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segunda-feira, novembro 23, 2009

Arthur Virgílio convoca o Cacique Cobra Coral para debater o 'apagão' elétrico em comissão do Senado

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E tem gente que ainda acha exagero classificar nosso Senado como um circo: depois que o Eduardo Suplicy (PT) vestiu uma cueca vermelha, agora foi a vez de Arthur Virgílio (PSDB) convocar Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC), no último dia 18, para "debater as questões atinentes ao “apagão” elétrico" na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - confira o Item 2 da pauta aqui. A médium diz incorporar o espírito de um índio (à esquerda) que também foi de Galileu e Lincoln. Em 3 de agosto de 2001, ela teria enviado um e-mail à Casa Branca prevendo tragédias em Nova York e Washington. Dizem que o também tucano José Serra e o DEMoníaco prefeito de São Paulo Gilberto Kassab são seus clientes, tendo fumado no cachimbo da cobra para tentar evitar os seguidos alagamentos na capital paulista. Pelo jeito, sem sucesso...

quarta-feira, agosto 05, 2009

Em Assis, desemprego é motivo de cadeia

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Fico com medo de dar divulgação a esse tipo de coisa, para não dar idéia pra bandido, mas aí vai. Uma notinha no Estadão de hoje dá conta de uma nova “política social” aplicada em Assis, no interior paulista.

A polícia da cidade decidiu utilizar-se do crime de vadiagem, previsto no artigo 59 da Lei de Contravenções Penais. A lei prevê pena de 15 dias a três meses de prisão para o ato de “entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita”.

Em 30 dias, 51 pessoas já foram fichadas pela polícia de Assis e estão sendo monitoradas pela prefeitura – comandada por Ézio Spera, do DEM (espero que o Kassab não ande conversando com ele). Elas têm 30 dias para conseguir emprego ou poderão ser presas. Simples, não?

Se fizessem a mesma coisa no país todo, 15,6 milhões de pessoas ou 8,1% da população deveriam estar sob monitoria, segundo a taxa de desemprego do IBGE de julho.

terça-feira, março 24, 2009

No butiquim da Política - Novos rumos. É esperar.

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CLÓVIS MESSIAS*

O buteco, no domingo, 15 de março, teve um dia sui generis. Um olho no jogo que rolava na TV e outro na Assembléia Legislativa. A Mesa Diretora do Palácio 9 de Julho estava sendo eleita. O contencioso da administração está pesado. O esqueleto do prédio anexo, 500 ou mais vetos, ausência de CPIs. Enfim, nada acontece no Legislativo, mais parece uma extensão do Executivo do que um poder. Sobre a obra inacabada, ninguém quer falar. Já consumiu R$ 24 milhões - e nada. Os corredores estão cheios de móveis novos estragando. Aliás, nenhum partido fala do "dinheiro consumido até agora". E é o nosso "troco", é dinheiro público. Não se sabe porque, nenhuma nota de bancada fez referência a este amontoado de concreto e ferro.

O plenário continua sendo utilizado, com consentimento geral, para explicações pontuais, mas sem solução. Tipo: "entro, marco posição, mas permaneço para ser derrotado na votação". Infelizmente, é comum. Entre as bancadas, deputados se justificam para seus eleitores. E está todo mundo satisfeito. É comportamento cartorial, agrada os parlamentares, mas transforma o Legislativo em apêndice e não em poder. O Legislativo é o pulmão da democracia. Fraco ou cartorial, transforma a democracia nisto que aí está. Todos reclamam. o povo não tem a assistência que deveria e os políticos viram democratas de plantão.

Nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo: Carlinhos Almeida (PT), Barros Munhoz (PSDB) e Aldo Demarchi (DEM)

Surge a quantificação democrática. Eu sou (ou não) mais democrata que você. É uma das formas de se desviar da regra geral. Aí a porta fica aberta para o Executivo ser truculento e legislador, escondido no oportunismo. É o status quo. Bom, o deputado Barros Munhoz (foto acima) foi eleito o presidente da Assembleia Legislativa, num grande acordão: 92 dos 94 deputados participaram do processo aleitoral. Apenas dos dois deputados do PSol se rebelaram. Esperamos que o "grande acordão" por escrito seja cumprido. Estamos observando, há uma semana, o comportamento geral. A nova Mesa Diretora ainda está se acomodando. Nós, povo, agradecemos a futura democracia legislativa. Sem desvios.

