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quarta-feira, outubro 27, 2010

Lula 65 - Início na política com futebol e cachaça

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Hoje o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora 65 anos com mais de 80% de popularidade e terminando sua gestão com a certeza absoluta de que o Brasil está hoje, inegavelmente, milhões de vezes melhor do que há sete anos, quando iniciou seu primeiro mandato. Os 28 milhões que saíram da linha da miséria, os mais de 30 milhões que ascenderam à classe média, os quase 15 milhões que conseguiram emprego com carteira assinada, as milhões de crianças e famílias amparadas pelo Bolsa Família, os mais de 700 mil que realizaram o sonho de chegar à faculdade pelo ProUni, além dos milhares que tiveram acesso à energia elétrica e que puderam comprar ou reformar sua casa própria com as facilidades inéditas da Caixa Econômica Federal são as principais testemunhas da transformação fantástica da sociedade brasileira no período. E de que, com certeza, "nunca antes na História deste país", o estado fez tanto para tantos - e o mais importante, para os tantos que mais precisam.

No esporte, entre múltiplas iniciativas, o governo Lula marcou verdadeiros gols de placa ao disputar de conquistar o direito de sediar a próxima Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas de 2016. Há dez anos, se alguém dissesse que o Brasil tinha 0,0001% de chance de trazer um evento de projeção mundial desse porte, seria taxado de louco e rechaçado às gargalhadas. Lula resgatou o orgulho de ser brasileiro, de saber que podemos e fazemos, que confiamos no nosso taco. Algo parecido com o que sentíamos no final da década de 1950 e que logo em seguida foi destroçado pela subserviência da ditadura militar aos ditames de Washington. E esse projeto político que deu e dá certo no Brasil teve e tem suas raízes nos movimentos populares, entre eles, o sindical, dos trabalhadores organizados. Que tomou impulso e direção a partir do momento em que Lula assumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, no ABC Paulista, em 1975.

E o mais interessante, que registro aqui nesse post a partir do título, é que o gênio político e intuitivo de Lula buscou no futebol e na cachaça sua primeira estratégia de atuação. Logo, nosso presidente tem tudo a ver com o Futepoca, ou seja, Futebol, Política e Cachaça. No livro "O sonho era possível - A história do Partido dos Trabalhadores narrada por seus protagonistas", compilação de entrevistas feita pela jornalista e pesquisadora chilena Marta Harnecker (Editora Mepla/Casa América Livre, Cuba, 1994), Lula afirma que sua primeira decisão no sindicato foi a de ir às fábricas, em vez de ficar esperando que os trabalhadores comparecessem às assembleias, o que nunca acontecia. Aliado a isso, ele imaginou uma forma infalível de fazer com que os operários fossem conscientizados politicamente ao mesmo tempo que se divertiam. Diz Lula, no livro:

Um dia, discutimos na diretoria como é que íamos fazer para o trabalhador pegar confiança na gente. Sabe o que eu fiz? Eu marcava campeonato de futebol: a diretoria do sindicato contra a seção de uma fábrica. A gente ia e antes de começar o jogo eu falava cinco minutos com os trabalhadores. Depois a gente tomava umas cervejas, tomava chope, fazia churrasco. Em pouco tempo conseguimos criar uma nova consciência: a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) era uma lei, a Constituição era uma lei, mas tem um espaço político importante para a gente atuar. Em pouco tempo, um sindicato que era esvaziado e que ninguém participava, lotava em todas as assembleias.

Convenhamos: é ou não é um craque? Show de bola na política - e na cachaça também! Vamos brindar ao Lula e à sociedade civil organizada, que já mudou e que vai continuar mudando este país para muito melhor. Saúde, Lula!

segunda-feira, outubro 25, 2010

Lula com a palavra

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Que me perdoem os que eventualmente discordem, mas é muito emocionante este discurso do Lula, proferido no evento de premiação de empresas organizado pela Carta Capital.

Gostaria que aqueles que o chamam de analfabeto fossem pegos de surpresa por este discurso: a qualidade de seu português, o uso preciso da língua portuguesa, sem nada de empolado, mas com um vocabulário riquíssimo, usado com desenvoltura, a capacidade de manejar o humor e a ênfase, de conquistar a cumplicidade do público e de trazê-lo consigo em sua argumentação, de mostrar apenas com sua presença o homem que é, cuja trajetória e realização não encontra paralelo em ninguém que eu consiga imaginar aqui. Me ajudem, se puderem. Pelé, talvez.

Enumeraria aqui cada trecho, mas seleciono apenas este: “Eu governei oito anos tendo que provar a cada dia a minha existência. (...) A elite brasileira não precisa provar nada, eles erram, afundam o Brasil, e não têm que provar nada. Termina o mandato, vai passar três, quatro anos na Europa, volta e está tudo a mesma coisa. Eu é que tive que provar a cada dia que este país podia dar certo.”



Para se aguardar o seu discurso de despedida da presidência, no dia 1º de janeiro de 2011.

Vida longa!

segunda-feira, outubro 04, 2010

Quem te viu, quem te vê

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O ainda senador Arthur Virgílio (PSDB), que durante a campanha pela reeleição mudou para Artur Neto (e escondeu de leve o partido), mudou um pouco sua visão a respeito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De furioso opositor, que durante a crise de 2005 declarou que “Lula ou é corrupto ou idiota” e ameaçou bater no presidente, o agora derrotado praticamente convidou Lula para “tomar uma cachaça”. O que não faz uma derrota... Veja o vídeo abaixo:

quinta-feira, setembro 16, 2010

Boa notícia para o presidente manguaça

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Se o presidente vier a São Paulo nas eleições, pelo menos uma boa notícia está assegurada. No Estado, não haverá "lei seca", que impede a venda de bebidas alcoólicas do dia da votação.

