Vasco pode fazer o Leão provar seu próprio remédio.

segunda-feira, maio 19, 2008

Meninos bem na fita e a arbitragem bêbada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Rubens Chiri/SPFC

O time reserva do São Paulo foi até a Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense. Eu, a imprensa, a torcida do Flamengo e o Muricy esperávamos uma derrota, mais ou menos fragorosa. O que veio foi um bom empate, que até merecia ser vitória.

O time (Bosco, Bruno, Juninho, Aislan, Éder, Wellington (Rafael), Joílson, Júnior, Alex Cazumba,
Éder Luis (Sérgio Motta), Borges) entrou em campo completamente perdido. Em 10 minutos sofreu umas 5 finalizações e não fez nenhuma. Prenúncio de desastre. A impressão foi parcialmente confirmada aos 15 minutos. O Atlético cobrou um escanteio, a zaga deixou Danilo livre, Bosco saiu para caçar borboletas e o gol saiu. Por mais que o time do Atlético seja ruim, a defesa dava a entender que ia entregar bonito.

Mas não foi isso que aconteceu. O Atlético continuou melhor em todo o primeiro tempo, mas o São Paulo não foi ameaçado de verdade depois do gol. E ainda criou umas chances. No segundo tempo, então, a diferença foi enorme. O Tricolor dominou o jogo e poderia ter vencido, dado o número de boas finalizações (incluindo duas bolas na trave). O gol saiu em uma bela jogada que começou com o júnior Alex Cazumba, passou por Júnior, que cruzou na medida para Éder Luís, que marcou seu primeiro gol pelo time. Até o fim o São Paulo pressionou. Até que um pontinho ficou de bom tamanho pelas circunstâncias.

Além da força inesperada dos reservas do São Paulo, o destaque do jogo foi o árbitro Djalma Beltrami. Errou em tudo. Não olhava os bandeiras, que ficavam uma hora com o braço levantado marcando impedimento, deu um pênalti que não foi em Alex Cazumba, mas voltou atrás uma década depois porque o auxiliar marcou um impedimento que... não existiu! E expulsou o Aislan, direto, por um carrinho até que destrambelhado, mas que não valia um vermelho não. Tem gente que diz que nem falta foi. Enfim, uma lambança. Deve ter rolado uma manguaça antes do jogo, já que o bar do Atlético conseguiu uma liminar para vender cerveja (viva!).

O jogo não serviu de ensaio para a Libertadores, por motivos óbvios. Mas deixou os torcedores mais otimistas em relação ao futuro desse time, que deve ser parcialmente desmontado na janela do meio do ano.

Som na caixa, manguaça! Volume 21

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



EXPULSOS DO BAR

MATA-RATOS

Somos mais de 20, todos a abardinar
Queremos beber, não queremos pagar
Vamos para a festa cantar e gritar
Vamos fazer merda, peidar e arrotar!

Expulsos do bar!
Fomos postos a andar!
Expulsos do bar!
Mas haveremos de voltar!

Entupimos a privada, mijamos no balcão
O patrão com tanta agitação
Chama a polícia pra nos por a andar
Vamos dar a fuga, mas haveremos de voltar!


(Do EP "Expulsos do Bar", Drunk Records/ Fast'n'Loud, 1994)

Pesquisa indica que europeus preferem ver futebol a fazer sexo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Legenda pra forçar a barra: Suecos preferem Christian Wilhelmsson a modelo nativa Helen Swiden

Levantamento divulgado nesta segunda-feira, preparado pelo Centro Europeu de Investigação de Assuntos Sociais, deve deixar as mulheres européias um pouco temerosas. A pesquisa indica que seis de cada dez europeus preferem ver um jogo de futebol a ter relações sexuais.

Feita em 17 países do continente, a sondagem indica que a Suécia, país pioneiro da Educação Sexual e famoso pelo pensamento liberal no que tange à atividade celebrizada por Adão e Eva, é onde os homens tem menos interesse pelo sexo em relação ao esporte bretão: 95% dos entrevistados responderam que nunca ou quase nunca trocariam uma partida de futebol por uma relação sexual.

A pesquisa analisou também como o esporte influi em decisões como planejar o tempo livre ou escolher namoradas. A ampla maioria, 63%, disse que pensa suas folgas em função do calendário de competições esportivas e 40% preferem que a parceira torça pela mesma equipe.

Emoção incontida


Outro dado apurado diz respeito ao comportamento dos torcedores na hora do gol e do resultado final de seu time. Incríveis 88% responderam que já abraçaram ou beijaram a um desconhecido durante a celebração de um evento esportivo, enquanto 66% admitiram chorar habitualmente nas vitórias ou derrotas de seus times ou atletas favoritos.

