Destaques

sábado, fevereiro 06, 2010

Em ritmo de carnaval candango

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Sim, existem foliões pelas terras planas da panetolândia!
Começa hoje o pré-Carnaval em Brasília, com o desfile de oito blocos da cidade. A promessa é de fantasias com inspirações “arrudianas”, que incluem camisetas, panetones, o kit político com meias, gravatas e ternos, além das tradicionais máscaras e nariz de palhaço.

Já sobre os sambas-enredo, ao menos dois blocos carnavalesco de Brasília escolheram o tema dos escândalos políticos do governo Arruda (ex-DEM) para suas marchinhas. No bloco “Pacotão” a alegria promete ser mantida ao som da marchinha “Bolsetão da Eurides”. A letra remete a cena da deputada Eurides Brito (PMDB) colocando notas e mais notas em uma bolsa, entregues pelo ex-secretário de Assuntos Institucionais do GDF, Durval Barbosa. Já o “Nós que nos amamos tanto”, os foliões desfilaram com o enredo “Dos traços do arquiteto ao panetone: apogeu e glória em meio século de alegria candanga”. Vale lembrar que enquanto isso a tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, “Beija Flor”, canta "Brasília 50 anos - A Capital da Esperança" e ignora os escândalos com estrofes como esta: "Sou candango, calango e Beija-Flor!/ Traçando o destino ainda criança/ A luz da alvorada anuncia!/ Brasília capital da esperança"

Mas voltando ao assunto pré-Carnaval candago.
A regra é clara. Se pulou nos blocos durante o sábado, no domingo, 7, aconteçe outro esquenta para os dias de folia: O "Limpa Brasília" ou "Brasília Limpa". Vale o esforço de reportagem para garantir a presença no evento, mas pelo horário, por ser domingo e pelo sol que anda fazendo por aqui, só mesmo uma segunda edição da Corrrida de Cerveja para botar o povo na rua....



Imagens: Sugestões animadas do grupo Fora Arruda.


Já escolheu a fantasia? Agora confira as letras das marchinhas e boa festa!

Bloco Pacotão com a letra ”Bolsetão da Eurides”
Eurides Brito enche o bolsetão/ Com o dinheiro da corrupção (Bis)
Mas ela é feia! É muito feia!/Mas ela está com a bolseta cheia (Bis)


Nós que nos amamos tanto: “Dos traços do arquiteto ao panetone: apogeu e glória em meio século de alegria candanga”.

“Não tem ladrão que fique triste”
Oh meu Deus/Protegei nós que roubamos
Nós Que Nos Amamos Tanto, em 2010/ Brasília faz 50 anos
Tudo começou num avião/De Lucio Costa e Niemeyer
Tesourinhas, superquadras e palácios/Os candangos em todos os traços
Mas o projeto era superfaturado/Nem Juscelino segurou a malandragem
E agora que já é cidade feita/Veio o Durval e entregou toda a receita
Tem uva passa, fruta seca e propina/É o panetone do Arruda em Brasília
Regeneração/No GDF não existe/Tem caixa 2, tem cueca, mensalão/Não tem ladrão que fique triste
Democrata Arruda,/Reza, chora e nunca muda
Depois do painel, embolsou 50 mil,/E vai torrar lá na Papuda
Grana na meia, mas que catinga/Até o Roriz pode acabar no Buritinga

Piedade ao John Terry!

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Peço um minuto de reflexão antes de julgar o John Terry. Por favor se coloquem por um instante na pele deste grande capitão...

Meu amigo, a Vanessa Peroncel é um avião! Basta de bobagem. Deveriam dar a faixa de capitão da seleção inglesa "ad eternum" para o Terry.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Eles que se entendam

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Wayne era casado com Vanessa Peroncel, que teve caso com o capitão da seleção (ao lado, com a esposa, Toni)






A fofoca futebolística do ano foi o caso divulgado entre o capitão da seleção inglesa John Terry e a esposa de seu colega de seleção, o lateral Wayne Bridge.

O que cada um faz em sua vida particular não interessa a este Futepoca e o assunto, por mim, não estaria aqui não fosse a decisão do técnico da seleção inglesa de tirar de Terry a faixa de capitão do time por conta da vida extracampo.

O técnico fez isso, após verdadeiro clamor popular por moralidade e otras cositas, do tipo, "um capitão tem de dar o exemplo" etc. Sei lá, para mim, mais que o nacionalismo, o moralismo é o último refúgio dos canalhas. Repito, nada tenho a ver com a vida pessoal dos diretamente envolvidos e eles que se virem e resolvam suas vidas.

Mas esse lado do futebol, de transformar jogadores em estrelas de tablóides, em pop stars, e misturar isso com a performance em campo é insuportável. Terry deve ser capitão ou não por suas atitudes em campo, não pelo que faze fora dele.

Mas para isso não ficar sério demais, vai aqui um pedaço da carta aberta do jornalista Xico Sá, da Folha, ao Mr. Bridge.

