Destaques

sábado, dezembro 07, 2013

Em primeira fase cheia de "reprises", Argentina tem caminho "fácil" para as semifinais

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Se o destaque do sorteio da Copa do Mundo ontem foi o fácil grupo que o Brasil, mas com um possível caminho rumo à final muito mais difícil na fase eliminatória, quem deve estar rindo à toa é Alejandro Sabella, técnico da Argentina. Além de um grupo tranquilo que conta com Irã, Bósnia e Nigéria, o caminho até as semis não deve ser pedregoso como o brasileiro, caso os portenhos confirmem seu favoritismo e terminem na primeira posição.

Messi tem chance de birlhar
Nas oitavas, a Argentina pega o segundo colocado do grupo E, que tem Suíça, França, Honduras e Equador. Não parece ser das missões mais ingratas. Nas quartas, caso avance, pega o vencedor do duelo entre o primeiro do grupo H, que tem Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul, e o 2º do G, com Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos. Na hipótese mais provável, um campeão do mundo só entraria no caminho do time de Messi nas semis. Claro, tudo isso contando com uma relativa lógica que o futebol adora contrariar...

Os argentinos também devem viajar distâncias menores que outras seleções. Na primeira fase, jogam no Rio, Belo Horizonte e Brasília. Fechando como líder, o caminho até a final tem São Paulo, Brasília e São Paulo de novo. Sendo que a equipe vai ficar em BH, nada que doa muito aos hermanos, ainda mais se comparando com os Estados Unidos, que na fase de grupos se deslocará por 5.609 quilômetros no período de dez dias.

Vendo as possibilidades do Brasil na fase eliminatória, percebe-se a diferença para nossos vizinhos. Os comandados de Felipão devem pegar Espanha ou Holanda, campeão e vice da última Copa, logo nas oitavas. Se passar, nas quartas a seleção enfrenta o vencedor da peleja entre o 1º colocado do equilibrado (por baixo) grupo C, com Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão, e o 2º do “grupo da morte”, com Uruguai, Inglaterra, Itália e Costa Rica. Se chegar às semis, pode pegar Alemanha ou França. Ou seja, pode ser um caminho no qual vai enfrentar somente campeões mundiais. Mas desde já aposto no Chile como zebraça no grupo B.

Show de reprises

Outro ponto que chamou a atenção no sorteio foi o elevado número de “duelos-reprises”, com partidas que já aconteceram em fases de grupo de outros Mundiais. O Brasil, aliás, pega um adversário na estreia, a Croácia, que já enfrentou como primeiro rival em outra oportunidade. Na Copa de 2006, Kaká marcou o gol da vitória por 1 a 0 contra os croatas. A seleção também enfrentou Camarões na primeira fase do Mundial de 1994, quando os comandados de Carlos Alberto Parreira bateram os africanos por 3 a 0, gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto.



Em Copas, o México é freguês antigo, tendo sofrido goleadas nas primeiras fases da Copa de 1950, 4 a 0 com gols de Ademir (2), Baltazar e Jair, e em 1954, um 5 a 0 com tentos marcados por Pinga (2), Didi, Baltazar e Julinho. Na Copa de 1962, a seleção bateu os mexicanos por 2 a 0, gols de Zagallo.

No grupo B, Espanha e Chile já haviam se enfrentado na primeira fase da última Copa, de 2010 vitória espanhola por 2 a 1. Aquele grupo, a propósito, tinha Honduras e Suíça, que vão duelar novamente no Mundial de 2014 pelo grupo E. Os suíços também encontrarão outro velho conhecido, a França, que terminou em segundo lugar no grupo G da Copa de 2006, atrás do país dos relógios e chocolates.


