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segunda-feira, junho 10, 2013

'Onda de retrocesso moralista'

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Há três anos, publiquei alguns posts, aqui no Futepoca, sobre o "cerco" que governos e legisladores moralistas estavam fazendo, no Estado de São Paulo, contra nós, os boêmios. Começou com a lei antitabagista de José Serra, que, se por um lado é louvável pela preocupação com a saúde dos fumantes passivos, por outro é nada menos que fascista por ser totalitária e não prever locais desobrigados de cumprir a Lei ou setores reservados nos estabelecimentos como opção aos fumantes (afinal, estamos numa democracia). Depois vieram mais medidas moralistóides e, agora, a investida é contra quem dirige alcoolizado.

Sim, claro, é completamente errado: ninguém pode dirigir bêbado. Mas a sutileza tucana sempre é a de cortar tudo, sem brechas, em vez de prever exceções e/ou dar opções - como, por exemplo, garantir transporte público de qualidade e por preço razoável ou colocar o metrô para funcionar 24 horas. Por isso, sem mais rodeios, reproduzo na íntegra o excelente artigo de Vinicius Mota, secretário de Redação da Folha, publicado hoje:

B de bêbado

Os tucanos de São Paulo acabam de contribuir para a onda de retrocesso moralista por que passa a legislação no país. O deputado estadual Cauê Macris propôs, e seus colegas aprovaram, a "ficha suja" para motoristas acusados pela polícia de dirigir embriagados.

Se o governador Geraldo Alckmin sancionar o texto - com o qual já disse simpatizar -, estará criada uma punição moral no Estado supostamente mais moderno da nação. O Detran passará a publicar o nome de todo cidadão cuja habilitação for cassada sob a acusação de conduzir com a "capacidade psicomotora alterada".

Para a humilhação pública tornar-se mais eficaz, que tal estampar também a foto do acusado? E divulgar ao final da novela e nos intervalos do "Jornal Nacional"?

Podemos adotar o método das autoridades de Ohio, nos EUA. Consiste em obrigar o apenado a usar no seu veículo uma placa de cor di-ferente, amarela e escarlate, para que todos saibam do seu crime.

Outra opção é o castigo dos puritanos que colonizaram o norte da América no século 17. Todo motorista acusado de dirigir bêbado será obrigado a ostentar, na parte da frente da roupa, uma letra B garrafal. Em azul e amarelo, cores do PSDB.

Que os execrados possam perder o emprego, ou ver explodirem seus custos com seguro, não é problema para nossos novos moralistas. Pelo contrário, esse é o efeito desejado pelo deputado Macris.

Tampouco os incomoda a perda da habilitação ser sanção apenas administrativa, que não passa por juiz. Delegados e burocratas do Detran terão o poder discricionário de expor o indivíduo à humilhação.

Isso importa menos diante da tentação de apelar aos anseios por vingança, e pela depuração de hábitos de vida, latentes em parte do eleitorado. Serve também de cortina de fumaça para o fracasso das autoridades na aplicação das leis vigentes.

quarta-feira, maio 29, 2013

Na seca por 18 meses, há 10 anos

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Meu fígado sempre foi meu orgulho. Quando a médica pediu uma ultrassonografia de abdome superior para ver o estado hepático não hesitei na piada: "Tá de quantos meses? Nasce quando, doutora?"

Não fui eu quem riu por último.

Quando peguei o resultado do exame, o diagnóstico parecia nada bom. "Esteatose hepática difusa grave".

Grife-se o "Grave".

Foto: Marcelo Reis/Wikicommons


Uma consulta ao Doutor Google aconteceu antes que eu pensasse que isso não ajudaria. Na lista das primeiras páginas listadas à época, abri tudo quanto era tipo de artigo. O mais marcante era de um zootécnico, que descrevia o fenômeno em bovinos. "Será que de tanto beber que nem um porco você vai terminar virando uma vaca?", ouvi de um interlocutor, ainda em mesa de bar.

Faz dez anos neste mês de maio de 2013 que este outrora assíduo ébrio -- atualmente um moderado, como todos os leitores do Futepoca -- recebeu a recomendação médica de parar de beber. "É pelo bem do seu fígado. Você não gosta dele, não gosta?"

Eu gostava...

O terror e pânico da médica foram calculados para assustar um embriagado de 22 anos. O medo assegurou 18 meses sem ingerir bebida alcoólica nem gordura. Minto: fiz uma incursão fura-lei-seca depois de sete meses, para celebrar a conclusão da graduação na faculdade. Bastou um chope para ficar feliz-feliz. Os lipídios não tiveram a mesma sorte.

A parte feliz do "causo" é que, em um ano, o fígado estava novo, pronto para outra. Em seis meses adicionais, a liberação para voltar a atuar como profissional. Nesse tempo, uns 30 quilos se perderam.

