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sexta-feira, agosto 06, 2010

Equilíbrio no primeiro debate

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POR LUISINHO BASSOLI*

O primeiro encontro entre os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas eleitorais, transmitido ontem pela Band, foi marcado pelo equilíbrio. Dilma Rousseff demonstrou certo nervosismo, compreensível por ser seu primeiro debate e por estar no foco das atenções, ainda sob o impacto da pesquisa CNT/Sensus, divulgada horas antes, na qual aparece dez pontos à frente de Serra. Saiu-se bem, respondeu às perguntas, evitou usar o palavreado excessivamente técnico que a caracteriza – e que era a principal preocupação dos seus assessores –, sem deixar de apresentar dados e estatísticas. Buscou colar sua imagem à de Lula ao resumir que seu projeto é dar sequência ao atual governo.

"Modesto", Plínio de Arruda Sampaio afirmou se tratar de um dos grandes nomes da política brasileira. É, pessoalmente, uma reserva moral, detentor de sabedoria ímpar. Seu ponto fraco é seu partido, o pequeno PSol, cuja postura isolacionista inviabiliza qualquer prática de governo. Plínio prega o sonho, o ideal socialista, é impossível discordar de sua teoria. Porém, a responsabilidade nos obriga a lutar pelo possível, ainda mais quando vemos que as mudanças estão em curso. Cabe lembrar que Plínio tem a mesma origem de Dilma, foi candidato ao governo de São Paulo e deputado federal pelo PT até se juntar a outros dissidentes para fundar o PSol.

José Serra aparentou ser a pessoa certa na hora errada. O grupo político que lhe dá sustentação é por demais conservador, reacionário, e impõe uma agenda atrasada tanto em relação à economia quanto às políticas sociais. O tucano abordou temas de gestão pública, mas falta-lhe, contudo, uma marca definitiva, um projeto que o identifique. Serra não conseguiu sair da encruzilhada em que se meteu: poupou o presidente Lula sem assumir que seu governo é bom – se escolhesse por se opor ao presidente, iria desagradar à esmagadora maioria dos eleitores que o aprova; se optasse por elogiá-lo, acabaria credenciando sua rival Dilma. Na mesma esteira, tentou manter equidistância do ex-presidente FHC, nem defendeu nem criticou seu governo, e essa dubiedade não passou despercebida, refletiu a notória indecisão tucana.

Marina Silva foi previsível, não decepcionou, é certo, só que não conseguiu empolgar os espectadores. Confirmou que tem boa vontade, explorou bem o assunto meio ambiente, lema principal de sua campanha, e abordou com lucidez os espinhosos temas econômicos e administrativos. Seu bom desempenho, todavia, não foi suficiente para consolidá-la como a melhor candidata, na medida em que não tem uma base política forte o bastante para garantir que consiga governar. Assim como Plínio de Arruda Sampaio, Marina Silva construiu sua carreira no PT. Agora, sozinha em seu PV – partido que fará uma bancada ínfima de deputados e nenhum senador –, a ecologista não passou a sensação de segurança necessária para ocupar o mais alto cargo da nação. Teve o mérito de incluir a questão ambiental na pauta, como nunca havia sido feito.

Entre alguns momentos de tensão, prevaleceu a cordialidade. Um exercício de democracia, todos tiveram a oportunidade de expor suas candidaturas. Nada que pudesse alterar o quadro que vem se desenhando, nenhuma novidade sobre o que já está sendo discutido publicamente há tempos, em entrevistas, encontros, plenárias, comícios. A eleição segue com seu caráter plebiscitário, isto é, quem aprova o governo Lula e quer sua continuação, votará em Dilma.

*Luís José Bassoli é advogado, faz pós-graduação em Globalização e Cultura, dá aulas de Geopolítica no Colégio Objetivo e é presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB em Taquaritinga (SP); na política, foi presidente do Diretório do PT naquele simpático município; no futebol, é sãopaulino roxo e cateano (sofredor pelo Clube Atlético Taquaritinga). Bebe muito uísque, "of course".

sexta-feira, julho 16, 2010

Votar no PT é pecado

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Houve um tempo em que políticos da direita acusavam padres de fazer propaganda em prol de candidatos petistas. O partido, nascido com muitos participantes das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), tinha simpatia do literal baixo clero e também de alguns bispos que conjugavam de ideais semelhantes aos da agremiação.

De lá pra cá, o PT mudou, mas a Igreja, sob a batuta do célebre João Paulo II, promoveu um processo de "direitização" na América Latina que sufocou, por exemplo, a Teologia da Libertação. Talvez reflexo dessa nova realidade, hoje o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, de Anápolis, se sente à vontade para publicar na internet uma página que tem o seguinte título: Posso votar no PT?

