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sexta-feira, dezembro 29, 2006

O caso Luiz Alberto

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Depois de passar alguns dias na gloriosa São Vicente (e pronto pra voltar para lá) vi que foi escrito aqui sobre o caso Luiz Alberto, zagueiro que saiu do Santos e foi para o Fluminense. Eleito um dos dois melhores defensores do Brasileirão deste ano, a diretoria da Vila Belmiro não fez muito esforço para manter o atleta.

O primeiro impasse era o salário. Quando as partes chegaram a um valor comum, veio o tempo de contrato. O Santos oferecia apenas seis meses e o jogador queria pelo menso um ano. Vários dias se passaram sem qualquer contraproposta do time da Vila Belmiro, até que o atleta cansou e negociou com o Fluminense. No mesmo dia, foi procurado por um diretor do Santos que ofereceu dois anos de contrato. Mas o zagueiro já tinha fechado um acordo e manteve a palavra.

Existe uma certa recorrência em renovações de contrato na era Marcelo Teixeira. Muitas vezes, utiliza-se a tática da "canseira". Ou seja, o jogador é tratado como um idiota, não é procurado pela diretoria que tenta pressioná-lo a aceitar qualquer coisa depois. Desta forma, o Santos perdeu Ricardinho - que recebeu somente uma proposta por parte do Peixe - e outros atletas como Deivid, que confessou a uma emissora da Baixada que o time não lhe fez qualquer proposta de renovação, sendo que ele desejava permanecer na Vila (tanto que agora até abriu uma rede de locadoras na cidade).

O episódio mais patético dos trapalhões do Santos foi a saída de Fábio Costa. Com salário de 80 mil reais, ele não recebeu qualquer contato dos santistas e, indignado, acabou indo para o Corinthians ganhar... a mesma remuneração. Dois anos depois, foi recontratado ganhando o dobro do que recebia no Parque São Jorge, mesmo tendo passado boa parte do Brasileirão na reserva da equipe.

Mas, no episódio Luiz Alberto, há um elemento a mais para justificar a patetice da diretoria. Vanderlei Luxemburgo, como se sabe, não gosta de jogadores que façam sombra a seu comando. Ao contrário, gosta daqueles típicos pelegos que são sua voz, alma e sombra nos gramados. Luiz Alberto era respeitado no elenco e os demais o chamavam de "presidente", por conta de seu comando. ao que parece, isso não agradou o treinador ególatra que preferiu trazer seu amigo Antônio Carlos - contrariando parte da diretoria - a ficar com Luiz Alberto. O zagueiro oriundo do Juventude pode até ser útil de acordo com o esquema tático, mas o médico do Santos já disse que ele não tem condições de jogar duas partidas por semana. Valeu a troca? Depois ainda põem a culpa na Lei Pelé...

5 comentários:

Anônimo disse...

Luxemburgo é um bom técnico, mas eu não sei até que ponto é benéfico para um clube deixá-lo se apoderar do mesmo, como está acontecendo com o Santos.

Anônimo disse...

Amigos do Futepoca,

Feliz 2007 pra você e sua família. Continuaremos na nossa luta diária dentro da blogosfera.

Patrick Gleber
www.blogdopatrick.blogspot.com

Anônimo disse...

A briga de poder entre os Teixeiras e o Luxemburgo está ficando cada vez pior e quem perde é o Santos... O prazo de validade do treinador é até a eliminação na Libertadores.

Anônimo disse...

Com certeza a diretoria santista está pisando na bola, além de perder jogadores importantes chegará no final do 1º semestre com a maioria do time se despedindo. Quem terá problemas com isso será Luxemburgo. Eu é que fiquei feliz, Luiz Alberto no flu!haha

Edu Maretti disse...

Aproveito para fazer um mea culpa, já que critiquei muito o Luiz Alberto, principalmente por sua pretensão a ser Luís Pereira (por exemplo, o Santos quase deixou de ganhar o decisivo jogo contra o Juventus, no Pacaembu, por 2 a 1, pelo Paulistão, o que teria acarretado a perda do título, graças a uma dessas tentativas de sair jogando como craque e tomar o gol como perna de pau). De qualquer maneira, foi um jogador importante à conquista do título, mas o pouco caso da diretoria e do técnico não foi uma "patetice", foi sacanagem mesmo, para prejuízo do Santos. A contratação do amigo de Luxemburgo AntonioCarlos é um absurdo. Concordo com o Galvão, quando diz: "O prazo de validade do treinador é até a eliminação na Libertadores".