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

terça-feira, janeiro 20, 2009

O Futepoca deu primeiro - e deu melhor

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Antes que qualquer interpretação maliciosa que mentes sujas e mal intencionadas possam ter a partir do título desse post, recupero aqui a confirmação do "furo" de reportagem de Diego Sartorato para o Futepoca na última sexta-feira, adiantando com exclusividade a data da posse da vereadora Soninha Francine (PPS) como subprefeita da Lapa, em São Paulo - fato ocorrido ontem, segunda-feira, como registrou o portal G1:

A ex-vereadora e candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine assumiu na manhã desta segunda-feira (19) a Subprefeitura da Lapa (Zona Oeste), que administra uma das áreas mais extensas da cidade. Em um discurso breve, Soninha disse que vai focar o trabalho na questão da mobilidade, uma das questões recorrentes na sua campanha à prefeitura, melhorando as calçadas e áreas para circulação de pedestres e promovendo a inserção da bicicleta. (...)
A indicação de Soninha ao cargo fez parte de um acordo com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), então candidato à reeleição, que garantiu o apoio do PPS, partido de Soninha, no segundo turno.


No post do Futepoca, Soninha já havia adiantado sua plataforma de gestão: "Vou dar atenção às calçadas, à acessibilidade, questões importantes". Mas o Sartorato fez melhor que os outros meios de comunicação, botando a mulher na parede e questionando a participação dela, que se considera "de esquerda", numa administração do famigerado DEM. A resposta foi curta, grossa e elucidativa: "Eu quero o poder". Assim, o Futepoca deu a notícia antes - e deu melhor. Por essas e outras (e muitas outras) que merecemos a indicação da própria Soninha, em 2008, para a disputa do prêmio The BOBs entre os 11 melhores blogues de língua portuguesa do planeta. Valeu, subprefeita!

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Kaká se casou na igreja cujo teto desabou

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Os paulistanos acompanharam neste domingo, 18, mais uma tragédia da qual, invariavelmente, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador e ex-prefeito José Serra (PSDB) serão completamente poupados pela mídia e isentos da mais remota responsabilidade, como ocorreu, há exatos dois anos, no Buraco do Metrô. Ontem, no bairro Cambuci, o teto do enorme templo da Igreja Renascer desabou (foto acima, da Agência Estado), matando 9 mulheres e ferindo outras 90 pessoas (há um rapaz correndo risco de morte). Do jeito que a imprensa é, não duvido se, além de ignorar pefelistas e tucanos, ainda acharem um jeito de noticiar que a falta de vistoria e de fiscalização foi culpa da gestão Marta Suplicy (PT) - e ressuscitarem o mitológico "mensalão", insinuando que os pastores da Renascer teriam colaborado com o suposto Caixa 2 da campanha eleitoral petista. Não duvido mesmo.

Aliás, os prósperos pastores dessa igreja andaram tendo problemas com a polícia recentemente, mas parece que a imprensinha não está muito disposta, na cobertura da tragédia, a recuperar de maneira um pouco mais incisiva esses episódios nebulosos. Outro fato curioso, dessa vez relacionando o post com futebol, é que o garoto-propaganda da Renascer, o milanista Kaká, se casou com sua esposa Caroline justamente nesse templo que desabou, em dezembro de 2005. Além do casal, correram risco de morte personalidades como o atacante Ronaldo Gordo, o meia-atacante Júlio Baptista, o goleiro Dida, o lateral Cafu e o então técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira. Para quem não se lembra, Kaká doou seu troféu de melhor jogador da Fifa de 2007 para a Renascer, que ficou em exposição justamente no templo do Cambuci. Na ocasião, o jogador disse que os pastores presos eram "boas pessoas". Que explique isso, agora, para as famílias das vítimas do teto desabado.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Soninha assume subprefeitura na segunda-feira

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DIEGO SARTORATO*

Num bate-papo exclusivo, a vereadora de São Paulo Soninha Francine (PPS) fala sobre o Futepoca e a iminência de assumir a Subprefeitura da Lapa:

FUTEPOCA - Soninha, vimos que foi você quem fez a indicação do Futepoca ao prêmio The Bob's. Você é leitora do blogue?
Soninha - Sim, e sou leitora desde bem antes do The Bob's, leio desde que começou. Como a vida é muito corrida, não consigo ler tudo o que gostaria, mas estou sempre dando uma espiada. Eu conhecia um dos rapazes que participava no começo, acho que era Eduardo (provavelmente, o colaborador Eduardo Maretti). Não me lembro.

FUTEPOCA - E você gosta do blogue?
Soninha - Gosto, gosto bastante. O pessoal lá é de esquerda, né?

FUTEPOCA - Falando em esquerda, você deve assumir em breve a Subprefeitura da Lapa, por indicação do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Já está tudo certo?
Soninha - Sim, estive visitando o prédio e conversando com o pessoal. Tudo indica que segunda-feira (19 de janeiro) tomo posse, a não ser que aconteça um puta imprevisto, mas não acredito nisso (risos).