Foto: Carla Salgado/Flickr
Um universo de cachaças para um simples manguaça


Fato é que, passada uma década, ainda mais quilos a menos, nunca voltei a desempenhar o mesmo papel dentro das quatro linhas da mesa quadrada de alumínio dos botecos do mundo. Houve esforço, mas as obrigações etílicas passaram a parecer maiores do que minha capacidade.

Muitos botecos vieram e virão, visto que tudo isso deu-se na era pré-Vavá, Espeto, Moscão e Roxão. O que significa que ao boteco voltei, tentei, insisti. E como insisti.

Na mesa do bar, naquela hora em que se separam os homens dos meninos, há muito que fico com a criançada.

Felizmente, a fama de manguaça permanece.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Agora nem Aécio nem Huck escapam

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A Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna mais rígidas as medidas contra motoristas embriagados, foi publicada no Diário Oficial da União ontem - e, por isso, já podem ser aplicadas imediatamente nas blitze de todo o País. Entre outras coisas, a Resolução prevê que, se o teor alcoólico do motorista estiver acima de 0,34 miligramas quando assoprar o bafômetro (ou seis decigramas por litro de sangue), além das penas administrativas, responderá a processo criminal, podendo pegar de seis meses a três anos de prisão, mais pagamento de multa e cassação da carteira de habilitação. Segundo matéria da Agência Estado, o novo limite de tolerância corresponde, em média, a seis latinhas de cerveja ou três doses de uísque.

Uma novidade é que, se o motorista negar o bafômetro, o fiscal poderá aplicar a autuação administrativa e preencher o questionário de "Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora", que será anexado à autuação. E o bebum irresponsável também poderá ser encaminhado à delegacia. O questionário apresenta informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outras características. Dessa forma, personalidades como o manguaça Aécio Neves (que foi flagrado dirigindo bêbado em abril de 2011 e recusou o teste do bafômetro) e Luciano Huck (que fez a mesma coisa em dezembro de 2012) não conseguiriam escapar impunes.

Curioso é que Huck, o "bom moço" que a Editora Abril já tentou insinuar como futuro presidente da República, foi cogitado recentemente para se candidatar nas eleições de 2014 pelo PSDB como vice na chapa de... Aécio! Dizem as más línguas que só falta definir o boteco para eles sentarem e selarem a parceria política (e etílica). Mas, dessa vez, para evitar flagrante no trânsito, parece que vão seguir o conselho da esposa do Luciano Huck e deixar a responsabilidade nas mãos de um taxista...




domingo, julho 10, 2011

Aécio faz escola: Romário não sopra bafômetro, mas tem carteira apreendida

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O ex-jogador de futebol e deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro, Romário, seguiu a cartilha inaugurada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). O boleiro decidiu que era melhor não soprar o bajfômetro em uma blitz na noite de sábado (9), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Não se sabe se estava ou não alcoolizado. Mas são desconhecidos outros motivos que levem um motorista a não assoprar o instrumento que mede o nível etílico no sangue.

Foto: Akimi Watanabe/Agência Câmara
Outro ponto em comum: Romário também dirigia uma Land Rover quando foi parado. O carro foi liberado em ambos os casos, mas por motivos diferentes. E é aí que as coincidências com o episódio de Aécio encerram-se.

Romário tinha a documentação do veículo e carteira de habilitação em ordem – coisa que o ex-governador de Minas Gerais não pode assegurar. A Land Rover de Aécio era de propriedade da Rádio Arco-Íris, de sua irmã, André Neves. Até estava licenciada, mas ninguém explicou por que ele usava o carrão.

Também diferentemente deste último, o autor de mil gols como jogador profissional – segundo suas próprias contas – deu uma bola fora. É que, ao recusar-se a soprar o bafômetro, ele teve a carteira de motorista apreendida. A de Aécio estava vencida.

Romário estava acompanhado, inclusive da filha. O senador estava só.

Pior que carrinho por trás

Dirigir bêbado ou recusar-se a soprar o bafômetro (que, pela norma atual, permite aos policiais considerar como prova contra o motorista) é infração gravíssima.

O ex-jogador levou uma multa de R$ 957,70 e teve a carteira retida por cinco dias. O mesmo que ocorre com quem é flagrado conduzindo veículo automotor sob efeitos de álcool.

Segundo a assessoria de imprensa da operação Lei Seca, ligada à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Romário apresentou motorista habilitado a digirir e o carro foi liberado. O Terra diz que testemunhas teriam visto Romário tentando manobrar para evitar a blitz, mas não conseguiu.