Por meio de um didático texto de perguntas e respostas feitas por ele mesmo, a "orientação" expressa e dita com todas as letras é: "Se o cristão vota no PT consciente de tudo quanto foi dito acima, comete pecado grave, porque coopera conscientemente com um pecado grave." O pecado grave em questão é o apoio à descriminalização do aborto.

Mas há políticos de outros partidos e também não filiados a quaisquer agremiações que são favoráveis ao aborto, correto? Sim, e na pergunta 7 o religioso trata do tema: "Mas eu conheço abortistas que pertencem a outros partidos, como o PSDB, o PMDB, o DEM...". E a resposta: "Os políticos que pertencem a esses partidos podem ser abortistas por opção própria, mas não por obrigação partidária. Ao contrário, todo político filiado ao PT está comprometido com o aborto". E emenda que "é dever do político pró-vida desfiliar-se do PT, após ter verificado o engano cometido."

O padre não está sozinho em sua cruzada moral. O site Aborto Não PT Não  lista uma série de notícias relacionadas ao agrupamento de Lula e o aborto. E ressalta, para deixar claro o quão maligno é o partido, que "a defesa do aborto não é o único mal do PT".

Entre o material de divulgação do site está um banner Aborto Não Dilma Não. É bom lembrar que no programa Roda Viva a petista não foi além da defesa da atual legislação sobre o tema, que permite o aborto em caso de risco de vida da mãe ou estupro, para desconforto de feministas que gostariam de um compromisso mais firme de Dilma em favor da descriminalização. “Temos uma legislação no Brasil sobre essa questão e sou a favor de mantê-la. O que acho é que mulheres enquadradas naquela situação têm direito de fazer na rede pública, e se tem de tornar isso acessível. Senão fica a seguinte situação: mulheres ricas têm acesso a clínicas, mulheres pobres usam a agulha de tricô”, disse ela na ocasião.

Ao que parece, o PT precisa ser um pouco mais incisivo no tema para fazer jus a toda satanização promovida pelos religiosos...

quinta-feira, julho 01, 2010

PSDB quer impugnar música do Ultraje a Rigor

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O grito "Mulher pra presidente!", irresponsavelmente inserido por Roger Rocha Moreira na letra de "Eu gosto é de mulher", de 1987, tem conotação explícita à candidatura de Dilma Rousseff nas eleições deste ano. Absurdo! Cadê o TSE que não toma uma providência? E "Presidente" ainda é marca de um conhaque não muito recomendável, uma alusão nada sutil ao companheiro Lula...



Ps.: Esse videoclipe do Ultraje a Rigor foi gravado "na clandestinidade", às pressas, pois o manguaça Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo, não havia permitido que a banda tocasse na Avenida Paulista.


Em tempo:
Para entender a história:  PSDB pede proibição de música do Ultraje a Rigor por causa da expressão “mulher pra presidente”, do Notícias Globais, portal que promove o "jornalismo com a credibilidade que você merece". E a história repercutiu: Roger comenta boato sobre PSDB proibir música do "Ultraje".
O post claramente aposta no humor e na ironia para comentar o caso.

domingo, maio 16, 2010

Irritação de Serra tem nome. Ou melhor, números

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É fato que o nefasto José Serra (à direita) nunca foi educado ou uma flor de delicadeza, mas mesmo os tucanos mais ferrenhos estranharam seu destempero recente em algumas entrevistas para TV e rádio. Por que tanta irritação? Serra não lidera as pesquisas de intenção de voto? Pois é exatamente aí que está a raiz do nervosismo do tucano: ontem, o Vox Populi divulgou pesquisa encomendada pela Rede Bandeirantes que mostra Dilma Rousseff à frente, com 38%, contra 35% de Serra. A Globo fez que não viu. E pesquisa interna do PT paulista mostra que o chuchu Geraldo Alckmin está muito longe dos 53% que a Datafolha mostrou em março, na disputa pelo governo de São Paulo. Será que ele também vai começar a brigar com jornalistas?

quinta-feira, abril 15, 2010

Terceira invasão do site do PT bota fogo em campanha virtual

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Pela terceira vez o site do PT foi invadido por hackers que, desta vez, postaram mensagens de apoio ao pré-candidato a presidência pelo PSDB, José Serra. A ação dá uma dimensão da guerra virtual que está instalada e o futuro, nada amistoso, das relações entre militantes do PT e do PSDB. Além disso, o fato também mostra até onde podem ir as práticas obscuras no desenrolar destas eleições.

Futepoca eleições 2010O ataque ocorreu no final da tarde de ontem, quando no portal petista foi postada uma imagem de Serra, com os dizeres “Vote 45”. A mensagem também trazia o slogan da campanha tucana “O Brasil Pode Mais” seguido de “PSDB Hackers". Depois disso, os usuários que acessavam o site eram redirecionados para a página oficial do partido tucano.