Como tudo que é muito bom, vamos tomar cuidado (ops, só cuidado), porque a notícia saiu no caderno Poder da Falha de S.Paulo. De lá, desconfio até da data impressa.

Segundo o jornal, a decisão foi tomada em acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A venda de bebidas alcoólicas já havia sido liberada nas eleições de 2008 em São Paulo. A liberação aconteceu por uma decisão liminar feita a pedido da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Se for verdade, vamos esperar por uma segunda boa notícia. Que os ébrios deste Estado levem Mercadante ao segundo turno. Para daí comemorar (quer dizer, beber) moderadamente (rs).


quarta-feira, setembro 15, 2010

O desespero machucando o coração (2)

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Outro dia comentei aqui sobre o despropósito da Editora Abril de enfiar uma foto do José Serra no meio do encarte de um CD do Chico Buarque. Agora foi a vez das Organizações Globo colaborarem com sua parcela no desespero pela iminente surra que os tucanos levarão nas urnas. Hoje, o site do jornal O Globo traz uma inacreditável "matéria" sobre o "futuro" do governo federal. Contra todas as evidências, a taróloga Cinara Mattos (foto) garante: "Vai ter segundo turno, entre Dilma e Serra".

Além do "incentivo moral" para o PSDB, Cinara ainda tenta convencer os eleitores de Dilma de que, vitoriosa, ela estaria à beira da morte e passaria seu governo para "assessores". "Ela vai ganhar e vai focar na economia, mas, como está doente, vai precisar ser muito assessorada". Não contente em urubuzar a saúde da candidata, Cinara ainda alerta os simpatizantes do popular presidente Lula que ele será inimigo dela. "No primeiro mês de mandato, Dilma vai mudar com o Lula completamente. Ele vai querer comandar atrás dela, e ela vai dizer que não, que o comando é dela. Eles vão romper definitivamente", sentencia a taróloga.

Em tempo: Cinara Mattos é a mesma que previu, para o Globo Esporte, que seremos campeões na Fórmula 1 este ano. "Com certeza voltaremos a ser campeões. Os mais cotados são o Felipe Massa e o Bruno Senna. Um dos dois vai trazer a taça para o Brasil". Faltando cinco provas para o final da temporada, Massa é o 6º colocado na tabela, 63 pontos atrás do líder, e Bruno Senna é o 22º, sem um ponto sequer. Melhor que isso: Cinara também previu, para o site UOL, que a final da Copa do Mundo de 2010 seria entre Brasil e França. "Essa será a final", disse a taróloga, em janeiro. "(A França) Vem quente. Ela quer porque quer. A cabeça está direcionada para ganhar. Tem chance real". Raymond Domenech que o diga...

terça-feira, julho 27, 2010

Veja especula sobre o Morumbi

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Na coluna Radar on Line de hoje, no site da Veja, Lauro Jarim questiona: "O que Lula quer com Juvenal?". "Hoje, no final do evento em que sancionou a lei que modificou o Estatuto do Torcedor, Lula chamou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, num canto e fez uma convocação ao pé do ouvido: - Juvenal, passa lá no meu gabinete para conversarmos ainda hoje", garante o colunista. E emenda: "Lula e Juvenal estão neste momento reunidos. O assunto é, naturalmente, o Morumbi e o imbróglio da abertura da Copa. Lula, como se sabe, apóia o Morumbi para sediar o jogo de abertura, algo que a FIFA e Ricardo Teixeira dizem que está fora de cogitação". Para encerrar, Jardim deixa as seguintes questões no ar: "Mas o que será que Lula quer dizer a Juvenal? Que vai peitar a FIFA e Teixeira? Ou teria ele uma solução para a encrenca?". Querem a minha opinião? Lula com Juvenal Juvêncio só pode ser encontro pra tomar pinga, com certeza! E o que a cachaça não remedia, remediado está.

segunda-feira, julho 19, 2010

Lula: 'Não consigo imaginar Copa sem São Paulo'

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Agora o "hómi" entrou na briga de vez: durante assinatura de medida provisória que flexibiliza o limite de endividamento das cidades que irão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o presidente Lula disse que vai intervir no impasse sobre o estádio que irá abrigar os jogos da Copa em São Paulo. "Eu, sinceramente, não consigo imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem ter São Paulo como um dos cantinhos em que os atletas vão jogar bola", afirmou o mang..., digo, o nosso presidente. "Estou disposto a entrar nessa conversa, acho que o governador já deveria ter chamado todos os envolvidos para conversar, para encontrar uma solução e não ficar brigando pela imprensa, porque o tempo urge", acrescentou, numa alfinetada explícita ao governador (?) paulista Alberto Goldman (PSDB). Mas, de novidade, mesmo, só a informação de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, vai se reunir na próxima quinta-feira, 22, com representantes da CBF, do São Paulo Futebol Clube e das outras partes envolvidas no imbroglio para conversar sobre a escolha do estádio. Será que o Morumbi ainda tem alguma chance?

quinta-feira, julho 01, 2010

PSDB quer impugnar música do Ultraje a Rigor

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O grito "Mulher pra presidente!", irresponsavelmente inserido por Roger Rocha Moreira na letra de "Eu gosto é de mulher", de 1987, tem conotação explícita à candidatura de Dilma Rousseff nas eleições deste ano. Absurdo! Cadê o TSE que não toma uma providência? E "Presidente" ainda é marca de um conhaque não muito recomendável, uma alusão nada sutil ao companheiro Lula...



