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terça-feira, agosto 25, 2015

Contrato de professora exigia: 'Não beber cerveja, vinho ou uísque'

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Circula na inFernet um "Contrato de Professores" de 1923, mas direcionado exclusivamente às "senhoritas". Um verdadeiro show de machismo (institucionalizado): determina que a tal "senhorita" que assinasse o acordo para dar aulas num período de oito meses comprometia-se a, entre outras barbaridades, "não se casar" (!), "não andar em companhia de homens" (!!), "ficar em casa entre às [sic] 8h da noite e às [sic] 6h da manhã" (!!!), "não passear pelas sorveterias" (!!!!) e "não abandonar a cidade (...) sem permissão do presidente do Conselho de Delegados" (!!!!!). Mas não apenas isso. Também há cláusulas castradoras em relação ao fumo e à manguaça. Confiram:


Se a imagem dificulta a leitura, reforço os itens 6 e 7: "Não fumar cigarros. Este contrato ficará automaticamente anulado e sem efeito se a professora for encontrada fumando" e "Não beber cerveja, vinho ou uísque. Este contrato ficará automaticamente anulado e sem efeito se a professora for encontrada bebendo cerveja, vinho ou uísque". O contrato ainda arrematava: "Não viajar em carruagem ou automóvel com qualquer homem, exceto seu irmão ou seu pai". Se considerarmos que, de qualquer forma, uma professora já era, naquele tempo, mais independente e autônoma que as outras mulheres, fico imaginando as proibições "não escritas" às esposas e donas-de-casa da época. Impressionante.

Ps.: Segundo o leitor Renato, "este contrato é verdadeiro. Esta no livro “Trabalho docente e textos” (edição de 1995 da editora Artes Médicas, na página 68) de Michael Apple, sociólogo estudioso da área de currículo".

quinta-feira, agosto 06, 2015

"Até nas 'trompa' de lata de cerveja"

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Mick Jagger, Marianne Faithfull, Anita Palenberg e Keith Richards no Brasil, em 1968
Relendo "Vida", a autobiografia de Keith Richards (já citada neste post aqui), cheguei ao trecho em que o guitarrista fala sobre a viagem que fez ao Brasil, em dezembro de 1968, acompanhado por Mick Jagger e pelas namoradas Anita Pallenberg e Marianne Faithfull, esta última com o filho pequeno Nicholas. Foi durante a viagem de navio que fizeram de Lisboa ao Rio de Janeiro que os dois rolling stones adotaram o apelido de Glimmer Twins. Havia uma passageira, aristocrática, que eles chamavam de "Mulher-Aranha". Tanto ela como os outros ricos a bordo começaram a fazer perguntas para tentar descobrir quem eles eram. "Nunca respondemos, e um dia a Mulher-Aranha deu um passo à frente e pediu: 'Oh, nos deem uma pista, nos deem um vislumbre [a glimmer]'. Mick se virou para mim e disse: 'Somos os Gêmeos Vislumbre'", lembra Keith. "Batizados no Equador, os Gêmeos Vislumbre [Glimmer Twins] foi o nome que mais tarde usamos como produtores de nossos discos".

Os Glimmer Twins desembarcando no Rio de Janeiro, 16 dias após o decreto do AI-5
Segundo o jornal "O Estado de S.Paulo" (leia aqui), o grupo desembarcou no porto do Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 1968, apenas 18 dias depois de terem gravado, em Londres, o malfadado - e abandonado por 27 anos - filme "Rock and Roll Circus", com John Lennon, Yoko Ono, The Who, Eric Clapton, Taj Mahal e Jethro Tull. E exatamente 16 dias após o decreto, pelos ditadores militares, do nefasto Ato Institucional nº 5. Naquele exato momento, ali, na capital do então Estado da Guanabara, por conta exatamente do AI-5, os tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil estavam presos num quartel da Polícia do Exército, no bairro da Tijuca, depois de terem sido detidos, dois dias antes, na cidade de São Paulo. Alheios a tudo isso, os dois rolling stones e suas acompanhantes se instalaram no tradicional Copacabana Palace. Não demorou para que a imprensa os descobrisse e começasse o assédio - do qual eles queriam exatamente fugir naquelas "férias".

Mick, Keith e suas namoradas são flagrados na beira da piscina do Copacabana Palace
Hotel Jaraguá, na década de 1960
No Rio, Anita Pallenberg tratou de folhear uma lista telefônica em busca de um médico e, assim, confirmou suas suspeitas: estava grávida de Marlon, o primeiro filho dela e de Keith Richards, que nasceria em agosto de 1969. Depois de passarem o Ano Novo no Rio, assistindo os fogos em Copacabana, os cinco seguiram de carro para São Paulo, onde se hospedaram no Hotel Jaraguá, no Centro. Mas ficaram pouco tempo, pois havia outro destino planejado: a Fazenda Boa Vista, do amigo e banqueiro Walter Moreira Salles, em Matão, no interior paulista. "Ficamos alguns dias numa fazenda, onde Mick e eu compusemos 'Country honk', sentados numa varanda como caubóis, pés no parapeito, fazendo de conta que estávamos no Texas. Era a versão country do que se transformou no single 'Honky tonk women' quando voltamos à civilização", esculhamba Keith, em sua autobiografia. Confira a"Country honk" original:


Rara foto de Mick e Keith em Matão
Os 15 dias que passaram naquela região viraram folclore e renderam, em 2013, o documentário "Aliens 69: Quando os Rolling Stones invadiram Matão" (clique aqui para assistir), produzido por Diego Gibertoni, Fernanda Vilela, Gianfrancesco Barian, Matheus Carvalho e Rafael Zocco como trabalho de conclusão do curso de jornalismo na Uniara, em Araraquara (SP). Nos arredores do casarão da Fazenda Boa Vista, Keith Richards e Mick Jagger não só compuseram o que seria "Honky tonk women" como zanzaram pelados pelo meio do mato, espalharam dezenas de pires de papelão boiando com velas coloridas na piscina, soltaram todo o estoque de fogos de artifício que compraram em uma lojinha local e improvisaram uma festa junina, com fogueira, sanfona, crianças (!) e, lógico, regada a muitas substâncias - lícitas e ilícitas. E entre as lícitas, uma absoluta novidade em terras brasileiras: cerveja em lata.

Latas de cerveja: novidade que os Glimmer Twins trouxeram ('até nas trompa') ao Brasil
"Do nada, à tardinha, chega uma Land Rover, aquelas peruona monstro, 'até nas trompa' de lata de cerveja, de tudo que cê pensar", narra, em fluente "caipirês", no documentário "Aliens 69", Wanderley Zanoni, o funcionário da fazenda encarregado de atender os convidados famosos e supri-los, diariamente, com jornais. Ele lembra que a maior bebedeira aconteceu na tal festa junina improvisada em pleno janeiro, ao som de um sanfoneiro de 12 anos de idade. O menino emprestou o instrumento a Mick e Keith e diz que eles souberam tocá-lo. "Tomaro a noite interinha, sortaro todos os fogos que cê pensar", diverte-se Zanoni. "O que bebêro foi brincadêra aquela noite", acrescenta, no dialeto que eu, caipira de Taquaritinga, cidade vizinha a Matão, também "cunhêço dimais da conta". No fim do documentário dos estudantes, Zanoni garante que, depois que os rock stars foram embora, havia em um dos quartos ocupados por eles rastros de sapato que iam do chão até o alto da parede, como se alguém tivesse tentado andar no teto (!). "Ô, povo loco!", espanta-se.

O caipira de Matão fala sobre os Rolling Stones à EPTV, retransmissora regional da Globo
Na Plaza San Martin, em Lima
Mas a loucura não terminou em Matão. "Marianne voltou para a Inglaterra para tratar do filho, Nicholas, que tinha adoecido no navio e passado a maior parte da viagem na cabine. Assim, Mick, Anita e eu pegamos o caminho de Lima, no Peru, e daí para Cusco", relata Keith, em seu livro. No hotel, como a descarga não estava funcionando, a (gestante) Anita Pallenberg sentou-se na pia do banheiro para urinar. Prossegue Richards: "No meio da mijada, a pia desabou, caiu no chão e a água começou a jorrar de um cano enorme. Uma verdadeira comédia dos irmãos Marx". Depois de viverem mais aventuras mascando folhas de coca e assistindo o namorado gay do cônsul britânico se contorcendo em uma estranha dança no chão da casa do diplomata, Keith e Mick foram até Urubamba, uma aldeia próxima a Machu Picchu, típico "fim de mundo no meio do nada" (o blog "Andarilhos do Mundo" registraria, já em 2013: "A estação de Urubamba é bem fora de mão para a maioria das pessoas"). Segundo o relato de Keith, em janeiro de 1969 a aldeia não estava nos mapas de turismo nem dispunha de um hotel.

À imprensa peruana, os stones disseram: 'Viemos ver o efeito destruidor da cultura europeia'
Livro sobre a vinda dos Stones ao Brasil
"Conseguimos achar um bar e tivemos uma boa refeição", narra Richards, sobre um local em que, compreenderam rapidamente, ninguém fazia a menor ideia de quem eles eram. "E agora, alguma chance de dormir um pouco? No princípio, ouviu-se na sala uma porção de nãos, mas eles notaram que tínhamos um violão conosco. Cantamos para eles por cerca de uma hora, tentando apresentar qualquer coisa antiga que a gente lembrasse. Parecia que tínhamos de obter o voto da maioria para sermos convidados a dormir no local. (...) Toquei alguns trechos de 'Malagueña' e mais umas coisas que pareciam ter um tom vagamente espanhol (...) Finalmente, o senhorio avisou que podíamos ficar em dois quartos no andar de cima. Foi a única vez que Mick e eu cantamos em troca de hospedagem". Do Peru de volta para a Inglaterra, depois de tantas aventuras e desventuras, Richards e Jagger gravaram o álbum "Let it bleed" - "Deixa sangrar", sacanagem com "Let it be" ("Deixa estar"), dos Beatles -, que incluiu a versão roqueira de "Honky tonk women".