A primeira invasão ocorreu em novembro de 2009, quando o portal foi atacado por defacers (especialistas em invadir sites e alterar suas páginas principais com mensagens de protesto) que trocaram a página principal por uma mensagem ao presidente Lula que dizia "Lula você é o cara, mas apenas um no país não vai resolver milhões de problemas. Armas não fazem o destino de um homem, mas pode por em risco toda a humanidade". A invasão foi filmada e pode ser vista aqui. Na última segunda-feira, 12 o site ficou fora do ar por mais de 24 horas após uma nova invasão.

Mídia e guerra virtual

A invasão virou notícia nos jornalões do país. A Folha de S.Paulo publicou matéria nada tendenciosa com o seguinte titulo “Site do PT é invadido, e partido insinua que a culpa é da oposição”. Se o site tucano fosse invadido por pessoas se intitulando petistas, certamente o tratamento seria o mesmo... Já O Globo deu a nota “Pirataria Virtual invade site do PT”, enquanto O Estado de S.Paulo publicou a melhor matéria sobre o assunto, intitulada “Partidário de petista e de tucano se digladiam na web”, a matéria dá dimenssão da guerra virtual que está acontecendo e chama atenção para ação de hackers que andam realizando o “google bombing”, para associar o termo de busca “mentiroso” a Lula. Fora isso, existe o tal dossiê virtual que circula por e-mails contra a petista Dilma Rousseff, atribuindo a ela crimes como formação de quadrinha na época da ditadura.

Por fim, o Correio Braziliense não deu uma linha sobre o assunto, mas antecipou que a página virtual da ex-ministra do governo Lula, será lançada na próxima segunda-feira. Segundo a matéria “Mais uma frente virtual”, o site tem como proposta “tornar o endereço uma fonte direta de interação entre militantes e simpatizantes de sua figura”. O lançamento acontecerá uma semana após Dilma ter aderido ao microblogue Twitter e chegar, após cinco dias do lançamento, a quase 25 mil seguidores.A candidata Dilma Rousseff em sua sua estréia no twitter. O uso do navegador "Internet Explorer" para a tuitagem foi alvo de polêmica e criticas da comunidade Software Livre. Foto: Roberto Stuckert Filho/Flick

Já do lado dos tucanos, nem só de ataques apócrifos está se estruturando a campanha. José Serra, que tem mais de 200 mil seguidores no Twitter, lançou sua candidatura no último sabado em Brasília e além da “militancia cheirosa” se utilizou da web para fazer barulho. Foram mais de 20 computadores conectados à internet, para apresentação de espaços da militância tucana em mídias sociais como Twitter, Orkut, Facebook e YouTube e a utilização de um telão de LED, que exibia a página no ex-governador no Twitter, com as postagens mais recentes, e a transmissão ao vivo da cerimônia. A mesma tática foi usada pelo PT, em seu Congresso de 25 anos, onde postagens com a tag #congressopt eram selecionadas e projetadas em um telão, além da transmissão do lançamento da candidatura de Dilma.

domingo, abril 11, 2010

Para jornalista, encontro do PSDB tem massa cheirosa

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Quando vi o vídeo da jornalista Eliane Cantanhêde, falando sobre o encontro do PSDB, que oficializou a candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra ao Planalto, desacreditei. Fui até o portal da “empresa jornalistica” para checar se era ou não uma montagem. E para surpresa, não era...

Cantanhêde, toda eufórica e serelepe, realmente anunciava que o Congresso do PSDB estava “diferente”, com muita “gente", "muita bagunça", "muita confusão" e, citando um off qualquer, disse que até parecia que o PSDB "estava virando um partido popular, de massa". Só que com aquela diferença... “Partido de massa, mas uma massa cheirosa".
Taí, depois o pessoal reclama que a “patrulha da lama” tá perseguindo...

Vale a pena assistir!

segunda-feira, março 22, 2010

A um passo do Manguaça Cidadão

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O governo federal estendeu aos funcionários comissionados do Executivo o ressarcimento dos gastos com combustível para aqueles que utilizam seus próprios veículos no trabalho. A oposição apelidou o benefício de "Bolsa Combustível". Olha aí: na linha dos inflamáveis, chegou a hora de retomar o projeto Manguaça Cidadão, bandeira social hasteada pelo Futepoca como complemento do Bolsa Família. Vai encampar, Dilma?

segunda-feira, março 08, 2010

Estadão 'militante' põe faca no pescoço de Serra

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Como o (des)governador de São Paulo, José Erra, digo, Serra, não sai mesmo da moita, o jornal Estadão, impaciente para dar início à sua incansável militância tucana, chamou o cabra na chincha em pleno editorial da edição de domingo, intitulado, com indignação indisfarcável, de "O candidato clandestino". Além de citar (e com isso reforçar) "a arrogância de lideranças políticas (José Serra e Fernando Henrique) que pressionam Aécio para aceitar a vice", o texto reconhece, com temor, que "o contraste entre a desenvoltura de longa data da operação Dilma e o tardio despertar da oposição para o imperativo de tirar Serra do lusco-fusco em que escolheu permanecer serviram até agora para debilitar eleitoralmente o governador".