Ps.: Esse videoclipe do Ultraje a Rigor foi gravado "na clandestinidade", às pressas, pois o manguaça Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo, não havia permitido que a banda tocasse na Avenida Paulista.


Em tempo:
Para entender a história:  PSDB pede proibição de música do Ultraje a Rigor por causa da expressão “mulher pra presidente”, do Notícias Globais, portal que promove o "jornalismo com a credibilidade que você merece". E a história repercutiu: Roger comenta boato sobre PSDB proibir música do "Ultraje".
O post claramente aposta no humor e na ironia para comentar o caso.

sexta-feira, junho 11, 2010

Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou

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A seleção brasileira é cheia de bons moços, repetem os comentaristas em bares e mesas redondas de TV e rádio. Com Kaká e Lúcio na posição de líderes corretos, avessos a rebeldias e espasmos de bom humor excessivo – talvez por temer a repressão de Dunga –, há quem não enxergue no selecionado auri-verde um jogador sequer capaz de uma estripulia, de uma farra, de uma piada inesperada para mandar o protocolo e as cartilhas de bons hábitos às favas.

Ninguém capaz de uma cambalhota na rampa do Palácio do Planalto, como fez Vampeta em 2002, na volta da conquista do pentacampeonato mundial.

É bem verdade que, antes de sentir falta da cambalhota, vai ter muito torcedor dizendo que tem saudade é de futebol e de vitórias. Mas isso é rancor.

O fato é que se o Brasil trouxer o hexa, quem vai ter que cambalhotear é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi ele próprio quem disse, em entrevista à rede Bandeirantes de TV. Para quem não acreditar, que assista com os próprios olhos.

Para ver os vídeos e entender por que a Luciana Salazar Ortega merecia um ângulo menos comportado, é só ler a continuação no Copa na Rede.

quinta-feira, maio 27, 2010

Fifa ganha isenção fiscal. Se bobear, sobra até para a Globo

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Não estava no acordo, mas quase. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, pouco antes de receber a delegação brasileira rumo à África do Sul, assinou dois projetos de lei para promover a isenção de impostos para a Copa do Mundo no país. Os beneficiados são a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e seus parceiros.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Lula abraça Dunga. Para o Estadão, foi uma recepção fria. Se o
Brasil perder, nada de responsabilizar o xará de anão:
a culpa será do Lula

A estimativa da Receita Federal é que o país abra mão de R$ 900 milhões em arrecadação. Um pouco mais do que um terço (R$ 340 milhões) dizem respeito a deduções fiscais de obras nos palcos de jogos, os estádios. Há estimativas de que o país gaste R$ 11 bilhões para fazer a disputa pelo caneco acontecer. Mas devem ser gerados R$ 183 bilhões.

Outro meio bilhão está relacionado a atividades e operações relacionadas à Copa do Mundo. Uma parte disso é sobre importação, outra sobre renda. Mas tem fatias do Imposto Sobre Serviços (ISS), arrecadado por municípios e pelo Distrito Federal, e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que depende dos estados.

Como há dedução de PIS/Confins, o governo tenta fazer a Fifa gastar seus bilhõezinhos no Brasil.

Segundo o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, as renúncias atendem exigências para a realização do mundial. A Fifa exige indenização caso isso não seja garantido.

Então, tá.

O problema: a emissora escolhida como responsável pela captação e distribuição do sinal dos jogos também terá isenção de impostos.

É hora de a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) colocar a TV Brasil para assumir seu papel de rede pública. Senão, é a Globo quem embolsa a desoneração.

sexta-feira, abril 30, 2010

Ao distribuir camisas do Brasil, Lula escala seleção de presidentes

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O presidente da venezuela Hugo Chávez foi agraciado, em visita ao Brasil na quarta-feira, 28, com uma camisa da seleção brasileira. Com a camisa 6, o mandatário venezuelano foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na lateral-esquerda.

O criador do PSUV, no poder há 11 anos, foi apenas o mais recente dos presenteados com o brinde. É só vir um presidente visitar o Brasil ou uma comitiva do Executivo nacional chegar a uma nação amiga que o protocolo do Itamaraty não hesita. Saca uma camisa da seleção brasileira e inclue o mimo, qual espelhinho para índio, ao interlocutor.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

A estratégia vem se intensificando e há quase uma seleção escalada com chefes-de-Estado e personalidades internacionais. Para alguns, o uniforme vem autografado pelos 22 preferidos pelo encarregado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Outros tem até nome atrás. Em um terceiro grupo, estão os sem número. Isso sem falar nos que tentam mas não conseguem a vaga.

No time, jogam ocidentais e orientais – médios ou extremos. Com ajuda dos jornalistas Vitor Nuzzi, Jéssica Santos Souza e do sistema de busca das fotos oficiais do presidente, o Futepoca apresenta a escalação do time se Lula fosse Dunga.

A 41 dias do início da Copa, o xará de anão tem dúvidas em duas ou três dúvidas na convocação. Lula também mantém algumas posições vagas. Vai ver é para manter poder de barganha nas relações bilaterais.