Mas faria todo sentido, ao menos pra eles, se tivessem incluído no disco a valsa tradicional "Saudades de Matão", música de João Galati e letra de Pedro Perches de Aguiar (que, quando a escreveu, residia na minha cidade natal - leia aqui). Encerro o post, abaixo, com a clássica versão gravada por Tonico e Tinoco. I know, it's only moda de viola, but I like it.



P.S.: No livro "Magical Mystery Tour" (Editora Seoman, 2005), Tony Bramwell, um dos assessores do Beatles, dá um motivo diferente para a viagem de Jagger e Richards ao Brasil. Segundo ele, a dupla estava fugindo das artimanhas do empresário Alen Klein, que já os havia enganado (e que, muito tempo depois, seria preso por crimes contra a receita federal nos Estados Unidos). Um ano após a aventura na América do Sul, quando souberam que Klein estava tentando se tornar o empresário dos Beatles, os Stones correram para alertar John Lennon. "Fiquem longe dele. Ele sacaneou a gente, cara", disse Mick Jagger, segundo Bramwell. "Tivemos que fugir para a porra de Matão para escapar", frisou Keith Richards. Bramwell conta que o guitarrista prosseguiu (os grifos são meus): "Foi lá que surgiu Honky Tonky Women. Estávamos em uma fazenda no meio do inferno em Matão, no Brasil, e havia mais caubóis do que no Texas. Eu e Mick estávamos em frente à varanda fazendo aquelas coisas de fazenda que adoro fazer. Seguimos a linha Hank Williams, bebendo caixas de Jack Black e cerveja e usando os trajes. Toquei para ele uma coisa que chamei de 'Country Honk'. Tocamos bem devagar e trabalhamos nela até que dissemos, meu Deus! Não podemos mostrar isso para os Stones. Vão rir de nós. O quê? Charlie? Bill? Nunca! Eles vão largar os instrumentos e correr para o bar. Mas mostramos. Arriscamos e talvez tenham sido as palavras, sei lá, mas eles gostaram da batida e ela ficou mais alta, mas ainda era country". Foi então que Jagger fez uma observação para Lennon que guarda muita relação com o preconceito sofrido pela música caipira em terras brasileiras: "Mas só nos Estados Unidos entenderam. Eles não se importavam. Aceitaram a música e gostaram, mas se fosse na Inglaterra, se dissesse que estava fazendo uma música country, ririam na sua cara. Ainda riem". Tony Bramwell completa: "É engraçado, mas eu ainda adoro essa música. Escrita pelos dois talentos de Dartford Kent [Mick & Keith] enquanto bebiam e brincavam de serem vaqueiros no fim do mundo, em fuckin' Matão. Este é o mundo da música".


quarta-feira, janeiro 07, 2015

Glückliches Jahr Alt! (Feliz Ano Velho!)

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quarta-feira, agosto 27, 2014

O time do povo (rico)

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Alexandre Padilha: só 5%? Será mesmo?
Pesquisas, principalmente sobre futebol, política ou cachaça (marcas de cerveja preferidas, por exemplo) sempre rendem polêmica, espalham a cizânia e arregimentam batalhões de descrentes. Afinal, muitos desconfiam que qualquer pesquisa pode justificar qualquer coisa que se pretenda, mesmo que não reflita exatamente a realidade. Quer uma prova? Pesquisa do Ibope divulgada ontem insiste em apontar que o candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, tem apenas 5% de intenções de voto - quando, nas últimas três eleições, os candidatos a governador por esse partido nunca ficaram com menos de 30% dos votos válidos no final das apurações, vide Aloizio Mercadante (35,23% em 2010 e 31,68% em 2006) e José Genoino (41,36% em 2002). Enfim, Padilha, menos popular e com menos "estrada" política que seus antecessores, pode nem chegar perto de 30%, mas, com certeza, o eleitorado fiel ao PT em terras paulistas é, inegavelmente, superior a 5%.

Buenas, um dia depois, sai outra pesquisa do (mesmo) Ibope para apimentar ainda mais os discursos de mesa de bar. Periodicamente, o jornal Lance! publica um "raio-X" das maiores torcidas de futebol do Brasil. Já havia feito isso em 1998, 2001, 2004 e 2010, e repete a dose agora. A edição desta quarta-feira do jornal publica em quatro páginas a pesquisa mais recente, mostrando que as cinco maiores torcidas continuam as mesmas do levantamento anterior, mas com oscilações: o Flamengo tem 32,5 milhões de torcedores (participação de 16,2%, com variação negativa: - 1%), o Corinthians, 27,3 milhões (13,6% do total e variação positiva de 2010 pra cá: + 0,2%), o São Paulo, 13,6 milhões (6,8% dos torcedores brasileiros hoje, mas com variação negativa: - 0,2%), o recém-centenário Palmeiras tem 10,6 milhões (5,3% e também com variação negativa: - 0,7%), e o Vasco, quinto colocado, tem 7,2 milhões de torcedores (3,6% do total e queda nos últimos quatro anos: - 0,5%).

