Destaques

sexta-feira, julho 23, 2010

Muricy na seleção: ainda não é a vez do futebol bonito

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Segundo o Globoesporte, Muricy Ramalho é o novo técnico da seleção brasileira de futebol. Ele substitui Dunga no posto de quem é mais criticado que o presidente da República e serve de para-raio para qualquer frustração ludopédica do povo brasileiro.


Não estaria definido ainda se ele acumularia o cargo de comandante do Fluminense ou se deixaria o líder do campeonato.

Se confirmada a informação, significa a consagração do técnico tricampeão brasileiro pelo São Paulo que, apesar do fiasco de 2009 com o Palmeiras, colocou o Fluminense na rota da briga pelo título – rota, eu escrevi rota – e no topo da tabela do Brasileirão deste ano após a décima rodada. Também representa a opção pelo único, entre os cotados, que não atuou como jogador de defesa ou de marcação, mas como meia ofensivo. Desde Mario Jorge Lobo Zagallo, os ex-atletas que ocuparam o posto jogaram como zagueiro e lateral.

Ainda não vai ser desta vez que o futebol bonito e ofensivo vai ter prioridade na seleção. Muricy preza por boa marcação, gosta de um meio de campo que ocupe bem os espaços, mas evita volantes cabeça-de-bagre.

Antes que alguém pergunte, cabe a ressalva: tirando a indicação da minha pessoa ao cargo – desprezada pela CBF, pela mídia e até pelas pessoas para quem falei – e de alguns dos 190 milhões de treinadores identificados nas projeções populacionais do IBGE, nenhum dos técnicos cotados garantiria uma opção mais para frente.

Adepto de um futebol eficiente, meio à lá Holanda 2010, em que 1 a 0 é goleada, Muricy é discipulo de Telê Santana, mas considera Rubens Minelli o melhor técnico com quem trabalhou.

Mesmo no São Paulo dos títulos de 2006 a 2008, o treinador não teve elencos brilhantes, mas com peças de reposição à altura e um nível técnico (pouco, especialmente no caso de 2008) acima da média dos demais. No Internacional de 2005, no vice-campeonato mais contestado do Brasil, o time era interessante relativamente, em um campeonato ainda com estrelas.

Mas o cara é um montador de time. Assim como Mano Menezes, outro dos cotados que talvez tenha perdido a vaga de técnico do escrete canarinho junto da liderança do Brasileirão, Muricy vai armando seu esquema com peças de sua confiança. E deve mostrar teimosia semelhante à de Dunga, Carlos Alberto Parreira, Zagallo e Luiz Felipe Scolari.

Muricy também é turrão e rabugento no trato com jornalistas. Não está habituado a críticas e solta o verbo quando não gosta de pergunta. Mas é só uma coincidência com o antigo ocupante do cargo.

Quando Dunga foi anunciado, o Futepoca lançou a precoce campanha "Fora, Dunga" Depois, encampou o "Fica, Dunga", e por aí foi.

É o caso de já pedir um "Fora, Muricy"?

Mais um quase de Felipão: Palmeiras 2 a 2 com Botafogo

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O Palmeiras empatou em 2 a 2 com o Botafogo no Pacaembu. Uma partida de meio tempo, quer dizer, apenas saiu gol na etapa final. O Verdão abriu dois de vantagem, mas cedeu a igualdade. Não foi desta vez que a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari conseguiu uma vitória.

Na volta de Armero à lateral-esquerda, o time mostrou menos futebool do que nos jogos anteriores. Teve novamente três volantes em campo na formação inicial, com Lincoln como único meia de criação. Diante da ineficiência do camisa 99, Tadeu foi a campo, mas não resolveu.

O time rendeu melhor com o terceiro uniforme, usado no segundo tempo, do que com o primeiro. De qualquer forma, empatou. Dá-lhe paciência da torcida.



Eita, joguinho

O primeiro tempo foi chato de doer. O time de preto não conseguia se diferenciar do de verde escuro e vice-versa. A Estrela Solitária teve uma quase chance de gol, enquanto a representação de Palestra Itália quase chegou em três quase oportunidades. Mas foi só quase-chance, nada muito concreto. Joguinho safado.