FUTEPOCA - E como fica isso, de você, identificada com a esquerda, assumir uma subprefeitura em um governo do DEM, ex-PFL? Você tem sido criticada por isso.
Soninha - O DEM tem uma posição política da qual eu discordo. No segundo turno, não fiz campanha para o Kassab porque não me senti confortável em fazer campanha pelo candidato do DEM, embora ainda aprove a decisão do meu partido de permanecer na oposição ao PT. Mas a gestão pública não é uma gestão partidária. Uma enfermeira de hospital público filiada ao P-Sol teria que se demitir porque o prefeito da cidade é do PSDB? Claro que não. Eu quero o poder. O poder de fazer o possível. Por isso aceitei esse cargo executivo, e o pessoal de esquerda lá do bairro ficou super feliz com a minha nomeação, porque eu vou dar atenção às calçadas, à acessibilidade, questões importantes. Imagina se o nomeado fosse um linha dura...


*Diego Sartorato é jornalista, corintiano, comunista, pró-palestinos, apreciador de 'vodka' Zvonka e colaborador bissexto do Futepoca.

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terça-feira, dezembro 02, 2008

No butiquim da Política - Em causa própria

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CLÓVIS MESSIAS*

Os deputados estaduais de São Paulo apresentaram uma emenda à Constituição que prevê dobrar, praticamente, os salários da elite do funcionalismo até 2011. Os salários desses servidores serão equiparados aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, carreira com os mais alto vencimentos no Estado, R$ 22.111,25. Hoje, há uma guilhotina que iguala o salário desses servidores ao do governador, R$ 14.850,00.

As categorias beneficiadas pelo aumento do teto são: fiscais de renda, coronéis da Polícia Militar e procuradores de autarquias. Estes servidores já têm seus salários retidos iguais ao do governador. Estas classes têm incorporações que ultrapassam o atual limite. Qualquer emenda constitucional entra em vigor imediatamente após a sua aprovação em plenário, e para isso são necessários 63 votos, dos 94 deputados. O governador nada pode fazer, cabe a ele cumprir a norma constitucional.

Embora o governador tucano José Serra tenha se manifestado contra o aumento para alguns "marajás", muitos deputados da base governistas já assinaram a proposta. Dos 13 do DEM, 11 assinaram; do PSDB, 3 dos 21; até gente da oposição já assinou a favor, como, por exemplo, 15 dos 20 do PT. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, do PSDB, disse desconhecer o teor do projeto - mesmo depois de ter sido publicado no Diário Oficial. Porém, seu colega tucano e líder do Governo Serra no Palácio 9 de Julho, Barros Munhoz, afirmou: "O projeto é uma temeridade. Não é o momento de aumentar os maiores salários do Estado".

Segundo Munhoz, Vaz de Lima deverá apoiar o aumento do teto, já que é fiscal de rendas (na sua origem, uma das categorias beneficiadas). Prossegue o líder do governador: "O Vaz de Lima diz para quem quiser ouvir que não vota contra a categoria profissional dele, onde nasceu e onde se fez político". Ou seja: o presidente da Asssembléia Legislativa está legislando em causa própria. A sua necessidade, eleitor, será analisada quando ele precisar se reeleger. Por isso, não esqueça em quem votou para vereador e para deputados estadual e federal. Eles se escondem com grande facilidade.

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Do PT seria caixa dois; do DEM, "doações ocultas"

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Tá lá na Agência Estado: o prefeito reeleito de São Paulo, queridinho da mídia Gilberto Kassab (foto), do ex-PFL (DEM), que arrecadou R$ 29,8 milhões na campanha deste ano, "justificou" simplesmente 95% (reforço: noventa e cinco por cento) do dinheiro como oriundos de "doações ocultas", segundo prestação de contas à Justiça Eleitoral. Gente, isso não é sério. É muito sério, pô! No total, R$ 28,5 milhões entraram na conta da campanha via partido político ou comitê partidário, operação que até é permitida pela legislação, mas dificulta a crucial identificação de quem financiou o candidato. E a mídia, pra variar, trata o assunto com total discrição.

