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quarta-feira, janeiro 22, 2014

Corinthians de Mano começa 2014 com mais ataque

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Se alguém gostou do técnico novo, foi o Romarinho
O Corinthians faz hoje a noite, contra o Paulista, seu segundo jogo na novíssima era Mano Menezes – sendo ou um tremendo exagero ou um arroubo de otimismo falar em “era” com a tradição de demitir técnicos que grassa pelo país. O primeiro, contra a Lusa, no domingo, que assisti com meio e ressaqueado olho, trouxe novidades interessantes em termos de estilo de jogo e alguma esperança de um futebol um pouco mais vistoso para os corações alvinegros.

Em lugar da estrutura tática rígida implantada por Tite, que conquistou a América e o mundo em 2012 – sem contar o Paulistão de 2013, que todo corintiano adora exaltar mas que, na hora H, não salvou o ano de ser considerado perdido, vá entender –, Mano mostrou mobilidade no ataque, chegada dos laterais e volantes e outras cositas que resultaram em maior criação de jogadas de perigo e no primeiro jogo com dois marcados em um tempinho considerável. Por outro lado, a defesa levou uma boa meia dúzia de sustos do fraco time da Portuguesa, remontado às pressas depois d rebaixamento-que-não-se-sabe-bem-se-rolou-mesmo no Brasileirão e sem o tempo a mais de treino que costuma igualar condições entre grandes e pequenos no início do Paulistão – o São Paulo que o diga.

Mano não vem exatamente de uma tradição super-ofensiva. Sua primeira passagem no Parque São Jorge, de 2008 a 2010, foi também marcada por xingamentos contra o defensivismo excessivo, por recuar cedo demais e dar chance a empates, por não ousar. Mas mostra características diferentes de Tite. Enquanto este segurava os dois laterais e mantinha os três meias do 4-2-3-1 presos em suas faixas do campo para garantir a organização das linhas de marcação, aquele sempre liberou pelo menos um dos defensores (André Santos, no caso) e dava mais liberdade para um dos atacantes (Dentinho) e para o meia centralizado (Douglas). O torcedor de boa memória lembrar-se-á de mais tabelas e bolas enfiadas na Copa do Brasil de 2009 do que na Libertadores de 2012 – outros vão recordar mesmo é da eliminação para o Flamengo em 2010, mas aí são outros quinhentos.

No jogo contra a Lusa, Romarinho entrou pela direita na linha de meias, ou pelo menos foi o que todo mundo pensou. Na prática, via-se o garoto aparecendo em todos os cantos do ataque, ora com Rodriguinho caindo na ponta direita, ora com este e Danilo mais recuados como meias das antigas. Nessa posição, foi muito bem e pareceu mais à vontade do que na função de “Jorge Henrique 2 – A Ressurreição” que Tite lhe confiava.

Outro que rendeu muito foi Guilherme, pra mim o melhor do jogo. Chegou na frente o tempo todo, criou boas jogadas e deve ter sido quem mais chutou a gol.

A primeira questão que surge vem com o terceiro destaque claro da partida: o goleiro Walter, que trabalhou muito e muito bem. Uma sequência de duas defesas à queima-roupa contra o ataque da Lusa já no segundo tempo merecia mais destaque do que recebeu nos comentários. Isso indica que a melhoria ofensiva causou queda da produção defensiva – o que até é esperado, mas sempre um pouco preocupante. Claro que zagueiro leva mais tempo pra pegar ritmo de jogo e que entrosamento pega mais nas ações defensivas. Além do mais, se perdermos alguns lugares na lista de defesas menos vazadas e subirmos uns degraus na eficiência do ataque, temos muito a ganhar. Mas cabe acompanhar.