E o Estadão ainda toca na delicada hipótese de Serra desistir de disputar a Presidência da República para tentar a reeleição em São Paulo, advertindo que "essa hipótese é desonrosa para o governador". O grand finale é faca no pescoço total: "A esta altura, ou ele (Serra) disputa o Planalto ou sai da vida pública. Como a sua escolha está feita, já passou da hora de ser coerente com ela. A oposição precisa de um candidato que vá para a batalha pela porta da frente" (parece pai chamando a atenção de filho!). A pergunta de Carlos Drummond de Andrade nunca foi tão apropriada: - E agora, José?

quinta-feira, março 04, 2010

É de matar...

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O mais perigoso de ler jornais é acreditar neles. Até bem pouco tempo, a imprensona brasileira fazia ilações estapafúrdias entre Lula e o venezuelano Chávez para garantir aos incautos, com todas as letras, que nosso presidente também daria o golpe do terceiro mandato. Sim, nosso presidente já ultrapassou os 80% de popularidade, mas essa ideia nunca o atraiu, como ele fez questão de declarar. Aliás, muito antes de se falar em terceiro mandato, quem deu o golpe da reeleição foi outro presidente, aquele que fala francês (e diz muita besteira em português, mesmo). Bom, pra encurtar, creio que houve alguém que leu sobre o terceiro mandato de Lula, acreditou e imaginou uma ficção sobre o assunto, para ser lançada, convenientemente, no ano das eleições - e que fica agora meio patética, com a confirmação da candidatura da ministra Dilma Rousseff. Não bastasse o furo n'água, pois Lula não é candidato a nada, o livro, que será lançado dia 17, em Florianópolis, não prima pelo bom gosto do título nem pela pérfida sugestão do enredo:

"Quem Matou Lula da Silva?", de Ubaldo C. Balthazar (Cia dos Livros). Sinopse: Mistério. Suspense. Intrigas. Um candidato à Presidente da República é assassinado às vésperas das eleições. Mesmo assim, ele ganha as eleições... Ou não será ele? Ubaldo César Balthazar envolve o leitor a cada página desse romance policial moderno e brasileiríssimo, tecido com inteligência e refinado humor! "Até hoje, muita gente (de esquerda, principalmente) não perdoa o atual Presidente brasileiro pela transformação sofrida. Daí que uma explicação possível tenha sido uma troca por um sósia fisicamente perfeito, mas de ideologia nem tão igual. Por isso, meus agradecimentos ao Presidente Lula, pela ideia..." (o autor)

"Quem matou Lula?". Como diria DeMassad, "não dá ideia, não dá ideia..."

Ps.: E difamam a manguaça, na capa, sugerindo que Lula seria morto no bar.

sábado, fevereiro 20, 2010

Serra contra a liberdade de imprensa

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Ué! Mas não era a Dilma a ameaça à liberdade de imprensa?

Então, de acordo com uma nota do Blue Bus (que provavelmente é o veículo mais distante de coloração política que eu poderia citar aqui), não. Uma nota publicada ontem informa que o Discovery Channel quer usar o desabamento nas obras da Linha 4 do Metrô - que matou 7 pessoas - em um documentário.
Só que o Metrô, leia-se Governo Estadual, impediu que os técnicos do IPT que trabalharam no laudo técnico da tragédia dessem entrevistas.
Abaixo, a nota completa:

O desabamento nas obras da estaçao do Metrô Pinheiros (zona oeste de Sao Paulo) em 2007 pode virar documentário no Discovery Channel. A ressurreiçao do assunto, no entanto, esbarrou na direçao do Metrô. No mês passado, produtores do canal tentaram entrevistar dois geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), responsáveis pelos laudos do acidente. O instituto, que se pronunciou à imprensa na época da conclusao dos laudos, proibiu seus técnicos de falarem ao canal. Na ocasião, o Discovery argumentou ao IPT que queria enquadrar a tragédia da cratera do Metrô em um documentário sobre desastres naturais, mas, mesmo assim, nao obteve as entrevistas. O IPT, via assessoria de imprensa, diz que, para se pronunciar, depende da autorização do Metrô. Alega que há uma cláusula de sigilo em seu contrato sobre o trabalho executado no acidente da Linha 4.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Notas carnavalescas

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Influenciado por minha namorada, acompanhei com mais afinco que o normal os desfiles das escolas de samba deste ano, especialmente as do Rio. Vi diversas manifestações de manguacismo explícito e resolvi relatá-las resumidamente.

Tequila – a Viradouro levou à avenida um enredo sobre o México e passou, obviamente, pela tequila: “Arriba, Viradouro! Uma tequila pra comemorar! O lenço vermelho, sombreiro na mão, o México em cores vou cantar!”

