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quarta-feira, novembro 05, 2008

Obama

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Obama ganhou. Podem os idiotas da objetividade, que não estão restritos ao futebol, dizerem que ele não tratou de temas raciais na campanha ou, indo mais longe, que sua eleição significa um momento “pós-racial”. Pode ser também que faça muito pouca diferença para os latino-americanos, para os asiáticos, para o resto do mundo enfim. Mas a vida é feita de simbologias. E um negro chegar à presidência dos EUA é uma daquelas muito fortes.
Percebe-se isso quando se lê o sempre excelente texto do Idelber Avelar. Seu encontro com uma senhora negra na noite da eleição do democrata, “aquela mulher, que quando menstruou pela primeira vez não podia sequer usar os mesmos bebedouros, banheiros públicos e piscinas dos brancos”, é emocionante. Foi talvez pensando nisso que Jesse Jackson chorou.

É impossível não lembrar do discurso do operário que chegou à presidência da República e na avenida Paulista dizia que a sua vitória era para que “ninguém duvidasse da capacidade da classe trabalhadora do país”. E é inevitável recordar a batalha diária do tal presidente contra o preconceito, travada de forma doída, mas que traz um gosto de vitória partilhado por muitos.

Que Obama atenda seu colega brasileiro e acabe com o bloqueio a Cuba e que se empenhe na busca pela paz com o Oriente Médio. Duvido que chegue a tanto, mas o momento é de sonhar. E não é sempre que a política nos permite isso.
PS: a fotomontagem acima já foi publicada em um Separados no Nascimento e é uma homenagem a dois legítimos campeões.

16 comentários:

Anselmo disse...

O Idelber é o cara. Mas o Obama é da fiel?

Anônimo disse...

Que Obama também escute Saramago e acabe com a vergonha de Guantánamo

Olavo Soares disse...

Confesso que pra mim o Obama tem um gigantesco quê de Collor. E também não sou nada simpático à idéia de congratular um cara só pelo fato dele ser negro. Claro que a simbologia do fato não pode ser desprezada, mas eu permaneço com vários pés atrás.

Thalita disse...

parecido com o Collor, Olavo? Fala serio. As origens sao completamente diferentes. Pra falar soh das origens...
Vai Obama!

Juarez disse...

Por favor... Obama venceu pela educação... O cara vez Direito em Havard. Lula....

Olavo Soares disse...

A comparação se deve ao apelo midiático e à inexperiência dos dois.

Glauco disse...

Como se vê, o preconceito ainda é bravo por aqui...

Glauco disse...

Ué, mas a experiência do Obama é a mesma do McCain, ambos só (só?) foram senadores. Collor foi governador de estado, o problema dele nunca foi exatamente experiência...

Olavo Soares disse...

Governador de um estado pequeno.

Tipo o Alaska, da (justamente) crucificada Sarah Palin.

Anônimo disse...

Desavisado Juarez,
Se colocar as nádegas em bancos de instituições de ensino prestigiosas em nível mundial, por si só, tornasse alguém salvador da pátria, vosso ídolo FHC não teria tido seus oito nada saudosos anos de governo entreguista justamente repudiados nas urnas em 2002.

Anselmo disse...

Não vou reclamar do medo do Olavo. Acho que as pessoas têm direito de ter pés atrás quando a empolgação é generalizada na mídia (pô, o Jornal Nacional ontem dedicou tanto ou mais tempo ao Obama do que à posse de um presidente brasileiro).

Mas é preciso considerar algumas coisas.

"O Alasca (em inglês Alaska) é um dos 50 estados dos Estados Unidos da América e o maior, em extensão territorial,", diz o Wikipedia. É, porém, o de menor densidade populacional, mas tem mais gente do que dois outros estados. "A renda per capita é de 60.079 dólares, a terceiro maior do país." Nada de estado pequeno.

Na escolha de Sarah Palin havia seu conservadorismo (o McCain, segundo alguns, se afastava do ultrareacionarismo de bush e sua turma). E a mensagem dúbia de que os campos de petróleo no Alasca (no tal do Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico) poderiam ter exploração autorizada. Ela não foi criticada por governar um estado irrelevante, mas por se mostrar despreparada (o que é sempre polêmico) e inexperiente para uma campanha nacional. E por ter gasto 50 mil dólares em roupas (factóide de contorno sexista). Acabou também sendo um alvo de piada fácil também, além de golpes meio baixos.

O McCain tem 26 anos de mandatos de senador acumulados. é mais experiência do que um mandato de senador, significa mais viagens ao exterior, conhecer mais gente. Mas não é experiência administrativa.

O apelo midiático de Obama foi construído em mais de dois anos de campanha. Campanha é diferente de mobilizar assessores pra plantar pautas sobre o "Caçador de Marajás", com uma bandeira de modernidade mas principalmente de moralização do setor público.

O Obama se elege em cima de um governo mentiroso e catastrófico do ponto de vista das relações internacionais. Os frangalhos em que estão a economia foram construídos em longos 28 anos (de Reagan a Bush, com grifo dourado para Clinton), mas é que nem obra. Não importa quem construiu, quem inaugura leva a fama. Quando estoura também ajuda.

O observatório de mídia Fair sempre faz estudos da tendência da cobertura da mídia (parecido com o que o Iuperj e outros fazem) mostrando que Obama passou a ter noticiário mais favorável quando passou a ser líder nas pesquisas. O estudo compara com outras campanhas para afirmar que quem tá na frente sempre tem noticiário mais positivo, até porque crise na campanha é noticiário negativo. Mas isso é estatística e as conclusões sempre discutíveis.

Pra ser um Collor, ele precisaria desagradar a classe média e alta (prometeu cortar impostos deles), apostar em soluções heterodoxas e mal sucedidas para contornar a crise, romper com a mídia (que é muito menos homogênea do que a brasileira em 1992), se envolver em escândalos e ser abandonado por parte do partido Democrata (bom, essa comparação foi a pior de todas, pq o PRN era o partido da juventude reloaded, zero tradição). Quem mais precisaria? Deve faltar outras coisas também...

Por isso acho a comparação meio forçada. Mas considerar o cidadão salvador da pátria acho que ninguém aqui acha.

Nicolau disse...

Acho a vitória importante tanto pelo simbolismo quanto por tirar da presidência os reacionários, fundamentalistas religiosos, militaristas do partido Republicano. Os democratas (deles) não são nehuma blz esquerdista, mas pelo menos não deve ter ninguém no partido deles que prega a volta da segregação racial nas escolas e prega o celibato como método de planejamento familiar e combate às DSTs.

Marcão disse...

Como dizia o célebre Cavalinho, santista e diagramador mais antigo do Diário do Grande ABC: "Só vai mudar a rola, nossa bunda continua sendo a mesma!".

Olavo Soares disse...

É, esse comentário do Marcão resume o que eu tô tentando dizer desde o começo.

raybanoutlet001 disse...

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