No grupo F, Argentina e Nigéria repetem um jogo que já aconteceu na Copa de 2002, de triste lembrança para ambos. No “grupo da morte” da ocasião, os dois foram eliminados de cara, superados por Suécia, primeira colocada, e Inglaterra, que hoje integra outro grupo complicado, o D. Nele, Itália e Uruguai vão reviver um duelo disputado na fase de grupos da Copa de 1970, quando ambos avançaram, terminando entre os quatro melhores do torneio. Na ocasião, houve empate em 0 a 0, mesmo resultado de partida válida pela primeira fase da Copa de 1966 entre ingleses e uruguaios, que também se encontram mais uma vez em Mundiais.


quinta-feira, dezembro 05, 2013

Robledo, jogador chileno que inspirou garotinho inglês

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Cidade de Liverpool, em 1952
Antes dos Beatles surgirem, a cidade portuária de Liverpool era mais conhecida, na Inglaterra, pela sua profusão de comediantes e pelo fanatismo de sua classe operária (formada principalmente pela massa de descendentes de irlandeses) por futebol. Cada vitória dos clubes Liverpool e Everton representava um "cala boca" dos nortistas sobre os habitantes do resto do país, especialmente os arrogantes londrinos, que os desprezavam como "caipiras" e provincianos. Muitas vezes, a defesa desse orgulho do "povo do Norte" ultrapassava fronteiras e fazia com que os scouses (apelido dos operários liverpudianos) torcessem para qualquer clube da região - como o Blackpool e o Leeds United, entre outros - contra os times de Londres, como o Chelsea, o West Ham etc.

'George' Robledo, herói do título
Foi o que aconteceu na decisão da Taça da Inglaterra, em 1952. O poderoso Arsenal, da capital, enfrentaria o Newcastle, campeão da edição anterior. Como a cidade de Newcastle upon Tyne fica no extremo Norte do país, perto da fronteira com a Escócia, os torcedores de Liverpool ficaram naturalmente a favor do time local. A partida disputada no dia 3 de maio daquele ano, no lendário Estádio de Wembley, paralisou todos os ingleses fanáticos por futebol. Mas foi um chileno o protagonista do jogo: aos 39 minutos do segundo tempo, Jorge "George" Robledo Oliver marcou de cabeça o gol do título para o Newcastle, levando o "povo do Norte" à loucura (clique aqui e veja vídeo sobre a conquista histórica).

O garotinho John, aos 11 anos
Em Liverpool, um garotinho talentoso de 11 anos, que gostava muito de ler, escrever e desenhar, ouviu a partida épica pelo rádio e também se entusiasmou. Neto de um irlandês legítimo e muito orgulhoso por ser um scouse, John Winston Lennon morava com os tios Mimi e George, pois seus pais não puderam criá-lo. É possível que, menos por gostar de futebol do que por defender a honra do "povo do Norte" contra os odiados londrinos do Sul, ele tenha decidido exaltar o grande feito do Newcastle em um desenho. E talvez este enraizado sentimento bairrista possa ter ressurgido 22 anos depois, em 1974, quando, já como um famoso ex-beatle, John Lennon escolheu o mesmo desenho para ilustrar a capa de um de seus discos.

O ex-beatle Lennon, em 1974
"Walls and bridges" ("Muros e pontes") traz, como sucessos, as músicas "Whatever gets you thru the night" e "#9 Dream". Foi um dos três trabalhos que Lennon gravou no período de um ano e meio em que esteve separado de sua segunda esposa, Yoko Ono. A ilustração na capa do disco mostra dois jogadores de futebol com camisas listradas preto e branco, à direita, disputando a bola com um defensor de uniforme vermelho e branco e um goleiro com camisa azul. Está escrito: "John Lennon, junho de 1952, idade 11, futebol". Ou seja, um mês após a vitória do Newcastle sobre o Arsenal. E o desenho mostra o gol do chileno Robledo, que decidiu a Taça da Inglaterra. Vejam:

Desenho que ilustra o disco "Walls and Bridges", de 1974, feito 22 anos antes
Lance do gol de Robledo, que é observado pelo colega Jackie Milburn (camisa 9)
Estátua do 'herói' Milburn
Notem que, assim como na foto, Lennon fez questão de preservar destaque para o camisa 9 do Newcastle, o lendário Jackie Milburn, que observava o gol do colega Robledo. Isso tinha um conteúdo simbólico para John: ele nasceu no dia 9 de outubro e considerava este como seu número de sorte, o que o levou a batizar canções com títulos como "Revolution 9" e a já citada "#9 Dream". E vejam que coincidência: John Edward Thompson "Jackie" Milburn, o tal camisa 9, que era idolatrado no Norte da Inglaterra como "Wor Jackie" (algo como "Nosso Jackie", no dialeto local), faleceria justamente num dia 9 de outubro, em 1988, quase oito anos depois de Lennon ter sido assassinado. Assim como John na música, Milburn foi um "Herói da classe operária" ("Working class hero", título de outra canção do ex-beatle) no futebol.

