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Neymar fez quatro contra o União Barbarense. Quem mais fez? |
Artilharia e protesto da torcida
Neymar fez quatro contra o União Barbarense. Quem mais fez? |
Claro que sou suspeito por ter participado da conversa, mas a entrevista com Mano Brown para a revista Fórum (aqui e aqui) vale a pena ser lida pela contundência e transparência de suas análises, que vão muito além do que pensam alguns acadêmicos encastelados de nossas universidades. Contudo, fora a política, tema tratado por ele em boa parte do papo, Brown também fala sobre outra questão atinente a este blogue: o futebol.
"Ah, melei mesmo, contrata a Xuxa também" (Foto Guilherme Perez) |
“Mas quando a bola
rolou... meu Deus do céu, o que foi isso. O jogo de ontem foi a pior
partida do Santos nesse ano. (…) Gramado ruim, retranca excessiva?
Esses dois fatores existiram, mas não dá pra atribuir o mau
desempenho a eles. Sou mais culpar quem é de direito, os próprios
jogadores do Santos.”
Giva, um gol e uma atuação razoável |
Little Romário comemora o primeiro boi a passar na porteira boliviana (Foto: Marcos Ribolli) |
Horácio defende energicamente seu primo JC |
Para falar do Flamengo local, que, ao contrário do co-irmão carioca, está bem na luta pelo estadual, é preciso falar dos clubes do Piauí, que não têm tido grande destaque no cenário nacional
há algum tempo. Desde 1986, ano da última participação de um time do
estado na primeira divisão com o Piauí Esporte Clube, as equipes dali
não alcançam chegar sequer à segunda divisão nacional. Assim, a Copa do
Brasil se torna o espaço onde conseguem enfrentar os grandes do país.
Desde a criação do torneio, em 1989, dez clubes do Piauí já a disputaram.
O Flamengo é quem tem mais participações; com a de 2013, são nove. O
Parnahyba, outro representante piauiense em 2013, River, 4 de Julho,
Barras, Piauí, Picos, Comercial, Caiçara e Cori-Sabbá são os outros que
já disputaram a Copa do Brasil.
O cartel de todos eles é pouco invejável. Em 80 jogos, são 57
derrotas, 11 empates e 12 vitórias. O clube que mais venceu foi
justamente o Flamengo, com 6 triunfos. É também o único que conseguiu
avançar de fase. Em 2001, chegou até as oitavas de final, vencendo duas
vezes o Moto Club do Maranhão por 2 a 1 e desclassificando o Sport com
uma vitória por 2 a 0 e uma derrota de 1 a 0. Mas não resistiu ao
Corinthians sofrendo duas derrotas, 8 a 1 e 3 a 0. Já em 2002, avançou à
segunda fase passando pelo Independente-AP, empate em 1 a 1 fora de
casa e vitória por 1 a 0 em seus domínios. A desclassificação aconteceu
em uma única partida, derrota por 5 a 0 para o São Paulo.
Jogos entre Flamengo-PI e Santos
Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso |
Convoca, Felipão! Quem não tem Fred caça com Rhayner? |
Pode passar muitos anos, mas aqueles momentos históricos importantes ficam gravados para sempre em nossas memórias. Todos se lembram exatamente onde estavam e o que estavam fazendo quando, por exemplo, Getúlio Vargas se suicidou, Ayrton Senna morreu, as Torres Gêmeas foram abatidas, a seleção brasileira venceu cada uma de suas cinco Copas do Mundo etc. O último sábado, 6 de abril de 2013, certamente foi mais uma destas datas que se fixarão em nossas mentes, sobretudo para quem acompanha o velho e violento esporte bretão. O fato apoteótico aconteceu em Volta Redonda, na partida entre Fluminense e Resende, aos 13 minutos do segundo tempo. Após 2 anos e 2 meses, cinco clubes diferentes e 84 jogos, o atacante Rhayner marcou um gol! (pausa para estupefação geral da Nação) E um jejum deste porte não poderia ser findado com um gol comum. Como num roteiro previamente ensaiado, Rhayner invadiu a área, deixou dois adversários pra trás e cruzou; o goleiro do Resende, num afã de ser lembrado na posteridade, decidiu ajudar o malogrado atacante do Flu e empurrou a bola para dentro de sua própria meta. Se encerrava naquele momento o maior jejum de gols de um atacante que se tem notícia no futebol profissional brasileiro. O jogo em si, a vitória do Flu por 2 x 0, e a lesão que vai deixar Fred inativo por pelo menos três semanas foram ofuscados e, portant,o não são dignos de comentários. Começo aqui a campanha “Chama o Rhayner, Felipão!”