"Quem nunca viveu tal infortúnio? Basta estar vivo, amigo. Na companhia de uma mulher como Vanessa Perroncel, a francesa, tua ex, ampliamos as chances do amor e de outros objetos pontiagudos, como no título do livro do Marçal Aquino.

Sim, dói mais por ser escândalo de tabloide, dói mais por ser público, dói mais por se tratar de um amigo urso, o capitão da seleção inglesa, John Terry, o cara do Chelsea.

Ei, Bridge, não fique mal, escute uma música triste dos Beatles e se sinta bem melhor.

Ei, Bridge, venha para a noite de São Paulo que te apresento garotas legais. Se não der no processo burguês da conquista, caímos no Love Story ou no Amistosas."

Santo André 1 X 2 Santos - a pintura de Neymar

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Se uma imagem vale mais que mil palavras, como diria Mauro Beting, a partida de ontem no ABC entre Santo André e Santos poderia ser resumida no gol de Neymar. Talento, habilidade e objetividade, só isso. Mesmo o gol com toque sutil do companheiro Paulo Henrique Ganso, que decretou a vitória santista, ficou ofuscado pela imagem da obra do garoto no primeiro tempo.O torcedor, tal qual um apaixonado que havia esquecido porque gostava tanto de futebol, lembrou porque o tal esporte ainda é capaz de provocar suspiros. Abaixo, a pintura:



PS: Como torcedor e comentarista oportunista tem memória curta, é bom lembrar que Neymar foi lançado por Vágner Mancini no início do ano passado e o treinador em nenhum momento quis que lhe tecessem loas por conta disso. O menino foi fundamental na campanha peixeira no Paulistão e depois, com o treinador genial que sucedeu Mancini na Vila, virou reserva. Tal como aquela namorada que desmancha o relacionamento dizendo que "vai ser melhor pra você", o "gênio" dantão achou que era uma forma de valorizar o menino colocando-o na reserva de um craque como Jean (aquele). Dorival Júnior resolveu fazer a equipe jogar privilegiando o talento dos dois meninos, algo menos do que o óbvio. O torcedor agradece e o futebol também.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Novo empate em casa, nova falha de Armero. É caso de benzedeira

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Depois de sair perdendo, o Palmeiras conseguiu o empate com a Lusa no Palestra Itália. O placar de 1 a 1 no enxarcado gramado, apesar de a drenagem ter sido melhorada nas férias – sim, ano passado era pior. Com o resultado da partida, o time foi a nove pontos, dois atrás dos times do G-4.

Em horário de fim de semana, 17h, o jogo não foi bonito, mas sim terrível para o lado palmeirense. Sem Cleiton Xavier, expulso, o time não teve organização em campo. Foi presa fácil para a Lusa. Mas a falha que deu origem ao gol rubro-verde, aos 31 minutos, saiu dos pés do lateral-Armero, na pior fase de um lateral esquerdo no time desde Lúcio.

Que conste, porém, que o colombiano recebeu a bola na fogueira.



O empate foi conferido por Danilo, mas desta vez a falha foi de Domingos. O camisa 23 alviverde foi o único resposável por outra chance de gol, mas não rolou.

O que ninguém presta atenção é que foi dos pés de Armero que começou a jogada pela ponta. Claro que não foi o lance do gol, mas girando a bola de um lado para o outro, no mínimo, dificulta a marcação.



A Lusa ainda teve chances de garantir a vitória, enquanto o Verdão estava manco: só existia pelo lado direito. Nem pelo esquerdo nem pelo meio, sentindo a fase do camisa 6 e a ausência do 10. Deyvid Sacconi, depois do vai-não-vai do fim de semana, foi presa fácil para a marcação bem postada por Vagner Benazzi.

Com tanta dependência de Cleiton Xavier e Diego Souza – entendam, os dois jogando bem – é melhor Muricy Ramalho começar a buscar estratégias para tirar leite de pedra.

No final do jogo, sobrou o coro: "ô, ô, ô, queremos jogadô".

Várzea – a bola rolada na beira do coração

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Imagem: Reprodução da Agenda Cultural da Periferia

É no terrão mesmo que rolam os verdadeiros campeonatos brasileiros. O futebol de várzea alimenta os sonhos da molecada, que joga nas ruas pensando em um dia vestir a camisa do time do coração, da seleção brasileira ou só do time do bairro mesmo. É o palco das festas no finais de semana de muito marmanjo e garante emoção e diversão nos espaços da periferia brasileira.

A várzea não é só o lugar onde a grama não resiste à chuva, é o samba, a poesia, hip-hop, o churrasco, a cervejada e, claro, o cenário de muitas histórias do futebol. E ao menos as da periferia paulistana estão agora presentes no documentário independente “Várzea – a bola rolada na beira do coração”, do poeta e arte-educador Akins Kinte. O documentário estreia no dia 8 de fevereiro na galeria Olido, centro da metrópole chuvosa, e contará com um circuito de exibição periférica, que pode ser conferido aqui.
Se eu estivesse pelas terras alagadas, certamente iria! A dica tá dada..