Títulos relevantes = aumento de torcida
Até aí, nada de muito surpreendente. Natural que tenha caído o número de flamenguistas, são-paulinos, palmeirenses e vascaínos, que não comemoraram nada de relevante de 2010 pra cá, considerando que os títulos da Copa do Brasil de 2011 do Vasco, de 2012 do Palmeiras e de 2013 do Flamengo não dizem muita coisa, visto que o primeiro está na Série B, o segundo esteve lá ano passado (e ronda a zona de rebaixamento atualmente) e o terceiro também não vai muito bem das pernas. Em contraposição, o Corinthians, único deles que teve crescimento de torcida, venceu simplesmente o Brasileirão, a Libertadores e o Mundial no período. Outra prova de que o raciocínio faz sentido é que, em 2010, o sexto colocado no ranking das maiores torcidas era o Grêmio, que agora foi ultrapassado por Atlético-MG e Cruzeiro. Também neste caso, o clube gaúcho não ganhou nada de expressivo nos últimos quatro anos, enquanto atleticanos venceram a Libertadores e cruzeirenses ganharam com folga o Brasileirão de 2013 e caminham para o bicampeonato.

O que não impede, lógico, que torcedores de todos esses clubes discordem e contestem (com indignação) a pesquisa feita para o Lance!. Por isso mesmo, o jornal joga ainda mais gasolina na fogueira: contrariando um dos maiores estereótipos do futebol paulista (e brasileiro), o líder entre os torcedores mais ricos - com renda acima de dez salários mínimos, ou R$ 7.240,00 mensais, em valores atuais - é o... Corinthians (!).


Sim, o decantado time "do povo" tem nada menos que 17% de torcida entre esse abastado público, superando de longe o Flamengo (10,9%) e o Atlético-MG (10,1%). O São Paulo, tido como time "dos ricos", aparece somente em quarto lugar, com 9,2% desse público. E o Fluminense, outro clube taxado de "aristocrático", está apenas na 10ª posição, com 1,7% do povo que ganha acima de dez mínimos, empatado com Vasco, Botafogo e Santos. E atrás de Palmeiras (8,4%), Grêmio (5,9%), Cruzeiro (5%), Internacional (2,5%) e Sport (2,5%).

Sanchez tem razão ao cobrar mais
Engraçado é pensar que essa liderança do Corinthians entre os torcedores mais ricos dá total razão para o Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, que vem comprando briga e enfrentando protestos ao dizer que os elevados preços de ingresso no Itaquerão não vão baixar e que, para além disso, o valor precisa subir quase 50%. Faz sentido, considerando o levantamento do Ibope. Enquanto isso, o Flamengo ganha argumento para reivindicar, para si, o posto de verdadeiro "time do povo" brasileiro: na pesquisa do Lance!, o clube é, disparado, o que possui maior torcida entre os mais pobres (que ganham até 1 salário mínimo, ou R$ 724,00 mensais): 20,8%, o dobro do Corinthians (10%). Na sequência, a maior parcela de torcedores pobres é do São Paulo (5,6%), Palmeiras (4,4%), Vasco (4,4%), Sport (4,2%), Santa Cruz (4%), Bahia (2,3%), Vitória (1,6%), Ceará (1,5%), Internacional (1,1%), Botafogo (1,1%), Grêmio (1,1%), Atlético-MG (0,5%), Santos (0,5%), Fluminense (0,4%) e Atlético-PR (0,1%).

Em tempo: pesquisa do Ibope foi feita com 7.005 entrevistados, incluindo torcedores entre 10 e 16 anos, em todos os Estados e Distrito Federal, com margem de erro de 1 ponto.

E, garçom, traz mais cerveja. Porque essa discussão vai longe, muito longe...

sábado, julho 12, 2014

A Laranja contra o bagaço - Brasil e Holanda disputam o 3º lugar da Copa

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Seleção tenta apagar péssima impressão do vexame contra a Alemanha, Holanda busca manter invencibilidade na competição

Brasil e Holanda entram em campo hoje para tentar superar o trauma das semifinais. A partida, que será disputada em Brasília, no Estádio Mané Garrincha, às 17h, dará à seleção de Felipão a oportunidade de apagar ao menos um pouco o resultado vexatório contra a Alemanha, enquanto o treinador Louis Van Gaal, após desdenhar do duelo, busca na manutenção da invencibilidade uma forma de motivar seus atletas.

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Disputa de 3º lugar nem sempre é jogo chato 

A disputa do terceiro lugar, desprezada publicamente pelo técnico da Holanda Louis Van Gaal, sequer existe em algumas competições e modalidades. No tênis, por exemplo, tal duelo não costuma acontecer e mesmo em Mundiais, em duas ocasiões, 1930 e 1950, não houve jogo pelo bronze do torneio. Ainda assim, o fato de a partida contar com seleções já desobrigadas pode resultar em pelejas emocionantes e com muitos gols.