O escrete

Lula pega no gol, porque se ele não distribuiu a 1 de Júlio César a ninguém é para guardar a posição. A maior prova disso foi a entrega em reunião do G-5, entre Brasil, China, Índia, África do Sul e México. O mandatário canarinho parecia mesmo técnico entregando colete em treino coletivo.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr


Dai Bingguo, representante do presidente chinês Hu Jintao, ficou com a 2 na ocasião. Na posição de Lúcio, capitão do selecionado de Dunga, endereçou-se a Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia, com a 3. A 4 ficou com o sul-africano Jacob Zuma, enquanto a 5 foi para Felipe Calderón.

Mas nem todos desses têm vida fácil no time de Lula. A lateral-direita tem outros dois candidatos. Nicolas Sarkozy, da França, e Hosni Mubarack, presidente do Egito, também tinham, nas costas, o número disputado entre Maicon e Daniel Alves.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Quase tão grave fica a situação para o mexicano. Ninguém menos do que Barack Obama, dos Estados Unidos, também tem a 5 na galeria de presentinhos da Casa Branca. Ele não é o cara da seleção de Lula, mas que se segure o Calderón!


Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Só sem saber quem é o Gilberto Silva para mostrar
esse sorriso todo ao receber a 5

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Aliás, quem viu coerência em alocar Chávez na lateral-esquerda, por suas posições anti-imperialistas, pode tirar o cavalinho da chuva. A cara de poucos amigos do conservador presidente italiano Silvio Berlusconi é um sinal de que ele também vem para brigar pela meia dúzia.

A 10 é a mais disputada. Michael Sleiman, do Líbano, Jan Peter Balkenende, primeiro-ministro da Holanda, tiveram esse deleite. Até o cantor Bono Vox, votalista do U2, também recebeu a sua. A camisa que já foi de Pelé só é concedida com o nome do presenteado estampado.

A vantagem fica para Balkenende, que retribuiu uma 10 da Holanda com o nome de Lula nas costas. Se politicagem influenciar o brasileiro, a escalação na meia-esquerda da Laranja Mecânica pode ajudar. Bono Vox não entra, porque a seleção é só de chefes-de-estado.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr
Lula ou Van Lulen?

O iraniano Mahmoud Ahmadinejad também tem a sua, mas o número não é conhecido. Quando Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi visitar a nação persa, apenas um fotógrafo compareceu ao troca-troca de agrados. A equipe do Desenvolvimento não pode ser muito retranqueira, mas nunca se sabe quando se trata de alguém que, por mais que se contraponha aos Estados Unidos e a Israel, representa um governo que é fundamentalista religioso.

Na de Nursultan Nazarbayev, presidente do Cazaquistão, também não tinha número. É o segundo polivalente dessa equipe.

Gordon Brown, premiê britânico, bem que tentou. Entregou a 7 de Beckham a Lula, mas não recebeu o troco. Cortado. Pior ainda para o candidato independente à Presidência do Chile, Marco-Enríquez Ominam, que além de não ter sido eleito, tampouco recebeu o manto auriverde.

Falando em quem não está lá, na seleção brasileira de presidentes falta ataque. A 7, 8 a 9, a 11 não foram distribuídas. Talvez seja uma uma questão de contenção de gastos.

Mas se for um 4-4-2, poderia ser escalado assim:

1- Lula

2- Hu Jintao/China (Nicolas Sarkozy/França; Hosni Mubarack/Egito)
3- Manmohan Singh/Índia
4- Jacob Zuma/África do Sul
6- Silvio Berlusconi/Itália (Hugo Chávez/Venezuela)

5- Felipe Calderón/México (Barack Obama/Estados Unidos)
7- Nursultan Nazarbayev/Cazaquistão
8- Mahmoud Ahmadinejad/Iraniano
10- Jan Peter Balkenende/Holanda (Michael Sleiman/Líbano)


9- ???
11- ???

Mesmo improvisando os sem-número no time, falta gente para o ataque. De duas, uma. Vai ver Lula montou um time mais retranqueiro do que o Henrique Meirelles no Banco Central.

Ajude o Lula nessa escalação.

sexta-feira, abril 16, 2010

Em termos de emprego, Lula e FHC é Santos e Guarani

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira, 15. Foi outro recorde de emprego gerado em março. Para abril, Carlos Lupi, titular da pasta, promete novo recorde.

Homem placa no centro de São Paulo anuncia vagas

O detalhe é que a partir da busca do jornalista Vitor Nuzzi pelos arquivos do acumulado de geração de empregos, temos os seguintes dados, a título de comparação entre governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso.

Recuperação econômica à parte, é bem verdade que Lula enfrentou apenas um ano – no máximo dois – de crescimento próximo de zero. Mas também é verdade que parte do cenário para que isso ocorresse tem méritos de políticas adotadas pela gestão – a maioria, políticas não macroeconômicas, registre-se.

Aos dados:

Período Saldo
de empregos
Média
anual
1995-2002 796.967 99.621
2003-2009 8.716.082 1.245.154

Sendo maldoso de um lado, arredonda-se para 8 milhões o resultado de 2003-2009. E, generosamente, facilita-se para o outro lado, inflando para 1 milhão as vagas do período 1995-2002. O resultado é: 8 para 1.

Opa! Oito a um é Santos e Guarani pela Copa do Brasil.