Quando as equipes voltaram do intervalo, mudou muito mais do que o uniforme do time da casa. De camisa verde limão siciliano, Marcos Assunção abriu o placar logo a um minuto de jogo, de falta. Com 12, Kleber recebeu de Ewerthon um presente, e ampliou. Parecia que seria fácil, tamanha a bronca que receberam os jogadores do Palmeiras.

Mas a partir daí, o alviverde foi pouco imponente, criou pouco e deu espaço para o Botafogo crescer. Marcelo Cordeiro cruzou aos 24, e Jobson acertou uma cabeçada daquelas para diminuir, sem que Maurício Ramos o acompanhasse. Mais dez minutos e novo gol de cabeça, desta vez do zagueiro Antônio Carlos. Que saudades do Galeano (!).

Jéfferson aos 35 e Marcos, o Goleiro, aos 39, evitaram que suas metas fossem novamente vazadas. Marcos Assunção arriscou de longe, enquanto Jobson chutou da entrada da área. Os mesmos atletas, por coincidência, terminaram expulsos por um imbróglio meio sem sentido no finzinho. Pura bobagem. Parece que, se não conseguiram se destacar com mais um gol, resolveram ir para o chuveiro mais cedo.

Não foi dessa vez.

A torcida palestrina pediu "Ô, ô, ô, queremos jogador". Total complacência com Scolari, cobrança junto à diretoria. Desde a volta, o Palmeiras marca sempre dois gols por jogo. Foi assim na vitória contra o Santos e na derrota contra o Avaí. E repetiu-se no empate com o Botafogo.

Agora já podemos voltar a marcar mais gols do que sofremos. Né?

quinta-feira, julho 22, 2010

Foi feio

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Ontem, contra o Atlético-PR, o Santos sofreu sua terceira derrota consecutiva pelo Campeonato Brasileiro. É a primeira vez neste 2010 que o Santos perde três partidas em sequência – e, até a derrota para o Fluminense, que antecedeu a de ontem, o Santos não havia perdido dois jogos de uma vez só.

A luz amarela está definitivamente acesa na Vila.

Num momento como esse, a busca de todos é por fatores que consigam explicar o que vem acontecendo com aquele que, ainda, é o melhor time do Brasil no ano.

E o impulso inicial é resumir os motivos da “crise” a fatores extracampo. Propostas do exterior; brigas dentro do elenco; jogadores mais preocupados em marketing do que com o futebol propriamente dito; e assim por diante.

Não que alguns desses fatores não procedam. Mas eles precisam ser dimensionados de maneira correta. Senão, como explicar que Neymar – que é o jogador, em tese, que mais seria afetado por todas essas questões alheias ao futebol – foi o melhor atleta santista no jogo de ontem, e que também tenha atuado bem contra o Fluminense?

O Santos de ontem mostrou deficiências que podem ser explicadas com uma simples análise puramente futebolística. O time esteve desordenado. Robinho fez uma de suas piores (senão a pior) aparições com a camisa do Peixe. As laterais foram verdadeiras avenidas – Pará e Maranhão não criaram, não marcaram e foram os caminhos por onde o Furacão construiu sua vitória. A dupla de volantes, antes tão celebrada, também não conseguiu se apresentar bem. Arouca estava visivelmente nervoso e Wesley relembrou o futebol que, em 2008, lhe garantiu o apelido de “Weslyxo” entre os santistas mais exaltados.

Soma-se a isso uma dupla de zaga mal postada e um goleiro que não chega a inspirar a maior das confianças e temos um time que não tinha como fazer frente ao Atlético de ontem, bem disposto em campo e magistralmente comandado por Paulo Baier.



O Santos segue o favorito para a conquista da Copa do Brasil. É, no papel, bem mais time que o Vitória. E já mostrou mais bola, em 2010, do que o adversário baiano. Mas o que já foi dado como favas contadas agora já não tem mais esse status.

E, finda a decisão, o time precisará ser reforçado, e de maneira uregnte. Keirrison chegou, mas não é o suficiente. Para faturar Brasileirão e Sul-Americana será preciso mais.