Os portugueses são líderes do ranking do choro: 80% já verteram lágrimas por culpa do futebol. Ainda assim, os patrícios se orgulham de apenas 17% deles trocarem sexo por um jogo de futebol. Já em relação à superstição, 40% disseram que repetem os mesmos rituais nos dias de finais ou eliminatórias que envolvem seus clubes de coração, sendo que os espanhóis são os que mais acreditam na importância do além: 69%.

Ensaio pra quinta?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



Claro que o título de post é mais torcida do que análise, mas ontem o Santos goleou o Ipatinga por 4 a 0 com o foco - tanto dos jogadores quanto dos torcedores - na partida de volta das quartas-de final da Libertadores. Leão não quis arriscar perder para um candidato ao rebaixamento em plena Vila Belmiro, como aconteceu no ano passado contra o América (RN), e decidiu colocar os titulares para enfrentar o time mineiro.

A equipe alvinegra, claramente desconcentrada, jogou um primeiro tempo sofrível, se rendendo à marcação forte no meio de campo feita pelo Ipatinga. Wesley, com seus passes errados, e Molina, sumido, eram os mais dispersos, mas Rodrigo Souto também errava. Perdiam bolas importantes e sofriam desarmes que davam contra-ataques de bandeja para os mineiros.

Na segunda etapa, a equipe parecia voltar com outra postura. O próprio Rodrigo Souto confessou, após a partida: "a nossa equipe estava com a cabeça no outro jogo, mas conversamos no intervalo e mudamos isso. Conseguimos impor nosso ritmo de jogo no segundo tempo." Logo no início, Leão tirou Molina e Wesley, colocando Tabata e Trípodi. O argentino entrou aceso na partida, enquanto o "samurai" continuou sua sina de más atuações, embora mais participante que o colombiano, o que acabou fazendo um pouco da diferença.

Em 19 minutos, dos 15 aos 34, o Santos fez quatro gols e liqüidou a partida, lembrando o célebre dito popular "porteira que passa um boi, passa uma boiada." Três de Kléber Pereira, artilheiro do Campeonato Brasileiro, que começa a fazer uma dupla interessante com o cada vez mais entrosado Lima. E Leão resumiu assim o jogo, justificando sua atitude de não poupar os titulares: "corremos o risco de colocar todos em campo porque precisávamos da vitória. Quem for ler o jornal vai achar que o jogo foi moleza, mas o Ipatinga foi melhor no primeiro tempo. Imagina se tivéssemos perdido? Não teríamos pontos no Brasileiro, algo 'bonito' para alcançar um triunfo na quinta. Trabalhar com vitória é sorrir melhor, desde que venha do trabalho."

A insurreição começou!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Associação de Lojistas da Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, conseguiu vender bebidas alcoólicas ontem, durante a partida contra o São Paulo, amparada numa liminar da Justiça de Curitiba. Resta saber o que a CBF (Confederação Brasileira de Futilidades) vai fazer, já que proibiu esse tipo de comércio em todos os jogos de futebol no País. O árbitro da partida, Djalma Beltrami, disse que anexará na súmula uma cópia da liminar. Luciana Pombo, assessora de comunicação do clube paranaense, já adiantou os contratos de exploração dos bares poderão ser cancelados caso o clube seja punido. Mas a "desobediência civil", ontem, foi o primeiro passo concreto da resistência manguaça! Agora já temos jurisprudência! Cerveja nos estádios já! Para molhar goelas sedentas - e melhorar tantos jogos sofríveis!

Mais um "separados no nascimento?"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Com cabelos longos, não se percebia a semelhança. Mas que o chileno Valdívia (à direita) lembra fisicamente Alexandre Nardoni (e vice-versa), lembra...

Com dois a mais e gol de pênalti, Palmeiras vence no Brasileiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O comentário é a partir dos melhores momentos. Mas o Palmeiras venceu a primeira no Brasileiro sobre o Internacional de Porto Alegre na primeira partida diante de sua torcida depois da conquista do campeonato Paulista.

Denílson apareceu mais aberto, pela ponta direita, fez o primeiro gol e errou um monte de chutes. Léo Lima voltou depois de se contundir no primeiro jogo contra a Ponte Preta no lugar do afastado Kléber. Dois dos três volantes em campo tinham função de armar e os laterais de construir jogadas pelas pontas. Não parece ter sido ruim o resultado. Mas se Vanderlei Luxemburgo não confia em Lenny para iniciar a partida e se Denilson foi substituído pelo recém contratado volante Sandro Silva, isso pode indicar que o elenco alviverde não é tão amplo e qualificado assim do meio para frente.

Na zaga e no meio, há mais opções. David entrou no lugar de Gustavo para formar, com Henrique, a defesa. Aliás, o ex-cabeludo fez o goleiro Renan, do Inter, trabalhar em uma cobrança de falta aos 11 minutos da segunda etapa. Marcos fez uma saída do gol pra lá de estranha, ao estapear uma bola que, cabeceada no rebote, só não entrou porque Pierre estava em cima da meta verde.