Calor do “outro mundo possível” derruba até comentarista esportivo

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A equipe Futepoca e todos participantes do Fórum Social Mundial suaram muito para garantir presença nas atividades do FSM em Porto Alegre (RS).

Também conhecida como Forno Alegre, a cidade ostenta termômetros nas alturas, que não raro beira os 40 ºC com a sensação térmica passando dos 44°C.

E a prova de tanto esforço para trabalhar com este calor é o desmaio do ex-jogador Batista, que atuou no Internacional, Grêmio, Avaí, e Palmeiras, além da seleção brasileira, e atualmente é comentarista esportivo da RBSTV. Batista caiu ao vivo antes da transmissão do jogo entre Grêmio e São Luiz na tarde desta quarta-feira, 3.




É, só tomando uma para aguentar o calor!

Corinthians perde para a Ponte Preta em noite de Finazzi

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Depois de passar 2009 sem perder no campeonato Paulista de futebol, o Corinthians lembrou o que é derrota na quarta-feira, 3, em Campinas. E de virada. E com Finazzi sofrendo pênalti e marcando o gol da vitória. A vingança.

Claro que eu tampouco gosto de escrever sobre time alheio. Embora já tenha recorrido a tal expediente, a tarefa é necessária pelas férias a que os corintianos do Futepoca merecidamente gozam.



Sem Ronaldo nem Roberto Carlos, mas com uniforme novo, o Corinthians saiu na frente com Jucilei aos 17 minutos do segundo tempo. Nove minutos depois, Fabiano Gadelha empatou, de pênalti. O lance da falta dentro da área em Finazzi foi claro.

A virada da Macaca se deu aos 30 da etapa final. Depois, pressão dos visitantes para colocar o goleiro sem cabelos Eduardo Martini para trabalhar.

Nada grave perder no estadual, acontece. Mas o resultado tirou o Timão da liderança. O Botafogo de Ribeirão Preto está na ponta, depois de golear o Barueri por 4 a 0 em Presidente Prudente, seguido do São Paulo. A própria Ponte empatou com o time de Mano Menezes em 11 pontos.

O técnico-torcedor, o patrocínio e a moral

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Quando cheguei ao trabalho, ouvi de corintianos comentários fáceis – e obrigatórios – do tipo "você acha que o Muricy dura mais dois jogos?" e "Dois jogos não é muito?" Claro que troça é troça, e depois de um clássico vencido, é inevitável. Até porque os alvinegros passaram três anos sem esse sabor. E não serão torcedores rivais que vão pautar o torcedor.

No domingo, enquanto o Palmeiras perdia para o Corinthians jogando a maior parte do tempo com um jogador a mais, o treinador Muricy Ramalho desfilava com um novo uniforme. O que está em questão não é a superstição praticada por alguns treinadores e jogadores no passado, que repetiam camisetas, bonés, meias e tudo quanto é peça de roupa.

Segundo a empresa patrocinadora, "nunca, na história deste planeta", uma empresa estampa sua marca no uniforme do técnico de um time profissional. E só dele.

De lambuja, leva carrinho da maca, placas nos Centros de Treinamentos, outdoor no Centro de Treinamento de Guarulhos e também o backdrop – aquela lona que compõe o cenário onde jogadores, comissão técnica e cartolas concedem entrevistas. A seguradora da Unimed levou R$ 1,3 milhão aos cofres do clube, por um ano.

Segundo o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, Muricy "topou ajudar na hora" e não levou nada a mais pela fórmula. Exceto os direitos de imagem já definidos por contrato, mostrando ser "um excelente profissional", de acordo com o diretor de marketing do clube, Rogério Dezembro.

Tanta moral exibida na coletiva com a diretoria seria pra inglês ver?

A insatisfação com o futebol apresentada é geral, inclusive de Muricy e da diretoria, que promete mais atacantes. E as críticas que aparecem são mais à diretoria do que ao treinador.

Um sinal que deixa claro para mim que o clima é tranquilo por lá – pelo menos por enquanto – foi a forma como o Terceira Via Verdão abriu a entrevista com Muricy. Além de não editar nem cortar palavrões e maneirismos, o que deixa o texto mais divertido, está lá que "ouvimos coisas que há menos de um ano não achávamos que fossemos ouvir da boca do treinador". A saber: "Sim, Muricy era palmeirense quando criança".

A entrevista é divertida. O técnico elogia o time atual por ter boa escolaridade e boa cabeça, atributos de um elenco que não me lembro de ver elogiada. Diz que o Palmeiras não tem um 10 como Ademir Da Guia, "só tem cara que é força, corredor".

Apesar disso, diz que o time da Copa São Paulo, eliminado pelo Santos na semifinal, é muito bom, o que justifica tanta molecada compondo o elenco – além da falta de contratações, é claro. "Pô, tem um puta trabalho, essa safra é muito boa!", afirma. E o trabalho foi bom principalmente levando em conta que as categorias de base só produzem jogadores fortes, sem qualidade de passe – como já havia criticado antes.

