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Não foi uma estreia com pompa e
circunstância. Aliás, os primeiros jogos dos grandes em início de
temporada não costumam ser assim,
que o digam Fluminense, Vasco e Botafogo. Sem ritmo e às vezes com atletas sem condições físicas, costumam enfrentar equipes que passaram por longas pré-temporadas, o que
equilibra as forças entre adversários com poder de fogo
desigual.
O adversário do Santos ontem era um
desses times que se preparava há algum tempo. Desde novembro, o XV de
Piracicaba (
freguês premium) treinava para o Paulista, e mostrou bom preparo físico
e um entrosamento interessante na partida de ontem. Na Vila Belmiro, a equipe do interior não
deixou os donos da casa chegarem com facilidade à frente,
congestionando o meio de campo e matando a criatividade peixeira.
Criatividade, aliás, mais prejudicada após o intervalo, quando
Montillo saiu lesionado para a entrada de Léo Cittadini. Mesmo
assim, o XV era só defesa, e Oswaldo de Oliveira não teve seu
esquema com três atacantes posto à prova na parte defensiva, graças à fragilidade do
ataque piracicabano.
Se não contou com Leandro Damião, cuja
situação ainda não foi regularizada; com Cícero, ainda sem uma
definição sobre seu futuro, Alison e Edu Dracena (que só vai
voltar no segundo semestre), o treinador alvinegro colocou seis
garotos da base em campo, que se tornaram sete com a entrada de
Cittadini. O desempenho, obviamente, foi desigual.
Gabriel Barbosa e Geuvânio se movimentaram
bastante, embora tenham pecado na troca de passes, especialmente naquele último ou
penúltimo lance antes de se chegar à meta. Leandrinho e Emerson Palmieri foram
regulares, em especial na marcação, enquanto a dupla de zaga
Gustavo Henrique e Jubal, que atuou junta durante muito tempo no time
de baixo, mostrou entrosamento, inclusive na elaboração das famosas
linhas burras que por vezes fazem o torcedor sofrer.
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Comanda, professor... (Ricardo Saibun/Santos FC) |
A vitória veio com um belo passe de
Geuvânio, que não ficou restrito a um lado só do campo como nos
tempos de Claudinei, para Gabriel não hesitar. Ele hesitou no
segundo tempo, quando teve oportunidade de ouro na qual poderia
tentar driblar o goleiro, passar para Thiago Ribeiro, melhor colocado,
ou finalizar com força. Mas preferiu dar uma cavadinha com o goleiro
em pé... Perdoa-se pelos 17 anos, mas que deu raiva, deu. Foi seu quarto gol como profissional, em 16 pelejas nas quais participou (a maioria, entrando no decorrer do jogo).
Além da estreia com vitória, um gol a menos para a marca de 12 mil
da equipe profissional que mais balançou as redes no mundo. Agora,
faltam onze. E um pouco mais de rodagem para meninos promissores.
E, na esdrúxula fórmula do campeonato
paulista – vinte times divididos em quatro grupos, sendo que na
primeira fase eles não enfrentam seus concorrentes diretos – São
Paulo e Corinthians foram beneficiados mesmo sem jogar no sábado, já
que nenhum clube de seus grupos venceu. Das seis partidas
disputadas ontem (18), nenhum visitante ganhou, só o Audax conseguiu
um empate em 0 a 0 com o Paulista, em Jundiaí.