Invasão frustrada – diversas celebridades marcaram presença na festa de Momo, nacionais e internacionais. A mais ilustre certamente foi Madonna, nova aliada de José Erra, quer dizer, Serra, que se empolgou tanto com o mé e o colorido da festa que tentou invadir o desfile da Imperatriz Leopoldinense, chegando a atrapalhar a evolução da escola. Sérgio Cabral (PMDB), que recebia a cantora em seu camarote, tentou ajudar na carteirada de Madonna, mas em vão. Derrotados, governador e estrela pop voltaram para a companhia do prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) e da ministra Dilma Roussef (PT), no camarote do mandatário estadual.

Democracia – A pré-candidata petista à presidência também teve seu momento manguaça, mas muito mais descontraído: sambou com um gari antes da festa, mostrando seu comprometimento com as bases. O parceiro é Gilson Lopes, 47, que disse que a coroa “samba bem”.


Reincidência - Outra que apareceu na Marques de Sapucaí foi a socialite gringa Paris Hilton. Manguaça contumaz (que disse que se regenerou...) com mais de uma condenação por dirigir embriagada, Paris não perdeu a chance de encharcar no Rio de Janeiro.


Homenagem – Mas a menção mais ilustre à cultura manguaça veio da Vila Isabel, que em seu enredo homenageava ninguém menos que Noel Rosa, como já antecipado aqui. Como o sambista conhecia do riscado, já na comissão de frente, os passistas transformavam seus violões em uma mesa de boteco que era saudada efusivamente.


Cinzas – Aproveitando o tema carnavalesco, faço publicamente proposta para análise e possível inclusão no programa Manguaça Cidadão, plataforma defendida por estes e outros cachaceiros como eixo de desenvolvimento econômico e social do país. Trata-se de Segunda-feira de Cinzas. A idéia surgiu ontem, na quarta ou quinta vez que tive que me lembrar de que não era segunda-feira.

A intenção é diminuir o sofrimento semanal imposto à população pelo início de uma nova semana adotando em todas as segundas-feiras o expediente de Cinzas, ou seja, começando às 13h. Isso causaria menos sofrimento ao trabalhador, que teria mais produtividade. Além disso, daria um novo sentido às tardes e noites de domingo, hoje utilizadas basicamente para lamentar o fim do fim de semana. É possível pensar até mesmo em uma melhoria na qualidade da programação televisiva destes horários, que passariam a concorrer com o bar. Só vantagens! Consigo apoios para a medida?

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Que marchinha foram fazer pra Dilma...

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Aproveitando o clima carnavalesco, alguém fez uma marchinha de "apoio" à Dilma Rousseff. A letra, abaixo, é um primor:

Depois do cara a gente vota é na coroa
A gente quer
É gente boa
Deixa o Lulinha sair
Deixa a Dilminha entrar
Porque assim o Brasil não vai parar... 


Fico em dúvida se foi um aliado ou um adversário que fizeram essa música. E, embora imagine que o Olavo vá contestar, "votar na coroa" é de um machismo primário, até porque o Lula ou o provável adversário de Dilma, José Serra, são mais velhos que ela e não são chamados pela mesma alcunha....


Em tempo: como toda marchinha e/ou música ruim, essa fica na cabeça também. Aprecie (sic) com moderação.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Serra usa a Folha para 'limpar' FHC

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Depois de ter gasto muito papel e tinta detonando o prefeito Gilberto Kassab (DEM) por causa das enchentes em São Paulo, na tentativa de descolar a culpa do governo do Estado (uma ofensiva surpreendente, pois antes Kassab era explicitamente poupado), a Folha de S.Paulo cumpre nesta terça-feira um novo servicinho para José Serra (PSDB): rebater o inconveniente Fernando Henrique Cardoso, que no domingo passado usou o jornal concorrente O Estado de S.Paulo para publicar um artigo em que ataca grosseiramente o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff.

Sob o título "FHC reitera crítica a Dilma e contraria estratégia de Serra", o texto da página A4 de hoje apressa-se em acalmar o eleitorado tucano ao explicar, didaticamente, que, "se dependesse de Serra, FHC ficaria afastado da linha de frente da campanha, mas o ex-presidente avalia que, se o partido não defende seu governo, cabe a ele fazer esse debate". A Folha ainda futuca a ferida ao lembrar que, nas duas últimas eleições, os candidatos Serra e Geraldo Alckmin não defenderam os dois mandatos de FHC - que, em todas as vezes que abriu a boca, como agora, tirou muitos votos dos dois colegas.

Não contente, a Folha ainda usa a página A6 para dizer que "FHC cita méritos e omite erros". Há um quadro dizendo que o ex-presidente omitiu fatos em seu artigo sobre a redução da pobreza, o salário mínimo, os rendimentos dos trabalhadores e a dívida pública. "Em exatas 998 palavras e cifras que descem a minúcias não há uma única menção, no exemplo mais flagrante, ao crescimento econômico". Ou então: "O artigo dribla o incoveniente com saltos nas datas. Recorda-se, por exemplo, que, 'com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total' e depois menciona-se a taxa de 18% registrada em 2007, já sob o governo Lula". Quem diria, hein, Otavinho?