Como faltam zagueiros e laterais bons, precisa optar por três zagueiros. "O São Paulo? Mudou [o esquema de jogo quando Muricy saiu] e se fudeu", sentenciou.

Tem que ler.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Dona Sabesp, agora entendi

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Num texto em que alega-se que em outubro do ano passado o Inpe já alertava para o excessivo nível dos reservatórios, que transbordariam com as previsíveis chuvas do final/começo do ano (veja aqui), mais interessante é ver a resposta da assessoria de imprensa da Sabesp.


Questionada sobre o motivo de não ter vertido as águas dos reservatórios mesmo com a previsão de chuvas, a empresa disse: "A função primordial da represa é o abastecimento. Quando está com os níveis normais, não há por que descarregar a água, sob pena de afetarmos o abastecimento. Somente quando as chuvas se intensificam e o nível da represa ultrapassa o volume operacional é que há necessidade de iniciar o descarregamento. Durante o período de chuvas, é preciso manter um nível de água suficiente para garantir o abastecimento nos meses de estiagem."

A Sabesp ainda afirmou que, "no que se refere à previsibilidade de fenômenos naturais como as chuvas, na média, eles são cíclicos, porém, ao longo do tempo, têm comportamento aleatório, não podendo se afirmar - sem riscos - o comportamento futuro. Assim, a operação realizada foi aquela que representava o menor risco". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."

Ahn, como? Não entendi nada. Se a competência para administrar água e esgoto for a mesma para escrever notas de resposta, está explicado o caos vivido nessa minha sofrida sampaulo.

Dinheiro na mão (do manguaça) é vendaval

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O Banco Central divulgou hoje as novas cédulas de real (à esquerda) que devem entrar em circulação, gradualmente, até 2012. Elas tem certa semelhança com as cédulas de euro, que me habituei a manipular na fase irlandesa, em 2009. Mas escrevo porque a notícia dos novos reais me trouxe uma sensação nostálgica de outras cédulas, outras situações de vida. Ou melhor: de outros bares.

Porque, por exemplo, quando me recordo da nota de 1 cruzeiro da minha infância (à direita), lembro do Bar do Anésio, onde eu ia procurar meu pai - a mando de minha mãe. Cercado por violões, boêmios, tigelas de tira-gosto e garrafas, ele nunca tinha pressa de voltar para casa. Por isso, me dava uma meia-dúzia dessas cédulas para eu me esbaldar com salgados e refrigerantes, enquanto ele terminava os trabalhos do fórum adequado. Foi o Bar do Anésio, uma casa simples de telhas antigas, sem forro, que me tornou um "butequeiro". Aquele bando de gente falando alto, rindo, cantando e manguaçando era (e é) um programa muito melhor do que ficar em casa assistindo TV.

Mas eu só teria permissão para iniciar minha própria boemia bem mais tarde, aos 12 ou 13 anos, quando o dinheiro nacional já era o cruzado. Lembro bem da nota de mil com o Machado de Assis (à esquerda), a quota que minha mãe separava para eu passar o final de semana. Eu ainda bebia com muita moderação e o dinheiro me permitia manguaçar nas noites de sexta e sábado, nos bailes do clube local, sem passar vontade. Me parece que na época cerveja custava mais barato e, na falta dela, sempre tinha uma dose de menta azulada que completava o tanque e fornecia a necessária cara-de-pau para tirar as meninas pra dançar - e salvar a auto-estima quando ouvia um "não".

Pouco depois, o Fernando Collor assumiu a presidência da República e retornou nossa moeda para cruzeiro. Foi uma época em que eu já conseguia defender uns pixulés fazendo pequenos serviços e me aventurava em expedições etílicas e "mulherísticas" por outras cidades. Nesse período de transição as cédulas de cruzado continuavam circulando, com carimbos mostrando o novo valor em cruzeiros (acima). Me recordo que o dinheiro estava tão desvalorizado que ninguém usava moedas pra nada. No bar, o valor do goró mudava a todo momento. Foi aí que desenvolvi o hábito (conservado até hoje) de converter o valor de qualquer coisa em cerveja, para avaliar se é barato ou caro. Se a coisa ou serviço custa o equivalente a até meia-dúzia de cervejas, não é tão extorsivo. Mais que isso é roubo!

Outra cédula estranha que me lembro de ter manuseado foi a de cruzeiro real (à esquerda). Sim, meus jovens, antes do real tivemos essa moeda híbrida que durou bem pouco, acho que só o primeiro ano do governo Itamar Franco. Eu estava na faculdade e trabalhava vendendo (ou tentando vender) títulos de sócio do (talvez nunca concluído) clube de campo Águas de Atibaia. Meu bar preferido era o 1 + 1, que tinha pagode ao vivo - não sou fã, mas esses recintos costumam atrair a mulherada. Foi nesse buteco mítico que eu fiquei devendo 182 cervejas no mês e tive que rifar um contrabaixo para pagar parte da pendura. Sorte minha que o bar faliu e não paguei o resto.

