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Na próxima segunda-feira, no Artilheiros Bar, será lançado o livro Artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa. Escrita por Wladimir Miranda, com prefácio de Flávio Prado e apresentação de Mauro Beting, a obra teve participação de dois frequentadores deste espaço: este que escreve fez a coordenação editorial e o companheiro Moriti fez a edição de texto.
São inúmeras as passagens curiosas da vida de Chulapa, dentro e fora dos gramados. Tem, por exemplo, sua versão sobre o que aconteceu na Copa de 1982. “A minha Copa era a de 78. Era a Copa de choque. Cotovelada aqui, chegada ali. Mas poderia ter colaborado pra caramba na de 82. Eu também tive culpa. Aceitei ser pivô para os outros que vinham de trás. Fiquei jogando de costas. Todos mostrando futebol e eu tomando porradas." E diz que o time brasileiro não via na seleção italiana uma grande ameaça. "Nós não respeitamos a Itália. Também não respeitei. Pensei: a Itália veio de três empates, vamos arrebentar os caras. O empate era nosso. No final, deu no que deu: não deu."
Mesmo com as adversidades, Serginho tinha amigos na seleção de 1982. Um deles era o saudoso Doutor Sócrates: “O Serginho é uma figura especialíssima. Tem um coração enorme. Pena que o que entrou para a história foram as explosões, o temperamento polêmico. Como ser humano, é um belíssimo exemplo para a sociedade brasileira. O problema é quando tiram o Serginho do sério”, disse. Sobre o Mundial, Magrão falou: “Na verdade, o Serginho entrou numa fria. A seleção brasileira formada pelo Telê era muito técnica. O time foi montado para jogar com o Careca ou com o Reinaldo como centroavante. O Careca sofreu uma contusão e o Telê não quis levar o Reinaldo. Aí, o time teve de se moldar ao estilo do Serginho. E o estilo dele não tinha nada a ver com o resto da Seleção. Serginho era um atacante finalizador, de choque. Por isso que digo que, para ele, a seleção de 82 foi uma fria”.
Outro amigo, Zico, conta que Serginho o "vingou" de uma das muitas faltas duras que sofreu em campo.“Meu relacionamento com o Chulapa sempre foi excelente. Tenho amizade com ele até hoje. É um cara extrovertido, de personalidade e que se entrega dentro de campo para fazer o melhor. Tenho certeza de que se tivesse tido um pouquinho mais de tempo jogando com a turma de 82, teria tido melhor sorte naquela Copa. Ele só chegou na última convocação e a Copa foi o batismo dele na Seleção Brasileira. Sempre foi um ótimo companheiro e, quando se torna amigo, te defende de todas as formas", conta o eterno Dez do Flamengo. "Num jogo entre Flamengo e São Paulo, o Zé Teodoro me deu uma entrada violenta e me tirou do jogo. Num jogo seguinte, ele, jogando pelo Santos, deu uma entrada forte no Zé Teodoro e disse: ‘Essa é pelo que você fez com o Zico’. Depois, ainda jogamos juntos numa competição de masters, pela seleção brasileira. Foi só diversão. Tenho o maior carinho e respeito por ele. O Serginho foi um dos grandes artilheiros do nosso país”. Os são-paulinos e santistas que o digam.
Ganhe um exemplar autografado
Dê RT nesse tweet e concorra a um exemplar autografado do livro Artilheiro indomável - As incríveis histórias de Serginho Chulapa.
Serviço
Editora Publisher Brasil
Lançamento no Artilheiros Bar
Rua Mourato Coelho, 1194
Segunda-feira, 12 de dezembro, 19h.