Destaques

terça-feira, novembro 24, 2009

Grupo de Marcelo Teixeira usa bairrismo como arma eleitoral

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O panfleto acima (clique na imagem para ver melhor) foi distribuído em frente ao Memorial do Santos na Vila Belmiro no último fim de semana. Assinado por uma dita Torcida Unida Santista, o material é um exemplo acabado do bairrismo defendido e levado ao extremo do preconceito por parte da atual gestão do clube, capitaneada por Marcelo Eterno Teixeira.

Na verdade, é quase um ato de desespero. Ao contrário dos últimos pleitos, desta vez a oposição tem chances reais de vitória contra o mandatário que está há nove anos na Vila Belmiro. O adversário é Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, pela chapa "Santos Pode Mais" que, de acordo com pesquisas feitas pelo grupo, teria  40% das intenções de voto. A chapa da situação, "Rumo Certo", contaria com 22% e restariam 38% de indecisos.


Teixeira tenta, com o tal panfleto, apelar para um sentimento bastante forte entre santistas da Baixada (posso falar com tranquilidade porque sou de lá). O provincianismo foi um dos fatores fundamentais das vitórias anteriores de Teixeira, já que alguns santistas locais nutrem relativa repulsa aos "forasteiros" de São Paulo. Gente que não entende que o Santos não pertence apenas à cidade, mas sim ao mundo e tentam apequenar o time, deixando-o do tamanho das suas ambições.

Esse bairrismo, aliás, não é exclusividade da família Teixeira. Lembro das eleições municipais de 1996, quando o grande e saudoso David Capistrano (foto) foi candidato a prefeito pelo PT. Ex-secretário de Saúde da administração Telma de Souza, pioneiro na elaboração de políticas públicas de prevenção e combate à Aids e criador das policlínicas, a área coordenada por ele era o principal trunfo político da prefeita, que contava com quase 90% de aprovação. Ou seja, era difícil atacá-lo por sua competência.

Qual a saída? Chamá-lo de "forasteiro", dizer que era um "gringo" que não conhecia a cidade etc e tal. Assim, um dos seus adversários, Oswaldo Justo (PMDB), tinha no seu jingle um trecho que afirmava: "Ele [Justo] nasceu nessa cidade/É santista de verdade", criando o conceito de "santista de mentira". Um apresentador esportivo da TV Santa Cecília (do grupo de Marcelo Teixeira), em campanha desavergonhada a favor de Vicente Cascione (que viria a ser depois diretor jurídico da primeira gestão Teixeira) disse que "tem candidato a prefeito que se largar no Macuco não consegue chegar na praia".

Naquela ocasião, o apelo ao bairrismo não funcionou e Capistrano se elegeu prefeito. Talvez a história se repita agora.

Querem mais motivos para achar ruim?

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Por Moriti Neto

Foi ruim, sim. A derrota do São Paulo para o Botafogo, no Engenhão, pelo placar de 3 x 2, é daquelas duras de engolir e de descrever também (por isso, a demora para a saída deste post).

O Tricolor, com seis desfalques, entrou em campo desfigurado, saiu perdendo, virou o placar, mas tomou dois gols que normalmente não leva. Tudo bem, a defesa estava desmantelada. Sem André Dias na cobertura e Jean combatendo à frente da zaga, o setor, que é o esteio do time, mostrou muita vulnerabilidade. Renato Silva, por exemplo, que sempre é carregado nas costas pelos parceiros, desfilou toda a grossura no Rio de Janeiro. Ofensivamente, Dagoberto fez muita falta. Embora Marlos tenha atuado bem, a experiência do atacante titular provavelmente pesaria em certos momentos.

Consideradas as ausências, contudo, avalio a derrota como fruto da afobação, que deveria ser do rabaixável adversário e não são-paulina. Os paulistas se atrapalharam de todas as maneiras. Esqueceram de jogar nos 20 minutos iniciais, bateram cabeça na defesa e erraram finalizações por falta de inteligência.

O jogo dos afobados: um tinha motivo, o outro não

O Botafogo, lutando para fugir da degola, começou a peleja apertando o São Paulo e o golaço de Jobson, de fora da área, no ângulo de Rogério Ceni, aos 14, foi absolutamente justo. O Tricolor era apático e só depois do susto resolveu sair da letargia. Após o tento botafoguense, Marlos criou boa chance, Miranda mandou bola na trave e Washington, aos 49, de cabeça, empatou.

No segundo tempo, o confronto foi pautado pela imprevisibilidade. Washington, aos 10, fez o pivô e Jorge Vagner estufou as redes do Glorioso. Era a virada e a alegria, mas ambas duraram pouco, pois Jobson – que estava infernal – foi à linha de fundo, o sistema defensivo são-paulino deu bobeira e Renato estabeleceu nova igualdade, aos 15.

Aos 25, Richarlyson, para variar, costumeiramente afobado, foi expulso corretamente ao tomar o segundo amarelo depois de falta em Vitor Simões. Com um a mais, o Botafogo partiu para o tudo ou nada e o Tricolor teve as melhores chances. Hernanes mandou uma paulada no travessão e Marlos, num contra-ataque, tentou o gol ao invés de passar para Washington, que tinha melhores condições de marcar.

Aos 38, Juninho foi excluído e o jogo ficou 10 contra 10. Aos 44, quando o empate parecia definido, Jobson driblou Miranda e fez outro golaço. Em seguida, foi expulso por tirar a camisa na comemoração. E o resultado acabou 3 x 2, ainda que o Fogão tenha ficado com oito, já que Rodrigo Dantas também tomou o vermelho.

Depois de terminada a partida Flamengo 0 x 0 Goiás, que realmente frustrou o Maracanã lotado, ouvi muitos são-paulinos dizerem que o resultado do Tricolor acabou não sendo mau. Apesar do risco de dizer uma obviedade, derrota nunca é boa. Pior ainda em situação como a de domingo, em que a equipe foi atabalhoada e tomou três gols de um time pressionado, abalado psicologicamente pela fraca campanha no certame e com as notícias vindas de Recife, que mostravam o Fluminense goleando o Sport.

Além disso, o São Paulo, fora de casa, com os desfalques já ressaltados e um calor de derreter, chegou a inverter um placar desfavorável. Um pouquinho mais de calma não custava nada e poderia ter deixado o título nas mãos. Alguém quer mais motivos para achar ruim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medida preventiva

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Hoje perguntei ao meu professor por que raio de motivo os banheiros aqui na Irlanda não têm tomada nem interruptor de luz (sempre ficam do lado de fora). Ele disse que os bêbados morriam eletrocutados aos montes, daí o governo baixou uma lei (!) proibindo tomadas e interruptores nesses recintos. Meu Deus! Fico imaginando, nesses séculos, quantos desastres os manguaças daqui já provocaram. Agora faz sentido a bandeira de Dublin ter 3 castelos pegando fogo...

segunda-feira, novembro 23, 2009

Contra FHC, qualquer um ganharia para presidente

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O dado mais significativo da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje não é a diferença de apenas 10 pontos percentuais entre o preferido nas intenções de voto, José Serra, do PSDB (31,8%), para a segunda colocada, Dilma Rousseff, do PT (21,7%). Para mim, o maior aval que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber da população é que 49,3% responderam que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Isso significa simplesmente que qualquer um, mas QUALQUER UM mesmo, até o bonecão inflável do posto de gasolina, ganharia em primeiro turno contra um candidato de FHC. Impressionante! Conhecendo o mau gênio do governador de São Paulo, eu temeria pela minha vida se fosse o Fernando Henrique...

Mas o folclórico presidente que falava francês continua dando motivos e mais motivos para amealhar a antipatia popular. Senão, vejamos:

Não fumou e não gostou, mas defende
Incomodado com a popularidade de Lula (segundo a mesma pesquisa CNT/Sensus, 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado pelo presidente da República, ao mesmo tempo que sua aprovação pessoal subiu para 78,9%), FHC arrumou mais um factóide para voltar à mídia. Como forma de rivalizar com a polêmica criada pelo filme "Lula, o filho do Brasil", que será visto pelo protagonista em São Bernardo do Campo, Cardoso resolveu tocar em um ponto melindroso de sua carreira (ops), a maconha. Mesmo jurando que não fumou e não gostou, o tucano aparece no documentário "Rompendo o silêncio", do xará Fernando Grostein Andrade, defendendo a descriminalização da Canabis sativa, como integrante da Comissão Latino Americana de Drogas e Democracia. Pois é, a democracia permite a circulação de drogas. Prova disso é o próprio FHC, que circula livre por aí.

Um pé na cozinha, outro na cozinheira
Há 15 anos, quando venceu as eleições para presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique se enrolou ao responder questões sobre a miscigenação brasileira por afirmar que também tinha "um pé na cozinha" - o que ele tentou negar depois, mas a Falha de S.Paulo garantiu ter a frase gravada. Porém, só agora é que a afirmação ganha sentido, pois, segundo o nefasto Cláudio Humberto, o ex-presidente estaria para reconhecer mais um filho, Leonardo, de 20 anos, que teve fora do casamento, dessa vez com sua ex-cozinheira Maria Helena Pereira. Consta que a mulher teria ameaçado fazer teste de DNA no Programa do Ratinho (mais povão que isso, nem o Lula conseguiria ser!). Neste ano, FHC já havia decidido reconhecer Tomás, de 18 anos, fruto de outra pulada de cerca, com a jornalista da Globo Miriam Dutra (foto). Os reconhecimentos são um gesto nobre, mas pegam mal por acontecerem só agora, após a morte da esposa oficial do tucano, Ruth Cardoso. E pensar que Lula foi avacalhado pela mídia em 1989 por causa de sua filha Lurian...