Apesar das manchetes favoráveis com referências a "força", "triunfo" e "feras" e da atuação firme no meio de campo (por causa dos três bons volantes do Verdão), o time
sofreu o gol de empate em uma cobrança de falta de Alex para cabeçada de Índio, no fim do primeiro tempo. Terminou a partida com dois a mais em campo. Os cartões vermelhos para o Inter foram para os volantes Edinho, quando estava 0 a 0, e Guiñazu, quando os números finais estavam dados à partida. Aparentemente foram justas.

O pênalti que deu a vitória foi sofrido por Valdívia. Na vista dos melhores momentos, achei o lance estranho. Aliás, o chileno vem driblando cada vez menos, embora continue a sofrer bastantes faltas (11 no total). Seja por recomendação do banco de reservas, seja por senso de preservação das canelas, o chileno permanece como principal jogador do Palmeiras.

Mas parece que faltam umas pecinhas para disputar, como favorito, um campeonato longo como é o brasileiro. Até porque, em plena segunda rodada, o Náutico lidera.

Enquanto isso, antes de falar em hora da arrancada, é melhor pensar na Lusa, no Canindé no próximo domingo.

domingo, maio 18, 2008

Corinthians é o único 100% na Série B

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Douglas, novo camisa 10 do Timão (Agência Lance)


E a segunda rodada da Série B consagrou o Corinthians como o único time 100%. A vitória por 3 a 1 contra o Gama, na Boca do Jacaré, confirmou o favoritismo do time paulista, visivelmente mais forte em relação aos demais e que ainda conta com uma tabela favorável para disparar na ponta, como já comentado aqui. Mas a superioridade alvinegra é inegável. Por outro lado, o fato de nenhuma outra equipe ter obtido duas vitórias pode significar que a briga pelas outras três vaga para a Série A vai ser bem disputada.

Em comparação com o ano passado, nas três primeiras rodadas já não havia nenhuma equipe 100%. As únicas invictas, que lideravam o campeonato, eram o Marília e o tradicional cavalo paraguaio Ponte Preta, ambos com sete pontos. Nenhum dos dois conseguiu o acesso, ficando, respectivamente, em sexto e décimo-primeiro lugares. Mas é bom lembrar que o time de Osmar Santos perdeu seis pontos no STJD, de forma justa, diga-se.

Já a parte de baixo da tabela, hoje ocupada por América (RN), Santo André, Gama e Paraná, se for levado em conta o retrospecto de 2008, deve fazer esses times colocarem as barbas de molho. O clube do ABC, na terceira rodada de 2007, tinha obtido apenas uma vitória e penou quase até o fim para se safar do rebaixamento à Série C. As duas derrotas de 2008 são mais que um sinal amarelo. O Ituano, àquela altura, tinha perdido todas e o Paulista conseguira apenas um empate. Terminaram rebaixados.

Na terceira rodada, dois confrontos com equipes que disputam a ponta. Em Natal, ABC (4) e Corinthians (6) e, em Barueri, a equipe da casa (4) pega o Avaí (4). Empates nesses confrontos podem dar chance de liderança ao Fortaleza, que enfrenta o Gama no temível gramado do Castelão, e também para o Brasiliense (4), do artilheiro Dimba (4 gols), que joga com o América-RN (0) em casa. Quem também pode chegar à ponta é o São Caetano (4), no confronto contra o Criciúma (3), fora, e o Bahia (4), que enfrenta o Santo André (0) no ABC.

E Túlio (sim, ele mesmo) marcou no sábado seu segundo gol pelo Vila Nova, dando a vitória para o seu time por 1 a 0 contra o Ceará. Será que vai disputar a artilharia da Segundona?

Primeira doação ao futuro Acervo Futepoca

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ganhei ontem de presente, e repassarei ao futuro Acervo Futepoca, uma verdadeira preciosidade: o disco de vinil "Brasil!!! Na Copa do Mundo" (foto), que a Odeon prensou em 1958, com trechos das narrações radiofônicas de todos os jogos do Brasil na Copa da Suécia. O doador da raridade foi Alessandro Mendes dos Reis, dono da livraria/ sebo Leitura & Arte, que fica na rua Fradique Coutinho, 398, em Pinheiros, São Paulo (ao lado do Bar do Vavá), telefone 3081-4365. A ele, nosso mais sincero agradecimento.

O disco traz na capa as fotos colorizadas do time posado, dos 22 jogadores do elenco brasileiro, mais o técnico Vicente Feola e o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho. Este último era o proprietário da Rádio Panamericana de São Paulo, que, "gentilmente" (como observa o texto da contracapa), cedeu as gravações com locuções de Geraldo José de Almeida e Waldir Amaral e narração adicional de Estevam Sangirardi. O disco também tinha vínculo com o extinto jornal A Gazeta Esportiva. Pretendo, em breve, passar as gravações para MP3 e, se possível, postá-las aqui no Futepoca, nos dias de cada jogo da campanha de 50 anos atrás. Aguardemos.