Robledo, pelo Chile, na Copa de 50
Mas o jogador mais festejado, naquela conquista do Newcastle, foi mesmo "George" Robledo. Nascido em Iquique, no Chile, em abril de 1926, era filho de um chileno e uma inglesa. Por problemas políticos, a família emigrou para a Inglaterra quando ele tinha 5 anos. Foram morar em Brampton, cidade famosa pelas minas de carvão. Robledo trabalhava exatamente como mineiro quando começou a jogar futebol. Chegou ao time do Newcastle em 1949 e se destacou a ponto de ser convocado pela seleção chilena para a Copa de 1950, no Brasil, mesmo sem saber falar espanhol. Jogou apenas a terceira e última partida do Chile naquele Mundial, 5 a 2 contra os Estados Unidos, em Recife (clique aqui e veja o vídeo) - e foi Jorge Robledo quem abriu o placar. Mas os chilenos já haviam perdido para a Espanha e justamente para a Inglaterra e foram eliminados.

Robledo (à direita) escora a bola e abre o placar contra os Estados Unidos, em Recife

John em 1961, rumo à glória
Em 1953, um ano depois de marcar o gol que deu o título da Taça da Inglaterra ao Newcastle, Robledo voltou para o Chile, para jogar no Colo-Colo. Mais tarde, em 1959, passou para o Club Deportivo O'Higgins, onde encerrou a carreira dois anos depois. Naquele momento, lá no Norte da Inglaterra, uma banda de rock'n'roll formada por quatro scouses liverpudianos começava a trilhar sua trajetória rumo à glória mundial, os Beatles (trocadilho entre beat, batida, e beetles, besouros). E o líder e fundador do grupo era ninguém menos que John Lennon, o garotinho que havia orgulhosamente registrado em desenho o gol do título do Newcastle de 1952. Domingo agora, 8 de dezembro, completam-se 33 anos de sua morte. Já Robledo morreu em abril de 1989, no Chile, seis meses depois do ex-colega de equipe Jackie Milburn.


quarta-feira, dezembro 04, 2013

Tipos de cerveja 71 - As Chile Beer

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Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, as Chile Beer são outro tipo moderno de cerveja - e em franca expansão. Podem ser ales ou lagers, com adição de algum elemento picante. Por exemplo, pimentas malaguetas (Opa! Agora o camarada Glauco ouviu conversa!). O mais comum é a utilização do jalapeño, ingrediente muito utilizado na cozinha mexicana (e bem ardido). Porém, o parceiro Bruno Aquino, do site português, alerta que, "apesar de divertidas, é raro encontrarmos um resultado final que seja satisfatório, isto se pensarmos em termos de qualidade da cerveja". Buenas, quem quiser arriscar mesmo assim pode procurar pela Rogue Chipotle Ale, a Winkoop Patty's Chile Beer (foto) ou a Rock Bottom Cinco de Mayo.  

terça-feira, dezembro 03, 2013

Adiós, 'El Verdugo'

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Com a camisa do São Paulo: 393 jogos e 119 gols
O ano de 2013 ficará marcado pela perda de jogadores de futebol geniais, verdadeiras lendas do esporte bretão. Depois de Djalma Santos, Gylmar dos Santos Neves e Nilton Santos, faleceu ontem, em São Paulo, Pedro Virgilio Rocha Franchetti - ou simplesmente Pedro Rocha, considerado "um dos cinco melhores jogadores do mundo" por Pelé, nos anos 1960. O uruguaio, que completaria 71 anos justamente hoje, sofria de atrofia do mesencéfalo, doença degenerativa que o impedia de andar e falar, além de prejudicar a visão, e que se agravou nos últimos anos. Peñarol e São Paulo, os times onde se destacou, chegaram a conversar sobre um amistoso que seria realizado em janeiro, para reverter a renda ao ex-jogador, mas não deu tempo. Ultimamente, vivia na capital paulista, junto com a mulher Mabel.