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sexta-feira, julho 04, 2014

James Rodríguez, o camisa dez da Colômbia que quer fazer história

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Dezesseis anos depois de participar de sua última edição de Copa do Mundo, a Colômbia voltou a jogar um Mundial e conseguiu sua melhor campanha em todos os tempos. Foi quem conseguiu fazer fácil sua partida nas oitavas de final (contra o outrora favorito Uruguai), tem 100% de aproveitamento e conta com o principal astro do torneio até agora, o meia James Rodríguez. Mas quem é esse camisa dez que roubou a cena de astros com muito mais nome?

No caso do craque da Colômbia, o gosto pela bola vem de berço. O jovem meia nasceu em Cúcuta, em 12 de julho de 1991, e é filho de Wilson James Rodríguez, que jogou no Independiente de Medellín, e sobrinho de Antonio Rodríguez, que também jogou no clube. Mas não foi o pai que o introduziu no futebol.

Ainda na infância, seus pais se separaram e foi o segundo marido de Pilar Rubio, sua mãe, Juan Carlos Restrepo, que o inscreveu na Academia Tolimense aos cinco anos. O ídolo de infância de James Rodríguez não era um jogador de carne e osso, mas sim Oliver Tsubasa, garoto japonês do desenho animado Supercampeões. Aos 12 anos de idade, chamou a atenção ao marcar um gol olímpico na final do torneio infantil mais importante de seu país, atuando pela Tolimense.

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sábado, junho 28, 2014

Brasil x Chile - retrospecto em Copas favorece a seleção

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O retrospecto brasileiro contra os chilenos em Copa do Mundo é amplamente favorável à seleção canarinho. Foram três partidas em mata-mata, todas com vitória do Brasil, e saldo de oito gols a favor, com onze tentos anotados e três sofridos. Entre as curiosidades, a força da jogada aérea. Em todas as pelejas a seleção marcou pelo alto, três vezes em 1962 e uma vez em 1998 e 2010.

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quinta-feira, janeiro 09, 2014

'Momentos de cizânia e baderna' e 'ânimos efervescentes'

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Camarada carioca fotografa a toalhinha de papel da bandeja do McDonald's com o tema "Copa do Mundo", mostrando diversos profissionais envolvidos no evento. Ao falar dos "puliça", faz uma verdadeira ginástica de retórica para definir o sagrado ofício de descer a porrada em quem aparecer pela frente quando o pau come...


terça-feira, dezembro 17, 2013

E no Santo Tribunal Jesuíta de Descobrimentos (STJD)...

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quarta-feira, novembro 27, 2013

'Os goleiros com sua confiança no time'

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Numa avaliação escolar, Liz, 11 anos, responde sobre o tema "Brasil, país das diferenças" (o grifo é nosso):

"Cada um tem seu jeito e seus costumes. Tem os índios com suas tribos, os fluminenses com seu Cristo Redentor, os pedreiros com suas obras, os goleiros com sua confiança no time... etc. Enfim, cada um é cada um e é por causa de todas essas culturas, comidas típicas, tradições e maneiras de ser que temos um país como é o Brasil."



segunda-feira, setembro 30, 2013

Vamos conversar? 'Ginástica' da mídia para urubuzar economia

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Na sexta-feira, 27 de setembro, a principal notícia foi a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, que apontou, principalmente, que a taxa de desemprego atingiu o menor patamar da história, 6,1% (enquanto o resto do mundo ainda registra índices alarmantes); que houve avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores; e que houve também uma nova queda no índice que mede a desigualdade entre os brasileiros, desta vez para abaixo de 0,5 (clique aqui para ler a notícia da Rede Brasil Atual). Mas, pra NÃO variar, os portais da chamada "grande" imprensa fizeram as mais variadas formas de ginástica para esconder as boas novas e dizer que tudo vai mal na economia brasileira. Abaixo, reprodução da "urubologia" apocalíptica nas páginas principais dos sites do Estadão, Folha, Globo e IG na tarde do mesmo dia 27:

Jornal dos Mesquita destaca 'bife pelo boi': o recorte que 'interessa'

Jornal dos Frias faz o mesmo e bate no 'fim' da desigualdade e aumento na renda dos mais ricos

Família Marinho nem deu manchete e insistiu que os ricos é que são os mais beneficiados

Portal IG também não deu manchete e preferiu destacar o 'aumento' do analfabetismo
Pois é, tá mais do que na cara. Mas, como diria Rita Lee: "Quando a gente fala mal/ A turma toda cai de pau/ Dizendo que esse papo é besteira..."

sexta-feira, setembro 13, 2013

13 de Setembro: Dia Nacional da Cachaça

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domingo, junho 30, 2013

Singela homenagem à Espanha

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Relembrando a marchinha de Braguinha "Touradas em Madrid", cantada pelo Trio Irakitan em cena do filme "Garota Enxuta", do diretor iugoslavo J B Tanko que dirigiu desde filmes quase eróticos até películas dos Trapalhões como o imortal Saltimbancos Trapalhões.