Quando era jogador, o "Peixe" só teve  problemas de "drogas ilícitas" em um episódio meio patético, em que o antidopping flagrou o uso de finasterida. A substância é princípio ativo de medicamentos contra a queda de cabelo. 

Como jogador, ele era conhecido por não fumar, não beber nem usar drogas. "Só mentia um pouquinho", dirá algum leitor arguto. Mas a ferinidade das más línguas aplica-se apenas ao fato de que o atacante era afeito a noitadas, mas não a todos os prazeres que, no imaginário até moralista, circundam os estabelecimentos boêmios.

Em março de 2010, pré-candidato a deputado federal, ele já tinha tido a carteira apreendida também por recusa de soprar o bafômetro, também na Barra da Tijuca. Na ocasião, a opção abstêmica do cidadão foi motivo de estranhamento por parte de amigos, que consideram que o máximo em termos de abuso de álcool era uma taça de champagne.

quarta-feira, abril 20, 2011

Lei Seca é prejudicial à saúde!

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A esdrúxula e incongruente imposição de Lei Seca pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, durante a Virada Cultural, no fim de semana, teve como efeito colateral um problema de saúde muito pior do que possíveis ressacas. Segundo o portal IG, em materinha intitulada "Vinho químico é o crack das bebidas", a proibição da venda de bebidas pelos estabelecimentos comerciais legalizados durante o festival de eventos públicos que atravessou todo o sábado e domingo fez com que milhares de ambulantes clandestinos oferecessem ao público "uma perigosa mistura artesanal de etanol (o mesmo vendido em postos de gasolina), pigmento e doçura similar à groselha e corante". De acordo com a reportagem, "com 96% de álcool, bebida apreendida em São Paulo é altamente tóxica e compromete fígado e cérebro".

Mais de 17 mil litros (!!!) do chamado "vinho químico" foram apreendidos. A bebida era oferecida em garrafinhas (foto acima) com valores entre R$ 1,5 e R$ 10 - um convite tentador aos milhares de manguaças que se viram privados de beber enquanto se divertiam. Segue o texto do IG: "O que assusta é a quantidade elevada de etanol, que representa 96% da mistura. Esse índice supera o teor alcoólico de bebidas fortes como a cachaça, que tem de 38% a 54% de álcool no Brasil. A graduação máxima permitida por lei, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é de 54%. (...) Se comparada a outras bebidas, a discrepância é ainda maior. Vodca e uísque variam o teor alcoólico entre 40% e 50%. Um vinho de verdade apresenta em torno de 12%, enquanto uma cerveja pilsen, o tipo mais consumido no país, contem entre 4,5% e 5% de álcool". Uma médica ouvida pela reportagem classificou a mistura como "uma bomba".

Pois é, moralistas de plantão (ou pior que isso: políticos moralistas de plantão). Proibir não resolve, quando as pessoas querem consumir, sempre vai ter alguém querendo ganhar dinheiro em cima. O problema não é proibir, é controlar, fiscalizar, acompanhar, punir excessos e prestar assistência. Moralistóides como Gilberto Kassab só conseguem regredir o Brasil ao início do século passado, quando a Lei Seca foi adotada nos Estados Unidos e, como consequência, criou uma das quadrilhas mafiosas mais notórias de todos os tempos, além de matar milhares de pessoas com bebidas da pior qualidade e procedência desconhecida - porque, óbvio, ninguém deixou de beber! É o que acontece agora, com o tal "vinho químico". Essa é a política de saúde (moralista e irresponsável) da maior cidade da América Latina.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Incentivo para continuar bebendo

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Nos tempos da famigerada (e fracassada) Lei Seca nos Estados Unidos, um grupo de mulheres posa sob um cartaz que alerta: "Lábios que tocam o álcool não tocarão os nossos (lábios)". Pela cara das cidadãs, muito ianque manguaça deve ter se animado a aumentar consideravelmente o consumo clandestino...

Mais sobre Lei Seca:

Richards: proibição da bebedeira arruinou América

Se a França tem "lei seca", Inglatera "ensina" a beber

Efeitos da Lei Seca: "pode beber, gente, eu dirijo"

Efeitos da Lei Seca e a cerveja que parece água

Lei Seca reduz homicídios em São Paulo

Seis estados evitam lei seca no dia da eleição. Um voto mais feliz

quarta-feira, setembro 29, 2010

Seis estados evitam lei seca no dia da eleição. Um voto mais feliz

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Primeiro, a notícia boa: pelo menos seis estados decretaram que a venda de bebidas alcóolicas está liberada mesmo neste domingo, 3 de outubro. Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná já decidiram que não haverá restrições aos bares, botecos, botequins, restaurantes, supermercados e similares.