Essa súbita lucidez da Folha está com toda cara de querer avacalhar FHC e seu governo para que fique afastado e desgrudado da campanha do queridinho Serra. Tanto que, na página A7, com foto imensa, colorida e mostrando um sorridente (des)governador de São Paulo sentado em meio a criancinhas negras e felizes, há uma enorme matéria/release não-oficial com o propagandístico título "Serra estuda pacote para atender servidores".

Serviço completo, não parece? Um desagravo na primeira matéria, explicando que FHC pode dizer e passar o vexame que quiser, mas Serra não tem nada com isso (nem com o que ele fez na Presidência da República); outro texto complementar na sequência, desacreditando mais ainda o ex-presidente; e a imensa propaganda do candidato tucano como grand finale, com todo o destaque e foto simpática no alto de uma página ímpar. Deve ser por isso que o slogan da Folha fala em "rabo preso". E que seu departamento comercial tem um rato como símbolo...

Sorria, meu bem, sorria:

"A história vai acabar por reconhecer que nós mudamos o Brasil. Digo nós, não digo eu, incluo Lula nisso porque não sou mesquinho."
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República
(Folha de S.Paulo, 09/02/2010, pág.A6)

"Agora, o que me preocupa neles [Lula e Dilma] é que o governo não investiu. Eles vão nos deixar uma herança maldita. Porque a capacidade de investimento no País está zerada."
José Aníbal, deputado federal pelo PSDB-SP
(O Estado de S.Paulo, 09/02/2010, pág.A4)


Como? Foi o FHC que melhorou o Brasil?? E o governo Lula não investiu e é uma "herança maldita"?!? Não dá. Acho que vou tomar uma cerveja...

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Ôôôô...o FHC voltou, o FHC voltou, o FHC voltou...

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Eleitores e simpatizantes da ministra Dilma Rousseff (PT) para a presidência da República podem comemorar: driblando a vigilância do PSDB, o língua de trapo Fernando Henrique Cardoso (à direita) distribuiu ontem, em artigo no Estado de S.Paulo, mais pérolas de sua inesgotável e autosuficiente sapiência. Depois de quase ter enfartado com o prêmio de Estadista Global concedido a Luiz Inácio Lula da Silva, FHC desceu às raias do desespero em seu texto ao classificar nosso atual presidente de "tosco", "mentiroso" e "dissimulado". E a baixaria não parou por aí.

O artigo, intitulado "Sem medo do passado" (óbvio que ele não tem medo, quem tem somos nós!), ainda compara Dilma a "um boneco", manipulado pelo "ventríloquo" Lula. E emenda trechos risíveis como "É mentira dizer que o PSDB 'não olhou para o social'. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área". Fez mesmo? E fez o que? Por que não diz? Mais pra frente, FHC, o eterno "sociólogo que falava francês", que chamou os aposentados de vagabundos e as críticas de "nhém-nhém-nhém" reveste-se agora de indignação e chama Lula de "autoritário" e "de direita" (!): "Por trás dessas bravatas estão o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. (...) Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita".

Mudo e escondido nesses tempos de enchentes e escalada da violência no abandonado estado de São Paulo, o (des)governador e provável candidato à Presidência José Erra, digo, Serra, deve estar com vontade de mandar matar o coleguinha tucano - ou, pelo menos, de cortar sua língua. Para nosso deleite, FHC perdeu mais uma chance de permanecer calado.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Pesquisa CNT/Sensus: a manchete alarmante que ninguém deu

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A 100ª pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) foi divulgada nesta segunda-feira (1º) e todos os veículos optaram por manchetes corretas, mas surpreendentemente favoráveis à pré-candidata petista Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Realmente a vantagem de intenção de votos de José Serra (PSDB), governador de São Paulo, caiu para 5,4 pontos percentuais, menor do que a soma de margem de erro – de três pontos para mais ou para menos. É o limte da margem, mas é a margem.

Outras possibilidades seriam dizer que Dilma subiu 6 pontos ou que a diferença caiu quase pela metade. Ou ainda que Ciro Gomes despencou, pela primeira vez aparece atrás de Dilma numa simulação de improvável segundo turno.

Mas nenhuma dessas é a manchete alarmante.

O Marcão já havia alertado, em 2008, que Lula já era mais popular do que futebol e cerveja.

Agora, o dado assustador é que 67,4% dos 2 mil entrevistados são contrários ao uso de bebidas alcoólicas. A parcela é apenas sete pontos menor do que a rejeição ao cigarro.

O detalhe é que o Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado em 2007, apontava que 52% das pessoas bebiam. Segundo a Veja, "quase 70 milhões de brasileiros bebem" (36,6% de 191 milhões, segundo estimativa do IBGE de agosto).