Com o acúmulo de 2010 de 700 mil empregos gerados, a diferença aumenta, porque somam-se 9,4 milhões de empregos. Em abril, a expectativa é de 340 mil contratações a mais do que demissões, de modo que o Brasil ultrapassaria em quatro meses todas as vagas criadas em 2009, o ano em que o país decresceu 0,2%.

E vejam que, nessa toada, mais um ou dois meses e o jogo vai ficar 10 a 1, quase a maior goleada dos Meninos da Vila até o momento, aplicada sobre o Naviraiense, também pela Copa do Brasil. Os santistas ganharam de 10 a 0, o que torna a comparação meio capenga, mas enfim.

Diferentemente de outros períodos, houve algum crescimento do salário médio de admissão. Quando há muita rotatividade, a tendência do ordenado médio é ser rebaixado, já que a pessoa sai de um lugar para ganhar menos em outro. No trimestre, aumentou 4,37% em relação a 2009. Talvez a crise tenha atrapalhado o parâmetro do ano passado.

Mas o ministro Lupi foi indiscreto na coletiva para dar seu parecer de torcedor pleno: "O maior segredo da aprovação do governo Lula é a valorização salarial. Quando a oposição descobrir isso, já terá perdido a eleição".

700 mil toneladas de aço brasileiro pra Copa de 2014

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Anteontem, participei (a trabalho) da abertura do 21º Congresso Brasileiro do Aço, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Presentes, os diretores de gigantes da siderurgia da China e Europa, além dos todo-poderosos nacionais, Vale, Gerdau, Usiminas, Mittal, Villares, entre outros. O clima geral era de satisfação pela maneira como o Brasil enfrentou a crise econômica e das perspectivas futuras pelos investimentos federais já comprometidos. Em seu discurso, o presidente Lula reforçou que eventos como a Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, ambos no Brasil, vão garantir que a produção e o consumo de aço no país continuarão crescendo.

De fato, circulando pela exposição, recolhi exemplares de duas revistas que, por serem muito específicas, acabam não chegando até nós, leitores comuns: a Arquitetura & Aço (edição de janeiro) e a Metal & Metalurgia (período março/abril). Ao contrário da chamada "grande imprensa", que minimiza, distorce ou desqualifica as ações e investimentos do governo Lula, as duas publicações destacam os eventos inéditos que o Brasil vai abrigar e o desenvolvimento que isso trará ao país - a primeira revista com uma "Edição Especial Copa do Mundo 2014" e a segunda com a manchete "Gol de placa". "Demanda doméstica de aço para as obras da Copa pode atingir 700 mil toneladas", ressalta a Metalurgia & Materiais.

A reportagem da revista prossegue: "Atualmente, há cerca de R$ 2,5 bilhões autorizados para melhorias em aeroportos, segundo informação do Ministério do Esporte. Em relação aos portos, os investimentos são de R$ 677 milhões e para a mobilidade urbana, R$ 11,2 bilhões. (...) O BNDES, por sua vez, criou uma linha de financiamento com R$ 4,8 bilhões destinados aos estádios e R$ 1 bilhão para a hotelaria". Já a Arquitetura & Aço mostra que a capacidade instalada da indústria do aço no Brasil cresceu de 33,3 milhões de toneladas em 2002 para 41,4 milhões em 2008, ano em que a construção civil (setor altamente impulsionado pelo governo Lula) liderou o consumo final, com 33,4% do mercado, seguido pelo setor automotivo, com 25,5%.

Público-alvo - Ou seja: nossa indústria tem total condições de suprir as demandas desses dois megaeventos, sem sustos. As publicações estampam ainda que o governo federal prevê orçamento de R$ 48,8 bilhões para a Copa e a Olimpíada. O mais interessante, para mim, é observar que essas revistas têm como público-alvo pequenos e grandes empresários da cadeia produtiva do aço, o que comprova que a satisfação com o governo Lula não é só dos "pobres e nordestinos que vivem do Bolsa Família", como a "grande imprensa" tenta inventar. E me lembra um post do Glauco da época em que o Brasil foi definido como sede da Copa, criticando a ladainha de que sediar esse evento seria "ruim" para nós, principalmente porque "obriga o Estado a cumprir sua função, sendo que o dinheiro retorna em impostos e ganhos de outra ordem". É isso o que, felizmente, vemos agora.

E termino com as palavras do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em entrevista para a revista Linha Direta, do diretório do PT de São Paulo: "O importante é o legado que [a Copa] vai deixar para o Brasil. Vamos ter que reformar e melhorar aeroportos, metrôs, vias de acesso. A Copa é um detalhe. O importante é todo o investimento que vai ser feito em apenas quatro anos no país que talvez demorasse mais de oito anos". Mas é claro que o PSDB, que prometeu entregar a primeira estação da Linha Amarela do metrô paulista em janeiro de 2008 (alguém lembra ou comenta isso?), vai falar que o Brasil vai se endividar com a Copa, que não vai cumprir metas e prazos, que vai ser um desastre e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá. Deixa eles. Estamos muito, muito bem!

quinta-feira, abril 15, 2010

Terceira invasão do site do PT bota fogo em campanha virtual

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Pela terceira vez o site do PT foi invadido por hackers que, desta vez, postaram mensagens de apoio ao pré-candidato a presidência pelo PSDB, José Serra. A ação dá uma dimensão da guerra virtual que está instalada e o futuro, nada amistoso, das relações entre militantes do PT e do PSDB. Além disso, o fato também mostra até onde podem ir as práticas obscuras no desenrolar destas eleições.