Depois, a notícia ruim, 20 estados mais o Distrito Federal mantiveram a tradição de implantar a lei seca no dia de ir às urnas. Com isso, moradores do restante do país, incluindo os de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país – serão prejudicados pela sede e pela sobriedade ao aguentar a boca-de-urna indevida e a expectativa pelos resultados. No Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, os juízes eleitorais de cada cidade têm autonomia para decidir.

Tudo bem, o avanço é lento.

A proibição começa em horários variados, ora das 21h do dia anterior, ora a partir das 3h da manhã do domingo. É a senha para o ébrio precavido estocar a dispensa. Não há notícias de decretos que cogitem veto ao consumo etílico no conformo do lar.

O dia de votação costumava trazer restrições ao consumo de álcool supostamente para garantir o andamento da votação ou até para evitar que, embriagado, o eleitor acabasse sendo cooptado ou votando sem, digamos, pensar bem. Porém, não se trata de norma federal, mas estadual, decidida por cada secretaria de segurança pública.

A decisão ignora, por exemplo, a contribuição dos ébrios para o folclore político em comícios eleitorais. Também desconsidera que, para não perder a freguesia, garrafas de guaraná e de tubaína são armazenadas há semanas para garantir o suprimento de vasilhames em cima de mesas e balcões.

Será que dá tempo para reverter alguns decretos?

quinta-feira, setembro 16, 2010

Boa notícia para o presidente manguaça

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Se o presidente vier a São Paulo nas eleições, pelo menos uma boa notícia está assegurada. No Estado, não haverá "lei seca", que impede a venda de bebidas alcoólicas do dia da votação.

Como tudo que é muito bom, vamos tomar cuidado (ops, só cuidado), porque a notícia saiu no caderno Poder da Falha de S.Paulo. De lá, desconfio até da data impressa.

Segundo o jornal, a decisão foi tomada em acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A venda de bebidas alcoólicas já havia sido liberada nas eleições de 2008 em São Paulo. A liberação aconteceu por uma decisão liminar feita a pedido da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Se for verdade, vamos esperar por uma segunda boa notícia. Que os ébrios deste Estado levem Mercadante ao segundo turno. Para daí comemorar (quer dizer, beber) moderadamente (rs).


quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Fabricar mil tijolos é pena a motorista bêbado na Bolívia

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O candidato ao governo do departamento (estado) de La Paz, Félix Patzi, foi condenado a fabricar mil tijolos de adobe por dirigir embriagado. A sentença não foi do Judiciário Boliviano, mas da comunidade indígena aimará a que pertence o ex-ministro da Educação e aliado de Evo Morales. No domingo, Patzi pediu desculpas ao presidente na TV pela presepada.

Foto: Wikipedia

As fotos estão aqui. Adobe, pelo menos no Brasil, é um tipo de bloco feito com barro e palha seca, que seca ao sol ou em fornos, uma tecnologia tradicional que dura menos do que as peças de alvenaria.

"Irmão presidente, sei que falhei. Você é muito sábio, disciplinado, exemplar. Por isso, pediu que eu renunciasse e tem todo o direito, mas me perdoe", declarou Patzi, desta vez, sem soluçar.

O candidato fugiu de uma blitz da polícia. Na Bolívia, atualmente, o manguaça flagrado no volante tem a licença cassada. O recrudescimento da legislação é recente e polêmico, como foi no Brasil. Ele chegou a renunciar, seu nome foi vetado pelo Movimento ao Socialismo (MAS) e ficou ameaçado na eleição. Indígenas responderam reiterando o apoio.

Não faltaram críticas de sua parte à "lei seca" boliviana (ou seria também bolivariana?). Houve ainda queixas de Patzi em relação ao "entorno brancoide" que, preconceituoso, queria o indígena fora da disputa.

Mas, segundo fontes nada oficiais e inexistentes psicografadas pelo Futepoca, tudo teria sido resolvido na base da diplomacia Barack Obama: numa mesa com cerveja.

A possibilidade de uma comunidade indígena definir sentenças por infrações é assegurada pela Constituição boliviana, aprovada na gestão de Morales. Para críticos ouvidos pela Folha de S.Paulo, trata-se de manipulação da justiça tradicional desses grupos por finalidades políticas.

A sentença de mil blocos de barro começou a ser realizada na quarta-feira, 10, com 300 peças. Faltam só 700.

Como motoristas profissionais de La Paz começaram uma greve (!) de 48 horas contra as novas restrições ao álcool no volante, as coisas podem mudar, a favor dele. As incursões do ex-ministro sociólogo no ramo da olaria podem durar menos do que como governador do departamento que abriga a capital.

terça-feira, setembro 22, 2009

Movimento compara antitabagismo a "eugenia"

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O Brasil adota políticas de combate ao fumo que ganham destaque internacional pelo rigor. As restrições à publicidade e as fotos no verso de maços de cigarro foram algumas delas. A onda mais recente é a das leis que proíbem o consumo de cigarro e afins em lugares fechados (ou quase fechados), modalidade inaugurada por Rondônia em outubro e que avança depois do destaque de mídia conquistado pelo governo de São Paulo por adotar a medida.