Pois então: FHC é ou não é um mito? Bota ele na campanha já, Serra!

Síntese sobre Santos e Coritiba

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Pra não repetir muitos dos argumentos já citados aqui anteriormente, um trecho de post de José Roberto Torero, indicado pelo companheiro Olavo, que sintetiza a goleada peixeira contra o time paranaense por 4 a 0:

Luxemburgo: Que idéia brilhante ele teve ao colocar Mádson e Neymar como titulares! Genial! Como ninguém pensou nisso antes?! Só ele mesmo para ter uma idéia dessas! Realmente é um técnico diferenciado.


O original está aqui.

Arthur Virgílio convoca o Cacique Cobra Coral para debater o 'apagão' elétrico em comissão do Senado

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E tem gente que ainda acha exagero classificar nosso Senado como um circo: depois que o Eduardo Suplicy (PT) vestiu uma cueca vermelha, agora foi a vez de Arthur Virgílio (PSDB) convocar Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC), no último dia 18, para "debater as questões atinentes ao “apagão” elétrico" na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - confira o Item 2 da pauta aqui. A médium diz incorporar o espírito de um índio (à esquerda) que também foi de Galileu e Lincoln. Em 3 de agosto de 2001, ela teria enviado um e-mail à Casa Branca prevendo tragédias em Nova York e Washington. Dizem que o também tucano José Serra e o DEMoníaco prefeito de São Paulo Gilberto Kassab são seus clientes, tendo fumado no cachimbo da cobra para tentar evitar os seguidos alagamentos na capital paulista. Pelo jeito, sem sucesso...

Falta competência para o título

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Tá certo, os posts sobre futebol rarearam no Futepoca por esses últimos dias. Sou um dos responsáveis, confesso. Não tenho nenhum motivo para querer escrever, mas vamos lá...


Todos os times que disputam o título para valer estão titubeando. Antes dizia que ninguém queria o título, mas acho que, na verdade, ninguém está demonstrando competência para ganhar. O título ficará para quem amarelar menos.

Fora meu Galo, que há três rodadas abriu mão do Brasileirão, por deficiências próprias e por perder em casa para times melhores, como Flamengo e Inter. Ontem, o Inter fez um a zero em mais uma falha da defesa, aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois foi jogo de defesa contra ataque no final do primeiro tempo e em todo o segundo. Mas pressão não adianta, o Inter se defendeu muito bem e o Galo foi incompetente para fazer pelo menos um gol.

Mas, na rodada, o principal amarelão foi o Flamengo. Não vi o jogo, já que estava ocupado em outra partida, mas quem empata com um Goiás sem nenhuma pretensão em pleno Maracanã lotado não merece também ser campeão.

O São Paulo conseguiu perder para um Botafogo desesperado e, no final, com dois jogadores a menos. Também vem falhando em momentos-chave. Está na liderança muito mais por incompetência dos adversários que por mérito.

O Palmeiras, depois de ter empatado com o Sport em casa, conseguiu perder para o Grêmio com briga e expulsão de dois jogadores palestrinos. Sem comentários. Palmeiras e Galo são as maiores decepções deste segundo turno. Decidem, em confronto direto, no próximo domingo quem ficará fora da Libertadores.

O Inter, sempre citado pela maioria como melhor elenco do Brasileirão, decepcionou muito até a metade do segundo turno. Pela incompetência geral de quem está na frente, ainda pode ficar com o título, já que tem adversários frágeis nas rodadas finais.

Obina acaciano

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Questionado pelo site Globo Esporte sobre quem tem mais chance de ganhar o Campeonato Brasileiro, o atacante Obina (foto), recém-dispensado pelo Palmeiras após confusão com o zagueiro Maurício, respondeu de maneira extremamente clara, direta e objetiva:

- Quem vencer as últimas rodadas vai ser o campeão.

Alguém discorda?

domingo, novembro 22, 2009

Errei

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Com o surpreendente empate sem gols entre Flamengo e Goiás no Maracanã, decidi apagar o post que havia feito sobre o título carioca como favas contadas. Agradeço os comentários, que infelizmente foram apagados no processo. E tomara que o Goiás também não apronte para cima do São Paulo.

A fama de um manguaça

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Há momentos em que a gente se dá conta de que está com a imagem de bêbado na família, no trabalho e entre amigos. Não é o caso dos fóruns em que os membros do Futepoca se encontram, já que ninguém aqui toma os outros por ébrios – tomam cachaça, alguém vai dizer.

Cito três episódios que aconteceram com a minha pessoa.

Almoço de terça-feira, saladinha farta, refeição equilibrada, mas zero álcool. Entre folhas de agrião e rodelas de tomate, fico pensando que eu precisava mesmo era de um copo de cerveja. Mas não vai ser hoje. Toca o celular com uma mensagem de texto de uma parente:

– Oi. Vou comprar 1 cxa de cerveja p almoço em q vamos receber 10 pessoas no sábado. Pfavor, dê dicas d marcas boas p eu comprar no mercado hj.

Fico pensando por que será que fui eu o escolhido para a consultoria. Aí me lembrei de outro episódio.

Era um outro evento familiar, mas eu não queria levar goró. Queimaria meu filme, eu pensava. Como suco e refrigerante são proibidos pela minha religião resolvi, diante do tipo de convescote, que só caberia levar um doce. Decidi-me por uma torta qualquer. Na hora da sobremesa, entre os elogios educados, alguém assoprou:

– E tem uma bebidinha no recheio.

Sem tempo para palavras medidas, algum cunhado emendou:

– O que você esperava de um doce feito por ele?

Sem moral.

Só não foi pior do que receber, no trabalho, uma amostra grátis de gel pós-barba de uma marca chamada "Antídoto", de aroma "Tangerina, Rum & Mel".

Como a última vez em que eu fiz a barba foi há quatro anos, acho que o recado foi outro.

Agora, por que "Antídoto"?

sábado, novembro 21, 2009

Morre Pitta. Versão brasileira: Herbert Richers

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Mais morto pra gente beber: Celso Pitta (à esquerda), 63 anos, ex-prefeito de São Paulo, morreu ontem de câncer; no mesmo dia, o produtor de cinema Herbert Richers (abaixo), 86 anos, famoso proprietário da empresa responsável pelas dublagens de quase todos os enlatados estrangeiros no Brasil, de filmes a desenhos animados, também bateu as botas, por problemas renais. O mais curioso nesses necrológios é que descobri que Richers não era estadunidense - nasceu em Araraquara, a 100 quilômetros da minha cidade. Aliás, eu sempre pensei, desde criança, que se tratasse de uma entidade imaginária, tipo David Benner, Peter Parker ou Clark Kent. Richers, paulista, foi velado e cremado no cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, enquanto Pitta, carioca, vestiu o pijama de madeira no cemitério Getsêmani, na cidade de São Paulo. Enfim, são informações que não vão alterar em nada o curso da sua vida mas que, no frigir das velas, dão motivo para derrubar uns goles em favor dos ilustres defuntos. Bebamos, pois.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Crise? Que crise?

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil encerrará o ano com 1 milhão e trezentos mil novos empregos formais. O número é maior que o estimado nesta semana pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (foto), para quem o país criaria entre 1 milhão e 1,1 milhão de vagas. Para o ano que vem, sua previsão é de 2 milhões. Fala mal, tucanada!

Em tempo

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Ontem, Dia da Bandeira no Brasil, foram completos 40 anos do milésimo gol do Rei Pelé, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. Pelo caráter simbólico do que representam Edson Arantes do Nascimento e a hegemonia brasileira no futebol mundial, vale o registro deese momento histórico aqui no Futepoca.

Médico manguaça passa mal e é internado após beber amostra de cachaça envenenada

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Essa foi noticiada pelo jornal O Povo, de Fortaleza, onde já trabalhei: o médico da cidade de Acopiara Francisco Vilmar Félix Martins (foto), 56 anos, foi internado ontem na capital cearense após beber uma amostra de cachaça de fabricação caseira suspeita de ter envenenado duas vítimas há 15 dias. Candidato a prefeito nas últimas eleições e ex-vice-prefeito do município interiorano, o cachaceiro passa bem.

Há duas semanas, Vilmar Félix soube do caso das pessoas que teriam se sentido mal após tomar a cachaça. "Um amigo comum me procurou, dizendo que me entregaria uma porção da cachaça pra eu mandar fazer uma análise", recorda. Na segunda-feira, o amigo lhe entregou a "encomenda". "Veio numa garrafinha tipo celular e eu pus dentro da pasta, mas não lembrei mais da história dele (de que a cachaça fazia mal)", conta o manguaça.

Ao chegar em casa, na hora do jantar, Félix mandou pra goela cerca de 20 mililitros da bebida. "Quando bebi, até disse: -Que cachaça ruim, passou rasgando tudo aqui-. Aquilo devia ter metanol diluído em cachaça ou em água", faz o (tardio) diagnóstico. Não muito tempo depois, o pingão passou a sentir os efeitos de sua trapalhada. "Comecei a suar a camisa, foi uma loucura. Teve um momento que eu não mexia mais os braços nem as pernas", lembra. Na madrugada de ontem, o médico veio de helicóptero para Fortaleza. De acordo com a médica da unidade, Sandra Belém, Félix apresentou sintomas como visão borrada, diarreia, suor frio e fraqueza geral no corpo.