Futepoca eleições 2010O ataque ocorreu no final da tarde de ontem, quando no portal petista foi postada uma imagem de Serra, com os dizeres “Vote 45”. A mensagem também trazia o slogan da campanha tucana “O Brasil Pode Mais” seguido de “PSDB Hackers". Depois disso, os usuários que acessavam o site eram redirecionados para a página oficial do partido tucano.

A primeira invasão ocorreu em novembro de 2009, quando o portal foi atacado por defacers (especialistas em invadir sites e alterar suas páginas principais com mensagens de protesto) que trocaram a página principal por uma mensagem ao presidente Lula que dizia "Lula você é o cara, mas apenas um no país não vai resolver milhões de problemas. Armas não fazem o destino de um homem, mas pode por em risco toda a humanidade". A invasão foi filmada e pode ser vista aqui. Na última segunda-feira, 12 o site ficou fora do ar por mais de 24 horas após uma nova invasão.

Mídia e guerra virtual

A invasão virou notícia nos jornalões do país. A Folha de S.Paulo publicou matéria nada tendenciosa com o seguinte titulo “Site do PT é invadido, e partido insinua que a culpa é da oposição”. Se o site tucano fosse invadido por pessoas se intitulando petistas, certamente o tratamento seria o mesmo... Já O Globo deu a nota “Pirataria Virtual invade site do PT”, enquanto O Estado de S.Paulo publicou a melhor matéria sobre o assunto, intitulada “Partidário de petista e de tucano se digladiam na web”, a matéria dá dimenssão da guerra virtual que está acontecendo e chama atenção para ação de hackers que andam realizando o “google bombing”, para associar o termo de busca “mentiroso” a Lula. Fora isso, existe o tal dossiê virtual que circula por e-mails contra a petista Dilma Rousseff, atribuindo a ela crimes como formação de quadrinha na época da ditadura.

Por fim, o Correio Braziliense não deu uma linha sobre o assunto, mas antecipou que a página virtual da ex-ministra do governo Lula, será lançada na próxima segunda-feira. Segundo a matéria “Mais uma frente virtual”, o site tem como proposta “tornar o endereço uma fonte direta de interação entre militantes e simpatizantes de sua figura”. O lançamento acontecerá uma semana após Dilma ter aderido ao microblogue Twitter e chegar, após cinco dias do lançamento, a quase 25 mil seguidores.A candidata Dilma Rousseff em sua sua estréia no twitter. O uso do navegador "Internet Explorer" para a tuitagem foi alvo de polêmica e criticas da comunidade Software Livre. Foto: Roberto Stuckert Filho/Flick

Já do lado dos tucanos, nem só de ataques apócrifos está se estruturando a campanha. José Serra, que tem mais de 200 mil seguidores no Twitter, lançou sua candidatura no último sabado em Brasília e além da “militancia cheirosa” se utilizou da web para fazer barulho. Foram mais de 20 computadores conectados à internet, para apresentação de espaços da militância tucana em mídias sociais como Twitter, Orkut, Facebook e YouTube e a utilização de um telão de LED, que exibia a página no ex-governador no Twitter, com as postagens mais recentes, e a transmissão ao vivo da cerimônia. A mesma tática foi usada pelo PT, em seu Congresso de 25 anos, onde postagens com a tag #congressopt eram selecionadas e projetadas em um telão, além da transmissão do lançamento da candidatura de Dilma.

Butecos nada aprazíveis

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Se o presidente Lula bebe ou não, isso não me diz respeito e não influencia em absolutamente nada em seu excelente governo e em sua ótima avaliação, minha e de 76% da população brasileira. Mas penso que o companheiro poderia prestar mais atenção nos butecos que costuma frequentar...

Ora, bolas!

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Leio hoje sobre a entrega do polêmico troféu Copa Brasil (foto), ou "taça das bolinhas", para o São Paulo. Já escrevi sobre o que penso aqui e aqui, não vou me estender mais sobre o mérito da questão. Mas a decisão da CBF acabou causando ainda mais confusão. Afinal, o São Paulo conquistou seu quinto título brasileiro há quase dois anos e meio e, na época, a entidade até ameaçou entregar a taça ao clube, mas voltou atrás e calou-se. E a entrega para o time paulista só acontece agora, como possível represália de seu presidente, Ricardo Teixeira, contra o Flamengo, que votou a favor de Fábio Koff na eleição do presidente do Clube dos 13, há três dias. Kléber Leite, o candidato de Teixeira, foi derrotado por 4 votos. Curioso é que o São Paulo também votou contra o candidato da CBF, o que levanta a hipótese de picuinha de foro carioca ou, como preferem outros teóricos da conspiração, mais um episódio da novela "Morumbi na Copa", pois a Fifa insinuou novamente que a participação do estádio não está garantida. Disposta a apoiar a construção de um novo estádio na capital paulista, a CBF estaria dando a "taça das bolinhas" como "prêmio de consolação". Não creio. Acho que foi pancada no Flamengo, mesmo.