Diante do que consideram ser uma caçada comparável a práticas nazistas, grupos de fumantes se organizam na internet para se defender. Trata-se, em sua visão, de políticas contra quem fuma, e não contra o cigarro. Um deles é o Fumantes Unidos, no ar desde 2008, criado por Fabrício Rocha.

O braziliense é jornalista e publicitário e apresenta o programa Participação Polular na TV Câmara. Em entrevista por telefone ao Futepoca, ele explica os objetivos do site e do grupo, que é o reconhecimento ao direito de escolha do cidadão.

"Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente", sustenta. "As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha", resume.

Ele lamenta a forma como são combatidos comportamentos fora do modelo "máquina de trabalho e consumo" que se assemelha "com a busca pela raça ariana na Alemanha nazista", para usar termos do manifesto do grupo.

Em sua visão, os obesos também são alvo desse tipo de campanha, conforme alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No site, há uma seção dedicada exclusivamente à "arte de fumar".

A postura é polêmica e o site mantém até um "Leia antes de criticar", para antecipar respostas a críticas.

Confira os principais trechos da entrevista.

Futepoca – Qual foi a origem do Fumantes Unidos?
É uma organização informal, não uma ONG com estrutura jurídica. Em 2007, eu tinha participado de uma audiência pública da Anvisa sobre a criação de fumódromos. Fui o único a apresentar contraproposta, que se tornou parte de um dossiê que encaminhei a diferentes políticos. Nesse material, estavam apresentados contra-argumentos a ONGs e projetos antitabagistas.
Esse levantamento inspirou a criar o site, a exemplo do que acontece em alguns lugares do mundo. Aos poucos, ele ganhou visibilidade das pessoas, da mídia, rendeu convite para um debate na MTV.

Futepoca – Quantos colaboradores a página possui?
Há um grupo de colaboradores mais ou menos regulares. São em torno de 40 os que já produziram artigos e notícias. Não estou contando comentários de apoio. Recebemos muitas mensagens de apoio e de protesto de todo o país mas, ultimamente, a maioria vem de São Paulo. Se bem que agora tem outros estados que também aprovaram leis, tentando pegar carona na mídia que o (José) Serra teve com a lei.


Futepoca – A rigor, a rigor, o primeiro estado a aplicá-la foi Rondônia.
Os outros estados viram que o tema dá mídia e querem isso também.

Futepoca – No manifesto do movimento, há uma comparação forte do antitabagismo com o Nazismo e a eugenia de forma mais ampla, que vai além da questão do fumo e inclui a apresentação e outros hábitos. Não é exagerada a comparação?
No governo Nazista, Hitler era um antitabagista declarado. O regime fez várias campanhas que apresentavam o fumante como um fraco, inferior assim como os judeus. A intenção era afirmar a superioridade ariana apontando outros grupos e pessoas como inferiores. E havia o contexto de guerra, já que Roosevelt, Churchil – fumante inveterado que sempre aparecia com o charuto na boca – e Stálin eram todos fumantes.
Atualmente o preconceito é mais velado, de certo modo, mas há uma demonização e ridicularização dos fumantes. Aliás, a primeira coisa que se faz em uma ação como essa é chamar o "alvo" de doentes. Até pouco tempo, os homossexuais eram vistos como doentes. O mesmo ocorre com os obesos. Agora a OMS quer considerar os fumantes como doentes, viciados, descontrolados mesmo. São esteriótipos construídos de forma parecida com os dos nazistas.

Futepoca – Por quê?
Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente. As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha.

Futepoca – E qual à consequência disso?
O que é preocupante da eugenia é que o mundo vai ficando muito chato. Proibimos tudo. Parece haver uma busca para se criar restrição, suprimir prazeres às pessoas, tirar o livre arbítrio de se avaliar o que é bom ou ruim. Com isso se cometem absurdos legislativos como a lei seca, que fere o princípio da desproporcionalidade ao taxar como criminoso um pai de família que bebe uma batida de limão para acompanhar a feijoada no sábado. Não foi a lei seca que diminuiu os acidentes de trânsito, mas a mídia fazendo alarmismo. E a obesidade é a próxima bola da vez.