Lobby pró-Washington não! Já estamos em crise

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Depois de ter reclamado publicamente por ser "mal aproveitado" no time e de ter sido posto à venda por isso, sem sucesso (não apareceu proposta que valesse a pena), o "coração valente" Washington ganhou sobrevida - forçada - no São Paulo e, ontem, como titular desde o início, anotou mais um golzinho lá no Morumbi (foto de Rubens Chiri/SPFC). Com isso, chegou a 45 em 85 jogos com a camisa tricolor, média de 1,88 0,53 por partida. Nada mal, considerando que, agora, já é o 40º maior artilheiro do clube, junto com três antigos atacantes, o argentino Albella (que jogou entre 1952 e 1954), Augusto (1950-1951) e Friaça (1949-1951) - este último, aquele que quase virou herói com o gol na decisão da Copa de 1950.

Com mais um gol, Washington alcançará o fantástico meia Pita (que jogou entre 1984 e 1988), com mais três se equipara ao conterrâneo Kaká (2001-2003), que também nasceu em Brasília, e, com mais quatro gols, chega no companheiro de elenco Marcelinho Paraíba, que já marcou 49 vezes pelo São Paulo. A marca atingida no tricolor paulista é o terceiro melhor desempenho do "coração valente", que marcou 100 gols pela Ponte Preta e 88 pelo gaúcho Caxias, onde começou a carreira, em 1993. Porém, as péssimas partidas que muitas vezes fez pelo São Paulo o condenaram ao banco de reservas, de onde dificilmente sairá. O consolo é que já deixou seu nome na história do clube de Serginho Chulapa (243 gols), França (182), Muller (161), Leônidas (142), Raí (124), Luís Fabiano (118) e Careca (115), entre muitos outros.


"Lobby pró-Washington não! Já estamos em crise", protestou o torcedor são-paulino e ilustre leitor do Futepoca, Vitor. Daí que vem o novo título do post. Ele e outros comentaristas reclamaram da conta equivocada que levou a média de gols de Washington, o 9 do São Paulo, a 1,88 por partida. Os 45 em 85 jogos representaram média de fato de 0,53 por partida.

O post original baseava-se no cálculo para apontar a redenção do centro-avante tricolor. As informações foram corrigidas e, por esta ressalva, entenda-se uma Errata. E também um agradecimento aos alertas. As demais informações procedem, embora o título tivesse de ser alterado

O problema é: QUEM?

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Já escrachei o time do São Paulo o suficiente por aqui, não vou mais gastar vela com defunto ruim. Mas talvez seja o caso de repetir um lugar-comum que nem sempre é verdade (mas neste caso é!), de que o problema é o técnico. Me parece óbvio que a grande maioria dos sãopaulinos torceu o nariz para a contratação de Ricardo Gomes, célebre pela proeza de não ter classificado o Brasil para as Olimpíadas de 2004, com jogadores como Robinho, Diego, Elano, Adriano e Nilmar, entre outros, no time. Ontem, após mais um resultado pífio nesta temporada, um empate em casa contra o Grêmio Prudente, após duas derrotas (e não venham culpar a Copa do Mundo, pois o time já tinha dado muitos vexames incomuns no primeiro semestre), a diretoria do São Paulo teve a faca e o queijo na mão para dispensar o técnico, sem que houvesse qualquer tipo de lamento. É visível que ele não tem o comando do elenco, que não há planejamento tático definido (nem time titular), que as substituições são equivocadas e que já deu o que tinha que dar. Mas a diretoria não o demitiu. E por que? Porque, assim como na demissão de Muricy Ramalho, não há um só técnico que valha a pena disponível no mercado. Leonardo e Silas mudariam alguma coisa? Joel Santana, Nelsinho Baptista, Paulo Autuori, Estevam Soares, Péricles Chamusca, Vanderlei Luxemburgo, Adilson Batista, Andrade, Sérgio Soares etc etc etc. Mudariam substancialmente alguma coisa? Não. Logo, continua com o mesmo - que dá no mesmo. E seja o que Deus quiser!

quarta-feira, julho 21, 2010

Sem discutir sede para Copa, governo de SP e CBF mantém indefinição

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Uma reunião entre o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira terminou nesta quarta-feira, 21, sem definição. Depois do veto da Fifa ao Cícero Pompeu de Toledo, muito se falou e nada se decidiu.