Entenderam o golpe? Quando empresas e pessoas físicas fazem doações diretas aos candidatos, sua identidade é revelada na prestação de contas. Mas, quando a doação vai para o caixa do partido, é impossível saber quem a recebe efetivamente, pois o dinheiro pode ser repassado para mais de um candidato. E, enquanto as prestações de contas das campanhas são feitas até 30 dias após as eleições, os partidos só divulgam a lista de seus doadores no meio de 2009. Lembrete: Kassab teve a campanha mais cara entre os concorrentes e quase atingiu o teto previsto antes do início das eleições, de R$ 30 milhões. Repito o meu jargão: ah, se fosse o PT...

terça-feira, outubro 28, 2008

No butiquim da Política - A eleição na capital

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CLÓVIS MESSIAS*

Todo mundo sabe que os candidatos Geraldo Alckmin, do PSDB, e Marta Suplicy, do PT (fotos à direita), foram os grandes derrotados nas eleições municipais de São Paulo. E essa também é a avaliação da maioria dos deputados e assessores aqui no Palácio 9 de Julho. Segundo se afirma, o remédio principal para os dois será o tempo. As projeções de um mês atrás não servem para mais nada, devido os resultados atuais. Aqui no buteco especulam-se nomes para as futuras eleições majoritárias. Os partidos não rejuvenesceram, não apareceram novos líderes. As agremiações, em nome dos debates internos, sufocam novidades administrativas. Os militantes votam em cima do convencionalismo partidário e, conseqüentemente, o novo desaparece. Nesse momento, as conversas vão do céu ao inferno num estalar de dedos.

Amuados, os perdedores estão retornando com a impressão de que a Assembléia Legislativa não os projeta, não lhes dá destaque. Mas os culpados são eles mesmos, já que não sabem politizar os debates sócio-econômicos (afinal, o poder se destaca através dos seus membros). A verdade é que as convenções partidárias, com ou sem acordos, deixaram hematomas que não desaparecerão tão cedo. Dessa vez, a omissão das direções partidárias não foi o senhor da sabedoria. No PSDB, como se nada estivesse acontecendo, Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil do governador José Serra, continua acertando os ponteiros com o PTB, PV, PR e PMDB. Ninguém faz contraponto, mas o partido está em notória ebulição.

Do outro lado, com sua forma descontraída de participar da eleição, votando em Luiz Marinho (foto à esquerda) para prefeito de São Bernardo do Campo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, projetou um novo líder petista estadual. Agora, com quase todos os nomes desgastados no PT, Marinho surge como um nome forte para futuras eleições. Numa das mesas alguém comenta que ele é um sindicalista vencedor. Como líder metalúrgico, por hábito, ouve bastante antes de tomar atitudes. Está na hora do partido voltar às origens, mas com novas lideranças. Na capital, o PT perdeu nas zonas Leste e Sul da capital e também nos bolsões da classe média. As propostas, aqui no buteco, são de reestruturação total. Lógico, isso é um pouco de exagero. Mas o novo é a construção.

Já os DEMocratas, vencedores na capital com Gilberto Kassab, não se abalam. Continuam compondo chapas. Estão contentes aqui no Legislativo de São Paulo.


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

quinta-feira, outubro 23, 2008

MP dá parecer favorável à cassação da candidatura de Kassab pelo cheque dado ao metrô

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É claro que vão fazer de tudo pra não dar em nada, mas não custa registrar: o promotor eleitoral Eduardo Rheingantz apresentou parecer favorável à ação em que Marta Suplicy (PT) pede a impugnação da candidatura de Gilberto Kassab (DEM), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo. Em solenidade na quarta-feira passada, dia 15, o atual prefeito repassou R$ 198 milhões ao governo do Estado para investimentos em obras do metrô. No ato, em que recebeu uma réplica de um cheque de 1 metro e meio das mãos de Kassab, o governador José Serra (PSDB) exaltou a parceria com o prefeito. O parecer do procurador é levado em conta pelo juiz eleitoral no momento de proferir a decisão final no processo. A representação ainda será julgada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da capital paulista e Kassab só tem a candidatura cassada caso a decisão seja confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pergunta que não quer calar: por que, em vez de dar dinheiro ao metrô, a Prefeitura de São Paulo não faz o dever de casa e resolve os problemas do trânsito que são de sua própria alçada?

O TRE deve julgar o pedido nos próximos dias. O TSE anunciou que vai acelerar o julgamento dos recursos de impugnação de candidaturas para que não haja atraso até a posse dos eleitos. A representação foi protocolada no último dia 17 por Marta, que acusa - corretamente - Kassab de utilizar a máquina na campanha à reeleição. A foto com Serra e o cheque foi veiculada no site do candidato. "Com efeito, os representados - especialmente o presidente do Metrô e o candidato Kassab, que são agentes públicos - usaram bens públicos móveis e imóveis para fins eleitorais", diz o procurador, no parecer. "De fato, fosse uma mera cerimônia administrativa de repasse de recursos, -como sustentam os representados -não precisava ser um espetáculo, que contou inclusive com artifícios visuais", completou o procurador, que defende que a representação deve ser julgada procedente.