Santos empata com Audax e Oswaldo tem cartão de visitas da "turma do amendoim"

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Quem se arriscou a ir ao Pacaembu na noite de terça-feira, em um jogo com o ingrato horário de 19h30, mal divulgado pela Federação e tomando chuva, merecia um prêmio da diretoria do Santos. O mando de jogo era do Audax, que pensou faturar com os torcedores rivais cobrando R$ 60 o preço da arquibancada para uma partida da segunda rodada do Paulista, mas deu com os burros n'água. Não só pelo mau tempo, mas também pela inteligência (só que não) da Federação Paulista de Futebol, organizadora do campeonato estadual e da Copa São Paulo de Juniores, que marcou praticamente para o mesmo horário dois jogos do Peixe, o outro, válido pelas semifinais do torneio da base. Resultado: Arena Barueri com ótimo público para ver os meninos da Vila despacharem o Atlético-MG, e o Pacaembu com pouco mais de 2 mil testemunhas. Parabéns aos envolvidos.

Sim, sim, foi um jogo medonho. Boa parte dos jogadores alvinegros mostrou uma evidente falta de condição física, com alguns tendo atuações pavorosas. Era difícil escolher o pior em uma equipe remendada, com desfalques em todos os setores e o meio de campo totalmente reserva. Oswaldo de Oliveira tentou colocar Cicinho na meia, com Bruno Peres, persona non grata da torcida, na lateral direita. Não deu certo. No decorrer da partida inverteu as posições, mas o ex-pontepretano teve um dos seus piores desempenhos com a camisa peixeira.

Trabalhador tira soneca no intervalo do jogo. Acordou aos 7 do segundo tempo, mas deveria ter dormido mais...

Não só ele, ou eles, ficaram abaixo do esperado. Além das atuações individuais, saltou aos olhos a falta de um reserva para Montillo, algo mais do que necessário tendo em vista sua iminente ida para o chinês Shandong Luneng. Sem criatividade e articulação, viam-se os atacantes isolados, pedindo uma bola que nunca chegava.

Garoto com camisa do Barcelona.. Sinal dos tempos
O Audax fez seu gol no tempo inicial, boa jogada de Rafinha na direita da intermediária santista e passe preciso para Caion fazer de cabeça. Aliás, em nenhum momento a equipe de Fernando Diniz se intimidou com a marcação-pressão alvinegra, tocando sempre a bola para sair jogando de trás, com um bom entrosamento e saídas rápidas. Conseguiu assim diversos contra-ataques durante toda a partida e, se tivesse mais capricho, poderia ter assegurado a vitória já no primeiro tempo.

O castigo para o Audax e o alívio para o torcedor do Santos veio com uma cobrança de falta na cabeça do zagueiro Jubal, que marcou aos 42 do segundo tempo. Empate mais que imerecido do time de Oswaldo, que deu uma banana para parte da turma do amendoim que o azucrinava atrás do banco de reservas. Aliás, xingar o técnico de "burro" sendo que ele não pode contar com mais de meio time, além de não ter nenhuma contratação em campo e nem atletas da base que disputam a Copa São Paulo mostra quem deve ser o burro de verdade...

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Sete jogos sem vitória (e contando) OU mais do mesmo

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Jogando um futebol tão ruim e improdutivo quanto o apresentado em 2013 e sem reforços que realmente reforcem alguma coisa (ou pior: reforçam o que há de ruim!), o São Paulo foi derrotado pelo Bragantino logo na estreia do Paulistão, por 2 x 0. A última vitória do Tricolor aconteceu no dia 13 de novembro, há quase 70 dias, contra o Flamengo, também por 2 x 0. De lá para cá, derrotas para Fluminense, Ponte Preta, Criciúma, Coritiba e, agora, Bragantino, e empates contra Botafogo-RJ e Ponte Preta. Esta sequência já representa metade dos 14 jogos sem vitória do time do São Paulo no ano passado, entre junho e agosto. Infelizmente, o torcedor não pode dizer com toda convicção que o clube tenha uma defesa que possa ser chamada de "titular", nem laterais com esse status, nem dupla de volantes, nem meias, nem linha de ataque. Se fosse para trazer jogadores, TODOS esse setores precisariam de reposições (urgentes!). Como isso não vai acontecer, a previsão é de um 2014 ainda mais complicado. Muricy Ramalho que tenha muita paciência para utilizar novamente Antônio Carlos, Rafael Tolói, Reinaldo, Denílson, Wellington, Douglas, Maicon, Osvaldo, Luís Fabiano, Ademilson - e jogo de cintura para lidar com as derrotas, vexames e eliminações que, com certeza, virão. Só rezo para que, mais uma vez, Deus tenha piedade de nós... Vamo, São Paulo! Escapar do rebaixamento mais uma vez!