Futepoca – Qualquer pessoa que se oponha a projetos antitabagistas é logo acusado de ser financiado pela indústria do fumo. Como você se relaciona com essas críticas? Antes: o site é financiado pela indústria tabagista?
Fiquei surpreso recentemente quando fiz uma pesquisa com o nome do site no Google e encontrei um documento da Aliança de Controle do Tabagismo (ACTBR). Parecia uma coisa de órgãos como a CIA, sobre como falar com fumantes, o que é falado no mundo contra as campanhas de combate ao cigarro. Na parte em que falava do Brasil, citou o site e reconheceu que "não havia qualquer evidência disso". Já ocorreu de sermos procurados, mas não aceitamos apoio em dinheiro, para poder manter independência editorial.

Futepoca – Por que o site mantém uma seção com links para quem quer parar de fumar?
O propósito do site é atender a fumantes. Com o combate que se faz aos fumantes, em vez de se combater o cigarro, com quem ele vai se congregar? Que serviço existe? O fumante assume o risco abertamente, mas ele pode querer parar. O FumantesUnidos busca oferecer apoio se essa for a opção consciente, mas com certeza há outras fontes mais bem preparadas para isso. É inerente à pessoa escolher, não se pode impor, é até ilegal.
E temos ainda a preocupação de dar informações de saúde, porque é recomendável que a pessoa adote mais cuidados do que outras pessoas, porque ela está mais exposta. As doenças atribuídas ao fumo são, na verdade, causados pelo acúmulo de fatores, como poluição, hábitos, genética. É um dos fatores que pode levar a doenças, mas há outros sobre os quais não se fala. O mais comum é se atribuir milhões de mortes só a um fator.

Futepoca – O site é mantido por um certo ativismo. Isso já lhe trouxe algum problema no trabalho ou na vida pessoal?
Uma vez, no último mês, o tema do programa era a lei antitabagista de São Paulo. Como apresentador, eu não poderia participar, porque são pessoas com quem debate constantemente. Eu poderia adotar uma postura de "pôr lenha na fogueira" e usar o debate para favorecer uma das posições, mas por uma questão ética eu disse à TV que não poderia participar. O pessoal da produção entendeu bem, ficou satisfeito com a postura e não houve problema.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Em tempos de lei seca, uma pinga auto-explicativa

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segunda-feira, novembro 10, 2008

Critérios subjetivos, situação subjetiva

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Essa foi enviada pelo companheiro de armas Diego Sartorato. Uma bizarra situação que aumenta a urgência de união dos biriteiros socialmente responsáveis. Manguaça Cidadão já!

terça-feira, setembro 23, 2008

Celular é mais perigoso que dirigir bêbado

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Um estudo publicado recentemente em Londres, na Inglaterra, comprova a tendência de criminalização exagerada da manguaça: segundo a pesquisa da RAC Foundation, em parceria com o Laboratório de Pesquisas do Trânsito (TRL, na sigla em inglês), a troca de torpedos pelo celular atrapalha muito mais os motoristas do que se estivessem sob o efeito de álcool ou drogas. Na análise de comportamento entre 17 motoristas com idade entre 18 e 24 anos, as reações dos motoristas foram 35% mais lentas quando dirigiam enquanto escreviam ou liam mensagens de texto pelo celular. Além disso, a capacidade de controle no volante foi prejudicada em 91% e a habilidade em manter a distância com relação aos outros carros também caiu.

Resultados de pesquisas anteriores haviam demonstrado que as reações ficavam cerca de 21% mais lentas entre motoristas que dirigiam sob o efeito da maconha e 12% mais lentas entre os motoristas que haviam bebido além do limite considerado legal na Grã-Bretanha. Nick Reed, pesquisador do TRL, afirma que a distração com o celular "resulta em uma diminuição na capacidade de reação e de controle do veículo que colocam o motorista em um risco maior do que se estivesse consumido álcool no limite legal para direção". Já o diretor da RAC Foundation, Stephen Glaister, observa que, na opinião da maioria dos participantes do estudo, dirigir bêbado era a prática mais perigosa no trânsito. "No entanto, os resultados mostram que o motorista que envia torpedos enquanto dirige é muito mais incapacitado do que aquele que bebeu além do limite legal de álcool", desmistifica.

E aí? Por que não aprovam uma "Lei Surda"? Os manguaças do mundo denunciam: isso é preconceito! E discriminação!

terça-feira, setembro 16, 2008

Lei seca reduz homicídios em São Paulo

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Quem não dirige, como eu, não modificou sua rotina com a lei seca criada recentemente no país para reduzir acidentes de trânsito. Mas há uma mudança imediata muito importante: na cidade de São Paulo, onde moro, a medida diminuiu o índice de homicídios. Pesquisa do Departamento de Medicina-Legal da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o número de mortes por arma de fogo caiu de 85, em julho de 2007, para 60 em julho deste ano - mês seguinte ao início da vigência nova lei. Dado curioso: o porcentual de dosagem alcoólica encontrado nas vítimas assassinadas também diminuiu, passando de 45% para 28%. Ainda na comparação entre os meses de julho de 2007 e de 2008, as mortes no trânsito caíram de 55 para 35. Entre as vítimas que estavam alcoolizadas, houve queda de 45,45% para 28,57%.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Interesses da coletividade ou das empresas?