Bom, aí veio o real, com o congelamento de salários por dez anos e o aumento gradual mas recorrente do preço da bebida - o que não nos impediu de seguir militando pela nobre causa. Em bares de Fortaleza, Sobral, Santo André, São Paulo e mundo afora. Às vezes com um trocado melhor no bolso, às vezes desempregado, às vezes marcando na conta (obrigado, saudoso Vavá!), às vezes dependendo dos camaradas. Mas sempre molhando a palavra. E, a partir de agora, com essas novas cédulas - que um dia, espero, também puxarão outras memórias, de outros bares e bebedeiras. Saúde! E paga uma!

Bomba!

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), resolveu decretar hoje - tardiamente - o estado de calamidade pública no Distrito do Jardim Helena, região de São Miguel que engloba, entre outros, o Jardim Romano (foto) e o Jardim Pantanal. Para quem não sabe, o Jardim Romano foi um dos bairros pobres inundados há mais de um mês e meio para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que o governador José Serra (PSDB) pretende inaugurar o mais rápido possível, antes de deixar o cargo para disputar as eleições (se não acreditam que essa ação foi proposital, leiam essa reportagem aqui). E o Jardim Pantanal - com extensão ao Romano - é o local onde, há dois meses, 450 litros de esgoto por segundo passaram a alagar todo o bairro, quando uma estação de tratamento da Sabesp deixou de funcionar. Os moradores culpam o governo do Estado, que até agora não fez nada. Pois bem: visitando a vizinha cidade de Itaquaquecetuba, ouvi boatos de que, no Jardim Romano, pessoas estariam comprando dinamite para explodir a Barragem da Penha, em protesto contra o alagamento proposital que poupou as obras na marginal e com o descaso de José Serra. Espero que seja só boato. Mas eu não condeno totalmente quem, numa situação trágica e de abandono como essa, chega a pensar em reagir com uma ação tão desesperada.

Os verdadeiros manguaças guerreiros

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Está aí o exemplo de persistência, de quem sabe contornar as adversidades e chegar ao seu objetivo final. Nada a ver com esses tais guerreiros do merchandising cervejeiro tupiniquim, mas sim gente de verdade, que pena com a incompetência governamental reinante no estado de São Paulo e vai em frente, celebrando a vida no fórum adequado. A eles, nosso brinde!

(Frame de vídeo do portal Terra captado pela eminência parda Carmem Machado)

terça-feira, fevereiro 02, 2010

¡La garantia soy yo!

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Em 1979, para tentar impulsionar a agricultura no Brasil, o general de plantão João Batista Figueiredo lançou um programa de incentivo com o célebre slogan "Plante que o João garante!". Pra variar, virou piada na boca do povo. Um amigo jornalista lembra de três versões para a frase:

Plante pouco, que o João é louco!

Plante nada, que o João é uma piada!

Plante e coma, senão o João vem e toma!

Comoção em Salvador pela morte do "Anãozinho do Bahia"

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Domingo foi um dia duplamente triste para o torcedor baiano. Não apenas o time foi derrotado por 5 a 3, em pleno Pituaçu, para o seu xará de Feira de Santana, como também se perdeu um símbolo do clube. Evilásio Ferreira Souza, de 57 anos, mais conhecido como o “Anãozinho do Bahia”, foi ao estádio na esperança de ver a redenção do seu combalido Tricolor. Mas o destino reservaria algo mais trágico.

Conforme relatos do Série Brasil e Sempre Bahia, tendo como fonte matéria do Correio local, Evilásio estava obviamente infeliz com o resultado do jogo e acabou tomando algumas a mais. Talvez bem mais que algumas. Errou o ônibus e foi parar na Avenida Bonocô. Atravessou a via e, como era também surdo-mudo, teve dificuldades a mais para perceber a aproximação de uma moto que o atropelou.

“Até agora não sabemos como ele foi parar lá nem o motivo de ter atravessado a rua. Ele não tinha pernas para isso. O movimento ali é intenso, e as perninhas dele, curtas. Foi a decepção com o time que deixou ele sem rumo”, relatou a irmã de Evilásio, Sônia.

O triste episódio deixa uma mensagem educativa para os ébrios. Não basta não dirigir após beber, mas é preciso também não atravessar a rua se estiver em condições críticas. Nesse estado, é muito mais saudável dormir em cima da mesa do bar...

A mais feia das camisas

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Não costumo escrever sobre o time dos outros, muito menos o Corinthians, mas fica a sugestão de postarem nos comentários camisas mais feias que essa, que deve estrear amanhã no jogo contra a Ponte Preta.

Está lançado o desafio...

