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Por Moriti Neto
Voltando a mandar jogos no Morumbi, após a maratona de shows musicais ocorrida por lá, o São Paulo, na noite desta quinta, venceu o Barueri (futuro
Grêmio Prudentino?) por 3 a 1, de virada. Com o resultado, o time subiu para a quinta posição na tabela do Paulistão, encostando no G4, com 17 pontos.
O Tricolor teve volume de jogo, trocou bons passes e criou logo chances no início da peleja, com Jorge Wagner, aos 6 minutos, e aos 9, com Washington, que recebeu ótimo lançamento da direita, ficou cara a cara com o goleiro Márcio, mas perdeu grande oportunidade ao tentar driblar o arqueiro.
Não muito depois, veio o susto. Marcos Assunção, aos 21, em cobrança de falta e, com a colaboração de Ceni, abriu o placar. Mais uma vez, Rogério perdeu o tempo da bola e se enrolou, em nova mostra de que seus reflexos não estão em dia.
Contudo o São Paulo conseguiu manter a calma e, aos 23, Washington se redimiu do gol incrível que perdeu, e encheu o pé para empatar, depois de passe de Richarlysson.
O domínio são-paulino na partida cresceu e Marcelinho Paraíba resolveu jogar bola. Aos 38, ele fez bela jogada individual e largou Cicinho, que atuou no meio de campo, no lugar de Hernanes, que iniciou no banco, continuando o sistema de rodízio promovido por Ricardo Gomes, de frente para o gol. Mais uma boa chance desperdiçada.
Porém se os companheiros não finalizavam corretamente, Marcelinho bateu pênalti com muita categoria e virou o placar. Isso, aos 44.
Na segunda etapa, menos movimentada que a inicial, novamente foi Marcelinho Paraíba que apareceu para tornar o jogo mais agudo. Cléber Santana e Hernanes entraram para melhorar o toque de bola Tricolor, mas o nome da noite era mesmo o autor do tento da virada. Com bons dribles, passes e mais velocidade do que nos jogos anteriores, o meia atacante ainda mandou, nos minutos finais, uma cacetada no travessão do Barueri, na sequência de um passe do garoto Henrique, que entrou para substituir Washington.
Aliás, o mesmo Henrique que, aos 48, complementou bom lance de Cléber Santana, que arrancou do campo de defesa são-paulino e fez excelente assistência. A conclusão do garoto foi forte, rasteira, no canto de Márcio e garantiu seu primeiro gol na equipe profissional.
A exibição não foi de gala, mas ao menos parece que o São Paulo está com mais cara de time, de equipe com algum padrão e que jogadores importantes vão entrando em forma, exemplo de Marcelinho Paraíba. Washington continua perdendo um ou outro gol, mas dificilmente não deixa a sua marca nas redes adversárias. Cicinho ainda está fora de ritmo, Cléber Santana está em evolução e Xandão, pelo menos até agora, vem queimando minha língua e é uma surpresa boa. Faltam estrear Rodrigo Souto, Alex Silva e Fernandinho, todos previstos para o começo de março. Dagoberto, contundido, deve voltar em dez dias e Henrique, rápido e forte, pode se firmar como boa opção para o ataque.
E os dois próximos confrontos serão relevantes para mostrar se o Tricolor está mesmo engrenando. Contra o Palmeiras, no domingo, é clássico e o Verdão vem de técnico novo. Na quinta-feira, tem o Once Caldas, na Colômbia, pela Libertadores. Hora de realmente começar a perceber quem é quem no elenco.