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes (foto), adiantou ontem que pretende concluir ainda neste ano a votação do mérito da Adin (Ação de Inconstitucionalidade) contra a lei seca, segundo integrantes da Frente Parlamentar do Trânsito Seguro. O ministro estaria preocupado com "interesses da coletividade". Mas digamos que seja uma "coletividade privada": a constitucionalidade foi questionada pela Abrasel (Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento). A lei pune quem dirige com qualquer quantidade de álcool no sangue e impede a venda de bebidas nas áreas rurais de rodovias federais.

quarta-feira, julho 30, 2008

Efeitos da Lei Seca: "pode beber, gente, eu dirijo"

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Um bar. Eu estou tomando água. Sem gás. Sem gelo. Papo vai, papo vem, nada a ver com a Lei Seca, acidentes de trânsito nem formas de burlar o bafômetro.

Chega um grupo de cinco pessoas, quatro barbados e uma moça. Ensejam pegar a mesa do lado de fora, mudam de idéia e se instalam em outra, ao lado da minha. O barbicha vira para os outros, ar grave:

Foto: Edgardo Balduccio/Flickr


– Ó, gente: hoje, pode beber, que eu dirijo!

Houve um instante de silêncio. A minha conversa também parou.

Eu não imaginava que isso aconteceria de verdade. Um verdadeiro exemplo de civismo, um ato de solidariedade manguaça: abrir mão do direito de beber para levar os outros para casa sem o risco de levar um multa, perder o carro e a carteira ou, claro, causar acidentes. Que efeito nobre da Lei Seca! Estive prestes a me levantar para cumprimentá-lo.

Ou para xingar aquele ato de bom-mocismo.

Em meu basbaque de orelhudo de conversa alheia, dispara o magrão amigo do "sóbrio da galera":

– Ah, você já encheu a lata antes de vir pra cá, vai se f...

Todos caem na gargalhada. Pedem cerveja e cinco copos.

Fiquei pensando que nenhum deles estava de carro. Mas seria só se ampliasse a piada.

terça-feira, julho 29, 2008

Efeitos da lei seca e a cerveja que parece água

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Almoço de família, chego em sétimo. Só faltam uns 15 para a comida chegar à mesa.

A tecnologia para abastecer os sedentos convivas é levar as garrafas longneck para uma mesa auxiliar, de onde todos, comedidamente, se apropriam de uma pra degustar.

Não sei por que, depois da saudação inicial, meu olhar se dirigiu diretamente para onde se concentravam as garrafinhas. Rapidamente, vi duas de rótulo azul onde se lia "Bavaria", mas "sem álcool".

– Rapaz, olha o que dá a lei seca no trânsito, o pessoal se preocupou com o teste do bafômetro dos convidados... – elogiei para quem estava do lado.

(Note-se, pelo que se segue, que o elogio faz parte do clima familiar estabelecido e não à opção da cerveja sem álcool)

– Sem álcool, é? E é boa? – devolveu capciosamente o interlocutor.

– Não sei, nunca provei – devolvi.

O figura resolveu que era hora de tentar, saber qual era a da sem álcool, e para saber se os 25% de aumento nas vendas do segmento depois da lei seca iam ser sustentados ou não, se valeria a pena ir além do "pra provar".

– Bora dividir? – convocou.

– Não, brigado... – esquivei – Minha religião não permite.

Em seguida ele abre a garrafa, serve o próprio copo. Gelada que estava, não faz espuma. Será que a imitação é tão boa assim?

– Parece água – sentenciou.

Achei que fosse jogo de cena, para dizer que "não tinha graça" num número típico de um manguaça que quer se dizer incorruptível pelo desrespeito ao mandato etílico. Mas não me arrisquei. É melhor evitar o primeiro gole da sem álcool, já ensina o manual. Ele insistiu em comparar com água, dizendo que nem gosto tinha.

Então, tá.

Passa meia hora, chega quem tem que chegar. E nada de a outra sem álcool encontrar dono. Ela vai esquentando enquanto todas as outras não param na mesa.

Hora do almoço. A movimentação começa, alguém pega a garrafinha de rótulo azul.

– Olha, é sem álcool!

Depois passa a examinar minuciosamente o rótulo, para ver os 0,05% de álcool, o valor calórico etc.

– Putz, tá vencida!

O que tinha provado a outra garrafa não botou fé:

– Como assim, vencida?