A música, que serviu de trilha para a torcida do Maracanã comemorar a vitória de 6 a 1 sobre a Espanha, na Copa de 1950, tem muito a ver com o baile tomado pela Espanha hoje.

Eeeeeeeu fui às touradas de Madri, parara tchim bum bum bum

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Com aplicação, categoria e sorte, Brasil faz 3 a 0 e põe a Fúria pra dançar em clima de Libertadores
Foi o encontro de duas culturas futebolísticas. A Espanha trouxe seu toque de bola, sua técnica, sua elegância, como se jogasse uma partida da primeira fase da milionária Champions League. O Brasil a recebeu em clima de Libertadores: marcou, correu, pegou e meteu 3 a 0 sem deixar os espanhóis respirarem um minuto. O desempenho coletivo do time de Felipão foi irrepreensível, especialmente ao marcar a saída de bola. Foi também um dia em que tudo deu certo para o Brasil – e errado para a Espanha.
O primeiro gol aos dois minutos é prova dessa maré positiva. Marcelo dá um belo lançamento para Hulk na ponta direita. Ele recebe, tenta uma jogada e erra. Ela bate no pé de um espanhol e sobra para Oscar, que devolve. Hulk cruza meio mal na direção de Fred e Neymar. Um bate e rebate meio estranho, a bola bate na mão de Busquets e se oferece para Fred, já deitado, achar um chute e abrir o placar. Uma sequência de eventos complicada, mas que fez jus e reforçou a apresentação da seleção.
O gol e a vontade dos brasileiros parecem ter desestabilizado a Espanha, que não achou seu jogo em momento algum da partida. Como consolo, podem falar da posse de bola, que mesmo nesse jogo adverso foi maior.
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Vitória brasileira pode repetir euforia ilusória de 63 anos atrás

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Ganhar o título da Copa das Confederações sobre a Espanha é o sonho de todo brasileiro, mas não significa que nossa seleção vai bem

Por Marcão Palhares

Quase 63 anos depois, as seleções de Brasil e Espanha se reencontram no estádio do Maracanã. Naquele 13 de julho de 1950, a acachapante goleada por 6 a 1 deu a (falsa) impressão, para todos os brasileiros, de que o título da Copa do Mundo não iria nos escapar. A euforia e o “salto alto” cobraram seu preço na decisão, perdida em casa para o Uruguai.

Agora, sentimentos ambíguos movimentam os torcedores. Por um lado, todos querem uma vitória sobre a Espanha, atual campeã mundial e bicampeã européia e considerada, de fato e de direito, a melhor do mundo. Porém, o título da Copa dos Confederações pode dar uma ilusão muito perigosa sobre as reais possibilidades do Brasil na Copa que sediará em 2014.

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Contra campeões mundiais, Espanha de Del Bosque perde para Brasil de Dunga

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La Roja tem uma série invicta de 29 partidas, mas, levando-se em conta jogos contra equipes com título mundial, como a seleção brasileira, a história muda um pouco

A final entre Espanha e Brasil é especial não somente pelo momento das duas, mas por ser um confronto entre equipes que já conquistaram títulos mundiais. Atual campeã do mundo e bi da Eurocopa, a Espanha ostenta, antes da final da Copa das Confederações, uma série invicta invejável de 29 jogos em competições oficiais. O último revés aconteceu na Copa de 2010, uma derrota para a Suíça por 1 a 0. Desde então, o time de Vicente Del Bosque não sabe o que é perder.

Na lista de jogos estão muitas seleções que têm pouca tradição no futebol. Honduras, adversário do Mundial; Liechtenstein e Lituânia, rivais das eliminatórias da Euro 2012; além de Bielorrúsia, Geórgia e Finlândia, do grupo das eliminatórias da Copa de 2014. Mas se levarmos em conta equipes campeãa mundiais, tipo de confronto que era uma preocupação para a seleção brasileira até a vitória contra o time misto da França, o desempenho espanhol mostra um aproveitamento de 71,4%, com quatro vitórias – contra Alemanha, Itália, França e Uruguai – e três empates, contra a Itália, duas vezes, e França.

No entanto, se incluirmos os amistosos, a Espanha foi derrotada pela Argentina em setembro de 2010, por 4 a 1, também perdeu para a Itália, em agosto de 2011, e para a Inglaterra, em novembro do mesmo ano. Jogou contra outro campeão do mundo, o Uruguai, em amistoso disputado em Doha, em fevereiro, e venceu.

Somados esses amistosos aos jogos oficiais contra campeões do mundo disputados desde a Copa de 2010, o cartel da Espanha piora um pouco. São cinco vitórias, três empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 50%. E, boa notícia para o Brasil, os revezes dos europeus foram jogando fora de casa.