Resposta dos leitores

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A coluna Em Pauta, da nova edição da revista Meio & Mensagem, traz um raio-x do descrédito da chamada "grande imprensa" brasileira: dos 20 maiores títulos do País, 11 tiveram queda de circulação, de acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Os dois que mais caíram foram os do Grupo O Dia, do Rio de Janeiro: O Dia (-31,7%) e Meia Hora (-19,8%). Também tiveram quedas o Diário de S. Paulo (-18,6%), Jornal da Tarde (-17,6%), Extra (-13,7%), O Estado de S. Paulo (-13,5%), Diário Gaúcho (-12%), O Globo (-8,6%), Folha de S. Paulo (-5%), Super Notícia (-4,5) e Estado de Minas (-2%). Na soma total, a circulação dos 20 maiores jornais caiu 6,9%. Reflexo das distorções na cobertura política e da miopia em relação ao cenário econômico e social do país?

Tortura à estética do ludopédio

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Por Moriti Neto

Medo. O São Paulo entrou em campo – e só entrou mesmo, pois jogar que é bom nada! – na noite de domingo, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, e podia terminar a rodada entre os quatro primeiros do Paulistão. Podia, mas ainda que jogando contra o limitadíssimo Sertãozinho, o misto frio Tricolor errou demais e a produção ofensiva foi pífia. O time, na verdade, só conseguiu o empate em 2 x 2, com muita sorte e um gol contra. Isso, nos últimos segundos da partida.

O primeiro tempo foi de dar sono. Passes errados e um São Paulo perdido. De interessante, só uma bola que o Sertãozinho mandou na trave de Rogério Ceni

Vem a segunda etapa e mais futebol (isso é mesmo futebol?) sofrível. Sim, surgiram ali os quatro gols do jogo, o que numa conjuntura técnica tão horrorosa não quer dizer muito. No começo, o Sertãozinho marcou primeiro. Ricardo Lopes deu passe para Thiago Silvy, que apareceu no meio da fraca zaga são-paulina, com André Luis lento e péssimo como sempre, e só teve o trabalho de desviar

O São Paulo respondeu em uma bola espirrada na área. Léo Lima, que não fez mais nada na partida, acertou um bom chute de primeira e empatou. Só lembrei do volante durante o confronto nesse momento... 

Instantes depois: lambança. E, claro, envolvendo André Luis, que contou com a “ajuda” de Junior Cesar. Os dois bateram cabeça, a bola sobrou para Mendes, que colocou o time do interior na frente de novo: 2 a 1.

Sofrimento contínuo. Tortura estética do ludopédio tupiniquim. Baixa qualidade técnica de ambas as equipes e um jogo modorrento. O São Paulo não criava. Roger, no ataque, era tão horroroso quanto André Luis na zaga, e as jogadas pelas laterais inexistiam. Aliás, pela direita, o argentino Ádrian Gonzáles tem conseguido atuar pior que todas as improvisações feitas no setor desde a saída de Ilsinho, em 2007. A pinta era de que o Sertãozinho garantiria a vitória quando, aos 49 minutos, na última bola da partida, Jorge Wagner cobrou falta da esquerda e Marcos Vinicius desviou para o próprio gol. Porém, na súmula, o árbitro atribuiu o tento para o são-paulino, o que de fato foi um equívoco, pois ele cobrou a infração despretensiosamente, o perigo não era iminente, e o “crédito” deveria ter sido dado ao atleta adversário.

Assim. o São Paulo fica em oitavo lugar, com oito pontos e eu aguardo ansiosamente que os reforços (Alex Silva, Cléber Santana e Rodrigo Souto) estreiem e confiram algum padrão de jogo, bem como melhorem a qualidade técnica do Tricolor.

Além disso, a equipe precisa de mais atacantes porque Roger nunca teve, não tem e jamais terá condições de ser sequer opção no elenco e, de resto, para o setor ofensivo, só há nomes da base. E, ainda que tenham conquistado o título da Copa São Paulo deste ano, os garotos sofrem com a desconfiança de Ricardo Gomes, o que reforça algo que já ocorria com Muricy, ou seja, as tão badaladas instalações e os investimentos na molecada não rendem frutos desde a revelação de Breno. Informações de bastidores indicam, inclusive, que há certa animosidade entre o pessoal do CT da Barra Funda e o de Cotia. Os responsáveis pelo profissional dizem que os trabalhos de fundamentos nas categorias de baixo é fraco, e que os atletas têm graves deficiências nos passes, chutes e cruzamentos. Parece que o local onde treinam e moram virou um ambiente “mal frequentado”, com empresários de tudo que é lado circulando diariamente, as negociações são prioridade e a qualificação fica sei lá em que plano.

Aproveitando o comentário do Marcão, que aborda a negociação de André Dias, com a Lazio da Itália, por R$ 6,5 milhões – melhor ter saído ele do que Miranda ou Hernanes – e a provável opção pela manutenção do esquema com três na zaga, vamos nós ter que aguentar Renato Silva, André Luis ou Xandão entre os titulares. Dessa forma, termino o post do mesmo jeito que comecei: medo.

Derrota de José Serra seria boa para o PSDB?