– É, vencida. Desde junho de 2006!

Eu continuo sem saber se são só as cervejas sem álcool vencidas que parecem água ou se as dentro do prazo de validade também.

P.S.: Enquanto isso, vi duas cenas tristes, ambas envolvendo refrigerante de limão. Com o aparente intuito de diluir a presença de álcool no sangue, vi misturarem cerveja com refrigerante. Depois, até vinho. Triste cena.

quinta-feira, julho 24, 2008

Comentarista sugere tecnologia para enganar o bafômetro

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Está no comentário do post Depois da nova lei a pergunta: é possível enganar um bafômetro?




"Bruno Barreto Alvez" espalhou em vários blogues o que parece ser uma campanha de marketing viral ou de ativismo pró-desobediência civil (forcei). Isso porque não há referências a alguém com esse nome na internet, nem mesmo nas listas de vestibular. O personagem se identifica como químico formado pela PUC Campinas. Pobre Pontíficia Universidade Católica, que parece ser difamada por aí.

A primeira condição para a suposta fórmula para enganar o bafômetro já mostra sua limitação: "que você não esteje (sic) muito bêbado" a ponto de ser incapaz de seguir o roteiro. Bom, se você não estiver tão alcoolizado, não vai arriscar, vai buscar outros meios de transporte. Mas vamos à versão comentada, item por item.

1) No final da balada seja no bar ou em alguma festa antes de sair (só antes de sair seu porra) peça ao garçom um copo descartável com [refrigerante cujo nome foi vetado neste post] com bastante gelo.
Putz, pra mim, não rola. Eu não bebo refrigerante, porque produz azia automática.

2) Vá embora com o seu copo embora no carro (não derrubar a [fezes] do refrigerante cacete) vá dando umas goladas de vez em quando.
É importante imaginar uma alternativa nesse caso. Aquele em que o manguaça pega o refrigerante e derruba tudo no colo, encontra com o guarda todo grudento, com bafo de cachaça. Credo!
3) Chegou na BLITZ maior comandão (pare o carro com calma, afinal, você não está tão bebado) tome um gole bom do [refrigerente] garantindo que as pedras de gelo menores fiquem em sua boca.
Isso quer dizer que o gelo precisa estar triturado no copo, o que não foi explicado no item 1.
4) Se o fdp [abreviação pra não ofender tanto à classe] do policial pedir primeiro documentos e coisa e tal, tome outro gole, seguindo o mesmo procedimento 3.
Certo, certo... O policial nem vai reparar que o cara tomou outro gole. E pra que ofender o cidadão que está cumprindo sua função de abordar bêbados no meio da noite? O ódio está direcionado para o alvo errado.
5) Finalmente o Bafômetro (cacete, lembra que você não está bebado, então, vê se não erra o canudinho) sopre devagar e no mesmo ritimo (sic), mesmo que você tenha tomado um monte, mas se sente legal o teste vai dar negativo ou abaixo dos 0,02 mg/l de sangue.
O "ritimo" é fundamental. Mas o "se sente legal" eu não entendi. E vem aí a explicação:
Isto acontece pelo fato do Hidrogenico (sic) liberado pelo gelo anular a maior parte da associação do álcool no ar do seu pulmão. Esta dica é velha e foi descoberta por estudantes de Química Americanos que tiveram que enfrentar o mesmo tipo de punição nos anos 70 e 80. Agora no EUA não se usa mais o bafometro e sim o teste da faixa que aí não tem estudante, professor, PhD que dê jeito.
Tá fácil. O "hidrogênico" parece ser o "hidrogênio", o que quer dizer que a água do gelo se desfaz em hidrogênio, liberando oxigênio. Se os ambientalistas descobrirem isso, vai ser o fim do problema do aquecimento global, afinal, vai ser mais eficiente do que o seqüestro de carbono via reflorestamento.

Aliás, os anos 70 e 80 foram uma loucura do ponto de vista do bafômetro nos Estados Unidos. E, aliás (II), nunca deixaram de usar bafômetro por lá. De onde vem esse dado?
[O refrigerante] para que serve? Poxa, você não vai querer ser parado com um copo de uísque com gelo. Então, bota qualquer refrigerante, menos água, pois demora mais para retirar o Hidrogenio (sic) do gelo.
É bom saber que é hidrogênio mesmo. Onde estão os ambientalistas pra aprender com este nobre químico?
Ps: Em Campinas, já passamos por 03 blitz usando este método, e lembrando que esta dica não adianta no caso de amostra de sangue.
Ainda bem que ele explicou. Desde que o comentário foi publicado até agora, um monte de outros blogues já republicaram a "técnica".

O Futepoca continua recomendando o uso de transporte coletivo para voltar do bar.