"Vozes do Além" complicaram o Fla Também no sábado, o Flamengo se livrou de mais uma derrota, desta vez para o Duque de Caixas, com um gol de Cléber Santana nos acréscimos: 1 x 1. O time mais uma vez não se encontrou em campo e viu suas ínfimas chances matemáticas de classificação para as finais do 2º turno virarem pó. A partida foi sonolenta até mesmo para quem estava secando o Fla, algo que atualmente significa o mesmo que empurrar bêbado ladeira abaixo. Maldade desnecessária. Tudo transcorria dentro da normalidade até que mais um de nome pomposo resolveu fazer fama na Taça Rio - vide atuação patética do árbitro e lord Philip Benett no jogo entre Botafogo e Madureira, quando desmarcou um pênalti em favor do Botafogo assinalado por ele mesmo. Todos agora têm certeza que a FERJ se antecipou à FIFA e decidiu lançar mão, na clandestinidade, do recurso eletrônico para dirimir dúvidas em lances polêmicos: no jogo entre Flamengo e Duque de Caxias, após Pathrice Maia e o bandeirinha validarem o gol de Hernane, que estava impedido, o árbitro escutou "vozes do Além" (ou seriam as "forças ocultas" do Jânio?) e anulou o tento, afundando ainda mais o Fla. Seja na política, nas relações pessoais ou no futebol, o Rio de Janeiro continua o mesmo: segue na vanguarda da malandragem...
Vitinho está 'comendo a bola' Já o Botafogo segue implacável e, ainda sem contar com Seedorf, engrenou a sexta vitória consecutiva: 3 x 0 sobre o pato Olaria, digo, fraco Olaria. Mais uma vez Vitinho, que entrou aos 28 do 2º tempo, fez a diferença. Marcou dois golaços e colocou mais uma interrogação na cabeça do técnico Osvaldo de Oliveira, que segue mantendo o garoto no banco de reservas em prol da escalação dos pernas-de-pau Rafael Marques e Bruno Mendes. Como o Bota é chegado numa superstição, dizem que o jovem é o talismã do momento, e que vai repetir os “feitos” recentes de Iranildo, Almir e Caio. Aquele torcedor alvinegro que acompanha mesmo o time espera, do fundo do âmago, que isso não aconteça, pois nenhum dos três se tornou o craque que as diretorias de suas épocas esperavam. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, Vitinho parece jogar mais que todos eles juntos. Já está na hora de Oswaldo ganhar coragem e escalá-lo desde o início das partidas.
Rivais já miram naufrágio da nau vascaína no Brasileirão E o Vasco, enfim venceu uma: 2 x 1 frente ao Friburguense. Com isso, encontra-se agora na confortável posição de vice-lanterna de seu grupo (uma vez vice, sempre vice). Como o time apenas cumprirá tabela no restante do torneio, a diretoria vascaína, que é mais desorganizada que pelada dominical de pinguços, tenta de qualquer maneira negociar Dedé, o único do elenco que ainda possui mercado em times de ponta. A expectativa é conseguir fazer caixa para pagar os atrasados e ainda receber jogadores para fortalecer o elenco que, com certeza, brigará para não cair no Brasileirão. Mas, se a negociação com o Corinthians melar, é bom a diretoria pensar logo em um novo treinador, pois Autuori já avisou que, com salários atrasados, vai pular fora da nau vascaína em junho. Se isso acontecer, só um milagre evitará que o barco português afunde no final do ano.
Cachaça não é água. Cerveja não é água. Nem é vinho, nem tinta spray, nem é cola branca, nem manteiga de amendoim...
E tem dias em que um gole parece seguir, goela abaixo, como água... Em outros, embrulha o estômago como cola.
As metáforas podem seguir por rumos variados.
O artista plástico Peter Cuba, que vive em Chicago, montou uma série de peças transformando cada um desses itens em... Budweiser...
As imagens, exibidas no perfil do moço no Flickr, sob a alcunha de Two Horse Town, são divertidas, quase nonsense.