Compartilhe no Facebook
Inspirado pelo excelente post do Maurício, decidi pesquisar de que forma, especificamente, o vinho tem a ver com os princípios fundamentais do Futepoca. E tem tudo a ver! Senão, vejamos:
Vinho e futebol
Quando pensei nisso, a primeira relação que veio foi com o ex-jogador Tigana (à direita). Nascido no Mali e naturalizado francês, jogou pelo Toulon, Lyon, Bordeaux, Olympique Marselle e Mônaco. Pela seleção francesa, esteve nas Copas de 1982 e 1986. Depois, virou treinador e dirigiu o próprio Mônaco, o Fulham (Inglaterra), seleção da Mauritânia, Besiktas (Turquia) e Manchester City, entre outros. Mas foi em 1983 que Tigana, jogador do Lyon, comprou uma vinícola e investiu em terras, tecnologia de produção e em novas variedades de uva. Os vinhos Chateau Bibian-Tigana são reconhecidos como de excelente qualidade.
Outra relação do futebol com vinho foi feita pelo jornalista carioca Bruno Agostini (à esquerda) na Enoteca do portal O Globo. Ele vai listando pontos em comum: "Qual é o objetivo de todo o jogador, todo o torcedor? E dos enófilos? Levantar taças, ora. São dois universos movidos pela paixão. E muito do que se espera de um craque é o que se quer de um vinho. Raça, presença, versatilidade, surpresa...". E mais: "Dizem que o futebol é o ópio do povo. O vinho já é isso há pelo menos 5 mil anos". Depois, monta um "time de futebol" de vinhos - num exercício parecido com o do Frédi em relação à MPB. Entrem no link acima e confiram.
Vinho e política
Essa é uma relação bem complexa. Mas existe: nos Estados Unidos, recentemente, uma vinícola do estado de Michigan criou os chamados "Political Wines" (à direita), vinhos brancos e tintos para democratas e republicanos. Para saber se o vinho é de "direita" ou de "esquerda", basta identificar as cores dos rótulos: curiosamente, se for vermelha, indica a "direita" (dos republicanos), e se for azul, a "esquerda" (democratas). Será que Barack Obama comemorou sua vitória com algum vinho desses?
Em Portugal, outra mistura de política com vinho: o tinto Herdade São Miguel é um projeto pessoal do empresário Alexandre Relvas (à esquerda), diretor de campanha de Aníbal António Cavaco Silva, eleito presidente da República em 2006. "Relvas é o meu Mourinho", reconheceu certa vez Cavaco, fazendo uma analogia com o ex-técnico de Portugal, hoje comandante da Inter de Milão. Na terra de Camões, Alexandre Relvas é conhecido por suas freqüentes intervenções no PSD e em movimentos empresariais como o Compromisso Portugal.
Vinho e cachaça
Teoricamente, misturar essas duas bebidas pode dar uma grande dor de cabeça. Mas aqui mesmo no Futepoca já mostramos que esse casamento existe e que resultou, de fato, no famoso vinho do Porto. Produzido no Vale d'Ouro, esse tipo de vinho consiste numa mistura com a chamada bagaceira, que tem 77º de teor alcóolico. Trata-se de um tipo de cachaça produzida com casca de uva, no processo vinícola. No produto final, há cerca de um quinto dessa aguardente e o restante de vinho. A mistura, que surgiu da demanda para o mercado inglês, é batizada de "fortificação".
Já aqui no Brasil, a combinação de vinho e pinga pode ser saboreada, principalmente, nas tradicionais festas juninas. Entre doces, pipocas e pratos típicos, o chamado "quentão" é consumido por velhos, adultos e crianças. No portal Mundo dos Sabores, descolei uma receita bem interessante:
Quentão com Vinho
1/2 litro de aguardente
1 garrafa de vinho tinto seco
1 laranja
1 limão
50 g de gengibre cortado em fatias
3 xícaras de água fervendo
3 pedaços de canela em pau
4 cravos-da-índia
2 xícaras de açúcar
Preparo
Coloque o açúcar em uma panela e leve ao fogo. Deixe caramelizar levemente. Adicione a água fervendo, os cravos-da-índia, o gengibre, a canela, o limão e a laranja
cortados em fatias finas, com a casca. Deixe ferver por 15 minutos, mexendo de vez em quando. Abaixe o fogo, acrescente o aguardente e o vinho e deixe por 5 minutos. Coe e sirva quente.
Buenas, como se vê, vinho e Futepoca têm total afinidade. Sendo assim, um bom brinde de tinto seco a todos! Salut!