Seja de acordo com os dados do Levantamento, produzido pelo Ministério da Saúde, seja na estima tiva sem menção a fontes da revista da Abril, há uma sobreposição de pelo menos 4% e no máximo 20% da população que bebe mesmo sendo contra o hábito.

No caso dos fumantes, 17% (24,6 milhões) têm o cigarro como hábito. É compatível com o nível de rejeição do tabagismo.

Independentemente da sobreposição, que realmente preocupa, o que impressiona é pensar que dois terços da população são contra bebidas alcoólicas.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Corintiano Lula ganha o dia em cima do palmeirense Serra

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Enquanto o clima esquenta na pré-campanha eleitoral entre petistas e tucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo e pré-candidato José Serra (PSDB-SP) trocaram provocações de torcedor nesta sexta-feira (22).

Foto: Ricardo Stuckert/PR

"Corintiano não vota em palmeirense, Serra", teria dito Lula,
segundo fontes não confiáveis


Na cerimônia de inauguração das novas instalações da fábrica Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira (SP), o governador que acha que futebol e política não se misturam foi quem começou. Ele reclamou da informação de que o município teria apenas corintianos e são-paulinos, quase nenhum palmeirense, seu time do coração.

Serra pediu para a plateia confirmar sua informação. Não deu outra: pouca gente levantou a mão. “Vocês vejam que o governador não pode ser perfeito”, desconversou o pré-candidato.

Foi o que bastou.

Lula não teve compaixão do minoritário palestrino. "Foi Deus que botou na cabeça do [ministro da Saúde José Gomes] Temporão a ideia de me convidar para vir aqui hoje. Não tem nada mais importante para um corintiano do que ver um palmeirense perceber que tem tão pouco palmeirense aqui e maioria corintiana. Serra, já ganhei o dia hoje aqui”, afirmou.

Na quinta-feira, 21, os presidentes do PSDB e do PT trocaram farpas por meio de notas em seus sites. O senador Sérgio Guerra repetiu, qual um mantra, que a pré-candidata petista Dilma Rousseff é mentirosa. Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, presidentes atual e eleito do PT responderam acusando o tucano de ser "jagunço" de Serra. A tréplica pode vir na Justiça.

Antes que alguém pergunte, Dilma Rousseff é torcedora do Internacional de Porto Alegre-RS.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Contra FHC, qualquer um ganharia para presidente

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O dado mais significativo da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje não é a diferença de apenas 10 pontos percentuais entre o preferido nas intenções de voto, José Serra, do PSDB (31,8%), para a segunda colocada, Dilma Rousseff, do PT (21,7%). Para mim, o maior aval que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber da população é que 49,3% responderam que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Isso significa simplesmente que qualquer um, mas QUALQUER UM mesmo, até o bonecão inflável do posto de gasolina, ganharia em primeiro turno contra um candidato de FHC. Impressionante! Conhecendo o mau gênio do governador de São Paulo, eu temeria pela minha vida se fosse o Fernando Henrique...

Mas o folclórico presidente que falava francês continua dando motivos e mais motivos para amealhar a antipatia popular. Senão, vejamos:

Não fumou e não gostou, mas defende
Incomodado com a popularidade de Lula (segundo a mesma pesquisa CNT/Sensus, 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado pelo presidente da República, ao mesmo tempo que sua aprovação pessoal subiu para 78,9%), FHC arrumou mais um factóide para voltar à mídia. Como forma de rivalizar com a polêmica criada pelo filme "Lula, o filho do Brasil", que será visto pelo protagonista em São Bernardo do Campo, Cardoso resolveu tocar em um ponto melindroso de sua carreira (ops), a maconha. Mesmo jurando que não fumou e não gostou, o tucano aparece no documentário "Rompendo o silêncio", do xará Fernando Grostein Andrade, defendendo a descriminalização da Canabis sativa, como integrante da Comissão Latino Americana de Drogas e Democracia. Pois é, a democracia permite a circulação de drogas. Prova disso é o próprio FHC, que circula livre por aí.

Um pé na cozinha, outro na cozinheira
Há 15 anos, quando venceu as eleições para presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique se enrolou ao responder questões sobre a miscigenação brasileira por afirmar que também tinha "um pé na cozinha" - o que ele tentou negar depois, mas a Falha de S.Paulo garantiu ter a frase gravada. Porém, só agora é que a afirmação ganha sentido, pois, segundo o nefasto Cláudio Humberto, o ex-presidente estaria para reconhecer mais um filho, Leonardo, de 20 anos, que teve fora do casamento, dessa vez com sua ex-cozinheira Maria Helena Pereira. Consta que a mulher teria ameaçado fazer teste de DNA no Programa do Ratinho (mais povão que isso, nem o Lula conseguiria ser!). Neste ano, FHC já havia decidido reconhecer Tomás, de 18 anos, fruto de outra pulada de cerca, com a jornalista da Globo Miriam Dutra (foto). Os reconhecimentos são um gesto nobre, mas pegam mal por acontecerem só agora, após a morte da esposa oficial do tucano, Ruth Cardoso. E pensar que Lula foi avacalhado pela mídia em 1989 por causa de sua filha Lurian...