Cinicamente, a assessoria do candidato do DEM alega que a cerimônia foi realizada respeitando-se a legislação eleitoral. A mídia finge que acredita e todo mundo fica feliz. Ah, se fosse a Marta a fazer um negócio desses...

Ps.: Visite o blogue coletivo clicando aqui e veja outros motivos para apostar na virada de Marta Suplicy no segundo turno.

Atualização:
Só multa: "Justiça" eleitoral premia crimes
Kassab e Marta vão recorrer de decisão sobre "checão do metrô"

terça-feira, outubro 21, 2008

Bronca do ombusdman da Folha expõe o 'trabalho sujo' da mídia nas eleições paulistanas

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No buteco, sempre comento que o "fenômeno" Gilberto Kassab, que superou Marta Suplicy no 1º turno na cidade de São Paulo, não foi nenhum fenômeno para mim. O fato de ele ter começado a campanha tão atrás da candidata petista só me fez desconfiar mais ainda das pesquisas - que davam como certa a vitória petista, mesmo que por um ou dois pontos. Furo n'água. Sempre achei que Kassab disputaria de igual para igual com quem quer que fosse no segundo turno. E não digo isso considerando apenas a fritura pública de Alckmin pelo próprio PSDB (ou melhor, pelo José Serra). Pensem comigo: além de nunca ter disputado uma eleição sequer - e, conseqüentemente, nunca ter "apanhado" de fato como Marta, Geraldo Alckmin e Paulo Maluf já "apanharam" na vida -, Kassab tem a máquina municipal e estadual a seu favor e, vantagem das vantagens em qualquer disputa eleitoral, a mídia todinha ao seu lado.

Prova disso é que, na edição do último domingo da Folha de S.Paulo, o próprio ombudsman do jornal, Carlos Eduardo Lins da Silva, criticou a berrante diferença de tratamento para os dois candidatos neste 2º turno. "Marta Suplicy recebeu nestes cinco dias uma carga de matérias negativas absolutamente desproporcional em relação a seu adversário", disparou Silva, sem rodeios. "Por exemplo, ela foi alvo de oito textos opinativos críticos; Kassab, de nenhum. Das 19 cartas publicadas, 15 foram contra Marta. Registre-se que o 'Painel do Leitor' recebeu 224 cartas contra ela e 55 a favor. Mas para o ombudsman, a relação foi inversa: 36 pró e 8 contra a ex-prefeita", prosseguiu. E, no desfecho, além de criticar a postura da Folha, ainda esculachou a concorrência: "(...) o jornal abriu mão de fomentar o debate sadio. Ele nunca deveria se prestar ao trabalho sujo que outros veículos fazem com muito prazer e competência."

Pois é: apesar de eu não ser nenhum entusiasta da função de ombudsman (e muito menos da Folha de S.Paulo), ele disse pouco, mas disse tudo. Só que essa - previsível e explícita - fuzilaria contra Marta pode ser um tiro no pé, uma percepção que talvez tenha motivado a bronca de Carlos Silva nos colegas de redação. O povo não é bobo. Vamos pra virada, Marta!

terça-feira, outubro 14, 2008

Marta Suplicy 'ligeiramente' perdida

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A estratégia de investir contra a vida pessoal de Gilberto Kassab (DEM), seu adversário na disputa em segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, foi mesmo um tiro no pé para Marta Suplicy (PT). Após ser criticada publicamente até pelo ex-marido, a candidata, que é psicóloga e sempre defendeu a diversidade sexual, perdeu ontem um importante grupo de apoio neste segmento. Com tantos argumentos para politizar a campanha, Marta parece "ligeiramente" perdida, ainda refém de decisões desastradas de sua assessoria de marketing. E nas ruas paulistanas mostra-se ainda mais desnorteada, cumprimentando até "eleitor" inanimado. Confiram:

sexta-feira, setembro 26, 2008

Ressentimento de Alckmin será o fiel da balança

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Numa noite dessas, entre espetos e garrafas num fórum adequado, eu e os camaradas comentávamos sobre a cristianização do tucano Geraldo Alckmin na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Todos sabem que o colega de partido José Serra, governador do Estado, boicota sua campanha em favor da reeleição do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM). E este será um fator determinante para definir qual dos dois enfrentará Marta Suplicy, do PT, no segundo turno. Na última pesquisa da Datafolha, ela apareceu com 37% das intenções de voto. Kassab e Alckmin (foto acima) estavam empatados com 22%, mas o primeiro só cresce.