A família do bebum levou a amostra a um laboratório para que seja feita análise (e eu não duvido que outro manguaça, no local, resolva experimentar mais um pouco da dita cuja). "Deve ser daquelas cachaças adulteradas, artesanais, que se fazem em fundo de quintal. É preciso tomar cuidado", alerta Vilmar Félix. "Não devemos ingerir qualquer tipo de bebida em qualquer lugar", arremata o sábio conselheiro. Você faria uma consulta com ele?

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lançamento de Tricolor Celeste hoje em São Paulo

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Provavelmente muitos são-paulinos estavam assistindo ao jogo Uruguai e Costa Rica ontem, que decidiu o último classificado para a Copa do Mundo de 2010. Muitos torcendo pela Celeste por uma única razão: Diego Lugano, o "zagueiro do presidente" que se tornou um dos maiores ídolos da torcida tricolor e conquistou o Mundial de 2005 pelo clube do Morumbi.

Os mais velhos, porém, vão lembrar de outros motivos para torcer pelo Uruguai. Pablo Forlán, Pedro Rocha e Darío Pereira também marcaram época e conquistaram a admiração até mesmo de torcedores rivais. E é a história desses quatro ídolos que Luís Augusto Símon, o Menon, conta no livro Tricolor Celeste. Ali é possível saber quem ensinou Lugano a arregalar os olhos e porque Darío Pereyra demorou a se adaptar no Brasil. O lançamento acontece hoje, em São Paulo, no Bar Boleiros, às 19 horas. Fica na rua Mourato Coelho, 1194, na Vila Madalena. Vale a pena pra todo fã de futebol, não apenas os tricolores.    

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

Em queda livre, Palmeiras perde mais uma e dá adeus ao título

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Foi por 2 a 0 a nova derrota do Palmeiras na reta final do Brasileirão. No estádio Olímpico, a partida foi bem diferente no primeiro tempo, antes do primeiro gol do Grêmio, em relação ao que aconteceu na segunda etapa.

A derrota para o Grêmio mostrou que a vizinhança são-paulina estava muito mais confiante no Palmeiras do que eu, tamanha fanfarra provocada por cada tento marcado pelos gaúchos. Teve até fogos de artifício no fim da partida. Não era para tanto.

O resultado mostra também um Palmeiras em queda livre, trabalhando para não se classificar para a Libertadores. O futebol apresentado novamente não seria suficiente para pleitear o título e pode nem ser suficiente para garantir classificação para o torneio continental de mais tradição.

Analisar o futebol apresentado pelo alviverde não resolve, porque a partida foi para lá de peculiar. Mas se o Grêmio tivesse motivo e interesse, poderia ter imposto pressão e emplacado uma goleada sem grande dificuldade.

Na primeira etapa, o jogo não teve grandes desequilíbrios, embora os mandantes tenham criado mais chances. Tudo até os 45 minutos, quando o Grêmio fez um a zero com direito a passo de capoeira do argentino Max Lopes. Ele levantou o pé até a quase dois metros de altura, mostrando toda sua elasticidade. Como o zagueiro Danilo estava longe, o árbitro Heber Roberto Lopes preferiu não marcar. Seria um lance mais polêmico se a infração fosse assinalada.

Aí veio o intervalo. Obina e Maurício discutiram, trombaram, e ameaçaram se estapear. Ameaçaram porque erraram a pontaria. Na volta para a etapa final, o homem do apito mandou ambos para o chuveiro mais cedo.

No sábado, André Dias e Hugo se desentenderam, mas levaram apenas o amarelo diante do Vitória. Wagner Mancini chegou a questionar na entrevista coletiva: "Se fossem dois jogadores do Vitória, será que seria só o amarelo?" Se fosse o Palmeiras, seria o vermelho, respondeu Heber Roberto Lopes na noite desta quarta-feira. E mais errado não está Leandro Pedro Vuaden que apitou a outra partida.

Não é por causa da arbitragem que o Palmeiras está fora da disputa pelo título, mas porque seu futebol se esvaiu pelo ralo durante a competição. No segundo tempo da partida do Olímpico, com dois a menos, mostrou aplicação na marcação e controle emocional que foi mais eficiente pela falta de disposição gremista do que pela eficácia da ação verde. É que com Marcão na defesa a emoção é garantida.

Mas tivesse mostrado esse nível de disposição em partidas como a contra o Fluminense, no primeiro tempo contra o Sport ou diversos outros jogos, a história poderia ser diferente.

Mas não foi.

A raiva das últimas rodadas já virou só tristeza.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Odeio muito tudo isso

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Dentro do ônibus aqui em Dublin, vindo do Centro para a região do Phoenix Park, vi uma propaganda que me chamou a atenção. Uma conhecida cadeia estadunidense de fast food (não é a do palhaço Ronald nem a da cabana de pizza) anuncia um sanduíche com fritas mais refrigerante por 3,95 euros - cerca de 9 reais - com o seguinte slogan:

Make like a bandit! You'll feel like robbered us.
(Faça como um bandido! Você vai se sentir como tendo nos assaltado.)


Vem cá, eu posso ser chato (e sou), mas, levando em conta que as crianças são as principais vítimas dessas propagandas apelativas (e dessas porcarias fast food), isso aí não é glamourização do crime, não? Me parece a mesma lógica canalha do "levar vantagem". Seja ladrão, seja "esperto". Exagero meu?

A cerveja na faculdade e a hipocrisia

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Estou aqui em Londres fazendo um mestrado em Planejamento Urbano na London School of Economics. Antes disso, entre 2001 e 2006, estudei jornalismo na USP. Nas duas faculdades, como é evidente, a busca por uma cerveja pós-aula é imediata, praticamente universal.

Só que enquanto na USP a gente contava com as cervejadas organizadas pelo Centro Acadêmico e pela Atlética uma vez por semana - nao-autorizadas mas toleradas pela direção da unidade, a ECA - e pela venda ilegal de mé na lanchonete (a latinha vinha escondida num saquinho de papel), na LSE as coisas são um tantinho mais fáceis.

Basta sair do prédio e escolher entre o The Three Tuns, bar que financia o CA daqui, ou o George IV, pub que faz parte da lista oficial de lanchonetes e restaurantes da Universidade. Sim, a LSE tem um pub oficial e, olha só, lá os alunos podem tomar cerveja! Isso num país em que o controle à venda de álcool é coisa muito séria. Um dia, eu, do alto dos meus 27 anos, fui comprar whisky pra levar para o Brasil no mercado e não consegui, porque eu não estava com nenhum documento que comprovasse que eu tinha mais de 21 (ódio mortal ao mercado, eternamente).

Por que o consumo de álcool nas universidades - pelo menos em São Paulo, não sei como funciona em outros lugares - não pode ser tratado de maneira um pouquinho mais adulta? Por que quando queríamos organizar festas en USP, coisa que nunca deixamos de fazer, tínhamos que ouvir argumentos do tipo "universidade não é lugar de cerveja".

Sim, universidade é lugar de cerveja. É onde muitos adolescentes se educam para o álcool. Aprendem, num ambiente amigável e familiar (menos na Uniban), quais são os limites para a manguaça, se acostumam ao papel socializador do mé e ainda podem desenvolver suas idéias com mais, digamos assim, liberdade.

Tem como incluir no Manguaça Cidadão o direito sagrado à cerveja depois da aula?

Paulistânia é lançada em São Paulo

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A cerveja Paulistânia chegou ao mercado na terça-feira, 17, licenciada pela Bier & Wein, importadora e distribuidora de bebidas. A Pale Lager, do grupo das pielsen, foi apresentada à imprensa na segunda-feira, 16, em uma coletiva no Terraço Itália, da qual participou o Futepoca.

De cor dourada e amargor médio, é suave e agradável (essa parte eu percebi provando). Entre canapés e dois copos de Paulistânia, ficou claro que a aposta não foi por padrões muito marcantes para poder agradar a um público maior que entende pouco de degustar (como eu), mas mesmo assim ela vai muito bem. É difícil imaginar uma comparação da marca com as do último teste cego do Futepoca, mais ou menos suas concorrentes. Mesmo assim, pelo tipo de produto, deve disputar bem.

Foto: Divulgação

Os 12 rótulos sortidos com fotos de São Paulo

Produzida pela Di Conti, a mesma que faz o Contini em Cândido Mota (SP), a Paulistânia não quer ser a cerveja apenas dos bebedores de São Paulo, mas traz 12 modelos de rótulos com fotos colhidas nos arquivos do jornal O Estado de S.Paulo que retratam a capital paulista da década de 30 em diante. Da prova de grande prêmio automobilístico no Jardim América em 1936 ao bonde no Viaduto do Chá, chegando até a avenida Paulista de 1983.

As bolachas (ou porta-copos) trazem informações sobre São Paulo. Na que trouxe para casa (ops, nem sei se eu podia ter trazido), o recado é sobre a travessia de 5,5 quilômetros no Tietê entre a ponte da Vila Maria e das Bandeiras que, segundo a nota, poderia ser tão tradicional quanto a corrida de São Silvestre – isso se o rio ainda fosse um rio.

São oferecidas apenas garrafas de 600 ml com custo estimado em R$ 4,90 para mercados e lojas e R$ 7,90 para quem se aventurar a degustá-la em um bar ou restaurante. Diferentemente de outras marcas que apostam em vários tipos de cerveja, a Paulistânia tem apenas a Pale Lager (ou Lager Premium, como consta no rótulo).

O primeiro lote teve 35 mil garrafas produzidas e, em três meses, se a aceitação for a esperada pela empresa e garantir escoamento da produção, a promessa é lançar o chope para ser distribuído em bares.