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Texto de Wanderley Preite Sobrinho, do portal R7, traz uma curiosa avaliação de Vitor Emanuel Marquetti, professor de ciências políticas da PUC-SP: a derrota de José Serra (foto) nas eleições presidenciais deste ano pode ser boa para o PSDB, porque pode "ajudar o partido a se encontrar como oposição". Fiquei intrigado com isso. É fato que Serra é centralizador e líder máximo do PSDB paulista (ou melhor, paulistano), grupo que costuma atropelar as aspirações políticas de lideranças tucanas de outras regiões do país - vide Tasso Jereissati, Aécio Neves etc, etc. Mas penso que uma derrota do PSDB nas eleições presidenciais, seja com quem for, seria a morte do partido. No mínimo, teriam que mudar de nome, como o ex-PFL/DEM. Alguém vê algum sentido na análise de Marquetti?

No mato. E sem cachorro...

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A venda de André Dias (foto) para a Lazio por 2,5 milhões de euros, cerca de R$ 6,5 milhões, deixa a zaga do São Paulo totalmente exposta, desentrosada e sem opções para a estreia na Copa Libertadores, dia 10, contra o Monterrey do México. Afinal, como confiar em Renato Silva? Quem é Xandão? Pior: Miranda vem jogando muito mal, Alex Silva ainda demora para se recuperar de contusão e Andre Luis cumpre suspensão e está fora da primeira fase do torneio (se bem que isso pode até ser considerado um alívio!). Resumo da ópera: se o técnico Ricardo Gomes escalar o time no 3-5-2 na Libertadores, só terá Miranda, Renato Silva e Xandão em campo - e NENHUM zagueiro no banco. Se alguém se machucar ou for expulso, terá que improvisar Richarlyson na defesa. Isso é planejamento? Gomes ainda espera a contratação de um bom lateral-direito, para poder voltar ao 4-4-2. Cicinho não vem e, se viesse, é ofensivo e só renderia com três zagueiros em campo. Sei não. Nesta temporada me parece que a vaca foi para o brejo com menos de um mês no pasto...

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Repetição

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O post que se segue é praticamente idêntico ao que o Futepoca veiculou em 10 de fevereiro de 2008. Mas é que não tem como fazer algo muito diferente.

O Egito foi o campeão da Copa Africana de Nações, ao vencer nesse domingo, em Angola, a seleção de Gana por 1x0, tento anotado por Gedo.

Com a conquista, o Egito dispara como o maior vencedor da história da Copa Africana de Nações. É o sétimo título dos Faraós. Gana e Camarões, os mais próximos, têm "apenas" quatro títulos. Impressiona também o fato do título de 2010 ser o terceiro consecutivo da seleção egípcia.

Acontece que o futebol que domina o continente não será exibido na Copa do Mundo, que será jogada... na própria África. O Egito pipocou nas eliminatórias e sucumbiu perante uma menos
cotada Argélia - que inclusive foi massacrada pelo mesmo Egito num inapelável 4x0 para os próprios egípcios na semifinal.

É um caso curioso o do Egito, bem curioso. De qualquer forma, parabéns a eles!

efa.com.eg

Três pontos e um futuro promissor

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O Santos venceu o Oeste por 2x0 neste sábado mostrando um futebol eficaz. Menos vistoso que o da partida anterior, contra o Barueri; mas igualmente preciso e necessário para o alcance dos três pontos.


Se dessa vez não houve "encanto" no sentido mais forte da palavra, o que ficou foi a apresentação da equipe em termos táticos. Dorival Júnior escalou o Peixe com um eficaz losango no meio campo, em cujo vértice inferior estava Rodrigo Mancha, no superior Paulo Henrique Ganso e nos lados Marquinhos e Wesley. Estes dois, aliás, apresentaram ótimo futebol - algo que felizmente contraria as expectativas deste humilde escriba. Pará e Léo foram bem nas laterais, André cumpriu seu papel na frente e a dupla Bruno Rodrigo e Durval novamente foi pouco exigida.

Vale falar do futebol de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Neymar arrebentou. Mesmo. Mostrou precisão nos dribles e uma maturidade rara para um garoto de sua idade. O segundo lance do vídeo abaixo mostra bem o que foi a atuação dele. Sofreu uma chegada firme do zagueiro, mas se levantou e foi pra cima, criando um lance venenoso. Apanhou o jogo inteiro, e também ouviu poucas e boas dos adversários. Sei lá, acho que ele causa inveja.

Já Ganso... mais uma vez, foi mal. Arriscaria dizer que foi o pior atleta do Peixe no duelo contra o Oeste. Também havia ido mal contra o Barueri. Não estou dizendo que deva sair do time, longe disso; mas quando um grande jogador vai mal em duas partidas consecutivas, acaba nascendo uma preocupação.