Pois então: FHC é ou não é um mito? Bota ele na campanha já, Serra!

terça-feira, agosto 25, 2009

Pedro Simon dá o tom em vídeo divulgado por boletim do PSDB

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Chegou em uma de minhas contas de e-mail um boletim do PSDB com o assunto: "Lula, Collor, Sarney – você viu o que eles disseram?‏" A mensagem é assinada por Eduardo Graeff, cientista político e ex-assessor da Presidência da República.

A mensagem faz parte de uma sequência que o partido tem enviado aos contatos de seu site pedindo atualização de cadastro e apoio para a eleição de 2010. Quem mandou pedir notícias sobre a legenda?

O objetivo da ação é atrair simpatizantes para "virar o jogo" das eleições de 2010, na busca pela "a melhor equipe de apoiadores", "capaz de combater a máquina do Governo e do PT".

Para isso, usam o vídeo O Brasil não é problema deles, uma montagem de trechos de discursos de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador e ex-presidente, Lula e Dilma Rousseff (PT-RS). A estratégia é colar os petistas aos ex-mandatários da nação.

Até aí, tudo normal, estratégia de partido de oposição que também já está com os dois pés nas eleições do ano que vem. Pode-se criticar o vídeo ou elogiar a montagem ou dizer o que se quiser. Não fosse por um detalhe.

Quem dá o tom crítico à edição, aquele que manda as estocadas e ironias é ninguém menos que o tucano... Pedro Simon (PMDB-RS)?

Ué!? O senador gaúcho refere-se a seu partido como o "MDB", para lembrar que ele está lá há muito tempo. Não tem oficialmente nada de PSDB, mas está lá no vídeo como o único que não leva pedrada. E nenhum outro tucano está no vídeo. Onde estão Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE), Álvaro Dias (PR)? São 13 os membros do partido no Senado, e recorreram a um (pra lá de crítico) integrante do partido de José Sarney para fazer o trabalho.

Será que, sob os olhos do diretório nacional do PSDB, os senadores tucanos estão fora do tom?

Confira:

quinta-feira, agosto 20, 2009

Alguém me responde qual é o crime de Dilma?

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Maria Inês Nassif, no Valor, já comparou o caso com o escândalo das tapiocas, aquele em que um ministro foi acusado de cometer o crime de pagar a iguaria com um cartão corporativo.


Agora o enredo kafkiano é mais ou menos o seguinte. Uma ex-secretária da Receita Federal, assim que demitida, dá uma entrevista à Folha de S.Paulo dizendo que foi chamada ao Palácio do Planalto para um encontro secreto com a ministra Dilma Roussef no qual houve o pedido para agilizar um processo da Receita contra um dos filhos de Sarney. A ministra Dilma negou o encontro, daí armou-se o banzé.

Disseram que a ministra estava mentindo, com o agumento de que a funcionária não inventaria o encontro... O senador Simon saiu dizendo, logo depois do depoimento dela no Senado, que tinha certeza que ela não mentiria etc. Então, senador, pela lógica o senhor tem certeza que Dilma está mentindo? Fale claramente e prove...

Mas em tudo faltou responder a uma pergunta simples. Em que dia e hora ocorreu o encontro? Estranho que alguém chamado para uma conversa com a candidata a presidente da República não saiba responder a algo tão simples.

Mas vamos dar de barato que o encontro ocorreu e sei-lá-por-quê a ministra resolver negá-lo. A parte substancial do depoimento de Lina Vieira é que ela disse, literalmente, que o pedido foi para agilizar o processo e que em nenhum momento considerou o encontro como pressão para encerrar o assunto, o que os jornais insinuaram o tempo todo... Depois que ela falou isso com todas as letras, mudou o enfoque. E essa parte do depoimento sumiu.

Então, se não houve pressão para que fosse cometida qualquer irregularidade, qual o crime mesmo?

A resposta já está sendo buscada pelos grandes jornais com uma corrida desenfreada atrás do motorista que teria levado a funcionária da Receita lá ao Planalto para que ele confirme o crime de uma ministra ter encontrado uma funcionária do governo. Se isso ocorrer, a República cairá (por favor, entendam a ironia).

quarta-feira, abril 15, 2009

'Rei posto, rei morto'

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Querendo garantir que pretende ver a ministra Dilma Rousseff na presidência da República, e que, depois de quatro anos, apoiará sua reeeleição, o presidente Lula (foto) afirmou hoje que não quer ser candidato nas eleições de 2014:

"-É bobagem imaginar que daqui a quatro anos a gente vai voltar. Rei posto, rei morto."

Será?