São dois tipos de malte e dois tipos de lúpulo – Saaz e Hersbrucker, ainda que eu esteja muito longe de saber identificar o que cada um deles faz exatamente.

Segundo explicou Cilene Saorin, mestre cervejeira e beer sommelier, a combinação de lúpulos traz aromas herbais e cítricos, o que é uma inovação no mercado nacional. A especialista ainda concedeu uma breve aula particular sobre cerveja que vai render um post a parte em outra hora.

Para Tatiana Spogis, Gerente de Marketing e Treinamentos da Bier & Wein, as escolhas que levaram a cerveja oferecida levaram em conta a necessidade de se fomentar educação e cultura cervejeira no país. Já a opção dos rótulos sortidos foi a de tornar as garrafas um meio de comunicação e até dar assunto para a mesa do bar.

Marcelo Stein, diretor da empresa, conta que o lançamento de uma marca própria era um projeto desenhado desde a criação da importadora, há 16 anos, mas realizado apenas agora. A opção foi por uma cerveja que tivesse condições de ganhar mercado entre consumidores brasileiros que começam a se aventurar por cervejas mais elaboradas.

terça-feira, novembro 17, 2009

Cansado da vida, cansado de tudo? Tome uma...

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Vitoria, saudosismo e inversão de papéis

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Por Moriti Neto

O comentário chega atrasado, pois não assisti São Paulo x Vitória no sábado. Convidado para um casamento, passando um calor danado e esperando ansiosamente pela festa (que foi regada a muita cerveja, diga-se de passagem) só consegui ouvir alguns lances e saber do resultado por meio de um MP3, que não permitia transmissão de boa qualidade.

Mas como é bom ter amigo fanático por futebol! Pude ver o jogo completo na noite de domingo, pois um camarada “exacerbadamente tricolor” gravou a peleja em VHS (valeu, Marcelinho!). Óbvio que a emoção não foi a mesma, o resultado era conhecido, mas saudosista que sou, tive a chance de contemplar a partida de maneira que lembrava a época dos VT’s completos, tão comuns em outros tempos.

Quanto ao confronto, com a presença de 55 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo passou com tranquilidade pelo Vitória. Os 2 x 0 no placar não ilustram o que foi o jogo. O domínio dos donos da casa foi claro. Rogério quase não trabalhou. Hernanes, e principalmente Washington (ô, meu filho, vivo te defendendo como “homem de área” e tu perdes tantas oportunidades?) desperdiçaram vários gols,

O elenco tricolor pode não ser brilhante, mas é forte e equilibrado. O time não depende de super-craques. O conjunto se notabiliza. Para que se tenha ideia, Ricardo Gomes não tinha Dagoberto, Jean, Borges, Rodrigo e Zé Luís à disposição, além de Richarlysson, que estava meia boca, tanto que começou no banco. Hugo entrou no ataque, Adrian González na lateral-direita e Arouca atuou de primeiro volante.

No primeiro tempo, Hugo deveria jogar mais adiantado, mas insistia em buscar a bola no meio, deixando Washington isolado. A solução foi forçar jogadas ofensivas com os homens de meio e os laterais. Hernanes e Jorge Wagner eram as melhores opções. E com bom volume de jogo, numa sobra de bola, o São Paulo fez o gol com seu camisa 7.

Ainda na etapa inicial, em ato de estupidez cavalar, André Dias e Hugo tomaram cartões por trocarem safanões. Ambos estavam pendurados e ficam fora da próxima rodada. É verdade que saíram abraçados ao final da partida, o que não diminui a irresponsabilidade de desfalcar a equipe na reta final do campeonato.

Veio o segundo tempo e Hernanes, logo no início, criou bela jogada, cruzando na cabeça de Hugo, que definiu o resultado. Depois disso, o Vitória se lançou à frente e os são-paulinos tiveram mais liberdade. André Dias e Miranda puseram o ataque baiano no bolso e o meio campo tocava a bola com eficiência e velocidade. O time até subiu de produção nos 45 finais e só não ampliou pela noite pouco inspirada dos atacantes. Apesar disso, a torcida, que fez festa de dar gosto no Cícero Pompeu de Toledo, apoiou Washington, que saiu de campo aplaudido.

O São Paulo jogou bem, foi convincente. Mais do que isso: parece consciente de que precisa de muita aplicação para ganhar o título, pois Flamengo e Palmeiras estão na cola. O Botafogo, próximo adversário, é sério candidato ao rebaixamento. O Tricolor joga fora de casa e terá desfalques, mas uma equipe que almeja a conquista do sétimo título nacional não pode, nestas alturas, perder pontos para times tão fracos como o Alvinegro da Estrela Solitária.

O mais legal de tudo? O Time da Fé estava mal no começo do certame, chegou até a ficar perto da zona da degola, teve recuperação excelente e só depende das próprias forças para ser campeão, fato que espero ser confirmado pela história no dia 6 de dezembro. E é bom deixar de ser secador e passar a objeto de secação. Desde que as pragas – que são abundantes –, não peguem.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Ana Paula Oliveira reaparece em A Fazenda

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Recém-formada em jornalismo, a assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira volta à mídia em um campo de atuação inédito para ela. Nada de protagonismo feminino no universo machista do futebol, nada de ensaios sensuais, fotos nuas, nem desfiles de moda e muito menos formas dissimuladas de chamar a atenção.

A bandeirinha integra o "elenco" do "programa" de TV da Record A Fazenda. São 14 atletas, cantores, atores ou quase celebridades.

A segunda edição do reality show rural (?!) apresentado por Brito Jr. promete um prêmio de R$ 1 milhão para o vencedor. Para levar a bolada e ficar o maior tempo possível sob holofotes é preciso encarar provas que simulam situações de uma propriedade rural, com direito a futricas, picuínhas e mexericos de toda sorte.

Fernando Scherer, o Xuxa, Sheila Melo, a ex-loira do É o Tchan, e outras figuras mais ou menos conhecidas participam.

Antes de tomar o caminho da roça – ou da fama – a auxiliar de arbitragem lançou um projeto de revista eletrônica esportiva chamada Livresporte. Trata-se, segundo consta, de um trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de jornalismo.

Isso quer dizer que o sonho de participar de uma copa do mundo está totalmente abandonado? Segundo ela, não. Em meio à crise por que passa a arbitragem brasileira, uma presepada como essa, que oficialmente remunera quem chama mais atenção do público, pode não ser tão grave. Mas é bem pouco provável que ela volta a bandeirar.

Zebra branquela

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Quando se enfrentam seleções europeias e africanas, a tendência é que a torcida geral caia sobre a representante do "continente negro" (expressão odiosa, mas não encontrei outra melhor). Por conta de todas as dificuldades sócio-econômicas pelas quais passam os africanos, pelo ineditismo de seus triunfos, e por aquele gosto por zebras que todos os amantes do futebol têm (desde que, claro, a vítima da zebra não seja o nosso time).

Fifa
Apesar de tudo isso, foi difícil não celebrar a vitória da Suíça, que ontem venceu a Nigéria por 1x0 e assim se sagrou campeã mundial sub-17.

Em primeiro lugar, pelo fato de que, nas categorias de base, as potências são os times africanos, e não os europeus. O título suíço de ontem foi apenas o terceiro da história da Europa no Sub-17 (os outros foram da URSS em 1987 e da França em 2001). Como comparação, a África tem cinco taças - é o continente mais bem-sucedido do torneio. A Nigéria é tricampeã, o que a faz como a maior força da categoria, ao lado do Brasil (campeão em 1997, 1999 e 2003).

O segundo elemento que faz com que a vitória suíça seja ainda mais épica foi o lugar da partida. A Suíça venceu a Nigéria jogando... na Nigéria! Sim, superando torcida e pressão de 60 mil nigerianos que lotaram o estádio de Abuja. Quem é campeão em tais circunstâncias merece aplausos.

E a campanha suíça foi irretocável. Três vitórias na primeira fase - inclusive sobre o Brasil - e, nos mata-matas, triunfos sobre Alemanha, Itália, Colômbia e a favoritíssima Nigéria na decisão.

O Mundial Sub-17 de 2011 acontecerá no México. O Sub-20 também se dará em terras latinas: a a Colômbia será a sede.

Adeus, De Nigris

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Uma notícia das mais surpreendentes marcou o início dessa segunda-feira. Morreu Antonio De Nigris, atacante mexicano que jogou no Santos em 2006 e que atualmente defendia o Larissa, da Grécia.

UOL
De Nigris tinha 31 anos e, a princípio, sua causa mortis foi uma parada cardíaca. É surpreendente ver uma pessoa de 31 anos (que não tenha nenhuma doença crônica) falecendo; mais ainda quando se trata de um atleta.

Falando dentro de campo, a passagem de De Nigris pelo Santos foi, no mínimo, folclórica. No português claro: ele não jogou porcaria nenhuma enquanto esteve na Vila. Entrou em campo poucas vezes e fez um gol - daqueles que, como diria Mauro Beting, "até minha vó fazia".


Reza uma lenda que sua contratação foi um equívoco. O Santos, na verdade, tinha como intenção adquirir seu irmão, Aldo de Nigris, que vivia melhor momento na carreira. Acabou trazendo Antonio e o que se viu foi uma piada.

De qualquer modo, força à família de De Nigris - ele deixou esposa e filha. E fica a dúvida de como o Santos repercutirá o falecimento. Será que teremos um minuto de silêncio na partida contra o Coritiba, no próximo domingo?