Buenas, confusões à parte e apesar de ser sãopaulino, fico chateado com o desfecho desta saga. Sim, porque dou valor à história do futebol brasileiro e objetos como esse troféu deveriam servir como chancela de tradição e continuidade, como acontece com a taça da Copa Libertadores. Acho que o grande erro foi a determinação de que a Copa Brasil fosse entregue ao clube que primeiro conquistasse cinco títulos, ao contrário da Libertadores, cuja posse é transitória e nunca será de ninguém. Porque a Copa Brasil tem sua história, estava lá no Maracanã quando o Atlético-MG derrotou o Botafogo, em 1971, passou pelas mãos dos gloriosos bicampeões do Palmeiras e do Inter-RS, nos anos seguintes, presenciou a batalha do Mineirão, em 1977, premiou o Flamengo de Zico, o Grêmio de Baltazar, o Fluminense de Washington e Assis. O mesmo objeto, em todas essas decisões. Deveria estar em disputa até hoje. E agora leva a pecha jocosa de "taça das bolinhas" e vai empoeirar numa sala qualquer do Morumbi, como pivô de intrigas das quais não tem absolutamente nada a ver.

Triste isso, mas puro reflexo da bagunça que era o futebol brasileiro antes da era dos pontos corridos. Ainda temos inúmeros problemas no torneio nacional, privilégios de certos clubes, manobras de bastidores, arbitragens polêmicas, prioridade do poder econômico, injustiças etc etc. Mas antes era muito pior. A lambança de 1987, centro das discussões sobre a "taça das bolinhas", é um exemplo. O torneio foi organizado pelo Clube dos 13, excluindo times como o Guarani, vice-campeão de 1986. Daí, entregraram o comando para a CBF, que mudou o regulamento no meio do campeonato. Ridículo, absurdo, estapafúrdio. Os times deveriam ter paralisado a competição. Mas se calaram e, no ano seguinte, voltaram alegres e contentes para os braços da CBF. É por isso que eu comemoro a era dos pontos corridos, apesar de tantos problemas. E é sintomático que essa democracia (quem faz mais pontos é campeão e quem faz menos é rebaixado, ponto final) tenha sido estabelecida a partir do primeiro ano de mandato do presidente Lula. Quer saber? Deem a taça para ele!

segunda-feira, abril 12, 2010

José Serra copiou slogan da diretoria do Santos

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Muito bem observado pelo Diego Sartorato que o slogan de campanha sugerido por José Serra (PSDB) na semana passada, "o Brasil pode mais", foi chupinhado da campanha que levou Luis Alvaro Ribeiro à presidência do Santos:


No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia lamentado a "falta de inteligência" da oposição ao copiar, com ligeira alteração, a frase de Barack Obama, "We can" ("Nós podemos"). Daí aproveito o título de um filme brasileiro para elocubrar que talvez, no futuro, o PSDB será conhecido como "o partido que copiava".

Atualizado dia 16 de abril: O Cloaca News viu a semelhança antes.

quinta-feira, abril 08, 2010

Por candidatura, Ciro Gomes apela ao futebol e às metáforas

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Preocupado com a movimentação de lideranças do PSB para por freio sua pré-candidatura à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) lançou mão do futebol para convencer seus pares. Em artigo publicado em seu site, na quarta-feira, 7, ele defende seu plano de concorrer ao Planalto, contrariando as intenções do PT e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Lula, aliás, Ciro é só elogios. Tanto que aderiu às metáforas com a vida e com o ludopédio. "É o grande momento também para o PSB pensar grande e disputar um lugar entre os quatro principais partidos do país", avisa.

Ciro Gomes/Flickr
 Ciro nos bastidores do programa "Falando Francamente", produzido
pela representação do governador do Paraná em Brasília

Às comparações.

Com as fases da vida:
Como um adolescente que está se tornando adulto, é a hora de decidir se quer ser gente grande ou continuar pequeno, dependente de outros partidos, que, por mais aliados que sejam, não são o PSB.

É a hora em que se separam os homens dos meninos, as mocinhas das moças feitas. E o melhor é essa percepção de que o diferente não é igual.

Com uma multidão:
[É hora de] decidir se nos mostramos ao Brasil como uma força nova, coesa, com discurso afinado e gente decente disposta a melhorar o Brasil, ou se seremos apenas mais um dos partidos que se acotovelam em alianças pautadas pela mera distribuição de cargos e favores.

A afirmação vai ao encontro das críticas à aliança com "frouxidão moral" entre PT e PMDB e a estratégia de dois candidatos da base governista. Nada de novo no conteúdo, só na forma.

Com futebol:
A tese que defendo é que time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada. Está aí o exemplo no futebol. Equipes hoje grandes tiveram inícios medonhos. Times hoje consagrados tiveram fases terríveis, como Corinthians e Botafogo, que levaram 21 anos sem títulos, mas vendo a torcida crescer apaixonadamente. Já pensaram se o Corinthians em vez de insistir tivesse resolvido virar o time B do Palmeiras?
Já pensou? Nem pensar. Em tempo: o jejum de títulos do Corinthians durou de 1954 a 1977, 23 anos, portanto. O do Botafogo foi de 1968 a 1989, de Zagallo a Zagallo. E o Palmeiras B só foi criado em 2000. Sobre os inícios medonhos de times hoje grandes, é curioso que não haja exemplo. Ciro correria sérios riscos de danos eleitorais se apontasse os casos. O país assistiria ao surgimento de uma corrente de torcedores contra Ciro.