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sexta-feira, junho 28, 2013

Arbitragem favoreceu o Brasil duas vezes contra a Espanha

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Pênalti claro de Nilton Santos foi marcado como falta fora da área, em 1962, e juiz ignorou bola que 
pingou dentro da meta de Carlos após chute de Michel, em 1986

Por Marcão Palhares

Brasil e Espanha são os únicos países que venceram uma Copa do Mundo fora de seu continente, em 1958 (Suécia), 2002 (Japão e Coreia) e em 2010 (na África do Sul). E a seleção espanhola é uma das que mais nos enfrentaram em jogos de mundiais: cinco vezes – apenas duas vezes menos do que nossa adversária mais frequente, a Suécia (sete jogos), e o mesmo número de confrontos que tivemos em Copas contra a Itália, por exemplo.

O primeiro jogo contra os espanhóis, em 1934, selou a eliminação mais precoce do Brasil em uma Copa do Mundo. Muito por culpa da preparação mambembe, pois a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estava em pé de guerra com as federações de futebol de alguns estados, como São Paulo (o Palestra Itália, hoje Palmeiras, escondeu seus jogadores em uma fazenda, sob escolta), e levou à Copa basicamente atletas de times cariocas. Além disso, os brasileiros perderam a forma física nas duas longas semanas de duração da viagem de navio até a Itália.
E o amadorismo também marcava o próprio evento: com a desistência do Peru, o Brasil nem disputou o confronto único do grupo 2 e passou direto para as oitavas-de-final. Foi quando enfrentou a Espanha e perdeu por 3 a 1, voltando pra casa após a disputa de uma solitária partida.

‘Tourada’ no Maracanã

O jogo seguinte entre as duas seleções seria o mais emblemático da história. Em 1950, no Maracanã, os brasileiros golearam por 6 a 1, enquanto pouco mais de 150 mil torcedores riam e entoavam em côro “Touradas em Madri”, do compositor João de Barro, o “Braguinha” – “Eu fui às touradas em Madri/ Parará-tim-bum!/ Bum-bum!”. Ademir de Menezes (dois gols), Chico (mais dois), Zizinho e Jair Rosa Pinto destroçaram o adversário.
Já a partida mais insossa ocorreu na fase de grupos da Copa da Argentina, em 1978, um sonolento zero a zero em que o zagueiro brasileiro Amaral defendeu um gol certo da Espanha em cima da linha. Quanto aos dois confrontos restantes, entramos aqui no assunto principal desse texto: os erros de arbitragem. E, em ambas as vezes, favoráveis ao Brasil.
O primeiro erro – e mais gritante – ocorreu em 1962, na Copa do Chile. Na fase de Grupos, enfrentamos a Espanha no grupo C. O nosso adversário tinha dois dos maiores astros do Real Madrid, pentacampeão da Liga dos Campeões europeia, entre 1956 e 1960: o ponta-esquerda Gento e o atacante húngaro – naturalizado espanhol – Puskás, um dos gênios do futebol em todos os tempos. O Brasil tomou grande sufoco e, no fim do primeiro tempo, já perdia por 1 a 0, gol de Rodríguez.

Passinho esperto

Pouco depois, Collar invadiu a área pela direita e foi derrubado por Nilton Santos. O próprio lateral-esquerdo brasileiro reconheceria, depois, que um placar de 2 a 0 dificilmente seria revertido por nós. Mas, na malandragem, Nilton deu um passo à frente e o juiz chileno Sergio Bustamante marcou falta fora da área (!). Pior: após a cobrança da falta, Puskás fez um gol de bicicleta e Bustamante anulou, alegando um duvidoso “jogo perigoso”.
No segundo tempo, com dois gols de Amarildo (que debutava como titular da seleção, após a contusão que tirou Pelé da Copa), o Brasil virou o jogo.


Pingou dentro

Vinte e quatro anos depois, no México, a seleção canarinho estrearia no grupo D justamente contra a Espanha. No início do segundo tempo, no rebote de uma cobrança de escanteio, o espanhol Michel matou a bola no peito e mandou um petardo. Após bater no travessão, a bola pingou dentro do gol de Carlos.
Só que, mais uma vez, a arbitragem ajudou: o juiz australiano Christopher Bambridge não marcou o gol. Minutos mais tarde, Sócrates fez de cabeça o tento solitário que selou nossa vitória.



No próximo domingo, talvez não tenhamos tanta camaradagem. Mas, se o histórico de confrontos vale alguma coisa, podemos nos animar. Somando os cinco jogos em Copas com três amistosos, temos, no total de 8 jogos, 4 vitórias e só 2 derrotas. Façam suas apostas!