A hora dos "quase"

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Claro que começo pelo meu time. O Galo já abriu mão do título e está "quase" fora da Libertadores. Na realidade, em quinto, decide a sorte ou o azar contra o Inter no domingo no Mineirão. Depois pega o Palmeiras, no Parque, provavelmente para saber quem perdeu mais chances este ano e disputará apenas a Copa do Brasil e a Sul-americana. Para o título a disputa agora parece ser entre São Paulo e Flamengo.


Do jogo de sábado, contra o Coxa, pouco a falar. Foi uma partida equilibrada, até bonita, com dois times correndo e jogando bola. O Galo tomou o primeiro gol para variar numa falha da defesa, que deixou o Coxa fazer uma linha de passe e achar o atacante Rômulo livre para marcar. Empatou e o jogo foi pau a pau até Benitez fazer um pênalti bizarro e ser expulso. Pontos para o Coxa, que mereceu.

Nada a lamentar. Um time que era cotado pela maioria para o rebaixamento chegou a sonhar com o título, se conseguir uma classificação para a Libertadores pode comemorar. Se nem isso, ficará o estigma de quase de Celso Roth. Quase campeão por dois anos. O técnico mais "quase" dos últimos tempos. Só falta deixar essa vaga para o Cruzeiro. Pelo menos vai me render uma garrafa de uísque, já que alguém apostou comigo que o Galo ficaria atrás do Santos neste campeonato, o que não pode mais acontecer. A diferença de onze pontos não pode mais ser tirada nas três rodadas que faltam.

Outro "quase" é o Palmeiras. Time que mais liderou o campeonato, mas que na reta final amarelou (ou ficou cor verde-limão-siciliano). Quem não consegue ganhar de um rebaixado Sport em casa não merece mesmo...

Agora, o problema é que dos dois com mais chances não torcerei para ninguém. Tenho "quase" ódio do Fla, por conta da roubalheira e os favorecimentos que sempre teve da arbitragem, além de ser péssimo exemplo em matéria de gestão. E tenho uma "quase" torcida para que o São Paulo não monopolize o título nesta década. Triste fim de campeonato.

Do lado dos rebaixados, já foram Sport, Náutico e Santo André. Resta uma disputa enorme entre Flu, Bota e Atlético-PR pela última vaga.

domingo, novembro 15, 2009

Internacional 3 X 1 Santos - Uma derrota que reflete a aposta errada

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O Santos fez um jogo com o Internacional que não surpreendeu nada quem vem acompanhando o time no Brasileiro. O visitante mostrou mais uma vez ser uma equipe desentrosada, sem esquema tático definido, um bando correndo em campo. Luxemburgo não conseguiu dar qualquer padrão ao time, passou o campeonato jogando com formações diferentes, ora com três, ora com dois volantes; com um atacante só, com dois, com três... E isso fica ainda mais evidente quando o adversário tem um padrão mínimo e um elenco com mais qualidade.

Portanto, o fato do Alvinegro ter saído da primeira etapa perdendo por 2 a 0 não foi algo inesperado. Poderia até ter sido uma diferença maior, caso o goleiro Felipe não tivesse feito três defesas difíceis. Antes do intervalo, um dado que revela bem o desarranjo peixeiro. O Internacional fez 17 faltas, enquanto o Santos cometeu apenas duas.

Uma análise apressada pode fazer com que o torcedor entenda que isso é corpo mole ou algo do gênero, impressão que sempre fica reforçada em caso de derrota, como se futebol dependesse apenas de “vontade”. Não foi o que aconteceu. Os alvinegros até correram, se esforçaram, mas quando não tinham a bola dominada sequer viam a cor da redonda. Na partida do primeiro turno entre os dois, aliás, em vários momentos o Peixe foi “colocado na roda” em plena Vila Belmiro e por pouco não saiu derrotado. Desta vez, não conseguiu fazer os gols porque o Colorado marcou em cima os homens mais criativos do Santos, que arriscavam em jogadas individuais e sofriam inúmeras faltas. Ganso quase não conseguiu respirar com Guiñazu na sua cola e Neymar e Madson corriam, invertiam posições, mas também penavam com a marcação adversária.

No começo do segundo tempo, o Santos assustou com uma bela jogada entre Kléber Pereira, Neymar e Ganso, que finalizou mal. O Inter respondeu com uma bola na trave logo no minuto seguinte e outra aos 8 minutos. Ainda assim, o Alvinegro conseguiu criar graças à postura do Inter, que recuou e passou a esperar em seu campo, abandonando a marcação pressão da etapa inicial.

O jogo seguia equilibrado quando aos 18 Luxemburgo colocou Jean no lugar de Pereira e Felipe Azevedo no lugar de Madson. E foi Felipe Azevedo quem tramou a jogada para Neymar fazer o gol aos 19, para assustar o Inter. Alecsandro teve a chance de matar a partida dois minutos depois, e perdeu.

Mas, como se fosse castigo por marcar o gol peixeiro, Neymar foi substituído por André aos 27 e o time voltou a jogar com dois atacantes pelos lados e um mais fixo na área. O resultado é que a equipe passou a render bem menos, criando muito pouco, e o Inter começou a restabelecer um relativo domínio, esfriando o Peixe.

D’Alessandro definiu aos 39, finalizando livre de marcação dentro da área. Exemplo de desorganização: sete jogadores santistas dentro da área e o meia colorado chutou sem problemas. Ainda houve tempo para Jean fazer o que sempre fez em sua carreira, perdendo uma chance incrível frente a Lauro.

No fim, quem jogou melhor a maior parte do tempo venceu. Mas os lampejos de Neymar, Madson e Ganso mostram o tamanho da aposta errada de Marcelo Teixeira no treinador mais caro do Brasil. Mais caro, diga-se, porque só o Santos pagaria o que paga por ele, senão provavelmente estaria desempregado ou recebendo bem menos em outro time. Um técnico que trabalhasse melhor com garotos e que armasse minimamente a equipe faria uma campanha bem melhor, dado que rivais que estão à frente do Santos não têm equipes tão melhores (ou nada melhores em alguns casos) que a de Luxemburgo. Perda de tempo, de dinheiro, apostas erradas e desperdício de talentos. Até quando vamos continuar assim?

sexta-feira, novembro 13, 2009

Cerveja torrada

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Você pagaria cerca de 14 mil reais (5 mil euros) por uma garrafa de cerveja que não poderia beber? Pois este será o lance mínimo, em leilão neste sábado, por uma long neck da cerveja alemã Lowenbrau de 72 anos (foto), recuperada quase intacta dos destroços do dirigível Hindenburg, que pegou fogo em Nova Jersey, Estados Unidos, em maio de 1937. "Ninguém vai querer beber isso. É bem provável que o gosto esteja bastante podre", alertou o auditor Andrew Aldridge - que subestima a sede e as ideias de bêbado de certos futepoquenses. Mas o mais legal é a saga da garrafa: ela foi encontrada por um dos bombeiros que ajudaram a apagar os restos do Hindenburg, que matou 38 pessoas e feriu outras 60 após uma explosão causada pelo hidrogênio que o fazia flutuar. O manguaça Leroy Smith achou seis garrafas no meio dos destroços e decidiu enterrá-las. Depois, presenteou cinco amigos e guardou uma consigo. Em 1966, passou o seu exemplar para uma sobrinha, esse mesmo que agora vai a leilão. Uma parte da cerveja evaporou e o rótulo está queimado, mas a marca ainda é visível. Outra garrafa, de um dos amigos de Smith, está hoje em exposição na fábrica da Lowenbrau, em Munique.

Teste Cego do Futepoca: Copa do Brasil

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O Futepoca tem o prazer de apresentar mais um Teste Cego de Cervejas. Nesta terceira edição, foram selecionadas marcas artesanais ou premium originárias de diferentes partes do Brasil. Com representantes do Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, foram testadas 10 amostras de nove marcas.

3º Teste Cego do Futepoca: Copa do Brasil


1. De novo, no bar
O bar era nosso. Devido ao sucesso na gestão dos copos da edição passada, a cerimônia do teste novamente foi o Espetinho da Villa, bar que serve, como sugere o nome, espetos. Não sei se pela gritaria ou se por causa do jogo entre Palmeiras e Goiás, todos os outros clientes haviam partido.

Foto: Brunna Rosa
Teste Cego Futepoca - Copa do BrasilMais uma vez, foi o proprietário do recinto, Alexandre, quem se encarregou da separação das amostras e até por consertar uma lambança da produção do evento – cometida por este ébrio avaliador e explicada mais adiante. Diferentemente das versões anteriores, foi o primeiro teste em que o paladar não foi influenciado pela fumaça de cigarro desde a implantação da Lei anti-fumantes no estado de São Paulo. Como ninguém tem paladar tão apurado assim, vai saber se isso fez diferença.

2. Sete sóbrios sedentos pra 70 copos
Em uma opção mais modesta, foram apenas sete avaliadores, sendo que um deles só conseguiu acompanhar a metade dos acontecimentos. O Espetinho da Villa novamente providenciou um copo por dose para cada ébrio. Novamente nas contas do DataFutepoca, foram 70 copos, dos quais apenas um se quebrou. Nossos intrépidos heróis foram:
Brunna, Carol, Glauco, Maurício, Nicolau, a minha pessoa e um convidado: o jornalista Maurício Stycer, em meio a uma entrevista sobre seu livro História do Lance!, também caiu na rede do Futepoca (logo a entrevista será publicada na nossa seção especial). O Nicolau testou apenas seis das 10 amostras.

Foto: Carol
Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil
Carol

não aparece
na foto. De
baixo em
sentido
horário, o
cabelo ruivo
da Brunna,
o Glauco,
Maurício, seu
xará Stycer
(o entrevistado),
e a minha pessoa.
Todos só na água
entre uma
amostra e outra.