A polêmica do estádio paulistano para a abertura do Mundial de Futebol em 2014 passa por um projeto desconsiderado pela Fifa, planos de se construir um substituto em Pirituba (zona oeste) nas proximidades de área interditada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e muito palpite.

Foram três horas de reunião e nada."Nas próximas semanas, conseguiremos uma solução para que isso ocorra, como é do desejo do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa (Federação Internacional de Futebol), do governador e do prefeito de São Paulo", prometeu Teixeira.

A coletiva para os jornalistas presentes durou cinco minutos. Tudo porque as três alternativas existentes (o Piritubão multiuso de R$ 1 bilhão, o novo Estádio Municipal do Pacaembu e a adequação do Morumbi) até o momento sequer foram discutidas. Isso dá brecha para avaliar que outras opções podem pintar.

Quem sabe assim ganha novamente esperança a proposta Canindé 2014? O Doutor Osvaldo Teixeira Duarte chegou a ganhar um site e uma conta no Twitter, mas tudo foi abandonado. O site, que se resumia à imagem ao lado, sequer está no ar. A proposta de criar um Saramagão, homenagem ao escritor lusitano morto em junho, também dificuldades maiores até do que as opções existentes.

Humanidade
Kassab, na saída, estranhou o interesse da imprensa no tema. Na Sala dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes, tentou relativizar a importância do tema. "Eu nunca vi nada igual aqui. Será que é o futuro da humanidade que estamos decidindo aqui?"

Claro que não. Era muito mais importante.

Resta descobrir o que será que se conversou durante as três horas de reunião. O corintiano Goldman pode ter tirado sarro do são-paulino Kassab. Ou tentado fazer Teixeira desistir de Mano Menezes...

terça-feira, julho 20, 2010

Cafu no Juventude: "jeitinho brasileiro" em seu auge

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Negociações surpreendentes acontecem aos montes no futebol brasileiro. Jogadores de pouca capacidade são vendidos por fortunas; atletas que se mostram promissores vão parar em times pequenos no exterior e deles nunca mais recebemos notícias; nomes identificados com uma torcida vão parar em uma equipe rival sem fazer muita cerimônia. Acontece, volta e meia.

E uma das negociações mais estranhas da história do futebol nacional se deu em 1995. Naquele ano, Cafu era um jogador vivendo um excelente momento na carreira. Um ano antes, havia conquistado o mundo com a seleção brasileira; no biênio 92/93, também fora campeão mundial, com a camisa do São Paulo. Estava na Europa, defendendo o Real Zaragoza, onde levantou a taça da extinta Recopa.

No mesmo ano de 1995, o Juventude, de Caxias do Sul, passava por uma significativa ascensão. O clube acabara de faturar o Brasileiro da Série B e se preparava para estrear na elite nacional. Era patrocinado pela Parmalat, o que garantia aos seus cofres uma quantia bem superior às que dispunham equipes do mesmo porte.

As trajetórias de Cafu e Juventude se cruzaram naquele ano. O lateral da seleção brasileira fora contratado pela equipe gaúcha. Momento de consagração do Juventude, que assim trazia um nome de peso para se confirmar no cenário nacional e fazer frente à dupla Gre-Nal no Rio Grande do Sul!

O Youtube tem os gols do jogo que marcou a estreia do atleta com a camisa alviverde:



Vídeo resgatado pela comunidade Futebol Alternativo do Orkut

Tá, agora falemos a verdade.

A contratação de Cafu pelo Juventude foi, talvez, o maior exemplo de "jeitinho brasileiro" da história dos grandes clubes do futebol nacional.

Cafu despontou no São Paulo e, como já dito, foi jogar na Europa. O Palmeiras - bancado pela Parmalat - se interessou pelo atleta. Mas havia uma cláusula que proibia o Real Zaragoza, então empregador de Cafu, de negociá-lo com equipes paulistas.

