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O Internacional fechou a contratação de Mário Sérgio Pontes de Paiva para substituir o cada vez mais apagado Tite, que fez um trabalho pra lá de decepcionante no clube. O campeão do primeiro turno faz a segunda pior campanha no returno, só perdendo para o imbatível Fluminense no quesito. O Colorado tentou tirar Vanderlei Luxemburgo do Santos (o que não aconteceu, para tristeza deste que escreve), o que demonstra uma certa desorientação da diretoria, já que ele e o xerife têm características bastante distintas.
O primeiro desafio do treinador é resolver problemas de relacionamento, como destacou Gerson Sicca. Em entrevista, Mário Sérgio disse: “Eu não estou preocupado com a parte tática. Já vi muitas coisas dentro do futebol e o que eu acho é simples: no futebol tem que se resolver problemas de relacionamento, deixando o grupo sem nenhuma peça negativa, já está se dando um salto muito grande. A parte tática é apenas uma definição de padrão dependendo das características dos jogadores. Tem que haver uma mobilização entre os jogadores de dar o máximo”. Ou seja, mesmo tendo um elenco invejável, o ex-treinador se perdeu na relação com o grupo em algum momento. A pergunta é: Mário Sérgio é o cara que vai consegui recuperar o tal elã?
Sua primeira como experiência como treinador foi no Vitória, em 1988. foram 5 amistosos e 26 jogos oficiais pelo campeonato baiano, com 13 vitórias, 8 empates e 5 derrotas Tornou-se comentarista de televisão onde mostrou extremo conhecimento sobre futebol (quem não lembra de suas observações precedidas por Sílvio Luiz com seu bordão “conhece, porque já esteve lá”?). Seu sucesso na Band fez o Corinthians apostar no xerife como treinador em 1993. Fez a melhor campanha da primeira fase do Brasileirão daquele ano mas o Timão precisaria vencer um grupo de quatro equipes nas semifinais, com Vitória, Flamengo e Santos. Com uma única derrota para o clube baiano de Dida, Roberto Cavalo, Vampeta e Alex Alves; o Alvinegro ficou de fora da final vencida pelo Palmeiras. Mário Sérgio já tinha impressa a marca de retranqueiro.
De lá pra cá, foi comentarista de novo, teve passagens São Paulo, Atlético-MG, Atlético-PR, Vitória, São Caetano (não necessariamente nessa ordem), foi diretor de futebol do Grêmio e ressurgiu na vitrine do futebol com a campanha do Figueirense vice-campeão da Copa do Brasil em 2007. Porém, no Brasileiro e com o mesmo Figueirense, iniciou uma verdadeira via crucis com uma sucessão espetacular de insucessos.
Foi demitido do Figueira depois de um período em que obteve uma vitória, cinco empates e quatro derrotas. Assumiu o Botafogo depois da eliminação da equipe da Sul-americana contra o River, perdeu três jogos e viu Cuca voltar ao comando alvinegro. Foi para o Atlético-PR em 2008, onde estreou com goleada sobre o Ipatinga mas amargou quatro revezes seguidos não resistiu. Fecharia o ano como treinador do Figueirense, com uma campanha de cinco derrotas, quatro empates e uma vitória somente, sendo demitido a três rodadas do fim do campeonato contribuindo de forma decisiva para o rebaixamento do time catarinense. Faça as contas. Nesse período, em quatro trabalhos diferentes, três vitórias, nove empates e incríveis 16 derrotas.
O alento (ou não) para a torcida colorada é sua mais recente passagem, na Lusa. Entrou no lugar de Estevam Soares e obteve cinco vitórias, três empates e duas derrotas no Paulistão. Mas foi eliminado da Copa do Brasil pelo Icasa e desentendimentos com o meia Felype Gabriel com a diretoria selaram sua demissão. Mas deixou a Lusa em sexto lugar, em condições de disputar a classificação para a fase final do campeonato. Se melhorar um pouco o aproveitamento de 60% que Mario Sérgio teve na Portuguesa durante o Paulista, o Inter obteria a vaga da Libertadores, já que o time tem hoje 54% e o Goiás, quarto colocado, tem 56%. E, a bem da verdade, o Inter tem muito mais time do que os que o xerife teve em mãos nos últimos anos e essa é sua grande chance de voltar ao primeiro escalão dos técnicos brasileiros.
E aí, alguem aposta nele?