3. Só garrafa, muitos fornecedores
Mais uma vez o teste se concentrou em brejas em garrafas de vidro, mas as embalagens tinham volumes diferentes. Parte foi comprada em supermercados, parte na Tortula, único lugar em que encontrei algumas das concorrentes. Uma delas, a Bierland, de Blumenau-SC, veio pelo correio, numa gentil cortesia do fabricante.

4. Nove pielsen, sendo uma orgânica, e uma lager
O critério de seleção esteve muito relacionado ao que foi encontrado. Uma pesquisa prévia na internet e o conhecimento acumulado por um aprendiz de apreciador de cerveja amador (quanta modéstia).
São listadas abaixo as participantes na ordem em que foram oferecidas com o volume do vasilhame, validade e teor alcoolico.

Aqui cabe uma nota. Comprei duas Eisenbahn diferentes e só depois descobri isso alertado pelo Alexandre. A pielsen normal e a versão orgânica, chamada de natural, participaram por acidente, quer dizer, não tinha percebido isso, achei – eita! – que tinha mudado o rótulo. Pior, a Natural tinha data de validade vencida fazia 27 dias. Desculpas aos avaliadores e à fabricante.


Cervejas:
1. EisenbahnPielsen – Blumenau-SC
2. Colorado- Cauim – Ribeirão Preto-SP
3. Devassa – Rio de Janeiro-RJ
4. Bierland – Blumenau-SC
5. PetraAurum - Petropolis-RJ
6. Backer – Belo Horizonte-MG
7. BadenBaden – campos do Jordão-SP
8. Cerpa – Belém-PA
9. DadoBier – Porto Alegre-RS
10. EisenbahnNatural (orgânica) – Blumenau-SC
Vol.
355ml
600ml
355ml
600ml
500ml
355ml
600ml
355ml
1L
355ml
Validade
17/12/2009
28/11/2009
19/01/2010
01/03/2010
19/02/2010
03/12/2009
08/02/2010
28/10/2009
05/02/2010
02/10/2009*
Teor alc.
4,8%
4%
4,8%
4,5%
5%
4,8%
5%
5,3%
5%
4,8%




5. Copo meio cheio. Ou muito cheio
A dose a que foram submetidos os progressivamente embriagados avaliadores foram maiores do que em qualquer edição. Como eram menos numerosos, os copos vinham com pelo menos metade de sua capacidade ocupada. No caso da Dado Bier, veio até a boca – e ainda sobrou na garrafa.

Foto: Brunna Rosa
Teste Cego Futepoca - Copa do BrasilComo os intervalos foram mais regulares, ficou provado que isso não interfere no palpite da turma.

6. Formulário, três notas. Ou duas, ou uma
A produção das fichas de registro das notas pela primeira vez mereceu o nome. O modelo está aqui para as futuras gerações. Os guardanapos foram abandonados, mas o espírito se manteve como mostra a foto.

Fotos: Brunna Rosa
Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil






Convidados a analisar aparência e visual, aroma e sabor e uma nota geral, quase ninguém investiu em tudo isso. Então, novamente ficamos com uma nota só para a análise. Mas há registros preciosos como "notas de manteiga", "gosto de tutifruti" e "derrubei o copo" são algumas delas.

7. Cadê os resultados?
A dinâmica foi a mesma. Nada de venda nos olhos, os avaliadores eram surpreendidos com copos sem identificação que ofereciam as cervejas em ordem definida pelo Alexandre. Apenas um dos analistas conhecia o conjunto de marcas, este que escreve.

Resultado do Teste cego Copa do Brasil do Futepoca

Cervejas:
1. PetraAurum- Petropolis-RJ (5)
2. EisenbahnPielsen– Blumenau-SC (1)
3. EisenbahnNatural(orgânica) – Blumenau-SC (10)
4. Devassa– Rio de Janeiro-RJ (3)
5. Backer– Belo Horizonte-MG (6)
6. Colorado-Cauim –Ribeirão Preto-SP (2)
7. DadoBier– Porto Alegre-RS (9)
8. Bierland– Blumenau-SC (4)
9. Cerpa– Belém-PA (8)
10. BadenBaden– Campos do Jordão-SP (7)
Média
8,3
7,9
7,6
7,6
7,3
7,3
7,1
6,9
6,9
6,8




Cervejas:
1. PetraAurum- Petropolis-RJ
2. EisenbahnNatural(orgânica) – Blumenau-SC
3. EisenbahnPielsen– Blumenau-SC
4. Devassa– Rio de Janeiro-RJ
5. Backer– Belo Horizonte-MG
6. DadoBier– Porto AlegreRS
7.Colorado-Cauim – Ribeirão Preto-SP
8. BadenBaden– campos do Jordão-SP
9. Cerpa– Belém-PA
10. Bierland– Blumenau-SC
Carnavalesca
8,4
8,0
7,7
7,4
7,4
7,1
6,9
6,8
6,8
6,6



Média normal é aquela em que se somam as notas e divide-se pelo número de avaliadores, todos com o mesmo peso. A carnavalesca é a consagrada na disputa de escolas de samba, em que a nota mais alta e a mais baixa são excluídas. Esta última se torna ainda mais necessária com a ausência de notas de um dos jurados em algumas das amostras.

Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil Teste Cego Futepoca - Copa do Brasil














a) A vencedora inconteste, Petra Aurum. As duas variedades pielsen da Eisenbahn surpreendem ao revesarem-se na segunda e terceira colocação, porque não foram bem – para uma artesanal – nas duas outras edições. A Cerpa, vencedora da primeira edição, amarga até uma última colocação quando adotado o procedimento carnavalesco.

b) A vencedora foi a quinta oferecida, bem no meio. Rompeu-se a mística da oitava. A segunda e a terceira colocadas foram servidas como começo e encerramento dos trabalhos.

c) Bierland, gentilmente oferecida pelo produtor, foi a mais prejudicada quando a média carnavalesca entra em ação. Isso quer dizer que houve mais divergência nessa nota.

d) O troféu paladar-ranzinza ficou com o Glauco, titular do posto de mais rigoroso nas outras edições, com média de 6,5 para as geladas. O mais generoso na avaliação foi o Maurício, com 8,1.

e) Como era menos gente, parece ter havido menos influência entre os degustadores.

f) A média geral ficou em 8,3 contra 8,4 da carnavalesca, bem superiores às outras edições, quando a coisa ficou na casa do 6. Melhor qualidade ou maior generosidade?

quinta-feira, novembro 12, 2009

Palmeiras Robin Hood tenta, mas não impede rebaixamento do Sport

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O título pra lá de irônico é a elaboração de cabeça menos quente sobre o empate entre Palmeiras e Sport no Palestra Itália. O 2 a 2 não agradou a nenhum dos lados, já que o time permanbucano se juntou ao Náutico e está matematicamente rebaixado para a Série B.

Também foi péssimo para o Palmeiras. Com 59 pontos, o time empata com o São Paulo, fica dois na frente do Flamengo, mas aguarda, apreensivo, a conclusão da rodada do fim de semana. A sensação é de uma breve estada na liderança, quase uma despedida.

As chances de o desinteressado Vitória passar pelo time de Ricardo Gomes só não é menor do que a do rebaixadíssimo Náutico surpreender o Flamengo. Se o Atlético-MG vencer o Coritiba, o alviverde termina a rodada em quarto.

O time mostrou que não aguenta a pressão de participar da rodada por antecipação para atender aos interesses da TV. Não sabe lidar com isso. Na próxima semana, contra o Grêmio no Olímpico, a partida também foi antecipada. Contra o Santo André, também foi assim.

No segundo turno, contra Náutico, Santo André e Fluminense, a turma do G-4 dos pesadelos, foram três derrotas. Contra o Sport, que também mora por lá, de modo ainda mais definitivo do que o tricolor carioca, foi um empate. Se incluídos outros dois ameaçados, Botafogo e Coritiba, vale lembrar que o primeiro ainda será enfrentado na última rodada e o paranaense venceu o Palmeiras no jogo do carbono neutro.

Este desempenho digno de um verdadeiro Robin Hood do Brasileirão não é comportamento de time que disputa para ser campeão. Se tinha virado senso comum que é preciso vencer os "jogos de seis pontos", aqueles confrontos diretos com concorrentes ao caneco que trazem três pontos e virtualmente tiram outros três do rival, anote-se aí uma nova lição, ainda mais óbvia: vencer os times fracos é ainda mais importante.

É que a teoria do confronto direto leva em conta que a minha segunda e ululante premissa já era garantida por um escrete que quer a taça.



O futebol apresentado pelo time de Muricy Ramalho no primeiro tempo não é sequer de uma equipe que merece vaga na Sul-Americana. Na segunda etapa, foi futebol de quem, com um pouquinho de sorte, se classifica para a Libertadores.

E ainda teve a lambança de Elmo Alves Resende Cunha apitou por engano um impedimento – de fato inexistente – de Danilo no segundo gol do time da casa. Élder Granja dava plenas condições ao zagueiro. Mas o juizão não tinha nada que apitar. Os jogadores do Sport ficaram revoltados. Ao acertar, o cidadão conseguiu errar.

Neste aspecto, foi muito diferente do Carlos Eugênio Simon. Ah, mas o que o Palmeiras apresentou no primeiro tempo, foi uma continuação trágica do que havia mostrado na segunda etapa no Maracanã.