A briga é antiga e o possível desfecho era exatamente o tema de nossas conjecturas na mesa do bar: no segundo turno, se passar o democrata, Alckmin apoiará? E se passar o tucano, Kassab subirá no palanque? O palpite consensual, no buteco, foi de que ambas as hipóteses são bem improváveis. Porque o fiel da balança será o nível de ressentimento de Alckmin, nem um pouco desprezível caso fique fora do segundo turno - afinal, ser fritado publicamente pelo próprio partido, que detém a máquina do estado mais rico do país, é coisa muito séria. Significa que, se permanecer no PSDB depois disso, sua carreira política será de coadjuvante para baixo.

E o tal ressentimento de Alckmin já começou a dar as caras. Primeiro, lançou uma provocação em sua campanha: "Em 96, Kassab estava com Pitta; em 98, Kassab estava com Maluf; em 2008, Kassab está com Quércia. Na mesma época, Geraldo estava com Serra, com Covas e, agora, com o PSDB" (notem que ele diz que estava com Serra, e agora está com o PSDB...). O democrata - com evidente bênção de Serra - rebateu com adesivos dizendo "Sou tucano, voto Kassab". Alckmin cogitou produzir outro adesivo, com golpe baixo: "Não existe meio tucano nem meio traidor". Kassab cutucou novamente a ferida, hoje, ao declarar que seu governo "também é tucano, sim".

No frigir dos ovos, se a imolação política de Alckmin for confirmada com sua ausência no segundo turno, podemos ter três situações bem interessantes. Segundo o camarada Glauco Faria, Geraldinho pode optar por apoiar Kassab (mas nenhum de nós acredita nisso), ou enfiar o rabo entre as pernas e declarar que não apóia ninguém, ou chutar o pau da barraca de uma vez e apoiar Marta. Este seria o primeiro passo para abandonar o PSDB e desembarcar em outro partido que lhe trate com um pouco mais de respeito, como o PTB, por exemplo. Concordamos todos que a idéia, para ele, não é ruim. Mas estaria Alckmin tão ressentido assim? Façam suas apostas.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Os melhores parlamentares do Brasil

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Cristovam Buarque (PDT-DF), senador, e Gustavo Fruet (PSDB-PR), deputado, são os dois melhores parlamentares do Congresso Nacional. A avaliação é resultado de pesquisa que o site Congresso em Foco fez com 204 jornalistas que cobrem a casa.

No "Top 5" de cada uma das casas, verifica-se uma interessante heterogeneidade entre partidos e estados de origem dos parlamentares. O PT tem dois senadores (Eduardo Suplicy-SP e Marina Silva-AC) e dois deputados (Maria do Rosário-RS e Maurício Rands-PE). Todos os outros seis integrantes do grupo dos dez mais cotados são de siglas distintas - DEM, PMDB, Psol, PV e os já citados PSDB e PDT.

Entre os estados, Rio de Janeiro tem dois nomes - os deputados Chico Alencar (Psol) e Fernando Gabeira (PV) -, assim como o Rio Grande do Sul: o senador Pedro Simon (PMDB) e a já citada deputada Maria do Rosário (PT). As demais unidades da federação lembradas trazem um representante cada: São Paulo, Distrito Federal, Acre, Goiás, Paraná e Pernambuco.

Cabem algumas interpretações nessa lista. Todos os parlamentares aí citados compõem o tal do "alto clero" da casa - ou seja, são políticos de certa influência nos trâmites do Congresso. O que é positivo. É bom saber que quem cobre diariamente o Legislativo nacional considere bom o trabalho de figuras que tanto aparecem nos noticiários.

É curiosa, para mim, a menção de Marina Silva. Não por demérito ao trabalho da senadora ou coisa parecida, mas simplesmente pelo pouco tempo que ela ocupa o cargo - só reassumiu sua cadeira no Senado há pouco menos de seis meses, quando deixou o Ministério do Meio Ambiente. Certamente pesaram a favor da senadora as ações de seu primeiro mandato (1994-2002).


E falando nisso, vale ressaltar que a quase totalidade dos parlamentares citados é de cidadãos que já estão no Congresso há algum tempo. Se se espera renovação na política, ela não está sendo feita com a devida qualidade.

O Congresso em Foco premiará, no final do ano, o melhor deputado e o melhor senador, eleitos por consulta popular.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Faroeste bernardense

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Minha cidade está realmente especialista em registrar ocorrências inusitadas. 

O candidato a vice-prefeito Edinho Montemor, que integra chapa encabeçada por Orlando Morando (PSDB), foi baleado na noite dessa segunda-feira. Segundo o site Clique ABC, a bala que atingiu Edinho teve origem em uma discussão entre militantes de diferentes candidatos a vereador - mas todos apoiadores de Morando - após evento realizado no Espaço Lux, na região central de São Bernardo do Campo.