Conhecido como "El Verdugo", por ser "carrasco" das defesas adversárias, Pedro Rocha era um meia-atacante artilheiro, na "escola" de Pelé (foi o goleador do Brasileirão de 1972, por exemplo). Despontou no Peñarol aos 17 anos e, entre 1959 e 1968, conquistou oito títulos uruguaios, três Libertadores da América e dois Mundiais de Clubes - em 1966, com duas vitórias sobre o poderoso Real Madrid, Rocha fez um dos gols no jogo decisivo, da volta, na Espanha. Disputou quatro Copas seguidas pelo Uruguai, entre 1962 e 1974. Chegou ao São Paulo em 1970, onde seria campeão paulista em 1971 e 1975 e brasileiro em 1977. Ao todo, disputou 393 jogos pelo Tricolor do Morumbi e marcou 119 gols (é o 12º maior artilheiro do clube). Fez uma Libertadores brilhante em 1974, mas não conseguiu o título. Foi um dos que mais choraram a derrota para o Independiente.

Antes de pendurar as chuteiras, ainda passou pelo Coritiba (campeão paranaense em 1978), Palmeiras, Bangu e futebol mexicano (Deportivo Neza e Monterrey), até encerrar a carreira no Al Nassr, da Arábia Saudita. Tornou-se treinador e, a partir de 1981, dirigiu vários times do interior paulista, até chegar à Portuguesa, em 1988, e de lá foi para o português Sporting. Voltou para treinar o Internacional de Porto Alegre, em 1996, esteve no Japão (Kyoto Purple Sanga) no ano seguinte e depois passou por Ponte Preta, Ituano, Caldense e XV de Piracicaba, até se aposentar definitivamente, em 2000. "A mágica e a mística de Pedro Rocha estarão para sempre nas páginas de ouro da trajetória do São Paulo Futebol Clube", diz nota oficial emitida pelo clube paulistano. Adiós, "El Verdugo", descanse merecidamente. E muito obrigado!




'In elementis mé pra quem é amistosis'

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Alguém que gosta muito de "molhar a palavra" deve ter sido demitido da Imprensa Oficial do Estado de Alagoas. Para espanto de muitos, constrangimento do governo local e felicidade geral da Nação, o Diário Oficial alagoano publicou momentaneamente, ontem, a seguinte nota:

Mussum ipsum cacilds, vidis litro abertis. Consetis adipiscings elitis. Pra lá, depois divoltis porris, paradis. Paisis, filhis, espiritis santis. Mé faiz elementum girarzis, nisi eros vermeio, in elementis mé pra quem é amistosis quis leo. Manduma pindureta quium dia nois paga. Sapien in monti palavris qui num significa nadis i pareci latim. Interessantiss quisso pudia ce receita de bolis, mais bolis eu num gostis. Suco de cevadiss, é um leite divinis, qui tem lupuliz, matis, aguis e fermentis. Interagi no mé, cursus quis, vehicula ac nisi.

E foi assim que nosso Mestre Mussum (que Deus o conserve em tonel de bálsamo!) tornou-se o "pivô" dessa inacreditável "saia justis". A assessoria de comunicação da Secretaria da Fazenda alagoana apressou-se em repassar o abacaxi, dizendo que "a publicação foi uma falha ocorrida na Imprensa Oficial".

Em nota, afirmou que "o texto publicado não condiz com a resenha enviada pelo Gabinete desta secretaria, na última sexta-feira". AH, BÃOZIS, AINDA BENZIS!

Confiram imagem da "páginis mussunzianis" publicada em Alagoas:

'Sapien in monti palavris qui num significa nadis i pareci latim.' Sensacionalzis!

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Cenas que ninguém faz questão de ver OU 'Vem, mon amour, vem fazer Flu-Flu...'