Resumo da ópera, os gols de Deyvid Sacconi e Danilo dão uma conotação de "empate suado", conquistado. Foi um desastre atenuado. Mas que continua a ser trágico. Wilson e Arce haviam marcado no primeiro tempo em jogadas rápidas e bem articuladas diante de uma defesa perdida.

Mais uma vez a estranha raiva por ocupar a liderança apenas pelo segundo critério de desempate. Será que exorcizando a fase resolve?

quarta-feira, novembro 11, 2009

Lucia Hippolito decreta: apagão é "culpa do Lula"

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Ontem, logo após o apagão, a primeira coisa que veio a minha mente foi: pronto, a imprensa terá notícia pelas próximas daus semanas. A segunda foi adivinhar quem diria primeiro que a culpa é do Lula.

Das rádios que funcionavam em São Paulo com a ajuda de geradores, a CBN fazia uma cobertura que contava basicamente com a ajuda dos ouvintes. "Parece que está voltando a luz na Vila Mariana... Ah, não, era alarme falso...", Parece que no Mato Grosso também está faltando luz", "parece que...", parrece que...", parece que...". Compreende-se a impossibilidade de se informar corretamente nesse contexto, são as contingências. O que não dá pra aceitar é o chute travestido de análise. E se tem alguém que consegue relacionar uma derrota da seleção com o presidente Lula, consegue relacionar qualquer coisa com qualquer coisa. É pau pra toda obra. Obra da oposição, claro.

E foi assim que a brilhante Lucia Hippolito surgiu aos incautos ouvidos de quem ousava escutar a CBN. Estava ali a primeira a afirmar que "a culpa é do Lula", com uma argumentação de dar inveja a qualquer orador de boteco.

Primeiro, dizia do sofrimento que enfrentava na sua casa, no Jardim Botânico, bairro nada pobre do Rio de Janeiro. Uma sofreguidão ver o Morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea e o céu "num breu só", lamentava. Depois, começava a esbravejar que Lula tinha reduzido o IPI dos produtos da chamada linha branca, sugerindo de forma sutil que essa atitude seria uma das responsáveis pelo apagão.

"Como assim???", você deve estar pensando. Pois é, existem governos que fazem programas de substituição de geladeiras para economizar energia. Afinal, uma geladeira velha gasta mais que uma nova. Hippolito entende que é contrário. Deve ter informações exclusivas que lhe asseguram que o mundo está errado e ela está certa.

Outro aspecto interessante da fala é que ela, na sua casa "modesta" de um bairro nobre carioca acha que pode consumir energia elétrica à vontade. Mas os pobres, ah, essa gente... não tem direito de comprar uma geladeirazinha. Assim, eles causam apagão, será que essa gente não sabe disso??

Quando a apresentadora da CBN que conversava com a analista, talvez clamando pelo bom senso, explicou que o problema estava relacionado a Itaipu e longe, bem longe de estar ligado a um eventual pico de consumo, o telefone de Hippolito caiu. "Graças a Deus", pensei eu. Mas ela retornou, dessa vez com outro discurso, dizendo que era um absurdo o Brasil depender tanto de Itaipu, da energia hidrelétrica, que era preciso investir em fontes alternativas de energia e blablabla... Sempre responsabilizando o governo.

Essa mesma pessoa hoje falou que o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, "disse bobagens" na sua coletiva em que explicava o apagão. Simplesmente porque ele falou que o blecaute de agora não tinha nada a ver com o de 2001. No que ela, Hippolito, concordou, num lapso de sanidade. Mesmo assim, insistiu que ele falou bobagem. Quem quiser ouvir a fala de Hippolito, clique aqui e descubra o que ela quer de fato dizer.

Em tempo: pela manhã, no Bom Dia Brasil, Alexandre Garcia conseguiu ir mais longe e relacionar o problema da energia no Brasil com "os índios e o MST". Será que a auto-crítica dessa gente morreu? Ou seria um apagão eterno do bom senso?

terça-feira, novembro 10, 2009

Momento do mé: Marimbondo

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De volta ao Sabor do Picuí, como prometido, provei a Marimbondo, outra cachaça da Paraíba.

Ludmila Tavares
De Guarabira, também é branquinha, transparente. Bem mais fraca (42%), desce incrivelmente macia para uma chambirra sem ser envelhecida. Com o calor que estava no sábado, desceu abrindo espaço para o almoço (e a pimenta) que vinham a seguir. Não sei se foi a mesma que o Nicolau provou, só sei que a impressão foi completamente diferente.

O problema é que não consegui grandes informações sobre a danada. Nem foto, por isso a opção pelo inseto. A maior parte da agricultura no município está ligada à subsistência e não tanto à produção de cana de açúcar, embora exista outra da que passarinho não bebe produzida por lá, uma tal Donzela. Só que essa eu nem tenho ideia de onde encontrar em São Paulo.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Caso Uniban, CPI Gay, parlamentares guiam suas decisões através de suas religiões e a vida anda difícil...

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Ventos conservadores balançam o estandarte brasileiro. "Puta-Puta-Puta", ouviu a estudante Geisy Villa Nova Arruda. Pouco tempo depois, assistíamos a sua expulsão pela gloriosa cátedra Uniban, também carinhosamente apelidada de "UniTaleban", pelos blogueiros, internautas e tuiteros, que por sua vez estão infernizando a vida da instituição.

O resultado: na tarde desta segunda-feira, 9, a instituição recuou e revogou a expulsão de Geisy. O assunto é tão surreal que vale a pena ver as cenas do quase linchamento da estudante de turismo e ler a justificativa pitoresca da Uniban, para expulsar a aluna.

Sinceramente, neste caso, pouco me importa se a Uniban é uma fábrica de diploma ou se agora a estudante vai posar nua. O fato é que chegamos ao ponto da sociedade (uma parte, óbvio!) agredir e ser conivente com a barbárie pelo simples motivo do uso de uma minisaia!

É o retrato do cotidiano do país que exclui, criminaliza, marginaliza e agride a diversidade, seja ela qual for. Sem falar do machismo e da intolerância, cultivados com ardor... Enfim, um episódio que dá a dimensão do retrocesso de nossa realidade, e que dá nojo só de imaginar onde podemos chegar...

Mas voltando para o caso Uniban, outro ponto que me chocou é o histórico do “adevogado” da dita instituição, Décio Lencioni Machado, que atribuiu à postura da estudante Geisy Villa Nova Arruda a razão de sua expulsão da universidade. Ele que preside a Comissão de Legislação e Normas do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e é conselheiro da Câmara de Educação Superior.

Criado em 1963, o Conselho tem como objetivo traçar normas para organização do sistema de ensino de todo o estado, incluindo autorização para instalação de universidades públicas estaduais e municipais e são "escolhidos entre pessoas de notório saber e experiência em matéria de educação, observada a devida representação dos diversos graus de ensino e a participação de representantes do ensino público e privado". Para exercer o cargo, o conselheiro é remunerado: recebe gratificação por sessão plenária e de câmaras ou comissões permanentes.

Medo! Só rindo mesmo do ataque de fúria de Hitler sobre a comparação dos nazistas da Uniban e sua gente iluminada... Ou apostar na cobrança do MEC e da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire.

E piora
E, como se não bastasse a demonstração de preconceito, fúria e machismo dos estudantes da Uniban (e a atitude da própria instituição), a psicóloga evangélica Rozangela Justino, conhecida por oferecer tratamento para curar os homossexuais – e receber censura pública do Conselho Federal de Psicologia (CFP) –, agora dedica seu blogue auxiliar seus irmãos a votarem “NÃO” na enquete que o Senado Federal criou sobre a aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil.

Rozangela alega no texto que “infelizmente, não podemos apoiar qualquer Projeto de Lei e nem lei pró-homossexualismo porque tais projetos de leis e leis têm finalidades políticas e econômicas, e na verdade não são para proteger e nem ajudar qualquer pessoa na condição homossexual, muito pelo contrário, é para impedir que sejam ajudadas, inclusive”. Ela ainda propõe criar a "CPI das Passeatas Gays”, “A CPI do Movimento Gay”. Segundo a "psicóloga", "assim, estaremos verificando o porquê do investimento do poder público neste movimento desconstrutor social e dos princípios cristãos, em detrimento de necessidades básicas do povo brasileiro".

E se engana quem acredita que uma manifestação como da "psicóloga" ou dos estudantes e membros da gloriosa academia unibanense não reflete ou são frutos da postura conservadora de nossa política. Na recente pesquisa "Como Parlamentares Pensam os Direitos das Mulheres?", realizada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), que entrevistou 321 parlamentares, entre deputados e senadores foi constatado que a influência da crença religiosa nas decisões dos parlamentares está cada vez maior.

A maioria (60%) dos parlamentares considerar errado legislar a partir de pontos de vista de crenças pessoais, mas 38% dos legisladores admitem tomar decisões de acordo com os princípios de suas religiões. Mas, nossos parlamentares de tudo não são tão maus... A pesquisa também constatou que o Congresso está mais aberto a reivindicações femininas, especialmente em relação a direitos das mulheres no mercado de trabalho.

Obrigado por nos deixarem trabalhar, apesar do Brasil continuar sendo o país latinoamericano com menos mulheres no Parlamento - 8%.

Brincadeiras a parte, a pesquisa também trouxe um dado interessante sobre o aborto: 57% dos parlamentares defendem, por exemplo, que a legislação permaneça como está, permitindo a prática somente em caso de estupro ou de risco de vida para a mãe. Os demais se dividem em dois grupos: 18% defendem a descriminalização total e 15% são contra a interrupção da gravidez em qualquer caso. Apenas 8% não se posicionaram e 1% admite ampliar a legislação em alguns casos. Resumindo, o árduo trabalho de chamar para a discussão o tema para lá de polêmico não anda sendo em vão.