O que a Parmalat fez? Pôs Cafu no Juventude. De lá ele seguiu para o Palmeiras, sem que as imposições contratuais o barrassem.

A situação, até hoje, é motivo de revolta entre são-paulinos e até mesmo entre torcedores do Juventude. Os tricolores alegam que deveria ter havido maior vigilância dos órgãos competentes para que a desfaçatez da negociação fajuta fosse punida. Já os juventudistas reclamam que o clube foi usado e saiu desmoralizado do episódio.

Passados mais de 15 anos, o que fica do caso é o folclore da situação.

Correção/Atualização
Como lembrou o amigo Fabricio e notícias resgatadas confirmaram, o Palmeiras foi, sim, punido. Anos depois teve que pagar uma multa pela negociação. No fim das contas, todo o rolo só acabou servindo para que a história registrasse que Cafu jogou pelo Juventude...

segunda-feira, julho 19, 2010

Timão líder peca nas finalizações na vitória sobre o Galo

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O Corinthians manteve a invencibilidade e os 100% de aproveitamento jogando em casa neste Brasileirão ao vencer o clássico contra o Atléico MG, por 1 a 0, na tarde deste domingo. O gol foi marcado pelo iluminado Bruno César, coroando partida em que o time evoluiu em relação ao pífio jogo no Ceará.

O Timão começou pressionando forte o Galo e poderia ter tido um jogo mais fácil. Logo no primeirp minuto de jogo, Dentinho invade a área perseguido por Werley, que empurrou o atacante com o braço na entrada da área. O juiz marcou pênalti, em lance que seria para discussão não fosse a cobrança para fora de Chicão.

Os donos da casa continuaram em cima durante toda a primeira etapa, mas o gol não saiu. Foram muitas finalizações erradas. As melhores chances eram com chutes de fora da área, mostrando a falta de penetração da equipe. O retorno de Dentinho deu mais poder de fogo e movimentação ao ataque, mas ainda falta. Danilo, subiu de produção com o resto da equipe, mas ainda não me convence. E Elias está preso demais para quem tem ao seu lado um jogador quase exclusivo de marcação, como o volante Ralph.



Na segunda etapa, o Galo, que teve uma bola na trave de Neto Berola pouco antes do intervalo, voltou melhor e equilibrou a partida. Dentinho, que está voltando de contusão, saiu para a entrada de William Morais. Se o garoto novamente mostrou personalidade, fizeram falta os dribles do titular.

Para compensar, Iarley também deixou a equipe para o retorno de Jorge Henrique. O baixinho fez algumas boas jogadas pela esquerda, incluindo uma aos 35 minutos que resultou no gol de Bruno César, em chute que desviou no zagueiro Jairo Campos.

Luxemburgo ainda promoveu a estreia de Diego Souza na equipe, substituição que, dada a evidente falta de ritmo do rapaz, talvez possa ser entendida como apelo ao sobrenatural. Ainda teve uma cabeçada de Ricardo Bueno salva por bela defesa de Júlio César, que mais uma vez foi bem. Mas não deu para o Atlético.

O Corinthians termina a rodada líder isolado, com 21 pontos e uns 77% de aproveitamento. Agora, pega o Atlético GO no Serra Dourada nesta quarta, em chance importante para melhorar os números fora de casa. Na seqüência, o Guarani no Pacaembu, domingo. Boa sequência para, quem sabe, abrir uma folguinha do segundo colocado (hoje o Fluminense, com 19).

Reforço?

Registre-se que o Timão contratou por empréstimo o atacante Gilmar, que estava no Guingamp, da França. Não me lembro de ver o cara jogar e fiquei na dúvida sobre a qualidade do reforço. Ano passado, no Náutico, Gilmar foi eleito melhor jogador do campeonato Pernambucano e era vice-artilheiro do Brasileiro quando deixou a equipe, no fim de agosto, com 10 gols. Porém, antes disso o rapaz teve passagem pra lá de apagada pelo Santos, trazido por Luxemburgo numa das suas suspeitas levas vindas do Iraty. Pode ser indicador de que não aguenta camisa. Alguém tem mais alguma informação?