Edinho passa bem. A bala apenas o atingiu de raspão na coxa. Retomará, em breve, as atividades de campanha.

Momentos soturnos não são novidade em São Bernardo - no início do ano, em janeiro, Adelmo Campanholo se jogou do alto do Paço Municipal, um dos edifícios mais altos da cidade. Relatos de então indicaram que Campanholo decidiu acabar com a própria vida após conversar com Raimundo Salles, à época secretário de Comunicação de São Bernardo e hoje candidato a prefeito da vizinha Santo André pelo DEM.

A chapa de Orlando Morando e Edinho Montemor disputa palmo-a-palmo a preferência do bernardense com a dupla Luiz Marinho-Frank Aguiar. Correndo por fora, vem Alex Manente (PPS).

Em Santo André, Salles é o "primeiro dos últimos", numa eleição que deve terminar com a vitória, talvez em primeiro turno, de Vanderlei Siraque (PT).

terça-feira, agosto 26, 2008

Por Cidade Limpa, metrô vai deixar de arrecadar 18 mi

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A prefeitura de São Paulo anunciou ontem que o Metrô não terá mais publicidade em suas estações. Segundo a administração municipal, a propaganda violaria os princípios da Lei Cidade Limpa, que vem provocando uma verdadeira guerra contra a publicidade exterior na capital desde o início do ano passado.

Tomei conhecimento dessa recente proibição hoje pela manhã, ao ouvir a coluna do publicitário Antoninho Rossini na Rádio Bandeirantes. De acordo com Rossini, a medida gerará uma perda de arrecadação de 18 milhões anuais para o Metrô paulista.

Eu já tenho bronca dessa lei faz tempo. Agora, a coisa já caminha para o ódio. Vejo a Cidade Limpa como uma medida populista, ineficaz e economicamente danosa a São Paulo. É populista porque tem a premissa de "melhorar o visual da cidade", bem na linha do "para inglês ver"; é ineficaz, porque São Paulo não teve nenhuma evolução significativa em termos estéticos (em alguns casos a situação ficou até pior, já que a publicidade ocultava paredes de alguns prédios pra lá de mal conservados); e é economicamente danosa porque prejudica um segmento considerável da economia para se tentar buscar uma "beleza" inalcançável.

Estão aí os números: o metrô vai deixar de arrecadar 18 milhões de reais em nome de uma "estética" que certamente não será notada pelos usuários (e falo como um deles).

Em tempo, deixo claro que essa não é uma crítica de um "eleitor do PT a uma lei do DEM". Sim, já votei no PT muitas vezes e, sim, a lei é do DEM; mas a aprovação que a Cidade Limpa teve aqui na capital transpassa as fronteiras partidárias e é vista em muitos anti-tucanos e anti-pefelê de carteirinha. E, da minha parte, tal medida seria rejeitada sendo quem fosse seu criador.

O complicado é que nenhum dos candidatos à prefeitura paulistana se opõe à lei, já que eles estão cientes da popularidade da medida...

sexta-feira, agosto 08, 2008

Da série: candidatos poupados pela mídia

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Em entrevista à rádio Bandeirantes ontem pela manhã, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab, do DEM (à direita, sempre), destacou uma pesquisa feita pelo Ibope segundo a qual 90% da população avaliaram como "ótimo" o funcionamento das Amas (Assistência Médica Ambulatorial). Questionado sobre se a população teria conhecimento desses dados, o prefeito lascou, sem dó: "uma coisa é a opinião da população usuária do sistema e outra, a parcela de formadores de opiniões, qualificados e inteligentes". Fosse candidato pelo PT, a imprensalona teria manchetado em seis colunas, hoje: "Kassab chama população de burra e desqualificada". Mas como é "democrata", silêncio. Bater nas declarações da Marta Suplicy é sempre mais apropriado.

terça-feira, maio 20, 2008

Vêm aí, nas próximas eleições...

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(Arte: Luciano Tasso)

sexta-feira, abril 04, 2008

DEM cobra a conta de José Serra

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Mais um episódio do imbróglio que está rachando o PSDB paulista e comprometendo a aliança, já tradicional, entre democratas e tucanos. O líder do DEM na câmara municipal, Carlos Apolinário, divulgou uma carta aberta em que cobra do governador paulista José Serra um posicionamento mais firme em relação à disposição de Geraldo Alckmin em sair candidato a prefeito de São Paulo.