domingo, janeiro 19, 2014

Paulistão 2014: Santos e Oswaldo estreiam com vitória magra

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Não foi uma estreia com pompa e circunstância. Aliás, os primeiros jogos dos grandes em início de temporada não costumam ser assim, que o digam Fluminense, Vasco e Botafogo. Sem ritmo e às vezes com atletas sem condições físicas, costumam enfrentar equipes que passaram por longas pré-temporadas, o que equilibra as forças entre adversários com poder de fogo desigual.

O adversário do Santos ontem era um desses times que se preparava há algum tempo. Desde novembro, o XV de Piracicaba (freguês premium) treinava para o Paulista, e mostrou bom preparo físico e um entrosamento interessante na partida de ontem. Na Vila Belmiro, a equipe do interior não deixou os donos da casa chegarem com facilidade à frente, congestionando o meio de campo e matando a criatividade peixeira. Criatividade, aliás, mais prejudicada após o intervalo, quando Montillo saiu lesionado para a entrada de Léo Cittadini. Mesmo assim, o XV era só defesa, e Oswaldo de Oliveira não teve seu esquema com três atacantes posto à prova na parte defensiva, graças à fragilidade do ataque piracicabano.

Se não contou com Leandro Damião, cuja situação ainda não foi regularizada; com Cícero, ainda sem uma definição sobre seu futuro, Alison e Edu Dracena (que só vai voltar no segundo semestre), o treinador alvinegro colocou seis garotos da base em campo, que se tornaram sete com a entrada de Cittadini. O desempenho, obviamente, foi desigual.

Gabriel Barbosa e Geuvânio se movimentaram bastante, embora tenham pecado na troca de passes, especialmente naquele último ou penúltimo lance antes de se chegar à meta. Leandrinho e Emerson Palmieri foram regulares, em especial na marcação, enquanto a dupla de zaga Gustavo Henrique e Jubal, que atuou junta durante muito tempo no time de baixo, mostrou entrosamento, inclusive na elaboração das famosas linhas burras que por vezes fazem o torcedor sofrer.

Comanda, professor... (Ricardo Saibun/Santos FC)
 A vitória veio com um belo passe de Geuvânio, que não ficou restrito a um lado só do campo como nos tempos de Claudinei, para Gabriel não hesitar. Ele hesitou no segundo tempo, quando teve oportunidade de ouro na qual poderia tentar driblar o goleiro, passar para Thiago Ribeiro, melhor colocado, ou finalizar com força. Mas preferiu dar uma cavadinha com o goleiro em pé... Perdoa-se pelos 17 anos, mas que deu raiva, deu. Foi seu quarto gol como profissional, em 16 pelejas nas quais participou (a maioria, entrando no decorrer do jogo).

Além da estreia com vitória, um gol a menos para a marca de 12 mil da equipe profissional que mais balançou as redes no mundo. Agora, faltam onze. E um pouco mais de rodagem para meninos promissores. 


E, na esdrúxula fórmula do campeonato paulista – vinte times divididos em quatro grupos, sendo que na primeira fase eles não enfrentam seus concorrentes diretos – São Paulo e Corinthians foram beneficiados mesmo sem jogar no sábado, já que nenhum clube de seus grupos venceu. Das seis partidas disputadas ontem (18), nenhum visitante ganhou, só o Audax conseguiu um empate em 0 a 0 com o Paulista, em Jundiaí.