Agora vai!

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Lula: 'Não consigo imaginar Copa sem São Paulo'

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Agora o "hómi" entrou na briga de vez: durante assinatura de medida provisória que flexibiliza o limite de endividamento das cidades que irão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o presidente Lula disse que vai intervir no impasse sobre o estádio que irá abrigar os jogos da Copa em São Paulo. "Eu, sinceramente, não consigo imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem ter São Paulo como um dos cantinhos em que os atletas vão jogar bola", afirmou o mang..., digo, o nosso presidente. "Estou disposto a entrar nessa conversa, acho que o governador já deveria ter chamado todos os envolvidos para conversar, para encontrar uma solução e não ficar brigando pela imprensa, porque o tempo urge", acrescentou, numa alfinetada explícita ao governador (?) paulista Alberto Goldman (PSDB). Mas, de novidade, mesmo, só a informação de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, vai se reunir na próxima quinta-feira, 22, com representantes da CBF, do São Paulo Futebol Clube e das outras partes envolvidas no imbroglio para conversar sobre a escolha do estádio. Será que o Morumbi ainda tem alguma chance?

Santos 0 X 1 Fluminense - quase engrenou...

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Tem dia que a bola não entra. Um dos gloriosos chavões do ludopédio tupiniquim pode ser usado para explicar o resultado de 1 a 0 para o Fluminense na Vila Belmiro ontem. O Santos criou inúmeras chances para sair do jogo com um resultado melhor, mas a danada não quis ir pra rede.

As estatísticas mostram um pouco do que foi a partida. O Peixe teve 61,26% da posse de bola contra 38,74% do Tricolor. Foram 19 finalizações contra 11 e, para quem gostou do estilo de troca de bola da Espanha na Copa, atente para os números do Alvinegro: 313 passes certos e 36 errados contra 136 certos do visitante e 26 equivocados.

Isso não quer dizer que o Fluminense não tenha chegado com perigo. Além do gol, teve duas boas oportunidades no segundo tempo, ambas com a participação do ala esquerdo Carlinhos. Mas foi o treinador Muricy Ramalho que resumiu bem a partida, ao fazer a comparação da jogo de ontem com o empate do seu time contra o Grêmio Prudente, na última quinta-feira. “O Grêmio Prudente é um time arrumadinho, encaixou o contra-ataque como a gente fez hoje”.

Ou seja, admitiu sem meias palavras, como é seu estilo, a proposta de jogo contra o Alvinegro na Vila, quase uma reprodução do esquema defensivo que garantiu seu sucesso no São Paulo: três zagueiros, dois volantes, saídas velozes pelas laterais e contando com o talento de Fred e Conca na frente. “Não é muito bonito, mas se você vier aqui pra jogar de mano com o Santos vai apanhar. E apanhar feio”, declarou o técnico. Com mais material humano de que dispunha no Palmeiras de 2009 e com um ambiente bem mais tranquilo, Muricy pode fazer do Fluminense um time bem difícil de ser batido.

Por conta do volume de jogo que o Santos produziu, com belas e rápidas trocas de bola e pelas chances criadas, não é o caso de fazer uma tempestade em função do resultado, mesmo a derrota sendo na Vila Belmiro. Assim como aquele revés contra o Palmeiras no Paulista não foi a derrocada esperada pelos secadores, o futebol apresentado contra o Fluminense dá mostrar de que o time está voltando a engrenar. Mas que engrene logo pois, ao contrário daquele clássico no estadual, hoje a situação do Alvinegro na tabela não é das mais confortáveis.



Laterais e André

Mesmo o resultado não sendo desesperador, é preciso ficar atento a alguns detalhes, até porque é a segunda derrota consecutiva. O desfalque de Léo é sempre sentido porque altera o posicionamento da defesa. Mais uma vez a marcação peixeira pelas laterais, em especial do lado de Maranhão, foi falha.