Kassab e Alckmin, provavelmente adversários nas eleições de 2008

A mesma carta, ou um "genérico" da mesma, teria sido entregue também ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, no sentido de "sensibilizar" as figuras mais importantes do partido a formarem chapa com os demos. Claro, com Kassab na cabeça de chapa.

Apolinário diz que "o prefeito tem sido extremamente leal a Vossa Excelência [José Serra] e demonstrado humildade. Quando lhe perguntam se é candidato a prefeito, ele sempre diz que gostaria de ser candidato, mas coloca como prioridade a aliança entre os dois partidos", mas ressalta "nós democratas acompanharemos qualquer decisão que for tomada pelo ilustre prefeito Gilberto Kassab. Porém, se ele não for tratado com a dignidade e a consideração que merece, será muito difícil estarmos juntos no primeiro ou no segundo turno das próximas eleições."

A carta é uma reação às especulações sobre o futuro de Gilberto Kassab. Tucanos teriam soprado para jornalistas que o atual prefeito não se candidataria à reeleição e seria secretário de José Serra para, em 2010, ser candidato a senador. Os demos acham que isso é um tratamento "desrespeitoso" e o evangélico Apolinário adverte: "Quero lembrar-lhe que, na Bíblia, no livro de Provérbios, está escrito: um amigo ofendido é pior do que segurar um cão pelo rabo."

Cobra criada

O episódio é mais um da tumultuada relação entre Serra e Alckmin, uma disputa interna onde o ex-governador vem levando vantagem. Em 2004, quando candidato a prefeito, o ex-ministro da Saúde patinava nas pesquisas, empatado tecnicamente com Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). O então governador, dono de alta popularidade, entrou no circuito e a campanha focou praticamente o tempo inteiro na relação quase simbiótica que seria estabelecida entre prefeitura e governo do estado. Serra venceu, mas ficou devedor de Alckmin.

Em 2006, Alckmin aparecia nas pesquisas sempre atrás de Serra. Em algumas, tinha quase metade das intenções de voto de seu adversário interno. Manobrou, cobrou a conta, impôs seu nome aos caciques do partido utilizando a máquina estadual, tanto do governo quanto do partido. Afinal, o que é o PSDB (e, em certa medida, o PT também), senão uma agremiação essencialmente paulista? Tornou-se candidato, mas não contou com o apoio do já eleito José Serra no segundo turno.

Agora, repete a mesma trajetória de Serra em 2004. Derrotado na eleição presidencial, quer tentar a prefeitura. Mas Kassab e os demos, acostumados a serem coadjuvantes dos tucanos, não querem largar o osso. E ao governador também não itneressa o fortalecimento de Alckmin que é, em boa medida, também o fortalecimento de Aécio Neves na futura disputa pela vaga do partido para a corrida presidencial de 2010.

Na prática, Kassab embaralha as cartas da histórica aliança. Cresceu, saiu da sombra a que parecia condenado e conquistou parte da classe média, com projetos com o Cidade Limpa e uma disposição de estar sempre na mídia quando a situação aperta. Foi o primeiro a comparecer na tragédia do buraco do metrô, que sequer era responsabilidade sua, enquanto Serra se escondia e Alckmin sequer deu as caras. Segue uma cartilha à la César Maia, mesmo sem o carisma do prefeito carioca.

Não vai ser fácil acomodar tantos interesses. De perto, Marta pavimenta a sua volta. De longe, Aécio ri à toa.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Paço de São Bernardo, DEM, morte, mistério

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O cenário político em São Bernardo (SP), na região do ABC (berço político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva), continua agitado. Depois que a chapa governista para as eleições municipais deste ano implodiu, com a desistência do deputado estadual Orlando Morando (PSDB) de ser vice de Maurício Soares (PSB), para ter candidatura própria, outro fato agita os bastidores. Na quarta-feira (20/02), Adelmo Campanholo (na foto, à direita), ex-vereador de Santo André (SP), caiu (ou pulou) do 17º andar do Paço Municipal, um abaixo do gabinete do prefeito William Dib (PSB). Detalhe: de acordo Nelson Campanholo, primo da vítima, Adelmo estava tentando voltar à política e, por isso, teria travado seu último diálogo com Raimundo Salles (DEM), secretário de Comunicação da Prefeitura de São Bernardo e pré-candidato a prefeito em Santo André (na foto, à esquerda). Logo após a conversa, caiu (ou pulou) para a morte. A família diz que Adelmo tinha depressão crônica, mas não encontra explicação plausível para o fato. Na Prefeitura, a assessoria de imprensa nega que a vítima tenha ido ao Paço com a intenção de falar com o prefeito Dib. Entre boatos e hipóteses, segue o mistério.