A atmosfera na Vila Belmiro estava bacana: mais de 10 mil torcedores (eu fui um deles), o que, sabemos, é coisa rara por lá. E a torcida não teve pudores para entoar um "olelê, olalá, o Robinho vem aí, e o bicho vai pegar" no final do jogo. Sinal que há um clima bem positivo, uma sinergia se consolidando entre time, torcida e diretoria. Bom para o Santos.

Pesquisa CNT/Sensus: a manchete alarmante que ninguém deu

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A 100ª pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) foi divulgada nesta segunda-feira (1º) e todos os veículos optaram por manchetes corretas, mas surpreendentemente favoráveis à pré-candidata petista Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Realmente a vantagem de intenção de votos de José Serra (PSDB), governador de São Paulo, caiu para 5,4 pontos percentuais, menor do que a soma de margem de erro – de três pontos para mais ou para menos. É o limte da margem, mas é a margem.

Outras possibilidades seriam dizer que Dilma subiu 6 pontos ou que a diferença caiu quase pela metade. Ou ainda que Ciro Gomes despencou, pela primeira vez aparece atrás de Dilma numa simulação de improvável segundo turno.

Mas nenhuma dessas é a manchete alarmante.

O Marcão já havia alertado, em 2008, que Lula já era mais popular do que futebol e cerveja.

Agora, o dado assustador é que 67,4% dos 2 mil entrevistados são contrários ao uso de bebidas alcoólicas. A parcela é apenas sete pontos menor do que a rejeição ao cigarro.

O detalhe é que o Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado em 2007, apontava que 52% das pessoas bebiam. Segundo a Veja, "quase 70 milhões de brasileiros bebem" (36,6% de 191 milhões, segundo estimativa do IBGE de agosto).

Seja de acordo com os dados do Levantamento, produzido pelo Ministério da Saúde, seja na estima tiva sem menção a fontes da revista da Abril, há uma sobreposição de pelo menos 4% e no máximo 20% da população que bebe mesmo sendo contra o hábito.

No caso dos fumantes, 17% (24,6 milhões) têm o cigarro como hábito. É compatível com o nível de rejeição do tabagismo.

Independentemente da sobreposição, que realmente preocupa, o que impressiona é pensar que dois terços da população são contra bebidas alcoólicas.

Veteranos que resolvem

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Muito se fala do Paulistão deste ano como "campeonato de veteranos", com Roberto Carlos (Corinthians), Giovanni (Santos), Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni e Marcelinho Paraíba (São Paulo), Roque Júnior e Juninho Paulista (Ituano), Lopes e Christian (Monte Azul) e Marcos Assunção (Barueri), entre outros. Mas hoje, ao ver a lista de artilheiros do Campeonato Carioca, me deparo com outros dois velhos conhecidos dividindo a ponta, com 6 gols cada um: Dodô, do Vasco, 35 anos (à esquerda) , e o interminável Marcelo Ramos, do Madureira, 36 anos (à direita). Ao ver a inoperância dos ataques do São Paulo, com Roger e Marlos, e do Palmeiras, com Robert e Joãozinho, me pergunto se esses dois "vovôs" não teriam um lugarzinho nesses times, nem que fosse no banco de reservas. Ambos, aliás, já jogaram pelo tricolor e pelo alviverde, sem brilho. Mas, diante da atual (e triste) situação, talvez fossem melhor aproveitados.

Primeira derrota para o Corinthians em três anos. Por que não passa jogo no avião?

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O Palmeiras perdeu do Corinthians por 1 a 0 com um jogador a mais. Após três anos e três meses, o alvinegro voltou a sentir o sabor de uma vitória sobre os rivais. E os palestrinos, o amargo que é essa derrota. Jorge Henrique fez o gol e mandou avisar que nem precisava do Ronaldo, o Gordo, mesmo.

Bem desagradável.



Roberto Carlos expulso no começo e nem assim o time de Muricy Ramalho conseguiu manter a freguesia. Lamentável.

Mais lamentável foi não ver o jogo por estar no avião. Com a chuva na tarde de domingo, o aeroporto de Congonhas ficou fechado por uns 30 ou 40 minutos. Atraso. Esperar dentro do avião para decolar, celular sem bateria para ouvir o rádio.

É quase defender um direito humano a possibilidade de garantir ao torcedor a transmissão do jogo em uma situação assim, em que a comunicação com o mundo exterior é vedada. Tudo bem que precisaria pagar para Globo, para o clube dos 13, mas também daria para captar anunciantes. Será que não?

Tipos de cerveja 45 - As Vienna

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Como o próprio nome diz, esse tipo de cerveja tem origem em Viena, capital da Áustria. É uma bebida leve, com sabor e aroma de malte, bastante próxima das Marzen e das Oktoberfest. Apesar da sua origem alemã/austríaca, é, hoje em dia, uma raridade encontrar essa cerveja à venda em grandes quantidades. Curiosamente, alguns dos exemplos mais característicos são oriundos do México: a Dos Equis e a Negra Modelo. Outros exemplos: Schell FireBrick (foto), Svaneke Bryghus Byens e Capital Winter Skal.