Fichas técnicas

Espanha 1 x 2 Brasil
Data: 06/06/1962.
Local: Estadio Sausalito (Viña del Mar).
Árbitro: Sergio Bustamante (Chile).
Gols: Rodríguez (35’), Amarildo (72’) e Amarildo (86’).
Espanha: Araguistain; Rodri, Rodríguez e Gracia; Verges, Etxeberria e Pérez; Collar, Peiró, Puskás e Gento. Técnico: Helenio Herrera.
Brasil: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira.
Brasil 1 x 0 Espanha
Data: 01/06/1986.
Local: Estádio Jalisco (Guadalajara).
Árbitro: Christopher Bambridge (Austrália).
Gol: Sócrates (61’).
Brasil: Carlos; Edson, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Muller). Técnico: Telê Santana.
Espanha: Zubizarreta; Tomás, Goicoechea, Maceda e Camacho; Michel, Muñoz, Francisco (Señor) e Julio Alberto; Salinas e Butragueño. Técnico: Miguel Muñoz.

quarta-feira, junho 26, 2013

Brasil joga mal, mas impede ‘Mineirazo’ e avança à final

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(Danilo Borges/Portal da Copa)
Em jogo tecnicamente fraco, seleção vence Uruguai por 2 a 1 com direito a defesa de pênalti

Por Thalita Pires

Em jogo mais disputado do que técnico, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1 na primeira semifinal da Copa das Confederações. Mais eficiente no ataque, a seleção evitou um vexaminoso ‘Mineirazo’ e agora espera o ganhador de Espanha e Itália.

A seleção brasileira não teve êxito em realizar a blitz que vinha garantindo gols no início das partidas nesta Copa das Confederações. O Uruguai soube segurar a pressão, e em vez de ser atacado, acabou pressionando mais.

Enquanto o Brasil tinha dificuldade na saída de bola, o time celeste atacava e, logo aos 12, teve a chance de abrir o placar. Em lance de escanteio, David Luiz quase arrancou a camisa de Lugano dentro da área. Pênalti e cartão amarelo para o zagueiro brasileiro. Na cobrança, no entanto, Forlán chutou mal e Julio César, adiantado, realizou a defesa.

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Para entender o futebol do Uruguai

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O jornalista Andrés Reyes, autor de um livro que pretender ser o ‘guia ideal para compreender o futebol mais incompreensível do mundo’, fala sobre o momento atual da Celeste

Por Glauco Faria


"Inequivocamente o [futebol] com maior densidade de futebolistas profissionais bem sucedidos e Copas ganhas por habitante”. É assim que o jornalista Andrés Reyes define o futebol de seu país no livro El Propio Fútbol Uruguayo – Una guía ideal para coprender el fútbol más incomprensible del mundo, ainda sem edição em português. “A única coisa que nos faz diferentes é que nossos pequenos recebem uma bola antes de aprender a caminhar”, sugere, tentando explicar o sucesso celeste no mundo da bola.

Mas se engana quem acha que se trata de um livro laudatório. Com um texto bem humorado, Reyes trata o futebol de seu país de forma bastante sarcástica por vezes, criticando sua organização e mesmo fazendo ressalvas a conquistas importantes como o quarto lugar na Copa de 2010, lembrando que a seleção enfrentou nas oitavas e quartas de final adversários que ele considera mais fracos, Coreia do Sul e Gana. Nada parecido com o que se vê em parte da mídia brasileira em relação à seleção...

Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, o jornalista fala sobre a história da seleção e do atual momento da equipe, comenta a respeito de jogadores conterrâneos seus que foram ídolos por aqui, como Rodolfo Rodríguez e Lugano, e também dá seus pitacos sobre a bola que rola no Brasil, ressaltando que o futebol daqui pouco chega a seu país. “São transmitidas ao vivo para o Uruguai todas as partidas na Argentina, Espanha, Inglaterra e Itália. As pessoas mais ou menos sabem que na Argentina foi campeão o Newell's; na Espanha, o Barcelona; na Inglaterra, o Manchester; na Itália, a Juventus. Mas não se tem muito claro quem ganhou os estaduais, nem o último Brasileirão.”


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Brasil pega o Uruguai por vaga na final e moral

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Se ambos começaram o torneio com algo a provar, os brasileiros parecem ter avançado mais em seu propósito do que os eternos carrascos da Copa de 1950

Por Nicolau Soares

(Danilo Borges/Portal da Copa/ME)
Brasil e Uruguai enfrentam-se nesta quarta-feira, às 16h, no Mineirão, pela primeira semifinal da Copa das Confederações. Se ambos começaram o torneio com algo a provar, os brasileiros parecem ter avançado mais em seu propósito do que os eternos carrascos da Copa de 1950.

Depois de uma primeira fase excelente em termos de resultados, o time escalado por Felipão começou a conquistar a confiança dos torcedores. Foram três partidas convincentes da equipe, num crescendo de dificuldade e tradição: o fraco Japão, a asa negra México e o fecho de ouro com o 4 a 2 sobre a Itália, primeira vitória contra um campeão mundial em um bom tempo. Tá certo que a Azurra não tinha o craque Pirlo, mas o Brasil também teve lá seus desfalques (antes e durante a partida) e deu conta do recado.

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