Com o PSDB:
Para quem acha isso [o crescimento do PSB] impossível, basta comparar o que era o PSDB quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, em 1994, o que era o PT quando elegeu Lula em 2002 e o que é o PSB hoje. Vocês podem não acreditar, mas a experiência administrativa do PSB hoje é maior ou equivalente do que era a do PSDB em 1994 e do que a do PT em 2002. Hoje, o PSB tem quatro governadores de estado, 333 prefeitos - sendo dois de capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba, e dois ministros de Estado. O PT, em 2002, tinha quatro governadores, 187 prefeitos e nenhum ministro. O PSDB em 1994 tinha apenas um governador de estado, que por coincidência era eu, e 998 prefeitos.

Detalhe: Ciro Gomes renunciou ao cargo de governador em 1994 para substituir Rubes Ricupero, depois do episódio do "que é bom a gente mostra". Então, nem isso os tucanos tinham.

Com Lula:
Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula - na qual me incluo - e a turma do FHC. Os problemas do Brasil são muito maiores e mais profundos do que um simples duelo entre PT e PSDB. Se eles não quiserem debater o Brasil, o PSB o fará, apresentando um projeto de desenvolvimento para o pais. Acredito nos que insistem e isso me aproxima muito do Presidente Lula, um exemplo vivo e atual de que a persistência no final vence.

Ah, os exemplos vivos.

Com o Lula de novo:
Na minha opinião, mesmo que o Presidente Lula apoie abertamente essa grande brasileira que é a Dilma Rousseff, ninguém, nem mesmo ele do alto de sua justa popularidade, pode substituir o poder de escolha, que pertence ao povo brasileiro. E para que nosso povo possa escolher bem, é preciso que haja opções. Até porque, assim, o eleitor poderá até descobrir que existe alguém mais parecido com o próprio Lula do que a candidata que o Lula diz que é.

A referência é, modestamente, estendida também a Marina Silva (PV-AC), além do próprio Ciro. No caso da neoverde, é com a história de vida. Na do socialista, à persistência e a felicidade trazida "a meus conterrâneos" quando foi prefeito de Fortaleza e governador do Ceará.

segunda-feira, março 22, 2010

Lula recomenda: 'Troque chimarrão por uísque e cachaça'

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Esse é o meu presidente: em vídeo para parabenizar o ex-ministro da Justiça Tarso Genro por seus 63 anos, Lula recomendou ao pré-candidato do PT ao governo gaúcho que troque o chimarrão por uísque "de qualidade".

- O Tarso é um baita de um companheiro, mas é um companheiro polêmico. Em vez de chimarrão, Tarso, tome um belo de um uísque de qualidade, tome uma cachaça de qualidade, tome uma caipirinha.

O vídeo, de três minutos, foi exibido na noite de sábado em Porto Alegre, no jantar de comemoração do aniversário de Tarso Genro. Será que ele obedeceu Lula?

quarta-feira, março 17, 2010

Apoio palestino engrossa rumores de Lula como secretário-geral da ONU

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A nove meses de deixar a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva pode ter de enfrentar uma nova campanha. Quem o lançou candidato foi Mohamed Edwan, porta-voz da autoridade palestina. Segundo a BBC, o funcionário afirmou, nesta quarta-feira, 17, que quer ver Lula secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), sucedendo o sul-coreano Ban Ki-moon.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

"Achamos que ele poderia ser um ótimo secretário-geral da ONU, pois é um homem de paz e de diálogo e sabe negociar de maneira inteligente e admirável", disse Edwan. "O próprio presidente Abbas também pensa assim", acrescentou o porta-voz. Ban Ki-moon tem mandato até 2011, mas pode se reeleger, como fizeram a maioria dos que estiveram no posto.

Antes, Mahmoud Abbas, presidente palestino, diz que veem o mandatário brasileiro como um "irmão". Lula ainda recebeu "vivas" ao inaugurar a rua Brasil, na cidade de Ramallah, capital da autoridade palestina.

Claro que é uma forma de bajular o visitante e pedir manter o apoio. Mas o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, lembrou que a ideia não é inédita, já que Nicolas Sarkozy sugeriu isso antes.

Andres Oppenheimer, jornalista gringo que escreve para o Miami Herald e para o El Nuevo Herald e vive malhando o Lula, discutiu a sério a hipótese. Ele repercute uma nota de Lauro Jardim, da Veja que registra que "a mais de uma pessoa Lula disse que foi sondado para se candidatar a secretário-geral da ONU em 2011".

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Ele entrevistou um ex-presidente do Conselho de Segurança da ONU, Diego Arria, que vê uma candidatura de Lula com muita força, pelo peso do Brasil e por capitalizar um certo sentimento antiestadunidense nas Nações Unidas. Apesar de crítico, Oppenheimer vê mais chances para o brasileiro na agência da organização para o combate à fome, a FAO.

Já pensou?
Por um lado, imagino que algo assim representaria um baque para os setores da sociedade que têm ojeriza a Lula. Isso representa uma parte menor dos 5%, segundo pesquisa Ibope que consideram o governo ruim.

Em especial, seria um golpe contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que veria o ex-operário alçar voos que ele, sociólogo da Sorbonne, não conseguiu. Segundo alguns, levaria o diretor do instituto de mesmo nome ao haraquiri.

Por outro lado, a depender da conformação eleitoral deste ano, com, por exemplo, uma vitória da oposição, tirar Lula do hall dos presidenciáveis poderia não ser uma má ideia. Nem que para isso fosse preciso mandá-lo para o meio da ONU. Mas essa reação é mais improvável do que corintiano vestir a camisa do Palmeiras.