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Tem muita gente urubuzando o Fluminense (principalmente a urubuzada flamenguista) para que o clube, campeão brasileiro de 2012, despenque para a Série B na última rodada do nacional deste ano. Muita dessa "secação" decorre de uma das maiores e mais vergonhosas viradas de mesa do nosso futebol, quando a famigerada Copa João Havelange, que substituiu o Brasileirão no ano 2000, alçou o time das Laranjeiras injustamente para a Série A, quando, como campeão da Série C no ano anterior, deveria mesmo era ter disputado a segundona.

A queda para a Série C em 1998, aliás, ficou marcada por uma promessa do veterano Renato Gaúcho, que garantiu desfilar pelado caso o clube confirmasse o rebaixamento. O time caiu e - felizmente - o jogador não cumpriu com a própria palavra. Pois agora, 15 anos depois, quando o Fluminense está na beira do abismo da Série B, outra "personalidade" faz ameaça idêntica. Sérgio "Vem Fazer Glu Glu" Mallandro decreta: "Se o meu Flusão cair, eu vou andar na orla de Copacabana de fio dental." Acho que agora muita gente vai mudar de ideia e torcer para o Flu escapar...

domingo, dezembro 01, 2013

Santos não amolece de novo e vira sobre o Atlético-PR

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Se o Santos, mesmo sem ter mais nada a fazer no Brasileiro de 2013, não amoleceu contra o Fluminense, empurrando o rival carioca para o Z-4, o Atlético-PR também não teve vida fácil no estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. Mesmo saindo na frente, o Furacão tomou o 2 a 1 e teve frustrado o sonho de se garantir na Libertadores na penúltima rodada.

Santos mantém tabu contra Furacão (Site do Atlético-PR)
O Peixe voltou ao palco do título de 2004, conquistado em um jogo contra o Vasco, justamente em uma disputa particular com o adversário de hoje, vice-campeão à época. Os dois times entraram tentando exercer pressão no campo adversário do outro, com o Alvinegro um pouco melhor, mas esbarrando na forte defesa paranaense. O Atlético-PR, no entanto, equilibrou a partida e Marcelo, revelação do campeonato, atuando contra uma marcação quase solitária de Cicinho, acabou fazendo a diferença e o gol do Furacão, aos 27.

Mesmo com a vantagem, os jogadores da equipe paranaense, e seu técnico Vágner Mancini, demonstravam certo nervosismo, talvez abalados pela perda do título da Copa do Brasil no meio de semana. E não demorou para o Santos empatar. Aos 33, Geuvânio deu belo passe para Cicinho (que quase não entendeu a jogada). O lateral foi à linha de fundo e cruzou para Cícero marcar de cabeça. O 1 a 1 fazia justiça a uma etapa inicial igual, com leve vantagem peixeira.

No segundo tempo, Claudinei acertou a marcação sobre Marcelo e os erros de passe de lado a lado se multiplicaram. Sem Paulo Bayer, o Atlético padecia de falta de criatividade, com lances pouco incisivos. O Santos também não conseguia criar, e desperdiçava oportunidades de chegar no gol adversário nos contra-ataques. O segundo gol nasceu de um lance que poucos esperariam.

Edu Dracena havia dado lugar a Durval, de volta após longo tempo e depois de travar uma discussão pública com o técnico. Dos seus pés saiu um lançamento primoroso que encontrou Cícero. O meia teve habilidade para dominar e tocar por cobertura na saída do goleiro paranaense na enésima tentativa do adversário de fazer a linha de impedimento, que funcionou durante boa parte do tempo, mas foi fatal nesse lance.

A partir daí, só deu Santos, que poderia ter aproveitado o desespero do Atlético para marcar o terceiro, mas pecou pela falta de precisão. Vitória importante que mantém uma escrita: o Peixe nunca perdeu para o rival em casa em Brasileiros. E um resultado que demonstra o profissionalismo do Santos quando neste campeonato, como em quase toda edição de Brasileiro, existem polêmicas sobre “entregas” e quetais.

De quebra, a vitória peixeira força o Atlético-PR a ter que ganhar do Vasco para se garantir na Libertadores. Nessa peleja, em Joinville, não vai ter marmelada...