Mas a vida anda difícil...

Chamar de "ladrão vendido" pode? Simon não apita mais neste ano

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Luiz Gonzaga Belluzzo, economista e presidente do Palmeiras, mostrou mais uma vez que é mais torcedor do que qualquer coisa. Não se aguentou ao ver os erros da arbitragem de Carlos Eugênio Simon na partida entre Palmeiras e Fluminense. À lista de impropérios:

"Ele está na gaveta de alguém. Só dá para entender assim. Ele dar uma falta dessas (de Obina, no gol anulado). Ele deve estar fazendo favor a alguém. Não sei a que time, se quer tirar o time da Segunda Divisão. Ainda houve um pênalti vergonhoso no Danilo. O Sérgio Corrêa (presidente da Comissão Nacional de Arbitragem) não devia ter escalado esse vigarista, que vai para a Copa do Mundo. O cara assaltou o Palmeiras. É inacreditável."

"(Simon) fez um serviço para o Fluminense."

"Estou dizendo que o Simon é safado, um sem vergonha e crápula."

"Adianta fazer protesto (à CBF)? A única coisa que pode se fazer é encher o cara de porrada depois de um assalto desse. O cara foi de má-fé. Ele já devia ter sido excluído do futebol."

"Ele fez de caso pensado (a anulação do gol de Obina). Eu que o encontre na rua, porque não tenho medo de ninguém. Tenho 67 anos e, se encontrar o Simon na rua, eu dou uns tapas no vagabundo."

Pode ter sido a gritaria do presidente alviverde, os repetecos do gol e do pênalti. Ou pode ter sido só bom senso. A CBF anunciou que Simon não apita mais neste ano. Agora, só na Copa? Segurem-se os sul-africanos.

A justificativa oficial foi a "repetição de erros cometidos durante a competição".

Quanta violência

Simon já foi chamado de covarde, pediu desculpas. Uma semana antes, Rogério Ceni acusou-o de perseguição.

Os gremistas também, que o diga o processado Eduardo "Peninha" Rômulo Bueno.

Em 2008, os reclamões foram os flamenguistas por um pênalti não marcado contra o Cruzeiro.

O Terra fez até um Top 10 dos maiores erros: Fluminense x Palmeiras ontem, Santos x São Paulo mês passado, Fluminense x Corinthians na Copa do Brasil, Ceará x Fortaleza no estadual deste ano, Grêmio x Internacional no estadual deste ano, Cruzeiro x Flamengo no Brasileirão de 2008, Botafogo x Atlético-MG na Copa do Brasil de 2007, Itália x Gana na Copa de 2006, Corinthians x Brasiliense na Copa do Brasil de 2002, Inglaterra x Suécia na Copa de 2002.

Alguém aí lembra de outros?

domingo, novembro 08, 2009

Garfado, Palmeiras entrega a liderança

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O Palmeiras foi derrotado pelo Fluminense no Maracanã lotado, deixando a liderança para o São Paulo. O alviverde teve um gol legal marcado por Obina e anulado por Carlos Eugênio Simon. Fred fez o gol que tirou o tricolor carioca da lanterna do campeonato.

O time visitante não jogou bem a ponto de merecer a vitória, especialmente no segundo tempo. Mas a falta inventada por Simon no gol de Obina deu contornos de injustiça ao resultado trágico da partida.

Enquanto Diego Souza não volta a ser posicionado bem perto da área adversária, ele segue rendendo menos. A defesa com Marcão continua dando emoções desnecessárias. Vagner Love precisa mais do que trocar a cor das tranças, precisa fazer gols.

Nas últimas sete partidas, o Palmeiras venceu um jogo, empatou dois e perdeu quatro. Não é trajetória de reta final de campeonato que se apresente. Agora, antes de o Palmeiras torcer por tropeços são-paulinos, precisa vencer seus jogos. E culpar a arbitragem pelo erro de hoje é simplismo a toda prova que pode, no máximo, expiar a raiva pós-rodada.

O desânimo que esse retrospecto vinha produzindo só aumenta agora pra este torcedor. Será que o time reage? Não é questão de matemática, é de futebol jogado dentro do campo durante o jogo.

Visão de longe: pintou o campeão?

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O resultado mais significativo deste final de semana, pelo Brasileirão, não foi a derrota do Palmeiras para o Fluminense, com a providencial ajuda de Carlos Eugênio Simon. Para mim, a consistente vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG, fora de casa, foi o sinal mais claro de que pode estar pintando o campeão. O elenco da Gávea demonstrou que está com muita gana de erguer o caneco e provou para sua torcida, com uma atuação convicente, que "agora vai" nessa reta final. Uma vitória dessas dá muita moral. Apáticos, o São Paulo não tem time nem técnico para uma arrancada rumo ao título, o Palmeiras está em franca decadência e o Atlético-MG, mais uma vez, pipocou. E a tabela, na minha modestíssima opinião, favorece os cariocas.

Porém, na próxima rodada, acredito que nenhum dos quatro primeiros colocados terá dificuldade para vencer seus compromissos. O Palmeiras bate o Sport no Parque Antartica, assim como o São Paulo fará o dever de casa contra o Vitória. E Atlético-MG e Flamengo, mesmo jogando fora, vão atropelar os frágeis Coritiba e Náutico. Portanto, nenhuma alteração no topo.

A hora da verdade será mesmo a 36ª rodada. O Palmeiras terá um confronto complicado com o Grêmio, em Porto Alegre, e o São Paulo irá ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo, podendo provar do mesmo veneno (arbitragem) que o alviverde provou contra o Fluminense. Minha aposta: líder e vice perdem. E o Atlético-MG empata com o Internacional. Por isso, acho que o Flamengo vence o Goiás e assume a ponta.

Na penúltima rodada, Atlético-MG e Palmeiras se enfrentam. Acho que os paulistas ganham. O São Paulo até pode vencer o Goiás em casa, mas o Corinthians entrega o jogo para o Flamengo - com o unânime aval de sua imensa torcida. Aí, na última rodada, o Botafogo vence o Palmeiras, o Atlético-MG vence o Corinthians, o São Paulo vence o Sport e o Flamengo bota a faixa no peito com uma vitória sobre o Grêmio, num Maracanã completamente lotado. Para glória de Andrade, Adriano e Petkovic.

Final: Flamengo campeão, 69 pontos; São Paulo vice, 68; Palmeiras terceiro, 64; Atlético-MG quarto, 63. Alguém aí tem outra teoria palpitológica?

Alívio

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Ontem, o Santos venceu o Náutico no Pacaembu por 3x1. Com a vitória, o time chegou aos 45 pontos - quantia que, segundo a maior parte dos analistas, livra qualquer time das possibilidades do rebaixamento.

Não que a queda tenha sido um temor real dos santistas em 2009 - diferentemente do ocorrido no ano passado, quando o Peixe acabou o primeiro turno do Brasileirão entre os quatro piores e flertou com a degola em muitas rodadas. Na verdade, neste 2009, a existência de mais times "dispostos a cair" fez com que o santista mais se irritasse com o futebol da equipe propriamente dito do que com qualquer possibilidade de queda.

De qualquer modo, é bom cumprir a cota de pontos e poder eliminar, de vez, o medo da degola.



E a partida em si até que foi divertida. O Náutico é realmente uma equipe frágil. Tanto que, no primeiro tempo, praticamente não ofereceu qualquer resistência ao Santos. O Peixe fez 1xo (num pênalti pra lá de mandrake) e poderia ter ido às redes mais vezes.

Veio a segunda etapa e Luxemburgo fez o óbvio: trocou os pífios Róbson e Jean por Mádson e Neymar. O banco a Neymar é até compreensível, já que o menino esteve com a seleção sub-17 até o início da semana e mal treinou no Santos. Mas quanto a Mádson... sim, ele estava numa decrescente, mas nunca, nunca que merece ficar na reserva de Róbson.

Com os dois baixinhos, o Santos entrou num ritmo interessante e parecia que iria golear o Náutico. Fez 2x0, mas, num contra-ataque, os pernambucanos tiveram um pênalti a seu favor (tão fajuto quanto o que beneficiou os santistas na primeira etapa, exemplo nítido de compensação) e diminuíram o marcador.

Quanto parecia que o Santos passaria um baita aperto - e deixaria de vencer após estar na frente, como fez contra Flamengo, Avaí, Internacional e São Paulo - Neymar resolveu mostrar porquê é um craque EM POTENCIAL (o caps é pra evidenciar que ele ainda não o é) e deixou tudo tranquilo. 3x1, vitória, 45 pontos e Série A em 2010.

Bastidores
Talvez tão importante quanto os 45 pontos foi o momento político que se passou na área onde os sócios do Santos ficaram ontem no Pacaembu. A partida de ontem foi a primeira após a oficialização da chapa O Santos Pode Mais, que, com Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro e Odílio Rodrigues, lutará contra o grupo político de Marcelo Teixeira (que ainda não confirmou nem desmentiu sua candidatura) nas eleições do clube, que acontecem em 5 de dezembro.

Os oposicionistas estavam em maioria. E, na hora que o jogo já estava definido, entoaram com sucesso o canto "O Santos pode mais", que contagiou praticamente todos os que estavam na área dos sócios (com exceção óbvia dos que trajavam camisas da Rumo Certo, a chapa de Teixeira). Diferentemente do ocorrido em outros pleitos, Marcelo Teixeira parece estar em desvantagem. É esperar pra ver.