Já André fez novamente uma partida apagada. Quando foi negociado com o Dínamo de Kiev no meio do Mundial, um alívio para o torcedor foi o fato de ele permanecer para as finais da Copa do Brasil. Aí forjou-se a armadilha. O atleta quer jogar, tem vontade de ser campeão, mas seu desempenho caiu nitidamente.

Pode não ter nada a ver com a negociação, mas é inevitável relacionar uma coisa a outra. E substituir um jogador que fez questão de ficar para partidas decisivas e que é bem quisto pelo grupo não é uma decisão tão fácil, ainda que Marcel tenha entrado nas duas últimas partidas melhor que o titular. Dorival provavelmente está queimando a pestana para decidir o que fazer. E torcendo para que André jogue bem contra o Atlético-PR, até porque suas finalizações têm feito falta.

domingo, julho 18, 2010

Derrota de 4 a 2 também tem a cara de Felipão

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O Avaí venceu bem o Palmeiras por 4 a 2 neste domingo, 17, pela nona rodada do Brasileirão. O resultado é ainda mais triste para o lado alviverde considerando-se o fato de ter saído na frente e, apesar da virada, novamente igualar o marcador em 2 a 2, com um homem a mais. O time ainda acreditou que seria capaz de desvirar o jogo, mas foi a equipe catarinense aproveitou contra-ataques para decretar a vitória.

O time do Palmeiras que derrotou o Santos na quarta-feira tinha a aplicação defensiva e a determinação de um time de Luiz Felipe Scolari. O deste domingo foi capaz de marcar o primeiro gol e empatar. Com um homem a mais, o treinador fez substituições ofensivas – saída de Pierre para entrada de Tinga, o atacante Vinícius no lugar do meia Lincoln e Tadeu na vaga de Marcos Assunção – que surtiram pouco efeito.

Note-se bem que o time terminou com quatro atacantes em campo e nenhum meia. Tudo bem que só o camisa 99 consta na posição entre os jogadores do plantel disponível, mas se ainda houvesse esquema tático, ele seria descrito por um improvável 4-2-4. Porém, há que se considerar que a formação inicial tinha três volantes num 4-4-2 defensivo.

Tanto um fato como o outro também representam o que é – e como é interessante ter – Felipão como técnico. Mas nem sempre significa vitória. O que a derrota teve foi um técnico com disposição de tentar um resultado diferente. O revés veio por uma fatalidade, um pênalti, apesar de o Avaí ter jogado um segundo tempo melhor.

O Palmeiras precisa melhorar. Precisa de mais meias ofensivos e de tempo para acertar a parte defensiva. A paciência deste torcedor está bem e à disposição.



O jogo

Com 11 minutos, a primeira chance real do Palmeiras veio em uma cobrança de falta de Marcos Assunção do meio da rua. Renan não segurou e, na sobra, o lateral Gabriel Silva guardou. Felipão parecia mais contente do que o atleta promovido neste ano das categorias de base.

O empate foi encontrado 13 minutos depois. Primeiro, com domínio de bola. Depois, na prática, com um chutaço de Caio na entrada da área. O Palmeiras quase retomou a vantagem em contra-ataque em que Patric tirou a bola na hora H em finalização de Kleber. No lance seguinte, Robinho virou para o Avaí.

Ainda no primeiro tempo, os catarinenses ficaram com 10 na Ressacada. Pará tomou o segundo amarelo por entrada em Márcio Araújo.

Na etapa final, Felipão começou a pôr o time para frente, com Tadeu no lugar de Márcio Araújo. logo aos 9 minutos, em pênalti sofrido (provocado) e cobrado por Kleber veio o empate.

Depois do gol, a fumaça de sinalizadores disparados pela torcida na hora do empate pararam a partida por cinco minutos. A esfriada prejudicou os visitantes que, mesmo tendo Tinga no lugar de Pierre, não impediram o crescimento do Avaí. O alviverde teve pelo menos três boas chances de gol – duas em cobranças de falta – enquanto os catarinenses mandaram uma bola na trave do goleiro Deola.

Gols que importam, só nos minutos finais. Aos 45, com Caio de pênalti (estranho, mas que implicou a expulsão de Léo), e aos 47, com Roberto, deram números finais. Não deu para o Palmeiras.